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Caracterização etnofarmacológica e fitoquímica do

Plantago Major

Otto Edner Alves Dos Santos

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade Anhanguera de São Paulo - UNIAN,


tendo por objetivo o cumprimento obrigatório da matriz curricular do Curso de Farmácia.

RESUMO

As plantas medicinais constituem uma importante alternativa terapêutica para o


tratamento das doenças. O domínio do conhecimento empírico e o registro dessa
busca é registrado ao longo da evolução humana em obras como a mais antiga
legislação civil que se tem conhecimento, o Código de Hamurabi (2000 a.C.), e o
mais importante escrito medico-farmacêutico da antiguidade o papiro de Ebers (1500
a.C.). O objeto deste trabalho foi a intenção de levantar uma série de informações
das características botânicas, etnofarmacológicas e fitoquímicas do Plantago major,
planta herbácea conhecida como Tanchagem, apesar da origem européia se adapta
bem ao clima temperado ou subtropical, prevalecente na maior parte do território
brasileiro, sendo assim facilmente cultivada no Brasil. Sua utilização popular
abrange indicações como antibiótica, antiinflamatória, anti-séptica entre outras.
Dentre as pesquisas abordadas podem-se observar propriedades químicas
condizentes com tais aplicações terapêuticas, bem como estudos que reforçam a
possibilidade de efeitos antimicrobianos atribuídos ao Plantago major.
Palavras-chave: Plantago major, fitoterapia, fitoquímica, antimicrobianos.

INTRODUÇÃO

O uso de plantas para a cura de enfermidades ou para a morte de inimigos nos


remete aos primórdios da civilização humana, desde os contos lendários sobre a Guerra de
Tróia e o uso por Aquiles, herói grego, da planta Achilleia millefolium com a intenção de
estancar o sangramento de seus companheiros feridos em batalha, uso este referenciado
nos dias atuais, com o advento de pesquisas cientificas dentre as quais segundo SILVA et al,
(1995). A infusão de folhas feitas esta indicada como analgésico, antiespasmódico,
digestivo, diurético, anti-séptico, adstringente, emoliente e agente de cura, bem como para o
tratamento de hemorróidas, passando por contextos históricos como a condenação do
celebre filosofo grego Sócrates, obrigado a suicidar-se ingerindo quantidade letal de Cicuta
maior (Conium maculatum), planta com reconhecida toxicidade proveniente de seus
alcalóides entre os quais a conicina. No século XVI, o médico farmacologista Theophrastus
Bombastus Von Hohenheim, conhecido como Paracelsus (1490 a 1541) passou a
implementar um nova concepção em termos de tratamentos terapêuticos com drogas. Ele
começou a aplicar o uso de substâncias químicas para corrigir os problemas apresentados
por seus pacientes utilizando para isso de preparos químicos até então ignoradas como
ácidos, sais minerais entre outras, preparadas por processos como destilação ou
fermentação, técnicas inovadoras naquele momento histórico que marcaria o início do
desenvolvimento da química farmacêutica (HOERNER, 2007). Entretanto, a pesquisa
sistemática, envolvendo o isolamento dos princípios ativos vegetais iniciou-se no século XIX,
quando o farmacêutico alemão Fridiech Wilheim Setürner procurava no Ópio, a substância
responsável por sua ação hipnótica (SIANI, 2003). A evolução e o desenvolvimento dos
medicamentos até alcançarem as características estruturais dos dias atuais percorreu um
longo caminho trilhado de forma escalonar. No início os vegetais eram utilizados de forma
primitiva ou seja como eram encontrados no seu ambiente natural, com o passar do tempo
percebeu-se que poderiam ser concentrados para melhorar a intensidade e uniformidade de
seus efeito. Com o avanço das inovações tecnológicas e desenvolvimento de técnicas
avançadas de investigação e extração química dos componentes, foi possível o isolamento
e utilização de novas substâncias ativas que puderam ser utilizadas como matéria prima
direta ou ainda como protótipos de moléculas sinteticamente elaboradas (TYLER, 1999).
Depois da II Guerra Mundial houve uma difusão dos fármacos sintéticos, representada pelo
avanço dos antibióticos e da vacinação em massa, causando a ilusão de que a tecnologia
moderna havia vencido a guerra contra a doença e terapias naturais perderam o prestígio e
a credibilidade (FARIA, 1998). No fim do século XX e o início do século XXI foram marcados
pelo grande avanço na ciência e da tecnologia e pelos impactos que estas causaram na
medicina. No entanto, apesar de todo esse desenvolvimento, em diversos casos a medicina
ainda se mostra incapaz de resolver os problemas de saúde. Apesar de altas tecnologias
terem sido incorporadas aos sistemas de diagnóstico e terapias, pesquisas mostram que
cresce a insatisfação das pessoas com os custos dos tratamentos, com a falta de
humanização do atendimento médico, além da desconfiança em relação ao risco/beneficio
de determinados tratamentos farmacológicos. A sensação geral da população atendida é a

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falta de troca de informações entre o médico e o paciente, informação esta que desempenha
papel fundamental na eficácia do tratamento como um todo (FIGUEIREDO et al., 2003).

A resistência dos microrganismos patógenos preocupa cada vez mais o meio


médico-científico, podendo destacar como possíveis motivos para este preocupante quadro
a resistência como um fenômeno espontâneo agravado pela seletividade de amostras
resistentes, somado ao uso incorreto e desordenado de antimicrobianos resultando em um
crescente aumento na incidência e intensidade das infecções causadas por esses
microrganismos, tal situação têm estimulado a pesquisa com plantas medicinais como uma
área promissora para a descoberta de novos agentes capazes de renovar as terapias
vigentes, uma vez que o atual arsenal de drogas apresenta claros sinais de ineficiência e
ineficácia no combate a atividade microbiana (FREITAS et al., 2002). Dentro deste conceito
as plantas e seus extratos vegetais que já apresentaram importância histórica para o
desenvolvimento da área farmacêutica continuarão a ter papel fundamental como possíveis
substâncias ativas em modelos de desenvolvimento de novos fármacos bem como fonte
direta de matéria-prima para medicamentos seja no papel principal de fármacos, na
obtenção de adjuvantes ou ainda de medicamentos fitoterápicos (SCHENKEL et al., 2001).

Cerca de 119 ativos químicos puros extraídos de plantas superiores são utilizadas na
medicina em todo o mundo, considerando que a experiência que propícia tais descobertas
esta diretamente ligado ao conhecimento do uso extratos brutos utilizados para o tratamento
de uma ou mais doenças em humanos (FARNSWORTH et al., 1988). Considerados
aspectos históricos da evolução da relação entre plantas e a humanidade tomaremos como
objeto central de nosso estudo o Plantago major, planta herbácea da família
Plantaginaceae, atinge entre 15 a 25 cm de altura, vivaz, caule aparente; folhas dispostas
em forma de ramalhetes, radicais, pecíolos longos, bordos levemente recortados,
ondulados, forma ovular, percorridos por nervuras curvilíneas, pronunciadas na face superior
e ainda mais na basal, cor verde-cana pálida; flores pequenas, cor branco-amareladas,
reunidas em espigas, com ráquis atingindo até 0,40 m; raiz fasciculada e frutos tipo
cápsula. Prefere solos arenosos, ricos em matéria orgãnica e com boa umidade (BIESKI,
2005). O infuso das folhas é usado como gargarejo no combate às inflamações
da boca, garganta, gengivas sangrentas e parótides (FREITAS, 2002).

A abrangência de compostos biologicamente ativos inclui polissacarídeos, lipídios,


derivados do ácido caféico, flavonóides, glicosídeos iridóides, terpenóides,
alcalóides e ácidos orgânicos, além da presença significativa de ácido ascórbico e
carotenóides, tal exuberância de síntese biológica confere variadas propriedades
terapêuticas ao extrato da planta incluindo cicatrização de feridas, anti-inflamatória,

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analgésica, anti-oxidante, antibiótico, imuno modulação e atividade anti-ulcerosa
sendo parte desses efeitos aproveitados na medicina popular (SAMUELSEN, 2000).

A etnobotânica e a etnofarmacológia como base da pesquisa cientifica do


Plantago major

Segundo Amorozo (1996) a etnobotânica é definida como sendo o estudo do


conhecimento e das conceituações desenvolvidas por qualquer sociedade a respeito
do ambiente natural e seus recursos vegetais, englobando tanto a maneira como as
populações classificam as plantas, como as formas de uso que dão a elas. A
característica básica do estudo etnobotânico é o contato direto com as populações
tradicionais, resgatando todo conhecimento possível sobre a relação de afinidade
entre habitantes e plantas (OLIVEIRA, 2010). A partir de uma direcionamento
proporcionado pelo estudo etnobotânico é possível focar a pesquisa nos agentes
biologicamente ativos iniciando assim a etnofarmacologia, que a partir de estudos
fitoquímicos e farmacológicos permite investigar quais são as substancias responsáveis pelo
seu efeito terapêutico, sua eficácia e segurança (ELISABETSKY, 2003). Dentro deste
mapeamento terapêutico do P. major as propriedades bactericidas descritas no uso popular
como tratamento de afecções das vias aéreas inferiores e superiores como amigdalite,
faringite e traqueíte ou ainda afecções da pele como dermatoses, erisipela e úlceras estão
relacionadas a monoterpenos iridoides como a aucubina, mais especificamente a aglicona
liberada por uma β-glicosidase que promove a hidrolise do glicosídeo liberando a
aucubigenina, considerando que a aucubina apresenta uma concentração superior na parte
aérea e nas folhas mais jovens da planta. Também é atribuído a esta substância uma ação
antialérgica através da inibição da 5-lipoxigenase, uma enzima fundamental responsável
pela síntese de peróxidos e leucotrienos. Os taninos presentes justificam sua utilização para
tratamento de hemorróidas pela ação hemostática, de gengivite e estomatite ou ainda
diarréia devido à propriedade adstringente formando revestimento protetor controlando a
fermentação intestinal. Os polissacarídeos pécticos (pectinas): glucomannas,
arabinogalagtano e ramnogalacturonano presentes nas folhas representam as
mucilagens de interesse farmacológico no tratamento de tosse, catarro, bronquite e
desintoxicação das vias aéreas superiores de fumantes devido a uma ação protetora das
mucosas inflamadas nas vias respiratórias, inibindo a atuação de substancias rubefacientes.
As antraquinonas presentes nas sementes permitem o uso como laxativo, pois
quando ingeridos na forma de glicosídeos antraquinônicos são hidrolisados por

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enzimas intestinais agindo no local promovendo ação revulsiva sobre as células da
musculatura lisa do intestino aumentando o peristaltismo e diminuindo a absorção de
água, sais de sódio e potássio propiciando a constituição de fezes amolecidas.
O compostos polifenólicos encontrados nas folhas como a acido clorogênico tem
reconhecida capacidade de reduzir os riscos de desenvolvimento de diabetes mellitus, uma
hipótese para tal relação consiste que o acido clorôgenico exerceria ação reguladora no
gradiente eletroquímico de sódio nas vilosidades intestinais, que é responsável pelo
transporte ativo de glicose, assim um provável efeito de determinados fenóis possa
postergar a absorção da glicose deslocando seu sítio de absorção para segmentos mais
distais do intestino (GARAMBONE e ROSA, 2007). Os flavonóides presentes como a
flavona vicenina (apigenina-6,8-C-diglicosídeo) podem estar relacionados com o potencial
de reduzir os riscos de doenças cardiovasculares e neurodegenerativas relacionadas ao
estresse oxidativo, uma hipótese para tal propriedade terapêutica seria a capacidade de
estabilizar radicais livres e espécies reativas de oxigênio tornando a vicenina um
antioxidante natural. O triterpenóide acido ursólico alem de apresentar ação
antiinflamatória possui ação diurética justificando o uso do P.major na cistite e
nefrite e ação hepatoprotetora por intermédio da diminuição da necrose de células
parenquimatosas do fígado, redução da fibrose e prevenção da cirrose crônica
através de intensa regeneração celular.

Fitoquímica, a busca pelos segredos das propriedades farmacológicas do


Plantago major

Fitoquímica é a área responsável pelo separação e estudo dos princípios


ativos das drogas vegetais. Esses princípios ativos são provenientes do
metabolismo secundário dos vegetais, conferindo proteção para as plantas (proteção
contra ataques de insetos e herbívoros, contra radiação ultravioleta, proteção contra
doenças). As plantas possuem diversas vias metabólicas secundárias que dão
origem a diversos compostos como alcalóides, flavonóides, isoflavónoides, taninos,
cumarinas, glicosídeos, terpenos e poliacetilenos, que são específicos de
determinadas famílias, gêneros ou espécies e cujas funções até pouco tempo eram
desconhecidas (SIMÕES et al., 2002). O processo de isolamento e reconhecimento
destes constituintes químicos se inicia com a preparação de extratos vegetais, pode-
se recorrer a inúmeras metodologias, sendo que um dos métodos considerados
mais adequados para a análise fitoquímica é a preparação de um extrato

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hidroalcoólico (etanol/agua), por se aproximar dos métodos remanescentes das
pesquisas etnobotânicas e etnofarmacologicas, no entanto os solventes usados
podem variar de acordo com a polaridade do composto a ser extraído,
posteriormente a extração pode ser por maceração ou percolação, as soluções
extrativas são filtradas e, em seguida, o solvente é evaporado em evaporador
rotativo, para posterior análise fitoquímica qualitativa. Dentro da diversificada
composição química das partes do P. major destacam-se o ácido ursólico, um
triterpenóide presente nas folhas cerosas da planta (SAMUELSEN, 2000). O ácido
ursólico obtido a partir de um extrato hexano do P. major demonstrou efeito
significativo de inibição da cicloxigenase diretamente sobre a atividade enzimática
em um teste de fracionamento direcionado de bioatividade, ressalta-se que também
foi observado seletividade pela COX-2, propiciando assim a possibilidade de seu uso
como um anti-inflamatório seletivo (RIMGBOM et al., 1998). Navarro et al., (1998)
comprovaram clinicamente o efeito anti-inflamatório e antibacteriano do colutório a
base de uma tintura de P. major sobre microrganismos da placa dental e gengivite,
sugerindo a utilização do P. major como suplemento efetivo para o controle da
gengivite e da placa bacteriana supra gengival. LEZAMA et al., (2006) demostrou
que um extrato hexano foi capaz de inibir o crescimento da Escherichia coli,
enquanto esse mesmo tipo de extrato hexano foi capaz de aumentar a concentração
em cultura de células da medula óssea e do baço de ratos, caracterizando o efeito
hematopoiético. A espécie P. major é utilizada popularmente para o tratamento
caseiro de queimaduras, disenteria, diarréias, e infecções da boca e garganta.
Estas propriedades terapêuticas justificam a sua atividade antimicrobiana frente
ao Staphylococcus aureus, microrganismo associado a graves infecções como:
septicemia, bacteremia, endocartite e pneumonia (MADIGAN, 1997).
A sensibilidade apresentada pelos inoculos de Staphylococcus aureus frente
ao extrato hidro-alcoólico do P. major foi bastante significativa, quando comparada a
uma solução padrão de ciprofloxacina. Os resultados obtidos vieram confirmar a
ação bactericida da planta, que deve ser melhor estudada para disponibilizar o seu
uso como uma alternativa terapêutica (FREITAS et al., 2002). De acordo com um
artigo de revisão sobre imuno-estimulantes de plantas medicinais superiores, o P.
major foi previamente investigado quanto a modulação da resposta imune por um
polissacarídeo ativo. O polissacarídeo isolado aumentou a fagocitose em cerca de
15 a 50% em dois modelos de teste IN VITRO e a maior taxa de estimulação foi

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alcançada com uma solução aquosa a 0,1mg/ml. Os tipos de polissacarídeos
investigados não foram declarados (WAGNER, 1987). De forma contextual a
fitoterapia é a área da medicina mais promissora nos últimos anos e continuara
sendo nos próximos anos tendo em vista a evolução dos estudos científicos
baseados em pesquisas etnofarmacologicas que direciona os estudos químicos e
farmacológicos, que por sua vez comprovam de forma conclusiva e eficácia das
plantas medicinais usadas na medicina popular com finalidade de curar
enfermidades (CECHINEL e YUNES, 1998).

METODOLOGIA

Este trabalho compreendeu uma revisão bibliográfica em pesquisa qualitativa


a nível descritivo a partir de fontes secundárias obtidos por meio de artigos, teses,
dissertações, periódicos, livros e pesquisa de dados em sites referenciados pela
comunidade acadêmica.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente trabalho apresentou a proposta de concentrar informações e


pesquisas referenciadas a respeito do P. major buscando não apenas uma
abordagem das tendências farmacológicas dos próximos tempos, uma vez que as
atuais terapias dão claras amostras de esgotamento de eficácia e eficiência,
motivando o estudo e validação de novos fármacos capazes de combater a ameaça
da resistência microbiana, mas também uma sincronização com as tendências de
desenvolvimento sustentável, uma vez que a fitoterapia representa uma vertente real
do convívio simbiótico entre homem e o meio ambiente. Os estudos etnobotânicos e
etnofarmacológicos permitem a evolução da fitoterapia como ciência, e a ampliação
e direcionamento dos estudos voltados para a descoberta de novas moléculas
ampliando o leque de possibilidades da química farmacêutica. A fitoterapia devido ao
seu próprio conceito de beneficiamento mútuo e respeito ao meio ambiente,
apresenta a peculiar capacidade de transformar o seu âmbito promovendo um rastro
positivo quanto aos aspectos sócio-econômicos, trata-se de uma irrefutável
ferramenta de desenvolvimento para todos os povos dos países subdesenvolvidos e
notadamente uma vantajosa opção para evolução da indústria farmacêutica

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nacional. O P. major é um claro exemplo de deste tipo de possibilidade, pois suas
propriedades químico-medicinais possibilitam a criação de medicamentos
inovadores com “know-how” nacional contrariando a retórica brasileira de ser um
pais com amplos recursos minerais e vegetais exportador de matéria-prima bruta
como drogas vegetais de baixo valor agregado e importador de “commodities”
industrializadas como fármacos ou medicamentos de síntese com alto valor de
mercado. No que tange ao uso do P. major como medicamento fitoterápico tal qual
medicamentos análogos no mercado como Pelargonium sidoides (Umckan®,
Kaloba®) é necessário o preparo de monografia oficial embasando estudos
agronômicos, botânicos, farmacológicos e toxicológicos para que então se possa
avançar para ensaios clínicos conclusivos que possam validar sua eficácia e
segurança para uso clinico.

ABSTRACT

Ethnopharmacological characterization and phytochemical the Plantago Major

Medicinal plants are an important therapeutic alternative for the treatment of


diseases. The domain of empirical knowledge and the record of this search is
recorded throughout human evolution in works such as the oldest civil legislation is
known, the Code of Hammurabi (2000 BC), and the most important medico-
pharmaceutical writing of ancient times papyrus Ebers (1500 BC). The object of this
work was intended to raise a lot of information of the botanical characteristics,
ethnopharmacological and phytochemical of Plantago major, herbaceous plant
known as Plantain, despite European origin is well suited to the temperate or
subtropical climate prevailing in most of Brazil and is thus easily grown in Brazil. Its
popular use covers indications as antibiotic, anti-inflammatory, antiseptic and others.
Among the discussed research can be observed chemical properties consistent with
such therapeutic applications, as well as studies that reinforce the possibility of
antimicrobial effects attributed to Plantago major.

Keywords: Plantago major, herbal medicine, phytochemical, antimicrobial.

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