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MORTIFICAÇÃO
Santidade
Comentário Bíblico/prático
1.a Ed. 1999.
Direitos Autorais reservados ao Autor.
VERDADES EDIÇÕES
= A Mortificação da carne
= A Mortificação da carne ll
= Transformação da mente
= Tentação
= Inclinação
= Jesus o Senhor
ILTON GONÇALVES, ThD; DD: Teólogo, Ministro do Evangelho (Convenção Geral das Assembléias de
Deus no Brasil. Convenção Mineira), nasceu em Três Corações - M.G., em um lar cristão no dia 12 de
junho de 1963, casado com Claudia e pai de Jonara e sogro de do Ev. Leonardo Gonçalves da Silva.
Quando jovem trabalhou por muito tempo com evangelismo e recuperação de viciados em drogas e
depois servindo ao Senhor em diversas localidades como pastor (incluindo um período na Argentina)
atualmente é pastor presidente da Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Santa Rita do Sapucaí-
MG.
CAPITULO I
A carne, podemos defini-la como a soma total dos instintos do homem, não
como vieram das mãos do Criador, e, sim, como são na realidade, pervertidos e feitos
anormais pelo pecado. Representa a natureza humana não regenerada. É a aberração
desses instintos e faculdades dadas por Deus que forma a base do pecado.
Exemplo:
A Palavra de Deus considera o verdadeiro cristão como um morto para este mundo
quando diz: Porque já estais mortos, e a vossa vida escondida com Cristo em Deus, Cl
3:3.
Estamos em uma luta ferrenha não só com as forças do mundo espiritual mas
também com nossos desejos carnais, desejos estes de que pouco se fala na Teologia
da Libertação ou no movimento Nova Era.
Assim, mortificação para esses é um espinho inaceitável, Deus não é assim tão
exigente, dizem; mas acontece que é, Deus é inflexível no que tange a Santidade,
palavra que encontramos desde o Gênesis até ao Apocalipse, e a expressão maior
está em simples palavras registradas em I Pd 1:16:
“Sabendo isto: que o nosso velho homem foi com Ele crucificado, para que o corpo do
pecado seja desfeito, a fim de que não sirvamos mais ao pecado”, - Rm 6:6.
“E vos vivificou, estando vós mortos em ofensas e pecados, em que, noutro tempo,
andastes, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito
que, agora, opera nos filhos da desobediência; entre os quais todos nós também, antes,
andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos, e
éramos por natureza filhos da ira, como os outros também. Ef 2:1-3.
“Adúlteros e adúlteras, não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra
Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitue-se inimigo de Deus”, - Tg
4:4
.
Enquanto o homem justificado viver nesta terra terá a cada dia que dar morte
aos seus desejos ilícitos e deixar fruir a nova vida que Cristo lhe deu e que quer que
este viva.
Biblicamente, o coração pode ser considerado como algo que abarca a totalidade
do nosso intelecto, emoção e volição. Portanto o coração é o centro do intelecto, o
centro das emoções e o centro da vontade humana.
Observe o leitor que pode haver o risco de um irmão ter um coração mau e
infiel por falta de vigilância, por não estar atento em dar morte aos velhos desejos que
sempre lutam para tornarem a imperar e nos afastar do Deus vivo.
“Antes – escreve Paulo - “exortai-vos uns aos outros todos os dias, durante o tempo
que chama Hoje, para que nenhum de vós se endureça (seja endurecido) pelo engano do
pecado” - Hb 3:13.
“Conta-se de que certa vez havia um homem que se queixava todas as noites da
fadiga do dia. - Qual é, pois, perguntou-lhe um amigo - a causa de tuas queixas? Que
trabalho tão duro fazes que te aborreças tanto?
- Oxalá - exclamou o outro - que todos levássemos este trabalho a sério e nos
fatigássemos tanto contra o inimigo de todos os dias”.
“Já estou crucificado com Cristo; e vivo. não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a
vida que agora vivo na carne (natureza humana) vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me
amou e se entregou a si mesmo por mim”, Gl. 2:20.
A MORTIFICAÇÃO DA CARNE ll
CAPÍTULO ll
O termo “mortificação”, não trata do aspecto físico da carne, mas diz respeito
aquela inclinação para a prática de obras más, a “a natureza carnal”. É o campo de
ação do diabo; é o campo de atração para as suas tentações.
Paulo diz: “Mortificai, pois os vossos membros que estão sobre a terra”. Os
membros de nosso corpo são facilmente seduzidos pelas paixões da carne, e se
tornam instrumentos de prostituição, adultério, fornicação, apetites desordenados,
idolatria e avareza.
O cristão que deseja ter vitória sobre os ímpetos de sua carne, precisa mortificar
a força sedutora e indutora do pecado sobre os membros do seu corpo. É a “carne” o
inimigo que faz o crente tropeçar e viver em acirrado combate, impedindo-o de manter
uma vida de santificação; é pois dando morte aos desejos pecaminosos que ele vai
viver em uma vida santa e justa.
“Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado, para que a graça seja mais
abundante? De modo nenhum! Nós que estamos mortos para o pecado, como
viveremos ainda nele? Pois que? Pecaremos porque não estamos debaixo da lei, mas
debaixo da graça? De modo nenhum” -. Rm 6:1-2,15.
“Assim também vós, considerai-vos como mortos para o pecado, mas vivos
para Deus, em Cristo Jesus, nosso Senhor”, Rm 6:11.
Se você é um crente autêntico, você morreu para o pecado e precisa dar prova
disso.
A fé que não se identifica com a morte de Cristo, não é uma fé verdadeira. Você
não pode crer e continuar inalterado em sua forma de viver! Se realmente você está
morto, sua nova vida lhe dá nova natureza, portanto o “pecar” se lhe torna “anti-
natural”. Já não se sente “confortável” fazendo as coisas que fazia antes.
É sobre esta batalha e sobre o plano de justiça de Deus para o crente em seu
viver diário que estamos falando. Diz respeito a santificação, mortificando a carne,
impedindo que o pecado que perdeu o seu trono volte a reinar. De novo, na carta do
apóstolo Paulo aos Romanos 12:12 diz:
“Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, para lhe obedecerdes
em sua concupiscência; (13) - nem tampouco apresenteis os vossos membros ao
pecado por instrumentos de iniquidade; mas apresentai-vos a Deus, como vivos dentre
os mortos, e os vossos membros a Deus, como instrumentos de justiça.”
“Não permitais que o pecado reine em vosso corpo mortal, para que não obedeçais
aos seus desejos”.
Aos pecadores convertidos! - E que diz Ele? - Diz que ainda temos livre-
arbítrio, mesmo depois de salvos! Diz Ele que, como crentes, ainda temos de
escolher, dia após dia, a que senhor obedeceremos!
O cristão não pode de si mesmo viver uma vida santa. A força de vontade é uma
força fraca! O homem necessita de ajuda para viver uma vida reta. Paulo é claro ao
dizer que se nós apresentar-mos os nossos membros como instrumentos de iniquidade
então seremos servos do pecado.
“Porque o pecado não terá domínio sobre vós, pois não estais debaixo da lei,
mas debaixo da graça”.
Em Hebreus 12:1 ele fala para deixarmos o “pecado que tão de perto nos
rodeia” - dai chegamos a conclusão de que os nossos desejos precisam passar pelo
filtro da Palavra de Deus e sob a orientação do Espírito - e então “considerarmos” o
que deve ser feito.
Mesmo depois que cremos e nos tornamos novas criaturas; mesmo depois que
nos convertemos e somos contados como justos; mesmo depois de voltarmos a face a
Deus e nos encontramos no caminho da vida eterna, a antiga natureza com seus
antigos desejos ainda estarão, dentro de nós.
Se, porém, cremos e obedecemos, ela está morta! Ela ainda esta ali, porém
sua vida passou. Ela não tem poder sobre nós porque está morta! Mas temos de nos
lembrar de que a nova natureza só estará morta se a “considerar-mos” morta. Se ela
tentar falar, não devemos dar-lhe ouvidos. Devemos “contá-la” como morta. Se ela
tentar ativar-se em nossa vida, devemos “mortificá-la”, isto é, causar-lhe a morte
mediante a recusa em permitir-lhe qualquer “exercício”!
Certo jovem chegando para o seu pastor disse com voz embargada: Pastor,
sinto que dentro, em mim, existem dois homens lutando.
Entendestes tu também?
Amigo leitor, considerar-se como morto para o pecado é não mais viver na
prática dele. Para o cristão verdadeiro existe novidade de vida: um caminho limpo a
palmilhar, uma santificação como alvo.
“E, libertados do pecado, fostes feitos servos da justiça”, Rm 6:18; “Mas, agora,
libertados do pecado e feitos servos de Deus, tendes o vosso fruto para santificação, e
por fim a vida eterna”, Rm 6:22.
A TRANSFORMAÇÃO DA MENTE
CAPITULO III
“E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação
do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita
vontade de Deus”.
“Não imitem a conduta e os costumes deste mundo, mas seja, cada um, uma
pessoa nova e diferente, mostrando uma sadia renovação em tudo quanto faz e
pensa. E assim vocês aprenderão de experiência própria; como os caminhos de Deus
satisfazem vocês”.
Aqui entendemos que é necessário que tenhamos uma mente renovada, isto é,
mente sã. Renovação da mente fala da mudança no interior:
“O homem bom, do bom tesouro do seu coração, tira o bem, e o homem mau,
do mau tesouro do seu coração, tira o mal, porque da abundância do seu coração fala
a boca”, - Lc 6:45.
“Lava o teu coração da malícia, ó Jerusalém, para que sejas salva; até quando
permanecerão no meio de ti os teus maus pensamentos?”, - Jr 4:14.
“Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se
detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores”, Sl 1:1.
“De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo
Jesus”.
Jesus sentiu total aversão ao pecado, havia proposto em seu coração jamais
ceder aos caprichos da natureza humana, carnal. Ele venceu, nos deu garantia de que
também nós podemos vencer se conformar-mos nossa mente à maneira de Deus
pensar. Portanto amigo leitor, não deixe que os prazeres inebriantes deste mundo te
dominem.
“Antes tem o seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de
noite”, - Sl 1:2.
Uma vez dentro do coração a impureza gera a impureza. Temos como exemplo o
pecado de Davi, sem pormenorizar as conseqüências de sua queda, mas o que o
levou a cair; sem vigilância, irresponsável, não indo para a guerra. Pecou com os
olhos e com a mente vendo uma mulher casada tomar banho, um pecado oculto no
coração (mente) deu luz ao pecado externo de adultério. Em poucas semanas mandou
matar o esposo, Urias. Quando Deus revelou seu pecado, Davi reconheceu sua
impureza e que era muito grande para vencê-la sozinho. Então clamou:
Nesta oração ele declarou que seu problema tinha raiz lá no seu coração.
“Pensai nas coisa que são de cima e não nas que são da terra; porque já
estais mortos, e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus”, Cl 3:2-3.
“Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é
justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma
virtude, e se há algum louvor, nisso pensai”, - Fp 4:8.
Literalmente “seja isso que ocupe vosso pensamento”. Devemos fixar nossa
mente nas coisas lá de cima, e deixar que nossas atitudes sejam determinadas por
elas. Devemos estimar, julgar, olhar e considerar tudo, partindo da perspectiva
celestial.
Entendemos então, que, aqueles que tem entregado seu corpo em sacrifício vivo e
têm sido transformados pela renovação da mente, podem dizer como Paulo:
“Certo senhor comprou uma casinha onde encontrou um poço com uma bomba.
Quando os estava examinando, passou uma vizinha e disse:
- O senhor não deve usar desta água, porque é imprestável. O homem que antes
morava aqui e sua família usaram-na e todos se envenenaram.
- É verdade, disse o proprietário – mas logo arranjarei tudo isto. Comprou tinta,
pintou muito bem a bomba, tapou os buracos, ficando tudo muito bonito ao
passar a última mão de tinta. Então, disse a si mesmo.
- Agora estou seguro de que tudo ficará bem”.
Pois bem, é isto que está fazendo o pecador ou as religiões sem a verdadeira
mudança que a Palavra de Deus proporciona. Tratam de pintar e remendar sua velha
natureza, que sempre o inclina para o mal e lhe inspira idéias torpes.
Assim como o proprietário necessitou de um novo poço para ter a boa água, assim
o pecador necessita de um novo coração para ter a vida eterna.
TENTAÇÃO
CAPITULO IV
Tentar:
v. 1. Tr. dir. Empregar os meios para obter (o que se deseja); diligenciar, empreender.
2. Tr. dir. Pôr à prova; experimentar.
Sabemos que tentação e pecado são aliados. A tentação não é pecado, mas
pode induzir ao pecado. O pecado é gerado no interior do homem quando atraído
pelos seus próprios desejos. Constantemente somos tentados por pensamentos
negativos. Enquanto estivermos no mundo estaremos expostos a tentação. Temos que
estar alertas. A Bíblia diz:
Talvez surja a pergunta: Porque Jesus foi tentado pelo diabo? John Broadus, em
seu comentário de Mateus, página 123, responde a essa questão da seguinte maneira:
“(1) Ele daria, pela tentação, prova de sua verdadeira humanidade, de que
possuía uma alma humana.
(2) Seria parte do seu exemplo a nós.
(3) Faria parte de sua disciplina pessoal.
(4) Faria parte de sua preparação para ser um intercessor compassivo, Hb 2:18;
4:15.
(5) Era parte da grande batalha na qual “a semente da mulher pisaria a cabeça
da serpente”, - Gn 3:15.
Aprendemos com a tentação de Jesus que devemos ter sempre em mente o senso da
vontade de Deus. Nada devemos fazer que contrarie a soberana vontade do Pai
celeste. Se Jesus cedesse às provações satânicas, certamente prejudicaria todo o
plano divino. É assim que Satanás opera em nossos dias: procura compelir-nos a
galgar lugares e posições fora do tempo, a tomar decisões precipitadamente e, acima
de tudo, a contrariar a soberana vontade de Deus.
Também devemos nos deter um pouco sobre o assunto “sedução”; ainda que
falemos pouco sobre ele. É de suma importância observar seu valor.
Por que sedução? - Porque essa é a forma mais discreta de o diabo induzir-
nos ao pecado. As tentações dificilmente virão sobre nós para que cometamos
pecados como estupros, roubos, assassinatos, etc... - Geralmente o diabo nos tenta
com as coisas que a nossa natureza carnal deseja. - Temos desejos, os mais diversos
e, portanto, devemos estar atentos (atentar.1)- v. 1. Tr. dir. “Aplicar com atenção”
(olhar, ouvido, mente). 2)-. Tr. ind. e intr. “Refletir sobre”; considerar, ponderar) - para
que não sejam fontes ilícitas para o pecado.
“ Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o
amor do Pai não está nele. Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da
carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo.
E o mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus
permanece para sempre”.
Foi através dessa via que Satanás procurou seduzir Jesus quando o Senhor
jejuava no deserto. O desejo de sua carne era comer pão, pois Ele estava há 40 dias
sem comer. Mas Jesus não se deixou dominar pela sedução de Satanás, vencendo-o
pelo poder da Palavra de Deus, (Mt 4:3). - Assim mortificou, matou, deu morte ao
desejo que naquele instante poderia ser fatal a todos nós.
Por essa via Satanás conseguiu enganar Adão e Eva. Gênesis 3:1-12 relata de
modo claro os passos que levaram o casal feliz e livre a se tornar escravo dos apetites
da natureza terrena. (1) Olhou - “vendo a mulher que a árvore era boa para se
comer e agradável aos olhos”, - 3:6. (2) Desejou - “árvore
desejável para dar entendimento”, - 3:6. (3) Tomou - “tomou do se fruto”, - 3:6. (4)
Comeu - “tomou do seu fruto e comeu, e deu a seu marido, e ele comeu com ela”, -
3:6.
Como já vimos, esta é a ostentação dos bens, jactância, busca de exaltação nas
riquezas e na posição social, ou com supostas realizações espirituais, desejo pelo
“Vossos olhos se vos abrirão e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal”, - Gn 3:5.
Era uma oferta de Satanás para induzir o primeiro casal ao mesmo erro que ele,
o diabo, cometera e fôra expulso da presença de Deus. É um perigo quando o crente
acha que não precisa de Deus, e que pode resolver seus problemas sozinho. Por isso
não se atreva a dar um só passo sem a aprovação de Deus.
“Não sobreveio tentação sobre vós, senão humana; mas fiel é Deus que vos
não deixará tentar acima do que possais suportar”, - I Co 10:13.
Há um hino da Harpa Cristã, n.º 75 que a letra é digna de meditar-mos. Diz assim:
“Tentado não cedas, ceder é pecar, melhor e mais nobre, será triunfar. Coragem ó
crente, domina o teu mal; Deus pode livrar-te de queda fatal.
Em Jesus tens a palma da vitória, minh’alma; e também doce calma pelo
sangue da cruz.
Evita o pecado; procura agradar a Deus a quem deves no corpo exaltar; não
manches teus lábios com impura voz; defende tua alma do vício atroz.
Sê manso e benigno, qual morto até. Na Rocha Eterna, firma tua fé; verás é teu
dito: de Deus é teu ser? Te espera coroa, tu podes vencer.
Cair:
Induzir:
v. 1). Tr. dir. “Persuadir à prática de alguma coisa; aconselhar, instigar”. 2). Tr. dir.
“Causar, incutir, inspirar”.
Me.ter:
[met'er] vt “meter, pôr, introduzir, colocar”. vpr “meter-se, esconder-se; aventurar-se”.
Coloq. “a todo, meter a todo vapor, a toda velocidade”.” meterse uno donde no le
llaman”, - meter-se onde não é chamado.” “meter la pata,” “colocar a pata, cometer um
erro”
.
“Vigiai e orai para que não entreis em tentação”, Lc 22:40.
“Deixem de amar este mundo mau e tudo o que ele lhes oferece, pois quando vocês amam
estas coisas mostram que realmente não amam a Deus; porque todas estas coisas
mundanas, estes maus desejos - loucura pelo sexo, a ambição de comprar tudo que atrai
vocês e o orgulho que resulta da riqueza e do prestígio - não provém de Deus, e sim do
próprio mundo pecaminoso. E este mundo está perecendo, e estas coisas más e proibidas
perecerão com ele, mas todo aquele que perseverar em fazer a vontade de Deus viverá para
sempre”.
A m é m !...
“Os que vivem segundo a carne têm suas mentes voltadas para o que a carne
deseja; mas os que vivem de acordo com o Espírito têm suas mentes voltadas para o
que o Espírito deseja. A inclinação (modo de pensar) da carne é morte, mas a
inclinação do Espírito é vida e paz; a inclinação da carne é inimiga de Deus porque
não se submete à lei de Deus, nem pode fazê-lo. Os que são dominados pela carne
não podem agradar a Deus”, - Rm 8:5-8 – ( NVI ).
“Mas vejo outra lei atuando nos membros do meu corpo, guerreando contra a lei da
minha mente, tornando-me prisioneiro da lei do pecado que atua em meus membros”, Rm
7:23 – ( NVI ).
Este versículo faz uma descoberta terrificante: “A consciência do homem não pode
livrá-lo da dificuldade!” Na batalha entre a “consciência” e a “carne”, a carne sempre
sai vencendo! Finalmente, em desespero, Paulo clama: “Miserável homem que sou!
Quem me libertará do corpo sujeito a esta morte? Rm 7:24 –NVI. É terrível servir à lei
de Deus com a mente (consciência) e ao mesmo tempo servir à lei do pecado com o
nosso corpo!
Todavia, é exatamente isso que muitos cristãos fazem, e não sentem alegria ou
vitória, porque confiam na lei para salvá-los. São miseráveis por que a lei os coloca
sob constante condenação, (Rm 8:1).
Para obter êxito é necessário morrer (dar morte) para o pecado (velho homem).
“Morto para o pecado” não significa que o pecado, no cristão tenha zerado. Isso seria
perfeição absoluta. O apóstolo Paulo ensina aos Romanos (6:2) que estamos “mortos
para o pecado”. Essa fraseologia era muito comum entre judeus, gregos e romanos.
Para esses povos, “morrer” para uma pessoa, ou coisa, significava separar-se
totalmente, não ter mais nada com a situação anterior. Morrer para o pecado não
significa que o pecado morreu, mas sim que nós morremos para ele. Como o pecado
não morre, ele sempre está lutando para voltar ao seu trono, e Paulo aos Romanos
6:12 diz:
“Portanto, não permitam que o pecado continue dominando os seus corpos mortais,
fazendo que vocês obedeçam aos seus desejos”, - ( NVI ).
Isso significa que o novo nascimento é o divisor de águas entre o velho homem e
a nova vida em Cristo. Não temos mais nada com o mundo, assim como Israel não
tinha mais nada com Egito; o mar Vermelho por onde passaram os dividiu, separou;
(assim também como o sangue de Jesus Cristo nos separou, livrou do pecado). –
Contudo, Israel desejava voltar para o Egito, para a servidão, Vezes sim, vezes não,
“inclinavam-se” (pendiam, cediam) para o forte desejo de voltarem à escravidão.
“Pois vocês morreram e agora a sua vida está escondida com Cristo, em
Deus. Quando Cristo, que é a sua (nossa) vida for manifestado, então vocês também
serão manifestados com ele em glória. Assim. façam morrer tudo o que pertence à
natureza terrena de vocês: imoralidade sexual, impureza, paixão, desejos maus e a
cobiça, que é idolatria”, Cl 3:3-5 – ( NVI ).
Como pode alguém estar morto para o pecado e, ao mesmo tempo, continuar a
viver nele?
Não é possível o cristão viver do mesmo modo que vivia antes de conhecer a
Jesus.
seus atos pecaminosos praticados sob ignorância serão perdoados. Deus os perdoa
mediante o sangue de Jesus Cristo.
Mas, e aí?
Bom, quando isso acontece estes não vivem mais sob o jugo da carne com seus
desejos e obras pecaminosas, mas estão livres para produzirem o fruto do Espírito, o
qual não é fruto de uma imposição religiosa ou de qualquer sistema legalista, mas que
é algo de Deus. Então segue-se a purificação.
“Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados
e nos purificar de toda injustiça (Ação injusta)”, - I Jo 1:9.
Por isso o apóstolo Paulo tanto falou sobre inclinação. É por isso que Amós no
seu livro, capítulo sete, viu um prumo nas mãos do Senhor. Deus estava colocando
esse prumo para “saber” para que lado o povo se inclinava, se para os ídolos ou para
Ele.
Toda pessoa sabe que quando se põe um prumo em uma parede não é para se
ver a base (pois base é base) mas para ver a inclinação. Pode haver uma boa base,
mas se a parede estiver inclinada ela cairá, a base permanecerá mas a parede ruirá.
Em teu lar?
Nos teus negócios?
Em tua vida conjugal?
No teu ministério?
Note que a base é uma, a parede é outra. De que adianta uma boa base e uma
parede inclinada? O prumo, instrumento de medir inclinação é colocado sempre de
cima para baixo. Da forma como está em cima, precisa estar em baixo; como está em
baixo tem que estar em cima.
O Mestre disse:
“Seja feita a tua vontade aqui na terra, como ela é feita no céu”...
A inclinação para o velho homem faz com que obedeçamos os desejos carnais. O
apóstolo Paulo fala muito sobre o velho homem crucificado. Romanos 6:6
“Sabemos isto: que o velho homem foi com ele crucificado, para que o corpo do pecado seja
desfeito, afim de que não sirvamos mais ao pecado”.
Ninguém pode argüir um cadáver de ter maus desejos ou um coração
depravado. A passagem de Romanos 6:6 não deve ser confundida com Gálatas 5:24
pois em Romanos 6:6 o apóstolo fala de algo que já nos aconteceu, enquanto que, em
Gálatas, ele fala de algo que acontece com todos os que são crucificados com Cristo.
Romanos fala de morte definitiva, legal ( cravado, abolido legalmente) , e é algo
passado; enquanto que em Gálatas 5:24 diz respeito à morte moral, que é continua,
repetitiva. Essa morte espiritual do cristão (Rm 6:6), com respeito à santidade, é morte
para o pecado, e a de Gálatas 5:24 é a mortificação do “eu”.
Uma vez mortos para o pecado, devemos nos identificar com Cristo. Romanos 6:8-
11 o apóstolo faz uma analogia. “Sepultados com ele pelo batismo na morte” significa
que estamos identificados com Cristo na sua morte. Da mesma maneira, fomos
ressuscitados com ele na sua ressurreição (vers. 9-10). Diante disso, vem a
conclusão:
“ considerai-vos como mortos para o pecado; mas vivos para Deus, em Cristo Jesus nosso
Senhor. (vers. 11)”.
Agora devemos dominar o pecado. Antes éramos dominados por ele; mas agora,
nós é que devemos dominá-lo.
Em romanos 6:12-14 diz:
“Portanto, não permitam que o pecado continue dominando seus corpos mortais, fazendo que
vocês obedeçam aos seus desejos. Não ofereçam os membros dos seus corpos ao pecado,
como instrumentos de injustiça; antes ofereçam a Deus como quem voltou da morte para a
vida; e ofereçam os membros dos seus corpos a ele, como instrumentos de justiça. Pois o
pecado não os dominará, porque vocês não estão debaixo da lei, mas debaixo da graça”,
NVI.
“assim foram alguns de vocês. Mas foram lavados, santificados, justificados no nome do
senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus”. 1Co 6:11
“Não reine portanto o pecado em vosso corpo mortal” (Rm 6:12),
Cristo nos libertou do poder do pecado, mas, se nós começar-mos a inclinar para a
carne, demonstramos que estamos abusando de nossa liberdade cristã, e o abuso
dessa liberdade leva o cristão a libertinagem.
Liberdade não é fazer o que se quer, mas o que se deve. Liberdade sem disciplina é
anarquia. Liberdade sem responsabilidade, e desordem; responsabilidade com Deus
(espiritual) e com os homens (moral). Liberdade sem controle, é libertinagem,
depravação. Liberdade sem autoridade é abuso, é exeder; temos que estar debaixo da
autoridade de Deus e sua Palavra. Toda liberdade sem limite torna-se em prisão; sexo
sem limite é uma permissividade, uma desgraça.
O melhor exemplo de liberdade que temos aqui é a roda do carro que só esta livre
enquanto estiver presa no eixo; ou podemos também entender que o trem só está livre
enquanto estiver nos trilhos.
Caro leitor, o homem só está realmente livre se estiver no “eixo” da Palavra de Deus.
Ainda que chegues a inclinar para a carne ou se já estás inclinado, não permaneça
nessa posição, volte-se para Deus. Inclinação para a carne é morte, mas inclinação
para o Espírito é vida e paz.
Caro leitor, o mais importante para Deus é estarmos andando, diariamente, dentro da
sua vontade, guiados pelo Espírito, porque assim poderemos entregar e confiar o
nosso futuro e cada decisão da vida em suas mãos. E Ele cuidará de tudo, “Entrega
teu caminho ao Senhor, confia nele e ele tudo fará”, Sl 37:5. Caminho é tudo aquilo
que você era, que é, e que será; tudo aquilo que você tinha, tem e terá; tudo isso tem
que ser entregue a ele, sob seu domínio e ele tudo fará.
Diante disso, não procure a vontade de Deus, mas pratique-a.
“Todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esse são filhos de Deus”, Rm 8:14.
Esse versículo não está dizendo que os filhos de Deus são guiados pelo Espírito. Diz
sim, em ordem invertida, que aqueles que são guiados pelo Espírito, são filhos de
Deus. Isso significa que um crente, se não está sendo guiado pelo Espírito de Deus,
talvez nem seja um filho de Deus.
Como Deus nos guia? Se obedecemos às condições impostas por Ele, isto é, se
somos sacrifícios vivos, se não estamos fazendo as coisas da maneira que o mundo
faz e se as nossa mentes estão sendo transformadas, Deus vai nos guiar. Todavia,
isso não acontece num piscar de olhos. Deus usa de muitas maneiras para confirmar
Seu guiar. Por isso, é perigoso chegar para alguém e afirmar-lhe que o Espírito de
Deus o dirigiu para dizer-lhe algo. Muitas pessoas usam expressões como estas
para manipular os outros e até mesmo o Espírito. Então, temos que tomar muito
cuidado quando dissermos que o Espírito Santo nos está dirigindo. Talvez até
estejamos certos, mas não podemos colocar a questão diante dos outros sem deixá-
los verificar se o que estamos falando procede de Deus.
Fazer a vontade de Deus, mesmo que pareça doloroso, nos traz muita alegria. “A
inclinação do Espírito é vida e paz”. O nosso maior desejo deve ser o de agradar a
Jesus em nossas vidas. Isto envolve sofrimento, significa carregar a cruz diariamente
e “morrer” para nós mesmos. Deus quer que estejamos totalmente sob seu controle,
para que Ele possa nos guiar.
Sempre lembrando que moer significa: v. 1. Tr. dir. Pisar, triturar, reduzir a pó. 2. Tr.
dir. Extrair, por meio de prensa, o suco de...
Gl 5:17 – NVI “Pois a carne deseja (têm aspirações) o que é contrário ao Espírito; e o
Espírito, que e contrário a carne. Eles estão em conflito um com o outro, de modo que vocês
não fazem o que desejam”.
Essas forças, carne e Espírito lutam constantemente uma com a outra, afim de
ganharem o domínio sobre ele (o crente) ; os seus desejos nunca estão livres das
pressões dessas forças. Já vimos aos Romanos 7:13-25, que a natureza pecaminosa
(concupiscência da carne) deseja sempre coisas erradas. Por isso, queremos fazer as
coisas ruins que são justamente o oposto das coisas que o Espírito Santo nos manda
fazer.
A luta é essa: A carne contra o Espírito e o Espírito contra a carne. O vencedor
dessa luta deve ser, naturalmente, o Espírito. Paulo diz :
“Por isso digo: Vivam pelo Espírito, e de modo nenhum satisfarão os desejos da carne”, Gl
5:16-NVI. Na versão da Bíblia de Jerusalém lemos assim:
“Ora, eu vos digo, conduzi-vos pelo Espírito e não satisfareis os desejos da carne” .
Dizem que a maioria das pessoas fazem o certo só porque o certo é mais fácil
fazer, o dia em que o certo tornar-se difícil então elas fazem o errado. Falando sobre o
que devemos mortificar, vamos nos deter em uma palavra que conhecemos bem de
perto. Já ouviu esta palavra quantas vezes? Sabe qual é? VÍCIO.
O que é?
VÍCIO:
s. m. 1. Defeito que torna uma coisa ou um ato impróprios para o fim a que se
destinam. 2. Tendência habitual para o mal. 3. Hábito de proceder mal. 4. Costume
condenável ou censurável. 5. Desmoralização, libertinagem. 6. Dir. Defeito capaz de
invalidar um ato jurídico.
VICIOSO:
(ô), adj. 1. Que tem, ou em que há vícios. 2. Corrupto, depravado. 3. Oposto a certos
preceitos ou regras.
Em outras traduções lemos em lugar de vício, erro. Temos então que em Daniel
não encontraram nenhuma tendência para o mal. Em suma vícios são hábitos
perniciosos, tendências negativas, elas estão enraizadas em nossa e em nosso corpo
devido ao pecado e que são difíceis de “deixar”.
Tendo sua origem no pecado (levados a tudo imitar); encontrando apoio em falsos
conceitos de educação, de sociabilidade, pelos quais se estabelecem modelos,
padrões. Levados a tudo imitar, iniciamo-nos nos vícios pela imitação, esta suscitada
pelo temor de ser diferente.
Massificados pela educação tradicional, apavoramo-nos ante a possibilidade de
marginalização. Ser diferente dos que fumam, dos que bebem, dos que jogam,
significa estar psicologicamente só, e disto temos medo, Ap 21:8.
Queremos estar em segurança, e os vícios, como os conceitos generalizados, por
serem de “todo mundo”, conferem essa segurança. Mas tudo é instável. A duração é
relativa, nunca absoluta. Tudo nasce, tudo morre. Tudo tem um instante de esplendor
e depois fenece, 1Jo 2:15-17.
Quando nos tornamos fundamente cônscios dessa instabilidade, então buscamos a
verdadeira segurança, JESUS CRISTO, e já não precisamos estabelecer valores fixos,
já não necessitamos buscar segurança através dos vícios, Sl 46:1.
Somos gulosos, avarentos, lascivos, irosos, cobiçosos dos bens alheios, invejosos,
preguiçosos, egoístas, maledicentes, mentirosos, soberbos. Esses vícios são ocultos.
Nem tanto, procuramos disfarçá-los ao máximo, para que não se tornem muito
evidentes.
GULA:
Damos o nome de necessidade proteínica, ou talvez, menos cientificamente,
desculpamo-la com os imperativos sociais (num banquete, num jantar, num almoço
“temos” de comer e beber) ou com os chamados “Prazeres da mesa”, sem os quais,
dizemos, a vida não tem beleza, ou a tem muito pouca. Para a maioria, viver é gozar;
e, entre outras coisas, gozar é comer. Admiramos os gastrônomos, homens em geral
muito gordos que comem até sacos de batatas, quilos de macarrão, vários frangos,
metade de um boi, tudo regado com muitos litros de vinho ou barris de chope. (Pv
23:20; 28:7; Lc 21:34). Nossa admiração deriva do que em psicologia se chama
empatia (s. f. Psicol. Tendência para sentir o que sentiria outra pessoa caso se
estivesse na situação experimentada por ela). Identificamo-nos com aquilo que
aprovamos.
AVAREZA:
LASCÍVIA:
Significa: Sensualidade, seguir os desejos e as más paixões até o ponto de não ter
vergonha, nem decência alguma, 11Co 12:21.
COBIÇA:
Cobiça dos bens alheios deriva da nossa concupiscência e é o fruto mais visível da
nossa inveja, Jó 5:2; Êx 20:17; Hc2:9.
Temo-la muito forte desde pequeninos, quando nos ensinaram a comparar e
a imitar. Toda a nossa pseudo-educação baseia-se na comparação, na competição, na
emulação
(s. f. 1. Sentimento que incita a imitar ou a exceder outrem. 2. Estímulo. 3. Rivalidade.),
consequentemente, na inveja. A inveja aborrece a excelência a qual não pode
alcançar.
Não há dúvida de que às vezes a inveja dá seus frutos. Dela possuído, pode o homem
insuflar em si mesmo uma grande força e transformá-la em fruto de sucesso. Mas é
um fruto podre, e a podridão é irreversível. Desenvolvida a inveja, ela dela própria se
alimenta, donde a sua insaciabilidade. Sempre existe alguém à nossa frente, segundo
os parâmetros sociais. Sempre alguém mais rico, mais glorioso, mais inteligente, mais
sábio, e o suplício do invejoso é lutar por alcançar o que lhe vai à dianteira, e a sua
desgraça é o não consegui-lo nunca, Gn 4:6-7.
Podes entender porque é necessário mortificar o sentimento de inveja?
EGOÍSMO:
Egocentrismo, o girar em torno de si mesmo, tudo referir ao próprio eu. Não raro o
justificamos com a necessidade de se gostar de si mesmo, de dar valor a própria
individualidade, de reconhecer o próprio valor.
Na verdade temos de gostar de nós mesmos, aceitar com naturalidade a nossa
própria vida com tudo o que a consubstancia.
“Tenham uma mesma atitude uns para com os outros. Não estejam orgulhosos, mas
estejam dispostos a associar-se a pessoas de posição inferior. Não sejam sábios a seus
próprios olhos”.
MALEDICÊNCIA:
O ato de falar mal.
MENTIRA:
Disfarçamos com a verdade, da mesma forma que revestimos o mal com o bem. O
mais vil dos assassinos fala em justiça. Não diz que mata porque lhe apraz, mas por
que é justiceiro. Assim o mentiroso, que à força de mentir chega a crer, ele próprio, no
que diz. Mentimos racionalizando, justificando, não porque amemos a verdade, mas
porque tememos a mentira, queremo-la oculta, quando menos, disfarçada.
ORGULHO:
A soberba anda por aí oculta sob vários nomes: honra, amor-próprio, vergonha,
pundonor ( s. m. Sentimento de dignidade; brio, decoro. 2. Zelo da própria reputação),
não raro, até modéstia, humildade. O orgulho, como a vaidade, é uma hipertrofia
(Desenvolvimento excessivo de um órgão ou parte dele, devido ao aumento do
tamanho de suas células. 2. Desenvolvimento excessivo.) do próprio eu, o egoísmo
elevado ao cubo. Gera a cólera, a agressividade, a violência, nas várias formas de
revide.
“Pois não é provado quem a si mesmo recomenda, mas a quem a quem o Senhor
recomenda”, 11Co 10:18.
Em Provérbios temos:
Enfim, justificamos os vícios mais grosseiros, enquanto não nos levam à cama de
enfermo ou manicômio, ou à uma vida de verdadeira inércia espiritual; nunca
crescemos.
Para combater ou mortificar (dar morte) a todas essas coisas que estão
impregnadas em nossa natureza pecaminosa é bom, sempre, estarmos observando o
que esta registrado em Filipenses 4:8 - NVI
“Finalmente, irmãos, tudo o que for verdadeiro, tudo o que for nobre, tudo o que for
correto, tudo o que for puro, tudo o que for amável, tudo o que for de boa fama, se houver
algo de excelente ou digno de louvor, pensem nessas coisas”.
Para os gregos ser um servo ou um escravo era algo repulsivo. Para eles a
liberdade constituía o direito mais cobiçado, e um de seus objetivos na vida era não
depender de outros, e viver segundo a sua própria vontade. A posição de servo
significa abdicar dessa liberdade. A escravidão era um sinônimo de sujeição a
vontade de outrem. Para o helenista (Pessoa versada na língua e antigüidade
gregas), convicto de que o homem tinha obrigação moral de desenvolver seus
potenciais, submeter-se ao serviço de outros representava um conceito não só
estranho como também desprezível.
O ensino de Paulo nas epístolas contraria diretamente este aspecto do pensamento
grego. Ele mostra aos que se orgulham de sua “liberdade” que são de fato escravos
do pecado. O desejo obsessivo dos gregos de viverem apenas em razão de suas
inclinações e com seus próprios recursos, é mostrado como loucura em virtude do
poder do pecado sobre a humanidade. Paulo desmascara tais ilusões e revela a
necessidade, tanto do judeu como do grego, de obterem redenção do senhor oculto do
ser humano, o pecado.
Segundo Paulo, porém, a redenção (o termo grego significa “compra feita no
mercado”) não indica libertação para gozar da espécie de liberdade idealizada pelos
gregos. A redenção envolve o pagamento de um preço para que o homem não seja
mais escravo do pecado, mas que se torne um escravo da justiça. Na passagem
bíblica acima temos uma explicação cuidadosa sobre esse conceito.
Jesus sendo Senhor de tudo assumiu a posição de servo para dar-nos o exemplo.
Os discípulos jamais se sentiram à vontade com a abordagem “servil” à vida, feita por
Jesus. Eles sabiam quem Ele era, o Filho de Deus, e quando escolheu tomar uma
posição de servo entre eles, sentiram-se embaraçados. Este embaraço salientou-se
“Jesus sabia que o Pai havia colocado todas as coisas debaixo do seu poder, e que viera
de Deus e estava voltando para Deus; assim, levantou-se da mesa, tirou sua capa e colocou
uma toalha em volta da cintura. Depois disso, derramou água numa bacia e começou a lavar
os pés dos seus discípulos, enxugando-os com a tolha que estava em volta da sua cintura.
Chegou-se a Simão Pedro, que lhe disse: “Senhor, vais lavar os meus pés?”
Respondeu Jesus: “Você não compreende agora o que estou lhe fazendo, mais tarde,
porém, entenderá”.
Disse Pedro: “Não, nunca lavarás os meus pés”.
Jesus respondeu: “Se eu não os lavar, você não têm parte comigo”.
Respondeu Simão Pedro: “Então, Senhor, não apenas os meus pés, mas também as
minhas mãos e a minha cabeça”.
Respondeu Jesus: ”Quem já se banhou precisa apenas lavar os pés; todo o seu corpo
está limpo. Vocês estão limpos, mas nem todos”. Pois, ele sabia quem iria traí-lo e por isso
disse que nem todos estavam limpos.
Quando terminou de lavar-lhes ao pés, Jesus tornou a vestir sua capa e voltou ao seu
lugar. Então lhes perguntou: “Vocês entendem o que lhes fiz? Vocês me chamam ‘Mestre’ e
‘Senhor’, e com razão, pois eu o sou. Pois bem, se eu, sendo Senhor e Mestre de vocês,
lavei-lhes os pés, vocês devem lavar os pés uns dos outros. Eu lhes dei o exemplo, para que
vocês façam como lhes fiz. Digo-lhes verdadeiramente nenhum escravo é maior do que o seu
senhor, como também nenhum mensageiro (grego: apóstolo) é maior do que aquele que o
enviou. Agora que vocês sabem estas coisas, serão bem-aventurados se as praticarem”.
Note o processo:
d) Jesus explicou seu ato como um exemplo. Ele é superior: Mestre e Senhor. Se
Ele está disposto a assumir o papel de servo, eles certamente deveriam aceitar a
mesma posição em suas relações uns com os outros.
A expressão “salvação da alma” tantas vezes usada na teologia por incrível que
pareça, aparece pouca vezes na bíblia. Jesus Cristo é especificamente chamado
‘Salvador’ apenas 16 vezes no Novo Testamento, e ‘Senhor’ mais de 450 vezes;
daí temos um campo vasto onde aprendemos que as religiões estão sempre
mostrando um Jesus servo, sempre disposto a aceitar nossas ordens, e ensinam ao
povo com as famosas palavras “chavões” como: “Determine tua benção ‘agora’”,
“Ele têm que dar pois você é filho dele”, “não aceite sofrer”, e muitos sem saberem
o verdadeiro significado da palavra determinar, quais crianças mimadas (eu quero,
eu quero, eu quero) estão sempre “mandando” Deus fazer o que eles imaginam em
seus corações, logo, Deus passa a ser usado como servo, um escravo sempre
pronto a obedecer nossa voz de mando. Já não há orações, rogos ou súplicas, mas,
“me dá, senão..!”
Na bíblia? Duvido.
Na Bíblia de Estudo Pentecostal na página 1718 tem uma anotação muito rica e
parte dela diz: “Quando os crentes do Novo Testamento chamavam Jesus de
“Senhor”, não se tratava de mera profissão de fé, ou uma simples repetição, mas de
uma atitude sincera e interna do coração (cf. 1Pe 3:15), pela qual colocavam Cristo
como único e supremo Senhor sobre a totalidade das suas vidas (Lc 6:46-49: Jo
15:14). Jesus precisa ser aceito como Senhor dos assuntos espirituais, no lar e na
igreja, bem como em todas as áreas da vida, inclusive a intelectual, a financeira, a
educacional, a recreativa, a vocacional, etc. (Rm 12:1-2; 1Co 10:31).”
Para muitos, Deus é “obrigado” a dar-lhes tudo sem direito de reclamar; dão as
suas “cabeçadas” e ai de Deus se ele não consertar.
Desde o Velho Testamento o povo hebreu já era ensinado a servir à Deus:
“E servireis ao Senhor, vosso Deus, e ele abençoará o vosso pão e a vossa água; e eu
tirará do vosso meio as enfermidades”, Êx 23:25.
Servir:
v. 1. Tr. dir. Estar a serviço de; prestar serviços a. 2. Intr. Prestar serviços; ser servo
ou criado. 3. Tr. dir. e intr. Ajudar, auxiliar, ser útil, servidor, benfazejo. 4. Tr. dir. Estar
às ordens de; atender. 5. Tr. dir. Cuidar de. 6. Tr. dir. Prestar serviços militares; ser
militar. 7. Tr. ind. Desempenhar quaisquer funções. 8. Pron. Aproveitar-se de, usar,
utilizar-se de. 9. Tr. dir. Dar, fornecer, ministrar, oferecer. 10. Intr. Ser útil ou
prestável. 11. Tr. ind. Ser apto ou próprio; ter préstimo ou serventia. 12 Tr. ind. Fazer
as vezes ou o ofício de. 13. Intr. Convir, ser próprio, vir a propósito. 14. Tr. ind. Ser
causa de. 15. Tr. ind. Ajustar-se ao corpo ou a alguma parte dele.
Palavras como ser útil a Deus, prestar serviço, prestável... será que podemos
entender essas palavras com relação a Cristo o Senhor de todas as coisas?
“Acaso não sabem que o corpo de vocês é santuário do Espírito Santo que habita em
vocês, o qual receberam de Deus, e que vocês não são de si mesmos? Vocês foram
comprados por alto preço. Portanto, glorifiquem a Deus com o corpo de vocês.” 1Co 6:19-
20 – NVI. (grifo do autor)
Só há uma maneira de glorificar a Deus nesta terra: Deixando que Ele domine
todo nosso ser.
Há um hino na Harpa Cristã, (hinário da Igreja Evangélica Assembléia de Deus),
n.º 147 que é bom meditarmos na gloriosa letra deste hino que diz:
“Quero eu servir-Te, ó meu Rei Jesus, e contigo sempre caminhar na luz, tendo com o
povo de Deus comunhão e dos meus pecados purificação.
Sim , ó meu Senhor, quero seguir-Te, ó Deus de amor. Sempre Te servindo, e
também dando a Ti louvor.
No Teu bom serviço tenho eu prazer, nele muita graça eu vou receber, sempre falarei
assim do Teu amor, e Te glorificarei, meu Salvador.
Desça sua graça sobre mim, Senhor, para trabalhar com mais e mais fervor, dá-me
entendimento e veraz saber, para alegre eu fazer o Teu querer.
Só em Ti confio, meu Senhor e Rei; só em Ti vitória eu alcançarei. E contigo quero
sempre aqui viver, ‘té que pra’ Sião me venhas receber.”
Mas não brinque com Deus, você se esquece, mas Ele não, Ele não é relógio ou
remédio de prateleira, que se usa apenas quando necessita; Ele é Jesus, é Deus, é
Senhor, é Ele, Ele, Ele, você pode entender isso?
Entenda quanto antes melhor, entenda agora e permita que Ele seja Senhor em
toda sua vida, sua maneira de viver.
Por favor não estou falando aqui para que tu sejas um eremita (pessoa que
evita a convivência social, ou que, por penitência, vive solitária no deserto ou
no ermo.), mas falo de mortificar, dar morte a esses desejos terríveis que
estão impregnados na alma nos impedindo e nos distanciando de Deus, nos
fazendo rejeitar seu senhorio, seu domínio sobre nossas vidas.
Amigo leitor, como seria se todos procurassem a Jesus ansiosos para servi-lo?
Mas infelizmente, muitos já o buscam com uma lista enorme daquilo que com desejo
egoísta preparam. Eles desejam e “determinam” para que ele faça; assim o inimigo de
nossas almas sempre vai vencendo e alcançando seu objetivo: Dominar por meio do
pecado, molhado com “mel” para não parecer de “cara” que é puro “fel”.
Porém é hora de dar um basta na sujeira dos desejos pecaminosos, e buscar uma
vida de santificação, de consagração.
Permita que Jesus seja Senhor de sua vida. Faça isso agora.
Foi para isso que Ele morreu:
3 ESCOLHAS:
Uma é a do reino das selvas, onde a lei da sobrevivência é soberana e o instinto é
o rei; outra a do mundo, onde a lei da adaptação (conformidade) é soberana, e a lei
moral monitora; e a terceira é oferecida pelo reino de Deus, onde a lei de adoção
como filhos é o motivo, e o Espírito Santo é o Guia. O voto pela selva é uma elégia
fúnebre; o voto pelo mundo, um grito de batalha; o voto pelo reino é um grito de
triunfo.
Ainda que a palavra espiritual se encontre somente uma vez no Antigo Testamento,
se encontra 30 vezes no Novo Testamento e está vitalmente ligada com o Espirito na
vida do crente.
O HOMEM ESPIRITUAL:
O que é e o que tem.
A humanidade como um todo têm sido classificada pelo apóstolo Paulo em três
grupos:
“Ora , o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe
parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente”, 1Co
2:14.
“E eu, irmãos, não vos pude falar a espirituais, mas como a carnais, como a meninos em
Cristo”, 1Co 3:1.
O HOMEM CARNAL:
O HOMEM ESPIRITUAL:
Dentro dessas três classes que formam a raça humana há duas grandes mudanças
espirituais que são possíveis. Primeiro, a mudança de NATURAL para CARNAL. Isto é
possível pela intervenção divina do Espírito, quando por fé se recebe a Cristo como
Salvador pessoal. Em segundo lugar, a mudança de CARNAL para ESPIRITUAL, esta
quando há uma submissão total ao Espírito na vida e no serviço. O homem espiritual é
o ideal divino.
Ao examinar mais de perto o homem espiritual vemos que ele é:
Aquele que já foi selado como possessão de Deus por meio de Cristo.
Aquele que está habitado pelo Espírito como evidência de sua salvação e de sua
qualidade de filho.
Aquele que tem como realidade em sua vida o constante enchimento do Espírito.
Assim se expressa certo escritor: “No Novo Testamento e em uso geral, Espiritual
quer dizer regenerado, habitado, iluminado, dotado, fortalecido e guiado pelo Espírito;
que se conforma à vontade de Deus e vive e se deixa conduzir pelo Espírito”.