Módulos:
Outubro de 2012
A partir daqui começam a surgir as primeiras vozes discordantes, tendo o seu epílogo
com a publicação em 1962, do livro Silent Spring de Raquel Carson, escrito com paixão
e, talvez por isso, incluindo argumentação sem fundamento científico, mas em que a
autora denuncia o futuro com Primaveras silenciosas resultantes da acção destruidora
dos pesticidas relativamente às aves.
Com este livro, e a partir do movimento por ele provocado na população dos Estados
Unidos da América (EUA), o presidente Kennedy, emana directivas no sentido de se
tornarem mais exigentes os regulamentos de fiscalização de novos pesticidas.
Ao longo dos anos verificou-se a evolução dos métodos do SNAA e no final da década
de 70, surgiram os “Esquemas Tipo de Tratamentos”. Estes esquemas baseiam-se na
identificação dos inimigos da cultura, períodos de actividade, produtos
fitofarmacêuticos de acordo com características biológicas e indicação sobre
oportunidade de tratamentos.
O ponto máximo desta evolução deu-se em 1992 com a publicação no âmbito das
Medidas Agro–Ambientais da nova Política Agrícola Comum (PAC), o REG. CEE.
2078/92.
1) Implementação de medidas visando a limitação natural dos inimigos das culturas com
vista a prevenir ou evitar o seu desenvolvimento;
4) O uso de produtos fitofarmacêuticos apenas pode ter lugar quando atingido o nível
económico de ataque ou, quando este não tenha sido estabelecido a nível nacional,
seja devidamente justificado o seu uso face à importância e extensão dos estragos ou
prejuízos causados pelo inimigo a combater;
8) Entendimento da qualidade dos produtos agrícolas como tendo por base parâmetros
ecológicos, assim como critérios usuais de qualidade, externos e internos;
10) Minimização de alguns dos efeitos secundários decorrentes das actividades agrícolas.
g. A estratégia de fertilização;
A prática da protecção integrada, exige o conhecimento da cultura, dos seus inimigos e dos
organismos auxiliares da cultura, de forma a poder efectuar a estimativa do risco, aplicar
correctamente os níveis económicos de ataque, seleccionar os meios de luta mais adequados
para o combate desses inimigos, recorrendo á luta química, só quando for indispensável e
utilizando apenas os produtos fitofarmacêuticos constantes da lista de produtos permitidos em
protecção integrada.
Protecção Integrada: além dos dados referentes à identificação das parcelas, devem
ser registados os estados fenológicos da cultura, observações realizadas em relação
aos principais inimigos da cultura, as datas dos tratamentos realizados e os produtos
fitofarmacêuticos utilizados;
Produção integrada: para além dos dados registos anteriormente referidos, devem
ser registados os dados referentes ao sistema de produção, nomeadamente podas,
regas, fertilizações e colheita.
Períodos de nocividade
Sintomas na cultura
Avisos
Condições meteorológicas
Tomada de decisão
Eficácia e persistência;
Preço.
• Temperatura
• Precipitação
• Duração de humectação
• Rápidos
• Simples
Observação visual:
• Determinação periódica
Pragas
Doenças
Infestantes
Auxiliares
Através da :
Coleópteros
Neurópteros
Heterópteros
Tipo de armadilhas:
• Sexuais
• Cromotrópicas
• Alimentares
• Intercepção
Idade do macho;
Climáticos – Temperatura;
Precipitação;
Humidade relativa;
Período de duração;
Composição da feromona;
Tipo de armadilha;
Localização da armadilha.
Pomar – Dimensão;
Forma.
Factores de nocividade:
Luta legislativa x
Luta genética x
Luta cultural x x
Luta física
Luta mecânica x x
Luta térmica x
Luta biológica x x
Luta biotécnica x
Luta química x
LUTA CULTURAL: Práticas culturais que visam reduzir a população dos inimigos das culturas.
Eliminação de infestantes;
— desinfecção/desinfestação e monda
Termoterapia
Monda térmica
Barreiras físicas:
Coberturas de rede, …
Selecção da cultivar;
Rotações, consociações;
Fertilização
1) Correcção do pH ( equilíbrio)
— calcário, enxofre, mat.org.
LUTA BIOLÓGICA
Conceitos Basilares:
Predador - com larva ou ninfa geralmente muito móvel, capturando a presa matando-a
imediatamente e ingerindo-a mais ou menos completamente ou sugando o seu
conteúdo, deixando o tegumento vazio.
Parasitóide - insecto, cuja larva sem patas (àpoda) vive em permanente contacto com
o hospedeiro de que se alimenta, quer à superfície (ectoparasitóide) quer no seu
interior (endoparasitóide), causando a sua morte mais ou menos rapidamente mas só
no final do desenvolvimento do seu estado larvar.
Artrópodes entomófagos
predadores
parasitóides
— largadas inoculativas
— largadas inundativas
— bactérias (Bt)
Nematodicidas
COMO ?
- Bordaduras ervadas
- Adubos verdes
- Sebes
Sebes compostas
— tolerância
— cultivar imune;
LUTA BIOTÉCNICA
os semioquímicos;
a luta autocida.
Os semioquímicos são substâncias ou misturas de substâncias emitidas por uma espécie que
interferem no comportamento de organismos receptores da mesma ou outras espécies.
• estimativa do risco;
• captura em massa;
• atracticida;
• método da confusão.
Bichado;
Traça da uva;
Traça da azeitona.
· a síntese da quitina;
· a deposição da cutícula.
Área abrangente - utilização de luta autocida em grandes áreas, que ultrapassam largamente
a dimensão da exploração agrícola, para reduzir a população do inimigo da cultura a valores
inferiores aos que possam causar prejuízo.
Mosca da fruta;
Mosca da azeitona;
Bichado da macieira.
Modo de acção - interferência letal com os mecanismos vitais, que está relacionada
com o tipo de pesticida.
Insecticidas:
• sistema nervoso;
• cutícula (ruptura);
• sistema respiratório;
Fungicidas:
• membrana celular;
• núcleo;
• respiração;
• desconhecido ou múltiplo
Herbicidas:
• parede celular;
• divisão celular;
• desenvolvimento celular;
• respiração, fotossíntese;
• lípidos ou carotenóides;
• desconhecida.
Efeitos secundários - as acções diferentes daquela para a qual o pesticida foi usado,
benéficas ou não, imediatas ou retardadas, e que resultam da utilização autorizada
pelos serviços oficiais.
12. Não reutilizar embalagens vazias e destruí-las ou perfurá-las para impedir possíveis
reutilizações.
Para que possam ser comercializados e utilizados têm de estar homologados, isto é,
tem de estar de acordo com as leis estabelecidas pelo estado Português.
Legislação em vigor
Não estão abrangidos por este diploma os produtos fitofarmacêuticos de baixo risco,
com excepção das normas aplicáveis aos resíduos de embalagens e excedentes
destes produtos fitofarmacêuticos.
2. Os PF devem estar separados por grupo, para que se evitem confusões / trocas que
podem ser graves na altura da aplicação
6. O armazém deverá ser seco e não demasiado quente para evitar o deterioramento das
embalagens e do produto nelas contido
9. No armazém deve estar, junto dos produtos, o nº dos bombeiros, hospital, centro
nacional anti-venenos
10. A iluminação, no armazém, deve ser suficiente para permitir o trabalho de estiva,
inspecções de rotina de produtos e leitura de rótulos. Convém situar os interruptores
fora do armazém numa divisão de fácil acesso a partir do exterior
Produtos Fitofarmacêuticos
Tipo de formulação;
Informação sobre os inimigos das culturas para as quais o produto está aprovado;
O modo de aplicação;
Aquisição dos produtos – deve assegurar-se que o produto é adequado para tratar
do problema que afecta a cultura que se pretende proteger, conhecer os riscos a que
estarão expostos o homem e o ambiente durante e após a utilização do produto e
verificar se o intervalo de segurança é o adequado às situações a que se destina.
Entrada na área tratada – esta não deve ser efectuada no decurso do intervalo de
reentrada na cultura, isto é, durante o período que medeia entre a aplicação e o
momento em que é permitida de novo a entrada na cultura às pessoas e aos animais,
no caso de ter sido estabelecido tal intervalo.
Colheita de produtos agrícolas – a colheita destes produtos não pode ser efectuada
antes de decorrido o intervalo de segurança.
COLOCAÇÃO DE PF NO MERCADO:
Os LMR são:
NÍVEIS DE RESÍDUOS:
50.000 litros
Caso o resíduo presente no produto agrícola exceda o respectivo LMR, esse produto
agrícola é considerado ilegal e poderá ser rejeitado do mercado nacional ou de
exportação.
Período de tempo que deve decorrer entre o último tratamento com um determinado
produto, e a colheita da cultura tratada, de modo a evitar perigos para o consumidor.
PERSISTÊNCIA:
DEPÓSITO:
ƒAs embalagens não rígidas de qualquer capacidade devem ser esgotadas do seu
conteúdo, mas não deverão ser lavadas.
Nas datas definidas para a recolha, deverá entregar o saco com as embalagens vazias
nos Centros de Recepção identificados com o símbolo VALORFITO.
“Restos da calda”
Nestes casos é necessário determinar a razão pela qual existiu excesso de calda e
corrigir o procedimento em futuras aplicações.
Características do operador;
Gravidade do risco;
Caracterização do EPI:
Preparação da calda;
Aplicação;
Fato de protecção;
Luvas;
Viseira;
Aplicação da calda
Fato de protecção;
Luvas;
Chapéu;
Fato de protecção;
Luvas;
LEGISLAÇÃO APLICÁVEL:
Decreto-Lei n.º 128/1993 de Abril, na redacção dada pelo Decreto-Lei n.º 139/1995, de 14
de Junho
A escolha depende de :
6- Perfil topográfico
São as máquinas de que o agricultor recorre para aplicar os tratamentos químicos com
que protege as suas culturas.
Não deveremos esquecer que um bom produto poderá não ser eficaz se mal
aplicado!!!
- Pó molhável;
- Pó Solúvel
- Pastilhas solúveis;
- Emulsão concentrada;
- Solução aquosa;
Existem no entanto outras que não são de uso generalizado e que correspondem
a situações específicas e a produtos específicos (ex. horticultura) e que resultam
da adaptação mais ou menos engenhosa que o agricultor faz e, que no entanto
acabam por ser igualmente eficazes.
Pulverizadores
Polvilhadores
Pulverizadores centrífugos
Distribuidores de grânulos
Nebulizadores
Pulverizadores, são máquinas que tem por finalidade aplicar os produtos fitofarmacêuticos
nas culturas utilizando um determinado volume de calda.
A divisão da calda e transporte das gotas é efectuado por acção de pressão do líquido.
À saída dos bicos de pulverização há uma queda brusca da pressão o que faz com que
a calda se divida em gotas grossas e desiguais.
Debitam quantidades próximas de 1.000 litros por hectare (por vezes podem chegar
até aos 1500 litros/há)
Alto Volume
Volume do alvo biológico que é coberto pelo aparelho, em cada momento é reduzido;
O diâmetro médio das gotas produzidas é elevado ( > 300 µm ) logo o escorrimento da
calda para o solo é abundante;
Médio Volume
A cobertura do alvo biológico é menos desigual, porque a penetração das gotas para o
interior daquele é facilitada pela corrente de ar produzida pelo ventilador de que está
munido o aparelho;
O arrastamento das gotas mais pequenas pelo vento é significativo, assim como as
perdas por evaporação.
Tanto a divisão da calda como o transporte é realizado por acção da corrente de ar gerado por
uma turbina que impele para o tubo direccional.
Baixo Volume
O arrastamento das gotas pelo vento e as perdas por evaporação podem ser muito
importantes.
Existem outras máquinas mais sofisticadas, designadas por máquinas de ultra baixo
volume, que debitam quantidades muito reduzidas.
As gotículas são de dimensão muito reduzida.
Assim:
DISTRIBUIÇÃO DE GRÂNULOS
NEBULIZAÇÃO (“fumigação”)
O aerossol corresponde a uma emissão de um produto sob a forma de gotas muito pequenas,
inferiores a 50 micrómetros ou 25 micrómetros a que, segundo Matthews (1992),
corresponderão as designações de aerossol "grosseiro" e "aerossol "fino". Todavia, Matthews &
Thornill (1994), empregam a expressão inglesa de "fog" para gotas com diâmetro inferior a 25
micrómetros
Ensaio em branco
Exemplo:
300lt 5400m2
X 10000m2
X = 555,5lt/ha
Dose:
Exemplo:
Usar 3Kg de produto por hectare. Podem gastar-se diferentes quantidades de água ( 500L,
800l,1000L etc.). Temos de misturar a quantidade produto na água que pretendemos gastar,
variável com o tipo de cultura, o seu desenvolvimento e a técnica de aplicação.
Concentração:
É a quantidade de produto que se deve diluir em 100 litros de água a fim de respeitar a
dose indicada pelo Fabricante, no respeito do débito do aparelho de aplicação.
Exemplo:
Uma calda a 2% significa que se deve adicionar à água, por cada 100 litros, 2 Kg ou 2 L de
produto.
Todavia, as doses correctas tem a ver com o débito do pulverizador que vamos utilizar e que
temos de conhecer antes da sua utilização.
Para se conhecer com exactidão o débito duma máquina de aplicação, faz-se um ensaio em
branco.
Princípios gerais:
Cultura:
Biologia
Fenologia
Práticas culturais
Inimigo:
Bioecologia
Nocividade
NEA
Método de luta:
Eficácia
Risco
Custos
Utilizam-se volumes de calda diferentes, bicos diferentes e equipamentos que não se devem
(não se podem) utilizar tais como os atomizadores.
Em qualquer dos casos deve-se trabalhar às 540 rpm na TDF e com uma velocidade de
trabalho entre os 3 e 5 Km/hora.
RAZÕES:
Evitar oclusão dos orifícios dos bicos e dos filtros ou ocasionar danos nos
componentes internos da bomba;
Usar uma água tão limpa como a água de beber, uma pequena quantidade de limo ou
de partículas de areia:
II - Utilização de FILTROS
O pulverizador deve estar equipado com filtros colocados em três locais distintos : o
filtro de enchimento, de malha larga, na boca do depósito, o filtro de protecção da
bomba, de malha média, à entrada da bomba e filtros nos bicos, de malha apertada;
IV - Não usar objectos de metal para DESENTUPIR OS ORIFÍCIOS dos bicos e filtros
Nesta operação dever-se-á utilizar água corrente sob a forma de jacto forte
incidindo sobre o orifício do bico ou sobre os filtros ou uma escova (do tipo da
escova de dentes) e solução detergente
PRINCIPAIS CONCLUSÕES:
6º Encher o pulverizador com água limpa até um terço da sua capacidade e esvaziá-lo
a pressão que é normalmente utilizada no trabalho;
Artigo 3.º
Instalações
3. Tendo em consideração o volume e as classes de perigo dos PF, indicadas nos rótulos, as
instalações de venda devem obedecer às recomendações emanadas pela DGPC.
Por exigência do Artigo n.º 10 do Dec. Lei nº 173/2005 as empresas de distribuição e/ou
venda de produtos fitofarmacêuticos têm que formalizar o pedido de autorização do exercício
da actividade, à DRAP.
Declarações:
Localização
b) – Local não sujeito a inundações e afastado, pelo menos de 10 metros, de cursos de água,
poços e de captações de água;
Edificação
Os elementos de aço que suportam a carga devem ser protegidos do calor, isolando-
os, por exemplo com cimento vermiculite vaporizado.
Em armazéns contíguos, paredes internas do tipo corta-fogo com boa resistência física,
até 1 m acima do telhado.
Para atingir a desejada resistência ao fogo, as paredes de betão armado devem ter no
mínimo 15 cm de espessura e as paredes de tijolo uma espessura de 23 cm.
O tijolo oco não é adequado. Os blocos de betão desprovidos de reforços devem ter
uma espessura mínima de 30 cm
As paredes corta fogo não devem ter aberturas para a passagem de cabos eléctricos
ou outros tubos;
Quando o tecto for de construção solida, há que proporcionar meios para libertação do
fumo e do calor, instalando painéis transparentes de baixo ponto de fusão ou painéis
de ventilação, com uma abertura útil de pelo menos 2% da área do telhado.
Para uma boa circulação de ar nos armazéns, recomenda-se deixar um espaço livre de
1 metro entre a parte mais alta dos produtos e o tecto, assim como entre as
mercadorias e as paredes.
Os painéis de ventilação têm que estar permanentemente abertos, ou ser possível abri-
los manualmente, ou ainda de abertura automática em caso de um incêndio.
Retenção
Deverão ser previstos meios para reter quaisquer derrames ou água de combate a
incêndio.
Drenagem
O edifício deve estar situado num local que permita reduzir o risco de que água
contaminada atinja os cursos de água, as reservas de água subterrânea ou os
sistemas de drenagens publicas.
Instalação eléctrica
Caso exista aquecimento este deverá ser apenas com vapor de água
Saídas de Emergência
Além das portas principais, devem existir saídas para o caso de emergência. Estas
devem estar situadas a uma distancia máxima de 30 m de qualquer ponto interior do
armazém
Existirem meios de protecção contra incêndios e meios para uma primeira intervenção.
PLANO DE ARMAZENAMENTO
- a natureza;
- quantidade;
- localização
Embalagens
Arrumação dos PF evitando contaminação entre eles com separação por categorias
de perigo e função.
Armazenamento em blocos
Incluir uma passagem para inspecção de pelo menos 0,5m entre blocos e 1m de
intervalo ao longo da parede.
Armazenamento em prateleiras
Armazenamento no exterior
As embalagens resistentes ao mau tempo, tais como tambores de 200 litros podem ser
armazenadas ao ar livre, desde que o seu conteúdo não seja sensível a temperaturas
extremas e se possa garantir a sua segurança.
Todos os locais, compartimentos e armazéns com PF têm que ser fechados à chave,
evitando o acesso a pessoas não autorizadas.
Local
Janelas
Caso existam janelas, estas deverão ser posicionadas a grande altura e conter grades
para impedir a entrada de pessoas não autorizadas.
Formação
Todo o pessoal que trabalha no armazém deve receber uma boa formação. Deve ser mantido
um registo permanente de formação.
Empilhadores
Têm de circular com os garfos em posição baixa e não devem transportar passageiros.
Recomenda-se que exista um extintor em cada monta cargas.
As instalações para a carga das baterias dos empilhadores devem estar situadas numa
área aberta distante e livre de produtos armazenados.
Se a carga das baterias for efectuada num local fechado, tem de haver uma abertura
de ventilação, situada num nível alto para libertação do hidrogénio gerado, o qual e
mais leve do que o ar.
Dentro do armazém têm que existir meios para solucionar problemas com derrames ou
embalagens danificadas.
Qualquer derrame deverá ser rapidamente contido, de modo a evitar que o mesmo se
espalhe a outras áreas do armazém, pelo que deve existir:
Vassoura e pá;
Recipientes vazios;
Aspirador industrial;
Em caso de derrame:
A água de lavagem deveremos evitar que ela escorra para outras áreas do armazém,
utilizando novamente material inerte absorvente.
Eliminação de Resíduos
Todos os resíduos químicos têm de ser eliminados de forma segura. Nem sequer pequenas
quantidades derramadas podem ser deixadas directamente na agua, sistema de drenagem,
rede de esgotos ou qualquer curso de água.
"Stocks" obsoletos;
Embalagens contaminadas;
Sistemas de Alarme
Extintores de Incêndio
Os extintores moveis ou portáteis, devem estar situados em cada piso perto das portas
de entrada/saída normais;
Mangueiras hidrantes
Quando se utilizam mangueiras enroladas, tem de ser possível alcançar qualquer parte
do armazém com a descarga de pelo menos uma mangueira.
Plano de Emergência
A queima de embalagens
É proibida;
Pode gerar gases que danificam as culturas, no caso dos herbicidas, ou que afectam
mesmo a saúde humana e animal.
Nos períodos de recolha, previamente definidos, deverão transportar esses sacos para os
locais de recepção;
SINALIZAÇÃO
Instalações
Deve existir sinalização adequada quanto: aos perigos e riscos, saídas de emergência
e equipamento de combate a incêndio e acções não permitidas no local.
• Sinais de PROIBIÇÃO – de forma redonda com pictograma negro sobre fundo branco e
margem e faixa diagonal vermelhas (ex.: proibição de entrada a pessoas não autorizadas,
proibição de fazer lume e de fumar, proibição de fumar).
• Sinais de AVISO – de forma triangular com pictograma negro sobre fundo amarelo e margem
negra (ex.: produtos inflamáveis, produtos tóxicos, produtos corrosivos).
Percurso de evacuação
1. Plasticidade
2. Textura
Nutrientes
Lei do Mínimo:
“Assim como a água não pode subir numa barrica à qual lhe falta uma aduela, também
as produções não poderão subir sempre que falte um elemento nutritivo”.
Não se deve aplicar adubos azotados no período que decorre entre início de
Setembro e fins de Fevereiro.
O azoto mineral não deve ser aplicado à instalação do pomar, por se poder perder
antes de ser utilizado pelas plantas, indo contaminar os lençóis freático.
Carências
Redução de produção;
Amarelecimento (clorose) precoce das folhas mais velhas, devido á sua elevada
mobilidade dentro da planta.
As folhas ficam macias, a sua cor muito escura e as margens das folhas reviram.
Sensibilidade à Botrytis.
FÓSFORO
Carências
Atraso na rebentação;
Pouca floração;
Frutos pequenos/achatados.
Carências
Manifesta-se inicialmente nas folhas mais velhas que ficam com uma cor verde
amarelo pálido e com um aspecto esfarrapado, quebradiço e espessas (manchas
acastanhadas entre as nervuras e enrolamento das folhas velhas da base em direcção
à página superior, que é notável no período quente);
Traduz-se por uma redução do crescimento e queda dos gomos, lenhificação deficiente
dos tecidos vasculares, crescimento pobre do botão, redução do número e tamanho
dos frutos;
Carências
Origina atrofiamento apical das raízes e dos lançamentos novos (desenvolvimento dos
gomos terminais);
Necrose das nervuras das folhas mais novas, que se tornam necróticas e negras;
As folhas enrolam para cima, secam e ocorre a desfolha da planta, assim como, a
morte dos botões axilares na junção dos pecíolos e caule.
Na migração do fósforo;
Carências
Traduz-se por cloroses amarelo-verde pálida nas folhas mais velhas que se iniciam na
margem da folha (extremidades) até à nervura central ( na forma de V invertido), e num
estado mais avançado surgem necroses entre as nervuras das folhas mais velhas;
Por vezes, a margem da folha permanece verde, começando a necrose longe desta,
formando-se muitas vezes na folha uma zona necrótica, em forma de ferradura.
ENXOFRE
Carências
Traduz-se por uma redução do crescimento e clorose nas folhas jovens que se
desenvolve a partir da margem e pode afectar toda a planta.
Carências
Traduz-se por clorose entre as nervuras das folhas jovens na zona da extremidade,
passando de amarelo a branco;
MANGANÉSIO
Carências
Clorose entre as nervuras das folhas mais velhas e desenvolve-se a partir da margem
em direcção à nervura central;
Na indução da floração.
Carências
Traduz-se por cloroses amarelas nas folhas mais velhas, as nervuras ficam verde
escura, à uma redução drástica da dimensão das folhas sobretudo nas mais jovens e
encurtamento dos entrenós.
COBRE
Carências
Traduz-se por clorose entre nervuras nas folhas jovens, redução do crescimento da
parte aérea das plantas, desfoliação prematura dos ramos afectados e necrose da
extremidade dos mesmos.
Carências
MOLIBDÉNIO
Carências
CLORO
Na absorção do K.
Carências
traduz-se por um aspecto desidratado das margens das folhas, mesmo na presença de
teores adequados de água, redução da taxa de multiplicação celular e do crescimento
das raízes.
Aumentar a rentabilidade
Nos pomares com 4 anos de idade ou mais é obrigatório proceder à análise de terra de
quatro em quatro anos.
Deve ser recolhidas na zona de projecção da copa de cada uma das plantas, sub-
amostras de terra correspondentes à camada de 0-50 cm de profundidade.
Evitar locais que tenham sido ocupados com montes de estrume, adubos ou cinzas;
Retirar cerca de 0,5kg de terra para um saco de plástico, que deve ser fechado e
devidamente identificado com duas etiquetas uma fora e outra dentro do saco.
pH; AI - PI
Matéria orgânica; AI - PI
Boro extraível; PI
Bases de troca; AI
Análise granulométrica; AI
Nos caso em que se aplique ou se pretenda vir a aplicar RSU’s ou lamas de ETAR tratadas,
como correctivos orgânicos, é sempre obrigatório efectuar as análises dos correctivos, bem
como do solo;
ANÁLISE DE PLANTAS/FOLHAS
A colheita das amostras deve ser efectuada pela manhã ou ao fim do dia.
Por vezes é difícil distinguir entre uma deficiência num macronutriente e a toxicidade de
um micronutriente;
N = 0,000226 x T x V x F
em que:
F - é um factor que depende da eficiência da rega e que será igual à unidade se não houver
quaisquer perdas de água; em rega localizada um valor de 0,90 – 0,95 é considerado bom.
As pulverizações foliares com soluções nutritivas adequadas serão a via mais rápida
para corrigir tais carências.
• Necessidades nutritivas das plantas, para níveis realistas de produção, em função das
capacidades produtivas, qualidade do solo e possibilidade de assegurar as restantes
operações culturais;
• criação de nichos ecológicos para grande diversidade de organismos vivos, desde pequenos
mamíferos a fungos e bactérias;
Aconselha-se a sua aplicação sempre que o seu teor seja inferior a 2,5 %.
Os organismos cujo habitat natural é o solo são responsáveis por grande parte das
transformações químicas, por tornar disponíveis os nutrientes e pela modificação da
estrutura do solo.
O húmus tem natureza coloidal, com superfície específica muito elevada e, por isso,
com grande capacidade de adsorção de nutrientes.
As raízes e os resíduos da parte aérea das culturas que ficam no terreno são utilizados
por organismos do solo, em dois processos: decomposição de matéria orgânica com
libertação de substâncias minerais – mineralização, e síntese de novas moléculas –
humificação.
Consegue formar quelatos com vários metais, como zinco e ferro, que ficam solúveis e
disponíveis para as plantas.
Essas épocas dependem das culturas, condições climáticas e formas químicas dos
nutrientes a aplicar.
Nas culturas semeadas no Outono, o azoto aplicado nas adubações de fundo, deve ser
em quantidades reduzidas e sob forma amoniacal ou ureica.
Nas culturas de Primavera-Verão, o azoto pode ser aplicado na adubação de fundo das
culturas de ciclo vegetativo mais curto, como é o caso da maioria das hortícolas.
Nas restantes, de ciclo vegetativo mais longo, a aplicação do azoto deve ser
fraccionada, 1/3 a 1/2 na adubação de fundo e o restante numa ou mais adubações de
cobertura.
A partir do primeiro ano e até ao quarto ano, podem aplicar-se doses moderadas e
crescentes de azoto, fósforo, potássio e magnésio, dependendo as quantidades a
aplicar do grau de desenvolvimento das plantas, do tipo de solo e da forma de
aplicação do adubo (directamente ao solo ou na água de rega).
Se o adubo não for incorporado na rega poder ser aplicado por duas vezes (início de
Março e início do engrossamento dos frutos).
Não se deve aplicar adubos azotados no período que decorre entre início de Setembro
e fins de Fevereiro.
Estes valores são expressos em relação à matéria seca a 100 – 105 ºC e referem-se a
folhas anexas ao último fruto na época do engrossamento (meados de Julho).
As pulverizações foliares com soluções nutritivas adequadas serão a via mais rápida
para corrigir tais carências.
Dado que os solos, na sua quase totalidade, não dispõem de fertilidade suficiente,
torna-se necessário recorrer à aplicação de substâncias que possam aumentar-lhes a
capacidade produtiva.
Fosfatos naturais moídos – solúvel nos ácidos minerais – contém fosfato natural
tricálcico (35%P2O5) – Bons resultados em prados cujo pH é ácido.
- Sais concentrados – obtidos por tratamento químico dos sais brutos – ex: cloreto
de potássio (60%K2O + 3%NaCl) – não deve ser usado no tabaco (diminui a
combustibilidade), linho, hortícolas e vinha de vinhos finos (menor preço). ex: sulfato
de potássio K2SO4 (%50%K2O + 45%SO3).
São designados por uma fórmula de três números, o primeiro indica a percentagem
de N, o segundo a de P2O5 e o terceiro a de K2O.
» N-P – ex: 10-20-0 – são em geral muito solúveis (fornecem ácido fosfórico muito
solúvel na água e facilmente assimilável).
» especiais - ex: 7-14-14 especial – são adubos de qualquer dos grupos anteriores
a que se adicionaram micronutrientes, pesticidas, reguladores de crescimento, etc.
Correctivos – são fertilizantes que vão actuar nas culturas por forma essencialmente
indirecta, exercendo uma acção benéfica nas características físicas, químicas e
biológicas dos solos.
Dividem-se em:
1- óxido de cálcio (CaO - cal viva) com poder neutralizante de 179 – cáustico,
pouco cómodo de aplicar, pode causar danos à germinação de sementes, actuam
rapidamente e como absorve rapidamente a água tem tendência a formar crostas de
difícil decomposição e difusão.
A fertilização tem que ser uma prática que apresente compensação económica, isto
é, que permita um aumento de produção cujo valor exceda os encargos decorrentes da
compra e da aplicação dos fertilizantes.
» aplicações a lanço (ou por difusão) – quando os fertilizantes são espalhados sobre todo o
terreno;
» aplicação localizada;
» aplicação a lanço;
» fertirigação: quando os fertilizantes são aplicados pela água da rega; adequada para
fertilizantes líquidos ou solúveis em água, especialmente compostos azotados; as quantidades
e época de aplicação, bem como as dotações de rega, devem ser convenientemente
determinadas, de modo a evitar perdas acentuadas por lixiviação;