Você está na página 1de 44

Da cidade de Lucena, Espanha ao Brasil:

Profª. Drª. Lucia Pereira de Lucena-Guerra

1
1

Sumário

1. I.Capa - “Devoção à Virgem” - Pintura encomendada em


ação de graças por D. José Pereira de Lucena. Pintura
c. séc. XVIII. Foto enviada por Fernando Pereyra de
Lucena.
II. Brasão da família Lucena
III. Página de livro português incitando o antisemitismo.
IV. Foto de New Amsterdam.
2. A Etimologia.
3. A História: Os judeus de Sefarad.
4. A cidade de Lucena.
1. El Siglo de Oro.
2. A decadência.
5. Lucena: Topônimo usado como forma de sobrevivência.
6. Os Lucenas de Portugal .
7. O descobrimento do Brasil: os primeiros Lucenas.
(Pernambuco, Pará e São Paulo)
8. Os Lucenas do Rio de Janeiro.
9. Henrique Pereira de Lucena: O Barão de Lucena.
10. Conclusões.
11. Anexos.
1.Genealogia dos Lucenas do Rio de Janeiro.
2.Os Lucenas na Genealogia Portuguesa.
3. Os Lucenas na Genealogia Espanhola
12. Bibliografia.
1
O Brasão em questão pertence à família Lucena que teve sua origem em Leão, passando posteriormente à
Andaluzia, pelos anos de 1235. in Armorial Lusitano. Genealogia e Heráldica. Lisboa, Ed. Zairol, 2000, pp.319/321.
2
1. A Etimologia.

Segundo Antenor Nascentes em seu Dicionário Etimológico da Língua


Portuguesa2, Lucena é considerado como um sobrenome de origem geográfica.
Leite de Vasconcellos3 considera sua origem na Espanha e Sanches de Baena4
assegura sua procedência na Andaluzia. Amado Alonso, na Revista de Filologia
Hispânica,5 nos fala de vários topônimos Lucena, nas regiões de Córdoba,
Castéllon, Saragoza.

2. A História: Os judeus de Sefarad.


O início da vida judaica na Espanha é envolto em mistérios e lendas.
Segundo a história judaica, o estabelecimento dos judeus na região que hoje
conhecemos como a Península Ibérica dataria do período bíblico. Algumas
descobertas arqueológicas provam tal teoria. Acredita-se que o túmulo de um
burocrata - Adoniran - contratado pelo filho do rei Salomão, Rehoboan6,
tenha sido descoberto em 1480, localizado na cidade de Muviedro,
conforme o relato do cronista Juan de Lucena7. Nos 18 Livros Proféticos do
Antigo Testamento, encontramos referência na profecia de Abdias.8 Seu
oráculo data de 587 aC,9 quando do período de exílio dos judeus imposto pela
Babilônia. É nesta pequena profecia, composta de apenas vinte versículos, que
vemos surgir diante de nós, leitores, a primeira alusão ao termo Sefarad .
[...] Os exércitos de Israel derrotados
ocuparão as terras dos cananeus até Sarepta
Os deportados de Jerusalém em Sefarad

2
Op.cit. vol. II, p. 178.
3
Apud. Antenor Nascentes. 1952. vol. II, p.178.
4
Apud. Op.cit. vol II, p. 178.
5
Op.cit. no. VIII, pp.70/71
6
Tal fato ocorreu em 931 aC, quando divisão dos reinos, devido às profundas diferenças entre as tribos do norte
de Israel e a aliança no sul, da tribo de Judah com as de Caleb, Kenaz, e outras.
In Historical Atlas of the Jewish People. Edit by Shmuel Ahituv.(et al.). The continuum Publishing
Group Inc.,London/New York. 2003 p28.
7
O túmulo de Adoniran possui a seguinte inscrição: “Este é o sepulcro de Adoniran, tesoureiro do rei Salomão,
que veio para cobrar imposto e morreu.” op.cit. 2003. p33.
8
. Etimologicamente Abdias significa Servo do Senhor.
9
Há uma controvérsia quanto ao ano preciso. Na Bíblia o ano em questão é 587aC, e no Livro de Ovádia seria
586ª.E.C.
3
Possuirão as cidades do sul. [...] 10

Sefarad, em hebraico, também é mencionado no Talmude da Babilônia,


Tratado Nidah 30, quando lemos a seguinte frase:
Adam iashen kan ve-roch chalom be-Hispamia.
(O homem dorme aqui e vê o seu sonho na Espanha)
Para certos estudiosos seria o prenúncio da chegada dos judeus à Espanha. É a
reafirmação no tempo e no espaço da alma hebraica em Sefarad. O termo
sefaradi corresponde aos judeus que tiveram a sua ascendência nas
comunidades judaicas originárias da Espanha, que foram obrigadas a fugir
devido às perseguições e aos progroms que foram acontecendo ao longo da
História. Seria o início da Inquisição que dizimaria milhares de judeus na
Península Ibérica. As rotas de fuga foram os países mais tolerantes como
Portugal, Brasil, Holanda, norte da África, Turquia, Itália, Antilhas, entre
outros lugares. Mas a esperança de um pouco de paz durou pouco em certos
países, pois os inquisidores também lá estavam.

2.1. Lucena: El Siglo de Oro.


Nos primeiros anos da era Cristã, a Hispania ou Ispamia é uma rica
província, liberal, atraindo diversas comunidades judaicas que se instalaram
em seu território. O mesmo acontece com outros povos. Descobertas
arqueológicas da época do Império Romano nos dão claras informações sobre a
organização dessas comunidades, seu modus vivendi e modus operandi. A
decadência dessas comunidades atinge seu ápice no século V, visto a península
ter sido conquistada pelos visigodos, cujo obscurantismo irá fazer com que os
judeus passem por uma de suas piores fases , considerada um período de
trevas.
No século VI, devido à conversão dos conquistadores ao catolicismo, os
judeus passam a ser cada vez mais discriminados. O anti-semitismo se torna
política de estado. No século VII, por ocasião do III Concílio de Toledo11, é
assinado um decreto entre os governantes e a Igreja, o qual determinava a

10
. Versículo 18. Bíblia, 18ª. Edição. São Paulo, Editora Ave-Maria, 1971. p.1242
4
conversão forçada de todos os judeus. Milhares foram mortos, outros expulsos
ou convertidos à força. É o início do cripto-judaismo, pois os judeus, mesmo
conversos, continuam a manter sua fé e identidade, praticando sua religião.
No século VIII, no ano de 711, a expansão árabe inicia-se após a morte
do profeta Maomé, atingindo a Península Ibérica, após a invasão dos
visigodos.12 A partir deste século, o território espanhol é ocupado pelos árabes,
que o denominam Al-Andaluz - denominação árabe usada para a Espanha
mulçumana – e, esta, passa a fazer parte do Império Islâmico.13 A chegada dos
árabes em territórios espanhóis não é vista, nem sentida de forma negativa
pelos judeus que lá estavam, muito ao contrário: podem finalmente retirar suas
máscaras e disfarces, para viver abertamente o seu judaísmo. É a partir da
conquista muçulmana que Al-Andaluz passará a receber inúmeras ondas
migratórias.
A dinastia omíada que assume o poder no ano de 711, proveniente de
Damasco, na Síria, se mantém durante quase três séculos, fazendo surgir uma
civilização sofisticada e requintada. Judeus, cristãos e muçulmanos
convivem pacificamente.
A cidade de Córdoba que, por volta desta época teria em torno de meio
milhão de habitantes, torna-se a capital dos Califas omíadas, possibilitando um
florescimento cultural, científico e econômico, que se estendeu às outras
cidades, tais como Granada, Sevilha, Toledo e Lucena . Transforma-se em
grande centro de vida e de estudos judaicos: é a época da grandeza, do
florescimento dos Yeshivot e dos centros de estudos judaicos. O mesmo
acontece com as cidades de Granada, Zaragoza e Lucena, cidade que nos
interessa em nosso estudo.
Dentro do período compreendido entre os séculos X a XIV veremos a
importância dessas cidades, que foram fundamentais no surgimento e na
formação de tantos sábios, tradutores, escritores e doutos em religião, cujos
conhecimentos, descobertas e ensinamentos tornaram-se imprescindíveis para

11
Ano do III Concílio de Toledo ocorreu em 613, aD.
12
É a derrota do rei visigodo Rodrigo pelo general e governador do Magrebe, Tarik ibn Ziyad.
13
O pequeno resumo da História da Espanha faz parte de uma pesquisa feita na Biblioteca do Instituto Cervantes,
Rio de Janeiro.
5
as civilizações, conhecimentos estes, que muito ajudaram os séculos seguintes,
XV e XVI, e que serviram para abrir as portas a muitas descobertas que nos
ajudam até hoje. Foi este período histórico que cunhou na tempoialidade da
cidade de Lucena ”el Siglo de Oro”.
O curso de nosso trabalho não nos permite que passemos ao largo,
sem explorar a importância que teve a cidade de Lucena, conhecida como
Ciudad de las tres Culturas, Elliossana- ciudad de los Judios , e ainda, como La
Perla de Sefarad. Geograficamente encontra-se localizada ao sul da província de
Andaluzia, cuja capital na época era Córdoba, Lucena tornou-se muito
importante, desde a época medieval, por sua contribuição cultural, científica,
religiosa, nivelando-se aos mais altos círculos hispânico-judaicos, só
encontrados nas capitais, tais como Córdoba e Granada.
Lucena soube manter boas relações com os cristãos e árabes, habitantes
das regiões vizinhas, e também com os chamados mozárabes14. Pudemos
constatar pelas fontes encontradas, que tanto os cronistas judeus como
quaisquer outros de outras religiões, que viveram antes do Renascimento
europeu – séculos IX ao XI - são unânimes em qualificar Lucena como a
“Cidade dos Judeus”, em hebraico Alisana al-Yahud , como tendo sido a cidade
que propiciou as condições para que nela florescesse uma comunidade judaica,
populosa, seleta e aristocrática, dotada de um reputado centro jurídico e
cultural na Espanha Meridional. Além disso, a grande notoriedade de Lucena é
devida a seus poetas, sábios religiosos, filósofos, matemáticos, mas sobretudo,
pelo fato de ter abrigado uma das maiores escolas talmúdicas da época,
responsável pela formação de renomados religiosos, a qual, por razões políticas
foi fechada em 1148.
Ao longo da História da Espanha - segunda metade do século XIV -
surgiu a necessidade, no seio das comunidades judaicas, como foi o caso de
Lucena, de atestarem a sua antiguidade e a sua ancestralidade na Península
Ibérica. Os judeus sempre pretenderam que as primeiras comunidades
estabelecidas em Lucena e em seus arredores, em toda a Andaluzia, teriam

14
. Importante que se note que somente os lucentinos, como eram chamados os habitantes de Lucena, habitavam
intramuros
6
chegado bem antes da época da destruição do Segundo Templo, podendo
prolongar-se até os dias do rei Salomão. O sábio Isaac Abravanel não deixa
dúvida quanto à antiguidade dos judeus em Sefarad. Em 1493, em seu
comentário ao Livro dos Reis, Abravanel faz referência às duas cidades
situadas em Castela: Lucena e Toledo.15
Tratar-se-ia de uma estratégia bastante convincente, que tentaria
inviabilizar toda e qualquer expulsão dos judeus de Lucena e das demais
comunidades judaicas de Sefarad ? Isto o futuro dirá.

2.2. A decadência de Lucena

“El llanto de mis ojos, como fuentes, es por la ciudad de Lucena. Sin
pecado y aislada moró allí la diáspora judía. “

Os tristes versos do poeta R. Abraham Ben Ezra, traduzidos pelo Prof.


Cantera Burgos16, retratam perfeitamente bem o sentimento reinante, quando
da época da decadência de Lucena, assim como de toda Andaluzia.
No século XI, o desmembramento do Califado omíada, assim como a
falta de um poder forte e centralizador permitiram o estabelecimento de vários
pequenos estados islâmicos, diferentes entre si. No final deste século, os
almorávidas, dinastia berbere do norte da África invadiram a região,
constituindo um forte perigo para os judeus. No século XII, os almôadas -
dinastia também berbere - invadem a região, iniciando um período de
fundamentalismo, devido ao fanatismo religioso e à intolerância desses novos
líderes muçulmanos, os quais trouxeram total insatisfação às comunidades
judaicas do sul da Espanha. Fecham-se as sinagogas e os yeshvot. Obrigados a
se converter, os judeus buscam a emigração, e põem um termo à época áurea
da cultura judaico-hispânica.

15
[...]“foi a tribo do rei Pirro quem trouxe habitantes de Jerusalém pertencentes à tribo de Judá, Benjamin, Simão,
Levitas e Sacerdotes, e muitos outros homens, por própria vontade. [...]”.
in op.cit. 2003. pp.28/29 Abravanel tece comentários à profecia de Abdias, como foi visto em nota no.5
16
in Parrondo, Carlos Carrente . Apuntes para la Historia Judia de Lucena. Los judios y Lucena. Historia,
pensamiento y poesia. Ediciones El Amendro, Cordoba, 1988. p.26
7
No século XIII, os exércitos cristãos reconquistam a região, levados pelo
brio de terem visto seu país conquistado por estrangeiros e infiéis. É quando a
comunidade judaica de Córdoba se vê ameaçada, quando passa a ser
considerada pelos espanhóis como uma mácula à pureza cristã. A Andaluzia
torna-se o primeiro local de expulsão dos judeus, assim como fora o primeiro
local a acolhê-los. Violentos progroms acontecem, sendo o mais violento o da
cidade de Sevilha, em 1391 (século XIV). Nesta cidade foi instituído o Santo
Ofício da Inquisição.
Na primavera de 1492, no dia 31 de março, é criado o Decreto de
Alhambra, assinado pelos reis católicos Fernando e Isabel, reis de Castela, Leon
e Aragão, mas que, somente será anunciado no dia 1o de maio. Por esse
decreto, todos os judeus deverão deixar suas propriedades e negócios no prazo
máximo de três meses, a partir daquela data. A realidade por trás de tudo isso
seria o extremo zelo da Igreja Católica, fomentado pelo fanatismo religioso da
rainha Isabel e pelo nacionalismo exacerbado dos espanhóis.
Dessa forma, pelas razões mostradas, findava uma das épocas mais
importantes conhecidas da História Mundial, quando grandes homens,
independentemente de raças e credos, deram não só à Espanha, mas ao mundo
todo, uma grandeza e um brilho que, somente conheceríamos muitos séculos
depois.

3. Lucena: Topônimo usado como forma de sobrevivência.


Algumas fontes que pesquisamos nos levam a crer que o nome da cidade
de Lucena tivesse alguma relação, ou remetesse à cidade de Lydda, cidade
palestina, que data da primeira revolta dos judeus contra os romanos, em 70
dC. Posteriormente, essa mesma cidade, Lydda, mudaria o seu nome para
Lod, tornando-se o centro da Academia Eretz Israel, quando esta deixa
Jerusalém.17 Não sabemos se tal fato se deve ao inconsciente imaginário de um
povo, em constantes fugas.

17
Yohanan Aharoni ...(et al); Edited by Shmuel Ahituv. Historical Atlas of the Jewish People. Ed. The Continuum
Publishing Group Inc. New.York/London, 2003, pp.162ss
8
A história onomástica dos judeus - já em Portugal18 depois da expulsão
da Espanha - distingue-se em três períodos: o dos genuínos, o dos nomes
impostos e os da restauração. No primeiro período, o judaísmo era permitido,
na época compreendida da monarquia portuguesa até 1497; o segundo, que se
inicia neste mesmo ano, quando por ordem de D. Manuel os judeus tiveram que
mudar seus nomes para nomes cristãos; e o terceiro período, que coincide com
o segundo, termina com a independência, quando uma parte dos judeus livres
da Inquisição puderam optar por seus verdadeiros nomes judaicos.
Os sobrenomes sefaradis são classificados da seguinte forma:
1. Toponímico: são nomes derivados de pontos geográficos, cidades
(ex.Lucena), aldeias (Pitigliani), regiões (Alvalensi), países(Franco).
2. Patronímico: são sobrenomes derivados de nomes próprios masculinos.
2.1. Patronímicos hebraicos,
2.2. Patronímicos espanhóis,
2.3. Patronímicos árabes,
2.4. Patronímicos berberes,
2.5. Patronímicos portugueses,
2.6. Patronímicos italianos,
2.7. Patronímicos ladinos,
2.8. Patronímicos gregos,
2.9. Patronímico holandês
2.10. Patronímico basco.
3. Ocupacional: são nomes formados a partir de substantivos e adjetivos
que designam comércio, profissões e ocupações. Podem ser em árabe,
em berbere, em espanhol, em português, em hebraico e em italiano.
4. Característica pessoal: podendo ser, características físicas, de caráter,
de vida familiar, de residência, sociais e de origem geográfica.
5. Artificiais: são nomes de cores, de animais, de plantas, de inspiração
católica.
6. Referências bíblicas : são geralmente nomes inspirados no Velho
Testamento.
7. Compostos: dividem-se em compostos verdadeiros, falsos compostos,
duplo falso, bíblicos compostos e falsos patronímicos.
8. Nomes de origem sacerdotal COHEN e LEVY. 19
O sobrenome Lucena pode ser encontrado nas seguintes formas:
Lucena, Lucena Montarroyo, Lucena Paredes, Pereira de Lucena,20 Lusena,
Lusenna, Luzena e Lucena Moron.21

18
Explicaremos processo de entrada em Portugal no próximo capítulo.
19
Apud Dicionário Sefaradi de Sobrenomes .pp123/133
20
É importante que se note que as quatro formas do sobrenome foram e são encontradas no Brasil.
9
4. Os Lucenas de Portugal.
O primeiro Lucena português do qual ouvi falar, chegando mesmo a
adquirir dois livros seus, foi o Padre João de Lucena,22 conhecidíssimo na corte
portuguesa por suas crônicas e relatos das viagens dos descobridores
portugueses e dos locais que encontrava à sua frente. Os escritores que citam
João de Lucena são unânimes em afirmar a perfeição, a pureza lingüística de
seu estilo. Nessa mesma obra, seus autores fundamentam as origens do Pe.
João de Lucena na Espanha.
“Temo que seria tronco d’esta família em Portugal o conde palatino Vasco
Fernandes de Lucena, sábio jurisconsulto, que em 1435 el-rei o Sr. D. Duarte
mandou ao concilio da Basiléia, e que também foi guarda-mor da Torre do
Tombo; sendo duvidoso se era este ou não o mesmo Vasco de Lucena, traductor
do Quinto Curcio em francez, varão de tão clara fama nas cortes estrangeiras
(...)”23 Prosseguem os estudiosos da vida de João de Lucena: “Que d’essa
ascendência fosse o nosso clássico dá-nolo a crer a circunstancia de serem
nobres os seus parentes; e de que a primeira família illustre de quem em
Portugal parece haver noticia com tal apellido é descendente de vários irmãos
Lucenas, que de Lucena na Andaluzia transferirão domicilio para Portugal
pelo começo do século XV. Ora, sendo certo que o conde Vasco faleceu
pelos anos de 1500(depois de 1499 não ha d’elle mais tradição), isto é, pelos
princípios do século XVI; sendo n’essa centúria, e pela entrada d’ella que
nasceu o pai do nosso autor; sendo fidalga a linhagem d’este, e de tal apellido
não havendo outra com quem se entronque, julgamos ser João de Lucena do
sangue fidalgo andaluz, o qual naturalisado em Portugal foi chanceller e
chronista mor. (...) Já na Hespanha era esta família tão illustre em lettras como
em sangue.”. 24

Na época da diáspora espanhola para Portugal, André Bernaldez,25 cura


da povoação de Los Palácios e autor de uma crônica dos Reis Católicos computa
assim as entradas pelas diversas fronteiras:
Bragança: ............................................ mais de 3.000
Miranda: ............................................ > > 30.000
Vilar Formoso: ................................... > > 35.000

21
Apud Dicionário Sefaradi de Sobrenomes. pp.313/314
22
Sr.Conselheiro Ribeiro, José Silvestre, Barreto e Noronha, José Feliciano de Castilho. Padre João de Lucena
2vols. Rio de Janeiro, Livraria de B.L.Garnier, Editor. 1868
23
op.cit. p.98.
24
op.cit.pp98/99.
25
apud. Kayserling, p. 112. in Azevedo, J. Lúcio de Azevedo. História dos Cristãos-novos portugueses. 3ª
ed. Lisboa, Clássica Editora, 1989. pp19/21
10
Marvão: ............................................... > > 15.000
Elvas: ...................................................> > 10.000

Um total de mais de noventa mil pessoas, que com as outras que


escaparam por caminhos ignorados poderiam preencher o número de 120.000
pessoas, cálculo feito por Abraão Zacuto.26
Em Portugal, através da obra sobre o Pe. João de Lucena, conseguimos
levantar a época e a genealogia referentes ao conde palatino Vasco Fernandes
de Lucena, que é filho de Fernão Vasques de Lucena, Senhor da Vila de
Lucena, nascido c. de 1380 (não consta nome da mãe). Por sua vez, é neto de
Vasco Fernandes de Lucena, nascido c. de 1350, em Lucena, Andaluzia (a avó
também é desconhecida). Nosso levantamento nos fala de sua esposa, Violante
de Alvim, nascida c. de 1420 e dos dois irmãos: Afonso de Lucena, nascido c. de
1380 em Córdoba, Lucena e Rodrigo de Lucena, nascido circa de 1380 em
Córdoba. Não se tem notícia do nome de sua esposa. Entretanto temos notícias
de cinco pessoas com o nome de Vasco Fernandes de Lucena , no período
compreendido entre o final do século XV e início do XVI.
Segundo o historiador português José de Azevedo Coutinho27, os
Lucenas estão intimamente ligados aos Azevedos, condes de Monterey de
Espanha, seus primos e representantes da primogenitura Ibérica. Os Lucenas
foram nobres vassalos dos Monterey, grandes da Espanha. Uma aliança entre
as duas famílias (espanhola e portuguesa) e os monarcas portugueses da época
acordaram na vinda dos mesmos para Portugal, no século XV.
Há uma dúvida quanto ao sobrenome, acreditando-se que fosse Sotto
Mayor, de origem judaica, se bem que residissem na Andaluzia. Acreditamos,
pelas fontes encontradas, como afirmamos no início do capítulo, que Vasco
Fernandes de Lucena tenha dado início à família do Padre João de Lucena,
descendendo de aristocratas espanhóis28. Nossa pesquisa nos trouxe até os
dias atuais da família em Portugal, o que será desenvolvido em futuro próximo.

26
op.cit. p.21
27
O historiador José de Azevedo Coutinho trabalha também com Genealogia. Sendo da linhagem dos Azevedo que
se encontram ligados, desde o século XV, aos Lucena, mostrou-se sensível à algumas dificulades por nós
encontradas.
28
Remeter à nota 23.
11
5. O descobrimento do Brasil: os primeiros Lucenas
(Pernambuco, Pará e São Paulo)
Quando o Brasil foi descoberto em 1500, temos notícias da segunda
etapa da aliança da progenitura dos Azevedos e dos Lucenas, vindos da
Andaluzia, constituída pelo casamento de Sebastião de Lucena com Maria de
Vilhena, filha do 4º. Senhor de S. João de Rei, em 1497. A primeira aliança das
famílias realizou-se em 1439, com o casamento de Violante de Alvim, filha do
2º. Senhor de São João de Rei, com Vasco Fernandes de Lucena, o primeiro a
chegar a Portugal e se destaca de imediato, com pessoa de grande preparo e
inteligência, iniciando uma geração de conselheiros reais, embaixadores.
Encontramos fontes que nos falam dos nascimentos de dois membros da
família Lucena, Afonso e João de Lucena, filhos de Fernão de Lucena e de
Leonor de la Peña.29 Sobre os pais, Fernão de Lucena, o Velho, (*c.1500) em seu
primeiro casamento com Leonor de La Peña, não encontramos nenhum
registro, nem procedência, muito menos a data de chegada à nova colônia.
O que constatamos é tão somente a data do nascimento das crianças. Não
se fala também do local em que viveram. Em seu segundo casamento com
Isabel de Proença não temos conhecimento de descendência.

29
Website da Igreja dos Santos dos Últimos dias – Mórmons.
12
13
Em compensação, em seu terceiro casamento com Leonor Monteiro, cujo
nascimento data de c. de 1500 nasceu-lhe numerosa prole de oito filhos:
Antonia de Lucena (1530), Berinjela de Lucena (1531), Guiomar Nunes de
Lucena (1532), Leonor de Lucena (1533), Branca Saraiva (1535), Brites de
Lucena (smn), N. de Lucena e Antonio Lucena (1537). Um outro Lucena,
Afonso, casou-se com Catarina Saraiva – não temos registros de datas, seja de
nascimento, de casamento, ou de entrada na colônia; porém acreditamos que
Afonso, Fernão e João fossem irmãos.
Do casamento de Afonso e Catarina nasceram os seguintes filhos: Manoel
de Lucena (1525), Cristóvão de Matos (1526), Domingos de Lucena (1528),
Pedro Saraiva de Lucena (1525), Baltazar de Lucena (1529), Afonso de Lucena
(1530), Antonio de Lucena (1531), Leonor Mendes de Lucena (1540), Brites de
Lucena (1541), Fernão de Lucena (1542), Jorge de Almeida (1543) e Gaspar dos
Reis (1544).30
Em 1535, a Capitania de Pernambuco, cujo donatário era Duarte Coelho,
foi dividida em sesmarias. Em 1548, coube ao almoxarife-mor de
Pernambuco, Vasco Fernandes de Lucena uma dessas sesmarias, onde foi
fundado o Engenho Jaguaribe, que deu início ao povoado, atualmente
conhecido por Abreu e Lima. Outro casal da família que vem para Pernambuco
é formado pelo casal Sebastião de Lucena e Maria de Vilhena. Como Duarte
Coelho era primo de ambos, pela mãe de Lopo Dias de Azevedo, 1º. Senhor de
São João de Rei, e mais recentemente por parte da avó paterna de Maria de
Vilhena, Catarina Lopes, neta do 3º. Senhor de São João de Rei, foi-lhe dada a
primeira alcaidaria de Olinda, tornando-se vassalo do donatário e com o cargo
real de “fiscal de Rendas”, cargo que o deixava diretamente na dependência do
rei. O 4º. Alcaide mor de Olinda descendente do casal, seria o Barão de Mearim.
Para os cristãos novos exilados de Portugal o Nordeste do Brasil,
sobretudo a cidade de Recife em Pernambuco, seria uma Nova Holanda, lugar
com o qual tanto sonhavam.31 Assim, em 1642, chegaria um grupo de judeus

30
Teremos ocasião de mostrar a árvore genealógica desta família.
31
Não temos dados sobre o número de judeus vindos de Portugal entre a data do descobrimento e a data que

14
ligados comercialmente à Companhia das Índias Ocidentais, saídos da Holanda
(o número seria 600). Neste grupo estaria o rabino Isaac Aboab da Fonseca,
que permaneceu à frente da comunidade judaica do Brasil até o final do
domínio holandês em nosso país. Pernambuco contava com duas sinagogas,
um cemitério próprio e possuía uma comunidade sagrada: Kahal Kadosh. Havia
ainda a Congregação Zur Israel (A Rocha de Israel) em Recife, que mantinha o
“Pinkes”- livro de atas – e os “haskamot” – ou seja, os regulamentos. O insigne
rabino veio acompanhado do “hazan”, Moisés Rafael de Aguiar.
Apesar de bem acolhidos pelos judeus que aqui estavam, fugidos da
Inquisição, e vivendo num clima de aparente calma, os problemas logo
começaram a aparecer: surgiram reclamações da parte não só dos calvinistas,
mas também dos católicos portugueses. Em 1640, em Recife, na Assembléia
dos Povos, os delegados da Paraíba pedem a expulsão da comunidade judaica.
A situação eclodiu, e, em 1645, Recife ao ser sitiada pelos portugueses, os
holandeses perdem todo o seu poder, sobretudo o de fogo: mais uma razão para
fazer cessar a imigração dos judeus. Diante da realidade imposta pela fome
e pela certeza de que não lhe viria socorro da Europa, a cidade se entregou.
Em 1654, o navio francês Ste. Catherine deixou Recife com 23
judeus, homens, mulheres e suas crianças.

Eram judeus de origem portuguesa que fugiam da Inquisição e


atendiam pelos nomes de Dias, Costa, Cardozo, Faro, Ferreira, Fonseca,
Gomes, Navarro, Nunes, Henriques, Machado, Madeira, Mendes, Pereira, Pinto

citaremos em seguida.
15
e Seixas. Seu destino: New Amsterdam ( atual New York), data de chegada 7 de
setembro 1654.32
Entretanto outros Lucenas portugueses mantiveram um papel de
importância na colonização do Brasil: em 1641 o secretário de estado de
Portugal, Francisco de Lucena é agraciado pelo Dr. Diogo Gomes Carneiro,
fluminense, com uma publicação importante sobre o Brasil. Em 1646, o
Capitão-mor do Pará, Sebastião de Lucena Azevedo33 expulsa uma guarnição
holandesa comandada pelo Capitão Van Der Goes, após derrotá-los, ao norte do
Brasil. Sebastião de Lucena Azevedo seria o homem de confiança das coroas de
Portugal e da Espanha, visto ser de sua incumbência o correio sobre as notícias
da colônia e os documentos relevantes às duas cortes.
Em São Paulo, entre as famílias mais antigas, encontramos o ramo de
Rodrigo de Lucena, que em 1540 era feitor de Martim Afonso de Souza, na
Capitania de São Vicente.34

6. Os Lucenas do Rio de Janeiro.

No Ro de Janeiro, entre as mais antigas famílias encontramos os


Lucenas, desde o final do século XVI, quando Antonio de Lucena (*c.1570–fal.
antes de 1622) recebeu uma sesmaria. De seu casamento (c. 1600) com Mônica
Martins (*n.? – fal. antes de 1622) deixou uma extensa e importante
descendência.35 Deste casamento nasceram: Susana de Lucena (*c. 1602),
Catarina de Lucena *c. 1601 e casada c. 1615 com Fernando Rodrigues),
Francisca de Lucena (*c.1603 e casamento c. 1622 com Fernando Nogueira),
Álvaro de Lucena (*c.607,casado c. 1631 com Paula de Lemos; pais de Pascoal,
nascido no Rio, batizado em 1632), Esperança de Lucena, (*c.1609 e casada c.
1640 com Miguel Ferreira) e finalmente, Beatriz de Lucena, * c. 1605 e casada

32
Há contradições quanto à data exata, sobretudo o dia.
33
Sebastião de Azevedo Lucena foi nomeado Capitão do Grão-Pará no ano de 1640 e habilitado como Cavalheiro
da Ordem de Cristo em 1639.
34
Apud AM, Piratininga, 106. O ramo Lucena em São Paulo não será por nós pesquisado, visto serem os do
Nordeste e os do Rio de Janeiro que nos interessam.
35
Apud Reingantz, Carlos. Primeiras famílias do Rio de Janeiro (séculos XVI e XVII) vol. II. Rio de Janeiro,
Livraria Brasiliana Editora, 1967.pp.449/452.
16
com Diogo de Montarroio, em 1644. Um único filho é encontrado: Sebastião de
Lucena Montarroio, que dará início à linhagem dos Lucena no Rio de Janeiro.36
Apesar de nosso relato estar mais focado nos Lucenas e em suas
alianças familiares, a Inquisição dava sinais de preocupação com a nova
colônia. Assim é que, a Inquisição na colônia durou três séculos: num primeiro
período mais forte no Nordeste – as nossas riquezas estavam lá: séculos XVI e
XVII em Pernambuco e Bahia – e no século XVIII, visitou a província do Grão-
Pará e o Sudeste. Quando detectavam algum traço de “heresia”, prendiam e
enviavam as pessoas, então transformadas em réus para julgamento pelo
Tribunal do Santo Ofício.
Em nossa pesquisa na Torre do Tombo37, o que despertou nossa atenção
foi o processo de Brites de Lucena.38 A partir de então, muita coisa foi
descoberta, investigada, apesar do curto espaço de tempo. Não poderíamos
deixar de mencionar a imensa ajuda do jornalista Alberto Dines, o qual nos
presenteou com sua obra Vínculos de Fogo,39 assim como as suas preciosas
informações sobre a vida dos Lucenas, no Rio de Janeiro.
O que nos chamou atenção – mais uma vez – é o fato que esse grupo
familiar constituía a elite colonial da época. Além de terem estudado em
Coimbra, eram senhores de engenho, proprietários de terras e escravos, e
participavam da administração. Geralmente praticavam a endogamia,
casamentos entre as famílias, realizados em capelas construídas nos engenhos,
nas igrejas das paróquias onde os noivos moravam: o fato é que se casavam
legalmente.
Na província do Rio de Janeiro, as famílias que aparecem em nosso
trabalho espraiaram seus domínios em engenhos, situados nas freguesias de
Irajá: Engenho do Campinho, Engenho da Cruz, Capão; na de Jacarepaguá:

36
Os anexos 01, 02, 03 e 04 mostrarão a genealogia da família Lucena e seus casamentos com as famílias já
mencionadas.
37
Nossa passagem por Lisboa deu-se no mês de outubro de 2007.
38
Ano de 1717. Film 78524- Inquisição de Lisboa. N 11.596. Confissão 11de março 1716.JAN/TT. O processo de
André de Barros, marido de Brites de Lucena, ano 1714. Film 719988882. Item 1.
39
Dines, Alberto.Vínculos de FogoI- Antônio José da Slva, O Judeu e outras histórias da Inquisição em Portugal e
no Brasil. São Paulo, Companhia das Letras, 1992.
17
O Engenho do Covanca; na de Itambi; na de Jacutinga: o Engenho de
Guaguaçu; na de São Gonçalo: o Engenho de Vera Cruz.40
Estavam perfeitamente conscientes de sua situação de cristãos novos,
dos fatos que ocorriam com suas comunidades, assim como nas dos cristãos-
velhos. Era um processo desumano, pois qualquer coisa que essas pessoas
fizessem ou algo que não fosse visto com bom olhos pelos outros,
imediatamente surgiam as denúncias. Tratava-se de um processo sempre em
movimento, os denunciados também denunciavam quem quer que fosse, pai,
mãe, irmão, para que suas vidas fossem poupadas.
Como acontecera na Espanha, no século XI e seguintes, até 1492, a
principal questão que se escondia sob a questão religiosa era a questão
financeira. Embora os judeus mesmo antes de convertidos em cristãos novos
sempre tivessem gozado de boa situação econômica, tiveram bons cargos junto
aos governos e representavam as elites intelectual e financeira. Quando eram
denunciados e a Inquisição iniciava a investigação, o primeiro passo dos
inquisidores era o confisco dos bens dos réus ou dos acusados. Excelente
negócio para a Igreja tão desprendida dos bens materiais!
Apesar do Tribunal da Santa Inquisição ter enviado até o ano de 1830
trezentas pessoas do Rio de Janeiro para os cárceres portugueses, a
pesquisadora Lina Ferreira da Silva afirma: “Evidenciou-se, naquele momento,
algo que a comunidade cristã-nova e cristã-velha sabiam de longa data: quem
tinha ou não correndo em suas veias sangue de judeus” 41.

40
Dines, Alberto. A partir do livro Vínculos de Fogo, trocamos várias infomações quando descobri que o casamento
de meus pais , Ernani Tavares Pereira de Lucena e Yedda Leitão Bandeira havia sido realizado na Igreja Nossa
Senhora do Loreto, na freguesia de Jacarepaguá (10/01/1940). Meu batizado também foi realizado na referida
Igreja.”
. (...) “Casou-se em 20 de janeiro de 1665, na igreja de Nossa Senhora do Loreto, freguesia do termo de
Jacarepaguá “pelas oito para as nove horas da manhã ” com D. Brites de Lucena, dama de igual estirpe,
pertencente a família de igual tradição no Rio de Janeiro, ali radicada desde o final do século XVI (...)”
in Heréticos e Impuros. A Inquisição e os cristãos-novos no Rio de Janeiro. Lina G. Ferreira da Silva.
Rio de Janeiro, Biblioteca Carioca, 1995. p.84
42 apud. p.127

18
Apesar da comunidade cristã-nova ter praticamente acabado no Rio de
Janeiro, restou-nos a certeza de que apesar de toda essa dialética maldosa as
famílias Barros, Lucena, Montarroio, Paredes, através de seus casamentos e
ligações, souberam tecer uma teia que mostrou ter sido possível escapar ao
cerco legal inquisitorial, devido à importância de estudos em Coimbra,
exercerem cargos, profissões de prestígio, ou mesmo abraçar a religião, como
fez Antonio de Barros, irmão de Manuel, ao tornar-se padre do hábito de São
Pedro.
Falta-nos um longo caminho, que não foi cumprido por falta de tempo
hábil e de informações, não por parte das instituições, mas por falta das
próprias pessoas, que não só desconheciam o que era genealogia, e
conseqüentemente a sua, não tinham interesse em fornecer informações, ou o
que é pior, o preconceito de saber que em suas veias, por mais longínquo que
fosse, corria sangue judeu.

6. Henrique Pereira de Lucena : Barão de Lucena

Henrique Pereira de Lucena, primeiro e único Barão de Lucena,


nasceu em terras dos engenhos Fortaleza e Boa Esperança, na antiga comarca
de Limoeiro, no dia 27 de maio de 1835. Filho do Coronel Henrique Pereira de
Lucena e d. Antonia Barbosa da Silva, teve outros irmãos.
2.Henriqueta Barbosa de Lucena que se casou com José da Silva Pessoa.
Pais de:
2.1. Epitácio Lindolfo da Silva Pessoa. Nasc. Paraíba em 1865, fal. 1942
Casamento I: Francisca Justiniana das Chagas. Casamento II:
Maria da Conceição Manso Sayão.(*1878+1958) Não houve
19
descendência.
2.2. Maria Pessoa. Casamento: Cândido Clementino Cavalcanti de
Albuquerque. Não houve descendência.
2.3. Mirandolina da Silva Pessoa. Casamento: João Vicente de Queiroz.
Pais de:
2.31. Francisco Pessoa de Queiroz.
E finalmente, o terceiro irmão do Barão de Lucena, Cisero Henrique de
Lucena.
Em 1846, Henrique Pereira de Lucena veio para o Rio de Janeiro,
matriculando-se no Colégio Pedro II, onde recebeu o grau de Bacharel em
Letras, em 1853. Regressando a Pernambuco, fez o curso de Direito na
Faculdade de Recife, recebendo o grau de Bacharel em Ciências Jurídicas e
Sociais, em 1858.
Começou sua carreira como delegado da cidade do Recife. Foi presidente
das províncias de Pernambuco, Bahia, Rio Grande do Norte e rio Grande do
Sul; ministro de Estado; desembargador; juiz do Supremo Tribunal Federal;
deputado eleito por mais de uma legislatura, tendo a honra de ser
presidente da Câmara dos Deputados que discutiu, votou e aprovou a Lei
Áurea, de 13 de maio de 1888.
Durante o seu primeiro governo em Pernambuco, no período de 5 de
novembro de 1872 a 10 de maio de 1875, realizou uma grande administração
que pode ser comparada com a do Conde da Boa Vista.
Preocupado com os serviços de comunicação, implantou um sistema de
telégrafo submarino entre o Recife e a Europa, o Rio de Janeiro e o Pará. Como
juiz criou a comarca de Vila Bela, atual Serra Talhada e se preocupou com a
organização judiciária de Pernambuco.
Lucena enfrentou vários problemas políticos e fez muitos inimigos.
Depois que deixou a administração de Pernambuco foi presidente das
províncias da Bahia e do Rio Grande do Sul. Convidado pelo então presidente
da República, Deodoro da Fonseca, participou do seu ministério até quando
este entregou o poder ao vice-presidente Floriano Peixoto.

20
No período republicano foi nomeado Governador do Estado de
Pernambuco em decreto de 21 de julho de 1890. Foi ainda agraciado por D.
Pedro II com o grau de cavaleiro da Ordem da Rosa, em decreto de 14 de março
de 1860, e o oficialato dessa Ordem, em decreto de 12 de novembro do mesmo
ano: o hábito da Ordem de Cristo, em decreto de 14 de setembro de 1866; e as
honras de Desembargador, em decreto de 20 de fevereiro de 1875, e pela
Princesa Isabel, Regente do Império, com o título de Barão de Lucena, em
decreto de 16 de maio de 1888. Foi também condecorado com a Légion
d’Honneur, do governo da França
Henrique Pereira de Lucena foi casado com D. Zilia Sofia Carneiro
Campelo, e desta união não houve descendentes. Faleceu no Rio de Janeiro, em
sua residência situada na Rua São Clemente, 128, no dia 10 de dezembro de
1913. Foi sepultado no Cemitério São João Batista.

7. Conclusões.

Nossa pesquisa está apenas em seu início. Como pudemos notar


existe uma grande lacuna entre os Lucenas do Nordeste e os do sudeste. Já
estivemos no Instituto Joaquim Nabuco42, em Recife, para atestar nossa
genealogia Pereira de Lucena.
Em Portugal é fácil encontrar os Lucenas e toda a sua Genealogia. No
Brasil, acredito que após um trabalho exaustivo de pesquisa em todo Nordeste,
sobretudo Pernambuco e Paraíba, consigamos fazer um levantamento maior do
que já existe. O grande problema é que as famílias não dão valor às suas
raízes, não foram criadas ou educadas para isso, ou, como aconteceu com um
Pereira de Lucena do Rio de Janeiro, que ficou espantadissimo quando lhe

42
Tal fato se deu em 1986 quando atestei a data de meu casamento, nome de meu marido, os nomes de meus dois
filhos e respectivas datas de nascimento.
É lamentável que minha família no Recife não se atenha a esses fatos, pois só da parte de um irmão de meu pai,
Dr. Durval Tavares de Lucena, casado com uma prima consangüínea, Maria Jose Tavares, tiveram uma
Enorme família de 10 filhos. Atualmente, vinte e dois anos passados, imagino que a família tenha aumentado
muito, apesar de algumas ausências.
A segunda irmã de meu pai, Maria Augusta Tavares Pereira de Lucena casou-se com Heitor Villa-Chan, tendo
também uma grande família. Infelizmente, por morar no sudeste e não ter mais contatos com o lado nordestino
tem-me sido muito difícil conseguir informações aqui no Rio de Janeiro.
21
expliquei que nossas raízes estão na Andaluzia dos judeus, e que com toda
certeza fazemos parte de uma ou das várias linhagens de Lucenas cristãos-
novos, que chegaram ao Brasil fugindo da Inquisição Espanhola fosse por
Portugal, ou pela Holanda, ou ainda por outros caminhos que ainda
desconheço.
Por acaso, no século XVII, no Rio de Janeiro havia os Lucenas que
unindo-se às outras famílias – cristãs-novas e cristãs-velhas - deram origem `a
elite colonial, como pudemos constatar no capítulo V.
Sabemos perfeitamente que a família Lucena é muito antiga, devido às
fontes e aos documentos que se encontram na Espanha. Descendem de Carlos
Magno, de Hugo Capeto, de Fernando I de Leon e Castela, de Guilherme I da
Inglaterra e de D. Afonso Henriques, de Portugal.
Temos um compromisso de pesquisa já assumido com a cidade de
Lucena. Outros compromissos foram assumidos desde outubro 2007, como
voltar a Portugal. Devo aos meus entes queridos Pereira de Lucena as
descobertas de um passado que certamente trará muitas alegrias, mas
também muita tristeza, pois os que se orgulhariam de acompanhar minha
trajetória não se encontram mais conosco.

22
Anexo 1: Genealogia dos Lucenas no Rio de Janeiro43

43
Apesar de nossa primeira fonte ter sido a obra de Carlos Rheingantz, As primeiras famílias do Rio de Janeiro(
(séculos XVI e XVII), estivemos no Arquivo Nacional, na Biblioteca Nacional, nos arquivos da Catedral e na Igreja
de Nossa Senhora do Loreto, em Jacarepaguá.
23
24
25
Anexo 2: A Genealogia dos Lucenas em Portugual.44

• Afonso de Lucena
• Afonso de Lucena * 1380
• Afonso de Lucena * 1570
• Afonso de Lucena * 1548
• Afonso de Lucena
• Afonso de Lucena
• D. Afonso de Lucena, alcaide-mór de Portel e Évoramonte * 1610
• Alberto de Lucena
• Álvaro da Cunha Cardoso de Lucena * 1560
• Álvaro de Lucena
• Amaro de Sousa
• Ana Alexandrina Botelho de Lucena
• Ana Botelho de Lucena
• Ana Josefa de São Paulo
• Ana Júlia Cardoso de Lucena
• Ana de Lucena
• Ana de Lucena
• Ana Marcelina Botelho de Lucena

44
No website www.geneall.net e ou www.geneall.pt podemos encontrar os Lucenas epanhois, ou provenientes da
Espanha, os que passaram para Portugal na época da Inquisição, lá permanecendo e os que vieram para o Brasil.
Porém, não é possível encontrar pessoas nascidas a partir do século XX no Brasil.
26
• Ana Maria Botelho de Lucena
• Ana Maria Empis de Lucena * 1948
• Ana de São Joaquim de Barbosa Montenegro de Melo Faro e Lucena
• André de Azevedo de Lucena
• D. André Jerónimo de Lucena de Noronha
• Antónia
• Antónia de Lucena * 1555
• Antónia de Lucena * 1530
• Antónia de Lucena * 1540
• Antónia Maria de Ataíde
• António
• António de Almeida Correia de Sá de Lucena * 1914
• António Botelho de Lemos
• António de Lucena
• António de Lucena
• António de Lucena
• António de Lucena
• António de Lucena
• António de Lucena
• António de Lucena
• António de Lucena Tavares
• António de Melo Macedo Faro e Lucena
• António Saraiva
• António Saraiva
• Baltazar de Lucena
• Baltazar de Lucena
• Beatriz Tavares
• Belchior Calheiros de Lucena
• Benedita Nunes de Matos de Lucena * 1990
• Beringela de Lucena * 1530
• Beringela de Lucena * 1560
• Bernarda de Lucena
• Bernardo d' Aguiar Lucena * 1979
• D. Bernardo António de Lucena Almada de Noronha Faro * 1686
• Bernardo Fernandes Homem de Lucena * 1960
• Bernardo Ferrão de Lucena
• D. Bernardo de Lucena
• Branca Saraiva de Lucena * 1560
• Braz de Lucena + 1578
• Brites de Lucena
• Brites de Lucena
• Brites de Lucena
• Brites de Lucena
• Carlota Bobone de Lucena * 1989
• Casimira de Melo Cabral de Lucena
• Catarina Amaral de Lucena * 1978
• Catarina de Lucena
27
• Catarina de Lucena
• Catarina da Ressurreição de Lucena
• Catarina Saraiva
• Catarina Saraiva de Lucena
• Cisero Henrique de Lucena
• Clara Fernandes de Lucena
• Cristóvão Calheiros de Lucena
• Cristovão de Lucena
• Cristovão de Matos
• Cristovão de Matos
• Cristovão de Matos de Lucena * 1610
• Cristovão de Matos de Lucena * 1675
• Cristovão de Matos de Sousa
• Custódio Calheiros de Lucena
• Damião Botelho de Lucena * 1620
• Delfim Maria Maya de Lucena * 1940
• Diogo Botelho
• D. Diogo da Fonseca e Évora
• Diogo José Fernandes Homem de Lucena * 1949
• Diogo de Lucena
• Domingas de Lucena
• Domingos Botelho
• Domingos de Lucena * 1530
• Domingos de Matos de Lucena * 1590
• Duarte Luis Empis de Lucena * 1952
• Duarte Nunes de Matos de Lucena * 1985
• Emília de Lucena
• Emília de Lucena * 1878
• Emílio de Lucena * 1883
• Estevão Cordeiro de Lucena
• Estevão Mire de Lucena
• Fernão de Lucena, o Velho * 1500
• Fernão de Lucena
• Fernão de Lucena
• Fernão de Lucena * 1440
• Fernão de Matos
• Fernão de Matos
• Fernão de Matos de Lucena
• Fernão Vasques de Lucena * 1380
• Filipa Goulart de Medeiros de Lucena * 1983
• Filipe Maria Empis de Lucena * 1954
• D. Francisca de Lucena Noronha e Faro Manoel de Almada * 1780
• Francisco
• D. Francisco António de Lucena de Noronha e Faro * 1651
• Francisco Baptista de Lucena * 1775
• Francisco Botelho de Lucena
• Francisco Botelho de Lucena
28
• Francisco Fernandes de Lucena
• Francisco Gaspar dos Anjos
• Francisco de Lucena * 1907
• Francisco de Lucena * 1870
• Francisco de Lucena
• Francisco de Lucena * 1570
• D. Francisco de Lucena
• Francisco de Lucena * 1949
• Francisco Tavares de Lucena
• Francisco Xavier Maya de Lucena * 1943
• Gaspar de Carvalho e Lucena
• Gaspar Correia
• Gaspar de Lucena
• Gaspar dos Reis
• D. Genoveva Maria de Lucena
• D. Gertrudes Tomásia de Almada e Faro
• Gonçalo de Lucena * 1941
• Gonçalo Maria d' Aguiar Lucena * 1983
• Gonçalo Vaz de Azevedo, senhor de Ponte de Sor
• Grácia de Lucena * 1440
• Guiomar de Lucena
• Guiomar Nunes de Lucena
• Henrique Pereira de Lucena, 1º barão de Lucena * 1835
• Henrique Pereira de Lucena
• Henriqueta Barbosa de Lucena
• D. Ildefonso Vicente de Lucena e Castro
• Inácio Botelho de Lucena * 1719
• Isabel Cardoso de Lucena
• Isabel Correia de Sá de Lucena * 1905
• Isabel Fernandes de Lucena + 1520
• Isabel de Lucena
• Isabel de Lucena * 1540
• Isabel de Lucena * 1982
• Isabel de Lucena * 1570
• Isabel de Lucena * 1450
• Isabel de Lucena
• Isabel de Lucena
• Isabel de Lucena
• Isabel Luisa de Lucena
• Isabel de Matos de Lucena
• Joana Barbosa de Lucena
• Joana de Lucena
• Joana de Mendonça
• Joanna de Lucena
• João Botelho de Lucena * 1690
• João Botelho de Lucena
• João Botelho Monteiro de Lucena * 1739
29
• João Botelho Monteiro de Lucena * 1789
• João Carlos Mire de Lucena
• João Carvalho de Lucena
• João de Lucena
• João de Lucena
• João de Lucena * 1500
• João de Lucena * 1903
• João de Lucena * 1549
• João de Lucena
• João Manuel dos Santos Lucena * 1936
• João Rodrigues de Lucena
• Joaquim Botelho de Lucena * 1831
• D. Joaquim Eugénio de Lucena e Almada * 1720
• Jorge de Almeida
• Jorge António Empis de Lucena * 1949
• Jorge de Lucena * 1868
• José
• José Alexandre Cardoso de Almeida e Lucena * 1780
• José de Almeida Correia de Sá Lucena * 1921
• José Botelho de Lucena * 1718
• José Diogo d' Aguiar Lucena * 1986
• José de Lucena * 1748
• José Maria Bobone de Lucena * 1996
• José Maria Maya de Lucena * 1941
• D. José Martinho de Lucena Almada e Faro de Castro * 1750
• José Martinho Pereira de Lucena Noronha e Faro Cota Falcão * 1806
• José Pedro de Lucena * 1951
• José Vital Cavalcante Lucena * 1959
• Josefa Gertrudes Botelho de Lucena
• Josefa de Lucena
• Josefa Maria Cardoso de Araújo e Lucena * 1735
• Leonor Amaral de Lucena * 1982
• Leonor da Apresentação de Lucena
• Leonor de Lucena
• Leonor de Lucena
• Leonor de Lucena
• Leonor Maria Telo Rasquilha de Lucena * 1984
• Leonor Mendes de Lucena * 1570
• Leonor Mendes de Lucena
• Leonor Mendes de Lucena * 1540
• Leonor Santos de Lucena * 1937
• Luis Botelho
• Luís Botelho de Lucena
• Luis Botelho de Lucena
• Luís Botelho de Lucena
• Luisa Cardoso de Araújo e Lucena
• Madalena Amaral de Lucena * 1989
30
• Manuel Cabral Botelho de Lucena * 1874
• Manuel Cardoso de Lucena da Fonseca * 1600
• Manuel de Carvalho e Vasconcelos
• Manuel Ernesto Empis de Lucena * 1945
• Manuel Henriques de Lucena
• Manuel João Maya de Lucena * 1938
• Manuel de Lucena + 1601
• Manuel de Lucena
• Manuel de Lucena
• Manuel de Lucena * 1943
• Manuel de Lucena * 1525
• Marcos de Azevedo de Lucena + 1578
• Margarida Cabral Botelho de Lucena * 1880
• Margarida Maria Empis de Lucena * 1955
• Margarida de Melo Cabral de Lucena
• Margarida Saraiva de Lucena
• Maria Ana Augusta de Melo Noronha Faro e Lucena
• Maria Bernarda Cardoso de Lucena Correia Botelho
• Maria Bernarda Ferreira Lucena
• Maria do Castelo Pereira de Lucena de Noronha e Faro Cota Falcão *
1844
• Maria Corrêa Mendes de Lucena * 1970
• Maria Correia de Lucena
• Maria da Cruz
• Maria Eufrásia
• Maria Eugénia de Almeida Correia de Sá de Lucena
• Maria Eugénia Maya de Lucena * 1942
• Maria de Freitas Moreira Empís de Lucena
• Maria Georgina de Lucena
• Maria da Graça Maya de Lucena * 1939
• Maria Henriques de Lucena * 1643
• Maria Inácia Fernandes Homem de Lucena * 1964
• Maria Isabel Fernandes Homem de Lucena * 1947
• Maria de Jesus Botelho de Lucena * 1832
• Maria de Jesus Correia de Sá de Lucena * 1909
• Maria João de Lucena * 1958
• Maria de la Presentacion Lucena
• Maria de Lucena
• Maria de Lucena
• Maria de Lucena
• Maria de Lucena Correia Botelho
• Maria Pereira de Lucena * 1808
• Maria Perpétua da Veiga Cardoso de Lucena * 1735
• Maria Teresa Empis de Lucena * 1947
• Mariana Amaral de Lucena * 1977
• Mariana Botelho de Lucena * 1834
• Mariana Fernandes Homem de Lucena * 1951
31
• Mariana de Lucena * 1982
• Marta Corrêa Mendes de Lucena * 1968
• Marta Lucena
• Martim Afonso de Lucena
• Martim Afonso de Lucena
• Martim Fernandes de Lucena
• Martinho Cardoso de Lucena da Cunha * 1630
• Matilde Fernandes Homem de Lucena * 1958
• Matilde Nunes de Matos de Lucena * 1989
• Miguel de Lucena * 1954
• Miguel de Lucena
• N.. de Lucena
• D. N..., abadessa do Convento de Celas, Coimbra
• Nicolau Correia Botelho
• Nuno Gonçalo Mire de Lucena
• Nuno Joaquim de Lucena * 1947
• Paulo Fernandes Homem de Lucena * 1956
• Pedro Joaquim Santos de Lucena * 1941
• Pedro Maria Telo Rasquilha de Lucena * 1989
• Pedro Saraiva de Lucena * 1525
• Ricardo de Lucena
• Rita Bobone de Lucena * 1991
• Rita Fernandes Homem de Lucena * 1954
• Rodrigo Fernandes Homem de Lucena * 1952
• Rodrigo de Lucena
• Rodrigo de Lucena * 1380
• Salvador de Almeida Correia de Sá de Lucena * 1911
• Salvador Bobone de Lucena * 1998
• Salvador de Lucena * 1939
• Sancho Tavares
• Sebastião de Lucena
• Sebastião de Lucena * 1500
• Sebastião de Lucena de Azevedo * 1560
• Susana Mire de Lucena
• Teodósia Cardoso da Fonseca de Lucena
• Teresa Inácia Carvalho de Lucena
• Tomás Botelho Monteiro de Lucena
• Tomás Maria Telo Rasquilha de Lucena * 1986
• Tomás Tiago Goulart de Medeiros Empis de Lucena * 1988
• Tristão Cardoso de Lucena * 1580
• Vasco Fernandes de Lucena * 1530
• Vasco Fernandez de Lucena * 1470
• Vasco Fernandes de Lucena
• Vasco Fernandes de Lucena * 1410
• Vasco Fernandes de Lucena * 1350
• Vasco Fernandes de Lucena * 1420
• Vasco Manuel de Lucena * 1938
32
Lucena e Vale

• Anthero Vilhegas de Lucena e Valle * 1898


• João Maria do Carmo Vieira de Lucena e Vale * 2001
• José Luis Pessoa de Lucena e Vale * 1937
• Luis Maria Ricardo de Brito e Cunha Lucena e Vale * 1968
• Maria Ana Augusta de Brito e Cunha Lucena e Vale * 1975
• Maria Beatriz do Carmo Vieira de Lucena e Vale * 1999
• Maria Isabel de Brito e Cunha Lucena e Vale * 1982
• Maria José de Brito e Cunha Lucena e Vale * 1969
• Maria Luisa de Brito e Cunha Lucena e Vale * 1977
• Pedro Maria de Brito e Cunha Lucena e Vale * 1973

Anexo 3 : Os Lucenas de Espanha e de Portugal.

• Afonso de Lucena
• Afonso de Lucena
• Afonso de Lucena
• Afonso de Lucena
• Afonso de Lucena
• Afonso de Lucena
• Afonso de Lucena * 1548
• Afonso de Lucena * c. 1570
• Afonso de Lucena Ramos Ascensão * 1992
• D. Afonso de Lucena, alcaide-mór de Portel e Évoramonte * bp. 1610
• Alberto de Lucena
• Alejandro Gómez y Lucena
• Alexandre Cardoso Martha de Lucena e Vale * 1964
• Alexandre de Lucena e Vale
• Alexandre Pessoa de Lucena e Vale
• Alexandre Soares de Oliveira de Lucena e Vale * 1992
• Alfonso de Lucena de Alvarado, o Coxo * c. 1470
• Alfonso O' Donnell y Armada, 7. conde de Lucena * 1984
• Álvaro da Cunha Cardoso de Lucena * c. 1560
• Álvaro de Lucena
• Ana Alexandrina Botelho de Lucena
• Ana Botelho de Lucena
• Ana Cândida de Lucena Mouta Cardoso
• Ana Cristina Moniz Lucena Rebelo e Silva * 1958
• Ana Júlia Cardoso de Lucena
• Ana de Lucena

33
• Ana de São Joaquim de Barbosa Montenegro de Melo Faro e Lucena
• Ana Marcelina Botelho de Lucena
• Ana Maria Botelho de Lucena
• Ana Maria Empis de Lucena * 1948
• Ana de São Joaquim de Barbosa Montenegro de Melo Faro e Lucena
• António de Melo Macedo Faro e Lucena
• Armandina Vilhegas de Lucena Pereira de Melo de Figueiredo Taborda
• Baltazar de Lucena
• Baltazar de Lucena
• Belchior Calheiros de Lucena
• Belchior da Fonseca de Lucena
• Benedita Nunes de Matos de Lucena * 1990
• Beringela de Lucena * c. 1530
• Beringela de Lucena * c. 1560
• Bernarda de Lucena
• Bernardo d' Aguiar Lucena * 1979
• D. Bernardo António de Lucena Almada de Noronha Faro * 1686
• Bernardo Fernandes Homem de Lucena * 1960
• Bernardo Ferrão de Lucena
• Bernardo Joaquim Cardoso da Veiga de Lucena Mergulhão
• D. Bernardo de Lucena
• Blanca O' Donnell y Diaz de Mendoza, 4ª condesa de Lucena
• Branca Saraiva de Lucena * c. 1560
• Braz de Lucena + 1578
• Brites de Lucena
• Brites de Lucena
• Brites de Lucena
• Brites de Lucena
• Cândida Cardoso de Lucena Vilhegas * 1862
• Carlos Manuel de Lucena e Leme Côrte-Real * 1931
• Carlota Bobone de Lucena * 1989
• Carlota Emília Soares de Albergaria Sodré da Gama de Faria Sousa
Lucena de Barros e Vasconcelos * 1839
• Casimira de Melo Cabral de Lucena
• Catarina Amaral de Lucena * 1978
• Catarina de Lucena
• Catarina de Lucena
• Catarina de Lucena Sotomaior * c. 1550
• Catarina da Ressurreição de Lucena
• Catarina Saraiva de Lucena
• Catarina Teresa de Vasconcelos Sá e Lucena
• Cisero Henrique de Lucena
• Clara Fernandes de Lucena
• Clemente de Lucena Vian * 1979
• Cristóvão Calheiros de Lucena
34
• Cristovão de Lucena
• Cristovão de Matos de Lucena * c. 1610
• Cristovão de Matos de Lucena * c. 1675
• Custódio Calheiros de Lucena
• Damião Botelho de Lucena * c. 1620
• Delfim Maria Maya de Lucena * 1940
• Diego Fernandez de Cordoba, señor de Chillon, Espejo e Lucena, alcaide-
mor de los Doncelles * c. 1390
• Diego Sifontes y Lucena
• Diogo de Azevedo e Lucena
• Diogo Cardoso de Lucena Correia Botelho
• Diogo José Fernandes Homem de Lucena * 1949
• Diogo de Lucena
• Diogo de Lucena Ferreira
• Domingas de Lucena
• Domingos de Lucena * c. 1530
• Domingos de Matos de Lucena * c. 1590
• Duarte de Lucena Loureiro e Vasconcelos * 1895
• Duarte Luis Empis de Lucena * 1952
• Duarte Nunes de Matos de Lucena * 1985
• Elisa de Lucena da Cunha Ribeiro
• Elisa de Lucena Vilhegas
• Emília Augusta Teixeira de Lucena Beltrão * 1853
• Emília de Lucena
• Emília de Lucena * 1878
• Emília de Lucena Vilhegas
• Emílio de Lucena * 1883
• Estevão Cordeiro de Lucena
• Estevão Mire de Lucena
• Feliciana de Lucena y Castroviejo
• Fernanda Maria de Lucena e Vale + 1980
• Fernando Alberto da Cunha Baptista de Lucena de Almeida e
Vasconcelos * 1927
• Fernando Augusto Pereira de Lucena Alves do Rio * 1916
• Fernando de Lucena Loureiro e Vasconcelos * 1896
• Fernão de Lucena
• Fernão de Lucena
• Fernão de Lucena * c. 1440
• Fernão de Lucena, o Velho * c. 1500
• Fernão de Matos de Lucena
• Fernão Vasques de Lucena * c. 1380
• Filipa Goulart de Medeiros de Lucena * 1983
• Filipa Lucena Cancela de Abreu
• Filipe Maria Empis de Lucena * 1954
• Francisca de la Concha y Lucena, 2ª vizcondesa de la Montesina
35
• D. Francisca de Lucena Noronha e Faro Manoel de Almada * c. 1780
• Francisca Seabra Durão de Lucena Rocha * 1994
• D. Francisco António de Lucena de Noronha e Faro * bp. 1651
• Francisco Baptista de Lucena * c. 1775
• Francisco Botelho de Lucena
• Francisco Botelho de Lucena
• Francisco Cardoso de Lucena Correia Botelho
• D. Francisco Eugénio de Noronha Faro e Menezes de Lucena
• Francisco Fernandes de Lucena
• D. Francisco de Lucena
• Francisco de Lucena
• Francisco de Lucena * c. 1570
• Francisco de Lucena * 1870
• Francisco de Lucena * 1907
• Francisco de Lucena * 1949
• Francisco de Lucena de Carvalho
• Francisco Lucena da Costa Campos
• D. Francisco Lucena Faro * 1851
• Francisco de Lucena Homem
• Francisco de Lucena e Sá
• Francisco Pereira de Lucena Noronha e Faro Cota Falcão * 1810
• Francisco de Sousa de Lucena de Carvalho
• Francisco Tavares de Lucena
• Francisco Xavier Cardoso de Araújo e Lucena
• Francisco Xavier Maya de Lucena * 1943
• Gaspar de Carvalho e Lucena
• Gaspar de Lucena
• D. Genoveva Maria de Lucena
• Gertrudes de Lucena Pinto Mergulhão * c. 1815
• Gonçalo de Lucena * 1941
• Gonçalo de Lucena e Vasconcelos
• Gonçalo Maria d' Aguiar Lucena * 1983
• Grácia de Lucena * c. 1440
• Guiomar de Lucena
• Guiomar Nunes de Lucena
• Henrique Pereira de Lucena
• Henrique Pereira de Lucena, 1º barão de Lucena * 1835
• Henriqueta Barbosa de Lucena
• João Botelho Monteiro de Lucena * bp. 1789
• João Carlos Mire de Lucena
• João Carvalho de Lucena
• João de Lucena
• João de Lucena
• João de Lucena
• João de Lucena * c. 1500
36
• João de Lucena * 1549
• João de Lucena * 1903
• João Manuel dos Santos Lucena * 1936
• João Maria Brito e Cunha de Lucena e Vale * 1971
• João Maria do Carmo Vieira de Lucena e Vale * 2001
• João Roberto Lucena Ferreira de Magalhães Queiroz * 1952
• João Rodrigues de Lucena
• Joaquim Botelho de Lucena * 1831
• D. Joaquim Eugénio de Lucena e Almada * c. 1720
• Jorge António Empis de Lucena * 1949
• Jorge de Lucena * c. 1868
• José Alexandre Cardoso de Almeida e Lucena * c. 1780
• José Alexandre Cardoso de Lucena e Melo Vilhegas
• José Alexandre de Lucena Vilhegas e Vale
• José de Almeida Correia de Sá Lucena * 1921
• José António Bernardo Cardoso Lucena Araujo Correia Botelho
• José Botelho de Lucena * 1718
• José Cardoso de Lucena de Almeida e Melo * c. 1820
• José Diogo d' Aguiar Lucena * 1986
• José Diogo Cardoso de Lucena Correia Botelho * c. 1750
• José Joaquim de Gouveia Couraca Osório Lucena e Mello
• José Joaquim Teixeira de Lucena Beltrão * 1821
• José de Lucena * 1748
• José Luis Pessoa de Lucena e Vale * 1937
• José Manuel Pereira de Lucena Alves do Rio * 1913
• José Maria Bobone de Lucena * 1996
• José Maria Chaves da Cunha de Lucena e Vale * 2000
• José Maria Maya de Lucena * 1941
• José Maria Soares do Amaral Cardoso de Lucena e Araújo Correia
Botelho
• D. José Martinho de Lucena Almada e Faro de Castro * c. 1750
• José Martinho Pereira de Lucena Alves do Rio * 1876
• José Martinho Pereira de Lucena Noronha e Faro Cota Falcão * 1806
• Miguel * 1984
• José Moniz Lucena e Silva * 1941
• José Pedro de Lucena * 1951
• José Silvério Lucena e Silva
• José Vital Cavalcante Lucena * 1959
• Josefa Gertrudes Botelho de Lucena
• Josefa de Lucena
• Josefa Maria Cardoso de Araújo e Lucena * c. 1735
• Juan Martínez de Argote, 7. señor de Espejo, 2. señor de Lucena, 2.
alciade de los Donceles * c. 1340
• Júlia Teresa Saraiva Cardoso de Lucena Correia Botelho
• Julia Teresa Sariva Lucena Araujo * c. 1790
37
• Lázaro Cardoso de Lucena Correia Botelho
• Leonor Amaral de Lucena * 1982
• Leonor da Apresentação de Lucena
• Leonor de Lucena
• Leonor de Lucena
• Leonor de Lucena
• Leonor Maria Telo Rasquilha de Lucena * 1984
• Leonor Mendes de Lucena
• Leonor Mendes de Lucena * c. 1540
• Leonor Mendes de Lucena * c. 1570
• Leonor Petronilla de Lucena y Pissa-Veintimiglia * bp. 1681
• Leonor Santos de Lucena * 1937
• Libânia Peregrina Angélica Lucena Cardoso
• Lourenço José de Lucena Cardoso de Menezes * 1970
• Lucília Maria de Lucena e Vale * 1901
• Luis Beltrão de Gouveia e Lucena
• Luis Botelho de Lucena
• Luís Botelho de Lucena
• Luís Botelho de Lucena
• Luis Cardoso de Araújo e Lucena
• Luis Cardoso de Lucena
• Luis Cardoso de Lucena
• Luis de Lucena e Vale
• Luis Maria Ricardo de Brito e Cunha Lucena e Vale * 1968
• Luisa Cardoso de Araújo e Lucena
• Luisa Cardoso de Lucena Correia da Fonseca * c. 1660
• Mabel Clara Arden Lucena + 1963
• Madalena Amaral de Lucena * 1989
• Mafalda Chaves da Cunha de Lucena e Vale * 2003
• Manuel Cabral Botelho de Lucena * 1874
• Manuel Cabral de Lucena e Sampaio
• Manuel Cardoso de Lucena da Fonseca * c. 1600
• Manuel Ernesto Empis de Lucena * 1945
• Manuel Henrique Pessoa de Lucena e Vale
• Manuel Henriques de Lucena
• Manuel João Maya de Lucena * 1938
• Manuel de Lucena
• Manuel de Lucena
• Manuel de Lucena + 1601
• Manuel de Lucena * c. 1525
• Manuel de Lucena * 1943
• Manuel de Lucena de Carvalho * c. 1610
• Manuel Luis Lucena de Carvalho * c. 1590
• Manuel Pereira de Lucena Noronha e Faro Cota Falcão * 1807
• Marcos de Azevedo de Lucena + 1578
38
• Margarida Cabral Botelho de Lucena * c. 1880
• Margarida Leonie Gilliard de Lucena Alves do Rio * 1909
• Margarida de Lucena de Magalhães e Vasconcelos * 1902
• Margarida Maria Empis de Lucena * 1955
• Margarida de Melo Cabral de Lucena
• Margarida Saraiva de Lucena
• Maria Albina Lucena Cardoso + 1838
• María Alfonso de Argote, señora de Espejo e Lucena * bp. 1365
• Maria Amália de Lucena Freire Beltrão
• Maria Ana Augusta de Brito e Cunha Lucena e Vale * 1975
• Maria Ana Augusta de Melo Noronha Faro e Lucena
• Maria da Assunção de Lucena Shearman de Macedo * 2007
• Maria Beatriz do Carmo Vieira de Lucena e Vale * 1999
• Maria Bernarda Cardoso de Lucena Correia Botelho
• Maria Bernarda Ferreira Lucena
• Maria Cardoso de Lucena Correia Botelho
• Maria do Carmo Carolina de Mendonça Cardoso Pinto de Sousa Coutinho
e Noronha Faro Lucena e Lencastre + 1872
• Maria do Castelo Gilliard de Lucena Alves do Rio * 1907
• Maria do Castelo Pereira de Lucena de Noronha e Faro Cota Falcão *
1844
• Maria do Céu Sá Pinto de Vasconcelos Lucena Beltrão Benevides de
Sousa * 1874
• Maria Corrêa Mendes de Lucena * 1970
• Maria Correia de Lucena
• Maria das Dores Cardoso de Lucena Vilhegas
• Maria Elisa Lucena e Silva * 1941
• Maria Eugénia de Almeida Correia de Sá de Lucena
• Maria Eugénia Maya de Lucena * 1942
• Maria Fernanda Pessoa de Lucena e Vale
• Maria Florinda Cabral de Lucena e Sampaio
• Maria Francisca Cardoso Martha de Lucena e Vale
• Maria de Freitas Moreira Empís de Lucena
• Maria Georgina de Lucena
• Maria da Graça de Lucena e Vale Correia Tito
• Maria da Graça Maya de Lucena * 1939
• Maria Helena Rosado de Lucena e Vasconcelos
• Maria Henriques de Lucena * 1643
• Maria Inácia Fernandes Homem de Lucena * 1964
• Maria Inês Lucena Ferreira de Magalhães Queiroz * 1961
• Maria Inês de Lucena Ramos Ascensão * 1995
• Maria Inês Themudo Baptista Lucena Ferreira * 1932
• Maria Isabel de Brito e Cunha Lucena e Vale * 1982
• Maria Isabel Fernandes Homem de Lucena * 1947
• Maria de Jesus Botelho de Lucena * 1832
39
• Maria de Jesus Correia de Sá de Lucena * 1909
• Maria João de Lucena * 1958
• Maria Jorge Cabral de Lucena e Sampaio
• Maria José de Brito e Cunha Lucena e Vale * 1969
• Maria de la Presentacion Lucena
• Maria Leonor Soares de Oliveira de Lucena e Vale * 1990
• Maria de Lucena
• Maria de Lucena
• Maria de Lucena
• Maria de Lucena Alves do Rio * 1873
• Maria de Lucena Correia Botelho
• Maria de Lucena Rangel
• Maria Lucinda de Lucena e Melo
• Maria Luisa de Brito e Cunha Lucena e Vale * 1977
• Maria Luisa Emília Cardoso de Lucena Araújo e Melo * c. 1780
• Maria Luísa de Lucena e Vale Correia Tito
• Maria Margarida Cabral de Lucena e Sampaio
• Maria Margarida Lucena Pereira Cabral * 1909
• Maria Martina de Pereyra Lucena y Vieira
• Maria Martina de Pereyra Lucena y Vieira
• Maria Pereira de Lucena * 1808
• Maria Perpétua da Veiga Cardoso de Lucena * c. 1735
• Maria do Presépio de Lucena
• Maria Rita de Lucena Ramos Ascensão * 2007
• Maria Saraiva de Lucena
• Maria Teresa Correia de Sá de Lucena e Leme Côrte-Real * 1929
• Maria Teresa Empis de Lucena * 1947
• Maria Teresa de Lucena Ramos Ascensão * 1999
• Maria Vilhegas de Lucena Pereira de Melo
• Mariana Amaral de Lucena * 1977
• Mariana Botelho de Lucena * 1834
• Mariana Correia de Sá de Lucena e Leme Côrte-Real * 1928
• Mariana Fernandes Homem de Lucena * 1951
• Mariana de Lucena * 1982
• Mariana de Lucena Líbano Monteiro * 1993
• D. Mariana Plácida de Lucena Noronha e Faro
• Marta Corrêa Mendes de Lucena * 1968
• Marta Lucena
• Marta Lucena Pinto Coelho * 1976
• Martim Afonso de Lucena
• Martim Afonso de Lucena
• Martim Fernandes de Lucena
• Martim de Lucena Vian * 1981
• Martin Fernandez de Cordoba, 4. señor de Chillon, 10. de Espejo e 5. de
Lucena, alcaide-mor de los Doncelles * c. 1420
40
• Martinho Cardoso de Lucena da Cunha * c. 1630
• Matilde Fernandes Homem de Lucena * 1958
• Matilde de Lucena Líbano Monteiro * 1985
• Matilde Nunes de Matos de Lucena * 1989
• Miguel de Lucena
• Miguel de Lucena * 1954
• Miguel de Lucena Coelho Dias * 1974
• Miguel de Lucena e Leme Côrte-Real * 1944
• Mónica de Lucena Coelho Dias * 1985
• N.. de Lucena
• D. N de Lucena Noronha e Faro
• Nuno Gonçalo Mire de Lucena
• Nuno Joaquim de Lucena * 1947
• Patricia de Lucena Coelho Dias * 1981
• Paulo Fernandes Homem de Lucena * 1956
• Pedro Cardoso Martha de Lucena e Vale
• Pedro Joaquim Santos de Lucena * 1941
• Pedro de Lucena Alfaro Sotomayor
• Pedro de Lucena Coelho Dias * 1975
• Pedro Maria de Brito e Cunha Lucena e Vale * 1973
• Pedro Maria Telo Rasquilha de Lucena * 1989
• Pedro Saraiva de Lucena * c. 1525
• Pedro Themudo Lucena Ferreira de Magalhães Queiroz * 1956
• Pilar de Lucena Líbano Monteiro * 1988
• Ricardo de Lucena
• Rita Bobone de Lucena * 1991
• Rita Fernandes Homem de Lucena * 1954
• Rodrigo António de Lucena Cardoso de Menezes * 1974
• Rodrigo Fernandes Homem de Lucena * 1952
• Rodrigo de Lucena
• Rodrigo de Lucena * c. 1380
• Rodrigo de Lucena Ramos Ascenção * 1997
• Rosa Benedita Pereira de Lucena Cota Falcão * 1805
• Rosa Silva Rios y Pereyra de Lucena
• Salvador de Almeida Correia de Sá de Lucena * 1911
• Salvador Bobone de Lucena * 1998
• Salvador de Lucena * 1939
• Salvador Lucena Cancela de Abreu
• Sebastião de Lucena
• Sebastião de Lucena * c. 1500
• Sebastião de Lucena de Azevedo
• Sebastião de Lucena de Azevedo
• Sebastião de Lucena de Azevedo * c. 1560
• Sofia Eugénia de Lucena Cardoso de Menezes * 1972
• Susana Mire de Lucena
41
• Teodósia Cardoso da Fonseca de Lucena
• Teodósio de Lucena
• Teotónio Cardoso de Lucena de Araújo Correia Botelho * c. 1700
• Teresa Inácia Carvalho de Lucena
• Tiago Orlando Ferreira Lucena e Silva * 1983
• Tomás Botelho Monteiro de Lucena
• Tomás Maria Telo Rasquilha de Lucena * 1986
• Tomás Tiago Goulart de Medeiros Empis de Lucena * 1988
• Tristão Cardoso de Lucena * c. 1580
• Vanda Lucena e Silva * 1967
• Vasco Fernandes de Lucena
• Vasco Fernandes de Lucena * c. 1350
• Vasco Fernandes de Lucena * c. 1410
• Vasco Fernandes de Lucena * c. 1420
• Vasco Fernandez de Lucena * c. 1470
• Vasco Fernandes de Lucena * c. 1530
• Vasco Manuel de Lucena *

Anexo 4: Bibliografia

1. Aguinis, Marcos. A saga do marrano. Um retrato da Inquisição na América Latina.


São Paulo, Editora Palíndromo Ltda, 2005

2. Ahituv, Shmuel. Edited by. Historical Atlas of the Jewish People. New York. The
Continuum Publishing Group Inc. 2003

3. Azevedo, J. Lucio de. História dos Cristãos-Novos Portugueses. Obras


Completas. 3ª. Edição. Lisboa, Clássica Editora, 1989

4. Barreto e Noronha, José Feliciano de Castilho. João de Lucena. 2 vols. Rio de


Janeiro, Livraria de B.L. Garnier, Editor. 1868.

5. Bethencourt, Francisco. História das Inquisições. Portugal, Espanha e Itália.


Séculos XV-XIX. São Paulo. Companhia das Letras, 2000.

6. Bíblia Sagrada. 18ª. Edição. São Paulo, Editora Claretiana, 1971.

7. Dines, Alberto. 1. Vínculos do Fogo. Vol.I. Antonio José da Silva, O Judeu, e


outras histórias da Inquisição em Portugal e no Brasil. São
Paulo, Companhia das Letras, 1992.

2. A Fênix ou o eterno Retorno. 460 anos da presença judaica em


Pernambuco. Coord. Com Moreno-Carvalho, Francisco e Falbel,
Nachman. Publicações Monumenta. 2001.

8. Faiguenboim, G.,Valadares, P., Campagnano, A.R. Dicionário Sefarardi de


Sobrenomes.2ª. ed. Revisada. São Paulo, Fraiha, 2004
42
9. Gonsalves de Mello, José Antonio. Gente da Nação. Cristãos-novos e judeus em
Pernambuco 1542-1654. Recife, Fundação Joaquim Nabuco, 1996.

10. Grinberg, Kelia. Org. Inquisição, imigração e Identidade. Rio de Janeiro, Editora
Civilização Brasileira, 2005.

11. Herculano, Alexandre. História da Origem e Estabelecimento da Inquisição em


Portugal, 3 vols. Lisboa, Bertrand, 1979.

12. Loewenstamm, Kurt. Vultos Judaicos no Brasil. Tempo Colonial. Rio de Janeiro,
1949.

13. Martins, Jorge. Portugal e os Judeus. 3 vols. Documenta Histórica.Lisboa,


Editora Nova Veja, 2006.

14. Mateus, Susana Bastos e Pinto, Paulo Mendes. Lisboa, 19 de Abril de 1506. O
Massacre dos Judeus. Lisboa, Aletheia Editores, 2007.

15. Nascentes, Antenor. Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa. Tomo II


Nomes próprios. Rio de Janeiro, Livraria São José, 1952.

16. Novinsky, Anita. - Cristãos Novos na Bahia: A Inquisição no Brasil. São Paulo,
Ed. Perspectiva, 1992.
- Inquisição.O Rol dos Culpados.Fontes para a História do
Brasil. Ed. Expressão e Cultura, 1992.

17. Pieroni, Geraldo. Banidos. A Inquisição e a Lista dos Cristãos-Novos condenados


a viver no Brasil. Rio de Janeiro, Bertrand Brasil, 2003.

18. Poliakov, Leon. De Cristo aos Judeus da Corte. História do anti-semitismo I .


São Paulo, Ed. Perspectiva, 2007.

19. Rheingantz, Carlos G. Primeiras Famílias do Rio de Janeiro ( séculos XVI e XVII)
2 vols. Rio de Janeiro, Livraria Brasileira Editora, 1967.

20. Rosal, Jesus Peleal Del. (ed.) Los Judios y Lucena – Historia, Pensamiento y
Poesia. Córdoba, Edicionas El Almendro. 1988.

21. Roth, Cecil. Histoire dês Marranes. 2ème édition. Paris, Liana Levi, 1992.

22. Silva. Lina G. F. da. Heréticos e Impuros. A Inquisição e os cristãos-novos


no Rio de Janeiro.Século XVIII. Rio de Janeiro, divisão de Editoração.
C/DGDI. 1995.

23. Varnhagen, Franciso A. História Geral do Brasil. Terceira edição integral. 5 vols.
São Paulo, Companhia Melhoramentos de São Paulo. s/d

24. Wolff, Egon e Frida. Dicionário Biográfico. Judaizantes e Judeus no Brasil.


1500-1808. Copyright Egon e Frida Wolff, 1968.

43
25. Züquete, Afonso E. M. Armorial Lusitano. 4ª. Edição. Lisboa, Edições Zairol,
2004.

Outras fontes:

Arquivo da Torre do Tombo. Outubro 2007

Arquivo da Cidade do Rio de Janeiro.

Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro

Real Gabinete Português de Leitura

44

Você também pode gostar