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Professor:
Uipiragi Câmara
CURITIBA
2008
1. FICHA DE LEITURA:
2. OBJETIVOS DO TEXTO
3. ARGUMENTAÇÃO
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Baseado em Gênesis 14, o autor demonstra que o rei de Salém,
Melquisedeque, representa a Revelação Geral, a qual é superior à Revelação
Especial (representada por Abraão). Sim, aquela é superior pois é mais antiga
e influencia 100% da humanidade (Salmo 19). Assim sendo, o autor enfatiza
que era apropriado que Abraão, representante de uma revelação mais recente
e menos universal, pagasse o dízimo de reconhecimento ao representante da
Revelação Geral no momento em que ambos se encontraram no Vale de Savé.
Nesta situação, o Fator Sodoma poderia ter atrapalhado caso Abraão não
tivesse o discernimento e sabedoria para escolher entre o certo do errado em
Gn 14:21-24 , quando o rei Sodomita faz uma proposta de “troca”.
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católicos espanhóis, que estavam preocupados em abolir a idolatria e
acabaram destruindo uma cultura monoteísta que serviu com efeito de um
Antigo Testamento Provisório (não Substituto) para abrir a mente de um povo
inteiro para as boas novas do evangelho de Jesus Cristo,o filho de Viracocha
enviado à terra para remir seus servos.
O autor também informa que qualquer pessoa, até mesmo um apóstolo,
pode encontrar dificuldades na comunicação com outros povos (transcultural),
isso devido à diferença dos usos, costumes, valores, língua etc. Foi o que
aconteceu com Paulo em sua viajem à Atenas, mas mesmo assim Deus já
havia ido a frente e dirigido os acontecimentos do prólogo quando o “Agnos
Theo” (deus desconhecido) foi adicionado ao panteon grego no episódio em
que um homem temente a Deus chamado Epimênides ajuda a cidade a se
redimir perante “o deus desconhecido”, pois a mesma estava sob o jugo de
uma pestilência.
Podemos também visualizar no livro vários paralelos entre Jesus e o
mundo dos gentios, a sua aceitação pelos “de fora” e a sua rejeição pelos
judeus (página 155 até 158), isso, defende o autor, mostra como o evangelho
foi feito sob medida para todos os povos. Informa ainda que o Fator
Melquisedeque é complementado pelo Fator Abraão pois ambos não possuem
qualquer ligação histórica, basta ver a descrição das genealogias do AT no
qual NÃO consta a genealogia de Melquisedeque. Por isso o segundo fator
complementa o primeiro (através do primeiro não se pode ter a salvação) e
este é um grande motivo para se fazer missões, pois as religiões populares são
apenas uma prévia e são insuficientes.
Ainda de acordo com Don Richardson, existe a tentativa do inimigo
sobrepor a “religião popular” pela “religião formal” (budismo, islamismo dentre
outras) antes da chegada de algum missionário. Este fato endurece o coração
do povo, que antes possuía uma cultura religiosa informal, monoteísta e
incrivelmente parecida com a doutrina cristã.
4. PRINCIPAIS IDÉIAS
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venham a conhecê-lo verdadeiramente, como exemplo citado temos o
episódio de Paulo em Atenas e seu prólogo (da página 19 a 22).
• Deus abençoa seus servos para fazer destes bênção sobre os outros
(página 22)
• É falsa a afirmação de que “... um povo pagão não pode compreender e
não deseja receber o evangelho cristão, sendo injusto fazê-los aceitar o
mesmo (esforço inútil e excessivo)”. Deus preparou tanto o evangelho
para todos os povos como também todos os povos para o evangelho
(página 28).
• Mesmo nos povos antigos existiam pessoas que possuíam percepções
bem modernas sobre o monoteísmo e um Deus criador (página 34 , o rei
Inca Pachacuti, e página 44 , o povo Santal).
• Evidenciar que Deus pode ser chamado por nomes diferentes em outras
culturas, desde que a história deste nome não seja desqualificável e se
enquadre na personalidade de Deus. Isso aproxima mais o povo pagão
de Deus (ou Tnakur Jiu como é chamado pelo povo Santal da Índia) , o
torna um Deus mais pessoal e não um deus imposto pela cultura
estrangeira (página 37 e 38). Uma geração inteira de teólogos foi levada
a desqualificar e considerar como distorções as religiões/crenças
paralelas à Bíblia. Isso dificulta muito o trabalho missionário (página 43).
A cultura religiosa de um povo pode na verdade possuir aspectos
redentores (não salvadores). Redimir significa que o povo pode ter
comunhão com Deus através de suas próprias tradições em separado
do Evangelho. Neste caso, redimir é contribuir para a redenção de um
povo mas sem concluí-la. Isso pode levar o povo a considerar o
Evangelho como algo precioso e não como algo imposto arbitrariamente
por um estrangeiro (página 49).
• Deus utiliza mensageiros improváveis para anunciar sua mensagem -
por exemplo : um negro para anunciar aos europeus (página 51).
• Sempre que a crença de um Deus criador e supremo é retirada do meio
do povo, seja qual for o modo pelo qual isso aconteça, é criado um
vácuo que precisa ser novamente preenchido. Foi assim com o culto a
Shang Ti (o Deus criador e supremo) na China, cujo culto foi limitado
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somente ao Imperador uma vez ao ano (pois, segundo os sacerdotes, o
povo não era digno de adorá-lo). Surgiram assim as outras religiões
(confucionismo, taoísmo e depois o budismo vindo da Índia) para
preencher o espaço deixado e saciar a “fome religiosa” do povo. O
problema é que para se preencher o espaço deixado pelo único Deus,
muitas pessoas precisam de muitos outros deuses. (página 53 até 56)
• A Bíblia prevê a existência de pessoas tementes à Deus (pessoas que
não conhecem a Bíblia nem o cristianismo) no meio de povos pagãos.
Provavelmente quando Deus falou à Abraão ele era assim, pertencia a
esta “classe especial” de pessoas. Como exemplo temos
Melquisedeque, Zofar, Elifaz e Bildade (página 87).
• As igrejas fundadas por missionários devem crescer autônomas, auto-
suficientes e autodivulgadoras. Após se tomar todos os cuidados com a
doutrina e outros fatores, deve-se cortar o cordão umbilical.
• O Espírito Santo é usado para preparar o caminho do Evangelho na vida
dos gentios e o poder do Espírito é concedido com um propósito muito
específico: evangelizar todos os povos (página 160 até 167).
• Lucas escreveu seu livro “Atos dos Apóstolos” como um manual
disfarçado para encorajar os outros apóstolos e seus convertidos judeus
a seguir o exemplo de Paulo e evangelizar os gentios (página 170).
5. CITAÇÕES IMPORTANTES
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que um número infinito de divindades inferiores é necessário para
preencher o espaço deixado pelo Deus verdadeiro” (página 16).
• “... o Deus que preparou o evangelho para todos os povos, preparou
todos os povos para o evangelho?“ (pagina 28).
• “... uma rosa qualquer que seja o nome pelo qual a chamam não
continua com o mesmo perfume? Num jardim, isso acontece, mas não
na memória! A própria palavra rosa tem o poder de evocar a
reminiscência da cor e do perfume...” (página 37).
• “... não se estuda o inferno. Nós pregamos o céu (página 48).
• “No plano de Deus, as coisas funcionam de modo que não caiba aí o
orgulho humano” (página 50).
• “ ... esse denominador comum é invariavelmente uma ilusão de
indepenência – uma confiança irreal na capacidade de forjar nosso
próprio destino” (página 87).
• “Nestes sacrifícios faz-se (judeus) recordação dos pecados todos os
anos, porque é impossível que o sangue de touros e bodes remova os
pecados” (página 94).
• “A vida inteira de Jesus, sua morte e ressurreição estavam intimamente
ligados à promessa secular de Javé no sentido de repartir as bênçãos
de Abraão entre todos os povos da terra” (página 137).
• “Muitos cristãos acham que o livro de Atos dos Apóstolos registra a
obediência dos doze apóstolos à Grande Comissão, mas ele na verdade
relata a relutância dos mesmos em obedecê-la” (página 159).
• “Estender a bênção de Abraão a todos os povos da terra continua sendo
a incitabilidade do seu propósito! (página 169).
6. COMENTÁRIO CRÍTICO
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para receber o evangelho. Estes povos possuem uma capacidade incrível para
assimilar o novo nascimento cristão, estão sedentos de um Deus que nem
mesmo conhecem (mas reconhecem a sua obra e seus feitos - pois entendem
que toda a criação manifesta a glória deste Deus) e precisam de pessoas
dispostas a pagar o preço para ajudá-los.
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estudado e seguido por qualquer pessoa de qualquer etnia e sem perder sua
contextualização e sua validade é a Bíblia Sagrada. No livro O Fator
Melquisedeque isto é abordado de uma forma não muito envolvente mas
incisiva. O autor vai direto ao ponto mostrando as implicações de Jesus, um
judeu de descendência real, andar por entre os pecadores e impuros.
Concordo com a visão de Don Richardson sobre a universalidade das
Sagradas Escrituras.
Concluindo, sabemos que apesar da humanidade possuir um censo
comum que a leva a procurar o “Deus criador”, isso não é suficiente para a sua
salvação. Por este motivo todos aqueles que já conhecem a verdade sobre o
Salvador devem levar a sua mensagem aos que ainda não a conhecem.
Sabemos que se cada cristão não fizer a sua parte no que diz respeito à
expansão do Reino de Deus, o inimigo fará a sua parte para tentar destruir este
reino e afastar ainda mais aqueles que, já foram alcançados mas, ainda não
tiveram seus olhos abertos para a verdade.