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Aula 14 – Aterro Sanitário

Impermeabilização; drenagem de gases, lixiviado e águas


pluviais; seleção da área e rotina operacional
Sistema de impermeabilização

▪ A camada de impermeabilização da base deve garantir a segura


separação da disposição de resíduos do subsolo, impedindo a
contaminação do lençol freático e do meio natural através de infiltrações
de percolados e/ou substâncias tóxicas.

▪ Deve ser construída com materiais de propriedades químicas


compatíveis com os resíduos, com suficiente espessura e resistência, de
modo a evitar rupturas.

▪ Para desempenhar essa função de maneira eficiente, a camada de


impermeabilização de materiais deve compor-se de solo argiloso de
baixa permeabilidade ou geomembrana sintética (PVC ou PEAD) com
espessuras adequadas.
Sistema de impermeabilização

▪ Para trincheiras e células, considerar 1,5 m de ancoragem em cada


lado.

▪ Direção da largura da trincheira (DL):

2 𝑥 𝑑𝑖𝑎𝑔𝑜𝑛𝑎𝑙 + 𝑙𝑎𝑟𝑔𝑢𝑟𝑎 𝑓𝑢𝑛𝑑𝑜 + (2 𝑥 𝑎𝑛𝑐𝑜𝑟𝑎𝑔𝑒𝑚)

▪ Direção do comprimento da trincheira (DC):

2 𝑥 𝑑𝑖𝑎𝑔𝑜𝑛𝑎𝑙 + 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑓𝑢𝑛𝑑𝑜 + (2 𝑥 𝑎𝑛𝑐𝑜𝑟𝑎𝑔𝑒𝑚)

▪ Área da manta:
𝐷𝐿 𝑥 𝐷𝐶
Sistema de impermeabilização
Sistema de impermeabilização
Sistema de impermeabilização

▪ A camada impermeabilizante será colocada sobre uma base com


fundação capaz de suportá-la.

▪ Além disso, esta camada deverá ser instalada de modo a cobrir toda
a área.

▪ Na aplicação da camada de impermeabilização de base com o


emprego de solo argiloso, o fator que determinará o desempenho do
sistema é a compactação realizada em campo.

▪ Durante os trabalhos, é fundamental um rigoroso controle de


compactação em cada espessura de solo espalhado, para verificar se o
tratamento da base está de acordo com as especificações definidas no
projeto técnico.
Sistema de impermeabilização

Exercício 1: Com os dados do exercício da aula anterior,


calcule a área de manta para o aterro em células,
considerando que a mesma será colocada junto ao
taludamento da primeira célula.
Dados: H = 3 m; Li = 129 m; Ci = 392 m.

𝐷𝐿 = 2 𝑥 𝑑𝑖𝑎𝑔𝑜𝑛𝑎𝑙 + 𝑙𝑎𝑟𝑔𝑢𝑟𝑎 𝑓𝑢𝑛𝑑𝑜 + (2 𝑥 𝑎𝑛𝑐𝑜𝑟𝑎𝑔𝑒𝑚)

𝐷𝐶 = 2 𝑥 𝑑𝑖𝑎𝑔𝑜𝑛𝑎𝑙 + 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑓𝑢𝑛𝑑𝑜 + (2 𝑥 𝑎𝑛𝑐𝑜𝑟𝑎𝑔𝑒𝑚)

𝐷𝐿 𝑥 𝐷𝐶
Sistema de coleta do lixiviado

▪ A estrutura de drenagem e coleta do lixiviado será instalada


imediatamente acima da impermeabilização.

▪ O dimensionamento deste sistema é realizado com o objetivo de


evitar a formação de uma lâmina de líquido percolado superior a 30
cm sobre a impermeabilização.

▪ O material deverá ser quimicamente resistente aos resíduos e ao


lixiviado, e suficientemente resistente a pressões originárias da
estrutura total do aterro e dos equipamentos utilizados em sua
operação.

▪ Deve ser projetado e operado de forma a não sofrer obstruções


durante o período de vida útil e pós-fechamento do aterro.
Sistema de coleta do lixiviado

▪ O volume de lixiviado produzido varia sazonalmente, em função


das condições climáticas da região e do sistema de drenagem do
local.

▪ A melhor forma para se determinar a vazão de lixiviado gerada em


um aterro é através da medição direta, ou da correlação direta com a
geração em aterros já existentes.

▪ Além disso, tem-se diferentes métodos empíricos para tal


finalidade, entre quais cita-se o método racional e o método suíço.
Sistema de coleta do lixiviado

Método Racional

▪ O cálculo da vazão pelo método racional baseia-se na área da bacia


de contribuição, na intensidade e na duração das precipitações, e no
coeficiente de escoamento superficial.

▪ Partindo da equação já conhecida, a fim de obter a parcela da


precipitação que infiltra, tem-se:

(𝑃 − 𝐸𝑆 − 𝐸𝑃) . 𝐴
𝑄=
𝑡

Em que: Q = vazão de líquidos percolados; P = precipitação média; ES =


escoamento superficial; EP = evaporação potencial; A = área do aterro; t
= número de segundos em um mês.
Sistema de coleta do lixiviado

Método Suíço

▪ Para projetos mais simples, ou na falta de dados para a aplicação


dos modelos de balanço hídrico, metodologias simplificadas podem
ser adotadas, como é o caso do Método Suíço:

1
𝑄 = .𝑃 .𝐴 .𝐾
𝑡

Em que: Q = vazão de líquidos percolados; P = precipitação média


mensal; K = coeficiente que depende do grau de compactação dos
resíduos; A = área do aterro; t = número de segundos em um mês.
Sistema de coleta do lixiviado

Método Suíço

▪ Para projetos mais simples, ou na falta de dados para a


aplicação dos modelos de balanço hídrico, metodologias
simplificadas podem ser adotadas, como é o caso do Método
Suíço:
1
𝑄 = .𝑃 .𝐴 .𝐾
𝑡

Peso Específico K
0,25 a 0,70 ton/m³ (pouco compactados) 0,25 a 0,50
> 0,70 ton/m³ (bem compactados) 0,15 a 0,25
Sistema de impermeabilização

Exercício 2: A partir dos dados fornecidos na tabela abaixo, estime a


lâmina de percolado que alcança a base de um aterro sanitário
hipotético, através do método racional. É dado um coeficiente de
runoff igual a 0,40, e a área de contribuição é de 37.429 m².

PARÂMETRO MESES
(mm) Jan Fev Mar Abr Mai Jun
Precipitação 145 123 142 149 120 143
Evapotranspiração
135 116 104 67 46 28
potencial

PARÂMETRO MESES
(mm) Jul Ago Set Out Nov Dez
Precipitação 148 117 133 153 127 125
Evapotranspiração
31 38 48 72 97 118
potencial
Sistema de impermeabilização

Exercício 2 – Resolução
MÊS P (mm) c ES (mm)
Jan 145 0,40 58
Pelo coeficiente de runoff,
Fev 123 0,40 49
é possível calcular o
Mar 142 0,40 57
escoamento superficial.
Abr 149 0,40 60
Mai 120 0,40 48
Jun 143 0,40 57
Jul 148 0,40 59
Ago 117 0,40 47
Set 133 0,40 53
Out 153 0,40 61
Nov 127 0,40 51
Dez 125 0,40 50
Sistema de impermeabilização

Exercício 2 – Resolução

Para os meses de janeiro, fevereiro e março, serão encontrados


valores negativos, os quais indicam uma vazão igual a 0.
Exemplificando o cálculo para o mês de abril:

149 − 60 − 67 𝑚𝑚 . 37429𝑚2 . 1𝑚
𝑄= 1000𝑚𝑚 = 27 𝑚3 /𝑑𝑖𝑎
2592000𝑠 . 1𝑑𝑖𝑎
86400𝑠
Sistema de impermeabilização

Exercício 2 – Resolução
MÊS P (mm) ES (mm) EP (mm) Q (m³/dia)
Jan 145 58 135 0
Fev 123 49 116 0
Mar 142 57 104 0
Abr 149 60 67 27
Mai 120 48 46 32
Jun 143 57 28 72
Jul 148 59 31 72
Ago 117 47 38 40
Set 133 53 48 40
Out 153 61 72 25
Nov 127 51 97 0
Dez 125 50 118 0
Sistema de impermeabilização

Exercício 3: Para o mesmo aterro anterior, com área de 37.429 m², e


considerando que este apresenta um elevado grau de compactação
(γ = 0,90 ton/m³), estime a vazão de lixiviado gerada.
Dados: K = 0,25.

PARÂMETRO MESES
(mm) Jan Fev Mar Abr Mai Jun
Precipitação 145 123 142 149 120 143

PARÂMETRO MESES
1
𝑄 = .𝑃 .𝐴 .𝐾 (mm) Jul Ago Set Out Nov Dez
𝑡 Precipitação 148 117 133 153 127 125
Sistema de impermeabilização

Exercício 3 – Resolução

Exemplificando o cálculo para o mês de janeiro:

1 2
1𝑚 86400𝑠
𝑄= . 145𝑚𝑚 . 37429𝑚 . 0,25 . .
2592000𝑠 1000𝑚𝑚 1𝑑𝑖𝑎

𝑄 = 45 𝑚3 /𝑑𝑖𝑎
Sistema de impermeabilização

Exercício 3 – Resolução
MÊS P (mm) Q (m³/dia)
Jan 145 45
Fev 123 38
Mar 142 44
Abr 149 46
Mai 120 37
Jun 143 45
Jul 148 46
Ago 117 36
Set 133 41
Out 153 48
Nov 127 40
Dez 125 39
Sistema de coleta do lixiviado

▪ A partir da estimativa de geração de lixiviado, são selecionados


todos os componentes do sistema de coleta e transporte.

▪ Em geral, a drenagem de lixiviados é executada através de


uma rede de drenos internos, geralmente constituídos de tubos
perfurados de diferentes dimensões e materiais, dispostos abaixo
de uma camada de brita.

▪ Deve-se optar por tubos de materiais resistentes às


características do lixiviado, sendo verificada uma maior utilização
de tubos de PVC ou PEAD.
Sistema de coleta do lixiviado

▪ A rede de drenagem de lixiviados pode ter várias configurações


em planta, sendo que a opção a ser adotada no projeto depende,
fundamentalmente, da topografia do local e da geometria do projeto
do aterro.

▪ A conformação dos drenos se dá mais comumente na forma de


espinha de peixe.

▪ Os drenos, além da base do aterro, devem também abranger parte


dos taludes.

▪ A distância adotada entre cada dreno depende do formato


selecionado, encontrando-se entre 20 e 30 m, de acordo com o
comprimento e/ou largura da célula.
Sistema de coleta do lixiviado

▪ Em todos os sistemas mostrados, o lixiviado flui por gravidade


(preferível à utilização de bombas) para as áreas de acúmulo ou pontos
de saída (identificados com um círculo branco na figura acima), onde
algum sistema de remoção é instalado.
Sistema de coleta do lixiviado
Sistema de coleta do lixiviado
Sistema de coleta do lixiviado
Sistema de coleta do lixiviado
Sistema de coleta do lixiviado
Sistema de coleta do lixiviado

▪ A DBO do lixiviado é cerca de 30 a 150 vezes maior que a dos


esgotos domésticos, cujo valor oscila entre 200 e 500 mg/L.

▪ O lixiviado pode ser tratado na área do próprio aterro, exigindo


a instalação de uma estação de tratamento própria.

▪ Os processos de tratamento mais usuais são:


▪ Tratamentos biológicos aeróbios ou anaeróbios (lodos ativados,
lagoas de estabilização, filtros biológicos, etc.);
▪ Tratamentos físico-químicos (diluição, filtração, coagulação,
floculação, precipitação, sedimentação, adsorção, troca iônica,
oxidação química, etc.).
Sistema de coleta do lixiviado

▪ O lixiviado coletado deverá ser tratado por:

• recirculação no próprio aterro;

• tratamento no local, seguido de lançamento em corpo hídrico;

• tratamento por empresas terceirizadas;

• combinação dos métodos anteriores;

• demais tecnologias de tratamento validadas.


Sistema de drenagem de águas pluviais

▪ A drenagem ineficiente das águas de chuva pode provocar maior


infiltração no maciço do aterro, aumentando o volume de lixiviado
gerado e contribuindo para a instabilidade do maciço.

▪ O período que exigirá maior frequência de inspeção no sistema de


drenagem pluvial coincidirá com as épocas de intensa pluviosidade.

▪ As águas de chuva devem ser drenadas diretamente para os cursos


d’água ou bacias de infiltração localizadas dentro da área do aterro,
desde que não sofram qualquer contaminação no seu percurso.
Sistema de drenagem de águas pluviais

▪ Os dispositivos de drenagem pluvial previstos no projeto do aterro


sanitário, como canaletas, caixas de passagem e descidas d’água,
devem ser mantidos desobstruídos para impedir a entrada de água no
maciço do aterro.

▪ O dimensionamento dos canais de coleta de águas pluviais pode ser


realizado a partir do Método Racional

Onde:
𝐶 .𝐼 .𝐴 Q = vazão máxima de escoamento (m³/s)
𝑄= C = coeficiente de runoff
360 I = intensidade média máxima de precipitação (mm/h)
A = área de contribuição da bacia (ha)
Sistema de drenagem de águas pluviais

• A estimativa da intensidade máxima é feita por:

𝑎 . 𝑇𝑅𝑏 Onde:
𝐼= I = intensidade máxima de precipitação (mm/h)
𝑡𝑐 + 𝑐 𝑑 TR = tempo de retorno (anos)
tc = tempo de concentração (min)
a, b, c e d = coeficientes em função da localidade

• O tempo de concentração pode ser encontrado pela Equação de


Kirpich:

3 0,385 Onde:
𝐿 tc = tempo de concentração (min)
𝑡𝑐 = 57 L = comprimento do talvegue principal da bacia (km)
𝐻 H = Desnível entre a parte mais elevada e a seção
de controle (m)
Sistema de drenagem de águas pluviais

• Com os dados de precipitação calculados, procede-se o


dimensionamento do canal:

𝑄 = 𝑣 .𝐴

• Com velocidade encontrada a partir da Equação de Manning:

Onde:
v = velocidade de escoamento (m/s);
1 2/3 1/2 n = coeficiente de rugosidade;
𝑣 = . 𝑅𝐻 . 𝑖 RH = raio hidráulico (m);
𝑛
i = declividade da linha de energia
(m/m)

Onde:
𝐵 .𝐻 RH = raio hidráulico (m);
𝑅𝐻 = B = largura do curso d’água (m);
𝐵 + 2𝐻
H = profundidade do curso d’água (m).
Sistema de coleta de gases

▪ A composição predominantemente anaeróbia da matéria orgânica no


aterro sanitário resulta na geração de gases compostos essencialmente
por metano e dióxido de carbono (biogás).

▪ O biogás, além de poluir a atmosfera, pode infiltra-se no subsolo e


atingir diversas estruturas, como fossas, redes de esgoto e edificações.

▪ Sendo o metano inflamável e passível de explosão espontânea, o


controle deste deve ser feito através de uma rede de coleta de gases,
composta em geral por uma coluna de tubos de concreto perfurados,
envoltos por uma camada de brita ou rachão, que é fixada à coluna de
tubos através de uma tela metálica.

▪ Após a coleta, os gases podem ser queimados ou reaproveitados


para geração de energia.
Sistema de coleta de gases
Sistema de coleta de gases
Sistema de coleta de gases
Sistema de coleta de gases
Sistema de coleta de gases
Escolha da área

▪ O projeto de concepção de um aterro passa por várias etapas,


sendo a primeira referente aos estudos preliminares, que
consistem na caracterização do município e na elaboração de um
diagnóstico do gerenciamento dos resíduos sólidos no local.

▪ A segunda etapa consiste na escolha da área adequada para a


instalação do aterro, feita a partir de critérios técnicos, ambientais,
operacionais e sociais.

▪ A área escolhida deve ser caracterizada através de levantamentos


topográficos, geológicos, geotécnicos, climatológicos, e relativos
ao uso da água e do solo.
Escolha da área

▪ Critérios para seleção da área do aterro sanitário:

• Predominância de material de baixa permeabilidade, com coeficiente de


permeabilidade (k) inferior a 5x10-5 cm;
• Não deve ser instalado em áreas sujeitas a inundações;
• Fora da influência de manancial de abastecimento;
• Distância mínima de 200 metros dos corpos d’água;
• Distância mínima de 500 metros de residências isoladas;
• Distância mínima de 2,0 km de comunidades/cidades;
• Distância mínima de 1,5 metros do lençol freático, quando existir a
impermeabilização com geomembrana;
• Distância mínima de 2,5 metros do lençol freático, quando a compactação
for realizada com camada de argila;
• Distância segura de aeroportos e aeródromos;
• Estar de acordo com o zoneamento da região.
Rotina operacional

▪ Além da unidade de aterramento, outras estruturas fazem parte da


área de disposição final de resíduos, e são descritas a seguir.

• GUARITA/PORTARIA: local onde são realizados os trabalhos de


recepção, inspeção e controle dos caminhões e veículos que chegam
à área do aterro sanitário.

• BALANÇA: local onde é realizada a pesagem dos veículos coletores,


para se ter controle dos volumes diários e mensais dispostos no aterro
sanitário.

• ISOLAMENTO: fechamento com cerca e portão, que circunda


completamente a área em operação, construída de forma a impedir o
acesso de pessoas estranhas e animais.
Rotina operacional

▪ Além da unidade de aterramento, outras estruturas fazem parte da


área de disposição final de resíduos, e são descritas a seguir.

• SINALIZAÇÃO: placas indicativas das unidades e advertência nos


locais de risco.

• CINTURÃO VERDE: cerca viva com espécies arbóreas no perímetro


da instalação.

• ACESSOS: vias externas e internas, construídas e mantidas de


maneira a permitir sua utilização sob quaisquer condições climáticas.

• ILUMINAÇÃO E FORÇA: ligação à rede de energia para uso dos


equipamentos e ações de emergência no período noturno, caso
necessário.
Rotina operacional

▪ Além da unidade de aterramento, outras estruturas fazem parte da


área de disposição final de resíduos, e são descritas a seguir.

• COMUNICAÇÃO: ligação à rede de telefonia fixa, celular ou rádio para


comunicação interna e externa, principalmente em ações de
emergência.

• ABASTECIMENTO DE ÁGUA: ligação à rede pública de


abastecimento de água tratada ou outra forma de abastecimento, para
uso nas instalações de apoio e para umedecimento das vias de
acesso.

• INSTALAÇÕES DE APOIO OPERACIONAL: prédio administrativo


contendo, no mínimo, escritório, refeitório, copa, instalações sanitárias
e vestiários.
Rotina operacional

▪ Além da unidade de aterramento, outras estruturas fazem parte da


área de disposição final de resíduos, e são descritas a seguir.

• SISTEMA DE COLETA E TRATAMENTO DE LIXIVIADO: sistema para


tratamento dos líquidos percolados do aterro, visando o atendimento
dos padrões de lançamento de efluentes em cursos d’água.

• SISTEMA DE COLETA E TRATAMENTO DE GASES: sistema que visa


remover os gases gerados no aterro, e dar a eles algum tipo de
tratamento (queima ou aproveitamento).

• INSTRUMENTOS DE MONITORAMENTO: equipamentos para o


acompanhamento e controle ambiental do empreendimento.
Rotina operacional

▪ Qualquer que seja o tipo do aterro sanitário, este tem uma


rotina operacional que deve ser obedecida:

• Recepção dos resíduos;

• Disposição dos resíduos;

• Recobrimento dos resíduos;


Rotina operacional

▪ Na recepção, verifica-se a procedência dos resíduos, e estes são


pesados.

▪ Na balança, será feito o controle da origem, qualidade e quantidade


dos resíduos a serem dispostos no aterro. Os dados devem ser
preenchidos corretamente no “Formulário para pesagem diária de
veículos".

▪ É através deste formulário que o município terá informações sobre a


eficiência de execução do sistema de limpeza urbana, permitindo uma
melhor avaliação das rotas, cumprimento de horário, etc.
Rotina operacional

▪ O caminhão deve depositar o resíduo na frente de serviço


mediante presença do fiscal, para controle do tipo dos resíduos.

▪ É recomendável limitar a área de disposição.


Rotina operacional

▪ O resíduo deve ser espalhado em rampa, numa proporção de 1 na


vertical para 3 na horizontal (1:3).
▪ O trator de esteira deve compactar o resíduo com movimentos
repetidos de baixo para cima (3 a 5 vezes).
Rotina operacional

▪ No final do dia, esse novo monte de resíduos deverá receber uma


cobertura de terra, espalhada em movimentos de baixo para cima.

▪ COBERTURA DIÁRIA: deve ser feita com uma camada de terra ou


material inerte com espessura de 15 a 20 cm, com o objetivo de
impedir o arraste de materiais pela ação do vento e evitar a
disseminação de odores desagradáveis e a proliferação de vetores
como moscas, ratos, baratas e aves.
Rotina operacional

▪ COBERTURA FINAL: uma vez esgotada a capacidade da


plataforma do aterro, procede-se à sua cobertura final com uma
camada de argila compactada com cerca de 60 cm de espessura
(ou de acordo com a espessura definida no projeto técnico) sobre as
superfícies que ficarão expostas permanentemente.

▪ Após recobrimento, deve-se proceder o plantio de gramíneas nos


taludes definitivos, de forma a protegê-los contra a erosão.
Rotina operacional

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