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FACULDADE SATC
GUSTAVO DE BEM BECKER
TIAGO RAMOS BENTO

AVALIAÇÃO DE DOIS DISSIPADORES DE CALOR ALETADOS ATRAVÉS DA


SIMULAÇÃO NUMÉRICA POR CFD

Método Avaliação SATC 2030 Curso


Tópicos em Projetos Termo fluídos,
apresentado ao Curso de Graduação em
Engenharia Mecânica da Faculdade
SATC.

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Orientador: Prof. Agaci Junio Lavor Pereira

Criciúma
Dezembro – 2019
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1. INTRODUÇÃO

O calor é a energia térmica em movimento. Esta transferência de energia


ocorre quando dois corpos possuem temperaturas diferentes, tendendo ao equilíbrio
térmico, ou seja, a transferência de energia térmica ocorre enquanto existir a diferença
de temperatura. A transferência de calor pode ocorrer de três formas: radiação,
condução e convecção.
A radiação térmica, também conhecida como irradiação, é uma forma de
transferência de calor que ocorre por meio de ondas eletromagnéticas. Como essas
ondas podem propagar-se no vácuo, não é necessário que haja contato entre os
corpos para haver transferência de calor. Todos os corpos emitem radiações térmicas
que são proporcionais à sua temperatura. Quanto maior a temperatura, maior a
quantidade de calor que o objeto irradia.
Na condução de calor, a energia propaga-se em virtude da agitação
molecular. Esse processo é mais eficiente em materiais como os metais, que são bons
condutores de calor. Isso também explica o motivo das panelas serem feitas de metal.
A convecção ocorre com o movimento das massas de temperaturas
diferentes. Vamos analisar mais um exemplo: Quando a água está sendo aquecida
em uma panela. O recipiente transmite energia térmica para a parte de água que está
no fundo da panela, esta parte se torna mais quente e menos densa, por este motivo
está porção sobe e a água que está mais fria desce para o fundo da panela. Este
fenômeno vai se repetindo durante o tempo que a água estiver sendo aquecida,
transmitindo a energia térmica por toda a panela.
O uso de softwares para determinação desses três parâmetros é de
fundamental importância na engenharia, pois só com valores analíticos que são
encontrados em cálculos, não mostram possíveis falhas e gastos com geometrias
desnecessárias, que a simulação numérica proporciona.
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2. METODOLOGIA
2.1. DADOS GERAIS DO PROJETO

Dois projetos de dissipadores aletados serão avaliados, ambos com a área


da base (sem aletas) de dimensões 53 mm × 57 mm x 4 mm. Conforme a figura
abaixo:

As aletas possuem seção reta quadrada e são fabricadas em uma liga de


alumínio extrudada. A diferença entre os dois projetos está no formato das aletas,
como segue na tabela abaixo:
Projeto Seção Comprimento Número de aletas
transversal(mm) L(mm)
A 3x3 30 6x9
B 1x1 7 14x17

Pode se identificar que há transferência de calor por condução da base


paras as aletas e uma troca por convecção das aletas com o ar.

2.2 DERTEMINAR

O presente trabalho tem como objetivo determinar as seguintes


problemáticas:
 Melhor arranjo de aletas: definir por método de elementos finitos,
qual das duas opções de base aletadas, terá melhor dissipação de
calor.
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 A taxa de transferência de calor total: determinar por método


analítico e a analisando as simulações, qual aleta possui a maior
transferência de calor.

 A eficiência global do conjunto: determinar qual aleta será mais


eficiente na dissipação de calor.

2.3 CONSIDERAÇÕES

Chips de computadores normalmente são resfriados com dispositivos


aletados, atualmente os processadores estão cada vez mais rápidos precisa-se
projetar esses dispositivos com melhor efeciência possível.
O chip em questão não pode ultrapassar a temperatura de 75 C°, para
issofoi aprensentado dois modelos da placa aletada para dissipar o calor do chip.
ambos com mesma área de base, pórem apresentando um arranjo de aletas com
número de dimesões diferentes.
Com estas premissas definidas, se deve utilizar métodos de simulação
númerica para determinar qual o melhor arranjo de aletas.
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2.4 PROPRIEDADES DO MATERIAS
As aletas são fabricadas em uma liga de alumínio extrudada (2024), e
possuem uma condutividade térmica de 177 W (m * K), este dado será usado para
determinar a transferência de calor por condução, da base para as aletas. O ar que
irá resfriar as aletas, por convecção, tem uma temperatura de 25 C°.

2.5 TÉCNICAS DE MODELAGEM E SIMPLIFICAÇÕES GEOMÉTRICAS


A malha não se demostrou complexa, pois a geometria das aletas era
simples, não apresentavam uma geometria complexa, que se necessita de
simplificações geométricas.
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2.6 MALHA
Para a geração da malha foi feito um caminho semelhante para ambas as
opções de disposição de aletas. Primeiramente foi aplicado um método de malha para
apenas elementos hexaédricos. A partir disso foi observado o Skewness da malha e
verificado a boa qualidade de malha. A seguir mostram-se as imagens das malhas do
projeto A e B, respectivamente.
Projeto A

Projeto B

2.7 DOMÍNIO E CONDIÇÕES DE CONTORNO


Como a malha não deve alterar o resultado da simulação partiu-se para as
condições de contorno e por fim finalizar a simulação. Após finalizada a simulação e
com os resultados obtidos foi, então, refinado a malha e refeita a simulação para a
verificação do resultado. Tendo em mente que não poderia ter-se uma diferença de
mais de 2% a 3% entre um resultado e outro apenas alterando a malha. Feito esse
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refinamento de malha até obtermos um resultado de malha satisfatório, obtive-se os


seguintes paramentos de malha para cada um dos projetos.

Parâmetro de malha Projeto A Projeto B


Número de Nós 54972 137025
Número de Elementos 38748 104848
Skewness médio 3,7 e-7 2,9 e-3
Tamanho mínimo 0,5 mm 0,1mm
Tamanho Máximo 1 mm 1 mm

3. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Após definido as propriedades, foram definidas assim as áreas e volumes
a quais as propriedades se aplicariam. Como fonte de calor deu-se a placa base inteira
com uma temperatura constante de 75°C e como superfície convectiva as aletas e as
faces da placa, excluindo a inferior. Após realizada a simulação foi possível então
identificar qual o arranjo de aletas seria melhor. Temos os resultados de fluxo de calor
e temperatura, conforme as imagens.
Projeto A Projeto B
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Como as placas das bases eram iguais para ambas as placas aletadas,
apenas foi pego para estudo a convecção realizada pela área das aletas. Como
podemos observar temos a aleta da placa A com um pico de -6112 W/m² e como uma
média de 79% e da placa B com um pico de -18572 W/m² e com uma média de 86,3%.
Como pode-se observar a placa B teve um maior fluxo de calor.

4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

REIS, Mara Nilza Estanislau. Fenômenos de Transporte. 2008. Disponível em: . Acesso em: 01
jun. 2015

SCHMIDT F. W.; HENDERSON R. E.; WOLGEMUTH C. H. Termodinâmica, Mecânica dos


fluidos e Transferência de Calor. 2. ed. São Paulo: Blücher, 2004

PATANKAR, Suhas V., Numerical Heat Transfer and Fluid Flow, Hemisphere Publishing
Corporation, Taylor and Francis Group, New York, 1980

MALISKA, Clovis R. Transferência de calor e mecânica dos fluidos computacional. 2. ed. Rio
de Janeiro: Ltc, 2012. 453 p. Revista e ampliada.

DINIZ, Marco Carrilho; SILVESTRINI, Jorge Hugo. Análise numérica da transferência de


calor convectiva no escoamento externo de um trocador de calor tubo-aleta. 2010. Disponível
em: . Acesso em: 06 jun. 2015.

HERCKERT, Matheus Guilherme Reimann; S. NETO, Aristeu da. Fluidodinâmica


computacional e suas aplicações.2004. Disponível em: . Acesso em: 22 maio 2015.

ÇENGEL, Yunus A.; GHAJAR, Afshin J. Transferência de calor e massa: uma abordagem
prática. 4. ed. Porto Alegre: Amgh, 2012.

MUNSON, B.R; YOUNG, D.F.; OKIISHI, T.H.; HUEBSCH, W. W., Fundamental of Fluid
Mechanics, John Wiley & Sons, 2010.

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