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1
Bolsista do Progr. Ciência na UNESP – Projeto: A Informática e o Ensino de Matemat.
2
Bolsista do Projeto do Núcleo de Ensino - UNESP - ProGrad
* Profa. Dep. Matemática – Coordenadora dos Projetos/Orientadora
Sumário
Introdução 01
Referências 23
Introdução
Os softwares Geogebra e Maple são ferramentas poderosas no
estudo de vários conteúdos matemáticos. O objetivo deste trabalho é utilizar mais
diretamente o software Geogebra no estudo das cônicas e o Maple no estudo das
quádricas (porém o Maple pode também ser usado no estudo das cônicas). O
GeoGebra é um software livre, enquanto que o Maple não. Chama-se Cônica ao
conjunto dos pontos P = (x,y) em E2 tais que: G(x,y) = ax² + by² +cxy + dx + ey + f =
0, onde a, b, c, d, e, f, são números reais com a² + b² + c² > 0. É fácil obter a partir
da equação anterior exemplos de cônicas dadas por um ponto, o conjunto vazio,
uma elipse ou circunferência, a reunião de duas retas concorrentes, uma hipérbole,
uma parábola, uma reta ou duas retas paralelas. De fato, prova-se que estes são
todos os tipos possíveis de cônicas. Chama-se Quádrica ou Superfície Quádrica ao
conjunto dos pontos P = (x,y,z) em E3 tais que G(x,y,z) = ax² + by² +cz2+dxy + exz +
fyz + gx + hy +iz + j = 0, onde a, b, c, d, e, f, g, h, i, j, são números reais, com a, b,
c, d, e, f, não simultaneamente nulos. Os exemplos mais interessantes de quádricas
são o elipsóide, hiperbolóide de uma folha, hiperbolóide de duas folhas, cone
elíptico, parabolóide elíptico, parabolóide hiperbólico ou sela. Usando os recursos
dos softwares podemos visualizar melhor as cônicas e quádricas e observar suas
propriedades. Em algumas situações pode-se notar também certa limitação dos
softwares.
O primeiro capítulo será dedicado ao estudo das cônicas com o
GeoGebra. No segundo capítulo trataremos das quádricas e o software utilizado será
o Maple.
1
Capítulo 1- Introdução ao Estudos
das Cônicas com o GeoGebra
1.1 Cônicas
Apresentamos uma breve introdução ao estudo das cônicas - incluindo o
Teorema de Classificação e alguns exemplos. O leitor interessado poderá ver mais
detalhes em Boulos e Camargo [1], Cap. 22 e 23.
Elipse: A elipse é o lugar geométrico dos pontos de um plano para os quais a soma
das distâncias a dois pontos fixos distintos F1 e F2 é uma constante 2a (maior que a
distância entre os dois pontos fixos). Mais precisamente, consideremos um plano π e
dois pontos F1 e F2 (de π) tais que d(F1,F2) = 2c > 0. Seja a > c. Ao conjunto de
pontos P ∈ π tais que d (P, F1) + d (P, F2) = 2a (1) dá - se o nome de elipse. Os
pontos F1 e F2 são denominados focos da elipse.
Equação reduzida : Tomando um sistema ortogonal, considerando os focos F1 = (-c, 0)
e F2 = (c, 0) (isto é, sobre o eixo OX), P = (x, y) e considerando b = a 2 − c 2 , deduz-
se, da igualdade (1), a equação na forma reduzida :
x2 y2
+ =1 (*).
a2 b2
2
F1F2 : segmento focal .
3
Nomenclaturas:
F1, F2 : focos,
2c : distância focal,
A1A2 : eixo transverso,
B1B2 : eixo conjugado,
O : centro ( é o ponto médio do segmento F1F2 ) ,
A1, A2 : vértices,
F1F2 : segmento focal,
r e s : assíntotas.
Parábola: Consideremos num plano π um ponto F e uma reta r, tal que F ∉ r, fixos.
A parábola é o lugar geométrico dos pontos de π equidistantes de F e r. O ponto F
chama-se foco e a reta r chama-se reta diretriz. Chamamos parâmetro da parábola, e
representamos por 2p, a distância entre o foco F e a reta r.
Equação reduzida: Tomemos um sistema ortogonal OXY e suponhamos que F
esteja sobre o eixo OX , que r seja paralela ao eixo OY, que a origem O seja o ponto
médio de HF, onde H é a projeção ortogonal de F sobre r (ou seja, O é o “vértice” da
parábola) e que F esteja à direita de r. Daí, como 2p = d (F, r), temos, nesse caso, que
F = (p , 0) e r : x = - p. Então x + p = 0. Logo, P = (x,y) está na parábola se e
somente se d (P,F) = d (P, r), isto é,
2 x + p
(x - p) + y2 =
12 + 02
que é equivalente a (elevando ao quadrado e simplificando), a:
y² = 4px (***)
Esboço da parábola (no caso y² = 4px, F=(p,0) e r: x=-p). ):
4
Observação: São também equações reduzidas da parábola:
y2 = - 4px, (quando F=(- p, 0) e r: x=p, i.é, V = O, F ∈ ao eixo OX e está a esquerda de r),
1 2
y= x , (quando F=(0, p) e r: y = - p, i.é, V=O, F ∈ ao eixo OY e está acima de r),
4p
1 2
y=− x , (quando F=(0, -p) e r : y = p, i.é, V=O, F ∈ ao eixo OY e está abaixo de r).
4p
Definição (caso geral): Chama-se Cônica ao conjunto dos pontos P = (x, y) em E2,
onde E2 denota o plano euclidiano, tais que: g(x, y) = ax² + by² +cxy + dx + ey + f = 0,
sendo a, b, c, d, e, f números reais com a² + b² + c² > 0.
Exemplos de cônicas:
1- O conjunto vazio: g(x,y) = x² + y² + 1 = 0.
2- Um ponto: g(x,y) = x² + y² = 0.
3- Uma reta: g(x,y) = (x+y)² = x² + 2xy + y² = 0.
4- Reunião de duas retas paralelas: g(x,y) = (x+y)(x+y+1) = x² +2xy+y²+x+y = 0.
5- Reunião de duas retas concorrentes: g(x,y) = (x+y) (x-y) = x² - y² = 0.
6- Elipse: g(x,y) = x2 + 2y2 – 1 = 0.
7- Hipérbole: g(x,y) = x2 – y2 – 1 = 0.
8- Parábola: g(x,y) = x – y2 = 0.
9- Circunferência: g(x,y) = x² + y² - 1 = 0.
De fato, estes são todos os tipos possíveis de cônicas, mais precisamente, tem-se:
r r
Proposição: Fixemos um sistema ortogonal de coordenadas (O, i , j ) em E2. Seja Ω
um subconjunto de E2. Então Ω é uma cônica se e somente se Ω é de um dos tipos
listados acima (Boulos e Camargo [1], Apêndice C).
5
O Geogebra é um software gratuito e pode ser obtido facilmente em sites de
busca ou nos endereço http://www.geogebra.org/cms/.
O campo de Entrada é usado para escrever as coordenadas de pontos a
serem marcados/representados na tela, equações, comandos e funções, diretamente;
e esses objetos serão mostrados na área de trabalho, imediatamente após pressionar
a tecla Enter.
Observamos que no Geogebra, o sistema decimal usa ponto ao invés de
vírgula, assim usa-se (na caixa de entrada) 3.4 ao invés de 3,4.
A área de trabalho possui um sistema de eixos cartesianos onde o usuário
pode fazer as construções geométricas (diretamente, com o uso do mouse, ou usando
a Entrada) e ao mesmo tempo as coordenadas e equações correspondentes são
mostradas na janela algébrica.
Ao clicar em um dos itens/comandos do menu: Arquivo, Editar, Exibir,
Opções, Ferramentas, Janela, ou Ajuda (que tem em geral funções coerentes com o
próprio nome) e mantendo o botão do mouse apertado aparecerão sub-comandos que
podem ser selecionados para serem aplicados. Por exemplo, se a janela de álgebra
não esteja ativada, para ativá-la basta clicar em Exibir, no menu, e selecionar Janela
de Álgebra. Neste mesmo item (Exibir) podemos também, ativar/desativar os Eixos,
a Malha, além de outras funções:
6
É interessante observar que ao selecionar uma ferramenta/ícone obtemos no
lado direito da Barra de ferramenta inicial a informação de qual é a função desse
Motivados por essa facilidade, não descreveremos aqui cada uma das
ferramentas/ícones, mesmo porque não é nosso objeto fazer um estudo dos
comandos/ícones do Geogebra, mas sim utilizá-lo no estudo de certos conteúdos
matemáticos como polígonos, funções reais, e cônicas, como já citado no início.
Ressaltamos também que em Ajuda obtemos importantes informações para o
estudo/desenvolvimentos de atividades com o GeoGebra.
Para mudar a cor e/ou espessura de um objeto: Clique sobre o objeto com o botão
direito do mouse, a seguir clique em Propriedades e em Cor, para mudar sua cor, e
em Estilo (selecionado a seguir o nível de espessura) para mudar a espessura do
objeto:
7
Observamos que essa janela também é obtida no menu - Editar – Propriedades).
Podemos adequar a área de trabalho para melhor visualização de uma
construção/figura apresentada, usando a ferramenta Zoom. Para isso clique na tela
(na parte geométrica) com o botão do mouse direito e aparecerá uma tela como a da
Figura 8, selecione então a melhor aproximação.
8
Observação: Podemos copiar um trabalho feito na tela do GeoGebra e colar num
arquivo do Word, ou Paint, por exemplo. Isso pode ser feito abrindo o arquivo
desejado do GeoGebra, clicando em Arquivo, Exportar e selecionado, na tela que
aparece, Copiar para a Área de Transferência (Ctrl+Shift+C). Depois no arquivo (que
se pretende copiar – Word, por exemplo) use Ctrl+V para colar.
para obter a sua representação geométrica. No caso os focos são F1=(- 5 ,0)
e F2=( 5 ,0), e tomaremos como ponto da elipse o vértice B2=(0,2). Para
representar os focos entre na Janela Algébrica com os pontos (-sqrt(5),0) e depois
(sqrt(5),0). Para renomear os pontos (ou objetos) clique com o botão do mouse
direito na letra/nomenclatura existente, selecione Renomear na
caixa que irá abrir e em seguida digite o novo nome/ letra desejada. Os focos
(vértices) podem ser ainda obtidos digitando no campo Entrada Foco[c] (Vértice [c]),
onde c é a letra que indica/nomea a elipse na tela de trabalho. Vejamos (b):
9
Atividade 2: Representar geometricamente as cônicas dadas pelas equações:
x 2 y2 x2 y2 (x -1)2 (y - 2)2
(a) reduzida: − =( 2 − 2 ) =1 , (b) − = 1.
9 4 a c − a2 9 4
(a): 4 = b2 = c2-a2 = c2 – 9 ⇒ c2 = 9 + 4 =13 ⇒ c ~ 3.61
(b):
(a):
10
Figura 1.3.5 – Parábola (dada por equação reduzida)
11
(aqui usamos a ferramenta Zoom)
Figura 1.3.7 – Parábola
12
Capítulo 2 - Introdução ao estudo
de Quádricas com o Maple.
2.1 Quádricas – uma introdução
Chama-se Quádrica ou Superfície Quádrica ao conjunto dos pontos P =
(x,y,z) em E3 tais que G(x,y,z) = ax² + by² +cz2+dxy + exz + fyz + gx + hy +iz + j = 0,
onde a, b, c, d, e, f, g, h, i, j, são números reais, com a, b, c, d, e, f, não
simultaneamente nulos. Os exemplos mais interessantes de quádricas são o
elipsóide, hiperbolóide de uma folha, hiperbolóide de duas folhas, cone elíptico,
parabolóide elíptico, parabolóide hiperbólico ou sela.
Segundo Boulos e Camargo ([1], cap. 25), o nome quádrica vem do fato que
as equações que as descrevem são equações do segundo grau, ou equações
quadráticas.
6. Cone elíptico (ou quádrica cônica elíptica): é uma superfície quádrica cuja
equação padrão é da forma: x2/a2 + y2/b2 - z2/c2 = 0 (ou equivalentemente, x2/a12 +
y2/b12 = z2 (Quando a = b, obtém-se uma quádrica cônica de rotação. Também é
equação de um cone elíptico uma equação do tipo x2/a2 - y2/b2 - z2/c2 = 0 ou -x2/a2
y2/b2 - z2/c2 = 0 (ou seja nem todos os sinais do lado esquerdo são iguais).
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ortogonal de coordenadas em relação a qual S pode ser descrita, respectivamente,
pelas equações:
x2/a2 + y2/b2=1 (a≠b); x2/a2 - y2/b2 =1; y2 = cx.
Se na primeira equação consideramos a = b (a equação fica x2 + y2 = a2) e obtemos a
quádrica é denominada quádrica cilíndrica de rotação (ou cilindro reto ou circular).
Símbolos:
+ Adição, - Subtração, * Multiplicação, / Divisão, ^ Potenciação,
sqrt(x) x (Raíz quadrada de x), Pi Número Irracional π , exp(1), Número de
Euler e , abs(x) Valor absoluto de x (|x|), ! Fatorial.
Definindo Variáveis:
Para fazer a variável x receber um valor n, onde n é um número qualquer, digitamos o
comando de atribuição := (dois pontos seguidos do sinal de igual).
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> x:=5;
x:= 5
Para remover o valor atribuído à variável x, digitamos o comando unassign.
> unassign('x');
Observação: As letras E e I não podem ser usadas para definir novas variáveis pois
elas já representam números pré-definidos.
Expressões Algébricas: x
As operações básicas que podem ser feitas numa calculadora podem também ser
feitas no MAPLE V. Observe:
> x:=1;
x: = 5
> y:=2;
y: =2
> z:=-2;
z:= -2
> z^y;
4
> sqrt(y);
2
Como visto, um comando só é executado quando finalizado por ";" (ponto e vírgula) ou
":" (dois pontos). No caso dos ":" , o resultado não é exibido na tela, fica armazenado.
Isso é útil para economizar espaço quando se tem vários comandos ou quando se faz
um programa.
Podemos digitar vários comandos numa mesma linha.
> x+y; y-z; x*z;
3
4
-2
Em uma expressão numérica a ordem de resolução das operações deve ser
explicitada pelo uso de parênteses ( ), colchetes [ ] e chaves { }, se necessário.
> (x+z)*y;
-2
Comando Restart: Este comando "limpa" os comandos anteriores o que é importante
para não sobrecarregar a memória do computador.O comando restart, no início,
permite por exemplo, que você use a mesma letra para definir uma nova função.
> restart;
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Algumas opções do comando plot aparecem numa barra de menu exibida
quando o gráfico é selecionado. Por exemplo, para ver o gráfico com os eixos na
mesma escala, basta clicar no ícone [1:1] que aparece quando se seleciona o gráfico
através de um clique do mouse na região do mesmo. No entanto, a maioria das
opções, deve (e pode) ser colocada dentro do comando plot. Usando por exemplo a
opção scaling=constrained dentro do comando plot, o gráfico também será mostrado
com as mesmas escalas nos dois eixos. Exemplo:
> f: = x -> x-1/x:
> plot(f(x), x=0..5, scaling =constrained); (aqui uma função f(x) deve ser dada).
Devemos ter muita atenção/cuidado, pois o Maple é muito sensível à sintaxe. Não se
pode colocar, por exemplo: > plot(f(x), x=a..b), sem especificar um dos valores para a
ou b, que aparecerão mensagens de erro. Também o Maple não aceita x=a...b (três
pontos), novamente uma mensagem de erro será dada.
É interessante observar que, a não observação cuidadosa da escala vertical
pode levar a interpretações errôneas do comportamento da função. Às vezes é
necessário alterarmos a escala vertical, introduzindo a variação no eixo vertical y para
melhorarmos a visualização do gráfico como no exemplo:
> plot(f(x),x=0..5,y=0..9);
Quando as informações dadas a..b que especificam o intervalo [a,b] do eixo
horizontal x, e c..d do eixo vertical y, não são bem escolhidos a representação
geométrica fica prejudicada; torna-se necessário uma nova escolha.
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> implicitplot(expr, x=a..b, y=c(x)..d(x), options)
onde expr indica uma expression or equation depending on x and y.
Representando uma elipse:
> restart: with(plots):
> implicitplot(x^2/9+y^2/4=1, x=-5..5,y=-5..5,thickness=2);
ou simplesmente,
> implicitplot(x^2/9+y^2/4=1, x=-5..5,y=-5..5,thickness=2);
2) Style=estilo.
O estilo usado em geral (para representação de curvas) é o line, em que os pontos
usados para gerar o gráfico são ligados por uma curva. Um outro possível é point, em
que só os pontos são mostrados. No caso de superfícies podemos usar, por exemplo,
style=patchnogrid, style=wireframe, style=contour,
3) title= ‘titulo’
Especifica o título do gráfico. O padrão é sem título. O titulo deve ser um conjunto de
caracteres colocados entre dois acentos graves. Exemplo:
> plot(f(x), x=-2..2, style=point, title = ‘Gráfico de f(x)’);
4) thickness= n
Especifica a grossura da linha do gráfico. O padrão é n=0, e outros valores possíveis
vão de 1 a 15 para exibição no vídeo (imprimível até n=5).
5) color=cor
Especifica a cor do gráfico. É útil quando se quer obter várias funções num mesmo
gráfico. A cor padrão é red. Algumas possíveis cores são aquamarine, black, blue,
cyan, brown, gold, green, gray, khaki, magenta, maroon, orange, pink, sienna,
turquoise, violet e yellow. Outras tonalidades podem ser criadas, consultando a
Ajuda/Help através do comando ?plot[color].
6) tickmarks=[m,n]
Especifica o número de marcas numeradas nos eixos horizontal (m) e vertical (n),
além da marca da origem. Pode-se usar ainda as opções xtickmarks=m ou
ytickmarks=n para alterar as marcas apenas em um dos eixos.
7) axesfont=[fonte, n]
Define o tipo de fonte e o tamanho n usados na numeração dos eixos ou no título do
gráfico. fonte pode ser times, courier, helvetica ou symbol. Admite ainda as opções
bold e italic.
8) linestyle=n
Indica o estilo da linha do gráfico. Os valores possíveis para n vão de 1 (linha sólida,
que é o padrão) até 4 (interrompida-pontilhada).
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9) axes=eixo
Especifica o sistema de coordenadas. O padrão é eixo normal (no caso de figuras
planares). Já em superfície, em geral não aparecem os eixos. Algumas possibilidades
interessantes são axes=boxed e axes=framed. Se clicamos sobre uma
superfície/figura apresentada pelo Maple, aparecerá na barra acima várias
ferramentas, dentre elas (que nos fornecerá os vários estilos - Estilo de eixo em
caixa (boxed), em moldura (framed), normal e nenhum estilo de eixo). Clicando nessa
ferramenta, e selecionado um dos estilos, esse será aplicado/incorporado
imediatamente na figura que estava representada. No caso de representação no
plano, o procedimento é similar.
ou simplesmente:
> implicitplot3d(x^2/4 + y^2/5 + z^2/2 = 15, x= -10..10, y = -10..10, z = -10..10, title
= ‘Elipsoide’, thickness = 1, numpoints = 4000);
Observação: ao digitar x^2/4 + y^2/5 + z^2/2 = 15, na tela do Maple 16, aparecerá
x2 y2 z2
+ + = 15 .
4 5 2
18
2) Representar o elipsóide de equação x2/4+y2/5+(z-4)2/2=15. Comparar com o
primeiro elipsóide, o que ocorreu?
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Figura 2.3.4 - Parabolóide elíptico
20
Observe a falha do Maple (a figura inicialmente apresentada (1a) não parece um
cone). Repita, porém usando agora a opção numpoints= 800000 (2ª Figura).
Seções em quádricas:
Usaremos as potencialidades do software Maple para poder visualizar algumas
seções em quádricas. As seções de uma superfície são as curvas de interseção da
superfície com planos paralelos aos planos coordenados. Por exemplo, as equações
das seções paralelas ao plano yz, são obtidas fazendo x = k, sendo k uma constante.
Seguem abaixo alguns exemplos de seções em quádricas. Para tanto temos que
plotar dois gráficos num mesmo sistema de coordenadas. Podemos obter também
seções intersectando com outros planos.
1) Seção em um elipsóide:
comandos:
> with(plots): graficos := implicitplot3d(x^2/4 + y^2/16 +z^2/9 = 1, x = -2..2, y = -
4..4, z = -4..4, numpoints = 4000), implicitplot3d(z = 0, x = -3..3, y = -5..5, z = -5..5,
thickness = 5, color = blue): display ([graficos]);
21
> fig1: = implicitplot3d((x^2/4 + y^2/16 +z^2/9 = 1, x = -2..2, y = -4..4, z = -4..4,
axes=boxed, style=patchnogrid): fig2:= implicitplot3d(z = 0, x = -3..3, y = -5..5, z =
-5..5, style=patchnogrid , thickness = 5, color = yelow): display ({fig1,fig2});
Comandos:
> graficos := implicitplot3d(x^2/4 + y^2/5 – z^2/7 = 1, x = -7..7, y = -7..7, z = -7..7,
numpoints = 4000), implicitplot3d(x+2*y = 1, x = -7..7, y = -7..7, z = -7..7, thickness
= 5, color = grey): display ([graficos]);
22
(1) 4x2 +4 y2+4 z2 +4xy + 4xz+4yz-8 = 0,
(2) 5x2 +11 y2+2 z2 +16xy + 20xz-4yz-36 = 0,
(3) x2 +y2 + z2 – 4yz – 1 = 0,
(4) 2xy+z=0.
3. (a) Represente um cilindro hiperbólico.
(b) Represente uma quádrica degenerada dada por dois plano paralelos e uma outra
dada por dois planos transversais
4. Represente um cone e seções cônicas de modo a obter elipse, hipérbole e
parábola.
5. Usando o comando animate do Maple, observe no exemplo seguinte, como a
variação do sinal de A, nos dá hiperbolóides de uma folha (para A > 0), um cilindro,
(para A=0) e elipsóides (para A>0).
Referências
[1] P. Boulos, I. Camargo, Geometria Analítica: Um Tratamento Vetorial. Prentice Hall,
São Paulo, 2005.
[2] E.L.C. Fanti, Utilizando o software GeoGebra no ensino de certos conteúdos
matemáticos, V Bienal da SBM, UFPB, C3, 2010.
[3] E.L.C. Fanti, Introdução ao Maple - notas de aula - Disciplina Informática no ensino
de Matemática – 2011.
[4] E.L. Lima, P.C.P Carvalho, Coordenadas no Plano. Rio de Janeiro, 1982.
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