As pessoas que utilizam o computador já há algum tempo ficam maravilha-

das com o que essa máquina é capaz de fazer. Pergunta-se como é que, a uma
velocidade surpreendente e com uma precisão impressionante, os computa-
dores conseguem classificar uma enorme lista de endereços, realizar gigantes-
cos cálculos matemáticos e criar modelos incríveis que jamais poderiam ser
sequer imaginados fora do mundo virtual. E tudo isso pode ser feito em ape-
nas alguns segundos ou num simples clicar de mouse.
Embora pareça uma grande mágica, a computação é, na verdade, um pro-
cesso baseado em conceitos muito simples, porém inteligentes. Todas as infor-
mações que o computador recebe das pessoas (sejam dados ordenados, textos,
imagens etc.) são transformadas em dados menores e processadas de maneira
extremamente simples. Esse processamento é normalmente baseado em opera-
ções matemáticas comuns (somar, subtrair, dividir, multiplicar), operações ló-
gicas booleanas (ou, e, não, ou exclusivo, e exclusivo), movimentação e rotação
de bits. Mesmo programas muito complexos de cálculo e engenharia usam,
“no frigir dos ovos”, essas simples operações.
Pode-se dizer que, entre todos os componentes de um computador, o prin-
cipal responsável por todo o processamento é, como o próprio nome diz, o
processador. Esse pode ser considerado o “cérebro” da máquina. Isso porque,
além de executar operações lógicas e aritméticas, o processador controla o
fluxo dos programas, acessa a memória e faz solicitações a periféricos, entre
outras atividades.
Durante os últimos vinte anos, o processador foi um dos componentes que
mais evoluíram – basta ver, no capítulo anterior, a confusão gerada pelas dife-
renças entre soquetes a partir da metade da década de 90.
Ao pensar em processador, as marcas que vêm à cabeça de muitos são Intel
e AMD. No entanto, existem outras empresas no mercado, como a Cyrix, a
Texas Instruments, a Transmeta e a NEC. Todas elas já fabricaram ou ainda
fabricam processadores para a linha PC.
Dentre os fabricantes de processadores não-PCs para computadores do-
mésticos, é digna de nota a Motorola, fabricante da família 68000 (utilizada
nos primeiros Macintosh) e, em parceria com a IBM, fabricante dos processadores
PowerPC (usados nos Macintoshes a partir de 1999, nas workstations e servi-
dores IBM AIX).
Mas voltemos ao âmbito dos PCs. Nesses últimos anos, muitas coisas acon-
teceram: empresas fecharam ou foram vendidas, novas empresas surgiram,
linhas de processadores foram abandonadas e novas foram introduzidas. Hoje,
pode-se dizer que o mercado de processadores para PCs resume-se a três em-
presas: a Intel, a AMD e a Cyrix.
Ainda, os processadores atuais têm um desempenho incontestável e

66 Dossiê Hardware

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