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Caros leitores,

Para início de conversa, venho por meio desta carta, tentar mostrar um pouco
do que aprendi na disciplina de Lógica Matemática e Teoria dos Conjuntos.

Começarei listando os conteúdos que eu desejo explicar. Falarei das


Proposições, Conectivos, Operações Lógicas, Tabela-Verdade, Tautologia,
Contradição, Contingência, Implicação e Equivalência Lógica.

Bom, o que são proposições? Proposições são conjuntos de palavras ou


símbolos que transmitem um sentido completo por si só. Mas, para deixar mais
claro vou exemplificar:

 Mariana é bonita
 João é baiano
 π é igual 180 º

Estes itens 1,2 e 3 são exemplos de proposições simples. Podemos atribuir


valor lógico, verdadeiro ou falso, há cada uma delas.

Quando juntamos duas ou mais proposições, elas passam a ser chamadas de


proposições compostas, e são ligadas através de conectivos. E o que são
conectivos? Conectivos, são palavras usadas, para ligar uma proposição a
outra. Os conectivos são: e, ou, se.....então, se e somente se, não. Estes
mesmos conectivos são representados também através de símbolos: ˄, ˅, →,
↔, ~.

Na proposição simples atribuímos valores lógicos, verdadeiro ou falso; já na


proposição composta, temos que operar com os conectivos e só apartir daí,
podemos atribuir um valor lógico. Cada conectivo é operado de uma forma.
Abaixo vou mostrar as formas de operações exemplifica-los.

Como operar uma negação ( ~ = não): A negação é o valor contrario ao da


proposição inicial. Se a proposição p for verdadeira, operando com a negação
passa a ser falsa.

Ex: p: Maria é tranquila.

~ p: Não é verdade que Maria é tranquila.

Como operar uma conjunção (˄ = e): A conjunção entre duas proposições terá
valor lógico verdadeiro, se a proposição p e a proposição q, tiverem valores
lógicos verdadeiros, e terá valor lógico falso nos demais casos.

Ex: p : Acre é um Estado.

q : Bahia é um país.
( p ˄ q )=F; pois o valor lógico de p é verdade, mas o valor lógico de q é falso.

Como operar com uma disjunção ( v=ou): A disjunção entre duas proposições,
terá valor lógico falsidade, se ambas tiverem valores lógicos falsos, e terá valor
lógico verdadeiro nos demais casos.

Ex: p: Marte é um planeta.

q: O sol é frio.

( p v q )=V; pois o valor lógico de p é verdade e o valor lógico de q é falso,


como as duas proposições não são falsas, então o valor lógico resultante da
operação com a disjunção é verdadeiro.

Como operar uma condicional (→ = se...então): A condicional entre duas


proposições será falsa, quando a primeira proposição tiver valor lógico
verdadeiro e a segunda proposição tiver valor lógico falso, nos demais casos
terá valor lógico verdadeiro.

Ex: p: 2+4=5

q: 3+7=8

( p→q )=V; pois o valor lógico da primeira proposição “p” é falso e o valor
lógico da segunda proposição “q” também é falso; mas mesmo que fosse
verdadeiro, o resultado da operação seria verdadeiro, pois o q importa é q a
primeira não seja verdadeira e a segunda falsa. A esta primeira proposição p
damos o nome de antecedente, e a segunda proposição q damos o nome de
consequente.

Como operar uma bicondicional (↔ = se e somente se): A bicondicional entre


duas proposições, será verdadeira sempre que as proposições tiverem valores
lógicos iguais, e será falsa nos demais casos.

Ex: p: ½ é igual a 0,5

q: 0,5 é maior que 1

( p ↔q )=F ; pois o valor lógico de p é verdadeiro, mas o valor lógico de q é


falso, sendo assim as proposições possuem valores lógicos diferentes.

Podemos verificar o valor lógico de várias proposições através da tabela-


verdade. Para construir uma tabela verdade, levamos em consideração a
quantidade de proposições simples e a quantidade de conectivos. Para
determinar o número de linhas da tabela, usaremos a base 2 e elevaremos ao
número de proposições simples. Se há 3 proposições simples (p,q,r), então a
quantidades de linhas que esta tabela tem será 2³=8 linhas. O número de
colunas pode ser dado através da soma entre conectivos e proposições
simples. A primeira coluna será preenchida com metade das linhas com V e
metade das linhas com F respectivamente. A segunda linha deve ser
preenchida com a metade da primeira, ou seja, se a primeira linha tem 4
verdadeiras e 4 falsas, a segunda vai ter 2 verdadeiras e 2 falsas, intercalando
até completar. Fazemos isto em todas as colunas onde houver proposições
simples, o restante da tabela será preenchido com o resultado das operações
com os conectivos entre as proposições compostas.

Feita a tabela-verdade, analisamos as colunas, através desta análise, podemos


classificar em contradição, contingência ou tautologia. Caso a coluna
analisada, tenha só resultados verdadeiros, trata-se de uma tautologia; se a
coluna tiver só resultados falsos, trata-se de uma contradição, e se tiver
resultados mistos, trata-se de uma contingência.

Ainda falando em tabela-verdade, podemos dizer se uma proposição implica


logicamente outra, ou se equivale logicamente.

O que vem a ser uma implicação lógica ( => ): Dizemos que a implicação
acontece, quando operamos com a condicional entre o resultado das
proposições e não temos verdadeiro no primeiro resultado ( antecedente) e
falso no segundo( consequente).

O que é uma equivalência lógica ( <=>): Dizemos que a equivalência acontece,


quando o resultado na tabela-verdade são idênticos, ou seja, a coluna de uma
proposição tem os mesmos valores que a coluna de outra proposição.

Espero ter conseguido passar de forma simples e detalhada, um pouco de


como se estuda lógica matemática.

Atenciosamente,

Cristiane Santana Araujo, aluna do segundo semestre do curso de Licenciatura


em Matemática da Universidade Estadual de Feira de Santana-UEFS

Feira de Santana-Ba,2013.

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