ENFERMAGEM
Etapa 1
Autoridades Expediente
Utramig
CGP Solutions Ltda – EPP
Editoração, Impressão e Acabamento
Liza Prado
Presidenta Dilex Editoração Ltda.
Projeto Gráfico/Diagramação
Francisco José da Fonseca
Diretor de Planejamento, Gestão e Karina Layse Matos
Finanças Revisão de Textos
Lindomar Gomes
Diretor de Ensino Pesquisa
Vera Victer
Diretora de Qualificação e
Extensão
ENFERMAGEM
Etapa 1
ENFERMAGEM
Etapa 1
Conteúdos Específicos Página
Português Instrumental............................................................................. 7
Responsabilidade Social.......................................................................... 69
Anatomia e Fisiologia Humana.............................................................. 125
Higiene e Profilaxia / Nutrição e Dietética............................................ 327
Microbiologia........................................................................................ 423
Fundamentos de Enfermagem.............................................................. 545
Noções de Administração...................................................................... 561
ENFERMAGEM
Etapa 1
PORTUGUÊS INSTRUMENTAL
1º Bimestre Valor
CRITÉRIOS DE DISTRIBUIÇÃO DE PONTOS
Total de pontos 40
2º Bimestre Valor
Total de Pontos 60
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• Produzir mensagem com eficácia objetiva, clara e adequada, usando a concordância corre-
ta e as normas ortográficas;
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...Para quem não entende o que está acontecendo no mundo do trabalho ou experimenta seus
piores efeitos (o que ainda é a grande maioria), tudo isso pode parecer apenas mais uma crise. Po-
rém, a coisa não é tão simples assim. O que presenciamos neste momento no grande “aquário” não
significa um simples modismo ou coisa passageira. É algo que veio para ficar e mudar definitivamente
a maneira como todos nós trabalhamos e vivemos. É a consequência de uma transformação histórica,
fundamental, de raiz e que já dura algumas décadas. A introdução da tecnologia eletrônica tem deter-
minado uma aceleração nos meios de comunicação e nos processos produtivos, rompendo definitiva-
mente com todos os procedimentos e relações que marcaram a vida de corporações e trabalhadores
nos últimos trezentos anos. E não é um movimento localizado, parcial. É global, ou seja, envolve todo
o planeta e ninguém vai ficar de fora dessa grande transformação. Tudo isso tem criado um conjun-
to inesperado de circunstâncias: novas tecnologias, novos produtos e serviços, novos consumidores,
novas plataformas de negócio e novas configurações de mercado, impactando o quotidiano de todos
nós. São mudanças profundas, capazes de desconstruir ideias, carreiras e empresas que até então,
eram consideradas sólidas.
É bem o que o visionário professor Peter Drucker previu ao afirmar algumas décadas atrás:
“Aquilo que chamamos de Revolução da Informação é na realidade, uma revolução do conhecimento.
A Revolução da Informação vai ser semelhante à Revolução Industrial do final do século 18 e início do
século 19.”.
Para entender melhor o que está acontecendo, é preciso recolher muitas informações e depois
avaliá-las com calma. Para mim, que já vivi mais de meio século, fica um pouco mais fácil fazer as
comparações necessárias e juntar as peças desse quebra-cabeças, para ir formando uma imagem mais
clara da realidade que nos envolve atualmente. Sou do tempo do mimeógrafo a álcool e da máquina
de datilografar. Agora tenho que lidar com a impressão a laser, a internet e o tablet. Mais que isso,
curiosamente agora tenho que explicar o resumo desta ópera e suas implicações no mercado para
auditórios de profissionais e meus alunos na faculdade. Bem, esta é talvez a missão mais nobre para
quem viu o tempo passar e não ficou apenas assistindo como espectador passivo. Mesmo para não
envelhecer por dentro, é preciso acompanhar e analisar as transformações que vão acontecendo e
não simplesmente amoldar-se a elas.
Em rápidas pinceladas, eis aqui então, algumas das características que melhor definem a reali-
dade atual do mundo do trabalho.
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NEGROMONTE, Ronaldo. Estratégias de sobrevivência no mundo do trabalho: 10 dicas para você vender seu pei-
xe.Belo Horizonte: Editora Artesã, 2012.
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8. Aprenda a escutar e ouvir, tanto com os olhos quanto com os ouvidos. Perceba o que
não foi dito.
9. Descubra novas fontes de ideias. Utilize-se de novas amizades de novos livros, de as-
suntos diversos e até de artigos como este que você está lendo.
10. Compreenda primeiro. Depois julgue.
11. Mantenha o sinal verde de sua mente sempre ligado, sempre aberto.
12. Procure ter uma atitude positiva e otimista. Isso ajuda você a realizar seus objetivos.
13. Pense todos os dias. Escolha uma hora e um lugar para pensar alguns minutos, todos
os dias.
14. Descubra o problema. Ataque seus problemas com maneiras ordenadas. Uma delas é
descobrir qual é realmente o problema, senão você não vai achar a solução. Faça seu
subconsciente trabalhar.Ele pode e precisa.Dia e noite.Fale com alguém sobre a ideia,
não a deixe morrer.
15. Construa GRANDES ideias, a partir de pequenas ideias. Associe ideias, combine, adap-
te, modifique, aumente, diminua, substitua, reorganize-as. E, finalmente, inverta as
ideias que você tem. 16. Evite coisas que enfraqueçam o cérebro: barulho, fadiga,
negativismos, dietas desequilibradas, excessos em geral.
17. Crie grandes metas. Grandes Objetivos.
18. Aprenda a fazer perguntas que desenvolvam o seu cérebro: Quem? Quando? Onde?
O quê? Por quê? Qual? Como?
19. Coloque as ideias em ação. Lembre de que uma ideia razoável colocada em ação é
muito melhor que um a grande ideia arquivada.
20. Use o seu tempo ocioso com sabedoria. Lembre-se de que a maior parte das grandes
ideias, os grandes livros as grandes composições musicais, as grandes invenções fo-
ram criadas no tempo ocioso dos criadores.
Somente para confirmar que a criatividade não é um dom, mas um potencial a ser explorado a
sua volta e dentro de você, vamos ver o que grandes inventores e pensadores escreveram sobre CRIAR:
“As pessoas que vencem neste mundo são as que procuram as circunstâncias de que precisam
e quando não as encontram, as criam.’’ (Bernard Show- Filósofo)
“Minhas invenções são fruto de 1% de inspiração e 99% de transpiração.”
(Thomas Edison - Inventor)
“As mentes são como os paraquedas; Só funcionam se estiverem abertas. ’’
(Ruth Noller - Pesquisadora da Universidade de Buffalo).
‘’As boas ideias vêm do inconsciente. Para que uma ideia seja relevante o inconsciente precisa
estar bem informado. (David Ogilvy - Publicitário)
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Catherine Patrick descreve as etapas do processo de criação em sua obra intitulada “O que é o
pensamento criativo”.
PROPOSTA DE PRODUÇÃO (INTERPESSOAL)
AUTORRETRATO
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(Disponível em: http: //www.graciliano.com.br. Acesso em 10 out. 2006).
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Ler é a melhor solução
Você é o que você lê. Afinal, se tem uma fome que é insaciável é a minha fome de
ler, fome de livro. Que, aliás, tem uma vantagem sobre as outras fomes, já que o livro não
engorda. Este artigo é sobre ler. Porque para mim as pessoas são como estantes que vão
se completando a medida que empilham na memória os livros que vão lendo. E é por isso
que eu digo que quando uma velha pessoa morre, o mundo perde uma biblioteca. Ler um
livro é como ler uma mente, é saber o que o outro pensa. O que o autor pensa. Ler é poder.
Poder construir você mesmo tijolo a tijolo. Ou livro a livro, para ser mais exato.
Você Lê? Quanto? O quê? Eu leio o que pinta. Livros, revistas, pichações, frases de
banheiro público, poesia, placa de estrada, jornal, leio Capricho. Leio até errata. É claro
que ler não é substituto para viver. Viver é uma experiência que não se substitui com livro.
Mas pode ser enriquecida com vidas que estão neles. Também não estou dizendo que
você tem medo de se colocar em prática. Eu estou falando de praticar o lido para ficar
melhor. Em tudo. Na vida, não profissão, no papo, nas festas. Até no namoro.
Ás vezes, a gente não lê tanto quanto deveria porque não sabe o que ler. Mas se esse
é o seu caso, peça dicas. Eu sempre peço e dou. Para mim, indicar um livro é como contar
a alguém de um lugar que só eu sei onde fica. Por exemplo, quando eu era pequeno li Sítio
do Pica Pau Amarelo. Que imaginação tinha Monteiro Lobato! Eu viajei nas histórias. Ou-
tro Livro que me marcou foi um sobre a vida de Mayakovski, um poeta russo que viveu tal-
vez a época mais energética da era moderna: a revolução soviética. Ele fazia dos cartazes
de propaganda comunista uma forma de poesia. Viveu tão intensamente quanto a poesia
que escrevia. Existe, ainda, Jorge Luís Borges, que era um gênio (dizia que publicava livros
para se libertar deles), e Júlio Cortázar. Existe Fernando Pessoa, um homem que tinha a
capacidade de escrever assumindo personalidades diferentes, chamadas de heterônimos
(o contrário de homônimos). O poeta é um fingidor. Finge tão completamente, que chega
a fingir que é dor a dor que deveras sente’’. Isto é Fernando Pessoa. Caetano já cantou a
pessoa de Pessoa em sua música.
Outra descoberta: Ler é o melhor remédio. Exemplo: em 1990, eu e minha namora-
da nos separamos. Foi o momento mais duro de minha vida. E para não afundar, as minhas
boias foram dois livros, um de Krishnamurti, um pensador indiano, e outro chamado Ale-
gria e Triunfo. Estou sempre comprando livros e adoro os de frases. São frases de pessoas
conhecidas, artistas, escritores, atores. Tem coisas maravilhosas. “Se a sua vida é livre de
erros, você não está correndo riscos suficientes’’, “Amigo é um presente que você dá a
você mesmo!”, “Se você está querendo uma grande oportunidade, procure um grande
problema’’.
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Existe Drummond, João Cabral de Mello Neto, Nelson Rodrigues, James Joyce, Paul
Valéry, Thomas Mann, Sartre, Shakespeare, Ítalo Calvino. Existe romance, novela, conto,
ensaio, poesia, humor, biografia. Existe livro e autor para tudo quanto é leitor. E é por isso
que para mim o analfabetismo é coisa imoral, triste e vergonhosa. Porque ‘’se o livro é o
alimento do espírito, o analfabetismo é a fome da alma”. Uma fome que mata a possibili-
dade das pessoas serem tudo que podem. “Ler ás vezes enche o saco”, ás vezes dá sono,
ás vezes dá bode. Mas resista, lute contra essa preguiça dos olhos.O seu cérebro vai agra-
decer. Afinal, as respostas estão todas ali. Você só precisa achar as perguntas.
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LER DEVIA SER PROIBIDO
Guiomar de Grammont
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O mundo já vai por um bom caminho. Cada vez mais as pessoas leem por razões
utilitárias: para compreender formulários, contratos, bulas de remédio, projetos, manuais,
etc. Observem as filas, um dos pequenos cancros da civilização contemporânea. Bastaria
um livro para que todos se vissem magicamente transportados para outras dimensões,
menos incômodas. E esse o tapete mágico, o pó de pirlimpimpim, a máquina do tempo.
Para o homem que lê, não há fronteiras, não há cortes, prisões tampouco. O que é mais
subversivo do que a leitura?
É preciso compreender que ler para se enriquecer culturalmente ou para se divertir
deve ser um privilégio concedido apenas a alguns, jamais àqueles que desenvolvem tra-
balhos práticos ou manuais. Seja em filas, em metrôs, ou no silêncio da alcova… Ler deve
ser coisa rara, não para qualquer um. Afinal de contas, a leitura é um poder, e o poder é
para poucos.
Para obedecer, não é preciso enxergar, o silêncio é a linguagem do submisso. Para
executar ordens, a palavra é inútil.
Além disso, a leitura promove a comunicação de dores, alegrias, tantos outros senti-
mentos. A leitura é obscena. Expõe o íntimo, torna coletivo o individual e público, o secre-
to, o próprio. A leitura ameaça os indivíduos, porque os faz identificar sua história a outras
histórias. Torna-os capazes de compreender e aceitar o mundo do outro. Sim, a leitura
devia ser proibida. Ler pode tornar o homem perigosamente humano.
Figura 01
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A linguagem humana
A nossa civilização é marcada pela linguagem gráfica.
A escrita domina nossa vida: É uma instituição social tão forte quanto a Nação e
o Estado. Nossa cultura é basicamente uma cultura de livros. Pela escrita acumulamos
conhecimentos, transmitimos ideias, fixamos nossa cultura. Nossas religiões derivam de
livros: O Islamismo do Alcorão, escrito por Maomé, os Dez Mandamentos de Moisés foi
um livro escrito em pedra. O Cristianismo está contido em um livro: A Bíblia é a cartilha,
nosso primeiro livro escolar.
Mesmo a televisão e o cinema lançam mão dos recursos da linguagem escrita (le-
genda) para facilitar a comunicação.
Na engrenagem da sociedade moderna, a comunicação escrita senta-se em trono.
São as certidões, os atestados, os relatórios, os diplomas. O “documento é basicamente
um documento gráfico, e a simples expressão gráfica vale mais que todas as evidências.
Numa quase caricatura, podemos dizer que o atestado de óbito é mais importante que o
cadáver, o diploma mais que a habilitação. Sem a linguagem escrita é praticamente impos-
sível a existência no seio da civilização. O analfabeto é uma pátria que não se comunica
com o mundo, não influi e não é influenciado.
Ao lado da linguagem escrita, mais ainda comunicação gráfica, a linguagem dos
símbolos, conduzindo o tráfico, indicando a direção dos elevadores, prevenindo perigos,
interditando praias. Em muitos casos a própria palavra vira um signo: WC, “STOP UP”,
romperam com os limites do vernáculo e se transformaram em mensagens universais a
exemplo da seta e da flecha, das cores dos semáforos e dos sinas de trânsito.
Depois do rádio, a primeira ameaça a esse império foi representada pelo apareci-
mento das revistas e quadrinhos. A linguagem dos quadrinhos criou uma comunicação
que, muitas vezes, para a compreensão, dispensa o próprio texto. As crianças de todas
as línguas traduzem “o zzzzzzzzzz” como uma indicação de sono, o crasch e crack como
indicadores de ruídos representado objetos sendo quebrados, o click é o desligar do inter-
ruptor, o buum uma explosão, o rat-tatatat uma raja de metralhadoras”. Mas o quadrinho,
ou os “comics”, são comunicação escrita, ainda que um estágio superior ao lado da prosa
linear. O quadrinho não abalou o livro, levou-o mais cedo ao homem oferecendo às crian-
ças e aos semiletrados a possibilidade de letramento.
Fonte: R. A. Amaral Vieira. O futuro da Comunicação. 2ª edição. Rio de Janeiro. Edições Achiamé.
*Nota: WC= water closet= banheiro, “stop up” = pare, “comics”= histórias em quadrinhos.
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PROPOSTAS DE ATIVIDADES:
2) A frase que se apresenta no sentido conotativo(figurado) é:
A.
( ) “As crianças adoram ler revista em quadrinhos.”
B.
( ) “O quadrinho não abalou o livro”.
C.
( ) “As mensagens de texto enviadas pelo celular são muito usadas atualmente”
3) ”Nossa cultura é basicamente uma cultura de livros”. Marque a alternativa que melhor expli-
ca essa afirmativa.
A.
( ) A escrita consegue dominar nossa vida.
B.
( ) Diversas religiões sao derivadas de livros.
C. ( ) Pela escrita reunimos conhecimentos e expressamos ideias.
D.
( ) O Cristianismo está presente em um livro chamado Bíblia.
5) Você está de acordo que “sem a linguagem escrita é praticamente impossível a existên-
cia no seio da civilização?” Justifique sua resposta.
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Prática de oralidade
O manifesto “Amazônia para sempre” cita o nome de Chico Mendes, que foi morto
pela causa que defendia. Leiam sua declaração postada no site do Instituto que leva seu
nome: “No começo pensei que estivesse lutando para salvar seringueiras, depois pensei
que estava lutando para salvar a floresta Amazônica. Agora percebi que estava lutando
pela humanidade”.
Reflexão
• Registre os problemas e as dificuldades que ocorre próximo a você e que através de suas
ações poderiam ser amenizadas.
• Observe o que seus amigos escreveram. Discutam sobre os problemas que se apresen-
tam de forma urgente e que merecem atenção redobrada.
• Escolham um problema, optando por aquele que acharem mais importante para escre-
ver um manifesto.
• Escrevam suas conclusoes para a posterior atividade de elaboração de texto.
ANO INTERNACIONAL DA AGRICULTURA FAMILIAR – 2014
O Ano Internacional da Agricultura Familiar-AIAF 2014 tem por objetivo tornar mais visivel a agricul-
tura familiar e elevar também a visibilidade dos pequenos agricultores, chamando a atenção do mundo
para a importancia dessa atividade no processo de erradicação da fome e também da pobreza, melhoria
dos meios de subsistência, promoção da segurança alimentar e nutricional, gerenciamento dos recursos
advindos da natureza, preservação do meio ambiente e também para a sustentabilidade do país, principal-
mente nas areas rurais.
A meta do AIAF 2014 consiste em reposicionar a agricultura familiar, determinando espaços e opor-
tunidades para proporcionar uma mudança em direção a um desenvolvimento mais equitativo e harmô-
nico. O AIAF 2014 vai realizar uma ampla discussao e cooperação na esfera nacional, regional e também
global para elevar a consciência e a compreensão dos obstáculos que geralmente os pequenos agricultores
enfrentam e auxiliar na identificação de formas eficientes de apoio aos agricultores familiares.
22
Disponível em:<http://www.gestaoconcurso.com.br/documentos/copasa_aux_serv_saneamento_cod1.pdf>
Proposta interdisciplinar: Responsabilidade social
Fonte: chinchilamutante.blogspot.com/
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a) Na imagem
• As ilustrações retorcidas, contundente das árvores, personificar com expressões humanas;
• A cor de fundo escura e sombria;
• O efeito provocado pela imagem de desespero, como se as “bocas” das árvores emitissem sons.
b) No texto verbal
“A mata urge.”
• A palavra urge é similar a um jogo com a inversão das letras da palavra ruge que quer dizer a
emissão de ruidos , voz de grandes felinos, como é o caso do leão e o tigre.
• O termo urgir, em sentido literal, quer dizer ‘ser urgente’, não
Admitir atraso, solicitar com insistência , reclamar, exigir.
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TEXTO: O TRAJE
Nunca nos lembramos desse nosso traje cotidiano que é a linguagem. Muitos a usam
como trapos, mas, se tomassem consciência disso, ligeiro tentariam melhorar, caprichar,
conseguir uma vestimenta mais adequada.
Por que será que somos tão displicentes com esse instrumento tão nosso, o que
mais empregamos, aquele que até crianças e analfabetos manejam a vida inteira?
Talvez nos tenhamos acostumado demais com ele. É demasiadamente nosso como
um braço, um olho, e nunca chegamos a nos dar realmente conta de que esse braço é
meio curto, o olho é meio vesgo, ou míope...
Não falo na linguagem oral, nessa comunicação espontânea que obedece a leis pró-
prias, que vão do menor esforço à coerção social. Falo na linguagem escrita, essa que os
analfabetos não manejam, mas que muito doutor esgrime como se não soubesse além da
cartilha.
Nem precisamos procurar nos mais ignorantes. Abre-se jornal, abre-se revista (de
cultura também, sim, senhores! ) e os monstrinhos nos saltam aos olhos.
Pontuação? Ninguém sabe. Vírgulas parecem derramadas pela página por algum
duende maluco, que quisesse brincar de fazer frases ambíguas, pensamentos tortos, ex-
pressões esmolambadas.
Verbos? “Detei-vos”, “intervido”. “mantesse” são mimos constantes. Não há sujeito
que concorde com o verbo numa página de fio a pavio. Lá pelas tantas um ouvido desedu-
cado, um escriba relaxado solta as maiores heresias.
E a ortografia? Acreditem ou não, ainda agora ouço universitários e professores afir-
mando que “acento, para mim não existe mais”!
Pobres alunos tão desanimados ou iludidos mestres: Lá vêm as crianças para casa
trocando acentos como os bêbados trocam as pernas.
Todas essas pessoas: estudantes, professores, jornalistas, intelectuais, morreriam de
vergonha se fossem apanhados em público de cuecas ou trapos. Mas, olhe lá, a linguagem
escrita de muita gente boa por aí não vai além de uma tanguinha de Adão, e muito mal
colocada...deixa de fora à mostra um bom pedaço de vergonha.
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ESTUDO DO TEXTO:
1) Entre parênteses há dois sinônimos para cada palavra do texto.
Sublinhe-os:
cotidiano (linha 12) : (diário, eventual, habitual)
displicente(6): (desleixados, negligentes, cuidadosos)
manejam(8): (empregam, utilizam, envolvem)
espontânea(16): artificial,comum, natural)
coerção(17): ( liberdade, coação, controle)
esgrime(19): (maneja, briga, utiliza)
duende(26): ( fantasma, assombração, professor)
ambíguas(27): (precisas, dúbias, confusas)
esmolambadas(28): (diferentes, esfarrapadas, rotas)
mimos(30) : (primores, oferendas, erros)
escriba(32): ( escrevinhado, aluno, mau escritor)
heresias(33): (disparates, contrassenso, verdades)
2) O que significa a expressão “de fio a pavio”?
3) O que é utilizar a linguagem como trapos?
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PESQUISA
Fonte: www.fichasuja.org
Anedotinhas
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27
Fonte:<http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=36024>
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28
Fonte: <http://let006.blogspot.com.br/2011/09/figuras-de-linguagem.html>
GERUNDISMO:
Corresponde ao uso exagerado dos termos no gerundio(forma nominal terminada em ando, endo,
indo). Sua utilização prejudica a clareza da mensagem como “falam mal” de quem usa.
Ex.: “Senhor, vou estar transferindo sua ligação.”
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Fontetp://luiz33.wordpress.com/2007/10/07/sobre-o-gerundismo/>
Assinado em Lisboa, em 16 de dezembro de 1990, por Portugal, Brasil, Angola, São Tomé e Prín-
cipe, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e posteriormente, por Timor Leste. No Brasil, o acor-
do foi aprovado pelo Decreto Legislativo nº 54, de 18 de abril de 1995. Mas a gramática é diferen-
te. Iniciou-se no ano de 1990, passando a ter validade no Brasil somente agora a partir de 2009.
Acordo ortográfico assinado na cidade de Lisboa entre os países lusófonos. Acredita-se que so-
mente 0,5% dos termos em portugues sofreram o Acordo ortográfico.
2) Toda palavra paroxitona com terminação em ditongo aberto (ei, oi) não recebe mais
acento:Assembléia, platéia, idéia, colméia, bóia, paranóia, jibóia, apoio, heróico.
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4) Não existe mais o acento diferencial para palavras homógrafas.
Para (verbo), pela (verbo ou substantivo)
Pelo (substantivo), pera (substantivo)
Não se acentua mais a letra “u” nas formas verbais rizotônicas,quando ela for precedida de ‘g’
ou ‘q’ e antes de ‘e’ ou ‘i’ (gue, que, gui, qui). Observemos: argui, apazigúe, averigúe, enxágüe, enxagüe-
mos, obliqúe.
As letras ‘i’ e ‘u’ tônicos não são mais acentuadas em paroxítonas quando precedidos de diton-
go. Veja: baiúca,boiúna, feiura.
Emprego do hífen: hifenização
Expressões como a vontade, cor de vinho, abaixo de, fim de semana, café com leite, sala de jan-
tar, cartão de visita, pão de mel, cão de guarda,
Exceções a regra (consagradas pelo uso): água-de-colônia, pé-de- meia, arco-da-velha, mais-que-
-perfeito, ao-Deus-dará, queima-roupa, cor-de-rosa.
Qual a regra se segue? Antessala, autorretrato, antirrevolucionário, antirrugas, arquiromântico,
autorregulamentação, contrassenha, extrarregimento, minirrádio, ultrassom, minirrestaurante.
Agora observe bem: hiper-requitando, hiper-requisitado, inter-racial, inter-relação, inter-regio-
nal, super-racional, super-realista, super-resistente.
Descubra a regra para: autoafirmação, autoajuda, autoaprendizagem, autoescola, autoinstru-
ção, autoestrada, contraexemplo, contraindicação, contraordem, extraescolar, extraordinário, extrao-
ficial, infraestrutura, antiaéreo, antiamericano, socioeconômico, semiaberto, semiembriagado.
Observe o porquê do hífen. Anti-herói, anti-higiênico, extra-humano, semi-herbáceo.
Assim se escreve: ex-senador, vice-presidente, vice-governador, ex-marido, ex-namorado,
pan-americano, pré-natal, pro-desarmamento, pós-graduação, pré-história, pré-escolar, além-mar,
além-fronteiras, aquém-oceano,recém-nascidos,sem–número,sem-teto, anti-inflamatório, anti-ibéri-
co, anti-imperialista, anti-inflacionário, anti-infeccioso,semi-integral, arqui-inimigo, micro-ondas, mi-
cro-orgânico, micro-ônibus.
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Bem-vindos! Bien vindos! Welcome.
Temos por objetivo unir culturas, eliminar as diferenças de grafias entre os diversos países que
tem o Portugês como a lingua oficial. Eliminar as diferenças entre o português lusitano do brasileiro.
Dessa forma é possivel ter autores de Moçambique sem dificuldades com a grafia.
Língua, uma forma de conversão da sociedade, que apresenta regras e leis que se associam para
se respeitar. Mas de 80% das pessoas que falam de portugues do mundo moram em terras brasileiras.
Os países que apresentam a lingua portuguesa como seu idioma oficial são: (São Tomé e Prín-
cipe,Cabo verde, Moçambique, Portugal,Guiné-Bissau, Angola). Na Ásia está em Goa e Timor-Leste.
OBS.: DISPONIBILIZAMOS PARA VOCÊ UM ENCARTE ESPECIAL e DESTACÁVEL PARA CONSUL-
TAS NO FINAL DA APOSTILA. SUGERIMOS PLASTIFICAÇÃO.
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Releituras de Carlos Drummond de Andrade
Aula de português
A linguagem
na ponta da língua,
tão fácil de falar
e de entender.
A linguagem
na superfície estrelada de letras,
sabe lá o que ela quer dizer?
Professor Carlos Góis, ele é quem sabe,
e vai desmatando
o amazonas de minha ignorância.
Figuras de gramática, esquipáticas,
atropelam-me, aturdem-me, sequestram-me.
Já esqueci a língua em que comia,
em que pedia para ir lá fora,
em que levava e dava pontapé,
a língua, breve língua entrecortada
do namoro com a prima.
O português são dois; o outro, mistério.
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ESTUDO DE PALAVRAS:
3) Observe:
O Rio Amazonas é um dos maiores do mundo.
Sentido próprio ou denotativo aquele em que a palavra aparece apenas com um sentido.
O garoto desmatava o amazonas da sua ignorância.
Sentido figurado ou conotativo aquele em que a palavra aparece com um sentido diferen-
te do que lhe é próprio, usual.
4) Empregue as palavras abaixo em frases dando a elas sentido denotativo e conotativo.Veja:
Os cachorros uivavam a noite / O vento uivava na noite.
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a) Caminho:
b) Trevas:
c) Nuvem:
d) Colheita:
e) Asas:
f) Suavidade:
Proposta de redação:
Você vai preparar um texto dissertativo sobre o atual ensino brasileiro. Procure
ler sobre o assunto e ouvir a opinião de algumas pessoas. Realize uma entrevista com al-
guém da área.
Antes de escrever, procure responder às seguintes questões:
1) Que importância tem o sistema de ensino dentro de um país?
2) Quais são os aspectos positivos do ensino atual?
3) Quais são os aspectos negativos do ensino atual?
4) No Brasil, há escolas oficiais e particulares. Comente esse fato. Não esque-
ça: Cite a rede particular e a pública.
5) Quais seriam as causas da atual situação do ensino?
6) Quais serão as consequências da atual situação?
7) Seria possível melhorar a situação do atual sistema de ensino? Como?
8) Qual sua ideia final, sua conclusão sobre o assunto?
9) Transforme suas respostas em um texto dissertativo, organizando suas ideias da seguin-
te maneira:
• Introdução: respostas à questão 1.
• Desenvolvimento: respostas às questões 2, 3, 4, 5 e 6.
• Conclusão : respostas às questões 7 e 8.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
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OS PLURAL? ONDE ESTÃO OS PLURAL?
Você caminha por uma rua tranquila da cidade e, ao passar pela porta do res-
taurante de aparência simpática, não pode deixar de reparar na placa que anun-
cia “refeições caseira”. Um pouco adiante, sua aula prática de concordância ga-
nha um novo colorido: um vendedor anuncia, pelo alto falante do velho caminhão,
“frutas fresquinha”, “morangos maduro” e “quatro caixa de caqui por oito real”.
Se uma associação de ideias o remeter imediatamente ao grande palco da tempora-
da da política em Brasília, não será mera coincidência: também na CPI dos Correios o s fi-
nal sucumbiu ao que se pode considerar a nova moda de tornar as palavras absolutamen-
te invariáveis, sem levar em conta se designam uma, duas, cinco ou 10 unidades.
Poupemos os nomes, já que este comentário, nem de longe, pretende engrossar as
fileiras do denuncismo. Mas, como ficar insensível diante de joias linguistas como “pesso-
as vinculada ao partido”, “nas últimas campanha”, “as regiões mais carente, mais distan-
te dos grandes centro” “os militante”, “os partido de base aliada”, “nos escritório dos Cor-
reio”, “esses detalhe”?
No começo, você pensa que ouviu mal, que não estava prestando a atenção de-
vida. Por isso, apura os sentidos. Aí vem a surpresa: a linguagem não se altera. In-
timamente, você pergunta-se, a exemplo do que ocorreu com muitas outras pes-
soas: como é possível? A final, nas 10 ou 15 horas de depoimentos e perguntas
de cada sessão da CPI, cruzam-se as vozes de deputados, senadores, dirigentes de parti-
dos, secretárias de altos empresários.
Para dizer o menos, trata-se de pessoas para que a linguagem constitui impor-
tante forma de comunicação, de expressão ou de convencimento. Em maior ou menor
grau, frequentaram boas escolas (presume-se), tiveram acesso aos diversos níveis de en-
sino formal, muitas até exibem um anel universitário. Como admitir, então, tamanho des-
caso com o idioma?
Engana-se quem pensa que tudo se limitou a enunciar ou não um s no fim das
palavras. A concordância também não escapou incólume desse escapamento ver-
bal: “Indiquei x nomes. Esses nomes foi pra cá ou pra lá.”/ “A Senhora tem tudo
pra fazer que seja reparado os danos cometidos.”/ “O que me traz à CPI é alguns
assuntos como...”. E os casos clássicos do gênero, claro, dificilmente ficariam au-
sentes: “Haviam muitos problemas a resolver”, “houveram casos que eu não gos-
taria de mencionar”, “faziam dois anos que eu vinha alertando os dirigentes”, “já fa-
zem 10 horas que estamos reunidos e nada se resolver até agora”.
O nervosismo do momento pode justificar um ou outro erro ocasional, é evi-
dente, mas não, depois de horas de depoimento, pronúncias como “probrema”, “cra-
ro”, “Pranarto”, “recramações”, “habeas corpio”, “seje”, “esteje”, “areoporto”, etc. Como
se vê, infelizmente, não é apenas de honestidade e lisura no trato dos recursos públi-
cos que o país está precisando.
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ATIVIDADE
1) Compare estas duas orações abaixo:
(1) Os políticos cometem graves erros de concordância .
(2) O poeta transgrediu as regras de concordância .
2) Porque o autor transgrediu as regras de concordância nominal no título dotexto?
3) Como você observou, em nossa sociedade, as pessoas estão constantemente sendo avalia-
das pela sua forma de falar. Por uma questão de preconceito, costuma-se chamar de erro a varie-
dade da língua falada por pessoas de baixo nível social, econômico e cultural. Quando uma pessoa
pertence a uma classe social mais elevada usa uma variedade diferente da culta, geralmen-
te se diz que ela cometeu um “deslize”. De que forma o autor revela essa visão preconceituo-
sa de nossa sociedade?
8) Identifique no texto os exemplos de “erros” de concordância VERBAL e reescreva-os corrigindo .
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Falar e escrever bem ajuda na hora que arrumar emprego, conseguir promoção e até para con-
quistar namorado ou namorada. Mas não vá exagerar na dose e virar um patrulheiro da língua, por-
que geralmente “pega mal”.
É BOM FALAR O BOM PORTUGUÊS
Falar e escrever bem é importante na hora de conquistar um namorado ou namorada.Mas sem exa-
gerar!
“Eu gosto de escrever e sempre me correspondo com meus amigos, através de e- mail. Assim, co-
nheço muitas pessoas por esse meio de comunicação. Uma vez, conversei por escrito com um ra-
paz que escrevia bem, tinha um texto inteligente, irônico mas correto, sedutor. Fiquei muito impressio-
nada. Pena que “ao vivo”.
Não correspondia à boa conversa. O namoro foi um desastre; sem graça! Já namorei também um ga-
roto que escrevia muito mal, um texto desorganizado, com muitos erros. Não aguentei e corrigi seus er-
ros pela internet.
Resultado: Ele se ofendeu e o namoro acabou. Saber escrever demonstra cultura, conhecimen-
to, mostra que a pessoa quer evoluir. “ Sou chata, não gosto de ouvir ou ler verbos mal conjuga-
dos e palavras empregadas errado.”
(Luana, recepcionista)
“DISPENSEI UM FUNCIONÁRIO QUE ESCREVIA MAL”
“Há um mês atrás, mandei embora um funcionário da área administrativa porque ele escre-
via e falava muito mal. Ele tinha sérias dificuldades com a língua portuguesa.
Errava ortografia, concordância, não percebia que os documentos eram formais e exigiam tex-
tos organizados e corretos. Sua função era escrever relatórios a clientes e, para isso, a clareza e a cor-
reção gramatical são imprescindíveis.
Eu observo que conhecer bem a língua, atualmente, é uma necessidade, e por isso, exijo
isso de meus funcionários. Não adianta querer fazer um cursinho rápido para aprender a escrever bem. A for-
mação e o ensino se alicerçam em muitos anos de estudo. Quem não dá importância a uma boa forma-
ção e não cultiva o hábito de leitura vai enfrentar sérias dificuldades para trabalhar. Um dos requisit-
os para admitir uma pessoa como funcionária da minha empresa é apresentar uma boa redação.”
(Pedro Luís, empresário)
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Você observou que, em determinadas situações, é necessário utilizar a linguagem culta, a nor-
ma padrão. É o que as pessoas costumam chamar de “português correto”. Não é adequado chamar a “lín-
gua padrão” de “português correto”, porque todas as linguagens, todos os falares são corretos, depen-
dendo da situação em que estão inseridos.
A língua culta ou norma padrão é aquela usada, geralmente, em textos escritos, documentos, jor-
nais, televisão, revistas e nas situações de comunicação entre pessoas cultas. É valorizada porque sa-
ber usá-la dá certo poder ao falante em determinadas situações: arrumar um emprego, escrever uma dis-
sertação científica, etc.
Os períodos a seguir foram retirados de produções de alunos. Identifique os problemas de ortogra-
fia, concordância, ou significado e redija uma proposta de correção.
a) “O nosso ambiente ele estava muito estragado e muito poluído por causa que os ou-
tros não zela o ar puro.”
b) “O serumano no mesmo tempo no mesmo tempo que constrói também destrói, pois
nóis temos que nos unir para realizar parcerias”.
c) “Vamos mostrar que somos semelhantemente iguais”.
d) “Morrem queimados e asfiquiciados”.
e) “Hoje endia a natureza..”.
f) “O maios problema da floresta Amazonas é o desmatamento dos peixes”.
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Princípios do Manifesto 2.0
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Você já reparou na quantidade de lixo que produz todo dia? Por mais cuidado que a gente te-
nha, sempre surgindo migalhas de pão, potes vazios, cascas de banana, papéis, restos de borracha, e ou-
tros .... Fabricamos lixo o tempo todo.
Até hoje não conseguimos um jeito de evitar que isso aconteça. E o curioso é que, quanto mais in-
dustrializado é um pais, maior é a quantidade de lixo que ele produz.A história do lixo é tão antiga quan-
to a humanidade. Só que havia menos gente e eram jogados fora basicamente restos de comida e ma-
teriais orgânicos.
As pessoas moravam em cavernas e, quando a caça diminuía, simplesmente se muda-
vam. O lixo, formado de sobras de alimentos ia se decompondo com o passar do tempo. O proble-
ma da sujeira foi aumentando com a civilização e também com o surgimento das grandes cidades.
Pelo que se sabe, a Roma antiga foi uma das primeiras a enfrentar o problema, pois tinha mui-
tos habitantes. Os romanos despejavam o lixo e o esgoto nos rios, onde os resíduos eram dissolvi-
dos pela correnteza e carregados para o mar.
Depois, na Idade Média, nos povoados que existiam na região que hoje é a Europa, o lixo se acumu-
lava nas ruas e facilitava a transmissão de doenças. Mais tarde, as cidades cresceram e ganharam siste-
mas de esgoto e novos reservatórios de água, o que ajudava a manter a higiene e a limpeza. Mas a pop-
ulação e a produção de lixo foram aumentando.
PROBLEMA SÉRIO
No século 20, a quantidade de lixo aumentou muito e o assunto virou preocupação mun-
dial. Com o avanço da tecnologia, todo mundo passou a usar materiais como plástico, isopor, lâmpa-
das, e pilhas, que começaram a fazer parte do lixo e a poluir a natureza. Além disso, há toneladas de de-
tritos produzidos pelas fábricas, que jogam toneladas de sujeira nos rios e mares todos os dias.
Segundo os estudiosos só no Brasil cada um de nós fabrica mais de 300 quilos de lixo por ano. São 25 mil qui-
los de lixo durante a vida toda!
E a gente começa cedo, pois desde bebês usamos fraldas descartáveis e produtos em poti-
nhos que depois serão jogados fora. Resultado: com apenas uma semana de vida, já produzimos uma pi-
lha de lixo equivalente a quatro vezes nosso tamanho.
Uma das saídas para dar fim à sujeira é fazer coleta seletiva, ou seja, recolher os materiais separa-
damente, o que facilita o seu reaproveitamento. Através da reciclagem. Além disso, é importante reci-
clar papel, plástico e vidro e construir usinas geradoras de energia elétrica que usam o lixo como com-
bustível. O legal é que todos podem e devem ajudar! Esse papel participativo é para todo cidadão
responsável.
Texto Publicitário do Circuito Cultural da Praça Liberdade
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TEXTO E INTERPRETAÇÃO
SUPERMERCADOS: AS CATEDRAIS DO CONSUMO
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na lista. Você chega lá, olha para a mercadoria, verifica quanto tem no bolso e depois se
justifica: “Vou comprar só desta vez para experimentar”. As pesquisas assinalam ainda que
nas compras o impulso ocorre da classe média para cima. Abaixo da classe média, diminui
sensivelmente. Até mesmo porque, se houvesse impulso, não haveria dinheiro.
Na zona Sul o que mais se vende é o enlatado. Os artigos de toucador não saem mui-
to. O cidadão da zona sul não dorme de touca. Na zona norte, em primeiro lugar vem os
artigos de primeira necessidade, em segundo os de segunda necessidade e em terceiro os
de quarta necessidade. Os supermercados ainda não vendem os de terceira necessidade.
Ao todo, os supermercados cariocas vendem 80 por cento dos artigos comercializa-
dos. E eu fico aqui pensando como sobreviviam nossos antecessores sem supermercados.
Aliás, por que não instalam mais supermercados no nordeste para que o pessoal também
possa comer melhor? Em São Paulo a proporção é menor que no Rio. Ainda assim, o Jum-
bo, da cadeia do Pão de Açúcar, oferece quase 70.000 tipos de produtos. Os supermerca-
dos praticamente têm de tudo. Alguns tem até desabamento.
Os supermercados transformaram os hábitos de venda. Terminaram com os ven-
dedores. O que foi melhor pra eles. Com menos gente vendendo, sobra mais gente pra
comprar. E como se compra! Positivamente, isto aqui não é uma sociedade de lazer. Por
enquanto, é do comer. Sem os vendedores, acabaram as conversas e as pechinchas. O
supermercado é um dos poucos lugares onde não se pode dizer não à inflação. Não tem
a quem.
A única figura disponível para uma conversinha é a caixa. Mas seu trabalho diário ba-
tendo alucinadamente naquelas teclas da registradora, já as transformou em verdadeiros
autômatos. As caixas falam por números. Alguns sociólogos explicam que a presença de
toda a família é a forma de exercitar a conversa. Outros admitem que a família se reúne
para ir a um supermercado porque a família que compra unida continua unida. A grande
maioria dos estudiosos, porém, prefere acreditar que o supermercado seja um programa
tão atraente quanto um circo ou um parque de diversões. É também no supermercado
que os garotos tiram as frustrações do automóvel, dirigindo os carrinhos de compras.
Os garotos gostam tanto de dar trombadas no alheio que, no ano passado, quando
minha irmã perguntou ao filho o que ele queria de Natal, ele respondeu : um carrinho de
supermercado.
Há horários em que os carrinhos – com ou sem garotos - congestionam comple-
tamente os corredores. Já era tempo de colocar guardas de trânsito pelas esquinas dos
supermercados para evitar batidas, engarrafamentos e principalmente que as madames
larguem os carrinhos no meio do corredor para ir buscar seu feijão do outro lado.
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2) A única afirmativa CORRETA, de acordo com o texto é:
a) As compras de impulso são mais comuns entre as mulheres.
b) Os supermercados são verdadeiros circos e parques.
c) As compras de impulso estão sujeitas à disponibilidade de dinheiro.
d) Os nossos antepassados não se alimentavam bem pois não dispunham de supermercados.
e) A instalação de supermercados no nordeste resolveria os problemas de fome naquela região.
3) De acordo com texto a única alternativa FALSA é:
a) Os supermercados não favorecem o combate a inflação.
b) A classe média sempre se beneficia com as compras de impulso.
c) A família reunida nos supermercados dá expansão as suas conversas.
d) A ausência de vendedores nos supermercados evita o decréscimo no preço das mercadorias.
e) As compras de impulso raramente ocorrem abaixo da classe média, por se tratar de pesso-
as de minguado poder aquisitivo.
4) A única passagem que não denota ironia é:
a) “( ) Alguns tem até desabamento.”
b) “( ) ... comendo até sair pelos ouvidos.”
c) “( ) ... ele respondeu: um carrinho de supermercado
d) “( ) E os de venda difícil são colocados à altura dos olhos”
e) “( ) ... a família que compra unida continua comendo unida”
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6) A assertiva abaixo que confirma o poder de oferta em 100% é:
a) Os supermercados praticamente têm de tudo. Alguns têm até desabamentos.
b) A única figura disponível para uma conversinha é o caixa.
c) O Jumbo, da cadeia do Pão de Açúcar, oferece quase 70.000 tipos de produtos.
d) Na zona sul o que mais vende é enlatados.
e) O Nordeste carece de supermercados.
Suporte: Jornal
Propaganda a ser limitada
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Não se trata de proibir o consumo de álcool, mas esses números deixam claro, por
outro lado , que ninguém deveria ser estimulado a beber. A propaganda é uma atividade
legítima para a esmagadora maioria dos produtos e serviços existentes. O caso das drogas
lícitas é uma exceção. A Constituição Federal, em seu artigo 220, prevê restrições a esse
tipo de publicidade.
Não faz, portanto, sentido a campanha que a Associação Brasileira de Publicidade
mantém desde o final de abril afirmando que a restrição à publicidade de cervejas teria o
mesmo efeito que proibir “a fabricação de abridores de garrafa”.
Louvar as virtudes reais ou imaginárias de abridores de garrafa não costuma levar
jovens a consumir quantidades crescentes de drogas psicotrópicas. Já a propaganda de
cerveja o faz.
(Folha de São Paulo, 11/05/2008.Licenciado por Folhapress.)
1) Qual é o tema abordado pelo editorial?
2) Por que esse tema estava sendo debatido no Brasil naquele momento?
4) Coloque (F) para falso e (V) para verdadeiro:
( ) O editorial tem uma estrutura geralmente simples. Apresenta a tese (que apresenta
o ponto de vista do jornal), o desenvolvimento do tema através de argumentações e conclusão .
( ) Um editorial precisa necessariamente apresentar argumentos consistentes.
( ) Esse gênero privilegia a impessoalidade.
( ) A conclusão geralmente apresenta uma síntese das ideias expostas para a solução do proble-
ma abordado.
6) Cite quais são as principais características do editorial? Considere a finalidade do gênero, per-
fil dos interlocutores, suporte ou veículo, tema, estrutura e linguagem.
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9) Comente o trecho sublinhado no texto.
10) O texto nos remete a uma realidade combatida todos os dias. O que recentemente foi propos-
ta de redação do ENEM./2013. Comente sobre a Lei Seca no Brasil. (Parágrafo dissertativo).
TEXTO I
PAPOS
_ Me disseram...
_Disseram-me.
_Hein?
_O correto é “disseram-me”. Não, “me disseram”.
_Eu falo como quero. E te digo mais ... ou é “digo-te?”- O quê?
_Digo-te que você ...
_O “te” e o “você” não combinam.
_ Lhe digo?
_Também não. O que você ia me dizer?(...)
_Dispenso as suas correções. Vê se esquece-me. Falo como bem entender.
_Mato-o. Mato-lhe. Mato você. Matar-lhe-ei-te. Ouviu bem?
_Pois esqueça-o e para-te.Pronome no lugar certo é elitismo!
_Se você prefere falar errado...
_Falo como todo mundo fala. O importante é me entenderem. Ou entenderem-me?
_No caso. Não sei.
_Ah! Não sabe? Não o sabes? Sabes-lo não?
_Esquece.
_Não. Com “esquece” ? Você prefere falar errado? E o certo é “esquece” ou
“esqueça”? Ilumine-me. Me diga. Ensines-lo-me, vamos.
_Depende.
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_Depende. Perfeito. Não o sabes. Ensinar-me-lo-ias se o soubesse. Mas não sabes-o.
_Está bem, está bem. Desculpe. Fale como quiser.
_Agradeço-lhe a permisão para falar errado que mas dás. Mas não posso mais
dizer-lo-te o que dizer-te-ia.
_Por quê?
_Porque, com todo este papo, esqueci-lo.
VERÍSSIMO.Luís Fernando, Comédias para se ler na escola. RJ. 2001.
QUESTÕES
1) Uma das estratégias do narrador, no desenvolvimento da história, é explorar a contradi-
ção de um dos personagens. Retire do texto um exemplo dessa estratégia.
2) No texto de Luís Fernando Veríssimo, um dos personagens critica o uso dos pronomes oblíquos fa-
lados por outro personagem. Sobre o texto, pode-se afirmar que: (0.5)
A) O autor quis criticar a gramática normativa sobre o uso dos pronomes.
B) Os dois personagens do texto são intransigentes quanto ao uso da norma padrão da língua.
C) Um dos personagens acha inaceitável o uso da mesóclise durante um papo.
D) O dois personagens conhecem bem as regras de uso de colocação pronominal.
E) O autor, em forma de zombaria, critica o uso da norma padrão em situação de oralidade.
4) As construções “Matar-lhe-ei-te”, “sabes-lo”, “Ensines-lo-me” e “esquecilo” não existem em por-
tuguês, nem na norma culta e muito menos na norma popular. No texto, portanto, elas têm uma fun-
ção especial, que é: (0.5)
A) Demonstrar que as regras de colocação pronominal são irrelevantes.
B) Identificar as características do personagem: ele é chato e gosta de parecer elitista.
C) Ironizar o falso conhecimento que o outro personagem tem das regras de colocação pronomi-
nal.
D) Satirizar as pessoas que falam errado.
E) Provocar um efeito de humor com as dificuldades do personagem.
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Fonte:Http://cargocollective.com/ricardosantiago/jamoto
TEXTO II: “As motos Flex da Honda emitem menos gás carbônico e são mais econômi-
cas na hora de abastecer. A natureza agradece. O seu bolso também.”
Disponível em: <http://cargocollective.com/ricardosantiago/jamoto>
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A era da falta d’água
Uma previsão catastrófica marca o colapso da água no mundo para o ano 2025. Foi
dada a largada para a corrida em busca de soluções. Veja o que se pode fazer para não en-
trarmos pelo cano
Por Claudio Angelo, Mariana Mello e Maria Fernanda Vomero colaboraram Mô-
nica Rentschler, de Tóquio, e Daniel Blumenthal, de Jerusalém Se você se comove
quando vê imagens como esta, melhor recolher as lágrimas e guardá-las. Vai piorar.
O velho pesadelo dos ambientalistas de que as reservas mundiais de água doce vão
entrar em colapso em algum momento do século XXI nunca esteve tão próximo de vi-
rar realidade. Um estudo das Nações Unidas divulgado este ano prevê que 2,7 bi-
lhões de seres humanos - 45% da população mundial - vão ficar sem água no ano
2025. O problema já afeta 1 bilhão de indivíduos, principalmente no Oriente Médio e nor-
te da África
Daqui a 25 anos, Índia, China e África do Sul deverão entrar na estatística
“Nesses lugares, as reservas deverão se esgotar completamente”, alerta o autor do
estudo, o geólogo Igor Shiklomanov, do Instituto Hidrológico Estatal de São Petersbur-
go, Rússia
O precário abastecimento d’água desses lugares vai falir por vários moti-
vos. “Nos últimos cinquenta anos, a população mundial triplicou e o consumo de água
aumentou seis vezes”, sintetiza o ecólogo paulista José Galizia Tundisi, do Institu-
to Internacional de Ecologia. Com a população cresce também a agricultura, a ativida-
de humana que mais consome o líquido. “Os países em desenvolvimento vão aumen-
tar seu uso de água em até 200% em 25 anos”, disse Shiklomanov à SUPER
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Gente demais já basta para tornar a situação aflitiva em um terço do plane-
ta. Para piorar, a saúde dos rios - as principais fontes de água doce da Terra - está pio-
rando. Metade dos mananciais do planeta está ameaçada pela poluição e pelo as-
soreamento. Só a Ásia despeja anualmente em seus cursos d’água 850 bilhões de
litros de esgoto. E cada litro de sujeira num rio inutiliza 10 litros da sua água. “A humani-
dade sempre tratou a água como um recurso inesgotável”, explica o hidrogeólogo Aldo Re-
bouças, da Universidade de São Paulo (USP). “Estamos descobrindo, da pior forma possí-
vel, que não é bem assim.”
As previsões são turvas, é verdade. Só que não estamos inexoravelmente condena-
dos a entrar pelo cano. Os mananciais degradados podem ser despoluídos.
Novas técnicas de tratamento cada vez mais reutilizam a água do esgoto em países
desenvolvidos. Melhoraram, bastante, as condições técnicas e econômicas para a explora-
ção de fontes alternativas, como a dessalinização da água do mar.
E nem só processos caros e sofisticados oferecem soluções para a crise.
É o caso da remota vila de Baontha-Koyala, no noroeste da Índia. Seus habitan-
tes não tinham uma gota d’água para beber até meados da década de 80. No final dos
anos 90, recuperaram seus lençóis subterrâneos e o principal rio da região voltou a
ter água. O que fizeram? Simples. Cavaram poços no quintal das casas para reco-
lher água de chuva. É o óbvio. Mas ninguém havia feito antes. O exemplo serve para o Nor-
deste brasileiro. É só usar a cabeça.
A propósito do texto:
1- Copie as principais informações de cada parágrafo. Lembre-se de que nem todos os perío-
dos que formam os parágrafos apresentam informações essenciais. Agora, responda:
a) Qual é o principal fato transmitido pelo texto?
b) Qual é a sua causa?
c) Quais são as consequências desse fato?
2- Sabendo que eco – significa “causa, meio ambiente”, hidro- significa “água”, geo – ter-
ra, e logo “ o que estuda”, tente explicar o que fazem um hidrogeólogo e um ecólogo. Há, no quarto pa-
rágrafo, algumas expressões que jornalistas usam com objetivo de aproximar-se do leitor. Transcre-
va-as e explique por que elas foram estrategicamente escolhidas para falar do assunto em questão.
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Fonte: twicsy.com/i/6Hz8M
4- Com base na tirinha, qual das ações apresentadas é avaliada NEGATIVAMENTE pelo persona-
gem, em decorrência da seca?
a) Cutucar o nariz
b) Olhar o céu azulão
c) Ver ipês floridos
d) Usar umidificador
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Fonte: geografia1004.wordpress.com
Qual das alternativas apresenta um trecho de uma musica que corresponde CORRETAMEN-
TE ao quadro indicado entre colchetes?
a) “A vida aqui só é ruim / Quando não chove no chão / Mas se chover, dá de tudo / Fartura tem de por-
ção”. (Luiz Gonzaga) – [Correspondente ao quadro 2]
b) “Fogo, fogo de artifício / Quero ser sempre o menino / As estrelas deste mundo , Xan-
gô / Ai, São João, Xangô menino” (Caetano Veloso)– [Correspondente ao quadro 3]
c) “Olha pro céu, meu amor! / Veja como ele esta lindo ! / Olha para aquele balão multicor /
Que La no céu vai sumindo!” (Luiz Gonzaga) – [Corresponde ao quadro 2]
d) “Ver a terra rachada, amolecendo / A terra antes pobre, enriquecendo / O milho pro céu apontan-
do / O feijão pelo céu enramando!” (Gonzaga Jr) [ Corresponde ao quadro 1] 52
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DETALHES
O velho porteiro do palácio chega em casa, trêmulo. Como sempre que tem bai-
le no palácio, sua mulher o espera com café da manhã reforçado. Mas desta vez ele nem
olha para a xícara fumegante, o bolo, a manteiga, as geleias. Vai direto à aguardente. Atira-
se na sua poltrona perto do fogão e toma um longo gole de bebida, pelo gargalo.
— Helmuth, o que foi? — Espera, Helga. Deixa eu me controlar primeiro.
Toma outro gole de aguardente.
— Conta, homem! O que houve com você? Aconteceu alguma coisa no bai-
le? — Co-começou tudo bem. As pessoas chegando, todo mundo de gala, todos com
convite, tudo direitinho. Sempre tem, é claro, o filhinho de papai sem convite que
quer levar na conversa, mas já estou acostumado. Comigo não tem conversa. De repen-
te, chega a maior carruagem que eu já vi. Enorme. E toda de ouro. Puxada por três pa-
relhas de cavalos brancos. Cavalões! Elefantes! De dentro da carruagem, sal-
ta uma dona. Sozinha. Uma beleza. Eu me preparo para barrar a entrada dela
porque mulher desacompanhada não entra no baile do palácio. Mas essa dona tão boni-
ta, tão sei lá, radiante, que eu não digo nada e deixo ela entrar.
— Co-começou tudo bem. As pessoas chegando, todo mundo de gala, to-
dos com convite, tudo direitinho. Sempre tem, é claro, o filhinho de papai sem con-
vite que quer levar na conversa, mas já estou acostumado. Comigo não tem conver-
sa. De repente, chega a maior carruagem que eu já vi. Enorme. E toda de ouro. Puxada
por três parelhas de cavalos brancos. Cavalões! Elefantes! De dentro da carruagem, sal-
ta uma dona. Sozinha. Uma beleza. Eu me preparo para barrar a entrada dela por-
que mulher desacompanhada não entra no baile do palácio. Mas essa dona tão boni-
ta, tão sei lá, radiante, que eu não digo nada e deixo ela entrar.
— Bom, Helmuth. Até aí..
— Espera. O baile continua. Tudo normal. Às vezes rola um bêbado pela esca-
daria, mas nada de mais. E então bate a meia-noite. Há um rebuliço na porta do palá-
cio. Olho para trás e vejo uma mulher maltrapilha que desce pela escadaria, corren-
do. Ela perde uma sapato. E o príncipe atrás dela.
— Bom, Helmuth. Até aí..
— Espera. O baile continua. Tudo normal. Às vezes rola um bêbado pela esca-
daria, mas nada de mais. E então bate a meia-noite. Há um rebuliço na porta do palá-
cio. Olho para trás e vejo uma mulher maltrapilha que desce pela escadaria, corren-
do. Ela perde uma sapato. E o príncipe atrás dela.
— O príncipe? — Ele mesmo. E gritando para mim segurar a esfarrapada. “Segu-
ra! Segura!” Me preparo para segura-la quando ouço uma espécie de “vum” acompanha-
do de um clarão. Me viro e..
— E o quê, meu Deus? O porteiro esvazia a garrafa com um último gole.
— Você não vai acreditar.
— O príncipe?
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
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Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
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PARTE II
1. CAPA
2. FOLHA DE ROSTO
3. DEDICATÓRIA
4. AGRADECIMENTOS.
5. SUMÁRIO
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
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7. DESENVOLVIMENTO
8. CONCLUSÃO
9. BIBLIOGRAFIA
1. CAPA : É a primeira folha do trabalho e tem como objetivo protegê-lo. Deve conter da-
dos do(s) autores e título. Pode trazer ilustrações.
2. FOLHA DE ROSTO: Apresenta o(s) nome(s) do(s) autor(es), o título, local e ano.
Deve conter informações sobre a apresentação do trabalho (nome da disciplina, do pro-
fessor orientador e da escola).
3. DEDICATÓRIA OU AGRADECIMENTO: São partes opcionais do trabalho. O agradecimen-
to é feito a pessoas que ajudaram diretamente na execução do trabalho. A dedicató-
ria é livre.
4. SUMÁRIO/SUMARIZAÇÃO: Enumeração dos capítulos e subdivisões, apresenta-
dos na mesma ordem e grafia com que aparecem no texto. O sumário corresponde ao es-
quema elaborado para desenvolvimento do trabalho.
5 .INTRODUÇÃO: É a apresentação ou exposição do trabalho. É a parte na qual se situa o lei-
tor diante do assunto que irá ler, mencionando os principais itens e traçando os objeti-
vos.
6. DESENVOLVIMENTO: É a parte na qual se desenvolve o assunto a ser tratado . É onde ex-
pomos os itens inicialmente destacados, analisando-os detalhadamente.
7. CONCLUSÃO: É a síntese do trabalho, onde expomos uma opinião crítica do assunto tra-
tado.
8. BIBLIOGRAFIA: Registro dos documentos consultados escrito em ordem alfabética por so-
brenome do autor.
PROPOSTA PRÁTICA: Elaboração de uma capa / folha de rosto e dedicatória acer-
ca de um assunto da escolha do aluno.
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1. Papel
A digitação deverá ser em papel branco, formato A4 (21,0 cm X 29,7 cm), sempre no anteverso (fren-
te) das folhas, tendo como única exceção a folha de rosto, onde, opcionalmente, deve ser coloca-
da no verso a ficha catalográfica do trabalho.
2. Capa
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
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3. Folha de rosto
3.1.2 Folha de rosto
Elemento obrigatório Autor: Nome do autor completo, centrado no alto da folha de rosto, mar-
gem vertical de 3,0 cm (fonte 14).
Título: Centro da página (fonte tamanho 16), quando houver subtítulo separar por dois pon-
tos e usar ( fonte 14) para o subtítulo.
Notas de apresentação: Tabulação: 7 tab – tamanho da fonte: 10 Local:Cidade da institui-
ção onde deve ser apresentado: (fonte 14) Ano de depósito: Entrega ( fonte 14)
4. Sumário
Elemento obrigatório identificado pela palavra “sumário”, escrita em letras maiúsculas e centra-
do. Obedece à margem mínima de 3,0 cm.
Os títulos de partes ou capítulos são indicados em letras maiúsculas e apenas a inicial maiúscu-
la para os títulos das subdivisões dos capítulos e partes.
Os itens ou elementos pré-textuais (anteriores ao texto) não devem fazer parte do sumá-
rio. Deve ser colocado como último elemento pré-textual (antes do texto da pesquisa)
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
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5. Texto
5.1. Fonte
Arial ou Times New Roman Escolhidas a fonte, ela deverá ser utilizada para todo o trabalho, in-
cluindo notas de rodapé, citações e titulações.
Tamanho: 12
Cor: Automática
O tamanho da fonte deverá ser 12 para o desenvolvimento do texto, 10 para citações lon-
gas (mais de três linhas), paginação, notas de ilustração, rodapé e outras notas e 14 para títu-
los. A impressão do trabalho deverá ser em cor preta. Somente poderão ser utilizadas cores para as
ilustrações.
5.2. Parágrafo.
Parágrafo – o texto inicia-se a 2,0 cm a partir da margem esquerda e não é dado espaço en-
tre um parágrafo e outro.
Menu formatar – Parágrafo – Recuo – Especial de primeira linha – 2,0 cm
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
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Numeração da página
Para o trabalho a nível acadêmico, todas as folhas a partir da folha de rosto devem ser contabili-
zadas. A numeração deve ser realizada com algarismos arábicos, situada no canto superior à di-
reita da folha, a 2,0 cm a partir da borda superior e da borda direita. Em trabalhos que apresen-
tam mais volumes, deve-se manter a numeração sequencial das páginas.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
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6. Ilustrações (Figuras ou fotos), gráficos e tabelas Deverão ser inseridos sempre em uma cai-
xa de texto
7. Referências
Elemento obrigatório. É um conjunto de elementos que permitem a identificação de publica-
ções, no todo ou em parte. Esses elementos podem ser essenciais ou complementares e são ex-
traídos do documento que estiver sendo referenciado. Os elementos essenciais são informações
indispensáveis à identificação do documento e, quando necessário, vêm acrescidos de elemen-
tos complementares (informações acrescentadas para melhor caracterizar os documentos).
Ao final do trabalho, as identificações de todas as fontes efetivamente utilizadas na realiza-
ção do trabalho serão organizadas em uma lista alfabética denominada “referências”.
Dica O embasamento teórico é muito importante para realizar o trabalho acadêmico e ser con-
siderado científico. Assim, as obras consultadas devem fazer parte das referências bibliográfi-
cas, pois, sem elas, o trabalho perde o caráter científico.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
63
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
• Martins, D. Silveira, ZilberKnop, L. Scliar.Português Instrumental São Paulo: Atlas, 2009
• Cegalla, Domingos Paschoal .Novíssima Gramática da Língua Portuguesa - Novo Acordo Ortográfi-
co - 48ª Nacional Ed. 2009
• Ferreira, Mauro.Aprender e Praticar Gramática/Mauro Ferreira. Ed.Renovada São Paulo:FTD.2007
• NEGROMONTE, Ronaldo. Estratégias de sobrevivência no mundo do trabalho: 10 di-
cas para você vender seu peixe. Belo Horizonte: Artesã, 2012. 208 p.
• GRAMÁTICA: texto, reflexão e uso/ Willian Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães. - 3.ed. re-
form -São Paulo : Atual ,2008
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ENFERMAGEM
Etapa 1
RESPONSABILIDADE
SOCIAL
MENSAGEM DA COORDENAÇÃO
Prezado aluno,
Ao iniciar um novo semestre, um mundo novo de novos conhecimentos está se abrindo para
você.
É uma nova etapa, onde cada escolha que fizer fará a diferença, não só na sua vida, mas daqueles
que estão próximos a você.
Faça a escolha certa.
Faça a opção por mais conhecimento, por novos e incrementados desafios que, ao serem venci-
dos, trarão não somente a sensação de vitória, mas a sensação de que você é o responsável pelo seu
destino.
E, para iniciar esse novo semestre, essa nova etapa de sua vida, deixo você com a tradução do
poema Invictus, do britânico William Ernest Henley, que inspirou ninguém menos do que o grande
Nelson Mandela (ele, por si só, uma inspiração constante).
Professora Juliceli Márcia de Oliveira
Invictus
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Sobre a Apostila
Esta apostila não pretende ser um manual, rígido, que engesse o professor e o impeça de de-
senvolver suas aulas de acordo com a turma, o curso e as circunstâncias que possam se apresentar.
Pelo contrário, pretende ser uma inspiração, para que o professor, a partir dela, possa construir
o melhor caminho para desenvolver o tão sonhado olhar diferenciado.
A apostila da disciplina Responsabilidade Social está estruturada em módulos, dessa forma, o
professor poderá definir a sequência em que os mesmos serão trabalhados, sem prejuízo algum para
a apreensão de conhecimentos por parte dos alunos.
Ao final de cada módulo há pelo menos um texto complementar sobre o assunto ou tema, de
alguma forma, a ele relacionado, para que os alunos possam se aprofundar ou para que o professor
possa utilizá-lo como base para uma atividade.
O conteúdo que aqui se apresenta é apenas uma parte de tudo que pode ser abordado na disci-
plina Responsabilidade Social. Cabe ao professor, junto com seus alunos, escolher entre tantos outros
caminhos que deseja percorrer. As possibilidades são infinitas.
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SUMÁRIO
Módulo I – Sensibilização................................................................................................................. 75
Para refletir................................................................................................................................ 75
Fome e Miséria.................................................................................................................. 75
Trabalho Escravo................................................................................................................ 76
Trabalho Infantil................................................................................................................. 77
Violência............................................................................................................................ 78
Violência contra a Mulher.................................................................................................. 79
Idosos................................................................................................................................. 79
Meio Ambiente.................................................................................................................. 80
Texto Complementar................................................................................................................. 81
Perguntas e respostas sobre trabalho escravo e a PEC 57A/199 (ex PEC 438/2001)................. 81
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Para refletir...
Fome e Miséria
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De acordo com o Censo 2010, o Brasil tem mais de 16 milhões de pessoas vivendo em situação
de extrema pobreza.
Trabalho Escravo
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Trabalho Infantil
De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2012, PNAD, 3,5 milhões de
crianças e adolescentes entre 5 e 17 anos estão sujeitas ao trabalho infantil.
Apesar dos números altos, os mesmos representam uma diminuição de 5,41% em relação aos
números de 2011; ou seja, 156 mil crianças e adolescentes a menos.
Número de pessoas
Faixa etária
(aproximado)
5 a 9 anos 81.000
10 a 13 anos 473.000
14 a 17 anos 3.000.000
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
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De acordo com a pesquisa Mapa da Violência 2010: Anatomia dos Homicídios no Brasil, reali-
zada pelo Instituto Sangari, em 2007 foram mais de 47,7 mil homicídios, ou seja, uma média de 131
vítimas diariamente.
25 a 29 anos 9.146
30 a 34 anos 6.241
35 a 39 anos 4.382
40 a 44 anos 3.266
45 a 49 anos 2.299
50 a 59 anos 2.684
60 a 69 anos 1.102
70 e mais anos 662
Dados de pesquisa ‘Mapa da Violência – 2011:
Os Jovens do Brasil’, realizada pelo Instituto
Sangari.
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Idosos
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Meio Ambiente
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TEXTO COMPLEMENTAR
Perguntas e respostas sobre trabalho escravo e a PEC 57A/199 (ex PEC 438/2001)
Produzido pela Repórter Brasil a pedido da Comissão Nacional para a Erradicação do Trabalho
Escravo (Conatrae).
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6) O atual conceito causa insegurança jurídica no campo porque ninguém sabe o que é trabalho
escravo.
Isso é uma falácia. A tentativa de mudar um conceito conhecido e aplicado é que vai levar à
insegurança jurídica, com milhares de processos tendo que tomar um novo rumo, trabalhadores des-
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
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7) Há produtores rurais que foram autuados por trabalho escravo devido à distância entre beli-
ches, espessura do colchão, falta de copos para beber água, de carteira assinada e de um local
adequado para refeições.
Esse é um argumento facilmente desconstruído. Quando um auditor fiscaliza um produtor, ele
emite autos de infração sobre todos os problemas encontrados. Mas não é auto de infração de col-
chão fino que configura o trabalho escravo. Quando ouvir um produtor ou parlamentar dizer isso,
pergunte sobre os outros autos de infração recebidos, sobre os quais nunca alguém quer falar. Além
do mais, não é apenas um auto que caracteriza trabalho escravo, mas um pacote deles, mostrando as
péssimas condições dos trabalhadores.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
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Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
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11) Por que a PEC 57A/1999 (ex- 438/2001) não diz nada sobre como ocorrerá o confisco de terras?
Por isso ficar a cargo de lei que regulamentará todo o processo. Uma proposta de rascunho des-
sa lei foi organizada pelos parlamentares favoráveis à PEC.
13) A verdadeira intenção dessa lei é a reforma agrária, pois muitas terras serão confiscadas.
Não. Considerando o confisco de terras com psicotrópicos, já em vigor, de 2003 a 2007, 18
propriedades nessas condições – todas elas no Nordeste e com uma área total aproximada de 5.200
hectares – foram destinadas a assentamentos. De acordo com a Coordenação Geral de Polícia de
Repressão aos Entorpecentes da Polícia Federal, apenas em 2004, 36 plantações de maconha foram
destruídas em todo o país. Repare que o número de confiscos é pequeno se considerada a quantidade
de plantações encontradas e destruídas devido ao rigor das decisões judiciais. Ou seja, apenas um
número reduzido daqueles que forem flagrados é que devem perder efetivamente suas terras.
14) Não é justo apenas produtores rurais perderem suas propriedades. Por que a PEC não passa a
valer também para o meio urbano?
E ela vale. Devido a um pedido de parlamentares ligados aos produtores rurais, o texto da PEC
incorporou os imóveis urbanos em 2004.
15) O condenado por trabalho escravo irá perder todas as terras que possui por conta da lei?
Não. Apenas aquela em que trabalho escravo foi encontrado.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
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Motosserra encontrada em propriedade flagrada com trabalho escravo usado para desmatar a área
18) A fiscalização abusa do poder e é guiada por um viés ideológico. A Polícia Federal entra armada
nas fazendas.
As equipes móveis de fiscalização (compostas por auditores do Ministério do Trabalho e Empre-
go, procuradores do Ministério Público do Trabalho, policiais federais ou policiais rodoviário federais)
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
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19) A culpa não é do fazendeiro e sim de gatos, gerentes e prepostos. O empresário não sabe dos
fatos que ocorrem dentro de sua fazenda e por isso não pode ser responsabilizado.
O empresário é o responsável legal por todas as relações trabalhistas de seu negócio. A Cons-
tituição Federal de 1988 condiciona a propriedade ao cumprimento de sua função social, sendo de
obrigação de seu proprietário tudo o que ocorrer nos domínios da fazenda. Por isso, o fazendeiro tem
o dever de acompanhar com frequência a ação dos funcionários que a administram para verificar se
eles estão descumprindo alguma norma da legislação trabalhista, além de orientá-los no sentido de
contratar trabalhadores de acordo com as normas estabelecidas pela CLT.
Para mais informações sobre a PEC do Trabalho Escravo, acesse trabalhoescravo.org.br. Fotos:
Leonardo Sakamoto, no banco de imagens do Especial PEC do Trabalho Escravo. Reprodução autori-
zada desde que citada a fonte.
* Dados atualizados em maio de 2013.
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Stakeholders
Stakeholder ou, em português, parte interessada refere-se a todos os envolvidos em um pro-
cesso. Por exemplo: clientes, colaboradores, investidores, fornecedores, comunidade, governo etc.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
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Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
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Já não restam dúvidas científicas de que o desenvolvimento sustentável é o único modelo capaz
de evitar a degradação em velocidade geométrica das condições de vida e, finalmente, a inevitável
extinção de várias espécies de flora e fauna do planeta, entre as quais provavelmente a do Homo
Sapiens – isto é, eu, você e nossos descendentes. Desconfie daqueles que se ocultam atrás de frases
como “a ciência mesmo tem dúvidas sobre…”. Eles procuram apenas um escudo para esconder sua
inércia, preguiça ou covardia.
Sabemos que, para buscar a sustentabilidade, uma pessoa ou organização deve adotar como pa-
drão de comportamento ou gestão ser ambientalmente correta, socialmente justa e economicamente
viável – o chamado triple bottom line, conceito formulado pelo britânico John Elkington. Sabemos
também que a busca pela sustentabilidade é uma caminhada que deve ser trilhada com início urgen-
te, imediato, mas final inexistente.
Então, o que faz uma pessoa, um cidadão, mobilizar-se pelo assunto ou uma empresa adotar a
sustentabilidade no universo corporativo? Não sou um pensador estrangeiro, desses que todos ficam
achando mais inteligentes do que os brasileiros, mas entendo que fundamentalmente a diferença
está numa qualidade humana chamada generosidade – e que a generosidade é o quarto elemento
do triple bottom line.
Generosidade é a qualidade do que é generoso, pródigo, do que perdoa facilmente, nobre, leal;
a virtude de quem acrescenta algo ao próximo. Generosas são tanto as pessoas que sentem prazer
em dividir algo com mais indivíduos, porque isso lhes fará bem (em um contexto egocêntrico), quanto
aquelas pessoas que dividirão bens tangíveis ou intangíveis com outros, sem a necessidade de receber
algo em troca. É o contrário da ganância. E isto se aplica quase que literalmente para organizações,
porque empresas não pensam: por trás delas sempre estão gestores humanos.
No livro Princípios de Filosofia, René Descartes apresenta a generosidade como “uma desperta-
dora do real valor do Eu” e, ao mesmo tempo, uma mediadora para que “a vontade se disponha a acei-
tar o concurso do entendimento”. É filosófico, sim, mas é simples: a generosidade é uma qualidade de
quem coloca os interesses de terceiros no mesmo plano dos seus interesses pessoais, para resolver
um problema ou dilema que atinge a todos, que busca o entendimento. Não é exatamente disso que
uma sociedade sustentável necessita?
No campo do direito, isso se chama “interesses difusos” e, como sabemos, os interesses difu-
sos – aqueles próprios do conjunto da sociedade – são constitucionalmente inalienáveis. Resumindo,
a generosidade deveria ser um dos fundamentos da sociedade brasileira, até mesmo pelo que está
escrito em nossa Constituição: é um bem inalienável. E a ganância, o oposto da generosidade, deveria
ser execrada, porque ofende direitos constitucionais coletivos.
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91
TEXTO COMPLEMENTAR 02
Relacionamento com partes interessadas
Pesquisa realizada pelo Uniethos em 2012 mostra que o relacionamento com stakeholders é um
processo intrínseco ao planejamento e à inovação.
O debate sobre a finalidade das empresas oscilou desde a década de 1950 entre o chamado
“capitalismo de stakeholders” e o “shareholder capitalism” (“capitalismo do acionista”). Um dos mar-
cos do início desse debate foi em 1951, quando Frank W. Abrams, então presidente do conselho da
Standard Oil of New Jersey, declarou: “O papel da administração é manter o equilíbrio equânime e
funcional entre reivindicações de distintos grupos de interesse diretamente afetados [...], acionistas,
funcionários, clientes e o público em geral”.
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Este texto faz parte de uma série de artigos de especialistas promovida pela área de Gestão Sus-
tentável, do Instituto Ethos, cujo objetivo é subsidiar e estimular as boas práticas de gestão.
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Social X Econômico
O momento atual nos leva à reflexões sobre o quanto as questões sociais podem, e interferem,
no dia a dia de cada um de nós e das empresas inclusive.
Perceber que não mais podemos ignorar que o modo como as pessoas vivem, a qualidade da
vida que têm fazem parte do conjunto de circunstâncias que atuam diretamente no modo, por exem-
plo, como o país está se desenvolvendo é imperativo, para que se possa promover ações para, pelo
menos, amenizar situações de risco social.
Uma empresa que está bem do ponto de vista econômico, porém que não sabe transformar seu
lucro financeiro em benefícios sociais não pode se vangloriar de seus resultados.
Estar bem quando tudo ao redor desmorona não é, definitivamente, estar bem.
No texto Gestão Social e Transformação da Realidade (publicado em 1999 e revisado em 2013),
Dowbor faz algumas afirmações que nos levam a refletir sobre a relação entre social e econômico.
Entre elas, podemos destacar:
• “Está se tornando evidente, já não numa visão de crítica sistemática anticapitalista, mas de
bom senso econômico e social, que um sistema que sabe produzir, mas não sabe distribuir,
simplesmente não é suficiente. Sobretudo se, ainda por cima, joga milhões no desemprego,
dilapida o meio ambiente e remunera mais os especuladores do que os produtores.”
• “Relatórios sobre o Desenvolvimento Humano, das Nações Unidas, qualificam de obsce-
nas as fortunas de pouco mais de quatrocentas pessoas no mundo, que dispõem de mais
riqueza pessoal do que a metade mais pobre da humanidade. Esta concentração de renda
é considerada tão vergonhosa como a escravidão e o colonialismo, sem lugar numa socie-
dade civilizada.”
• “A transformação é profunda. No decorrer de meio século, passamos de uma visão filantró-
pica, de generosidade assistencial, de caridade, de um tipo de bálsamo tranquilizador para
as consciências capitalistas, para a compreensão de que a área social se tornou essencial
para as próprias atividades econômicas.”
• “Esta mudança profunda de enfoque foi positiva. As áreas empresariais, com suporte de nu-
merosos estudos do Banco Mundial, passaram a entender que não se trata de simples cos-
mética social, mas das condições indispensáveis para a própria produtividade empresarial.
É a visão que leva, em numerosos países, a que as próprias empresas deem forte sustento
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
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No Brasil, temos o Instituto Ethos, como suporte para aquelas empresas que desejam mudar de
postura e desenvolver uma forma de gestão mais ética, que esteja mais de acordo com o momento
atual. Um momento que demanda ética, enfoque no coletivo, pensamento não somente no lucro, mas
no que de bom pode advir do mesmo.
Instituto Ethos
• O Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social é uma Organização da Sociedade
Civil de Interesse Público, OSCIP, criada com a missão de mobilizar, sensibilizar e ajudar as
empresas a gerir seus negócios de forma socialmente responsável, tornando-as parceiras
na construção de uma sociedade sustentável e justa.
• Seus 1508 (dados de 10/03/2013) associados – empresas de diferentes setores e portes –
têm faturamento anual correspondente a cerca de 35% do PIB brasileiro e empregam cerca
de 2 milhões de pessoas, tendo como característica principal o interesse em estabelecer
padrões éticos de relacionamento com funcionários, clientes, fornecedores, comunidade,
acionistas, poder público e com o meio ambiente.
Porte Total %
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Dia V
• Promovido pela FIEMG, desde 2001:
• Primeira edição: mais de 11 mil voluntários, em 44 cidades.
• Em 2011: 60 mil voluntários, desenvolveram 3.740 ações, em 152 cidades.
• A solidariedade mineira:
• 81% das empresas mineiras declararam ter realizado algum tipo de ação social para a
comunidade.
• Dados comparativos:
• RJ: 59%
• SP: 67%
TEXTO COMPLEMENTAR
Responsabilidade social empresarial e sustentabilidade para a gestão empresarial
O artigo mostra como as retóricas e controvérsias em torno desses conceitos são uma cortina de
fumaça para a gestão das organizações.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
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O modelo da sustentabilidade é uma nova forma de fazer negócios, que tem como pressupos-
to o novo papel da empresa na sociedade. Sustentabilidade e responsabilidade social trazem para o
modelo de negócios a perspectiva de longo prazo, a inclusão sistemática da visão e das demandas
das partes interessadas, e a transição para um modelo em que os princípios, a ética e a transparência
precedem a implementação de processos, produtos e serviços.
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Este texto faz parte de uma série de artigos de especialistas promovida pela área de Gestão Sus-
tentável do Instituto Ethos, cujo objetivo é subsidiar e estimular as boas práticas de gestão.
Sustentabilidade
Quando se fala em sustentabilidade, automaticamente a relacionamos a questões ambientais.
O fato é que sustentabilidade está também relacionada a questões sociais.
De acordo com o Relatório de Desenvolvimento Humano 2011, do Programa das Nações Unidas
para o Desenvolvimento, PNUD, a sustentabilidade está relacionada aos princípios básicos de igualda-
de, entre eles justiça social e maior acesso a uma melhor qualidade de vida.
Para que se possa atender a esses princípios são necessárias ações que não sejam somente
pontuais. Pelo contrário, tais ações demandam empenho por parte dos envolvidos, sejam empresas,
organizações sociais, pessoas físicas.
Para mudarmos a realidade é necessária, muitas vezes, a união do assistencialismo com a sus-
tentabilidade.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
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TEXTO COMPLEMENTAR
Artigo - O Assistencialismo e o Bolsa Família
O programa Bolsa Família tem recebido críticas à esquerda e à direita. A principal acusação é
que ele seria um programa assistencialista. Na verdade o programa Bolsa Família como qualquer pro-
grama focalizado nos mais pobres é um programa de assistência social. No dicionário Aurélio o termo
“assistência social” é definido como “serviço gratuito, de natureza diversa, prestado aos membros da
comunidade social, atendendo as necessidades daqueles que não dispõem de recursos suficientes”.
Assistencialismo, que por sinal não consta no dicionário, é na verdade uma deformação na prestação
da “assistência social”, envolvendo troca de favores e critérios pouco claros na forma de seleção dos
beneficiários. Portanto, um programa assistencialista é um programa de “assistência social” utilizado
como mecanismo de troca de favores. Como a crítica ao Bolsa Família não se baseia apenas em numa
crítica à forma de gestão, mas sim à própria natureza do programa, pode-se concluir que o que se
questiona é a “oportunidade” de se ter um esse tipo de programa no Brasil. Nessa(s) visão(ões) crí-
tica(s) o programa seria ruim por: 1) acomodar o pobre que não buscaria mais trabalho e ascender
socialmente e 2) desperdiçar dinheiro público com assistência quando o que importa é gerar emprego
e renda, única maneira de tirar a população da pobreza. Dar dinheiro aos mais pobres é uma idéia tão
ruim assim?
O que se esquece é que o Estado - desde sua origem - tributa e redistribui renda entre os diver-
sos segmentos da sociedade. Ou seja, além de prover bens públicos, a função do Estado é tirar de e
dar renda a diferentes segmentos da sociedade. Se essa redistribuição vai ajudar os mais pobres, ou os
mais ricos, ou vai ser neutra é uma questão que depende de fatores políticos, sociais e econômicos de
um determinado período histórico. Na Colônia e no Império medidas redistributivas se davam tanto
mediante programas assistenciais (ou o amparo social como se dizia à época) como, por exemplo, a
concessão de pensões a órfãos e a viúvas honestas, a ajuda à manutenção das casas de misericórdia,
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102
* Pesquisador do Ipea
103
Símbolos
Adotados no mundo todo, os ícones que representam os 8 ODM foram criados voluntariamente,
em 2005, no Brasil, como parte da campanha Nós Podemos, pela agência McCann-Erickson. O mentor
e coordenador da campanha foi o publicitário Percival Caropreso.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
104
Propondo que todas as crianças, em todas as regiões – independente de gênero, etnia e condi-
ções sociais – terminem o ensino fundamental, este objetivo está também relacionado à diminuição
da evasão escolar, à melhoria da qualidade do ensino, à elevação do número de anos na escola e à
diminuição da defasagem idade-série.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
105
Este objetivo está relacionado, entre outras coisas, à melhoria das condições de saneamento
e higiene, promoção de campanhas de vacinação, melhoria dos serviços de saúde e ampliação do
acesso aos mesmos. Enfim, depende de políticas, programas, recursos direcionados não somente às
crianças mas também às famílias e comunidades em geral.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
106
Este objetivo propõe deter a proliferação de doenças, o que necessita de ampliação do acesso às
informações por parte da população, também a meios de prevenção e de tratamento, além do com-
bate à discriminação. Também está relacionado à melhoria das condições de saneamento e de higiene
da população, da preocupação com questões ambientais e nutritivas.
Este objetivo é bastante amplo e se refere às questões ambientais, como preservação dos
recursos naturais, recuperação de áreas degradadas e a transformação de remanescentes em áreas
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
107
Este objetivo está relacionado ao estabelecimento de parcerias para que todos os objetivos an-
teriores sejam alcançados e a melhoria da qualidade de vida de toda a população seja estabelecida.
Busca também a participação de toda a sociedade em busca de um mundo melhor, mais justo e sus-
tentável, tanto no que se refere às questões ambientais quanto às sociais.
Os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio estão intimamente relacionados entre si. Por
exemplo, para que possamos, verdadeiramente, erradicar a fome e a miséria, é preciso garantir o
acesso a uma educação de qualidade, o que garantirá, no futuro, o acesso ao mercado de trabalho,
não em subempregos, mas em empregos que oferecerão condições daquela pessoa garantir sua qua-
lidade de vida e de sua família.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
108
Preâmbulo
Considerando que o reconhecimento da dignidade inerente a todos os membros da família hu-
mana e de seus direitos iguais e inalienáveis é o fundamento da liberdade, da justiça e da paz no
mundo.
Considerando que o desprezo e o desrespeito pelos direitos humanos resultaram em atos bár-
baros que ultrajaram a consciência da humanidade e que o advento de um mundo em que mulheres
e homens gozem de liberdade de palavra, de crença e da liberdade de viverem a salvo do temor e da
necessidade foi proclamado como a mais alta aspiração do ser humano comum.
Considerando ser essencial que os direitos humanos sejam protegidos pelo império da lei, para
que o ser humano não seja compelido, como último recurso, à rebelião contra a tirania e a opressão.
Considerando ser essencial promover o desenvolvimento de relações amistosas entre as nações.
Considerando que os povos das Nações Unidas reafirmaram, na Carta, sua fé nos direitos fun-
damentais do ser humano, na dignidade e no valor da pessoa humana e na igualdade de direitos do
homem e da mulher e que decidiram promover o progresso social e melhores condições de vida em
uma liberdade mais ampla.
Considerando que os Países-Membros se comprometeram a promover, em cooperação com as
Nações Unidas, o respeito universal aos direitos e liberdades fundamentais do ser humano e a obser-
vância desses direitos e liberdades.
Considerando que uma compreensão comum desses direitos e liberdades é da mais alta impor-
tância para o pleno cumprimento desse compromisso.
Agora portanto a Assembléia Geral proclama a presente Declaração Universal dos Direitos Hu-
manos como o ideal comum a ser atingido por todos os povos e todas as nações, com o objetivo de
que cada indivíduo e cada órgão da sociedade tendo sempre em mente esta Declaração, esforce-se,
por meio do ensino e da educação, por promover o respeito a esses direitos e liberdades, e, pela ado-
ção de medidas progressivas de caráter nacional e internacional, por assegurar o seu reconhecimento
e a sua observância universais e efetivos, tanto entre os povos dos próprios Países-Membros quanto
entre os povos dos territórios sob sua jurisdição.
Artigo 1
Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotados de razão e
consciência e devem agir em relação uns aos outros com espírito de fraternidade.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
109
Artigo 3
Todo ser humano tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal.
Artigo 4
Ninguém será mantido em escravidão ou servidão; a escravidão e o tráfico de escravos serão
proibidos em todas as suas formas.
Artigo 5
Ninguém será submetido à tortura, nem a tratamento ou castigo cruel, desumano ou degradante.
Artigo 6
Todo ser humano tem o direito de ser, em todos os lugares, reconhecido como pessoa perante
a lei.
Artigo 7
Todos são iguais perante a lei e têm direito, sem qualquer distinção, a igual proteção da lei.
Todos têm direito a igual proteção contra qualquer discriminação que viole a presente Declaração e
contra qualquer incitamento a tal discriminação.
Artigo 8
Todo ser humano tem direito a receber dos tribunais nacionais competentes remédio efetivo
para os atos que violem os direitos fundamentais que lhe sejam reconhecidos pela constituição ou
pela lei.
Artigo 9
Ninguém será arbitrariamente preso, detido ou exilado.
Artigo 10
Todo ser humano tem direito, em plena igualdade, a uma justa e pública audiência por parte de
um tribunal independente e imparcial, para decidir seus direitos e deveres ou fundamento de qual-
quer acusação criminal contra ele.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
110
Artigo 12
Ninguém será sujeito à interferência na sua vida privada, na sua família, no seu lar ou na sua
correspondência, nem a ataque à sua honra e reputação. Todo ser humano tem direito à proteção da
lei contra tais interferências ou ataques.
Artigo 13
1. Todo ser humano tem direito à liberdade de locomoção e residência dentro das fronteiras de cada
Estado.
2. Todo ser humano tem o direito de deixar qualquer país, inclusive o próprio e a esse regressar.
Artigo 14
1. Todo ser humano, vítima de perseguição, tem o direito de procurar e de gozar asilo em outros
países.
2. Esse direito não pode ser invocado em caso de perseguição legitimamente motivada por crimes
de direito comum ou por atos contrários aos objetivos e princípios das Nações Unidas.
Artigo 15
1. Todo ser humano tem direito a uma nacionalidade.
2. Ninguém será arbitrariamente privado de sua nacionalidade, nem do direito de mudar de nacio-
nalidade.
Artigo 16
1. Os homens e mulheres de maior idade, sem qualquer restrição de raça, nacionalidade ou religião,
têm o direito de contrair matrimônio e fundar uma família. Gozam de iguais direitos em relação
ao casamento, sua duração e sua dissolução.
2. O casamento não será válido senão com o livre e pleno consentimento dos nubentes.
3. A família é o núcleo natural e fundamental da sociedade e tem direito à proteção da sociedade e
do Estado.
Artigo 17
1. Todo ser humano tem direito à propriedade, só ou em sociedade com outros.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
111
Artigo 18
Todo ser humano tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião; esse direito
inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar essa religião ou crença
pelo ensino, pela prática, pelo culto em público ou em particular.
Artigo 19
Todo ser humano tem direito à liberdade de opinião e expressão; esse direito inclui a liberdade
de, sem interferência, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir informações e ideias por quais-
quer meios e independentemente de fronteiras.
Artigo 20
1. Todo ser humano tem direito à liberdade de reunião e associação pacífica.
2. Ninguém pode ser obrigado a fazer parte de uma associação.
Artigo 21
1. Todo ser humano tem o direito de tomar parte no governo de seu país diretamente ou por inter-
médio de representantes livremente escolhidos.
2. Todo ser humano tem igual direito de acesso ao serviço público do seu país.
3. A vontade do povo será a base da autoridade do governo; essa vontade será expressa em eleições
periódicas e legítimas, por sufrágio universal, por voto secreto ou processo equivalente que asse-
gure a liberdade de voto.
Artigo 22
Todo ser humano, como membro da sociedade, tem direito à segurança social, à realização pelo
esforço nacional, pela cooperação internacional e de acordo com a organização e recursos de cada
Estado, dos direitos econômicos, sociais e culturais indispensáveis à sua dignidade e ao livre desenvol-
vimento da sua personalidade.
Artigo 23
1. Todo ser humano tem direito ao trabalho, à livre escolha de emprego, a condições justas e favorá-
veis de trabalho e à proteção contra o desemprego.
2. Todo ser humano, sem qualquer distinção, tem direito a igual remuneração por igual trabalho.
3. Todo ser humano que trabalha tem direito a uma remuneração justa e satisfatória que lhe asse-
gure, assim como à sua família, uma existência compatível com a dignidade humana e a que se
acrescentarão, se necessário, outros meios de proteção social.
4. Todo ser humano tem direito a organizar sindicatos e a neles ingressar para proteção de seus in-
teresses.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
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Artigo 25
1. Todo ser humano tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar a si e à sua família saúde,
bem-estar, inclusive alimentação, vestuário, habitação, cuidados médicos e os serviços sociais
indispensáveis e direito à segurança em caso de desemprego, doença invalidez, viuvez, velhice ou
outros casos de perda dos meios de subsistência em circunstâncias fora de seu controle.
2. A maternidade e a infância têm direito a cuidados e assistência especiais. Todas as crianças, nas-
cidas dentro ou fora do matrimônio, gozarão da mesma proteção social.
Artigo 26
1. Todo ser humano tem direito à instrução. A instrução será gratuita, pelo menos nos graus elemen-
tares e fundamentais. A instrução elementar será obrigatória. A instrução técnico-profissional
será acessível a todos, bem como a instrução superior, esta baseada no mérito.
2. A instrução será orientada no sentido do pleno desenvolvimento da personalidade humana e do
fortalecimento do respeito pelos direitos do ser humano e pelas liberdades fundamentais. A ins-
trução promoverá a compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as nações e grupos raciais
ou religiosos e coadjuvará as atividades das Nações Unidas em prol da manutenção da paz.
3. Os pais têm prioridade de direito na escolha do gênero de instrução que será ministrada a seus
filhos.
Artigo 27
1. Todo ser humano tem o direito de participar livremente da vida cultural da comunidade, de fruir
as artes e de participar do progresso científico e de seus benefícios.
2. Todo ser humano tem direito à proteção dos interesses morais e materiais decorrentes de qual-
quer produção científica literária ou artística da qual seja autor.
Artigo 28
Todo ser humano tem direito a uma ordem social e internacional em que os direitos e liberdades
estabelecidos na presente Declaração possam ser plenamente realizados.
Artigo 29
1. Todo ser humano tem deveres para com a comunidade, na qual o livre e pleno desenvolvimento
de sua personalidade é possível.
2. No exercício de seus direitos e liberdades, todo ser humano estará sujeito apenas às limitações
determinadas pela lei, exclusivamente com o fim de assegurar o devido reconhecimento e res-
peito dos direitos e liberdades de outrem e de satisfazer as justas exigências da moral, da ordem
pública e do bem-estar de uma sociedade democrática.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
113
Artigo 30
Nenhuma disposição da presente Declaração poder ser interpretada como o reconhecimento a
qualquer Estado, grupo ou pessoa, do direito de exercer qualquer atividade ou praticar qualquer ato
destinado à destruição de quaisquer dos direitos e liberdades aqui estabelecidos.
UNICEF. Declaração Universal dos Direitos Humanos. Res. 217 AIII. 1948. Disponível em: http://www.unicef.org/
brazil/pt/resources_10133.htm. Acesso em jan 2016.
MÓDULO VI – PROGRAMA 5 S
Método que visa tornar os ambientes de trabalho organizados, ordenados, limpos e saudáveis,
o Programa 5S pode ser considerado a porta de entrada para a Qualidade Total.
O Programa 5S foi concebido por Kaoru Ishikawa em 1950, no Japão do pós-guerra (2ª Guerra
Mundial). Leva esse nome devido às iniciais das cinco palavras japonesas que sintetizam as cinco eta-
pas do programa: SEIRI, SEITON, SEISO, SEIKETSU, SHITSUKE.
* Tenha sempre em mente: o que é inútil para você pode ser útil para outra pessoa.
O programa 5S não se resume a mudar a aparência do local de trabalho ou outro local qualquer.
Na verdade, sua essência é outra: MUDAR ATITUDES E COMPORTAMENTO.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
114
Em 2010, o Brasil produziu 60,8 milhões de toneladas dos chamados resíduos sólidos urbanos.
Essa quantidade foi 6,8% mais alta que a registrada em 2009 e seis vezes maior que o crescimento
populacional que, no mesmo período, ficou em pouco mais de 1%. De todo esse resíduo, cerca de 6,5
milhões de toneladas foram parar em rios, córregos e terrenos baldios. Ainda 42,4%, ou seja, 22,9
milhões de toneladas foram depositados em lixões e aterros controlados e que não fazem o tratamen-
to adequado dos resíduos. Estas conclusões fazem parte do estudo Panorama dos Resíduos Sólidos
divulgado na semana passada pela Abrelpe (Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e
Resíduos Especiais).
Detalhes do mesmo relatório demonstram que estamos muito, mas muito distantes de tornar
o consumo consciente uma prática cotidiana na vida das pessoas em nosso país. Um bom exemplo é
que no ano passado, a média de lixo gerado por brasileiro ficou em 378 quilos, o que é 5,3% superior
aos 359 quilos de lixo per capita computados em 2009.
115
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TEXTO COMPLEMENTAR
Trecho retirado do artigo Responsabilidade social e voluntariado no Brasil, de Renato Arcúrio
Um objetivo comum e a cada dia mais presente na vida das organizações é a respon-
sabilidade social e entre as pessoas o voluntariado, que juntos estão ganhando força
e crescendo em busca de um desenvolvimento sustentável.
Renato Arcúrio
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118
Voluntariado no Brasil
Desde nossa colonização temos trabalho voluntário no Brasil, só que com características e obje-
tivos diferentes, e o que é interessante é que ele sempre foi importante para a sociedade. A caridade,
o assistencialismo, e a militância política deram lugar à solidariedade, ao desejo de fazer o bem, ao
exercício de cidadania.
O trabalho voluntário nos últimos 10 anos assumiu um significado muito especial e significativo,
pois de um caráter muito mais voltado para a caridade e o altruísmo, o trabalho voluntário passa a
ter uma característica de vontade de mudança e transformação. Esta característica está muito ligada,
talvez, a um sentimento de responsabilidade e de culpa que, entre outros, contribuíram para o nasci-
mento da visão de responsabilidade social. Um breve histórico do trabalho voluntário na Brasil, para
termos uma idéia de sua evolução e de sua compreensão atual.
Séc. XVI – primeiras manifestações de assistência social, baseadas em princípios da caridade
cristã. Segunda metade do séc. XIX – “cruzada filantrópica” em vista da disseminação de doenças
contagiosas (órfãos, alienados, inválidos, delinquentes), trabalho essencialmente feminino com enfo-
que na caridade. A partir de 1930 – conceito de filantropia – a partir da transferência do Estado para
a sociedade civil da atenção social à grande massa de trabalhadores sem carteira assinada. Final da
década de 50 – movimentos sociais reivindicatórios estruturam organizações, sofrendo retração de
1965 a 1980 por influência do Estado. Anos 80 – corresponsabilidades das questões sociais entre Es-
tado, sociedade civil (ONGs, Fundações e empresas). Anos 90 – voluntário é o cidadão motivado pela
solidariedade e participação em prol de causas de interesse social e comunitário.
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Ética no Voluntariado
O trabalho solidário, por meio do voluntariado, respeita valores, regras e princípios éticos, como
em qualquer profissão. Todo voluntário possui uma motivação e, independente desta, é essencial in-
tegrar responsabilidades e ética na função a ser executada.
Sobre isso, Srour (2000, p.51) afirma:
“Os dispositivos que compõem os códigos morais traduzem valores, princípios, nor-
mas ou idéias e vão sendo aplicados pelos agentes a situações concretas. Funcio-
nam, portanto, como receituários, compêndios de prescrições ou manuais a seguir
nas mais diversas ocorrências.”
Ao optar por assumir esse papel de voluntário, o cidadão deve ter em mente que em conjunto
a isto deve adotar uma postura ética que esteja de acordo com o papel que ele está se propondo a
exercer.
De acordo com Srour apud Souza (2000, p. 57), “a ética não é uma etiqueta que a gente põe
e tira, é uma luz que a gente projeta para segui-la com os nossos pés, do modo que pudermos, com
acertos e erros, sempre e sem hipocrisia”.
Esse conceito confirma a importância da ética em todos os momentos, seja ele profissional ou
pessoal, e no trabalho voluntário a ética deve estar sempre alinhada de acordo com o objetivo do bem
social para que o trabalho tenha sentido e resultados satisfatórios para a sociedade.
Sobre isso, Neto e Froes (2001, p. 15) afirmam, “A ética da responsabilidade social veio para
superar os efeitos perversos da ética da irresponsabilidade social, dos globalismos ideologizantes, do
domínio do dinheiro em estado puro e consumismos desenfreados.”
Com isso percebemos que não basta apenas ter a idéia de adotar uma causa social, para ser um
voluntário devemos adotar a ética como fonte de princípios e como um caminho que devemos seguir
diariamente em busca dos objetivos sócias.
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Considerações Finais
Muita gente não dá tanta credibilidade ao trabalho voluntário. Entretanto, quem já participou
de uma atividade como essa sabe o quanto é gratificante. Além de gerar benefícios pessoais, este é o
tipo de ação que pode contribuir para o seu crescimento profissional.
No caso da empresa, a marca fica fortalecida, a produtividade aumenta e os funcionários passam
a se comprometer ainda mais, resultando na conquista de um número maior de clientes. Além disso, o
voluntariado favorece o trabalho em equipe e deixa o ambiente na organização mais agradável.
Para o empregado, ele promove a possibilidade de trabalho em grupo, desenvolvendo várias ha-
bilidades, como capacidade de resolver problemas e de propor soluções. Outra vantagem do trabalho
voluntário é que ele pode enriquecer o seu currículo e abrir portas para um novo emprego.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
121
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122
FONTES DE PESQUISA
<http://www3.ethos.org.br/cedoc/relacionamento-com-partes-interessadas/#.Uqyi5PRDuQ5>.
<http://www3.ethos.org.br/cedoc/relacionamento-com-partes-interessadas/#.UqzM0PRDuQ5>.
<http://www3.ethos.org.br/cedoc/generosidade-o-quarto-elemento-do-triple-bottom-line/#.UqzL-
BPRDuQ4>.
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123
< http://www.mds.gov.br/saladeimprensa/migracao/noticias/artigo-o-assistencialismo-e-o-bolsa-fa-
milia>.
<http://www.onu.org.br/faca-parte-da-onu/voluntariado/>.
Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD): www.pnud.org.br. Disponível em:<ht-
tp://www.pnud.org.br/ODM.aspx>.
UNICEF. Declaração Universal dos Direitos Humanos. Res. 217 AIII. 1948. Disponível em: http://www.
unicef.org/brazil/pt/resources_10133.htm. Acesso em jan 2016.
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124
ENFERMAGEM
Etapa 1
ANATOMIA E
FISIOLOGIA HUMANA
1 Introdução à Anatomia..................................................................................................................128
2 Anatomia Topográfica....................................................................................................................132
3 Citologia.........................................................................................................................................137
4 Histologia.......................................................................................................................................141
5 Sistema Ósseo ..............................................................................................................................156
6 Sistema Muscular .........................................................................................................................176
7 Sistema Circulatório ......................................................................................................................189
8 Sistema Respiratório .....................................................................................................................205
9 Sistema Digestivo ..........................................................................................................................220
10 Sistema Urinário .........................................................................................................................239
11 Sistema Reprodutor Masculino ..................................................................................................252
12 Sistema Reprodutor Feminino ....................................................................................................259
13 Sistema Nervoso .........................................................................................................................267
14 Sistema Sensorial ........................................................................................................................289
15 Sistema Endócrino ......................................................................................................................300
Exercícios .........................................................................................................................................310
Referências Bibliográficas ................................................................................................................325
1º Bimestre
• 20,0 pts - a critério do professor;
• 20,0 pts – Avaliação Bimestral
**Avaliação Suplementar (notas menores que 24,0 pts)
2º Bimestre
• 20,0 pts – a critério do professor;
• 10,0 pts – Mostra Científica;
• 30,0 pts – Avaliação Final;
**100,0 pts – Recuperação final (notas finais da etapa entre 40 e 59 pontos)
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
127
No seu conceito mais amplo, a Anatomia é a ciência que estuda macro e microscopicamen-
te, a constituição e desenvolvimento dos seres organizados.
Ramos da Anatomia:
• Citologia: estudo da célula.
• Histologia: estudo dos tecidos e de como estes se organizam para a formação de órgãos.
• Embriologia: estudo do desenvolvimento do indivíduo.
Especificamente a Anatomia (ana = em partes; tomein = cortar) macroscópica é estuda-
da pela dissecação de peças previamente fixadas por soluções apropriadas.
O homem pode ser visto como uma organização de pequenas unidades chamadas célu-
las, um agregado de células diferenciadas e semelhantes compõem um tecido. Os tecidos por sua vez for-
mam órgãos e os órgãos formam sistemas.
Os sistemas que compõe o organismo do indivíduo são: Tegumentar; Esquelético; Muscu-
lar; Nervoso; Circulatório; Respiratório; Digestório; Urinário; Genital Masculino e Feminino; Endócri-
no e o Sensorial.
Variação Anatômica.
São as diferenças morfológicas são denominadas variações anatômicas e podem apresentar-
-se externamente ou em qualquer dos sistemas do organismo, sem que isso traga prejuízo funcio-
nal para o indivíduo.
Para o anatomista o padrão é o normal. Quando o desvio do padrão anatômico altera a fun-
ção, diz-se que trata de uma anomalia.
Se a anomalia for tão acentuada de modo a deformar profundamente a construção do cor-
po do indivíduo, sendo incompatível com a vida denomina-se monstruosidade, por ex. a agene-
sia do encéfalo.
Os fatores que determinam as variações anatômicas são: idade, sexo, raça, biótipo (longilí-
neo, brevilíneo, mediolíneo) e a evolução.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
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Divisão do Corpo Humano:
Posição Anatômica
A posição anatômica é uma convenção adotada em anatomia para descrever as posições espa-
ciais dos órgãos, ossos e demais componentes do corpo humano.
Indivíduo em posição ereta (em pé, bípede), com a face voltada para a frente, o olhar dirigi-
do para o horizonte, membros superiores estendidos, aplicados ao tronco e com as palmas volta-
das para frente, membros inferiores unidos, com as pontas dos pés dirigidas para frente.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
129
Planos de Secção:
a) Plano mediano: É um plano vertical que passa através do eixo mais longo que cru-
za o corpo, dos pés até a cabeça. Divide o corpo humano em metades direita e es-
querda. O que quer que esteja situada próximo a este plano é chamado medial, e o
que está longe dele, lateral. Toda secção do corpo feita por planos paralelos ao media-
no é uma secção sagital.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
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Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
131
Eixos do Corpo Humano:
São linhas imaginárias traçada no indivíduo.
a) Sagital, ântero-posterior: une o centro do plano ventral ao centro do plano dorsal.
b) Longitudinal, crânio-caudal: une o centro do plano cranial ao centro do plano podálico.
c) Transversal, látero-lateral: une o centro do plano lateral direito ao centro do plano late-
ral esquerdo.
Decúbitos
É um termo médico que se refere a posição da pessoa que está deitada, não necessariamen-
te dormindo.
a) Decúbito dorsal ou supina: pessoa que deita com a barriga voltada para cima;.
b) Decúbito ventral ou prona: pessoa que deita de bruços.
c) Decúbito lateral: pessoa que deita de lado esquerdo ou direito.
2 ANATOMIA TOPOGRÁFICA
É a anatomia que visa, essencialmente, a orientação para aplicação médico- cirúrgia. Estu-
da os vários segmentos do corpo humano, divididos em regiões chamadas topográficas, e os órgãos ne-
las contidos. A divisão segue-se esquematizada abaixo:
I) PESCOÇO:
a) Região anterior do pescoço. Ex.: tireóide, paratireoide, faringe, laringe, traquéia, esôfa-
go cervical.
b) Região lateral direita e esquerda. Ex.: linfonodos.
c) Região posterior. Ex.: linfonodos, coluna vertebral, medula espinhal.
II) TÓRAX:
a) Cavidade pleural direita e esquerda. Ex.: pulmão direito e esquerdo, brônquios direito e es-
querdo, árvore brônquica direita e esquerda.
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132
III) ABDOME:
a) Região do hipocôndrio direito. Ex.: fígado, vesícula biliar.
b) Região do epigástrio. Ex.: Estômago, cabeça do pâncreas, duodeno, coluna vertebral, aor-
ta abdominal.
c) Região do hipocôndrio esquerdo. Ex.: baço, pâncreas (corpo e cauda).
d) Região do flanco direito. Ex.: rim direito, supra renal direita, cólon ascendente.
e) Região do mesogástrio. Ex.: cólon transverso, intestino delgado (jejuno e íleo), ureteres di-
reito e esquerdo, aorta abdominal, coluna vertebral.
f) Região do flanco esquerdo. Ex.: cólon descendente, rim esquerdo e supra renal esquerdo.
g) Região inguinal direita ou fossa ilíaca. Ex.: apêndice cecal ou vermiforme, ceco, ovário
D e tuba uterina D.
h) Região do hipogástrio. Ex.: bexiga, reto, coluna vertebral, útero, próstata, vesículas semi-
nais.
i) Região inguinal esquerda ou fossa ilíaca esquerda. Ex.: Cólon sigmoide, tuba uterina E, ová-
rio E.
Outra forma de divisão do corpo humano se dá através das linhas convencionais: Subcostal, bi-
-ilíaca e as hemiclaviculares. As regiões delimitadas pelas quatro linhas são:
a) ímpares
mediastino
epigástrio
mesogástrio
hipogástrio
b) pares
cavidade pleural Direito e Esquerdo.
hipocôndrios Direito e Esquerdo -flancos Direito e Esquerdo.
região inguinal ou fossa ilíaca Direita e Esquerda.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
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V) MEMBROS INFERIORES.
Regiões:
a) Glútea f) Terço superior da perna
b) Terço superior da coxa g) Terço médio da perna.
c) Terço médio da coxa h) Terço inferior da perna
d) Terço inferior da coxa i) Dorsal do pé
e) Joelho - poplítea.
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A célula dos vegetais também é uma célula eucariota, diferenciando-se da célula dos ani-
mais por apresentar externamente à membrana plasmática a parede celular, constituída quimica-
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O corpo humano é pluricelular, isto é, composto por um número muito grande de células.
Formas das células
As células possuem formas variadas. Elas podem ser: cilíndricas, estreladas, fusiformes, discói-
des, alongadas e etc.
Figura- Formas celulares.
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Mitocôndria:
onhecida como “centro de energia” da célula, pois é nela que a glicose se converte em ener-
gia, a energia indispensável para o trabalho celular. Função: respiração celular.
Complexo de Golgi:
Apresenta-se como um empilhamento de bolsas achatadas, rodeadas de pequenos vacúo-
los e vesículas. Função: secreção celular; armazenamento e empilhamento de proteínas; síntese de li-
pídios e glicoproteínas.
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140
Retículo Endoplasmático:
Esta organela apresenta-se sob as formas de uma vesícula achatada e túbulos que se anastomo-
sam entre si. Há 2 tipos de retículos: liso (R.E.L.) e rugoso (R.E.R.).
R. E. Rugoso ou Ergastoplasma: possui aderidos ao lado externo das membranas grânu-
los chamados ribossomos.
R. E. Liso: constituído apenas por membranas, não possui ribossomos nas membranas.
Função: R.E.L.: síntese de lipídios; funciona como via de transporte no interior da cé-
lula; armazenamento de substâncias. / R.E.R.: todas do R.E.L. mais síntese protéi-
ca. Centríolos: têm forma de bastonetes e ocupam uma posição próxima ao núcleo. São 2
centríolos dispostos perpendicularmente. Função: atua na divisão celular; responsáveis por determi-
nados movimentos da célula; originam os cílios e flagelos.
Lisossomos:
Pequenas vesículas com enzimas hidrolíticas (digestivas). Função: digestão intracelular.
4 HISTOLOGIA
É o ramo da biologia que estuda os tecidos e suas funções. Ao conjunto de células semelhan-
tes entre si, que realizam a mesma função e tem a mesma origem embrionária, dá-se o nome de te-
cido.
a) Tecido Epitelial
• De revestimento.
• Glandular.
b) Tecido Conjuntivo
• Tec. Conjuntivo propriamente dito.
• Tec. Adiposo - Tec. Cartilaginoso.
• Tec. Ósseo - Tec. Sanguíneo.
c) Tecido Muscular.
d) Tecido Nervoso.
Os tecidos constituem os órgãos. Em nosso corpo, praticamente todos os órgãos são forma-
dos pela associação de mais de um tipo de tecido. No estômago, por exemplo, há um tecido especiali-
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141
Tecido Epitelial
Possui células justapostas, com pouca ou nenhuma substância intercelular.
Reveste o corpo, forra as cavidades internas e forma as glândulas.
Não possui vasos sanguíneos e sua nutrição é feita pelo tec. conjuntivo adjacente.
Função: proteção do corpo, absorção de substâncias do meio, secreção de substâncias e percep-
ção de sensações, dependendo do órgão onde se localizam.
a) Tecido Epitelial de Revestimento
Figura- Tipos de epitélio
Reveste o corpo, as cavidades e órgãos. Recebe nome variado de acordo com o local onde é en-
contrado (pele, mucosa e serosa).
Os tecidos epiteliais que forram as cavidades de órgãos são chamados de mucosas (boca, na-
riz e etc.), e os que revestem os órgãos são as serosas (peritônio, pleura e pericárdio) .
Quanto ao número de camadas pode ser: simples, estratificado ou pseudo- estratificado.
Quanto a forma das células pode ser: cúbicas, pavimentosas, prismáticas ou de transição.
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143
Em relação à maneira de eliminar a secreção, as glândulas podem ser:
• Holócrinas – as células secretoras são eliminadas junto com a secreção. Ex.: glândulas sebáceas.
• Merócrinas – só elimina a secreção, a célula fica intacta. Ex.: glândulas salivares, sudorípa-
ras, lacrimais e gástricas.
• Apócrinas – as células perdem parte do seu protoplasma (membrana plasmática, citoplas-
ma e organelas), junto com a secreção. Ex. glândula mamária.
Figura- Tipos de células
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144
a) Tecido Conjuntivo Propriamente Dito – TCPD
É chamado de conjuntivo típico, rico em substância intercelular com função de sustentar e nu-
trir os tecidos que não possuem vascularização, como o tecido epitelial; preenchimento de espa-
ços, e fazer conexão em dois tecidos diferentes.
O TCPD é constituído de:
• S.F.A (Substância Fundamental Amorfa) é uma espécie de gelatina que envolve as célu-
las e as fibras.
• Fibras.
Colágenas: proteína mais abundante no organismo. São grossas e resistentes. As fibras pre-
sentes na derme evitam que a pele rasgue quando esticadas;.
Elástica: proteína derivada da proteína elastina. Tem a propriedade de distender e retor-
nar ao cumprimento original.
Reticular: derivada do colágeno. Liga o tecido conjuntivo aos tecidos vizinhos.
• Apresenta ainda vários tipos de células, apresentando como principais tipos celula-
res do T C P D:
• Fibroblasto: produz SFA e fibras. Principal tipo celular.
• Células mesenquimais: são células indiferenciadas, capazes de originar outras células
do conjuntivo (pode originar fibroblasto, células adiposas, etc.), pois mantêm a potenciali-
dade de células embrionárias. Confere ao tec. conjuntivo alta capacidade de regeneração.
• Macrófagos: são células especializadas na defesa dos tecidos, realizam fagocitose e pinoci-
tose.
• Plasmócitos: células produtoras de anticorpos.
• Mastócitos: células produtoras de heparina e histamina.
Dependendo da quantidade de fibras, o tec. conjuntivo pode ser classificado como frou-
xo ou denso.
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145
O T.C.P.D. é também chamado de tecido conjuntivo frouxo, é delicado, flexível e está espalha-
do por todo o corpo envolvendo órgãos e preenchendo o espaço entre eles.
O tecido conjuntivo denso possui maior concentração de fibras colágenas e é mais resisten-
te. É encontrado nos tendões ( liga o músculo ao osso) e ligamentos ( liga os ossos entre si).
b) Tecido Adiposo
Tecido formado por células que acumulam gordura no seu interior, com isso o citoplasma e o nú-
cleo ficam deslocados para a periferia da célula. Estas células são chamadas de adipócitos. Este te-
cido funciona como reserva de energia, proteção contra perda de calor, contra choques mecâni-
cos e modelagem do corpo.
Figura- Reserva de gordura na celula
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146
d) Tecido Ósseo
É o tecido formador dos ossos. Formado por tecido conjuntivo no qual as células secre-
tam fibras colágenas e fosfato de cálcio. Os cristais de fosfato de cálcio associados às fibras, fa-
zem com que os ossos sejam muito mais duros do que as cartilagens.
É um tecido de sustentação que reúne duas propriedades: rigidez e resistência. Há três ti-
pos de ossos: longos, chatos e curtos. O exame da parte interna desses ossos mostra regiões compac-
tas (sem cavidades) e regiões esponjosas (com cavidades).
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147
Um osso longo possui duas epífises e uma diáfise. Ao corte, vê-se o tecido ósseo esponjo-
so, em cujas lacunas se localizam a medula óssea vermelha (produtora de células do sangue) e na re-
gião central do osso (diáfise) localiza-se a medula amarela (tutano), onde ocorre o armazenamen-
to de gordura.
A estrutura microscópia da região periférica de um osso consiste de inúmeras unidades, chama-
das de sistemas de Havers. Cada sistema apresenta camadas concêntricas de células óssea, deposita-
das ao redor do canal de Havers onde existem vasos sanguíneos e nervos.
Os ossos são revestidos por bainhas de tecido conjuntivo o periósteo.
Figura- Periósteo
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O tecido ósseo é constituído de células e substância intercelular. Tipos de células do osso:
• Osteoblastos: células jovens, apresentam longas projeções citoplasmáticas e secre-
tam a substância intercelular.
• Osteócitos: células maduras e sem projeções citoplasmáticas.
• Osteoclastos: são células especialmente ativas na destruição de áreas lesadas ou envelheci-
das do osso, abrindo caminho para a regeneração do tecido pelos osteoblastos.
Funções dos ossos: sustentação e proteção; apoio aos músculos, funcionam como um siste-
ma de alavanca; hemacitopoese ou hematopoese (formação de células sanguíneas); suprem de cál-
cio o organismo (quando o plasma sanguíneo está com excesso de cálcio, o excesso é deposita-
do nos ossos e quando o sangue está deficiente, o osso fornece o cálcio.
e) Tecido Sanguíneo:
O sangue é o único tecido líquido do nosso corpo e é formado por uma parte sólida (elemen-
tos figurados) e uma parte líquida (plasma).
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149
Os elementos figurados do nosso sangue são constituídos pelos seguintes tipos celulares:
• Hemácia (Glóbulo Vermelho ou Eritrócito): é responsável pelo transporte de gazes no in-
terior do nosso corpo. São produzidas principalmente na medula óssea vermelha. É
uma célula achatada em forma de disco e anucleada, vida curta de 120 dias. São as célu-
las mais abundandantes no sangue. No interior da hemácia encontramos o pigmento res-
piratório chamado hemoglobina, rico em ferro que pode se associar ao oxigênio (oxihemo-
globina) ou ao gás carbônico (carbohemoglobina).
• Leucócitos (Glóbulos Brancos): responsáveis pela defesa do organismo (produzir anticor-
pos e realizar fagocitose). É uma célula esférica. Há dois tipos: os granulares (apresentam
grânulos no citoplasma) e os agranulares (não apresentam grânulos no citoplasma).
Os granulares são:
• Neutrófilos: são os mais numerosos, fagocitam bactérias e corpos estranhos, o núcleo é tri-
lobado.
• Eosinófilos (ou acidófilo): participam de reações alérgicas, produzem histamina e o nú-
cleo é bilobado.
• Basófilos: menos numerosos, possuem heparina (anticoagulante) e histamina (substân-
cia vasodilatadora liberada nos estados alérgicos), núcleo irregular.
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150
• Plaquetas (trombócitos): participam do mecanismo de coagulação sanguínea. São fragmen-
tos de células.
O plasma corresponde a parte líquida do sangue e cerca de 60% de seu volume total. É inco-
lor e contém substâncias de natureza proteica como albumina; lipídios; sais minerais; glicose; água; vi-
taminas; anticorpos; enzimas; substâncias de excreção e o fibrinogênio, que em vasos traumatiza-
dos, transforma em fibrina (coagulação).
Funções do sangue: transporte de oxigênio e nutrientes para as células; recolhe gás carbôni-
co e excreções das células; produz células sanguíneas; transporte de hormônios; defesa; termorregu-
lador e garante o equilíbrio hídrico e osmótico.
Tecido Muscular
É um tecido formado por células altamente especializadas em se contrair, produzindo movi-
mentos. As células são chamadas de fibras musculares, porque são alongadas e possuem filamen-
tos de miofibrilas (proteínas contráteis).
A membrana plasmática das células é chamada de sarcolema e o citoplasma de sarcoplas-
ma. É um tecido vascularizado. Os tipos de tecido muscular são:
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Tecido Nervoso
É um tecido especializado em condutibilidade elétrica comportando-se como sentinela do cor-
po, sensível a estímulos externos e internos. A condução dos impulsos nervosos é feita com muita ra-
pidez, fator fundamental para a integração de complexas funções do organismo.
É responsável por receber, transportar, interpretar e responder a estímulos externos e inter-
nos. É formado por células altamente especializadas, os neurônios e por células da neuróglia.
A célula nervosa propriamente dita é denominada neurônio, especializada na condução de impul-
so elétrico. Apresenta prolongamentos citoplasmáticos (dendritos ou axônios) que partem de um cor-
po celular e possuem a seguinte estrutura:
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Tipos de neurônios:
• Sensitivos: levam o impulso para o S.N.C.
• Motores: levam o impulso do S.N.C. para os efetuadores (músculos e glândulas).
• Associação: fazem a conexão entre os neurônios sensitivos e motores.
Os nervos são fibras nervosas que se agrupam em feixes no S.N.P. sua classificação é:
a) Quanto à posição no sistema nervoso:
• Cranianos: quando saem do encéfalo.
• Raquidianos: quando saem da medula.
b) Quanto à condução do impulso:
• Sensitivos (aferentes): transmitem o impulso dos órgãos sensoriais para os centros nervo-
sos.
• Motores (eferentes): transmitem o impulso dos centros nervosos para os órgãos efetuado-
res (músculos e glândulas).
• Mistos: têm fibras dos dois tipos, aferentes e eferentes.
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154
Chamamos de sinapse, a região de conexão entre as ramificações de dois neurônios. A sinap-
se mais comum é entre o axônio de um neurônio e os dendritos de um outro neurônio.
Quando o axônio termina nas fibras musculares denomina-se placa motora e quando o axô-
nio termina nas glândulas denomina-se junção neuro glandular.
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5 SISTEMA ÓSSEO
O osso é uma estrutura formada por tecido ósseo, um tipo de tecido conjuntivo muito rígido ca-
racterizado pela presença de cálcio e fibras de colágeno.
São órgãos esbranquiçados e duros que se unem aos demais por articulações para formar o es-
queleto do corpo.
O esqueleto humano é formado por 206 ossos.
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156
Os ossos formam o sistema esquelético de todos os animais vertebrados, desempenhando mui-
tas funções:
• Sustentação dos tecidos moles;
• Proteção de órgãos;
• Mobilidade;
• Armazenamento e liberação de minerais na corrente sanguínea;
• Produção de células do sangue;
• Reserva de energia (triglicérides).
• O esqueleto humano é formado por 206 ossos.
Existem dois tipos de esqueleto: o articulado e o desarticulado. Os tipos de substân-
cia óssea são a compacta formada por lamínulas de tecido ósseo estão fortemente unidas sem dei-
xar espaço entre elas. E a esponjosa formada por lamínulas óssea arranjam de forma a deixar en-
tre si espaços.
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f) Ossos pneumáticos: são aqueles que apresentam cavidades com ar. Exemplos: ossos fron-
tais. Ex: osso esfenóide.
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Divisão do Sistema Esquelético
O esqueleto humano pode ser dividido em duas partes:
1- Esqueleto axial: formado pela caixa craniana, coluna vertebral caixa torácica.
2- Esqueleto apendicular: compreende a cintura escapular, formada pelas escapulas e clavícu-
las; cintura pélvica, formada pelos ossos ilíacos (da bacia) e o esqueleto dos membros (su-
periores ou anteriores e inferiores ou posteriores).
O esqueleto axial apresenta 80 ossos; são os ossos do crânio (22), ossos da orelha (ouvi-
do) (6), costelas (24) e vértebras (26), esterno (1), e hióide (1).
E o esqueleto apendicular apresenta os ossos dos membros superiores e inferiores, cintura es-
capular e pélvica (126). Somando um total em um adulto de 206 ossos.
161
Esqueleto Axial
1. Ossos do crânio
O crânio é uma estrutura óssea que protege o cérebro e forma a face, e é formado por 22 os-
sos separados, o que permite seu crescimento e a manutenção da sua forma.
A maioria dos ossos cranianos forma pares, um do lado direito e o outro do lado esquerdo.
Para tornar o crânio mais forte, alguns desses pares, como os dos ossos frontais, occipitais e es-
fenóides, fundem-se num osso único.
Os pares de ossos cranianos mais importantes são os parietais, temporais, maxilares, zigomáti-
cos, nasais e palatinos.
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Observações: Temos na caixa craniana a fontanela ou moleira que é o nome dado a re-
gião alta e mediana, da cabeça da criança, que facilita a passagem da mesma no canal do par-
to; após o nascimento, será substituída por osso.
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A coluna vertebral ou espinha dorsal é constituída por 33 ossos, as vértebras. A sobre-
posição dos orifícios presentes nas vértebras forma um tubo interno ao longo da coluna verte-
bral, onde se localiza a medula nervosa.
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166
As principais funções da coluna vertebral são:
• Realizar a proteção da medula espinhal e também dos nervos espinhais;.
• Atuar como suporte para o peso do corpo;.
• Apresenta um papel fundamental na postura e também na locomoção;.
• Serve como ponto de fixação para as costelas, a cintura pélvica e os músculos do dorso;.
• Promove flexibilidade para o corpo, podendo fletir-se para frente, para trás e para os la-
dos e ainda dar um giro sobre seu eixo maior.
O forame ou canal vertebral segue as distintas curvas da coluna vertebral. Apresenta um forma-
to grande e similar a um triangulo nas áreas onde a coluna tem maior mobilidade (cervical e lombar)
e se apresenta com um formato menor e mais redondo nas áreas onde a coluna nao apresenta muita
mobilidade (torácica).
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Existem discos intervertebrais situados entre os corpos de duas vértebras adjacentes indo desde
a 2º vértebra cervical até a região do sacro. Composto por um disco fibroso periférico constituido por
tecido tibrocartilaginoso sendo chamado de anel fibroso, e também por uma substância interna, de
aspecto elástico e macio, que recebe o nome de núcleo pulposo. Os discos intervertebrais formam
articulações resistentes, permitindo dessa forma vários movimentos da coluna vertebral, além de
absorver os impactos.
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3. Caixa Torácica
Formada pelas costelas e pelos osso externo eles protegem o coração, os pulmões e os princi-
pais vasos sanguíneos. A musculatura da caixa torácica é responsável, juntamente ao diafragma, pe-
los movimentos respiratórios.
É formada pelas costelas, que são ossos achatados e curvos que se unem, dorsalmente a co-
luna vertebral e, ventralmente, ao esterno. A maioria das pessoas possui 12 pares de costelas. Algu-
mas tem uma extra (mais comum em homens que mulheres).
Os dois últimos pares de costelas são ligados à coluna vertebral, não se ligam ao esterno (as cos-
telas flutuantes).
Elas são 24 e estão dispostas em 12 pares:
• Verdadeiras: I a VII possuem cartilagem própria e articulam com o esterno.
• Falsas: VIII a X não articulam com o esterno, mas com a cartilagem da VII costela.
• Flutuantes: XI e XII não possuem cartilagem, são livres.
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1. Membros Superiores
Estão incluídos os ossos da cintura escapular, braço, antebraço e mão. São todos em pares.
A união do esqueleto axial com o apendicular se faz por meio das cinturas escapular e pélvica.
A cintura escapular possui dois pares de ossos: uma clavícula e uma escápula, sen-
do um de cada lado. A clavícula mede aproximadamente quinze centímetros de comprimento pare-
cendo ser reta se vista em sua porção anterior, porém é curva quando vista superiormente.
A escápula é um osso triangular, plano, que possui duas faces: a costal, localizada próxima às cos-
telas e a dorsal; possui três bordas, a medial, a lateral e a superior, e três ângulos, o superior, o late-
ral e inferior.
O complexo do ombro não apenas proporciona uma ampla variação para a coloca-
ção das mãos como também executa importantes funções de estabilização para o uso da mão, le-
vantar e empurrar, elevação do corpo, inspiração e expiração forçadas e até mesmo sustenta-
ção de peso como andar de muletas ou “plantar bananeira”.
Figura- Vista frontal do torax
Os ossos dos membros superiores podem ser divididos em quatro segmentos:
• Cintura Escapular - Clavícula e Escápula.
• Braço - Úmero.
• Antebraço - Rádio e Ulna.
• Mão - Ossos da Mão
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Os ossos do carpo são: 8 ossos: trapézio, trapezóide, capitato, hamato, piramidal, psiforme, se-
milunar, escafoide. O metacarpo é compostos por 5 ossos: os metacarpianos.
Já as falange são dividias em proximal, média, distal.
Figura- Anatomia dos membros superiores
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2. Membros Inferiores
Os ossos dos membros inferiores podem ser divididos em quatro segmentos:
• Cintura Pélvica - Ilíaco (Osso do Quadril);.
• Coxa - Fêmur e Patela;.
• Perna - Tíbia e Fíbula;.
• Pé - Ossos do Pé.
Os membros inferiores tem função de sustentação do peso corporal, locomoção, tem a capaci-
dade de mover-se de um lugar para outro e manter o equilíbrio. Os membros inferiores são conecta-
dos ao tronco pela cintura pélvica. Da mesma forma que a cintura escapular é a junção entre mem-
bros superiores e tronco, a cintura pélvica é a junção entre membros inferiores e tronco. Preste atenção,
quando falamos em osso do quadril estamos nos referindo ao ílio, ísquio e púbis.
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O tarso é composto por 7 ossos: talus, calcâneo, cubóide, navicular, cuneiforme medial, cunei-
forme intermédio, cuneiforme lateral. O metatarso é composto por 5 ossos, os metatársicos. E as fa-
langes são divididas em proximal, média, distal.
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O esqueleto humano apesar de ter seus ossos definidos apresenta diferenças entre o sexo femi-
nino e o masculino, dentre elas destaca-se:
Figura- Esqueleto humano
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Características
O músculo é composto por fibras, apresenta forma alongada, parte central alargada (ventre, por-
ção carnosa contrátil) e extremidades com aspecto afunilado que ficam afixados aos ossos ou então
aos órgãos através de tendões ou aponeuroses.
Cada fibra muscular corresponde a uma célula fina e longa, que apresenta vários núcleos e fila-
mentos que preenchem seu citoplasma. O conjunto de fibras compõe o feixe muscular e cada músculo
apresenta varios feixes.
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Classificação
Dependendo da função que exerce, algumas áreas do corpo acabam apresentando uma muscu-
latura difereciada:
a) Musculatura estriada esquelética
Esta musculatura encontra-se presente nas camadas mais superficiais do corpo e está ligada às
cartilagens e também aos ossos através de tendões ou aponeuroses. Seus movimentos são voluntá-
rios, ou seja, responde a comandos pela vontade. Reveste todo a parte óssea, possibilitando um maior
controle dos movimentos da face, braços, pernas, etc.
b) Musculatura lisa ou visceral
É responsável pelo movimento de alguns órgãos como o estômago, esôfago e os intestinos, so-
fre contrações involuntárias, ou seja, que independe de nossa vontade. Faz parte da grande maioria
dos vasos e também controla o fluxo sanguíneo por meio das artérias e veias.
** Cólicas: corresponde a fortes contrações que envolvem as fibras musculares lisas, e por isso
acaba provocando dores intensas.
c) Musculatura estriada cardíaca
Corresponde ao músculo também conhecido como miocárdio, é responsavel pelos batimentos
cardíacos e se contrai de forma involuntária e vigorosa embora seja composto por fibras estriadas.
Principais Músculos do Corpo Humano
1. Músculos da Cabeça
Os músculos que compõem a cabeça estão reunidos em duas categorias: os músculos da região
da face e os músculos que atuam na mastigação.
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Principais músculos do pescoço
Muitos músculos estão envolvidos no movimento da cabeça e dos ombros e participam da movi-
mentação das estruturas da garganta. Os principais são: esternocleidomastóideo, platisma e trapézio.
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Trapézio:
Se insere na base do osso occipital na cabeça, e nos processos espinhosos das vértebras da par-
te superior da coluna vertebral (cervicais e. torácicas). A contração do trapézio estende a cabeça, tra-
cionando-a na direção posterior, de maneira que a face olha para cima. O trapézio funciona de maneira
antagônica ao músculo esternocleidomastóideo, que flexiona e inclina a cabeça para frente. O tra-
pézio também está fixado no ombro.
Platisma:
Participa no processo de rotação da cabeça
Figura- Músculos da face e pescoço
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3. Principais músculos do tronco
Os músculos do tronco estão envolvidos na respiração, nos movimentos da coluna verte-
bral e na formação das paredes do abdome e da pelve.
Músculos Envolvidos na Respiração
Os músculos do tórax incluem os músculos intercostais e o diafragma. Esses músculos são os prin-
cipais responsáveis pela respiração.
Os músculos intercostais (externos e internos) estão situados entre as costelas, e são responsá-
veis por elevar e abaixar o arcabouço costal durante a respiração.
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O diafragma é um músculo em forma de domo (cúpula), que separa a cavidade torácica da ca-
vidade abdominal e é o principal músculo da inalação, a fase inspiratória da respiração. Sem a con-
tração e o relaxamento dos músculos intercostais e do músculo diafragma, a respiração não pode-
ria ocorrer.
Peitoral Maior: Atua na adução, rotação medial, flexão e flexão horizontal do ombro.
Grande dorsal – situa-se na região inferior das costas, tendo como função principal levar o bra-
ço para trás; - Grande dentado – situa-se na parte lateral do tórax, promovendo a elevação das coste-
las, ajudando, dessa forma, o processo de respiração.
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Pressão osmótica:
Corresponde a força composta por água e sais minerais que exerce uma pressão sobre a pasas-
gem da água por entre uma membrana do meio menos concentrado para outro mais concentrado.
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Proteínas do Plasma:
Albumina: realiza o transporte de medicamentos, ácido biliar e bilirrubina, alem de manter a
pressão osmótica uniforme no plasma, proporcionando a troca de água entre o sangue e os tecidos.
Globulinas: realizam o transporte de ferro e outros metais, vitaminas, hormônios, lipídios. - ga-
maglobulinas (anticorpos): realizam a proteção do organismo e por essa razao recebem o nome de
imunoglobulinas.
Fibrinogênio: é um composto necessário para a formação de fibrina, na etapa final da coagula-
ção sangüínea.
Glóbulos vermelhos:
Também conhecidos como hemáceas ou eritrócitos, estes elementos estão em maior quantida-
de no sangue. Não apresentam núcleo e seu pigmento é rico em ferro, chamado de hemoglobina, que
faz com que o sangue apresente a coloração avermelhada e apresenta a função de conduzir o oxigênio
para as células. Quando ocorre alguma interferência no transporte de oxigênio para as celulas aconte-
ce o que chamamos de cianose.
As hemáceas sao produzidas nas medulas vermelhas presentes nos ossos longos e vivem cerca
de 120 dias. Quando morrem sao conduzidas pelo próprio sangue para a região do baço, onde serão
fragmentadas.
O valor de referência dos eritrócitos é de 4,5 a 5 milhões/ml de sangue, o hematócrito, ou
seja, a porcentagem de eritrócitos no sangue é de 45%.
Tipos sanguíneos:
As células do sangue apresentam certos elementos (aglutinógenos), geneticamente estabeleci-
dos, que recebem o nome convencional de A e B. Essas células estabelecem o tipo sanguíneo apre-
sentado pelo indivíduo, e são:
• tipo A – com hemácias que só contêm o elemento A;.
• tipo B - com hemácias que só contêm o elemento B;.
• tipo AB - com hemácias que contêm os dois elementos;.
• tipo O - com hemácias “vazias”, ou seja, sem aglutinógeno.
Além destes , existe também o fator Rh. A grande maioria da população apresenta o aglutinóge-
no Rh, sendo chamadas de Rh+.
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191
Plaquetas:
As plaquetas também são consideradas elementos de grande relevância no sangue.
O corpo apresenta cerca de 250 a 450 mil plaquetas/ml de sangue, e elas atuam no processo
de coagulação sanguínea, onde caso nao existissem correriamos o risco de perder todo o sangue por
meio de qualquer ferimento.
Cascata de Coagulação:
A partir do momento em que um vaso sanguíneo é lesionado, um processo chamado de hemos-
tasia é iniciado para imperdir a perda de sangue. O vaso que sofreu a lesão, se contrai, movimento
este chamado de vasoconstrição, e as plaqueas que circulam pelo sangue passam a ficar agregadas no
local da lesão, formando assim um tampão plaquetário.
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192
Vias de Circulação Sanguínea
Os v.asos sanguíneos são inervados pelo nervo simpático, que apresenta ação vasoconstritora,
ou seja, ele reduz o calibre dos vasos, e também pelo nervo parasimpático, que possui efeito contrário
ao do nervo simpático, ou seja, ele apresenta ação vasodilatadora, elevando o calibre dos vasos. A
ação desses dois feixes nervosos é que mantém a tonicidade e o diâmetro dos vasos sanguíneos Os
vasos sanguíneos são constituidos por tubos que recebem o nome de artérias e veias. A diferenciação
entre ambos se dá por meio do fluxo que cada um segue e também pela tipicidade do sangue que por
eles passam. Qualquer interrupção desse fluxo pode causar a morte da célula e portanto ocasionar
uma lesão tecidual.
Formam uma rede de tubos que transportam sangue do coração em direção aos tecidos do cor-
po e de volta ao coração. Os vasos sanguíneos podem ser divididos em sistema arterial e sistema
venoso:
a) Sistema Arterial: Constitui um conjunto de vasos que partindo do coração, vão se ramifican-
do, cada ramo em menor calibre, até atingirem os capilares.
b) Sistema Venoso: Formam um conjunto de vasos que partindo dos tecidos, vão se formando
em ramos de maior calibre até atingirem o coração.
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193
Veias:
As veias por sua vez apresentam parede muscular fina, que se contrai ou se expande de acordo
com a necessidade. Não apresentam pulsação e atuam como reservatórios do sangue que por elas se
movimentam.
Conduzem o sangue já utilizado pelo organismo, sendo este rico em detritos e gás carbônico. A
medida que se aproxima do coração o diâmetro das veias vão aumentando de forma gradativa.
Apresentam válvulas na parte interna, em especial nos membros inferiores e superiores, para di-
recionar o fluxo sangüíneo no sentido do coração e evitar o refluxo.
Quando essas válvulas perdem parte de sua funcionalidade as veias se dilatam e surgem as varizes.
Figura- Tipos de vasos sanguíneos
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Diapedese
Passagem dos leucócitos do sangue para os demais tecidos. Faz-se atravessando os vasos capila-
res. Este processo ocorre geralmente quando uma parte do organismo fica lesionada, onde o proces-
so de inflamação é necessário. Resumidamente, a diapedese é a saída dos glóbulos brancos dos va-
sos sanguíneos.
Figura- Diapedese
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196
Ao todo o coração apresenta quatro câmaras, que recebem o nóme de átrios (superiores)
e ventrículos (inferiores). Os átrios armazenam o sangue oriundo das veias, motivo este que faz com
que suas paredes sejam delgadas.
Os ventrículos por sua vez apresentam uma parede muscular mais espessa tendo em vista que
eles são responsáveis por inserir sangue nas artérias e por isso necessitam de maior força para vencer
a resistência vascular. Figura- Estrutura anatômica do coração Disponível em: www.algosobre.com.br
› Vestibular › Biologia. Acesso em jan 2016.
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O coração é um órgão inervado tanto por nervos simpáticos como parassimpáticos, que por
sua vez afetam a função cardíaca, modificando sua frequência ou força de contração do miocárdio.
O nervo simpático promove o aceleramento dos batimentos do coração e eleva a força de contração
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200
Mecanismos do sistema circulatório
1. Pequena circulação (Pulmonar)
Na pequena circulação, o sangue venoso que se encontra no ventrículo direito vai para as ar-
térias pulmonares dirigindo-se para os pulmões percorrendo os capilares pulmonares, onde se reali-
za a hematose, ou seja, as trocas gasosas.
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201
2. Grande circulação (sistêmica)
A grande circulação, ou circuito sistêmico, é a designação dada à parte da circulação sanguí-
nea que se inicia no ventrículo esquerdo. Dali, o sangue (sangue arterial) é bombeado pela contra-
ção do ventrículo esquerdo para a artéria aorta. Esta divide-se para os órgãos principais do nosso cor-
po (com exceção dos pulmões), onde se utiliza o oxigênio.
O sangue venoso ou seja, o que é pobre em oxigênio, (nesta etapa da circulação, já que o mes-
mo não acontece na pequena circulação) volta ao coração pelas veias cavas, introduzindo-se as-
sim na aurícula direita.
Da aurícula o sangue passa para o ventrículo direito através do orifício atrioventricular, onde exis-
te a válvula tricúspide. Assim, a grande circulação começa no ventrículo esquerdo e termina no átrio di-
reito.
Ventrículo esquerdo → Tecidos → Átrio direito (Coração → corpo → coração)
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202
Simplificando: Enquanto o ventrículo direito impulsiona o sangue para os pulmões (através da pe-
quena circulação), o ventrículo esquerdo o impulsiona para os tecidos do corpo (através da grande cir-
culação), sob pressão bem maior.
Vasos linfáticos
Além do sistema cardiovascular , o corpo também apresenta outro sistema que atua com fluxo
de líquido corporal: o sistema linfático. Esse sistema nada mais é do que o conjunto formado pelos va-
sos linfáticos, pela linfa e também pelos órgãos como o baço, linfonodos, as tonsilas palatinas e o timo.
A linfa consiste em um líquido de cor clara, ligeiramente amarelado, que circula lentamente pelo
nosso corpo por meio dos vasos linfáticos. Parte do plasma presente no sangue extravasa de forma
continua dos vasos capilares, e esse excedente acaba formando um material líquido entre as celulas
teciduais do organismo. Esse líquido recebe o nome de líquido intercelular ou intersticial.
Uma porção desse líquido intersticial sofre refluxo para os capilares sanguíneos, carregando
consigo vários resíduos e tambem gás carbônico. A outra parte que corresponde a linfa é recolhida
pelos capilares linfáticos onde estes transporta a linfa até os vasos de maior calibre, que são chamados
de vasos linfáticos. Esses vasos são similares às veias, por sua vez terminam em grandes veias, onde a
linfa é finalmente liberada e acaba se misturando com o sangue.
Ao longo de sua trajetória, os vasos linfáticos passam por dentro de pequenos órgãos globulares
chamados de linfonodos. Os vasos linfáticos passam também por certos órgãos como as tonsilas pala-
tinas, também conhecidas como amídalas, e o baço.
Os linfonodos atuam na filtragem da linfa, e dela removem as partículas estranhas e, tam-
bém destroem as bactérias. Portanto, os linfonodos desempenham um papel importante, promoven-
do a retenção de microrganismos ou células mortas, evitando dessa forma que um processo infeccio-
so se instale no organismo ou cause pertubações em outros pontos.
No entanto, por vezes, o processo infeccioso é tão forte que causa uma proliferação significativa
das células dos linfonodos.
O sistema linfático nao apresenta um órgão que seja equivalente ao coração. Dessa forma a
linfa, não é bombeada como o sangue. Ainda assim, ela se desloca tendo em vista que as contrações
musculares acabam comprimindo os vasos linfáticos causando assim o fluxo da linfa.
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Divisão funcional
Porção condutora: cavidade nasal, boca, nasofaringe, faringe, laringe, traquéia, brônquios (pri-
mário, secundário, terciário), bronquíolos e bronquíolos terminais.
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205
Zona de Condução
1. Faringe
2. Epiglote
3. Laringe
4. Esôfago
Porção de condução e respiração
1. Traqueia
2. brônquio primário
3. brônquio secundário
4. brônquio terciário
5. bronquíolo terminal
6. bronquíolo respiratório
7. alvéolos
Boca
A boca só participa do sistema devido à necessidade de liberar o ar interno durante a fala.
Fossas Nasais
São duas cavidades paralelas que começam nas narinas e terminam na faringe.
Elas são separadas uma da outra por uma parede cartilaginosa denominada septo nasal.
Em seu interior há dobras chamada cornetos nasais, que forçam o ar a turbilhonar. Têm as fun-
ções de filtrar, umedecer e aquecer o ar.
Possuem um revestimento dotado de células produtoras de muco e células ciliadas, também pre-
sentes nas porções inferiores das vias aéreas, como traquéia, brônquios e porção inicial dos bronquí-
olos.
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206
A cavidade nasal contém várias aberturas de drenagem, pelas quais o muco dos seios parana-
sais é drenado.
Os seios paranasais compreendem os seios maxilares, frontal, etmoidal e o esfenoidal.
Faringe
É um canal comum aos sistemas digestório e respiratório e comunica-se com a boca e com as fos-
sas nasais. O ar inspirado pelas narinas ou pela boca passa necessariamente pela faringe, antes de atin-
gir a laringe.
Integra tanto o sistema respiratório (pois conduz o ar para a laringe) como o digestório (pois re-
passa os alimentos para o esôfago).
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207
Laringe
É um tubo sustentado por peças de cartilagem articuladas, situado na parte superior do pesco-
ço, em continuação à faringe.
O pomo-de-adão, saliência que aparece no pescoço, faz parte de uma das peças cartilagino-
sas da laringe.
O epitélio que reveste a laringe apresenta pregas, as cordas vocais, capazes de produzir sons du-
rante a passagem de ar.
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Traquéia
É um tubo de aproximadamente 1,5 cm de diâmetro por 10-12 centímetros de comprimen-
to, cujas paredes são reforçadas por anéis cartilaginosos.
Bifurca-se na sua região inferior, originando os brônquios, que penetram nos pulmões. Deles par-
tem algumas ramificações conhecidas como bronquíolos, que desembocam nos alvéolos pulmonares.
Seu epitélio de revestimento muco-ciliar adere partículas de poeira e bactérias presentes em sus-
pensão no ar inalado, que são posteriormente varridas para fora (graças ao movimento dos cílios) e en-
golidas ou expelidas.
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Brônquios
Cada brônquio principal estende-se da bifurcação da traqueia, ao hilo do pulmão correspondente.
O brônquio principal direito tem 3 cm de comprimento, é mais curto e mais calibroso que o es-
querdo que possui 5 cm de comprimento e é menos calibroso.
Os brônquios penetram no pulmão através do hilo do pulmão. Esses brônquios ramificam-se vá-
rias vezes, originando os bronquíolos, que terminam nos alvéolos pulmonares onde ocorre a troca ga-
sosa.
Os brônquios têm estruturas semelhantes a da traqueia. Quando penetram nos pulmões, jun-
to a eles entram as artérias, vasos linfáticos e nervos.
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Brônquio Principal Esquerdo:
• Brônquio lobar superior E
• Brônquio lobar inferior E
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211
Pulmão Direito
• 3 lobos: superior, médio e inferior
• 2 lobos: superior e inferior
Pulmão Esquerdo
• 2 fissuras: oblíqua e horizontal
• 1 fissura: oblíqua
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Diafragma
A base de cada pulmão apoia-se no diafragma, um fino músculo que separa o tórax do abdô-
men (presente apenas em mamíferos) promovendo, juntamente com os músculos intercostais, os mo-
vimentos respiratórios. Localizado logo acima do estômago, o nervo frênico controla os movimen-
tos do diafragma
Figura- Diafragma
Músculos da respiração
Os músculos que fazem aumentar ou diminuir de volume o tórax, são chamados músculos res-
piratórios e são: -
• Diafragma: separa o tórax do abdome e é o mais importante da respiração (inspiração e ex-
piração).
• Intercostais externos: forçam o esterno para frente, alargando o diâmetro do tórax (inspira-
ção).
• Intercostais internos: forçam o esterno para trás, diminuindo o diâmetro do tórax (expira-
ção).
• Grande e pequeno peitoral: numa respiração forçada.
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213
• Cavidade nasal (nariz);.
• Cavidade oral (boca);.
• Faringe (Nasofaringe, orofaringe e laringofaringe ou hipofaringe).
Destas três, a nasofaringe é exclusivamente via aérea, a laringofaringe é exclusivamente via di-
gestiva e a orofaringe é um caminho comum ao ar e aos alimentos.Vias Aéreas Inferiores:
• Laringe.
• Traquéia;.
• Brônquios/bronquíolos;.
Pulmões/alvéolos pulmonares.
O acesso às vias aéreas superiores é direto e sua visualização é quase completa, exceto pela na-
sofaringe (região posterior à cavidade nasal e póstero-superior à úvula - “campainha”.
Fisiologia da Respiração
A respiração pode ser interpretada como: processo de trocas gasosas entre o organis-
mo e o meio, conjunto de reações químicas do metabolismo energético (respiração celular).
A entrada e saída de ar nos pulmões depende da diferença entre a pressão atmosférica e a pres-
são intrapulmonar (ação dos músculos respiratórios - músculos intercostais e diafragma); O ar se mo-
vimenta do local de maior pressão para o local de menor pressão.
O Processo Respiratório está dividido em:
Inspiração: Processo pelo qual o ar atmosférico penetra pelo nariz e chega até os pulmões.
• Contração dos músculos intercostais e diafragma;.
• Aumento do volume da caixa torácica;.
• Diminuição da pressão intrapulmonar;.
• Entrada de ar.
Expiração: Processo pelo qual o ar atmosférico presente nos pulmões é liberado para o ambiente.
• Relaxamento dos músculos intercostais e diafragma;.
• Diminuição do volume da caixa torácica;.
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215
Ventilação pulmonar
O movimento de inspiração provoca a entrada de ar nos pulmões por meio da contração do
diafragma e também dos músculos intercostais.
A medida que o diafragma abaixa, as costelas elevam-se causando o aumento da caixa torácica
e isso faz com que a pressão interna diminua em relação a pressão externa, forçando o ar a entrar nos
pulmões. A expiração por sua vez provoca a saída de ar dos pulmões através do processo inverso, ou
seja, por meio do relaxamento do diafragma e dos músculos intercostais.
A medida que o diafragma eleva-se, as costelas abaixam fazendo com que haja uma redução
do volume da caixa torácica e com isso a pressão interna aumenta forçando o ar a sair dos pulmões.
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216
Nos tecidos ocorre um processo inverso: o gás oxigênio dissocia-se da hemoglobina e difunde-
-se pelo líquido tissular, atingindo as células.
Grande parte do gás carbônico (cerca de 70%) que é liberado pelas células em direção ao líquido
tissular consegue penetrar nas hemácias e reage com a água, dando origem ao ácido carbônico, que
logo será dissociado dando origem a ions H+ e também a bicarbonato (HCO3-), que se difunde para
o plasma sanguíneo, onde dessa forma auxiliam na manutenção do grau de acidez do sangue. Cerca
de 23% do gás carbônico liberado pelos tecidos conseguem se associar à propria hemoglobina, dando
origme a chamada carboemoglobina. O restante de gás carbônico se dissolve no plasma.
Hematose
Transformação ocorrida no sangue, antes rico em gás carbônico e depois rico em oxigê-
nio, nos pulmões. Nos glóbulos vermelhos encontra-se um pigmento que dá cor ao sangue, denomi-
nado hemoglobina.
Nos pulmões a hemoglobina combina com o oxigênio formando oxiemoglobina. Esta liga-
ção é instável, quando o sangue atinge os tecidos, desfaz a ligação e o oxigênio é cedido para as cé-
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Tipos de respiração
• Eupneia: respiração normal.
• Apneia: parada dos movimentos respiratórios.
• Taquipneia: aumento da frequência respiratória.
• Bradipneia: diminuição da frequência respiratória.
• Anóxia: falta ou deficiência de oxigênio nos tecidos.
• Cianose: designação dada a cor azulada da pele e mucosas causadas por baixas concentra-
ções de oxiemoglobina. A cor azul é mais pronunciada nos lábios, orelhas e pontas dos de-
dos. É sinal visível de anóxia.
Controle da respiração
Estando em repouso, a frequência respiratória é de 12 a 20 movimentos por minuto. A respira-
ção é regulada de forma automática por meio de um centro nervoso situado na região do bulbo.
Desse centro partem os nervos que são responsáveis pela contração muscular do sistema respi-
ratório (diafragma e músculos intercostais).
O centro nervoso também transmite sinais nervosos por meio da coluna espinhal onde estes
sinais seguem para os músculos da respiração.
O músculo de maior relevância na respiração é o diafragma, pois ele recebe os sinais respirató-
rios por meio de um nervo especial chamado nervo frênico que parte da medula espinhal, na porção
superior do pescoço, e segue em direção para baixo por meio do tórax até chegar ao diafragma.
Os sinais enviados para os músculos que atuam no movimento de expiração são transmitidos
para a parte baixa da medula espinhal, para os nervos espinhais que inervam os músculos.
É possivel que a respiração seja afetada pelos impulsos gerados pela estimulação psíquica ou
sensorial do córtex.
Estando sob condições normais, o centro respiratório gera a cada 5 segundos um impulso nervo-
so que promove a estimulação da contração muscular torácica e também do diafragma, dando inicio
ao movimento de inspiração.
O centro respiratório pode elevar ou reduzir tanto a amplitude quanto a frequência dos movi-
mentos respiratórios, tendo em vista que ele apresenta quimiorreceptores, sendo estes muito sensí-
veis ao pH do plasma.
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Mecanismos de defesa do sistema respiratório
Contra microorganismos do meio externo e sangue:
• Retenção nas fossas nasais (partículas > 10 µm).
• Retenção no muco do epitélio (2 a 10 µm).
• Reflexo de tosse.
• Macrófagos.
• BALT (linfócitos T)
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Estruturas:
O tubo digestivo é constituído pela boca, faringe, esôfago, estômago, intestino delgado, intesti-
no grosso, ampola retal ou reto e ânus, e por órgãos auxiliares da digestão denominados órgãos ane-
xos: o pâncreas, a vesícula biliar e o fígado.
Os órgãos digestivos são revestidos por células epiteliais cuja função é fabricar o muco que per-
mite o deslizamento do bolo alimentar e secretar as enzimas que irão quebrar as grandes moléculas.
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Boca
É o primeiro órgão do aparelho digestivo. Possui duas estruturas importantes para a diges-
tão: a língua e os dentes.
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Em sua primeira dentição o ser humano apresenta 20 peças que são chamadas de dentes de
leite. A medida que os maxilares vão crescendo, os dentes de leite vão sendo substituidos por outros
32 dentes do tipo permanente.
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Glândulas Salivares
Existem três pares de glândulas salivares que expelem sua secreção diretamente na cavidade
bucal: sublingual, submandibular e parótida. Os sais da saliva promovem a neutralização das subs-
tâncias ácidas e também consegue manter na boca um pH neutro a levemente ácido, sendo que esta
condição é ideal para a ação da ptialina.
Ela apresenta-se no estado líquido aquoso, incolor, insípido. E suas principais funções são:
• Digestiva: possui enzima ptialina (amilase salivar) que vai agir sobre o amido. pH 7.
• Umedece a mucosa da boca, língua e faringe facilitando a mastigação, fonação e deglutição.
• Protege a cavidade bucal diluindo substâncias irritantes e ajustando temperaturas al-
tas ou baixas dos alimentos.
• Remove os resíduos de alimentos ( limpeza dos dentes).
• Lubrifica o bolo alimentar e inicia a digestão.
• É o solvente universal dos alimentos.
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Faringe
A faringe é um órgão tubular que com prolongação para baixo no pescoço com a forma de um fu-
nil, seu tamanho varia de 12 à 15 cm de comprimento e de cerca de 35 mm em seu início e cer-
ca de 15 mm no seu término. Possui comunicação com o esôfago, fossas nasais e os ouvidos.
A faringe situa-se atrás das fossas nasais e a frente às vértebras cervicais, se mantém ligada a la-
ringe e o esôfago.
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Esôfago
O esôfago corresponde ao canal que faz a ligação entre a faringe e o estômago, está situado
entre os pulmões logo atrás do coração e atravessa o músculo diafragma, que é o músculo que separa
o tórax do abdômen. O bolo alimentar leva em torno de 5 a 10 segundos para percorre-lo. O Esôfa-
go continua o trabalho da Faringe, transportando os alimentos até o estômago, devido aos seus movi-
mentos peristáltico s (contrações involuntárias).
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Estômago
O estômago é um órgão do tubo digestivo, caracterizando-se por ser um segmento dilatado, situ-
ado na cavidade abdominal, abaixo do diafragma, vindo logo após o esôfago e anteriormente ao duode-
no. Este órgão exerce funções endócrinas e exócrinas, digerindo os alimentos e secretando hormônios.
Suas principais funções são continuar a digestão de carboidratos que foi iniciada na boca atra-
vés da adição de um fluído ácido ao alimento ingerido, transforma este bolo alimentar no denomina-
do quimo (massa viscosa) através da atividade muscular e, através da enzima pepsina, iniciar a diges-
tão das proteínas.
Produz também uma lípase gástrica, que com o auxílio da lípase lingual, digere os triglicerí-
deos. O estômago dos seres humanos possui um volume de, aproximadamente 50 mL quan-
do está vazio, podendo expandir para 4L de capacidade. Quando está vazio, tem o formato de um
“J” maiúsculo, onde duas partes se unem por ângulos agudos, para estudos anatômicos o estôma-
go é divido em partes, como visualizado na figura abaixo:
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Intestino Delgado
O intestino delgado consiste em um tupo que mede cerca de 6 m de comprimento por 4 cm
de diâmetro e se divide em 3 regiões: duodeno (maior porção), jejuno (porção intermediária) e íleo
(menor porção).
A região do duodeno situa-se na parte superior do intestino e apresenta a forma de ferradura
no qual compreende o piloro, esfíncter muscular da porção inferior do estomago no qual este elimi-
na seu conteúdo no intestino.
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Intestino Grosso
O intestino grosso é a região do intestino onde ocorre a absorção de água, tanto a que é inge-
rida quanto a das demais secreções digestivas. Está dividido em seis porções: ceco, cólon ascenden-
te, transverso, descendente, curva sigmóide e reto.
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Órgãos Anexos
Pâncreas
O pâncreas consiste em uma glândula do tipo mista, que mede cerca de 15cm de comprimento
e apresenta um formato triangular. Situa-se de forma transversal sobre a parede posterior da cavidade
abdominal, mais precisamente na alça formada pelo duodeno, sob o estômago.
O pâncreas é composto por uma cabeça, um corpo e uma cauda afilada. A sua cabeça se encaixa
perfeitamente no quadro duodenal.
A secreção externa é direcionada para o duodeno através dos canais de Wirsung e de Santorini.
O canal de Wirsung termina ao lado do canal colédoco na ampola de Vater.
O pâncreas apresenta dois órgãos imbricados: pâncreas exócrino e o pâncreas endócrino. O
primeiro é responsável por produzir enzimas digestivas em estruturas chamadas de ácinos. Estes por
sua vez estão associados por meio de condutos finos, que é por onde a sua secreção é conduzida até
um condutor maior, que termina no duodeno, durante a digestão.
O pâncreas endócrino é responsável por secretar os hormônios insulina e glucagon, já trabalha-
dos no sistema endócrino.
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Fígado
Corresponde ao maior órgão interno do nosso corpo e também é considerado um dos órgãos
vitais. Dentre as visceras é a que possui maior volume, pensando cerca de 1,5kg em um homem adulto
e na mulher chega a pesar entre 1,2 e 1,4 kg.
Sua cor é arroxeada, apresenta uma superfície lisa e recoberta por uma cápsula própria. Está
localizado no quadrante superior direito da cavidade abdominal.
O tecido hepático é composto por pequenas formações que são chamadas de lobos, consti-
tuidos por colunas de células hepáticas ou hepatócitos, e rodeadas por canalículos, pelos quais pas-
sa a bile, secretada pelos hepatócitos.
A união desses canais forma o que chamamos de ducto hepático onde, juntamente com o ducto
proveniente da vesícula biliar, compõe o ducto comum da bile, que descarrega seu conteúdo no duo-
deno.
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233
Funções:
• Eliminar a bile, líquido este que age na emulsão das gorduras que são ingeridas, favorecen-
do, a ação da enzima lipase;.
• Retirar moléculas de glicose presentes no sangue, reunindo-as através de processos quími-
cos para formar glicogênio, que é armazenado. Nos momentos de carência, o glicogênio é
reconvertido em glicose que voltam para a corrente sanguínea;.
• Armazenar vitaminas e ferro em suas células;.
• Realizar a metabolização dos lipídeos;.
• Promover a síntese de várias proteínas existentes no sangue, de fatores imunológicos e de
coagulação e também de substâncias que transportam oxigênio e gorduras;.
• Degradar o álcool e outras substâncias tóxicas, favorecendo a desintoxicação do organis-
mo;.
• Destruir hemácias (glóbulos vermelhos) velhas ou anormais, convertendo sua hemoglobi-
na em bilirrubina, que é o pigmento castanho-esverdeado presente na bile.
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Processo Digestório
O processo digestório é iniciado na boca, que por sua vez é composta pelos dentes, lingua, pala-
to duro, palato mole e três pares de glândulas: as parótidas, as lublinguais e as submandibulares, que
são responsáveis pela liberação da saliba, chamadas de glândulas salivares maiores tendo em vista
que além delas também existem glândulas salivares esparsas e pequenas.
Estas glândulas eliminam em torno de um litro a um litro e meio de saliva todos os dias, e esta é
constituida por água que ajuda na diluição do bolo alimentar e também por enximas.
O alimento é triturado pelos dentes e com a ajuda da língua ele é empurrado no sentida da farin-
ge em um processo chamado de deglutição. Na boca o alimento alem de ser triturado já sofre o inicio
da digestão por meio da atuação de uma enzima que é liberada pelas glândulas salivares, chamada
de amilase salivar ou ptialina, onde sua função consiste em digerir o amido e também os carboidratos
presentes no bolo alimentar.
As glândulas salivares são reguladas por meio do sistema nervoso autônomo, no entanto alguns
fatores físico-quimicos podem interferir no seu processo de secreção.
Para evitar que restos de alimentos fiquem retidos entre os dentes e venham a apodrecer, cau-
sando cáries, o que dificulta a mastigação e conseqüentemente a digestão, todas as pessoas de-
vem, após as refeições ou consumo de doces em horários intermediários, realizar uma higiene bu-
cal correta, mediante uma boa escovação.
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Absorção dos Nutrientes
Os nutrientes resultantes do quilo são absorvidos por células da mucosa intestinal (intestino
delgado) em estruturas denominadas microvilosidades, posteriormente transferidas para a corren-
te sangüínea, que se encarregará de levá-los para todo o corpo.
Por meio de um esfíncter chamado íleo-cecal, os resíduos que não sofreram absorção pelo intes-
tino delgado, vão sendo direcionados para o intestino grosso.
Chegado ao intestino grosso, esses resíduos perderão água e endurecerão, formando o chama-
do bolo fecal, o qual passará pela ampola retal através de movimentos peristálticos, sendo posterior-
mente eliminado pelo ânus pelo processo de defecação.
10 SISTEMA URINÁRIO
O sistema urinário é composto pelos órgãos uropoéticos que são responsáveis por produzir a
urina e armazena-la de forma temporária até que a mesma tenha a chance de ser eliminada para for
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Cada rim é constituído por 1 a 4 milhões de néfrons; São as unidades funcionais dos rins, pois são ca-
pazes de realizar todas a funções renais.
Cada rim apresenta:
• duas faces: anterior e posterior.
• duas bordas: medial e lateral. Na medial possui o hilo renal, por onde passa a artéria re-
nal, veia renal e ureter.
• duas extremidades (pólos): superior (possui a glândula supra-renal) e inferior.
Os rins estão envolvidos por uma cápsula fibrosa. Internamente são formados por duas cama-
das:
• Camada cortical, córtex renal (Cápsulas de Bowman e os glomérulos renais).
• Camada medular, medula renal (pirâmides de Malpighi – é o conjunto das alças de Hen-
le e túbulos coletores).
A projeção do córtex tem a forma de colunas, colunas renais e separam porções cônicas da me-
dula denominadas pirâmides renais. A pelve renal (bacinete): cálices renais maiores e cálices re-
nais menores.
Néfrons
O néfron corresponde a unidade morfologica e funcional da urina do rim. Cada rim apresenta
cerca de um milhão de néfrons. O formato do néfron é bem diferenciado e também inconfundível
onde se adequa perfeitamente para a sua função de produção de urina. O néfron é constituido por:
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Funções dos Rins
Os rins executam o trabalho principal do sistema urinário, com as outras partes do sistema atu-
ando principalmente na:
• Filtração do sangue ;.
• Formação da urina;.
• Homeostasia (auto regulação) dos líquidos do corpo de várias maneiras.
• Regulação da composição iônica do sangue;.
• Manutenção da osmolaridade do sangue;.
• Regulação do volume sanguíneo;.
• Regulação da pressão arterial;.
• Regulação do pH do sangue;.
• Liberação de hormônios;.
• Regulação do nível de glicose no sangue;.
• Excreção de resíduos e substâncias estranhas.
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Ureteres
Correspondem a dois tubos que conduzem a urina dos rins até a região da bexiga. São órgãos
de pequeno calibre e apresentam menos de 6mm de diâmetro podendo medir entre 25 a 30 cm de
comprimento. A pelve renal é a extremidade superior do ureter, situada na parte interna do rim.
Descendo de forma obliqua para baixo , o ureter percorre por entre a parede posterior do ab-
dome, penetrando em seguida na cavidade pélvica, onde se abre no óstio do ureter localizado no
assoalho da bexiga urinária.
Por conta da sua trajetória, os ureteres se distinguem em duas partes: abdominal e pélvi-
ca. Os ureteres podem realizar contrações rítmicas chamadas de peristaltismo. A urina se deslo-
ca ao longo dos ureteres em resposta aos movimentos peristalticos e também à gravidade.
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Bexiga
A bexiga urinária atua como uma espécie de reservatório temporário para que a urina seja ar-
mazenada. Quando se encontra vazia, a bexiga localiza-se na porção inferior ao peritônio e poste-
rior à sínfise púbica: quando está cheia, ela se eleva invadindo a cavidade abdominal.
É um órgão oco, elástico que nos homens está situado anterior ao reto e nas mulheres se en-
contra presente à frente da vagina e logo abaio do útero. Quando a bexiga está cheia, sua superfície
interna fica lisa.
Uma área triangular na superfície posterior da bexiga não exibe rugas. Esta área é chama-
da trígono da bexiga e é sempre lisa. Este trígono é limitado por três vértices: os pontos de entra-
da dos dois ureteres e o ponto de saída da uretra. O trígono é importante clinicamente, pois as infec-
ções tendem a persistir nessa área.
A saída da bexiga urinária contém o músculo esfíncter chamada esfíncter interno, que se con-
trai involuntariamente, prevenindo o esvaziamento.
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O esfíncter externo situa-se na porção inferior ao músculo esfíncter, que envolve a parte supe-
rior da uretra e se for controlado voluntariamente possibilita a resistência quanto a necessidade de
urinar. A capacidade média da bexiga urinária é de cerca de 700 a 800ml, sendo menor ans mulheres
pois o útero ocupa um espaço maior situado acima da bexiga, o que comprime o espaço da bexiga
urinária fazendo com que ela apresente uma capacidade menor em relação aos homens.
Uretra
A uretra corresponde a um tubo que transporta a urina da bexiga para o meio externo. Sua
estrutura é revestida por mucosa e a uretra se abre para o meio externo através do óstio externo da
uretra. A uretra masculina tende a ser maior que a uretra feminina.
1. Uretra Masculina
A uretra masculina se estende do orifício interno da bexiga urinária até o orifício uretral externo
situado na extremidade do pênis. É dividida em 3 partes: Prostática, Membranácea e Esponjosa. Na
uretra masculina existe uma pequena abertura em forma de fenda chamada de ducto ejaculatório.
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2. Uretra Feminina
Consiste em um canal formado por membranas, sendo estreito e que se estende da bexiga ao
orifício externo no vestíbulo. Está situada dorsalmente à sínfise púbica, incluida na parede anterior da
vagina. É levemente curva, apresentando a cavidade direcionada para frente.
Quando não está dilatada, seu diâmetro é de cerca de 6mm. Sua abertura externa situa-se na
frente do orifício vaginal e mede cerca de 2,5 cm dorsalmente à glande do clitóris. Várias glândulas
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Diferenças das uretras masculina e feminina
As uretras masculinas e a femininas se diferenciam em seu trajeto. Na mulher, a uretra é cur-
ta (3,8cm) e faz parte somente do sistema urinário. Seu óstio externo fica localizado na aprte ante-
rior da vagina e entre os lábios menores.
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Processo de Filtração
O sangue, que é impulsionado para a artéria aorta, segue pelas demais artérias, penetra nos rins
por meio da artéria renal, que se subdivide até se transformar em várias arteríolas que penetram em
pequenos grãozinhos que existem nos rins e são chamadas de cápsulas de Bowman.
No interior das cápsulas de Bowman, as arteríolas assumem o calibre de capilares e enrolam-se
sobre si mesmas, formando os chamados glomérulos, onde o sangue é filtrado.
No trajeto seqüencial, os capilares enovelados assumem novamente o calibre de arterío-
las e saem das cápsulas sob a denominação de arteríolas eferentes. Uma vez dentro dos gloméru-
los, o sangue deixa passar água e sais pelas paredes permeáveis dos capilares.
Os materiais filtrados são também absorvidos pelas paredes permeáveis das cápsu-
las de Bowman, que os deixam passar pelo funil em que estão inseridas.
Assim, os filtrados penetram em tubos sinuosos chamados de túbulos contorcidos proximais,
onde é nesse local que ocorre a absorção de água e íons necessários para o funcionamento do orga-
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Excreção: eliminação de resíduos celulares.
Existem outros resíduos formados por substâncias não utilizadas pelas células ou prejudi-
ciais ao organismo. Além dos rins, as vias respiratórias (CO2) e a pele (suor) funcionam como órgãos ex-
cretores.
Gás carbônico: retirado das células pelo sangue e transportado aos pulmões, é eliminado pelo sis-
tema respiratório (vapor de água, álcool, éter, etc., quando essas substâncias são introduzidas no or-
ganismo).
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Regulação da Função Renal
A regulação da função renal relaciona-se basicamente com a regulação da quantidade de líqui-
dos do corpo.
Havendo necessidade de reter água no interior do corpo, a urina fica mais concentrada, em fun-
ção da maior reabsorção de água; havendo excesso de agua no corpo, a urina fica menos concentra-
da, em função da menor reabsorção de água.
Cálculo Renal
São formações sólidas de sais minerais e/ou uma série de outras substâncias, como oxala-
to de cálcio e ácido úrico que se cristalizam.
Essas cristalizações podem migrar pelas viaa urinárias causando muita dor e complica-
ções. Os cálculos podem atingir variados tamanhos, que vão de grãos com alguns milímetros, até o ta-
manho do próprio rim. Eles se formam tanto nos rins quanto na bexiga.
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Testículos
São as gônadas masculinas. Cada testículo é composto por um emaranhado de tubos, os duc-
tos seminíferos. Esses ductos são formados pelas células de Sértoli (ou de sustento) e pelo epité-
lio germinativo, onde ocorrerá a formação dos espermatozoides.
Glândulas mistas: Espermatozoide = Exócrina / Testosterona = Endócrina Homens que apresen-
tam os testículos embutidos na cavidade abdominal, anomalia denominada criptorquidia, não for-
mam espermatozóides, sofrendo esterilidade temporária.
Espermatozóide:
É formado de três partes: cabeça, colo e cauda ou flagelo. Os espermatozóides movimentam-
-se num líquido chamado esperma, para se movimentarem, vibram a cauda com rapidez.
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Funções:
• Estimular os folículos pilosos para que façam crescer a barba masculina e o pelo pubiano.
• Estimular o crescimento das glândulas sebáceas e a elaboração do sebo.
• Produzir o aumento de massa muscular nas crianças durante a puberdade, pelo aumen-
to do tamanho das fibras musculares.
• Ampliar a laringe e tornam mais grave a voz.
• Faz com que o desenvolvimento da massa óssea seja maior, protegendo contra a osteopo-
rose.
Hormônios Masculinos
Epidídimos
São dois tubos enovelados que partem dos testículos, onde os espermatozoides são armazena-
dos. No epidídimo os espermatozoides são armazenados e passam pela fase de diferenciação (cria-
ção de flagelo). Encontramos também células de Sertoli, com função de nutrição dos espermatozoides
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Ducto Ejaculador
Fusão dos canais deferentes sob a bexiga: forma o duto ejaculador que desemboca na uretra.
Uretra
A uretra é comumente um canal destinado para a urina, mas os músculos na entrada da be-
xiga se contraem durante a ereção para que nenhuma urina entre no sêmen e nenhum sêmen en-
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Glândulas Bulbo Uretrais
Sua secreção transparente é lançada dentro da uretra para limpá-la e preparar a passagem dos es-
permatozoides. Também tem função na lubrificação do pênis durante o ato sexual.
Vesículas seminais
São responsáveis pela produção de um líquido, que será liberado no ducto ejaculatório que, jun-
tamente com o líquido prostático e espermatozoides, entrarão na composição do sêmen.
O líquido das vesículas seminais age como fonte de energia para os espermatozoides e é cons-
tituído principalmente por frutose, apesar de conter fosfatos, nitrogênio não proteico e prostaglandi-
nas que são hormônios produzidos em numerosos tecidos do corpo.
Pênis
Órgão masculino da cópula, é uma estrutura flácida, quando não estimulada. É ligado às pare-
des anterior e lateral do arco pubiano.
É composto de três colunas longitudinais - duas de corpos cavernosos e um esponjoso - de teci-
do erétil (capaz de aumentar de tamanho quando repleto de sangue).
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Bolsa Escrotal
Um espermatozoide leva cerca de 70 dias para ser produzido. Eles não podem se desenvolver ade-
quadamente na temperatura normal do corpo (36,5°C). Assim, os testículos se localizam na parte exter-
na do corpo, dentro da bolsa escrotal, que tem a função de termorregulação (aproximam ou afastam os tes-
tículos do corpo), mantendo-os a uma temperatura geralmente em torno de 1 a 3 °C abaixo da corporal.
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12 SISTEMA REPRODUTOR FEMININO
Ele está localizado no interior da cavidade pélvica. A pelve constitui um marco ósseo forte que re-
aliza uma função protetora. É dividido em órgãos internos (ovários, tubas uterinas, útero e vagi-
na) e externos (orifício externo da vagina, lábios e clítoris).
É constituído por: dois ovários; duas tubas uterinas (trompas de Falópio); um útero; uma vagi-
na; uma vulva.
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Funções:
1 – produção de estrógeno e progesterona, que controlam o desenvolvimento e funcionamen-
to dos demais órgãos genitais e também o desenvolvimento dos caracteres sexuais secun-
dários.
2 – produção de óvulos.
Tubas Uterinas
Canais com 12 a 14 cm de comprimento, que se estendem desde cada um dos ovários até à par-
te superior do útero. Iniciam-se por uma porção em forma de funil - pavilhão - que envolve parcial-
mente o ovário.
O seu epitélio de revestimento é formado por células ciliadas e os batimentos dos cílios mi-
croscópicos e os movimentos peristálticos impelem o gâmeta feminino até o útero. Local onde ocor-
re a fecundação do óvulo (ampola da tuba).
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Laqueadura
Vagina
A vagina é um canal de 8 a 10 cm de comprimento, de paredes elásticas, que liga o colo do úte-
ro aos genitais externos. Contém de cada lado de sua abertura, internamente, duas glândulas deno-
minadas glândulas de Bartholin, que secretam um muco lubrificante.
A entrada da vagina é protegida por uma membrana circular - o hímen – que fecha parcialmen-
te o orifício vulvo-vaginal e é quase sempre perfurado no centro, podendo ter formas diversas. Geral-
mente, essa membrana se rompe nas primeiras relações sexuais.
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Canal do órgão sexual feminino dos mamíferos, que se estende do colo do útero à vulva. A fun-
ção da vagina é receber o pênis no coito e dar saída ao feto no momento do parto, assim como expul-
sar o conteúdo menstrual.
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Órgãos Externos
Vulva
Estruturas de proteção, sensibilidade e prazer.
Lábios
Pregas cutâneo-mucosas intensamente irrigadas - os grandes lábios. Pregas cutâneo-muco-
sas que envolvem a entrada da vagina - os pequenos lábios.
Função: proteção
Clítoris
Pequeno órgão de grande sensibilidade, localizado sobre uma depressão na qual se abrem o ori-
fício urinário e genital. É formado essencialmente por tecido esponjoso.
Orifício que corresponde à abertura da vagina. Permite a saída do sangue menstrual, a entra-
da do pênis quando da relação sexual e a expulsão da criança, no nascimento.
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Hormônios
Desde o nascimento, a mulher apresenta em seu ovário cerca de 400.000 folículos, sendo que
destes 300 irão se tornar maduros desde o período da menarca, que corresponde a primeira menstru-
ação e geralmente acontece em torno de 11 a 13 anos, até a menopausa, que corresponde ao periodo
em que a mulher apresenta sua ultima menstruação.
A partir da menarca, a cada ciclo de 28 dias, um folículo migra para a superficie do ovário. Os
ovarios são responsáveis pela produção dos óvulos, que liberam de forma alternada os folículos pro-
duzindo os hormônios progesterona e estrogênio.
Estes hormônios por sua vez aceleram o processo de maturação final do folículo, fazendo com
que ele se rompa e dessa forma libere o óvulo, sendo este processo chamado de ovulação e que dura
em torno de 14 dias.
Caso o óvulo nao seja fecundado, ele é reabsorvido pelo organismo e os ovários paralisam a sua
produção até que um novo ciclo comece e um novo folículo seja liberado.
Nesta circunstância, o endométrio, que é uma camada superficial com elevada vascularização,
descama e elimina uma determinada quantidade de sangue através da vagina, sendo este processo
conhecido como menstruação.
Agora caso o óvulo venha a ser fecundado, ele migra para a região do útero, onde se fixa no
endométrio, fenômeno este conhecido como nidação.
Estrógeno
O estrógeno induz as células de muitos locais do organismo, a proliferar, isto é, a aumen-
tar em número. Por exemplo, a musculatura lisa do útero, aumenta tanto que o órgão, após a puber-
dade, chega a duplicar ou, mesmo, a triplicar de tamanho.
O estrogênio também provoca o aumento da vagina e o desenvolvimento dos lábios que a cir-
cundam, faz o púbis se cobrir de pêlos, os quadris se alargarem e o estreito pélvico assumir a for-
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Progesterona
A progesterona age em todo o corpo físico da mulher preparando-a para a gravidez. Sua maior con-
seqüência é a amenorréia, ou falta de menstruação. É um hormônio essencial na manutenção da gra-
videz, pois evita a descamação do endométrio, que ocasionaria um aborto.
13 SISTEMA NERVOSO
O sistema nervoso, juntamente com o sistema endócrino, capacitam o organismo a perce-
ber as variações do meio (interno e externo), a difundir as modificações que essas variações produ-
zem e a executar as respostas adequadas para que seja mantido o equilíbrio interno do corpo (ho-
meostase).
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Célula Nervosa
O tecido nervoso é composto por células nucleadas especiais, chamadas neurônios, que apre-
sentam prolongamentos extensos capazes de receber estímulos externos como frio, calor, dor. Sua
morfologia é complexa, mas geralmente apresentam três componentes.
Os dendritos são prolongamentos que atuam como receptores dos estimulos externos, de célu-
las epiteliais sensoriais ou também de outros neurônios.
O corpo celular ou pericário corresponde ao o centro de passagem dos impulsos nervosos da célula.
O axônio por sua vez corresponde a um prolongamento único, especializado na condução de
impulsos que levam informações do neurônio para outras células nervosas, glandulares e musculares.
Os axõnios ficam envoltos por uma camada gelatinosa que atua como isolante e recebe o nome de
bainha de mielina.
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Células da Neuróglia ou Glia: são as células do tecido nervoso que não conduzem impulsos ner-
vosos, no entanto, desempenham funções importantes. Podem ser:
Astrócitos: relacionadas com a nutrição e sustentação dos neurônios.
Oligodendrócitos: também participam da nutrição e sustentação dos neurônios.
Microgliócitos ou Micróglia: associam-se com o mecanismo de defesa por fagocito-
se no S.N.C.
Células Empendimárias: revestem as cavidades naturais do S.N.C. e em alguns pontos espe-
cializam-se para secreção do líquor.
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Sinapses
Quando o potencial de ação chega ao fim do axônio, encontra fendas, as sinapses, separan-
do um neurônio do outro ou do efetor. O neurônio que transmite o impulso é chamado de neurô-
nio pré-sináptico, enquanto o que recebe, de neurônio pós- sináptico.
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Funcionamento do sistema nervoso
O funcionamento do sistema nervoso vai depender do que chamamos de arco reflexo com-
posto pela ação das vias aferentes, sensitivas ou centrípetas, que atuam na condução dos impulsos
originados nos receptores externos ou internos que estão presentes em vários órgãos e sensíveis às
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Sistema Nervoso Central
O SNC é constituido pelo encéfalo e pela medula espinhal, onde o primeiro situa-se no inte-
rior da caixa craniana e o segundo na coluna vertebral.
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CEREBELO
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Sistema Nervoso Periférico
Corresponde aos nervos cranianos e espinhais. Estes partem do tronco cerebral onde há 12
pares de nervos cranianos que apresentam funções específicas e nem sempre estão sob controle vo-
luntário.
Os nervos que apresentam fibras de controle involuntário recebem o nome de sensitivos. Já os
nervos de controle voluntário são chamados de motores.
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Nervos cranianos:
I - Nervo Olfatório
II - Nervo Óptico
III - Nervo Oculomotor
IV - Nervo Troclear
V – Trigêmeo
VI - Nervo Abducente
VII - Nervo Facial
VIII - Nervo Vestibulococlear
IX - Nervo Glossofaríngeo
X - Nervo Vago
XI - Nervo Acessório
XII - Nervo Hipoglosso Os motores (puros) são os que movimentam o olho, a língua e acesso-
riamente os músculos látero-posteriores do pescoço.
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288
14 SISTEMA SENSORIAL
Diariamente, o ambiente que nos circunda repassa uma diversidade de estímulos que são capta-
dos pelo organismo – o chamado sentido ou sensação. Os ruídos, a claridade, o clima, o cheiro e o sa-
bor dos alimentos, por exemplo, são fatores sempre presentes.
Alguns órgãos, compostos por células sensíveis são especializados em reconhecer determinados
estímulos externos, levando a informação para a respectiva área do cérebro. O conjunto desses órgãos
é chamado de órgãos dos sentidos.
Fazem parte desse conjunto os olhos(permite a visão), a lingua (permite o paladar), o nariz (per-
mite o olfato), a orelha (permite a audição) e a pele (percebe o estímulo através do tato).
Olhos – Visão
Os olhos estão situados no interior de duas cavidades ósseas da face, chamadas de órbitas ocu-
lares.
Possuem dois globos oculares que são compostos por três diferentes membranas chamadas
de esclerótica, coróide e retina.Na porção anterior do globo ocular, a membrana esclerótica, for-
ma uma camada transparente que recebe o nome de córnea.
Na coróide, estão situados os vasos sangüíneos. A retina, que corresponde a sua membrana
mais interna e também a mais sensível, é composta por uma extensão do nervo óptico.
Na parte interna do globo ocular, está presente uma substância que ocupa sua maior parte. Esta
recebe o nome de humor vítreo e apresenta uma consistência gelatinosa e transparente, estando
situada logo atrás do cristalino, atuando, portanto, como uma espécie de lente que regula a imagem
com nitidez.
O cristalino altera-se devido a ação dos músculos ciliares, que são comandados pelo SNA.
Entre o cristalino e a córnea há uma substância líquida e transparente denominada humor aquo-
so. Na parte anterior do olho, a coróide forma um disco cuja cor é variável para cada pessoa, denomi-
nada íris.
Em seu centro existe um orifício cujo tamanho altera-se de acordo com a quantidade de luz que so-
bre ele incide, a pupila, também conhecida como “menina dos olhos”.
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A ideia da criação da máquina fotográfica originou-se a partir da observação do funcionamen-
to do olho humano. Para sua utilização, faz-se necessário filme, luz e lentes.
Numa correlação com nossa matéria, o filme corresponderia à retina - onde são fixadas as ima-
gens; a lente, ao cristalino - que, para melhorar a nitidez da imagem, se altera de acordo com o foco de-
sejado. Por sua vez, a luz é fator indispensável à visão, sem ela nada se enxerga, nem nenhuma foto-
grafia é revelada.
Existem seis músculos que controlam o movimento do globo ocular. Caso apresentem algu-
ma disfunção, ocorre o estrabismo - desvio do olhar em sentido oposto ao do olho normal, circuns-
tância em que, na maioria dos casos, é indicado o uso de óculos ou até mesmo cirurgia para a corre-
ção do problema.
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Língua – Paladar
A alimentação corresponde a um ato de prazer e necessidade, desde que realizada de forma
moderada pode trazer vários benefícios para o corpo.
São uma variedade de sabores que atraem muitas pessoas. Seja pelo doce, salgado, amargo ou
azedo é na lingua que a distinção entre esses sabores será efetuada.
A lingua atua na emissão do som, composta por uma massa de tecido muscular estriado, que
é recoberta por uma mucosa. Apresenta forma achatada e ligeiramente cônica. É formada por duas
partes:
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292
Nariz – Olfato
O nariz, corresponde ao órgão olfativo composto por 2 cavidades, que são chamadas de fossas
nasais, onde encontram-se separadas pelo septo. Seus oríficios anteriores e posteriores estabelecem
comunicação respectivamente com o meio externo (narinas) e com a faringe (coanas). Na parte su-
perior das fossas nasais existe um revestimento mucoso composto por células olfativas situadas nas
terminações do nervo olfativo, o que nos permitir perceber o olfato. Esse sentido sofre estímulos por
meio de substÂncias químicas que ficam espalhadas no ar, motivo este que faz com que ele seja con-
siderado um sentido “químico”.
Dentro das fossas nasais estão presentes os pêlos, que tem como função a de filtrar o ar que
é inalado. Estes pêlos em conjunto com o muco promovem a retênçao de poluentes, sem contar os
vários microrganismos que são trazidos pelo ar.
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293
Orelha – Audição
A orelha, é constituida por três partes: a orelha externa, a média e a Interna. Este corresponde
ao órgão responsável pela audição.
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294
O tímpano situa-se na porção final do canal auditivo externo e na parte inicial do pavilhão audi-
tivo médio. É formado por uma membrana fina que sofre vibrações conforme as ondas sonoras que
passam por ela.
Além dele, estão presentes no pavilhão auditivo médio três ossículos que recebem o nome de
martelo, bigorna e estribo. Esses ossículos se articulam percebendo a vibração da membrana timpânica.
É na região do pavilhão auditivo médio que se inicia um canal flexível onde este se estende até a
região da faringe, chamado de trompa de Eustáquio, que tem como função a de manter o equilíbrio da
pressão atmosférica no interior da orelha média. Essa porção também é chamada de caixa do tímpano.
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Pele – Tato
O tato é o sentido transmitido através da pele, órgão este que promove o revestimento do cor-
po e apresenta em suas camadas mais profundas as terminações nervosas, que são responsáveis por
enviar a mensagem da sensação até o cerebro. Somente com um toque de mão é possivel notar dife-
renças entre o liso e o áspero, o grande e o pequeno, o mole e o duro, dentre outras diferenciações.
Além disso é possivel também identificar a necessária utilização da visão.
A pele possui diversos tipos de receptores sensoriais, que são formados por fibras nervosas
onde o seu agrupamento constitui os corpúsculos sensoriais, que são especializados em realizar a
captação de determinados tipos de sensação, como por exemplo a pressão, a dor, a ardência, etc.
A pele é o maior órgão do corpo humano e ela envolve o corpo estabelecendo seu limite com o
meio externo. Sua estrutura representa cerca de 16% do peso corporal.
Dentre as principais funções da pele estão: defesa orgânica, regulação térmica, funções senso-
riais e proteção contra a ação de agentes externos.
As principais camadas que formam a pele são:
• Epiderme.
• Derme.
• Hipoderme
Epiderme
É a camada mais externa, mais superficial da pele, é constituída por células epiteliais que so-
frem processo de queratinização ou corneificação, que dá origem à camada córnea, composta basica-
mente de queratina, uma proteína responsável pela impermeabilização da pele.
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297
Derme
Camada localizada entre a epiderme e a hipoderme. É responsável pela resistência e elasticida-
de da pele.
É constituída por tecido conjuntivo (fibras colágenas e elásticas envoltas por substância fun-
damental), vasos sanguíneos e linfáticos, nervos e terminações nervosas. Os folículos pilossebáce-
os e glândulas sudoríparas, originadas na epiderme, também localizam-se na derme.
A faixa na qual a epiderme e a derme se unem é chamada de junção dermo- epidérmica. A epi-
derme se projeta em forma de dedos na direção da derme, formando as cristas epidérmicas. Estas au-
mentam a superfície de contato entre as 2 camadas, facilitando a nutrição das células epidérmicas pe-
los vasos sanguíneos da derme.
Hipoderme Também chamada de tecido celular subcutâneo, é a porção mais profunda da
pele. Rica em tecido adiposo (gordura, adipócitos) e varia de acordo com a região.
Sua estrutura fornece proteção contra traumas físicos (mecânicos), perda de calor e depósi-
to de calorias.
Anexos da pele
São eles: Unhas, pelos, glândulas sudoríparas e glândulas sebáceas.
As unhas são formadas por células corneificadas (queratina) que formam lâminas de con-
sistência endurecida. Esta consistência dura confere proteção as falanges distais dos de-
dos das mãos e dos pés.
Os pelos são uma característica fundamental dos mamíferos. Existem por quase toda a superfí-
cie cutânea, exceto nas palmas das mãos e plantas dos pés.
Coloração do pelo depende da quantidade de pigmento.
Apresenta duas partes: -
• Haste: acima da pele.
• Raiz: está na derme ou hipoderme num tubo epidérmico denominado folículo piloso.
• Bulbo piloso é a parte dilatada do folículo piloso.
• Músculo eretor do pelo: feixe de fibras musculares lisas.
Função: provoca a ereção do pelo.
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15 SISTEMA ENDÓCRINO
O sistema endócrino apresenta estruturas que atuam na liberação de determinadas substâncias
na corrente sanguínea, que vão regular o funcionamento de diversas células e também de alguns ór-
gãos essenciais para nossa sobrevivência.
As estruturas que o constituem recebem o nome de glândulas endócrinas, que, por sua vez, li-
beram substâncias chamadas de hormônios.
As glândulas endócrinas, estão situadas em várias partes do corpo, são a hipófise ou pituitá-
ria, a pineal, a tireóide, as paratireóides, as supra–renais, o pâncreas, os ovários e os testículos.
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Em nosso corpo além das glândulas com função endócrina também existe órgãos que realizam
essa função e não chegam a produzir hormônios, mas conseguem secretar substâncias que serão libe-
radas na corrente sanguínea como é o caso do rim, que é responsável pela produção da renina, que
por sua vez irá atuar na regulação da pressão arterial.
Hipófise ou pituitária
Corresponde a uma glândula pequena, similar a um grão de ervilha, que está situada no encéfa-
lo, fixa a uma região chamada de hipotálamo. Essa glândula apresenta uma importância significativa
para o corpo, tendo em vista que é responsável pelo controle do funcionamento de outras glândulas
tais como a tireóide, as sexuais e as supra-renais. A glândula hipofisiana também produz uma grande
quantidade de hormônios como por exemplo:
• hormônio somatotrófico: atuam no crescimento, metabolismo de Proteínas;.
• hormônio ocitocina: promove a contração uterina;.
• hormônio antidiurético – ADH: regula o volume de água no Organismo;.
• hormônio tireotrófico – TSH: estimula as glândulas tireóide;.
• hormônio adrenocorticotrófico ou corticotrofina – ACTH: estimula as glândulas supra-adre-
nais.
Os três tipos de hormônios gonadotróficos são responsáveis pelo desenvolvimento de glându-
las e órgãos sexuais, exercendo influência nos processos de menstruação, ovulação, gravidez e lacta-
ção. São eles:
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301
Pineal
A glândula pineal também conhecida como epífise, situa-se na região do diencéfalo e fica rpesa
à porção posterior do teto do 3º ventriculo por meio de uma haste. É composta por serotonina, que é
precursora da melatonina.
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302
Tireóide
Esta glândula fica sob a regulação do hormônio hipofisário TSH (hormônio tireotrófico). Está
situada na região do pescoço, logo abaixo da laringe e na porção frontal da traquéia.
A tireóide libera os hormônios calcitocina e tiroxina, que elevam a atividade de todas as células
do organismo. A tiroxina é responsável por todas as reações que acontecem no interior do corpo. A
cacitocina atua no processo de controle de cálcio no sangue.
Se a glândula produzir excesso de hormônio (hipertiroidismo) o paciente vai apresentar palpita-
ções, suor intenso, agitação, ansiedade, nervosismo, tremores de extremidades, insônia, aumento do nú-
meros de evacuações, febre (temperatura corporal elevada), intolerância ao calor, perda de peso, pres-
são arterial alta, fraqueza e cansaço excessivo. Há casos graves em que a pessoa que tem hipertireoidismo
apresenta aumento da tireoide (bócio endêmico) e a pessoa pode apresentar exoftalmia (olhos para fora).
Se a glândula apresentar redução na produção hormonal (hipotiroidismo) o paciente vai apre-
sentar cansaço, desânimo, sonolência excessiva, constipação intestinal, intolerância ao frio, me-
mória ruim, lentidão nos movimentos, pressão arterial baixa, retenção de líquido (edema), ga-
nho de peso, pele ressecada.
Os dois distúrbios podem causa problemas sexuais de perda de libido e impotência. Os exa-
mes da tireóide consistem basicamente em dosar no sangue os hormônios além de realizar ultras-
som da região cervical (pescoço).
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303
Paratireóide
As glândulas da paratireóide estão presentes no corpo em um total de 4 e situam-se aos pares
do lado das tireóides. Essas glândulas são responsáveis por secretar um hormônio chamado parator-
mônio que também controla a quantidade de fosfato e de cálcio no sangue.
Supra-renais
Estas duas glândulas estão situadas sobre cada rim e apresentam 2 partes: a mais externa, cha-
mada de córtex e a mais itnerna que recebe o nome de medula. O córtex da supra-renal produz e
também libera diversos hormônios, dentre eles a aldosterona que auxilia na manutenção constante
da quantidade de sódio e potássio no organismo.
Outro hormônio é o cistrol, cortisona ou hidrocortisona, que estimula o uso de proteinas e
gorduras como fontes de energia, eleva a taxa de glicose no sangue e também participa no processo
inflamatório, sendo por isso usada como medicação.
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305
Pâncreas
Esta glândula localiza-se na cavidade abdominal e possui duas funções: uma exócrina e ou-
tra endócrina.
Na exócrina, produz o suco pancreático que será liberado fora da corrente sangüínea, mais pre-
cisamente no duodeno, auxiliando o processo digestivo. Na função endócrina, produz dois hormô-
nios: a insulina, que transporta a glicose através da membrana celular, diminuindo-a da corrente san-
güínea, e o glucagon, que contribui, estimulando o fígado, para o aumento da glicose no sangue.
A insulina e o glucagon influenciam a quantidade de açúcar (glicose) na corrente sangüí-
nea. A disfunção do pâncreas causa o Diabetes mellitus.
A insulina facilita a entrada da glicose nas células (onde ela será utilizada para a produção de ener-
gia) e o armazenamento no fígado, na forma de glicogênio. Ela retira o excesso de glicose do san-
gue, mandando-o para dentro das células ou do fígado. Isso ocorre, logo após as refeições, quan-
do a taxa de açúcar sobe no sangue.
A falta ou a baixa produção de insulina provoca o diabetes, doença caracterizada pelo exces-
so de glicose no sangue (hiperglicemia).
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Ovários
Os ovários são duas glândulas, uma de cada lado do corpo, que integram o aparelho reprodu-
tor feminino e localizam-se abaixo da cavidade abdominal, em uma região denominada pelvis ou cavi-
dade pélvica. Ligam-se ao útero através de dois ligamentos denominados ligamentos do ovário.
Os ovários são responsáveis pela produção e liberação de dois hormônios, o estrogênio ou hor-
mônio folicular e a progesterona.
O estrogênio controla o desenvolvimento das características sexuais femininas, como aumen-
to dos seios, depósito de gordura nas coxas e nádegas, aparecimento de pêlos pubianos e estímu-
lo ao impulso sexual.
A progesterona, responsável pela implantação do óvulo fecundado na parede uterina e pelo de-
senvolvimento inicial do embrião, estimula o desenvolvimento das glândulas mamárias e da placen-
ta e inibe a secreção de um dos hormônios gonadotróficos.
Além de produzir hormônios, os ovários são também responsáveis pela produção das células se-
xuais femininas, os ovócitos.
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EXERCÍCIOS
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309
Capítulo 1: Introdução à Anatomia
1. Conceituar:
a) Anatomia
b) Normal em anatomia
c) Variação anatômica
d) Anomalia
e) Monstruosidade
2. Citar os fatores gerais de variação anatômica.
3. Definir longilíneo, brevilíneo, mediolíneo e citar suas características morfológicas.
4. Citar as partes constituintes do corpo humano.
5. Descrever Posição Anatômica.
6. Citar os planos de delimitação, secção e eixos do corpo humano.
7. Quais os decúbitos existem? Explique cada um deles.
8. Por que estes conceitos são importantes na prática de saúde?
Capítulo 2: Anatomia Topográfica
1. Qual a finalidade do estudo da anatomia topográfica?
2. Quais são as regiões chamadas topográficas do corpo humano?
3. Quais são as linhas convencionais (imaginárias) usadas na anatomia topográfica?
4. Cite as divisões de cada região:
a) Pescoço
b) Tórax
c) Abdome
d) Membros superiores
e) Membros inferiores
5. Desenhe na figura abaixo as linhas convencionais e dê o nome de cada região. Em seguida cite a lo-
calização dos órgãos indicados:
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310
a) Bexiga
b) Tireóde
c) Pulmão direito
d) Aorta abdominal
e) Tuba uterina esquerda
f) Estômago
g) Baço
h) Vesícula biliar
i) Ovário direito
j) Rim direito
k) Cólon ascendente
l) Duodeno
m) Intestino delgado (jejuno e íleo)
n) Coração
o) Fígado
p) Próstata
q) Útero
r) Pulmão esquerdo
s) Pâncreas (corpo e cauda)
Capítulo 3: Citologia
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311
1) Definir célula:
2) Qual é a classificação da célula?
3) Qual é a estrutura básica de uma célula eucariota e procariota?
4) Definir organelas citoplasmáticas.
5) Cite as funções das organelas citoplasmáticas.
6) Qual é a função do núcleo celular?
7) Como é dividido o núcleo?
8) Defina nucléolo.
9) Citar as funções dos cromossomos e sua localização.
10) Citar as partes fundamentais da célula.
11) Citar a função da membrana plasmática.
12) Defina o que é cariolinfa.
13) Citar a função da carioteca.
14) Caracterize os diferentes processos de trocas entre o interior e o exterior da célula.
15) Diferencie fagocitose de pinocitose.
16) Desenhe uma célula eucariota animal e identifique as estruturas celulares.
17) Desenhe uma célula procariota e identifique as estruturas celulares.
18) Definir osmose e permeabilidade celular.
Capítulo 4: Histologia
1) Cite as características e funções do tecido epitelial.
2) Como se divide o tecido epitelial?
3) O que são mucosas e serosas? Dê exemplos
4) Como é feita a classificação do tecido epitelial de revestimento de acordo com ascama-
das das células?
5) Como é feita a classificação do tecido epitelial de acordo com a forma das células?
6) Que estruturas podem ocorrer na superfície livre das células epiteliais?
7) O que são glândulas?
8) Como se classificam as glândulas quanto ao destino da secreção?
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312
TECIDO CONJUNTIVO
1) Cite as características e funções do tecido conjuntivo.
2) Como se divide o tecido conjuntivo?
3) O que é tecido conjuntivo propriamente dito (T.C.P.D.)?
4) Cite os tipos de tecido conjuntivo quanto a quantidade de fibras e suas características.
5) Cite e explique as principais células do T.C.P.D.
6) Quais são as principais funções do T.C.P.D.?
7) Quais são as fibras do tecido conjuntivo típico?
8) Defina S.F.A.
9) O que é tecido adiposo? O que são adipócitos?
10) Quais são as funções do tecido adiposo?
11) O que é tecido cartilaginoso?
12) Definir condroblasto e condrócito.
13) Qual é a classificação das cartilagens? Dê exemplos.
14) O que é tecido ósseo?
15) Quais as principais células do tecido ósseo?
16) Quais são as funções do tecido ósseo?
17) De que é constituído o tecido sanguíneo?
18) Quais são os elementos figurados do nosso sangue e suas respectivas funções?
19) Cite as funções do sangue.
20) Definir: leucocitose; leucopenia; leucemia e anemia.
21) Qual a função da hemoglobina em uma hemácia?
22) Por que a permanência prolongada em elevadas altitudes resultam em maior produção de hemá-
cias?
TECIDO MUSCULAR
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313
1) O que é tecido muscular?
2) Quais são os tipos de tecido muscular?
3) Complete o quadro abaixo:
Características Tec. Musc. Estriado Tec. Musc. Estriado Tec. Muscular liso
esquelético cardíaco
Formas
Estrias transversais
Núcleos
Discos intercalares
Contração
Local onde é encontrado
4) O que são actina e miosina?
TECIDO NERVOSO
1) O que é tecido nervoso?
2) Qual a função do tecido nervoso?
3) Defina:
a) Corpo celular:
b) Axônio:
c) Dendritos:
d) Células da neuróglia:
e) Sinapse:
4) O que são nervos?
5) Dê a classificação dos nervos quanto a posição.
6) Dê a classificação dos nervos quanto a condução de impulsos.
7) Cite as células da Glia.
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314
Capítulo 5: Sistema Ósseo
1) Qual a função do esqueleto.
2) Defina ossos longos, curtos, alongados, laminares, irregulares, pneumático e sesamóide.
3) Defina substância óssea, compacta e periósteo.
4) O esqueleto pode se dividir em: axial e apendicular. Qual a composição dessa divisão.
5) Qual a função da coluna vertebral.
6) Quantas vértebras possui coluna vertebral? Fale sobre sua divisão.
7) Defina atlas e áxis.
8) Para que serve o canal vertebral?
9) Qual a função dos discos intervertebrais?
10) O ser humano possui 12 costelas, quantas são verdadeiras, falsas e flutuantes.
11) Qual a diferença do esqueleto do homem para a mulher.
12) Descreva a constituição do sistema esquelético.
13) O que é um osso? Quais tecidos o constitue? Como se faz a nutrição?
14) O que é matriz óssea?
15) O que há no interior dos ossos?
16) Descreva as funções do esqueleto.
17) Quais são os tipos de esqueleto?
18) Como o esqueleto se divide?
19) Como é a feita a união entre o esqueleto axial e apendicular?
20) Quantos ossos existem no indíviduo adulto?
21) O que ossos longos? O que há de importante neles? Cite exemplos.
22) O que são ossos curtos? Cite exemplos.
23) O que são ossos laminares? Cite exemplos.
24) O que são ossos irregulares? Cite exemplos.
25) O que são ossos pneumáticos? Cite exemplos.
26) O que são ossos sesamóides? Cite exemplos.
27) Quais as diferenças entre o esqueleto masculino e feminino? 2
8) Desenhe o esqueleto humano.
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315
Capítulo 7: Sistema Circulatório
1) Quais as estruturas formam o sistema circulatório?
2) Quais as funções do sistema circulatório?
3) O que é o sangue?
4) Quais as funções do sangue?
5) Qual a composição do sangue?
6) O que é pressão osmótica?
7) Quais são as proteínas do plasma? Qual a função de cada?
8) Quais são os glóbulos vermelhos do sangue?
9) Quais são os tipos sanguíneos existem?
10) Quais são os glóbulos brancos? Qual a função deles?
11) Como os glóbulos brancos são dividos?
12) Qual a função das plaquetas?
13) Explique a sequência de acontecimentos da cascata de coagulação.
14) Quais são as vias de circulação sanguíneas? Aponte as principais diferenças de cada.
15) Explique como se dá a estrutura dos vasos sanguíneos?
16) O que é diapedese?
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316
Capítulo 8: Sistema Respiratório
1) Definir:
a) Inspiração:
b) Expiração:
c) Respiração:
2) Cite e defina os órgãos respiratórios.
3) Cite a importância das conchas nasais.
4) Cite as partes da faringe.
5) Cite as cartilagens da laringe.
6) Definir pleura.
7) Cite as diferenças do pulmão D e E.
8) Cite os músculos que participam da respiração.
9) Explique:
a) Ar circulante
b) Ar residual
c) Capacidade respiratória total
10) Explique os fenômenos mecânicos e químicos da respiração.
11) Explique o que é hematose e onde ocorre.
12) Definir:
a) Hemoglobina
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317
13) Definir frequência respiratória.
Capítulo 9: Sistema Digestivo
1) O que é digestão?
2) Quais as substâncias químicas que realizam a digestão das substâncias presentes nos alimentos?
3) Quais as estruturas compõem o sistema digestivo?
4) Como é o tecido que reveste os órgãos do sistema digestivo? Descreva suas características.
5) Quais as estruturas da boca são importantes no processo de digestão? Descreva as característi-
cas de cada.
6) Quais as papilas gustativas existem na língua? Descreva os gostos do paladar que cada uma pro-
porciona.
7) Descreva os tipos de dentes que existem e a função de cada uma. Quais as partes de um dente?
8) Quais as funções das glândulas salivares? Quais glândulas existem?
9) Diferencie as três partes da faringe, dando as características de cada.
10) Como o esôfago participa no processo digestório?
11) Quais as funções do estômago? Faça um desenho esquemático diferenciando as partes do estô-
mago e os esfíncteres nele presentes.
12) O que é suco gástrico? Para que ele serve?
13) Descrevas as características de cada parte do intestino delgado, descrevendo a função de cada.
14) Quais as porções do intestino grosso? Dê a função desse órgão.
15) Quais são os órgãos anexos do sistema digestivo. Dê a função de cada.
16) Quais as três partes formam o pâncreas? Qual substância esse órgão produz e para que ela serve?
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318
Capítulo 10: Sistema Urinário
1) Qual a função do sistema urinário?
2) Quais são os componentes da urina?
3) Como o sistema urinário é dividido? Descreva quais as estruturas de cada.
4) Como o sistema urinário contribui para a homeostase?
5) Quais órgãos compõem o sistema urinário?
6) Onde os rins se localizam? Quais as suas características?
7) Quais as funções dos rins?
8) Qual a diferença entre o rim direito e o esquerdo?
9) O que compõe o hilo renal?
10) Descreva as características do córtex e da medula renal.
11) O que são néfrons?
12) Como o néfron é formado?
13) Onde se localizam as glândulas suprarrenais? Quais as suas características e funções?
14) O que é produzido no córtex das glândulas adrenais? E na medula?
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319
Capítulo 11: Sistema Reprodutor Masculino
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320
Capítulo 12: Sistema Reprodutor Feminino
1) Quais os tipos de cromossomos existem no nosso organismo?
2) Diferencie a carga genética sexual do homem e da mulher.
3) Como o sistema reprodutor feminino é dividido? Quais órgãos compõem cada um.
4) Descreva as funções e as características de cada órgão do sistema reprodutor feminino.
5) O que é laqueadura? Como é realizada?
6) Quais as partes do útero? E suas camadas?
7) O que é o Fundo do Saco de Douglas?
8) O que é o colo do útero?
9) Explique o processo de maturação do óvulo e a ovulação.
10) O que é síndrome do ovário policístico?
11) Onde ocorre a fecundação?
12) O que é hímen?
13) Quais os hormônios sexuais femininos? Onde eles são produzidos? Quais as suas funções?
14) Faça um desenho esquemático que demostre:
a) Órgãos reprodutores internos femininos;
b) Órgãos reprodutores externos femininos;
c) Camadas e partes do útero;
d) Partes da tuba uterina;
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321
Capítulo 13: Sistema Nervoso
1) Quais as funções do sistema nervoso?
2) Descreva as características da célula nervosa.
3) Quais os tipos de neurônios existem?
4) Faça um desenho esquemático mostrando a estrutura do neurônio.
5) Qual o sentido do fluxo da transmissão nervosa?
6) O que é sinapse? Quais as estruturas participam desse processo?
7) Quais os tipos de sinapses? Explique as diferenças entre elas.
8) Quais os principais neurotransmissores existem? Descreva as funções de cada.
9) Defina fibra, feixe e gânglio nervoso.
10) Diferencie substância cinzenta e branca.
11) Qual a constituição do arco reflexo? Caracterize cada.
12) Diferencie os tipos de neurônios presentes no arco reflexo.
13) Como o sistema nervoso é dividido? 14) Faça um esquema demostrando a divisão do siste-
ma nervoso central.
15) Qual a constituição do sistema nervoso central.
16) Qual a constituição do encéfalo? Dê as suas características.
17) Como ocorre a divisão dos hemisférios cerebrais?
18) O que são sulcos cerebrais? E giros? Quais as suas funções?
19) O que são lobos cerebrais? Faça um desenho esquemático demonstrando a localiza-
ção de cada e a função de cada área.
20) Quais as estruturas compõem o diencéfalo? Quais as suas características e funções?
21) O que é corpo caloso?
22) O que é o sistema límbico?
23) Quais as funções do cerebelo?
24) Quais as funções do tronco encefálico? Quais as estruturas o compõem? Descreva as característi-
cas de cada.
25) Descrevas as características e as funções da medula espinhal e faça um desenho esquemático evi-
denciando as estruturas da mesma.
26) Quais as funções do sistema nervoso periférico? Como ele é dividido?
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
322
Capítulo 14: Sistema Sensorial
1) Defina sistema sensorial e descreva suas funções.
2) Quais são os sentidos do corpo humano?
3) Descreva quais órgãos exercem a função de cada sentido
4) Faça um desenho esquemático evidenciando as estruturas internas e externas que com-
põem o olho humano.
5) Descreva as características de cada estrutura presente no olho humano.
6) Descreva as seguintes patologias relacionadas a visão: estrabismo, hipermetropia, miopia e astig-
matismo.
7) Quais são as alterações da pupila?
8) Como funciona o mecanismo da visão e formação da imagem?
9) Quais as estruturas que realizam a proteção dos olhos?
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
323
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
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Minn, São Paulo: Manole, 4a. Ed., 1999.
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326
ENFERMAGEM
Etapa 1
HIGIENE E PROFILAXIA/
NUTRIÇÃO E DIETÉTICA
SUMÁRIO
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328
Processo Saúde/Doença
O processo saúde-doença é uma expressão usada para fazer referência a todas as variáveis que
envolvem a saúde e a doença de um indivíduo ou população e considera que ambas estão interligadas
e são consequência dos mesmos fatores.
História Causal
• As Interpretações Mágico – Religiosas Dominante entre os povos da antigüidade, o pensa-
mento mágico-religioso será responsável pela manutenção da coesão social e pelo desen-
volvimento inicial da prática médica.
• As Interpretações Mágicas – Religiosas Nas diferentes culturas, o papel da cura estava en-
tregue a indivíduos iniciados: os sacerdotes incas; os xamãs e pajés entre os índios brasilei-
ros; as benzedeiras e os curandeiros na África.
• As Primeiras Explicações Racionais: medicina- Mágica/religiosa -Explicação para a saúde e a
doença.
• Hipócrates defende o equilíbrio entre homem/ ambiente.
• Há Rompimento com a superstição e as práticas mágicas e o surgimento de explicações
racionais para os fenômenos de saúde e doença.
• Saúde e Doença na Idade Média: entre o castigo e a redenção- evidenciaram-se o declínio
da cultura urbana e a decadência da organização e das práticas de saúde pública;
• A Idade Média foi marcada pelo sofrimento impingido pelas inúmeras pestilências e epide-
mias à população
• A expansão e o fortalecimento da Igreja são traços marcantes desse período.
• Na Idade Média é que surgem os primeiros hospitais. Originados da igreja, nas ordens mo-
násticas, inicialmente estavam destinados a acolher os pobres e doentes.
• Não havia evidência do elemento comunicável que não aqueles já sugeridos por Hipócrates.
• Igreja desautorizou avanços;
• Renascimento: novos olhares- Surgimento de defensores dentro da igreja sobre conheci-
mento de higiene e saúde da civilização greco-romana;
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Teoria Multicausal
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330
Profilaxia
Profilaxia é a aplicação de meios que tendem evitar doenças ou contágios. As medidas profiláti-
cas interrompem a interação entre o agente causador da doença e o organismo. Alguns exemplos de
doenças sujeitas a profilaxia são peste bubônica, hepatite, verminoses, DSTs, infecções hospitalares.
Higiene e profilaxia estão intimamente ligadas, pois a higienização, em todas as suas formas,
evita a transmissão e/ou contágio por agentes infectocontagiosos, logo é uma medida profilática.
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331
TERMINOLOGIAS EM ENFERMAGEM
Abdução – afastamento de um membro do eixo do corpo.
Abscesso – coleção de pus externa ou internamente.
Absorção – penetração de líquido pela pele ou mucosa.
Abstinência – contenção, ato de evitar.
Adiposo – gordura.
Adução – mover para o centro ou para a linha mediana.
Afagia – impossibilidade de deglutir.
Afasia – impossibilidade de falar ou entender a palavra falada.
Afebril – sem febre.
Alopecia – é a queda total ou parcial dos cabelos.
Alucinação – percepção de um objeto, que na realidade não existe.
Amenorreia – falta de menstruação.
Analgesia – abolição da sensibilidade a dor.
Anasarca – edema generalizado.
Anemia – é a diminuição dos números de hemácias.
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5- VIGILÂNCIA EPIDEMILOGICA
Ciência que estuda os padrões da ocorrência de doenças em populações humana e os fatores
determinantes propondo medidas específicas de prevenção ou controle de erradicação e doenças
indicadores que sirvam de suporte ao planejamento e avaliação de saúde.
A partir do quadro, em que havia grave acometimento de grandes parcelas populacionais por
doenças transmissíveis, criou-se a necessidade de analisar as manifestações dessas doenças.
Foi o surgimento e desenvolvimento da ciência epidemiológica, que possibilitou o estudo da
distribuição dos determinantes da frequência das doenças no homem. Houver maior conhecimento
sobre as melhores condições e fatores que favoreciam a ocorrência das moléstias como: faixa etária,
sexo, lugares, épocas do ano, ocupações (profissionais do sexo, operários da construção civil) e outras
condições de interesse. Surge então, os serviços de vigilância epidemiológica. Tendo como objetivo
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338
Vigilância Epidemiológica
É um serviço que reúne um conjunto de ações que permite acompanhar a evolução das doenças
na população.
Funciona como um “termômetro” um indicador de que ações devem ser priorizadas no planeja-
mento da assistência à saúde.
As ações de prevenção e controle devem partir do estudo do comportamento das doenças e
agravos à população, é importante seguir algumas etapas:
• Coleta de dados;
• Processamento dos dados;
• Análise dos dados;
• Recomendação de medidas de controle e prevenção;
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339
Variáveis Epidemiológicas
PESSOA: QUEM? Características herdadas ou adquiridas (idade, sexo, cor, escolaridade, renda,
estado nutricional e imunitário, etc.); etc. Atividades (trabalho, esportes, práticas religiosas, costumes,
etc.); etc. Circunstâncias de vida (condição social, econômica e do meio ambiente).
TEMPO: QUANDO? A cronologia de uma doença é fundamental para a sua análise epidemiológi-
ca. A distribuição dos casos de determinada doença por períodos de tempo (semanal, mensal, anual)
permite verificar como a doença evolui.
A distribuição cronológica apresenta- apresenta-se como:
Tendência Secular: são as variações na incidência/prevalência ou mortalidade/letalidade de do-
enças observadas por um longo período de tempo, geralmente dez anos ou mais.
Variação cíclica: são variações com ciclos periódicos e regulares. O comportamento cíclico das
doenças resulta de recorrências nas suas incidências, que podem ser anuais ou de periodicidade men-
sal ou semanal. Na variação cíclica, portanto, um dado padrão é repetido de intervalo em intervalo.
Variação Sazonal: ocorre quando a incidência das doenças aumenta sempre, periodicamente,
em algumas épocas ou estações do ano, meses do ano, dias da semana, ou em horas do dia. Por
exemplo, dengue (nas épocas quentes do ano), acidentes de trânsito (horas de muita movimentação
urbana – deslocamento para o trabalho ou escola).
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341
Segurança Alimentar
Significa garantir acesso ao alimento em quantidade e qualidade adequadas, de forma perma-
nente; aproveitar ao máximo os nutrientes; e preparar alimentos de forma que não ofereçam perigo
à saúde.
Manipulador de Alimentos
Todas as pessoas que trabalham com alimentação são considerados “manipuladores de alimen-
tos”, ou seja, quem produz, coleta, transporta, recebe e prepara par distribuir o alimento.
Perigo
Classifica-se no saneamento de alimentos perigo tudo aquilo que pode causar algum mal à saú-
de da pessoa.
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Microrganismos
Bactérias, bolores, protozoários e vírus.
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Temperatura
A temperatura tem ação preponderante sobre a atividade metabólica dos microrganismos
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Umidade
Os alimentos com altos teores de proteínas, pois contém alto teor de umidade natural, são os
preferidos pelas bactérias.
Tempo
Num ambiente que proporciona calor, umidade e alimento, as bactérias iniciam a sua multiplica-
ção em 10 a 20 minutos, podendo num espaço de 30 minutos, se multiplicar até um número suficiente
para causar intoxicação alimentar.
ph
• ph 7 é ótimo para o desenvolvimento da bactéria;
• ph<4 ou > 9 limita muito o desenvolvimento de qualquer tipo de agente biológico;
Doenças Transmitidas por Alimentos
São atribuídas à ingestão de alimentos e/ou água contaminados por agentes de origem biológi-
ca, física, química ou pela produção de toxinas por determinados agentes, cuja presença no organismo
em determinadas concentrações pode afetar a saúde humana, em nível individual ou coletivo.
Acontecem devido a:
• Falta de higiene de utensílios, mãos e equipamentos;
• Cruzamento entre alimentos crus e cozidos (principalmente na arrumação da geladeira);
• Uso de alimentos contaminados;
• Exposição prolongada dos alimentos a temperatura inadequada
• ou cozimento insuficiente (tempo e temperatura).
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346
Sintomas
Diarréia;
• Náusea;
• Vômito;
• Cefaléia;
• Dor abdominal;
• Febre;
• Formação de gases;
• Fadiga;
• Perda de apetite.
Boas Práticas
Controlando os perigos:
• Adequação e manutenção das instalações;
• Prevenção da contaminação por utensílios, equipamentos e ambientes;
• Prevenção da contaminação por colaboradores;
• Prevenção da contaminação pelo ar ambiente (ar condicionado, condensação etc.);
• Prevenção da contaminação por produtos químicos;
• Controle de pragas;
• Garantia da qualidade da água (ex: limpeza da caixa d’água);
• Cuidado com o lixo.
Qualidade da água
Deve ser de boa qualidade, ou seja, sem gosto, sem cheiro, transparente e livre de microrganis-
mos perigosos.
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Controle de pragas
Moscas, baratas, formigas, ratos, pássaros, gatos e outros animais podem representar grande
risco de contaminação.
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Limpeza e Desinfecção
Resíduos de alimentos deixados no ambiente e materiais para fora de uso favorecem o apare-
cimento de pragas. Sendo os produtos de limpeza guardados em locais separados dos alimentos. E
também deve-se higienizar os: ambientes, os utensílios e equipamentos
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349
A Organização Mundial da Saúde (OMS) define saneamento como o controle de fatores que atu-
am sobre o meio ambiente e que exercem, ou podem exercer, efeitos prejudiciais ao bem estar físico,
mental ou social do homem.
O objetivo final do saneamento é a promoção da saúde, um direito fundamental de todos os
seres humanos.
A cada R$ 1,00 investido em saneamento, as cidades economizam R$ 5,00 em medicina curativa
da rede hospitais e ambulatórios públicos. (Sistema Único de Saúde)
A pobreza, combinada com baixos índices de saneamento básico, é responsável pela morte de
uma criança a cada 10 segundos. (PNSB-IBGE).
IBGE 2010
No Brasil, apenas 52% dos municípios e 33% dos domicílios têm serviço de coleta de esgoto.
Na Região Norte, 2% dos domicílios tem rede de esgoto. Os 68,5% dos resíduos das grandes cidades
são jogados em lixões e alagados.Apenas 451 municípios dos 5.507 existentes no Brasil fazem coleta
seletiva.
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351
Vantagens:
• Impede a proliferação de ratos e insetos;
• Permite a recuperação de áreas, que um dia foram aterros sanitários, para atividades como
recreação e esporte populares;
Incineradores
Local onde é feita a queima do lixo, indicada para o lixo hospitalar por eliminar os contaminan-
tes.
Os incineradores devem ter sistema de filtragem para eliminar a fuligem e substâncias químicas
cancerígenas como dioxinas e furanos.
Vantagens:
• Redução significativa do volume de lixo;
• Possibilidade de transformação do lixo em energia;
• Não há contato direto dos trabalhadores com o lixo.
Práticas sustentáveis
Desenvolvimento Sustentável é uma forma de desenvolvimento que procura conciliar as neces-
sidades da sociedade atual com a preservação dos recursos naturais sem comprometer a capacidade
das futuras gerações de atender suas necessidades.
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352
Divididos em grupos:
• Insetos: gafanhotos, borboletas, mosca, barbeiro etc.
• Aracnídea: aranhas e escorpiões
• Ácaros: pulgas e carrapatos
• Crustáceos: caranguejo
• Quilópodes: centopeia
• Diplópodes: Embuás
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Doença Sintomas
Babesiose Febre, anorexia e anemia
Borreliose Febre, anorexia, poliartrite,
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Doença Sintomas
Prevenção
• Limpar quintais e jardins;
• Remover entulhos e lixo;
• Examinar peças de roupas e sapatos antes de usá-los;
• Utilizar equipamentos apropriados em área de risco, como luvas, sapatos fechados, calça de
comprimento longo , etc.
Roedores
Constituem a maior ordem de mamíferos com placenta. Formam mais de 2.000 espécies, 40%
da classe dos mamíferos.
São de ambiente aquático ou terrestre.
Todos possuem uma dentição especializada para roer.
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Prevenção: Evitar os 4 A:
• Acesso;
• Abrigo;
• Água;
• Alimento.
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Etapas do PGRSSS
1- SEGREGAÇÃO: Consiste naseparação dos resíduos no momento e local de sua geração, de acordo
com as características físicas, químicas, biológicas, o seu estado físico e os riscos envolvidos.
2- ACONDICIONAMENTO: Consiste no ato de embalar os resíduos segregados, em sacos ou recipien-
tes que evitem vazamentos e resistam às ações de punctura e ruptura. A capacidade dos recipien-
tes de acondicionamento deve ser compatível com a geração diária de cada tipo de resíduos.
3- IDENTIFICAÇÃO: Consiste no conjunto de medidas que permite o reconhecimento dos resíduos
contidos em sacos e recipientes, fornecendo informações ao correto manejo dos RSSS.
4- TRANSPORTE INTERNO: Consiste no traslado dos resíduos dos pontos de geração até o local des-
tinado ao armazenamento temporário ou armazenamento externo de apresentação para a coleta.
5- ARMAZENAMENTO: Consiste na guarda dos recipientes contendo os resíduos acondicionados.
6- TRATAMENTO: Consiste na aplicação de método, técnica ou processo que modifique as caracte-
rísticas dos resíduos, reduzindo ou eliminando o risco de contaminação, de acidentes ocupacio-
nais ou de danos ao meio ambiente. Esse tratamento pode ser realizado através da esterilização,
desinfecção ou incineração.
7- COLETA E TRANSPORTE EXTERNO: Consistem na remoção dos RSSS do armazenamento até a
unidade de tratamento ou disposição final, utilizando-se técnicas que garantam a preservação
das condições de acondicionamento e a integridade dos trabalhadores, da população e do meio
ambiente, devendo estar de acordo com as orientações dos órgãos de limpeza urbana.
8- DISPOSIÇÃO FINAL: Consiste na disposição de resíduos no solo, previamente preparado para re-
ceber esses, obedecendo a critérios técnicos de construção e operação, e com licenciamento
ambiental de acordo com a Resolução CONAMA n°.237/97.
OBS: O PGRSS a ser elaborado deve ser compatível com as normas locais relativas à coleta,
transporte e disposição final de resíduos gerados nos serviços de saúde, estabelecidas pelos órgãos
responsáveis pelas etapas citadas.
Medidas de Biossegurança
O pessoal envolvido diretamente com o gerenciamento de resíduos deve ser mantido sob edu-
cação continuada para as atividades de manejo de resíduos. Essa capacitação deve abordar a impor-
tância da utilização dos EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI) e das MEDIDAS DE BIOSSE-
GURANÇA.
Os trabalhadores devem ser imunizados em conformidade com o Programa.
Nacional de Imunização-(PNI) e realizar controle laboratorial sorológico para avaliação da res-
posta imunológica, bem como serem submetidos a exame médico admissional e periódico.
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Biológicos
A1 - Culturas e estoques de microrganismos; vacinas de microrganismos vivos ou atenuados;
resíduos de atenção à saúde humana e animal com suspeita ou certeza de contaminação Classe de
Risco 4 (elevada periculosidade para o ser humano); bolsas transfusionais contendo sangue ou hemo-
componentes, sobras de laboratórios com sangue ou líquidos corpóreos.
A2 - Carcaças, peças anatômicas, vísceras e outros resíduos provenientes de animais inoculados
com microrganismo sem agentes Classe 4.
A3 - Peças anatômicas humanas (membros) e produtos de fecundação sem sinais vitais menor
que: 500 gramas, 25 cm e 20 semanas gestacionais.
A4 - Kits de linhas arteriais, endovenosas e dialisadores; sobras de amostras de laboratórios
contendo fezes, urina e secreções, sem agentes Classe de Risco 4; peças anatômicas e resíduos de
procedimentos cirúrgicos e outros resíduos sem inoculação de microrganismos.
A5 - Órgãos, tecidos, fluídos orgânicos e materiais perfurocortantes, entre outros, com suspeita
ou certeza de contaminação por príons.
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Lâminas de barbear; agulhas; ampolas de vidro; lâminas debisturi; brocas; escalpes; utensílios;
vidros quebrados e similares. Descartar em: recipiente próprio para material perfuro cortante; reci-
piente específico para agulha do sistema a vácuo; caixas de papelão forrados com saco plástico branco
e acondicionados em saco branco.
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Coleta Seletiva
É um sistema de recolhimento de materiais recicláveis previamente separados e encaminhados
para o beneficiamento, para que estes possam ser reutilizados ou reciclados. A reciclagem é a trans-
formação de um material, que tem sua primeira utilidade terminada em outra, sendo a coleta seletiva
de lixo sua maior aliada.
Seus benefícios visam minimizar a quantidade de resíduos destinados ao tratamento, coleta e
destino final e assim aumentar a vida útil dos aterros sanitários, minimizar a utilização de matéria pri-
ma, incentivar o crescimento das indústrias de reciclados, preservar os recursos naturais e economizar
energia na produção de materiais novos.
A coleta é feita com o material a ser descartado é colocado em lixeira específica e recolhido pos-
teriormente pelos responsáveis pela coleta. Para facilitar o descarte, as lixeiras são diferenciadas por
cores: azul para papeis, vermelho para plásticos, verde para vidros e amarelo para metais.
Os 3 “Rs”
Os 3 Rs se referem as palavras-chave para a boa utilização do material:
Reduzir: É possível reduzir o material descartado revisando seus hábitos de consumo e repen-
sando na necessidade da sua utilização ou descarte.
Reutilizar: Muitos materiais podem ser reaproveitados, mesmo com outra função, sem passar
pela reciclagem.
Reciclar: Transformar materiais já usados, por processo artesanal ou industrial, em novos pro-
dutos.
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Proteção à Cabeça
• Protetores faciais destinados à proteção dos olhos e da face contra lesões ocasionadas por
partículas, respingos, vapores de produtos químicos e radiações luminosas intensas;
• Óculos de segurança para trabalhos que possam causar ferimentos nos olhos, provenientes
de impacto de partículas;
• Óculos de segurança, contra respingos, para trabalhos que possam causar irritação nos
olhos e outras lesões decorrentes da ação de líquidos agressivos;
• Óculos de segurança para trabalhos que possam causar irritação nos olhos, provenientes de
poeiras e
• Óculos de segurança para trabalhos que possam causar irritação nos olhos e outras le-
sões decorrentes da ação de radiações perigosas.
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Proteção do tronco
Aventais, capas e outras vestimentas especiais de proteção para trabalhos em haja perigo de
lesões provocadas por:
• Riscos de origem radioativa;
• Riscos de origem biológica; e
• Riscos de origem química.
Proteção respiratória
Para exposição a agentes ambientais em concentrações prejudiciais à saúde do trabalhador, de
acordo com os limites estabelecidos na NR15:
Respiradores contra poeiras, para trabalhos que impliquem produção de poeiras; respiradores
e máscaras de filtro químico para exposição a agentes químicos prejudiciais à saúde; aparelhos de iso-
lamento (autônomo ou de adução de ar), para locais de trabalho onde o teor de oxigênio seja inferior
a 18% em volume.
Antes de se usar, ou mesmo antes de se adquirir qualquer equipamento de proteção individual,
o profissional deverá conhecer de que ele terá de se proteger, quais os risco - biológicos, físicos e/ou
químicos, aos quais ele estará exposto. Ele tendo estas respostas, estará apto a adquirir e usar esses
equipamentos e trabalhar com mais segurança.
Observações:
Poderão existir dificuldades para se adquirir esses equipamentos, desde o momento em que
se vai solicitar ao setor de compras ou mesmo quem vai direto à loja adquiri-los, pois as suas espe-
cificações são muitas vezes difíceis de serem descritas. Torna-se mais fácil fazer a descrição desses
equipamentos a partir de algumas indagações feitas junto ao fabricante, como: a proteção a que se
destina dar ao trabalhador, a sua vida útil, os limites de sua utilização e como realizar a sua limpeza e
conservação, com estas perguntas antes de se adquirir os equipamentos, estará o profissional, respal-
dado em sua compra, pois estas perguntas deverão ser respondidas nas propostas apresentadas pelas
empresas candidatas ao fornecimentos desses equipamentos.
Antes de se decidir por algum EPI, solicitar ao fabricante que informe se esses equipamentos
possuem o Certificado de Aprovação concedido pelo Ministério do Trabalho e Emprego. No caso des-
ses equipamentos serem de fabricação de origem não brasileira, e mesmo que eles possuam o referi-
do Certificado do país de origem, mesmo assim, terá que apresentar o Certificado de Aprovação emiti-
do pelo Ministério do Trabalho e Emprego do Brasil, pois sem ele o próprio Ministério não o reconhece
como equipamento de proteção individual.
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Vitaminas Hidrossolúveis
As Vitaminas são classificadas em Hidrossolúveis e Lipossolúveis.
As vitaminas hidrossolúveis são vitaminas solúveis em água. O organismo somente usa o ne-
cessário, eliminando o excesso, ou seja, não são armazenadas em nosso organismo em quantidades
apreciáveis. As vitaminas hidrossolúveis quando ingeridas em altas doses não provocam distúrbios já
que seu excesso é eliminado na urina.
As vitaminas hidrossolúveis são muito sensíveis ao cozimento e se perdem facilmente na água
em que as verduras e legumes são cozidos. Por isso longos cozimentos devem ser evitados.
São as vitaminas C e do complexo B.
Vitaminas Lipossolúveis
As vitaminas lipossolúveis são as vitaminas solúveis em lipídios e não-solúveis em água.
Para serem absorvidas é necessária a presença de lipídios. As vitaminas lipossolúveis são a vita-
mina A, a vitamina D, a vitamina E e a vitamina K. As vitaminas A e D são armazenadas principalmente
no fígado e a E nos tecidos gordurosos e, em menor escala, nos órgãos reprodutores. O organismo
consegue armazenar pouca quantidade de vitamina K.
As lipossolúveis quando ingeridas em altas doses ficam retidas no organismo podendo causar
distúrbios.
Atualmente é reconhecido que os seres humanos necessitam de 13 vitaminas diferentes, sendo
que o nosso corpo só consegue produzir vitamina D.
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Vitamina A
Vitamina B1
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Deficiência da B1
Vitamina B2
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Vitamina B3
Fontes: Ervilha, amendoim, fava, peixe, feijão, fígado.
Doenças provocadas pela carência (hipovitaminoses): Insônia, dor de cabeça, dermatite, diar-
réia,depressão.
Funções no organismo: Manutenção da pele, proteção do fígado, regula a taxa de colesterol no
sangue.
Deficiência da B3
Vitamina B5
Fontes: Fígado, cogumelos, milho, abacate, gema de ovo, leite, legumes, frutas.
Doenças provocadas pela carência (hipovitaminoses): Fadigas, cãibras musculares, insônia.
Funções no organismo: Regula o metabolismo de proteínas, gorduras e açúcares.
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Vitamina B12
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Vitamina C
Fontes: Laranja, limão, abacaxi, kiwi, acerola, morango, brócolis, melão, manga.
Doenças provocadas pela carência (hipovitaminoses): escorbuto (uma doença que tem como
primeiros sintomas hemorragias nas gengivas, tumefação purulenta das gengivas (inchaço com pus),
dores nas articulações, feridas que não cicatrizam).
Funções no organismo: Atua no fortalecimento de sistema imunológico e aumenta a absorção
do ferro pelo intestino.
Deficiência de vitamina C
Vitamina D
Fontes: Óleo de peixe, fígado, gema de ovos...
Doenças provocadas pela carência (hipovitaminoses): Raquitismo e osteoporose.
Funções no organismo: Regulação dos níveis de cálcio no sangue e de fósforo, aumenta a reab-
sorção dos ossos.
A síntese de vit. D é ativada pela radiação ultravioleta (RUV), visto que seu precursor está pre-
sente na pele.
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Síntese de Vitamina D
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Vitamina K
Fontes: Fígado e verduras de folhas verdes, abacate.
Doenças provocadas pela carência (hipovitaminoses): Deficiência na coagulação do sangue,
hemorragias e tem maior importância no neo nato.
Funções no organismo: Atua na coagulação do sangue, previne osteoporose, ativa a osteocalci-
na (importante proteína dos ossos).
Lipídeos
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Glicídios
Os glicídios são moléculas orgânicas constituídas fundamentalmente por átomos de carbono,
hidrogênio e oxigênio. São também conhecidos como açúcares, carboidratos.
São a principal fonte de energia para os seres vivos, tendo duas funções: gerar energia e atuar
na formação de partes dos corpos dos seres vivos.
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Classificação do Glicídios
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A sacarose - o açúcar de cana - é um dissacarídeo formado pela união de uma molécula de gli-
cose e uma de frutose.
Outro exemplo de dissacarídeo é a lactose - o açúcar do leite -, constituído por uma glicose liga-
da a uma galactose.
Polissacarídeos: Polissacarídeos são moléculas grandes, formadas de centenas ou milhares de
monossacarídios. Exemplos de polissacarídeos são amido, glicogênio, celulose, quitina, entre outros.
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As proteínas
São componentes de tecidos, membranas, determinam a ocorrência de reações químicas do
organismo.
São polímeros compostos por aminoácidos.
Obtemos proteínas na alimentação, elas são digeridas no tubo digestório (estomago).
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ESTRUTURA DE UM AMINOÁCIDO
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SAIS MINERAIS
Os sai minerais e as vitaminas, funcionam como “cofatores” do metabolismo no organismo. Sem
eles as reações metabólicas ficariam tão lentas que não seriam efetivas.
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FERRO
É um componente fundamental da hemoglobina e de algumas enzimas do sistema respiratório.
A deficiência desse mineral, resulta em anemia.
É importante saber que sem a vitamina C, a quantidade de ferro obtida pela ingestão de vegetais
é irrisória. O feijão, por exemplo, é rico em ferro. Porém nosso organismo consegue absorver apenas
10% desse mineral contido no cereal. No entanto se o feijão for acompanhado de um alimento rico
em vitamina C, como suco de laranja por exemplo, a absorção de ferro pode chegar a 40%. As carnes
são diferentes, pois estão entre as melhores fontes de ferro e nesse caso as moléculas do mineral não
precisam da ajuda da vitamina para melhor serem absorvidos pelo nosso organismo.
As melhores fontes de ferro são:
• Carne bovina;
• Carde frango;
• Carne suína;
• Peixes;
• Feijão
• Ovos;
• Legumes.
A deficiência de ferro é comum mulheres, principalmente pela perda desse mineral pela mens-
truação. Os atletas também devem estar atentos para a ingestão adequada de ferro, uma vez que
ao perderem este mineral pela urina e pela transpiração, a própria atividade física pode atrapalhar a
habilidade de absorção de ferro pelo organismo.
CÁLCIO
As necessidades de cálcio são geralmente suprimidas pelos laticínios, especialmente o leite. A
maior parte de cálcio, cerca de 90% é armazenada nos ossos, realizando uma troca constante desse
mineral com o sangue e tecidos.
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FÓSFORO
O fósforo tem um papel importante na produção de energia, juntamente o cálcio. A energia
química do corpo é armazenada em combinações de “fosfato de alta energia”.
O elemento fósforo é altamente venenoso, não é tóxico quando ingerido em forma de fosfato
na dieta.
Principais fontes de fósforo:
• Carnes;
• Ovos;
• Leites.
MAGNÉSIO
Pesquisas revelaram que o magnésio tem um papel fundamente na performance em esportes
de resistência. Este mineral encontra-se armazenado principalmente em músculos e ossos, onde atua
na contração muscular e no metabolismo energético.
Principais fontes de magnésio:
• Alimentos de grãos integrais;
• Frutos do mar;
• Nozes.
IODO
A deficiência de iodo pode causar o bócio, que é o crescimento patológico da glândula tireoide.
Habitantes das zonas costeiras, geralmente recebem o suprimento adequado de iodo.
Principais fontes de iodo:
• Sal iodado;
• Peixes marinhos.
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POTÁSSIO
Este mineral é um eletrólito importante para a transmissão nervosa, contração muscular e equi-
líbrio de fluidos no organismo. Sintomas de deficiência de potássio incluem: fraqueza muscular, deso-
rientação e fadiga.
Principais fontes de potássio:
• Banana;
• Carnes;
• Batata;
• Grãos integrais.
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A dimensão da fome
Conforme mencionado anteriormente, a aferição da dimensão da fome ou da deficiência ener-
gética crônica em uma população pode ser feita a partir da avaliação das reservas energéticas dos
indivíduos ou, mais especificamente, a partir da proporção de indivíduos emagrecidos. Embora a de-
ficiência energética crônica seja um evento essencialmente familiar, acometendo simultaneamente
crianças e adultos, sua aferição se torna mais específica quando feita sobre indivíduos adultos – crian-
ças podem responder à deficiência energética com a redução do crescimento linear, enquanto adultos
sempre respondem com o emagrecimento. Consideram-se magros os adultos que têm relação peso/
altura (Índice de Massa Corporal) inferior a 18,5 kg/m2. Em populações onde se sabe não existir fome,
adultos magros não ultrapassam 3% a 5% da população, considerando-se proporções acima desses
valores como indicativas de risco de deficiência energética crônica. A OMS classifica proporções de
adultos magros entre 5% e 9% como indicativa de baixa prevalência de déficits energéticos, o que
justificaria a necessidade de monitorar o problema e estar alerta para sua eventual deterioração.
Proporções entre 10% e 19% caracterizariam prevalência moderada da deficiência energética crônica
enquanto proporções entre 20% e 29% e proporções iguais ou superiores a 40% caracterizariam, res-
pectivamente, prevalências altas e muito altas (WHO, 1995).
A Tabela 3 apresenta estimativas sobre a frequência e a distribuição da prevalência da deficiên-
cia energética crônica em adultos no Brasil conforme a Pesquisa sobre Padrões de Vida – PPV, reali-
zada pelo IBGE entre 1996 e 1997. A PPV foi restrita às regiões Nordeste e Sudeste, as quais abrigam
cerca de 70% da população total do país.
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O aumento de renda das famílias brasileiras e o declínio da pobreza observados entre 1970 e
1980 certamente contribuíram para a intensa redução da deficiência energética crônica apontada pe-
los inquéritos realizados entre 1974-1975 e 1989, sendo mais difícil identificar fatores prováveis para
o declínio adicional do problema entre 1989 e 1996-1997.
Conclusões e implicações
A pobreza, medida pela insuficiência de renda, alcança mais de um quarto da população brasi-
leira e dissemina-se por todas as regiões e áreas do país, afligindo, entretanto, em particular, as po-
pulações do Norte e Nordeste e, ainda mais particularmente, a população rural dessa última região. A
desnutrição, medida pelo retardo do crescimento infantil, alcança cerca de 10% das crianças do país e
se distribui no território nacional de forma semelhante à pobreza, ainda que com diferenças regionais
mais intensas. Na região em situação mais favorável – as áreas urbanas do Centro-Sul – a ocorrência
de crianças de baixa estatura é rara e sua freqüência é apenas pouco superior à observada em países
desenvolvidos,enquanto na região em situação menos favorável – o Nordeste rural – o problema al-
cança uma em cada quatro crianças, condição que aproxima essa região dos países mais pobres de
mundo.
Diferenças regionais quanto ao poder aquisitivo das famílias não explicam inteiramente o ex-
cesso relativo de desnutrição infantil no Norte e Nordeste e nas áreas rurais dessa última região. A
fome ou a deficiência energética crônica, medida pela depleção de reservas energéticas na população
adulta, alcança freqüências limitadas no país, compatíveis com virtual ausência de risco do problema.
A distribuição regional do indicador de deficiência energética crônica aponta ausência do problema
nas áreas urbanas da região Sudeste e virtual ausência do problema nas áreas urbanas do Nordeste e
nas áreas rurais do Sudeste. Risco baixo de deficiência energética crônica (muito distante da situação
documentada em países que convivem endemicamente com a fome) é encontrado nas áreas rurais
da região Nordeste.
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Cada país possui vários pratos e hábitos alimentares; Diferentes países possuem diferentes há-
bitos alimentares; Muitos hábitos alimentares estão relacionados com aspectos culturais e religiosos.
Constituídos por diferentes substâncias – Nutrientes: Proteínas (carne, peixe e ovos) Glicídios
(arroz, massa, pão, batatas, grãos) Lípidos (óleos, frutos secos, manteiga) Sais minerais (vegetais, fru-
ta, peixe, lacticínios) Vitaminas (fruta e vegetais) Fibras (fruta, cereais, vegetais) Água.
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Roda dos Alimentos Criada em 1977 por profissionais portugueses ligados à saúde; 5 grupos de
alimentos “Saber comer é saber viver”.
Antiga Roda
Diferenças Nº de grupos de alimentos; 5 na antiga, 7 na atual Água no centro (atual); Conceito
de porção diária (atual). A roda dos alimentos é uma imagem em forma de círculo (prato) que nos
ajuda a escolher e a combinar os alimentos que deverão fazer parte da nossa alimentação diária. Está
dividida em grupos que reúnem alimentos com propriedades nutricionais semelhantes.
Ingerir em maior quantidade os alimentos pertencentes aos grupos maiores; Variar, dentro de
cada grupo, o consumo dos vários alimentos; Ingerir alimentos de todos os grupos; Evitar a ingestão
de certas bebidas e de produtos açucarados e salgados.
Porções Cereais, derivados e tubérculos – 4 a 11hortícolas – 3 a 5 Frutas – 3 a 5 Lacticínios – 2 a
3 Carne, peixe e ovos – 1,5 a 4,5Leguminosas – 1 a 2 Gorduras e óleos – 1 a 3.
Carne ou Peixe? O peixe tem excelentes qualidades nutricionais pelo que é considerado um ali-
mento fundamental para uma dieta saudável e equilibrada; Recomendado para todas as pessoas de
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PASSO 2 CONSUMA FEIJÃO PELO MENOS 1 VEZ AO DIA - NO MÍNIMO 4 VEZES POR SEMA-
NA
O feijão é um alimento importante no prato do brasileiro, isso é ótimo ... ele é um alimento rico
em ferro e fibras e deve estar presente nas refeições, pelo menos, 4 vezes por semana. Na hora das
refeições coloque 1 concha de feijão no seu prato, assim você estará evitando a anemia. Redescubra
as antigas receitas da família e coloque feijão na sopa, virado, tutu, salada etc.
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PASSO 5 FAÇA PELO MENOS 3 REFEIÇÕES E 1 LANCHE POR DIA. NÃO PULE AS REFEIÇÕES.
PARA O LANCHE PREFIRA FRUTAS.
Este passo é fundamental para se manter saudável. Tendo todas as refeições você evita que o
estômago fique vazio por muito tempo, diminuindo o risco de ter gastrite e de comer muito quando
for se alimentar.
Comendo nas horas certas você também “belisca” menos, o que vai ajudar você a controlar o
peso. Nos lanches e sobremesas prefira comer frutas no lugar de doces. As frutas têm bastante vita-
minas e fibras que melhoram a saúde.
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17. DIETOTERAPIA
É o tratamento através de uma alimentação adequada para determinadas patologias ou na pre-
venção destas. A finalidade básica da dietoterapia é oferecer ao organismo debilitado os nutrientes
adequados da forma que melhor se adapte ao tipo de condição patológica e características físicas,
nutricionais, psicológicas e sociais do indivíduo, recuperando-o.
Indivíduo Sadio: Dieta adequada e preparada de forma correta.
Indivíduo Doente: Dieta específica para a cura da(s) patologia(s) + preparo da forma correta +
necessidades individuais. Critérios mais rígidos para evitar retrocesso no estado nutricional, por ex-
cesso ou por falta de um ou mais nutrientes.
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18 – EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
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Questão 2: (Pucrs 2004) Recentes descobertas sobre Marte, feitas pela NASA, sugerem que o Planeta
Vermelho pode ter tido vida no passado. Esta hipótese está baseada em indícios:
a) da existência de esporos no subsolo marciano.
b) da presença de uma grande quantidade de oxigênio em sua atmosfera.
c) de marcas deixadas na areia por seres vivos.
d) da existência de água líquida no passado.
e) de sinais de rádio oriundos do planeta.
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Questão 4: (Unesp 99) Os açúcares complexos, resultantes da união de muitos monossacarídeos, são
denominados polissacarídeos.
a) Cite dois polissacarídeos de reserva energética, sendo um de origem animal e outro de origem
vegetal.
Questão 5: (Cesgranrio 99) “A margarina finlandesa que reduz o COLESTEROL chega ao mercado ame-
ricano ano que vem.” (JORNAL DO BRASIL, 23/07/98)
“O uso de ALBUMINA está sob suspeita” (O GLOBO, 27/07/98)
“LACTOSE não degradada gera dificuldades digestivas” (IMPRENSA BRASILEIRA, agosto/98)
Questão 6: (Ufc 96) Na questão a seguir escreva no espaço apropriado a soma dos itens corretos.
Sobre as substâncias que compõem os seres vivos, é correto afirmar que:
01. os carboidratos, os lipídios e as vitaminas são fontes de energia para os seres vivos;
02. a água é a substância encontrada em maior quantidade nos seres vivos;
04. além de sua função energética, os carboidratos estão presentes na formação de algumas estrutu-
ras do seres vivos;
08. as gorduras constituem o principal componente estrutural dos seres vivos;
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Questão 7: (Mackenzie 2002) São substâncias usadas preferencialmente como fonte de energia:
a) fosfolipídios e esteróides.
b) glicerídeos e polissacarídeos, como o amido.
c) proteínas e glicerídeos.
d) cerídeos e esteróides.
e) carotenóides e polissacarídeos, como a celulose.
Questão 8: (Ufc 2002) O colesterol tem sido considerado um vilão nos últimos tempos, uma vez que as
doenças cardiovasculares estão associadas a altos níveis desse composto no sangue. No entanto,
o colesterol desempenha importantes papéis no organismo.
Analise os itens a seguir.
I. O colesterol é importante para a integridade da membrana celular.
II. O colesterol participa da síntese dos hormônios esteróides.
III. O colesterol participa da síntese dos sais biliares.
Questão 9: Complete a frase abaixo marcando em seguida a opção que contém as palavras corretas.
Os carboidratos, também chamados de _________________ ou hidratos de carbono, são mo-
léculas orgânicas que constituem a principal fonte de energia para os seres vivos. Com exceção
do __________, todos os carboidratos são de origem vegetal, e eles podem ser classificados em
monossacarídeos, dissacarídeos e ________________. Os ___________ apresentam átomos de
carbono em sua molécula e seus principais representantes são a glicose, frutose e ___________.
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Questão 11: (UFR-RJ) As plantas e animais utilizam diversos componentes químicos na formação de
partes importantes de seus organismos ou na construção de estruturas importantes em sua so-
brevivência. A seguir estão citados alguns:
I – O esqueleto externo dos insetos é composto de um polissacarídeo.
II – As células vegetais possuem uma parede formada por polipeptídeos.
III – Os favos das colmeias são constituídos por lipídios.
IV – As unhas são impregnadas de polissacarídeos que as deixam rígidas e impermeabilizadas.
Estão corretas as afirmativas
a) I e II.
b) I e III.
c) I e IV.
d) II e III.
e) II e IV.
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