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CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL

UNINTER

GLEISON LUIZ DOS SANTOS

RELATÓRIO DE ESTÁGIO DE PSICOPEDAGOGIA


INSTITUCIONAL

SORRISO - MT
2016
GLEISON LUIZ DOS SANTOS

RELATÓRIO DE ESTÁGIO DE PSICOPEDAGOGIA


INSTITUCIONAL

Relatório de Estágio apresentado como


requisito parcial para obtenção do título
de especialista no curso de pós-
graduação em Psicopedagogia Clínica e
Institucional, na modalidade à distância,
do Centro Universitário Internacional
UNINTER.
Profa. Me.

SORRISO -MT
2016
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO...................................................................................................................04
2 . DESENVOLVIMENTO...................................................................................................05
2.1 - IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO..........................................................................05
2.2- REGISTRO DA QUEIXA................................................................................................09
2.3- REGISTROS DESCRITIVOS DOS ENCONTROS........................................................09
2.4- PARECER PSICOPEDAGÓGICO...................................................................................10
2.5- INFORME PSICOPEDAGÓGICO...................................................................................11
2.6- PROPOSTA DE INTERVENÇÃO...................................................................................14
2.7- DEVOLUTIVA À ESCOLA.............................................................................................16
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................................................17
4. REFÊNCIAS........................................................................................................................18
ANEXOS..................................................................................................................................19
CARTE DE ACEITE................................................................................................................19
FICHA DE FREQUÊNCIA......................................................................................................20
APÊNDICE..............................................................................................................................22
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1. INTRODUÇÃO

O momento do estágio institucional é a oportunidade de que temos de colocar


em prática, todas as técnicas que aprendemos durante o curso de Psicopedagogia
institucional. É nesse momento da caminhado que vamos nos reconhecer como
profissionais, quando nos depararmos com as problemáticas relacionadas ao ensino
aprendizagem.
Por se configurar um curso com conteúdo multidisciplinar, a psicopedagogia,
nos leva a perpassar com várias áreas do conhecimento; psicolinguística,
neuropsicológia, a psicanálise, entre outras.
O psicopedagogo é o profissional que, reunindo conhecimentos em várias
áreas, torna possível a elaboração de estratégias para lidar com as dificuldades da
institucional, seja relacionada com a família, escola, trabalho, etc; por meio de ações
e reflexões pedagógicas, conforme Linhares (1985).
O estágio institucional constituí de um levantamento das dificuldades
enfrentadas pela instituição, com entrevista com professores, coordenadora
pedagogia, diretora; e que segundo WEISS; “...traz em seu bojo seus preconceitos,
normas, expectativas, a circulação dos afetos e dos conhecimento, além do peso
das gerações anteriores que é depositado sobre o paciente” (2008, p.63).
Sendo assim, partiremos das observações, queixas, encontros realizados, para
a realização do informe psicopedagógico, para assim apresentar uma proposta de
intervenção, apresentando posterior a intervenção.
Dentro do campo da observação, usaremos os desenhos para entender as
indicações de problemas relacionados ao cognitivo emocional, o que está impedindo
de aprender.
No atendimento institucional, podemos nos utilizar das técnicas para que
através destas; observar as complexidades do processo de ensino aprendizagem, e
as problemáticas que a instituição tem que lidar na sua funcionalidade diária, bem
como seus desafios no que tange a função de educar e os relacionamentos
interpessoais.
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2. DESENVOLVIMENTO

O trabalho do psicopedagogo no âmbito da instituição de ensino; é um trabalho


de inteira imersão nas mais complexas problemáticas dos relacionamentos
humanos, pois a sua atuação permite que o mesmo venha a sugerir intervenções
para que a estrutura do ensino aprendizagem venha ser de forma total. Para
Oliveira:
No âmbito da instituição escolar, a psicopedagogia atua como
base na elaboração de um diagnóstico institucional. Dessa forma,
ocupa-se da avaliação, compreensão e atuação da aprendizagem,
numa dinâmica complexa que se caracteriza por diferentes formas de
interação humana, individuais e grupais, e por configuração de
organização e funções sociais especificas (2014, p. 38).

Por este prisma podemos ver a grande responsabilidade que o psicopedagogo


tem ao se dispor a analisar uma instituição educacional, para o objetivo profissional
seja alcançado o mesmo precisa conhecê-la em todas as suas estruturas.

2.1 - IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO

ESCOLA MUNICIPAL GENTE SABIDA.


Endereço: Avenida Londrina n° 638, Bairro: jardim Carolina.
Fone: (66)3544-7975 – sorriso- MT.
Escola Municipal Gente Sabida, procurando atender as necessidades da
Educação Infantil – Pré-escola de 04 e 05 anos e Ensino fundamental de 09 anos,
tem estabelecidos seu horário de funcionamento de segunda a sexta-feira da
seguinte maneira:
 06:50 às 10:50 no período matutino.
 13:00 às 17:00 no período vespertino.
O aluno deve ter no mínimo 60% na Educação Infantil- Pré-escola e 75% no
Ensino Fundamental, sendo que os pais ou responsáveis tem o dever de comunicar
a Escola quando se fizer necessário à ausência do aluno por mais de 03 dias e
apresentar justificativa ou atestado médico.
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ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA

Situação
Nº Nome Completo do Servidor Cargo Horas
Funcional
1 APARECIDA ALVES BRITO SOARES COORDENADORA 40 EFETIVO(A)
2 FLORDELI PACIFICO COORDENADORA 40 EFETIVO(A)
3 MARCIA SEBILA PICOLI DA SILVA DIRETORA 40 EFETIVO(A)
4 NAIARA LOPES DA SILVA ESTAGIÁRIA 20 CONTRATO
5 ELIZANDRA MILLER ESTAGIÁRIA 20 CONTRATO
6 TATIANE AULER POLO ESTAGIÁRIA 20 CONTRATO
7 CAMILA RAIANE VIEIRA SANTOS ESTAGIÁRIA 20 CONTRATO
8 ANTONIO CARLOS DA SILVA GUARDA/NOTURNO 30 COOPERADOS
9 SILVANE ROSTIROLA LIMPEZA/MAT 30 COOPERADOS
10 DIOLINA TEREZINHA LOPES LIMPEZA/MAT 30 COOPERADOS
11 JOILMA LIMA DE ALENCAR LIMPEZA/VESP 30 COOPERADOS
12 VILMA ALVES DUARTE DA ROCHA LIMPEZAVESP 30 COOPERADOS
MERENDEIRA/
13 OSMILDA GOMES INTERMEDIÁRIA
30 COOPERADOS
14 EDNA MARIA DA SILVA VALE MERENDEIRA/ MAT 30 COOPERADOS
SONIA FATIMA GONÇALVES
15 BARBIERI
MERENDEIRA/VESP 30 COOPERADOS
16 EMILIA ALVES PORTEIRA 40 EFETIVO(A)
17 ALESSANDRO EUCLIDES ROSSETTI PROFESSOR(A) 20 EFETIVO(A)
18 ELISLENE MENDES PROFESSOR(A) 40 CONTRATO
19 FATIMA NASCIMENTO ALVES PROFESSOR(A) 40 EFETIVO(A)
20 ILZA MARIA DA SILVA PROFESSOR(A) 40 EFETIVO(A)
21 JOSÉ ANTONIO DE PAULA FERREIRA PROFESSOR(A) 40 EFETIVO(A)
22 LEILA GOMES DA SILVA PROFESSOR(A) 40 EFETIVO(A)
23 MARILEI FURST PROFESSOR(A) 40 CONTRATO
24 NIVALDO DE LIMA PROFESSOR(A) 40 EFETIVO(A)
SILVIA ALVES DE OLIVEIRA
25 PROFESSOR(A) 40 EFETIVO(A)
GEHRING
26 VANESSA SALVADOR AGUIAR PROFESSOR(A) 20 EFETIVO(A)
27 ZELIA MARIA JOKOSKI TONETTE PROFESSOR(A) 20 EFETIVO(A)
JANAINA FERREIRA CAMPOS
28 PROFESSOR(A) 20 EFETIVO(A)
FRASSON
NíVEA EMANUELLE CAMPOS DE
29 PROFESSOR(A) 20 EFETIVO(A)
OLIVEIRA
30 EDVANIR MARCELINO DA SILVA PROFESSOR(A) 20 EFETIVO(A)
31 ESTER RODRIGUES MAGALHÃES PROFESSOR(A) 20 EFETIVO(A)
32 GILCILENE DA SILVA SOUZA PROFESSOR(A) 20 EFETIVO(A)
33 EDIANE COLOSSI PROFESSOR(A) - AEE 40 CONTRATO
JEAN CARLOS DE BRITO
34 SECRETÁRIO ESCOLAR 40 EFETIVO(A)
MANGUEIRA
35 JOÃO ANTONIO DE SOUZA ZELADOR 20 COOPERADOS
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A escola é composta por 10 (dez) salas de aulas, banheiros masculinos e


femininos, cozinha, sala dos professores, sala da coordenação pedagógica e
direção, 01 (uma) sala de AEE – Atendimento Educacional Especializado, 01 (uma)
sala de Recursos multifuncionais, 01 (uma) sala de Apoio Pedagógico, Biblioteca,
Quadra Poliesportiva, Parque de Recriação Infantil.

QUADRO ORGANIZACIONAL DO NÚMERO DE CLASSE E ALUNOS


TURNO MATUTINO TURNO VESPERTINO
CLASS Nº DE
TURMA Nº DE ALUNOS CLASSES TURMA
ES ALUNOS
PRÈ I A 25 PRÉ I B 24
PRÉ II A 26 PREII B 27
1º ANO A 29 1ºANO B 28
2º ANO A 25 -
2º ANO B 26 2ºANO C 24
3ºANO A 28 3ºANO B 27
3ºANO C 25 4ºANO A 30
4ºANO B 28 5ºANO A 24
5ºANO B 20 5ºANO C 28
Sub. Total dos Sub. total dos alunos
alunos

Total geral dos alunos em 2015: 427 alunos

A Escola Municipal Gente Sabida, atende aproximadamente 427 alunos de


Educação Infantil III a Ensino Fundamental séries iniciais (faixa etária entre 4 a 13
anos).
A referida escola tem um diferencial quanto a formação de sua clientela; de
acordo com aspectos observados pela escola, percebe-se que a comunidade a qual
a escola se insere ainda apresenta um grande número de famílias analfabetas ou
com ensino fundamental incompleto. Observa-se que uma pequena parcela dessas
famílias tem buscado o retorno ou a continuação dos estudos, aprimorando assim o
processo de aprendizagem. No entanto, mesmo essas famílias acreditando que a
educação é uma alternativa para ascensão social e que o futuro dos seus filhos
depende de uma boa formação escolar, poucos têm isso como almejável.
Quanto ao aspecto profissional, nota-se de acordo com a ficha de dados, em
posse da escola que boa parte dos homens da família trabalha em serviços gerais,
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construção civil, motorista ou estão desempregados, e a maioria das mulheres ou


cuidam do lar ou trabalham como empregadas domésticas. A renda familiar varia
entre 01 e 02 salários mínimos, sendo que as famílias possuem de 02 a 04 filhos e
muitas delas são amparadas pelo Programa Bolsa Família. No item moradia,
demonstra que a maioria das casas é própria, no entanto, vale frisar que as famílias
pertencentes aos Bairros São José I e II e Santa Maria I e II receberam o terreno
e/ou a casa, foram contemplados pela Secretaria Municipal de Ação Social, através
de Campanha de Moradia Popular e Minha Casa Minha Vida. Há uma variedade
quanto à procedência das famílias, predominando pessoas dos estados do Paraná,
Maranhão e Mato Grosso.
Observou-se dessa maneira a necessidade da coordenação pedagógica
atender e acompanhar individualmente o desempenho dos alunos, bem como o
processo didático e metodológico adotado pelos professores em sala de aula, com o
objetivo maior de avaliar e acompanhar o desempenho dos alunos identificando as
maiores dificuldades e que habilidades e competências que foram ou não
alcançadas, traçando dessa maneira um perfil educacional dos alunos da Escola
Gente Sabida. Com esses dados em mãos foi possível orientar os professores no
replanejamento das atividades, tendo em vista as particularidades de cada turma,
traçando estratégias de ensino condizentes com o perfil de cada uma, tendo em
vista o avanço da aprendizagem.
A metodologia adotada foi desenvolver uma ficha diagnóstica com os
conhecimentos relevantes para cada série, com ênfase em língua portuguesa
(interpretações e produções de textos) e em matemática (raciocínio lógico, situações
problemas e cálculos das quatro operações), além das leituras e contação de
histórias individuais.
Identificado os casos de alunos que exigiam uma avaliação técnica mais
específica, foram encaminhados ao Programa Municipal de Saúde Escolar – P.M.S.E
(uma parceria da Sec. Mun. de Saúde e Sec. Mun. de Educação).

2.2- Registro da Queixa

Uma das principais queixas por partes dos professores foi a falta de
responsabilidade dos pais de acompanharem seus filhos que apresentam alguma
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dificuldade de aprendizagem, e para agravar a situação não os mandam para as


aulas de reforço e não acompanham as tarefas dos mesmos em casa. Uma outra
problemática é a resistência de alguns professores em fazerem reflexões sobre suas
práticas em sala de aula e planejá-las quando necessário.

Usando os recursos de avaliação diagnóstica que foi inspirado no modelo


desenvolvido pelo professor Argentino Jorge Visca, Carlberg organizou com a
nomenclatura de Entrevista Operatória Centrada na Modalidade de Ensino-
Aprendizagem (Eocmea), um instrumento para essa observação avaliativa, tornando
mais fácil o trabalho de observar a instituição com suas manifestações positivas ou
negativas diante das consignas. Além dessas o psicopedagogo deve estar conforme
orientação de Oliveira;
Segundo a matriz diagnóstica, deve-se analisar as causas que coexistem
temporalmente com os sintomas. Para isso, a partir da Eocmea, levanta-se
o primeiro sistema de hipóteses, com o objetivo de traçar um plano de
trabalho que verificará a veracidade das hipóteses ou rejeição destas,
quando for o caso. (2014, p. 61).

O que percebemos com as primeiras observações e com as entrevistas, foi certo


jogo de ego, pois a resistência em alterar ou mesmo mudar o método de ensino
aprendizagem, recair no fato de ter que reconhecer algum tipo de falha ou adaptação ao
ambiente.
2.3- Registro Descritivo dos Encontros Realizados

07/07- Conversa com a diretora sobre o estágio e a carta de aceite.


08/07- Observação em campo de estágio.
11/07- Entrevista com a equipe pedagógica da escola.
12/07- Entrevista com a diretora.
13/07- Dinâmica em grupo: realizamos uma atividade com o objetivo de refletirmos
sobre as práticas pedagógicas em sala de aula. Os professores foram divididos em
dois grupos, à um dos grupos fora explicado a dinâmica que consistia em
colocarmos um obstáculo no caminho, pedimos para que fosse um por um passando
pelo caminho, o líder tinha que tomar a decisão de retirar o obstáculo ou deixar que
o colega o fizesse. A reflexão foi que algumas vezes não deixamos nosso aluno
pensar por si só, ou muito tomar as decisões; tomamos a frente, não permitindo
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dessa forma que o mesmo evolua, isso aplicando em todas as áreas do ensino –
aprendizagem.
14/07- Entrega dos questionários.
15/07- Recebimento dos questionários.
01/08- Devolutiva.
Durante as visitas tive acesso ao Projeto Político Pedagógico (PPP), da
escola, mas com a seguinte ressalva que o mesmo está passando por mudanças e
adaptações. O PPP é o norte fanal e a vida da escola. É dever dos professores, bem
como, de toda a comunidade conhecê-lo e participar de sua construção, o que
segundo a gestora da escola ele fora concebido desta forma.
De fato, as relações sociais efetivamente vividas, experienciadas, são os
melhores e mais poderosos “mestres” em questão de moralidade. Para que
servem belos discursos sobre o Bem, se as relações internas à escola são
desrespeitosas? De que adianta raciocinar sobre a paz, se as relações
vividas são violentas? E assim por diante. Então, o cuidado com a qualidade
das relações interpessoais na escola é fundamental. Pesquisas psicológicas
levam a essa conclusão. E mais ainda: relações de cooperação, de diálogo,
levam à autonomia, ou seja, à capacidade de pensar, sem a coerção de
alguma “autoridade” inquestionável. Relações de cooperação são relações
entre iguais, baseadas e reforçadoras do respeito mútuo, condição
necessária ao convívio democrático. A democracia é, portanto, um modo de
convivência humana e os alunos devem encontrar na escola a possibilidade
de vivenciá-la. Daí a importância de se promoverem experiências de
cooperação no seu seio (2001, p. 92).

E essa relação interpessoal é de suma importância para o desenvolvimento


do ser humano enquanto participante de uma sociedade que ainda encontra-se num
processo contínuo de transformação, transformação essa que sofre as intempéries
sócias- político-econômico, o que acaba por interferir nessas relações.

2.4 – Parecer Psicopedagógico

No processo elaborativo deste relatório, que além dos suportes teóricos


tivemos também os levantamentos de dados através do campo da observação, em
conversa com os professores, coordenação, direção e além de observar também
conversamos com os alunos. Diante de todos esses corroborados, postamos que a
grande dificuldade da escola é justamente com o chamado contra turno, onde os
pais deveriam mandar seus filhos com alguma dificuldade de aprendizados, e, não o
fazem. Além desse chegamos também a problemática que mais perturba a direção,
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que é a dificuldade dos professores em mudar ou mesmo alterar suas práticas


pedagógicas.
A escola faz o seu papel de informar aos pais as necessidades de seus filhos,
e que a escola e os pais precisam caminham de mãos dadas para juntos
alcançarem os objetivos. Mas, para que este sem almejado é de extrema
importância o engajamentos dos professores, nesse quesito a escola encontra
alguns problemas. O PPP da escola relata essa importância de acompanhar,
observar e montar estratégias para o desenvolvimento, e para a superação das
dificuldades;
Observou-se dessa maneira a necessidade da coordenação pedagógica
atender e acompanhar individualmente o desempenho dos alunos, bem
como o processo didático e metodológico adotado pelos professores em
sala de aula, com o objetivo maior de avaliar e acompanhar o desempenho
dos alunos identificando as maiores dificuldades e que habilidades e
competências que foram ou não alcançadas, traçando dessa maneira um
perfil educacional dos alunos da Escola Gente Sabida. Com esses dados
em mãos foi possível orientar os professores no replanejamento das
atividades, tendo em vista as particularidades de cada turma, traçando
estratégias de ensino condizentes com o perfil de cada uma, tendo em vista
o avanço da aprendizagem.
Esse processo diagnóstico tem como objetivo auxiliar ao desenvolvimento
pedagógico, onde posteriormente elencamos algumas ações para
assessorar os professores quanto às situações de aprendizagem
observadas como: acompanhamento do planejamento, execução de
projetos, grupo de estudos com temas relacionados à avaliação e
planejamento, atividades educativas e interativas.

Desta forma espera-se que o corpo docente, tenha um pouco menos de


resistência quanto as suas praticas metodológicas de ensino.

2.5 - Informe Psicopedagógico

I – DADOS DA INSTITUIÇÃO
NOME: ESCOLA MUNICIPAL G. S.
Endereço: Avenida Londrina n° 638, Bairro: jardim Carolina.
Fone: (66)3544-7975 – sorriso- MT.
A Escola Municipal Gente Sabida – Educação Infantil e Ensino Fundamental
está devidamente reconhecida para ministrar o Ensino Fundamental pela Resolução
nº 277/92 de 15/12/92 –SEE/MT. A Escola Municipal Gente Sabida – Educação
Infantil e Ensino Fundamental está autorizada pela Resolução n° 269/92 de
11/12/92.
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Direção: M.S.P.S.
Coordenação: A.S.B E F.P.
Número de alunos: 427.
Números de salas de aulas: 10.
Turno de funcionamento: manhã e tarde.
Níveis de ensino: Educação Infantil III ao 5º ano do fundamental I.
Tipo de Instituição: Municipal.
Proposta Pedagógica: A Escola busca promover uma educação como processo
contínuo de transmissão, construção e desenvolvimento de conhecimentos,
culturas e valores, ao considerar que, apesar de todo o aparato que envolve a
ação educativa, é nas relações humanas que reside à essência da formação dos
indivíduos.
Espaços Físicos: 01 (uma) sala de AEE – Atendimento Educacional
Especializado, 01 (uma) sala de Recursos multifuncionais, 01 (uma) sala de
Apoio Pedagógico, Biblioteca, Quadra Poliesportiva, Parque de Recriação
Infantil.
Realizamos 07 encontros; conforme a disposição de tempo da escola,
estes foram de no mês de julho.

II - INSTRUMENTOS UTILIZADOS
 Entrevista Operativa Centrada no Modelo Ensino-Aprendizagem (EOCMEA) e
Dinâmica de Grupo;
 Entrevista com a coordenação e direção. (com os professores apenas verbal
a pedido dos mesmos);
 Levantamento, socioeconômico;

III – QUEIXA PRINCIPAL


Uma das principais queixas por partes dos professores foi a falta de
responsabilidade dos pais de acompanharem seus filhos que apresentam alguma
dificuldade de aprendizagem; uma outra problemática é a resistência de alguns
professores em fazerem reflexões sobre suas práticas em sala de aula e planejá-las
quando necessário.
IV – ANÁLISE
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A partir do relado das queixas feita pela instituição e seus participantes sobre
a falta de responsabilidades dos pais de alunos com déficit de aprendizagem de os
acompanharem à escola e da resistência dos professores de participarem das
reflexões sobre suas práticas pedagógicas, podemos formar um diagnósticos com a
intenção de identificar a problemática e suas possíveis causas.
Depois de analisado todos os pontos levantados durante o processo
investigativo, podemos concluir que na verdade o que falta é um tempo para os pais
e também orientação, tendo em vista que a clientela atendida pela escola é de
bairros carentes e de pais semianalfabetos ou analfabetos funcionais; e que os
mesmos trabalham o dia inteiro, ficando os filhos sob o cuidado de vizinhos ou
parentes.
Mesmo diante deste aspecto político-econômico, sugerimos que a escola
trabalhe a relação pais e filhos bem como a necessidade dos mesmos participarem
das atividades escolares, pois o futuro de seus filhos depende dessa parceria entre
a escola e os pais.
Já com relação à resistência dos professores de refletirem sobre suas
praticas pedagógicas, diagnosticamos que a maioria do corpo docente está há muito
tempo em sala de sala e por tal razão entendem que não necessitam repensarem
suas praticas, pois as mesmas sempre funcionaram; ou seja, percebemos um pouco
do ego falando mais alto que o profissionalismo.
Propomos que seja feita atividades que envolva toda instituição, com o
objetivo de mostrar como essas reflexões sobre as praticas pedagógicas funcionam
em outras instituições e o sucesso alcançado pelas mesmas. Estes “seminários”
devem ser feitos não só com o corpo docente, mas também com todos os
cooperadores da escola.

V – PARECER DIAGNÓSTICO

O corpo docente tem demonstrado preocupação com a falta de


responsabilidade dos pais de encaminharem seus filhos para o contra turno para as
aulas de reforço e de atendimento especial; responsabilidade essa que como já
vimos se resume em falta de tempo e de orientação.
Nesse quesito é de suma importância que a escola continue a orientação aos
pais, encontrando novas formas através de palestras filmes, conselho tutelar e que
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sejam feitos em horários que todos os pais possam participar, para que a relação
“escola família” seja consolidada. Já em relação ao corpo docente, atividades
motivadores, sobre a necessidade de está constantemente aprendendo e renovando
suas metas, filosofia e visão de mundo, seja nas áreas profissionais, familiares oi
pessoais.

2.5 – Proposta de Intervenção.

I – CARACTERIZAÇÃO DA QUEIXA

Depois da exposição dos referidos fatos sintomáticos da Escola G. S. do


município de Sorriso no estado de Mato Grosso. Foi desenvolvida a seguinte
proposta de intervenção com relação as queixas apresentadas, falta de
responsabilidade dos pais em mandarem seus filhos com dificuldades de
aprendizagem para um reforço no contra turno e a resistência dos professores em
praticas de reflexões pedagógicas.

II – JUSTIFICATIVA PARA A EXECUÇÃO DO PROJETO NA ESCOLA

Conforme resultado contido no Informe Psicopedagógico, se faz necessário


refletir soluções para sanar as problemáticas apontadas na avaliação institucional.
Para tal fim, propõem desenvolver um projeto com recursos no sentido de
superar a dificuldades dos pais em encaminharem seus filhos ao apoio educacional
no contra turno, para que assim, os mesmos possam elevar seus níveis de
aprendizagem e não permanecem aquém do esperado. Bem como, com o corpo
docente da instituição, para que assim possam ter uma vivência fomentada na
comunicação e reflexão.

III – OBJETIVOS

Promover a interação entre escola e pais, gestão pedagógica e professores


através de atividades que envolvam as vivências das relações interpessoais no
sentido de compreender o sentido do aprendizado como um todo.
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A – OBJETIVOS ESPECÍFICOS

- Valorizar o conhecimento do próximo;


- Despertar o desejo de ajudar o próximo;
- Refletir com a comunidade as soluções para o ensino aprendizagem;
- Perceber e reconhecer suas próprias dificuldades e a do grupo;
- Compartilhar sentimentos positivos sobre o sentido da vida.

IV – METODOLOGIA

A proposta de intervenção se dará por meio da metodologia construtivista,


onde o aprendente constrói seu próprio conhecimento.

A – Elaboração das Atividades

A proposição se dará através de encontros, reuniões, debates e dinâmica.


Envolvendo os pais e os professores juntamente com a gestão da escola. Sendo da
mais extrema necessidade a participação e compromisso de todos os envolvidos.

B – RECUROS

- Humano;
- Data Show;
- Caixa de Som;
- Canetas e lápis;
- Sulfite;
- Notebooks;
- Micro System;
- CDs.

V – CRONOGRAMA

O presente projeto poderá ser desenvolvido um período de seis meses, sendo um


encontro ao mês; sugerimos que com os pais, possam ser feitos à noite ou num fim
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de semana. No mais fica a critério da escola a escolha pelos dias a serem


trabalhados bem como o tempo em que o projeto será desenvolvido, respeitado
dessa forma a rotina da escola e da comunidade escolar como um todo.

2.7- Devolutiva à Escola

O embasamento para essa devolutiva foi baseado nas observações e nas


anotações realizada durante o período de estágio; nas sessões de atendimento
psicopedagógicos.
Ao entregar a proposta de intervenção psicopedagógica, a gestão da escola
ficou muito agradecida pelo trabalho realizado e na escola, e estendeu um convite
para que o estagiário participe de alguns encontros.
Agradecemos o convite e a oportunidade amadurecer um pouco mais como
profissional da educação através do estágio institucional realizado naquela
instituição.

3. Considerações Finais

No início do Estágio, somos tomados por tamanhas ansiedade e inquietações,


ainda mais quando se descobre durante o curso e no estágio se concretiza de que o
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estagiário também tem um déficit de atenção semelhante ao do aluno avaliado. Com


essa constatação o estágio tornou-se uma experiência de múltiplas descobertas.
Depois de conhecer e vivenciar o espaço escolar como instituição e observar
os desafios enfrentados tanto pelo corpo docente, quanto pela gestão, e não ficar
só no conhecimento e vivência, mas principalmente poder participar das
problemáticas através do campo de observação e principalmente ter honra e a
oportunidade de propor mudanças que trarão com toda certeza melhorias nas
relações interpessoais e na vida de toda a comunidade escolar como um todo, onde
cada cumpre com o seu dever e responsabilidade fazendo tal com muito prazer.
O estágio foi um momento muito prazeroso, cheio de desafios e
aprendizagem, conhecimento e reflexão, adaptação e superação, o que no final
culminou com os objetos propostos pela disciplina.

4. Referências
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LINHARES, C. F. S. Psicopedagogia: algumas perspectivas para delimitação de


seu campo. Boletim da Associação Brasileira de psicopedagogia. V.4, Nº 8,
1985.
OLIVEIRA, M. Â.C. Psicopedagogia: a Instituição educacional em foco.
Curitiba. 2014
Parâmetros Curriculares Nacionais: Apresentação dos temas transversais: ética /
Ministério da Educação. Secretaria da Educação Fundamental. – 3. Ed. – Brasília: A
Secretaria, 2001. Volume 8.
VISCA, J. Técnicas projetivas Psicopedagógica e pautas gráficas para a sua
interpretação. Buenos Aires. Visca e Visca, 2013.
WEISS, M. L. L. Psicopedagogia Clínica – uma visão diagnóstica dos
problemas de aprendizagem escolar. Rio de Janeiro: Lamparina, 2008.

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