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Bruna Larissa

• Livro- Bárbara Bates propedêutica médica

OBJETIVOS:
• Aprender a boa relação médico-paciente, com respeito, ética e empatia

o Algumas pessoas na frente do paciente são mais convidativos, outros são


mais retraídos, tímidos

o Precisamos mais aprender com o paciente do que dar.

• Estudar e aperfeiçoar a prática da anamnese, enfatizando a importância da


história clinica no diagnóstico

o No inicio, o médico é “colheitador”, depois aprende a “processar as pessoas”.

o Recebemos todas as informações dos pacientes, mas não saberemos o que


fazer com tanta informação. Teremos pouca capacidade de interpretação no
início.

• Aperfeiçoar o vocabulário médico, com aprendizado de novos termos

o A forma como o paciente descreve algo não é necessariamente a forma como


devemos interpretar/escrever na anamnese do paciente

o Devemos começar a utilizar um vocabulário mais específico, utilizar termos


que são compatíveis com a comunicação entre iguais e semelhantes. Ex: Não
devemos utilizar “dor na urina”- utilizar “disúria”.

• Conhecer os principais sinais e sintomas da pratica médica

o Dificilmente acaba saindo do “eixo principal”

• Absorver fundamentos teóricos e práticos do exame físico geral e dos diversos


aparelhos, capacitando para o exercício da semiologia

• Enriquecer o conhecimento das principais síndromes clinicas

• O diagnostico diferencial se refere à a partir de uma queixa analisar as várias


coisas que podem acontecer/ter acontecido. Ver dentre todas as queixas do
paciente o que é relevante e o que pode ser excluído

INTRODUÇÃO- Propedêutica clinica


• É o estudo dos conhecimentos necessários para o aprendizado das
especialidades médicas. Divide o estudo da propedêutica clínica em:

• Semiologia- Estudo dos sinais e sintomas que conduzem a ideia de


enfermidade

• Sintomatologia- estudo das síndromes (= conjuntos de sinais e sintomas de


diferentes causas).

o Síndrome é um estado de doença em que a pessoa tem, por exemplo:


congestão nasal, corrimento nasal, cefaleia, mialgia, astenia. → sinais e
sintomas

▪ Rinovírus

▪ Adenovírus

causas
▪ Vírus Sincicial respiratório

▪ Influenza vírus

o Síndrome da insuficiência cardíaca→ estado de doença caracterizado por


dispneia paroxística noturna, cardiomegalia, congestão...

Causada por: infarto do miocárdio, doença valvular, insuficiência


coronariana, cardiopatia dilatada, hipertensão arterial sistêmica.

• A palavra causa pode aparecer com outro sinônimo que é a etiologia.

o Qual a etiologia do problema?= Qual a causa do problema?

Exames x Propedêutica:
• Queixa → pesquisa (Anam nese+ Exame físico) → hipóteses → exames

• Não esperar que o exame faça o diagnóstico por ti

• Preços → muitas vezes são muito caros

• Hoje em dia nós reconhecemos dentro da medicina a capacidade de solicitar


exames. Os exames fazem parte do cotidiano.

Bruna Gabriele

O professor destaca a importância de exames, tecnologia e de especialistas para


o diagnóstico e tratamento das doenças. Além do cuidado necessário para
solicitar os exames corretos .

Ex.: Paciente de Fátima do Sul precisa de uma tomografia, mas a cidade não
oferece. Ele é então, encaminhado para outra cidade. Depois descobre-se que o
paciente precisava de outro tipo de exame e ele terá que ser encaminhado de
novo para a outra cidade, gerando gastos para saúde e transtornos para o
paciente.

"Ninguém mais faz medicina sozinho, o intensivista precisará do cirurgião para um


dreno de tórax, eu preciso de um neurocirurgião caso o paciente precise de uma
descompressão de coluna..."

Os pacientes de hoje em dia chegam com muitas informações sobre a doença e o


tratamento, buscam informações na internet, não é mais como antigamente...
Devemos escutá-los e explicar adequadamente cada situação.

Vamos escutar uma queixa e fazer uma pesquisa que possui 2 pilares - uma
conversa, a anamnese, e o exame físico. Depois, pensamos em hipóteses e
solicitamos exames caso for preciso, que confirmam nossas hipóteses ou as
afastam.

Para escolher exames adequados precisamos da estatística. Alguns termos são


importantes, como sensibilidade e especificidade. Referem-se à testes/exames
que provam algo.

Um teste sensível é capaz de detectar quando uma doença existe, serve para
rastreio/stream. São aqueles exames que não deixam passar nada. São pouco
específicos. Ex.: Cara ciumento que sempre reclama com a mulher, vai descobrir
se uma dia ela fizer algo errado, mas erra muito/levanta suspeitas furadas.

Especifico é um "sniper/tiro certeiro". Não erra, só atira quando tem certeza, mas
deixa muita coisa passar.

Quando temos uma doença, o primeiro teste deve ser de alta sensibilidade, para
não deixar passar. E para confirmar, um de alta especificidade para não errar. Na
prática, os testes têm sensibilidade e especificidade diferentes, e essas
características juntas determinam a acurácia.

Ex.: Mulheres que fazem exame citopatológico - de sensibilidade - que elimina a


chance de colo de útero. Temos várias mulheres, podemos fazer apenas um
preventivo e não podemos errar. Devemos procurar a paciente que estiver com
sangramento, pois é o principal sintoma que aumenta a chance de acertar,
aumenta a especificidade. Ainda sim, podemos errar. Nenhum exame é 100%. *O
único, é o PSA, antígeno específico prostático (especifico da próstata, aumenta
em prostatites e câncer de próstata).

Teste padrão ouro é o melhor exame para uma determinada doença, mas isso
não significa que deve ser o mais solicitado. Ex.: Para doença do refluxo gastro
esofágico, o mais solicitado é uma endoscopia, mas não é o padrão ouro.
Pneumonia é um pneumotórax, mas o padrão ouro é uma biópsia de pulmão.

Teste padrão outro existe para casos de dúvidas e incertezas, casos em que o
diagnóstico se confuda com outro. Não deve ser o mais usual. Alguns podem ser
até mesmo muito invasivos.

Alguns testes possuem valores preditivos. Predizer significa adivinhar/falar


antes.

• Valor preditivo positivo - capacidade de um teste em dizer quando uma


doença existe.

• Valor preditivo negativo - de excluir uma doença; quando ela não existe.

Ex.: Rastreio de HIV de uma população, em que 20 deram positivos. A primeira


paciente é idosa e não teve relação desprotegida. A segunda paciente teve
relações desprotegidas….

Carolina Milani

Dependendo do teste, ele irá assumir valores preditivos positivos e negativos


diferentes, de acordo com sua capacidade de detectar uma doença e a
circunstância dessa doença existir.

O professor teria usado de exemplo o preventivo, em que entre uma mulher que
era virgem e uma atriz pornô, o valor preditivo positivo da atriz era maior que o da
outra mulher. Assim, a circunstância em que a atriz vivia resultou na alteração do
valor preditivo para ela.

SAÚDE: ser saudável é um estado de bem-estar social, físico e mental, e


atualmente, ser saudável é muito difícil.

Momento reflexão:
É da vida nós perdermos mais do que ganhar. Professor diz que no começo ele
não queria ter feito a residência onde ele passou, ele não queria ter feito a
faculdade no lugar onde ele fez. E nesses lugares onde ele não queria ir, ele
encontrou pessoas que aumentaram a vontade dele de continuar e dar o melhor
dele e que isso compensou tudo. Ele fez estágios, ele gostou, ele se deu bem e foi
adiante e hoje ele é muito realizado (pessoalmente e profissionalmente) aonde ele
está. Assim, teremos mudanças de rota que não entenderemos, iremos errar mais
do que iremos acertar, e o que devemos fazer é aprender com nossos erros. As
brigas que ganhamos, nem troféu levamos pra casa, mas quando perdemos nós
nunca esquecemos, e isso é normal. Acertar é raro e perder é inesquecível. E isso
nos torna humanos, e com o aprendizado, nos tornamos médicos melhores.

SINAIS: fenômenos observados pelo médico – é objetivo.

SINTOMAS: queixas trazidas pelo paciente – é subjetivo

Ex.: “Eu tenho um negócio ruim”

Pegaremos os sinais e o sintomas e montaremos a doença como um grande


quebra cabeça, e essas doenças terão um curso, que iremos ler e interpretar cada
vez.

Alguns tipos de enfermidades:

• Latente
• Clínica
• Atípica
• Auto-limitada*

Assim, o professor chama atenção para um termo:

AUTO-LIMITADA: doenças auto-limitadas que se tem um tratamento de suporte


e é curada

Alguns diagnósticos:

• Clínico: resfriado comum, insuficiência cardíaca – que apenas com a


anamnese e o exame físico já se sabe o que é, não precisa de mais
exames

• Sindromico: a partir de sinais e sintomas sem uma causa específica

• Anatômico: sabemos onde está o problema, mas nada mais

• Funcional: distúrbio de atividade de um órgão, mas sem nenhuma


alteração que o exame possa mostrar – síndrome do intestino irritado,
fibromialgia (não existe um exame que prova que a pessoa tenha isso),
epigastralgia pós-alimentar que melhora com jejum prolongado. NÃO pode
ter alteração demonstrável, NEM repercussão estrutural no paciente
(ex.: emagrecer)

• Etiológico:
• Anatomopatológico:
• Imagenológico:

PRINCÍPIOS DE HUTCHINSON – professor pediu para olhar no livro então


coloquei eles aqui pra facilitar hehe
**Professor chama atenção para os três primeiros

I. Não seja rápido demais;

II. Não seja sagaz demais;

III. Não busque doenças raras – é sempre mais provável encontrarmos uma
doença comum com uma apresentação incomum, do que uma doença rara
com uma apresentação comum;

**Professor ainda da um exemplo de uma vez que encontrou uma doença


rara chamada de hemoglobinúria paroxística noturna com um médico
que foi de difícil diagnóstico, e quando chegou uma pessoa com uma
doença comum com uma apresentação incomum como a da doença rara
da primeira paciente, ele acreditou que poderia ser a hemoglobinúria
paroxística noturna mas era apenas uma doença comum.
IV. Não induza a anamnese para confirmar suas impressões iniciais: esteja
pronto para mudar de ideia a medida que a sua análise se desenvolve

V. Não perca o interesse pelo diagnóstico

VI. Busque o mínimo de diagnósticos possíveis; procure agrupar os achados


em um diagnóstico único;

VII. Não esteja demasiadamente seguro de si;

VIII. Mantenha-se imparcial, sem ser tendencioso;

IX. Não hesite em revisar seus achados e o diagnóstico

Douglas Gattiboni

Ela tinha uma trombose

E por sorte ela fez uma trombose onde levava sangue para o olho

Uma menina com 17 e 18 anos iria receber um fígado desnecessariamente por


que amanha ou depois iria ‘trombosar’ novamente. Saiu com um comprimido de
Marevan.

• Marevan é indicado para a prevenção primária e secundária do


tromboembolismo venoso (formação de trombos ou coágulos de sangue, dentro
de uma veia, capazes de obstruir parcial ou totalmente o vaso sanguíneo)

5 meses depois tínhamos um paciente na lista de internação da residência com


quadro muito parecido, homem, jovem doença hepática sem causa definida…

Internei o cara e pedi exames para a doença anteriormente citada, contudo, deu
negativo.

É sempre mais provável encontrar uma doença comum com uma apresentação
rara do que uma doença rara com uma apresentação comum… ‘’as doenças são
raras porque elas não são comuns’’

Iremos estudar doenças tão raras, que duvidaremos que elas existem ‘’ninguém
deve ter essa merda’’. ‘’as doenças são raras porque elas são raras’’.

Iremos encontrar na maioria das vezes coisas comuns, claro que, não quer dizer
que não encontraremos coisas incomuns.

Por exemplo, Carcinoma hepatoide no pancreas, células tumorais do fígado


encontradas no pancreas…

Como não sabemos fazer diagnóstico diferencial ainda, nossas perguntas aos
pacientes direcionaram-nos a respostas que queremos. Faremos perguntas que
não permitem que ele - o paciente- se expresse… Isso é um erro muito comum.

Ética

É um conjunto de atitudes que rege adequar nosso comportamento. É uma coisa


muito própria de estar bem consigo mesmo… é o limite intrínseco entre
pensamento e atitude, tem gente que não tem nenhum.

• Declaração de genebra fala dos preceitos éticos.

• A Declaração de Genebra link

• Declaração de genebra, foi aprovada pela Assembleia Geral da Associação


Médica Mundial em Genebra, 1948, sofrendo alterações em 1968, 1984, 1994,
2005 e 2006. A declaração foi concebida como uma revisão modernizadora
dos preceitos morais do Juramento de Hipócrates e tem sido utilizada em
vários países na solenidade de recepção aos novos médicos inscritos na
respectiva Ordem ou Conselho de Medicina.

Na relação médico paciente existem os princípios bio-éticos, que é o que rege a


ética

• “Bioética nada mais é do que os deveres do ser humano para com o outro ser
humano e de todos para com a humanidade”. (Comte-Sponville, André)

• Ao paciente se dá a autonomia de tratamento de sua doença (ou se sugere).

• A beneficencia que é fazer o bem (o que não é fazer caridade)

• Primeiro não ser nocivo o que é questionado em muitos tratamentos


oncológicos, claro que, trará ao paciente um bem maior

• Sigilo - relação dos médicos e paciente, podemos contar histórias, contudo,


não contamos o santo.

Teremos vários médicos/ estereótipos para escolher o que queremos…

alguns de vocês sairão gênios daqui acima da média, inteligentes, perspicazes, na


medida certa, talvez um pouco anti-sociais… outros serão mais religiosos,
espirituais, fanfarroes, tentadores, humanos, autodidatas…

Comenda um filme de um faxineiro que estudou medicina e ajudou a criar a


técnica/ cura cirúrgica para a Tetralogia de Fallot. um pouco mais sobre essa
história link

O que devemos ser é um pouco de cada, formar um pouco de cada caráter, levar
um pouco de cada imagem…

E nossos pacientes serão todos esses, teremos todos esses pacientes a


disposição de nós, no início pouco teremos a oferecer e o paciente estará com
receio… ‘'quem é essa pessoa, será que o doutor desistiu de mim?’’ Da mesma
maneira que temos insegurança com nossos primeiros eles a terão conosco.

• Em todas as aulas práticas deveremos usar jaleco, sem jalecos não seremos
alunos, teremos de portar um crachá que nos identifiquem;

• Não podemos expor sapatos que expõem o dorso do pé;

• Deveremos usar uma roupa mais reservada;

• Usar unhas curtas, para não contaminarmos o paciente (por exemplo não
exame abdominal);

• Não podemos ir à aula prática com adornos pendurados (por questão de


vigilância sanitária);

• Cuidado com o que ouvimos e mais ainda com aquilo que queremos perguntar,
não devemos ser ejaculação precoce ‘’ a flecha disparada e a palavra dita não
voltam mais’'

• Ser educado, apresentar-se ao paciente como aluno da medicina;

O método clínico hoje é chamado de tri-pé diagnóstico, para o professor, são 4


pés: anamnese, exame físico, exame de imagem e exame de laboratório. Isso vem
de uma capacidade de perguntas que começa com o exame clinico.

É importante que tenhamos um pouco de conceitos topográficos para termos


uma boa noção do que é falando.

O exame físico é formado por elementos fundamentais…

Iremos treinar todos esses elementos.

O diagnóstico é a parte mais importante, existe toda uma forma de como


conduzir-o que está mais explicitada na aula. (e o professor disse algumas coisas
que não consegui ouvir…)

Onde é que se diferencia os melhores médicos nessa parte?

• Na capacidade de eliminar hipóteses diferenciadas…

Ess é o quinto passo, é o ponto diferencial, pois, os outros pilares, com um


pouquinho de treino conseguiremos atingir boa qualidade.

Muitos desses enredos os pacientes já chegam com o diagnóstico feito, exames


feitos, encaminhamentos feitos… não seremos terapistas. Escolheremos
alternativas de tratamento, muito mais que encaminhar…

Olha como a coisa funciona, mulher de 21 anos que refere aparecimento de


nódulo na região do pescoço, imediatamente após de olhar a paciente,
começamos a pensar as coisas que podem ser na região do pescoço. 3
hipóteses:

1. Linfoma;

2. Processo infeccioso;

3. Doença da arranhadura do gato ou colaginose, doença reumatológica.

Após isso pergutaremos sobre algumas das características dessas doenças,


febre, perda de peso, se tem animais em casa, tuberculose, altralgias… (algumas
coisas serão respondidas com sim outras com não…)

Ao exame físico (no abdome) não se palpa baço, fígado

O hemograma dela é normal…

Todo esse processo termina ao final do nosso semestre, aqui.

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