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Como aplicar na prática as ASSINE ENTRAR

competências socioemocionais
Entenda como as competências que guiam os aprendizados da Educação Básica se
desdobram no dia a dia da escola

POR:
Laís Semis
11 de Maio | 2018

■ Trabalhar as competências socioemocionais ajuda a construir a con៛�ança , aceitação e empatia nas crianças   Foto: Getty Images

“Não tenho nenhum talento especial, apenas uma ardente curiosidade”, escreveu o físico Albert Einstein, autor da
Teoria da Relatividade. Embora a citação não esteja diretamente relacionada com as atuais discussões educacionais,
Oliver John, pesquisador da Universidade da Califórnia, em Berkeley, acredita que a essência dela pode dizer muito
sobre as competências gerais da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). “Não há dúvidas de que ele era muito
inteligente, mas o ponto principal é que ele estava fazendo isso por meio de atributos positivos, como ser curioso e
apaixonado por aprender e compreender fenômenos”, disse Oliver na palestra “A Educação integral e as competências
gerais como norteadoras da (re)elaboração de currículos”, que aconteceu no Ciclo de Debates 2018, realizado pelo
Instituto Ayrton Senna e Fundação Itaú Social.

 Downloads para você:

Baixe o e-book das Competências Gerais


Faça download dos slides de apresentação sobre as Competências

Para Oliver, atributos como curiosidade são importantes não apenas na escola, mas na vida. Em linhas gerais, a
ambição da Base em suas competências passa pela mesma premissa: mobilizar atitudes, valores, conhecimentos e
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habilidades que possam estimular as crianças em soluções criativas e criar uma sociedade socialmente mais justa e
humana. Para isso, ela prevê não só competências de ordem cognitiva, mas também socioemocionais, que devem guiar
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o trabalho dos professores ao longo de toda a Educação Básica para o desenvolvimento integral dos estudantes.
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Base em 1 minuto - A nal, o que é a Base? ASSINE ENTRAR

“Mas como ensinar as competências socioemocionais? No que elas se diferem de ensinar Matemática ou Inglês?”,
questiona Oliver. Para ser um aprendizado efetivo e replicável, uma aula sobre respeito ou empatia não é su៛�ciente. Ou
um dia de atividades na escola anualmente. As crianças precisam colocar em prática em seu dia a dia e na interação
com os outros. Nesse contexto, os professores são modelos para as crianças, que observam, vivenciam e copiam essas
atitudes. “As competências dos professores importam. Porque se eles estão praticando em sala de aula todos os dias e
as crianças podem dizer: 'Ah, é isso que é empatia, eu posso fazer isso também'”.

LEIA MAIS Quando as emoções entram no currículo

As situações de bullying, tão frequentes na escola, por exemplo, podem ser mudadas sob essa perspectiva. “A análise de
casos de bullying diz que precisamos transformar os espectadores em defensores”, diz Oliver. O exercício das
competências socioemocionais pode tirá-los da posição de plateia passiva, e fazê-los se envolver ativamente no
combate ao bullying. “Eles podem usar a empatia, serem responsáveis e  assertivos, defender o que é certo e
confrontar os ‘brigões’”, a៛�rma.

Oliver John sugere uma divisão das competências em cinco eixos: abertura ao novo (que se desdobra em curiosidade
para aprender, imaginação criativa e interesse artístico), consciência ou autogestão (determinação, organização, foco,
persistência e responsabilidade), extroversão ou engajamento com os outros (iniciativa social, assertividade e
entusiasmo), amabilidade (empatia, respeito e con៛�ança) e estabilidade ou resiliência emocional (tolerância ao
estresse, autocon៛�ança e tolerância à frustração). “Essas são competências realmente importantes para fazer
mudanças em uma sociedade e em sua assertividade”, considera o pesquisador de  Berkeley.

LEIA MAIS Bullying ocorre por até um ano e meio sem que escola saiba. Veja como evitar

Mas quem já se atreveu a se debruçar sobre a Base sabe: são 472 páginas, de uma leitura com muitos termos, conceitos
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e conteúdos que nem sempre são tão claros na maneira de serem transpostos para a sala de aula. Oliver, no entanto, se
propôs a fazer esse exercício. Algumas competências são facilmente identi៛�cáveis, como por exemplo, a competência
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geral 9:
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“Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de con៟�itos e email


Entrar com a cooperação,
e senha fazendo-se respeitar e promovendo o

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respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos
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sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.”

No texto é possível destacar os termos conectados à amabilidade (empatia, respeito e con៛�ança): “exercitar a empatia”,
“diálogo”, “resolução de con៟�itos”, “cooperação”, “promovendo o respeito ao outro”, “acolhimento”, “valorização da
diversidade de indivíduos” e “sem preconceitos”.

Outras competências, exigem um olhar mais atento, como é o caso da 2:

“Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a
re៟�exão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses,
formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes
áreas.”

Termos conectados à curiosidade: “exercitar a curiosidade”, “investigação”, “re៟�exão”, “formular”;

Termos conectados à imaginação criativa (e, consequentemente, abertura ao novo): “imaginação e criatividade”,
“elaborar”, “hipóteses” e “criar soluções”;

Termos conectados à solução de problemas: “abordagem própria das ciências”, “análise crítica”, “resolver problemas” e
“conhecimentos das diferentes áreas”.

Olhando além do exercício feito pelo pesquisador, é possível consultar materiais que já apontam em detalhes esse
desdobramento da BNCC considerando ano a ano da Educação Básica. Um deles é o guia "Dimensões e
Desenvolvimento das Competências Gerais da BNCC", produzido pelo Movimento Pela Base em parceria com o Center
for Curriculum Redesign (acesse aqui). Outra iniciativa é um portal produzido pelo Porvir em parceria com o Instituto
Ayrton Senna e que dedicado exclusivamente às competências socioemocionais (con៛�ra neste link).

Mas esse trabalho de prática ativa das competências socioemocionais não se restringe aos professores. Se é por meio
da observação e convivência que essas competências são desenvolvidas, essa precisa ser uma atitude de toda uma
escola. Só assim as intervenções socioemocionais poderão se fortalecer e encontrar maior suporte. “E para isso
precisamos formar os professores porque eles vêm de diferentes trajetórias e talvez possam não estar tão preparados
para dar suporte para essas situações. Os adultos também precisam aprender essas competências”.

LEIA MAIS Henri Wallon e o conceito de emoção

Oliver acredita que, nesse processo, até mesmo os pais ou responsáveis devem ser atingidos. Ele dá o exemplo de um
programa que é desenvolvido em algumas cidades da Califórnia chamado “Caixa de ferramentas socioemocionais”. O
projeto consiste no aprendizado de 12 ferramentas, como empatia, e as crianças levam esse material para casa para que
os pais possam ajudar com as tarefas. “Parte da ideia é que esses materiais possam ser usados pelas crianças para
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alcançar as gerações mais velhas e incluí-los nessa iniciativa”, conta Oliver. “A BNCC também é sobre respeito, direitos
e responsabilidades. Isso signi៛�ca que nesse longo documento não se incluem apenas competências especí៛�cas, mas
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também valores e objetivos que queremos para nosso sistema educacional”, conclui o pesquisador.

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