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4. Simplificar (E2 ) e (E3 ) multiplicando cada equação por 4
x −z =0
(S4 ) y + 34 z = 12
z=2
Matriz do sistema
Vamos registar as operações sucessivas efectuadas nas equações do sistema
fazendo transformações nas linhas da matriz ampliada.
0 4 3 2
A= 1 0 −1 0
2 −8 −4 4
1 0 −1 0
1. Trocar as linhas L1 ↔ L2 A1 = 0 4 3 2
2 −8 −4 4
1 0 −1 0
2. Substituir L3 por L3 − 2L1 A2 = 0 4 3 2
0 −8 −2 4
1 0 −1 0
3. Substituir L3 por L3 + 2L2 A3 = 0 4 3 2
0 0 4 8
1 0 −1 0
3 1
4. Multiplicar L2 e L3 por 14 A4 = 0 1 4 2
0 0 1 2
1 0 −1 0
5. Substituir L2 por L2 − 34 L3 A5 = 0 1 0 −1
0 0 1 2
12
Chegámos ao último passo:
1 0 0 2
6. Substituir L1 por L1 + L3 A6 = 0 1 0 −1
0 0 1 2
x=2
a matriz que representa a solução do sistema y = −1
z=2
Do exemplo à teoria
Equação linear
Definição 2. K denota R ou C
Sejam a1 , a2 , . . . , an , b elementos de K e x1 , x2 , . . . , xn incógnitas.
a1 x1 + a2 x2 + . . . + an xn = b (E)
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2. Se os termos independentes são todos nulos (= 0), o sistema diz-se homo-
géneo
• possível
Definição 8. A matriz A = [aij ], dos coeficientes aij das incógnitas nas equa-
ções de (S), chama-se matriz simples do sistema
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Princípios de equivalência
Sejam (S) e (S 0 ) dois sistemas de equações lineares nas incógnitas x1 , x2 , . . . , xn .
(S) e (S 0 ) são equivalentes sempre que (S 0 ) se obtém de (S) fazendo uma das
transformações seguintes:
III. substituindo uma equação (Ei ) pela equação que resulta de somar (Ei ) ao
produto de uma constante k por uma equação (Ej ), com j 6= i.
Transformações elementares
A cada princípio de equivalência de sistemas, associa-se uma transformação nas
linhas da matriz ampliada
Definição 10. Chama-se transformação elementar nas linhas de uma matriz a uma
transformação do tipo
Li → a Li
Li ↔ Lj
Li → Li + b Lj
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Eliminação de Gauss
Matriz em forma de escada
(a) Se há pelo menos uma linha nula, todas as linhas abaixo desta são
nulas.
(b) Sempre que uma linha é não nula, todas as entradas da matriz abaixo
e à esquerda da primeira entrada não nula desta linha são nulas.
(c) Em cada linha não nula, a primeira entrada não nula é igual a 1.
2. Em cada coluna contendo o pivot de uma dada linha, são nulas todas as en-
tradas restantes.
Eliminação de Gauss
Seja A = [aij ] uma matriz com m linhas e n colunas.
Passo 1. Identificar a primeira coluna (mais à esquerda) que não seja nula. Seja a
coluna j.
Passo 2. Trocar duas linhas, se necessário, para deslocar para a primeira linha
uma entrada não nula da coluna j.
Passo 3. Multiplicar a primeira linha pelo inverso da sua primeira entrada não
nula, para obter 1.
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Passo 5. Repetir os passos 1–4 na parte da matriz abaixo da primeira linha, i.e.,
na submatriz constituída pelas linhas 2, 3, . . . , m.
Matrizes
Matriz
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Notação 16. Mp×n (K) denota o conjunto de todas as matrizes de tipo p × n com
entradas em K.
Se p = n, escreve-se Mn (K).
Matriz nula
Definição 18. Chama-se matriz nula de tipo p × n à matriz cujas entradas são
todas iguais a zero. Denota-se esta matriz por 0p×n ou 0.
0 0 ... 0 ... 0
0 0 ... 0 ... 0
. . .. ..
. .
. . . .
0p×n =
0 0 ... 0 ... 0
. . .. ..
.. .. . .
0 0 ... 0 ... 0
Matriz quadrada
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Definição 19. Se A é matriz de tipo n × n, (i.e., A ∈ Mn (K)), diz-se matriz
quadrada de ordem n.
As entradas aii chamam-se entradas principais de A;
(a11 , a22 , . . . , ann ) ∈ Kn chama-se diagonal principal de A.
Definição 20. Seja A = [aij ] ∈ Mn (K) matriz quadrada. A diz-se
triangular superior se são nulas todas as entradas de A abaixo da diagonal
principal, i.e., sempre que s > t, ast = 0;
a11 a12 . . . a1j . . . a1n
0 a22 . . . a2j . . . a2n
. .. .. ..
.
. . . .
A=
0 0 . . . aii . . . ain
. .. .. ..
.. . . .
0 0 . . . 0 . . . ann
triangular inferior se são nulas todas as entradas de A acima da diagonal prin-
cipal, i.e., sempre que s < t, ast = 0;
a11 0 ... 0 ... 0
a21 a22 . . . 0 . . . 0
.. .. .. ..
. . . .
A=
ai1 ai2 . . . aii . . . 0
.. .. .. ..
. . . .
an1 an2 . . . an . . . ann
triangular se for triangular superior ou triangular inferior;
Definição 21. A ∈ Mn (K) diz-se
diagonal se todas as entradas não principais forem nulas, i.e., sempre que s, t ∈
{1, 2, . . . , n} e s 6= t se tem ast = 0.
a11 0 . . . 0 . . . 0
0 a22 . . . 0 . . . 0
. .. .. ..
.
. . . .
A=
0 0 . . . aii . . . 0
. .. .. ..
.. . . .
0 0 . . . 0 . . . ann
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escalar se for diagonal e todas as entradas principais forem iguais;
λ 0 ... 0 ... 0
0 λ ... 0 ... 0
. . .. ..
. .
. . . .
A=
0 0 ... λ ... 0
. . .. ..
.. .. . .
0 0 ... 0 ... λ
(αA)ij = αAij
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Produto de matrizes
Em esquema:
b1j
b2j
ai1 ai2 . . . ain = cij
..
.
bnj
Ou ainda
a11 a12 . . . a1n c11 . . . c1j . . . c1m
.. .. .. b11 . . . b1j . . . b1m .. .. ..
. . . b . . . a . . . b . . .
21 2j 2m
ai1 ai2 . . . ain .. .. = ci1 . . . cij . . . cim
..
. .. .. . . .
.. . . b ... ..
.
..
.
n1 . . . bnj . . . bnm
ap1 ap2 . . . apn cn1 . . . cnj . . . cnm
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Representação matricial de um sistema de equações lineares
AX = B
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Propriedades das operações sobre matrizes
Teorema 26. Sejam A, B, C matrizes sobre K e α, β ∈ K. Sempre que as opera-
ções indicadas estão definidas, tem-se:
(a) A + B = B + A (prop. comutativa da adição)
(b) A + (B + C) = (A + B) + C (prop. assoc. da adição)
(c) A(BC) = (AB)C (prop. associativa da multiplicação)
(d) A(B + C) = AB + AC (propriedade distributiva)
(e) (B + C)A = BA + CA (propriedade distributiva)
(f) α(B + C) = αB + αC
(g) (α + β)C = αC + βC
(h) α(βC) = (αβ)C
(i) α(BC) = (αB)C = B(αC)
(j) 1A = A
Corolário 27. Sejam A, B, C matrizes sobre K e α, β ∈ K. Sempre que as ope-
rações indicadas estão definidas, tem-se:
(a) A(B − C) = AB − AC
(b) (B − C)A = BA − CA
(c) α(B − C) = αB − αC
(d) (α − β)C = αC − βC
Proposição 28. Sejam A ∈ Mp×n (K) e as matrizes nulas de tipos p × n, n × m,
t × p e t × n. Sempre que as operações indicadas estão definidas, tem-se:
(i) A + 0 = 0 + A = A
(ii) A − A = 0
(iii) 0 − A = −A
(iv) A0 = 0; 0A = 0
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