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LIMA, L. Estruturalismo e crítica literária. In: ______ (Org.).

Teoria da literatura
em suas fontes. Vol. 2. 3a. ed. Rio de Janeiro: Civilização brasileira, 2002.

“Malgrado o ‘Qu’est-ce que la littérature?’ de Sartre (in Situations II, 1948) e a


importante obra ensaística de Maurice Blanchot, a crítica francesa se manteve aferrada
ao enfoque positivista de Lanson e ao método tradicional da explication de texte. Assim
os sorbonnards se mantiveram alheios fosse à estilística de L. Spitzer e ao historicismo
filológico de E. Auerbach, fosse ao new criticism anglo-saxão (não falamos do
formalismo russo e do estruturalismo tcheco porque eram então, em comum, ignorados
no ocidente). Seu tradicionalismo assim os incapacitava a rever o passado literário e a
enfrentar as novas formas literárias.” (p. 782)

“Através dele (do texto literário) não se dá a reprodução dos sistemas de sentido
dominantes, ao contrário, o texto se relaciona com o que, nos correspondentes sistemas
de sentido dominantes, é virtualizado, negado e, por conseguinte, excluído’ (Iser, W.) A
literatura assim, na grande maioria dos casos, aparece como o discurso contestatório por
excelência, não no sentido de incorporado forçosamente À oposição ao | establishment,
mas no de apresentar perguntas irrespondíveis pelo sistema dominante.” (p. 810-811)

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