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Curso de Qualificação Profissional Técnico de Dados

Curso de Qualificação Profissional Técnico de Dados

Unidade 9
Básico de
Protocolo Frame Relay

9-1
Curso de Qualificação Profissional Técnico de Dados

Rede Frame Relay


Matriz Acesso 128 Kbps

Acesso 256 Kbps


CIR 64 Kbps

CIR 64 Kbps
PABX

Acesso 128 Kbps

Anotações

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Anotações
Introdução
Introdução ao Frame Relay
– Frame Relay é uma tecnologia de chaveamento
baseada em pacotes que foi elaborada para
velocidades mais altas.
– Serviços de Frame Relay estão amplamente
disponíveis no momento.

Introdução
A tecnologia Frame Relay foi desenvolvida para solucionar problemas de comunicação que, outros protocolos, não
resolveram. Um dos problemas é a eficiência das larguras de banda amplas para tráfego por picos (“explosivos”), com
processamento de protocolo mais baixo e velocidade mais altas.
A confiabilidade inerente às redes atuais, além da existência de camadas superiores de software que podem fornecer
confiabilidade fim-a-fim, são fatos que tornam o frame relay um grande candidato ao uso generalizado em redes de
computadores.
Na Europa, esta rede de comutação de pacotes é mais utilizada do que qualquer outro tipo de conexão LAN remota. E
não é de se espantar: não há rivais para o Frame Relay em seu valor, largura de banda, e capacidade flexível de
multipontos.
Desenvolvimento do Frame Relay
O Frame Relay foi desenvolvido com respeito a uma clara necessidade de mercado, isto é, a necessidade para alta
velocidade e alto desempenho de transmissão. A tecnologia de Frame Relay também fez uso efetivo das instalações
digitais difundidas e tornou barato o poder de processamento achado em dispositivos do usuário - final. Desenvolvido
para usuários de comunicações de dados, Frame Relay era simplesmente a tecnologia certa no momento certo.
Permite que muitos usuários compartilhem uma largura de banda, criando largura de banda instantânea, conforme a
demanda.
Envia informações em pacotes chamados frames.
Cada frame contém todas as informações necessárias para encaminhá-lo ao destino correto.
Cada end-point pode se comunicar com muitos destinos em uma conexão de acesso à rede.
E ao invés de ter alocada uma parte fixa da largura da banda, o tráfego Frame Relay toma toda a largura de banda
para transmissões curtas e explosivas.

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Anotações
Frame Relay
• A rede Frame Relay contém dispositivos de usuário
(UNI) e de rede (NNI).

• O dispositivo do usuário que está transmitindo entrega


frames à rede.

• A rede lê as informações de endereçamento nos frames


e os roteia aos dispositivos do usuário.

Anotações
Frame Relay
• O Frame Relay assume que os dados não têm erros, o
que elimina um passo demorado no protocolo de
processamento.

• Os dados viajam muito mais rápidos do que em outras


tecnologias mais antigas.

• Qualquer correção de erros é feita pelos dispositivos


do usuário (PC’s, roteadores).

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Anotações
Desenvolvimento da Tecnologia
Frame Relay
1. Necessidade de aumentar a Velocidade
Inclusão de gráficos nas transmissões.

2. Exigências de Largura de banda dinâmicas


O aumento em aplicações de tráfico “burst“.

3. Dispositivos Fixos mais inteligentes


Dispositivos usuários-final inteligentes (PCs,
workstations, terminais de X Windows) com grande
poder de processamento.

Desenvolvimento da Tecnologia
1. Necessidade de aumentar a Velocidade.
Hoje, armazenamento rápido e recuperação de imagens para aplicações interativas são tão comuns, quanto, a
transmissão de telas cheias de texto, estava nos anos setenta. Antigos usuários de aplicações de gráficos, que foram
acostumados a rápida transferência de informação em cima de suas LANs, esperavam resposta semelhante ao transmitir
dados em cima da WAN. Já que as exigências de largura de banda para gráficos era substancialmente mais alto que para
transações de texto, foi preciso aumentar a largura da banda e seu processamento para que as expectativas de tempo
de resposta fossem satisfeitas.
2. Exigências de Largura de banda dinâmicas.
Este tipo de usuário de LAN requer picos de largura de banda altos, seguidos por períodos de tempo inativo. Tráfico
‘burst’, como nós chamamos isto, é bem apropriado para compartilhamento estatístico da largura de banda que é uma
característica da tecnologia de Frame Relay.
3. Dispositivos Fixos mais inteligentes.
As exigências de networking estavam mudando, bem como, o poder de computação. Os custos decrescentes do poder
de processamento resultou na proliferação de PCs inteligentes e estações de trabalho e servidores poderosos, tudo
conectado a LANs. Estes novos dispositivos do usuário-final, também, ofereceram a possibilidade de executar
processamento de protocolos, tais como detecção de erro e correção. Isto significou que a rede WAN podia ser aliviada
do fardo do processamento do protocolo da camada de aplicação - outro ajuste perfeito para Frame Relay.
Equipamento de usuário-final estava ficando mais sofisticado em sua habilidade de reconhecer erros e retransmitir
pacotes, ao mesmo tempo, que instalações digitais estavam reduzindo taxas de erro dentro da rede. Além disso, os
protocolos padrões de camada alta, como TCP/IP, adicionaram inteligência aos dispositivos do usuário-final. Sem o

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overhead associado à descoberta de erro e correção, Frame Relay poderia oferecer processamento mais rápido que
outras soluções de conectividade, como X.25.

Anotações
Desenvolvimento da Tecnologia
Frame Relay
4. Desempenho mais alto
A proliferação de LANs e computação cliente/
servidor.
A tecnologia de Frame Relay ofereceu vantagens
distintas para as WAN. Primeiro, é um protocolo
WAN mais eficiente que IP, usando só cinco bytes de
overhead contra 20 do IP. Além disso, o roteamento
de IP impõe demoras desnecessárias e consume uma
banda de rede maior.
5. Difusão das Instalações Digitais

4. Desempenho mais alto

Alguns usuários tentaram resolver o desafio da internetworking simplesmente conectando brigdes ou routers uns aos
outros com linhas dedicadas. Esta solução funcionou para redes simples, mas com o aumento da complexidade, as
desvantagens ficaram aparentes: custos de transmissão mais altos, confiança mais baixa, administração de rede e
diagnósticos limitados e ineficiências escondidas.

Logo ficou aparente que uma solução melhor para internetworking de LAN era conectar bridges e routers em um
backbone de WAN seguro e manejável, projetado para fazer o melhor uso de instalações e oferecer altos desempenhos a
demanda dos usuários.

A tecnologia de Frame Relay ofereceu vantagens distintas para as WAN. Primeiro, é um protocolo WAN mais eficiente
que IP, usando só cinco bytes de overhead contra 20 do IP. Além disso, o roteamento de IP impõe demoras
desnecessárias e consume uma banda de rede maior.

5. Difusão das Instalações Digitais

Como a infra-estrutura de telecomunicações pública migrou de instalações analógicas para instalações digitais de alta
qualidade, a disponibilidade da largura da banda aumentou e as taxas de erro diminuíram. As capacidades de correção de
erro do X.25 e SNA que foram desenvolvidos para enfrentar os erros inerentes de linhas analógicas, não eram mais
necessárias em redes WANs digitais.

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Enquanto os gerentes de telecomunicações contemplaram a tarefa de como administrar exigências crescentes de
usuário e aumento de complexidade da rede, o Frame Relay estava sendo concebido nos laboratórios da Bell como parte
da especificação de ISDN. Logo, Frame Relay evoluiu para um serviço de rede em seu modo próprio.

Anotações
Frame Relay e X.25
• Frame Relay e X.25
O protocolo X.25 numera, confirma e supervisiona
todos os pacotes, solicita aos pontos de comutação da
rede que retransmitam os pacotes errados e protege
os dados.

Porém:
Exige o comprometimento de recursos caros de
computação e comunicação para cuidar de tantos
detalhes.

Os protocolos e produtos X.25 em que se baseiam as redes públicas de dados já foram amplamente testados, sendo
estáveis e seguros. Por isso é interessante registrar o grande interesse despertado por uma tecnologia alternativa
denominada frame relay. De proposição teórica, em 1988, o frame relay se transformou num padrão ANSI e ITU; em
constante evolução, que ameaça a supremacia do X.25.

O protocolo X.25 é um projeto conservador que numera, confirma e supervisiona todos os pacotes, chegando a pedir
aos pontos de comutação da rede que retransmitam os pacotes que "morrem" pelo caminho. Esse projeto conservador
protege os dados, mas também exige o comprometimento de recursos caros de computação e comunicação para cuidar
de tantos detalhes.

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Anotações
Frame Relay e X.25
Frame Relay
Baseia-se na constatação de que:
Os sistemas de transmissão modernos são
confiáveis e têm pouco ruído.
O conceito de frame relay retira parte das
responsabilidades dos pontos de comutação da
rede, deixando-as a cargo dos terminais em
cada ponta.

A redução do overhead de proteção propiciaria um throughput (taxa de rendimento) melhor a um custo mais
baixo sem comprometer desnecessariamente os dados.

Erros na transmissão Frame relay

Se houver algum problema com um pacote, por exemplo, se um bit se perder, ou se um nó estiver tão congestionado
a ponto de receber mais pacotes do que consegue processar, a rede frame relay se limitará a descartar os dados,
esperando que o terminal tome as providências adequadas. Em geral, será preciso retransmitir os dados que não
conseguirem chegar ao destino. Os protocolos de redes locais, como o SPX/IPX da Novell, costumam ter suas próprias
rotinas de controle de erros, que seriam redundantes com o controle de erros do X.25 e, assim, se encaixam
perfeitamente com a arquitetura do frame relay. Por outro lado, esse esquema de recuperação tem a desvantagem de
aumentar o tráfego na rede. Se os pacotes do frame relay forem descartados devido aos congestionamentos, a
retransmissão dos dados só fará agravar o problema. Portanto, mesmo que os terminais possam recuperar os blocos
descartados, continua sendo importante minimizar perdas dos pacotes.

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VantagensAnotações
do frame relay
O processo de comunicação
Frame Relay e X.25 tornou-se mais linear. A
funcionalidade do protocolo ao nível
da interface usuário-rede é
reduzida, assim como no
• Vantagens oferecidas pelo Frame Relay em relação ao processamento interno da rede.
Como resultado, uma menor
X.25: espera e maior vazão podem ser
esperados. Estudos indicam uma
– Menor espera, maior vazão. melhora em vazão com uso de
– Frame Relay opera no nível 2 do modelo OSI e o frame relay em relação a X.25 de
pelo menos uma ordem de
X.25 opera no nível 3. magnitude. A recomendação I.233
da ITU-T indica que frame relay
– Frame Relay despreza funcionalidades da rede deve ser usado em velocidade de
(controle de erro, controle de fluxo). acesso de até 2 MBps.

Anotações
Desvantagens do Frame Relay
em relação ao X.25

Frame Relay e X.25 A desvantagem potencial de


frame relay quando comparado
ao X.25 é a de que, com frame
relay, não é possível fazer um
Com base na diminuição de processos na rede e qualidade controle de fluxo e de erro nodo
da infra-estrutura de transmissão, temos: a nodo (apesar do frame relay
não ter um controle de fluxo e
erro fim-a-fim, isto é facilmente
obtido em um nível mais alto).
1. Mínimo retardo na rede. Além disso, em X.25 o protocolo
de controle de ligação pode ser
2. Elevado percentual de informações úteis usado a cada nodo para
transmitidas, overhead mínimos. confiabilidade. Com o uso de
frame relay este controle nodo a
3. Maior velocidade (velocidade de acesso de até 2 nodo é perdido, mas com o
MBps). aumento da confiabilidade de
transmissão e roteamento, esta
não é uma grande desvantagem.

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Comparação X.25 x Frame Relay

X.25 FRAME RELAY


Facilidades Muitas Poucas
Velocidade Baixa/Média 400Bps a 2MBps Alta 64KBps a 2MBps
Retardo Alto Baixo
Throughput Médio Alto
Tipo de tráfego Dados Dados/Voz
Transparência do Não Sim
protocolo

Anotações

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Anotações
Aplicações FR
Exemplos de aplicações beneficiadas com o serviço de
Frame Relay em um canal de alta velocidade:
1 - Aplicações de dados orientadas a bloco;
2 - Transferência de arquivos;
3 - Multiplexação de baixa taxa de bits (bit rate);
4 - Tráfego orientado a caracteres.

Exemplos de aplicações beneficiadas com o serviço de Frame Relay em um canal de alta velocidade:

1 - Aplicações de dados orientadas a bloco:

Gráficos de alta resolução. As características deste tipo de aplicações são baixas esperas e alta vazão.

2 - Transferência de arquivos:

Atender a requisitos de transferência de grandes arquivos. Espera não é tão crítica para esta aplicação como na
aplicação anterior. Alta vazão pode ser necessária para atender grandes transferências em um tempo razoável.

3 - Multiplexação de baixa taxa de bits (bit rate):

Exploram a capacidade de multiplexação do serviço de frame relay a fim de fornecer uma configuração econômica
de acesso para um grande número de aplicações de baixa taxa de bits.

4 - Tráfego orientado a caracteres:

Edição de texto;

As principais características desse tipo de aplicação são: pequenos frames;

Baixa espera;

Baixa vazão.

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Anotações

Frame Relay
Transporte transparente de diferentes tipos de:
– Tráfego;
– Múltiplos protocolos e aplicações, incluindo as próprias de
ambientes LANs.

Serviços de interconexão utilizados:


a) Interconexão LAN;
b) Conexão a Internet;
c) Conexão a InfoVia.

Interconexão Eficiente
O serviço frame relay interliga as redes do cliente, sendo um conjunto integrado e gerenciado de conexão de acesso,
circuitos virtuais e em geral, recursos de rede. O frame relay permite a interconexão eficiente entre instalações do
cliente de diversos tipos.
Trata-se de um serviço de transporte capaz de suportar múltiplos protocolos (TCP/IP, IPX, DECNET, SNA) e
aplicações, correspondentes a diversos ambientes de comunicações de cliente (Token Ring, Ethernet). Se adapta
especialmente às necessidades de interconexão das LANs e as arquiteturas de comunicações predominantes.
O frame relay pode trabalhar isoladamente, naqueles casos em que o cliente só quer um servidor de transporte, e
associado a outros serviços de maior valor agregado, como é o caso da interconexão de LAN, conexão de internet e
conexão de infoVia.

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Anotações

Frame Relay
Vantagens oferecidas pelo Frame Relay:
– Flexibilidade;
– Eficiência;
– Transparência;
– Solução ponto-a-ponto;
– Economia.

Vantagens

Flexibilidade: Permite ao cliente incorporar modificações e ampliações sem que estas impliquem em re-implantar a
rede.

Eficiência: Otimiza o dimensionamento dos recursos de acordo com os recursos e com o uso que se vai fazer dos
mesmos, e permite a conexão eficiente entre instalações de clientes de diversos tipos.

Transparência: Permite eliminar as funções que são realizadas por protocolos de nível superior, permitindo mínimos
retardos da rede, alta transparência no transporte.

Solução ponto-a-ponto: A rede do cliente é supervisionada continuamente e em caso de proceder algum problema, o
mecanismo de resolução da mesma desencadeia antes mesmo que o cliente venha ser notificado.

Economia: É um serviço de tarifa plana (independente do volume).

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Serviço Frame Relay


Circuito Virtual Permanente
• É uma conexão lógica permanente estabelecida entre duas entidades.
• Sobre a mesma interface de acesso à rede, pode-se estabelecer,
simultaneamente, múltiplos circuitos virtuais permanentes com
diferentes destinos.
• As velocidades das conexões de acesso de cliente são:
64 KBps – 128 KBps – 256 KBps – 512 KBps e 1894 KBps (G.703).

Circuito Virtual Permanente


É flexível, porque, permite anexar novos CVPs e incorporar modificações e ampliações, sem que afete os recursos
físicos das conexões de acesso existente.
Anotações

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Anotações
PVC

Circuito Virtual Permanente (PVC)


Hoje estes circuitos são circuitos virtuais tipicamente permanentes, ou PVC. Quando PVC é usado, o operador de
rede (sendo rede privada ou um provedor de serviço) nomeia os pontos finais dos circuitos. Enquanto o caminho atual
levado pela rede pode variar de vez em quando, o começo e fim do circuito não mudam. Este tipo de circuito se comporta
como um circuito ponto-a-ponto dedicado.
Circuitos Virtuais Comutados (SVC) também são especificados para frame relay. Quando SVC é usado, o usuário atual
do circuito (o visitante) especifica o destino para o qual ele deseja se conectar. Como uma chamada de telefone típica, há
um procedimento para o estabelecimento da chamada (discagem) isso tem que acontecer para estabelecer a conexão.
Um circuito virtual, usando um número de circuito virtual (DLCI) é então estabelecido para a chamada.
Ao contrário de uma chamada de telefone típica, existem múltiplos canais lógicos em um único circuito físico. PVCs e
SVCs podem compartilhar um único circuito físico.

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Anotações
Benefícios Frame Relay
1. Custo de propriedade mais baixo.
2. Padrões bem estabelecidos e largamente
adotados, que permitem arquitetura aberta e
implementação de serviço Plug-and-play.
3. Baixo Overhead combinado com a alta
confiança.
4. Escalabilidade de rede, flexibilidade e
recuperação de catástrofe.
5. Interworking com outros serviços novos e
aplicações, como o ATM.

Benefícios do Frame Relay


Os benefícios do Frame Relay são muitos. Dentre eles, estão os custos mais baixos de conexões entre redes. Dado
que, se obtém múltiplas conexões lógicas em um único meio físico, os custos de equipamentos e de acesso são mais
baixos, obtemos melhor desempenho, maior acesso e menor complexidade da rede.
O sucesso de uma tecnologia nova depende, freqüentemente, das razões econômicas para sua implementação. Desde
seu começo, os usuários acharam que o Frame Relay provê vários benefícios em cima de tecnologias alternativas:
1. Custo de propriedade mais baixo.
2. Padrões bem estabelecidos e largamente adotados, que permitem arquitetura aberta e implementação de serviço
Plug-and-play.
3. Baixo Overhead combinado com alta confiança.
4. Escalabilidade de rede, flexibilidade e recuperação de desastre.
5. Interworking com outros serviços novos e aplicações, como o ATM.

1. Custo de Propriedade:
Frame Relay provê aos usuários um custo mais baixo de propriedade em comparação com outras tecnologias por
vários razões:
• Apóia aplicações múltiplas de usuário, como TCP/IP, NetBIOS, SNA e voz, eliminando múltiplas linhas privadas
para apoiar diferentes aplicações em um único local.

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• Permite que múltiplos usuários em um local possam ter acesso a um único circuito e porta de Frame Relay, e
usa eficazmente a largura da banda, graças a sua capacidade de multiplexação estatística.
• Porque é requerido só um único circuito de acesso e porta para cada local, são percebidas periodicamente
freqüentes e tremendas economias em custos ocorrendo em instalações de transmissão.
• Os Clientes perceberam uma redução significativa nos gastos em hardware, como o número de cartões de
routers requerido, enquanto reduz os custos de manutenção, comparado com tecnologias de ponto-a-ponto.
2. Padrões:
Padrões bem estabelecidos e extensamente adotados são fundamentais para a interoperabilidade dos equipamentos e
uso eficiente de fundos de aquisição.
Com Frame Relay, os usuários podem relaxar sabendo que os padrões de Frame Relay, tanto nos Estados Unidos
como ao redor do mundo, são únicos. Isto assegura que aqueles equipamentos e serviços providos hoje serão funcionais
por um longo período, com padrões constantemente evoluindo para apoiar novas aplicações e satisfazer as necessidades
dinâmicas do mercado.
3. Baixo overhead e Alta Confiança:
Ao usar somente de dois a cinco bytes de overhead, Frame Relay faz uso eficiente de cada Frame. Isto significa que
mais da largura de banda do Frame Relay é usada para enviar dados de usuário e menos para overhead. Utilização da
largura de banda do Frame Relay é quase equivalente a linhas dedicadas e melhor que outras tecnologias, como X.25 ou
IP switching. Quando os efeitos são espalhados em uma WAN com numerosos sites, os resultados melhoram
exponencialmente:
– Troca simplificada significa menos demora.
– Multiplexação Estatística conduz a um uso da largura da banda mais eficiente.
– Baixo overhead quer dizer que a largura de banda só é usada para dados de usuário, não para transporte de
controle.
4. Escalabilidade da Rede, Flexibilidade e Recuperação de Desastre:
Para o usuário-final, uma rede de Frame Relay parece direta: Um usuário simplesmente conecta diretamente a
‘nuvem’ Frame Relay. Uma rede Frame Relay está baseado em circuitos virtuais que podem ser ponto-multiponto ou
ponto-a-ponto, e estas ligações podem ser permanentes ou comutadas.
Por causa desta estrutura, Frame Relay é mais facilmente escalável que uma rede ponto-a-ponto fixa. Isto significa
que adições e mudanças em uma rede são transparentes para os usuários-finais, dando para os gerentes de
telecomunicações a flexibilidade para modificar facilmente topologias de rede e aumentar as redes quando as aplicações
crescem e são adicionados novos sites.
Esta flexibilidade inerente se empresta igualmente bem à provisão de rotas alternadas para locais de recuperação de
desastre que são em muitos casos, transparente ao usuário-final.
5. Interoperabilidade com Novas Aplicações e Serviços:
Comparado com usar linhas dedicadas ponto-a-ponto, Frame Relay serve bem redes com hubs e voz. Isto significa que
Frame Relay facilmente acomoda novas aplicações e dá uma nova direção às redes existentes, por exemplo, migração de
SNA para APPN.
Além disso, os padrões de Frame Relay que foram desenvolvidos para interworking com serviços evoluídos
recentemente como o ATM. Como surgem novas aplicações que exigem um aumento da largura da banda, as redes
podem facilmente migrar a tecnologias apropriadas sem encalhar os equipamentos de rede existentes.

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Anotações
Benefícios Frame Relay Frame relay descreve um
padrão de interface.
É uma tecnologia para o
transporte de dados em
unidades discretas de
informação (pacotes).

Anotações
Benefícios Frame Relay Frame relay usa o frame
LAPD que inclui dados de
usuário e a informação de
endereço para onde o frame se
dirige.

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Anotações
Características Básicas A figura ao lado mostra o
funcionamento da rede Frame
Frame relay eliminou muito do overhead do X.25. Relay, no qual um único frame
de dados vai da origem ao
destino, bastando um único
frame de reconhecimento,
gerado em uma camada mais
acima, é transmitido de volta.

Mensagens no caso da SVC.


Conexão SETUP, CONNECT.
Desconexão - RELEASE e RELEASE COMPLETE.

A figura ao lado mostra o


Anotações
funcionamento da rede X.25, na
Características Básicas qual são necessários vários
pacotes de dados entre a origem
e o destino.
Cabeçalho do X.25.
O overhead X.25 pode ser
justificado quando há uma
probabilidade significativa de erro
em qualquer das ligações da rede.
Mas esta abordagem pode não ser
a mais apropriada para o atual
estado da comunicação digital. As
redes de hoje usam tecnologia
confiável de transmissão digital por
ligações de alta qualidade e
confiabilidade, muitas vezes de fibra
óptica. Além disso, com o uso de
fibra óptica e transmissão digital,
altas taxas de transmissão podem
ser atingidas, e neste ambiente o
protocolo X.25 não é somente
desnecessário, como também
degrada a utilização efetiva das
taxas de transmissão disponíveis.

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Anotações
Estrutura do Frame
bytes
2 0 a 4096 2

FLAG
FLAG

CABEÇALHO INFORMAÇÃO FCS

BECN
FECN
C/R

DLCI EA DLCI DE EA
bits
6 1 1 4 1 1 1 1

Formato do Frame
EA - Address Extension (1 bit).
C/R - Command/Response (1 bit).
DLCI - Data Link Connection Identifier (10 bits).
DE - Discard Elegibility (1 bit).
BECN - Backward Explicit Congestion Notification.
FECN - Forward Explicit Congestion Notification.
Existem 3 bits responsáveis por informar aos nós da rede da existência de tráfego excessivo (congestionamento da
rede). São eles:
FECN - Bit ativado pelos nós da rede para alertar os nós receptores do frame em trânsito, da situação de “rede
congestionada”.
Indica assim a existência de tráfego excessivo no sentido de deslocamento do frame que leva o bit ativado.
BECN - Bit ativado pela rede para alertar os nós transmissores da situação de “rede congestionada”.
Indica conseqüentemente congestionamento da rede no sentido contrário ao de deslocamento do frame.
DE - Ativado pelo nó da rede onde o frame passou para marcar esse frame como “elegível para ser descartado” pela
rede, no caso de se vir a verificar uma situação de congestionamento.
Os bits “EA” são apenas utilizados nos casos (situação atualmente pouco freqüente) em que se utilizam 3 ou 4 bytes
de endereço, o que permitiria aumentar o número de canais lógicos (DLCIs) por "port" do Switch .
O uso de 2 bytes para o endereço, caso mais usual, permite dispor de 10 bits para numeração do DLCI, ou seja,
poderão ser utilizados um máximo de 210 = 1024 DLCIs.

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Anotações
Descrição dos Campos
• FLAG
– Função de sincronização do frame.
– Identifica o início e o fim do frame.
• C/R
– Bit Command / Response.
– Não é usado pelo Frame Relay.

Anotações

Descrição dos Campos


• DLCI
– Data Link Connection Identifier - 10 Bits.
– Contém o Número do Circuito Virtual.
– Permite até 1024 DLCIs.
• 32 DLCIs para uso interno da rede.
• 992 DLCIs para identificar conexões.
– Possível aumentar número de bits do DLCI
através dos bits EA.
• Máximo de 16 bits e 65536
conexões/acesso.

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Anotações
DLCI

Cada DLCI é ligado, do ponto de vista lógico, de modo permanente a outro DLCI no Nó de Comutação (Switch Frame
Relay) do qual faz parte, e este, a outro ainda no Nó seguinte, e assim sucessivamente, estabelecendo-se desta forma
um “caminho virtual” para o destino. O caminho virtual é obtido através de uma configuração, antecipada e programada,
de ligações virtuais efetuadas e descritas nas “routing tables”, dos Nós de Comutação.

Poderão assim estabelecer-se diversos Circuitos Virtuais Permanentes (PVCs) que no caso da figura seriam definidos
para o:

PVC entre o Router e a mini-torre:

DLCI 670 - DLCI 300 - DLCI 40.

PVC entre o PC e o Router:

DLCI 100 - DLCI 200 - DLCI 900 - DLCI 50.

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Anotações
Descrição dos Campos
• Bits EA - Extended Address
– Se for zero, indica que o DLCI continua no
próximo octeto.
– O primeiro bit EA é sempre zero.
– Geralmente o segundo bit EA é 1.
– Segundo bit EA zero indica octeto estendido.
– 6 bits DLCI, 1 bit D/C e 1 bit EA.
– Em geral, é utilizado apenas 1 octeto estendido.

Anotações
Descrição dos Campos
• BIT DE - Discard Eligibility
– Indica uma prioridade de descarte do frame pela
rede em caso de congestionamento.
– Funciona em conjunto com CIR e BC.
– Parâmetros definidos na contratação do
serviço.
– O frame com BIT DE = 1 tem prioridade de
descarte sobre o frame com BIT DE = 0.

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Descrição dos Campos


• BITS FECN e BECN
– FECN - Forward Explicit Congestion Notification.
– BECN - Backward Explicit Congestion Notification.
– Bits com valor 1 sinalizam o congestionamento no sentido do destino ou da
fonte dos dados.

• FCS
– Seqüência de verificação do frame.

Anotações

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Anotações
Características do Protocolo
• Eficiente c/ volumes e velocidade.
• Protocolo de enlace.
• Protocolo de rede.
• Elimina os procedimentos de recuperação de
erros e controle de fluxo.
• Protocolo de acesso que opera com bridge,
router ou gateway.

Características do Protocolo
Eficiente c/ volumes e velocidade.
Protocolo de enlace:
Provê acesso à rede;
Delimita e entrega frames na ordem correta;
Reconhece erros de transmissão através de um CRC.
Protocolo de rede:
Múltiplas conexões lógicas sobre um simples circuito físico;
Permite rotear os dados sobre essas conexões até o destino.
Elimina os procedimentos de:
Recuperação de erros;
Controle de fluxo.
Requer:
Meio físico de alta qualidade:
Protocolos de alto nível nas estações de trabalho dos usuários.
Protocolo de acesso que opera com bridge, router ou gateway.

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Anotações

Fluxo de Dados em FR
• Os nós encaminham os quadros com base no DLCI.
• Semelhante ao canal lógico X.25.
• Processamento do quadro:
– Verifica FCS; se errado, descarta;
– Busca DLCI na tabela de rotas; se não existir
rota definida, descarta;
– Encaminha o quadro para a interface de saída
indicada na tabela.
• Utiliza circuitos virtuais CVP/CVC.

Anotações
Fluxo de Dados em FR
• Tempo de resposta:
– Demanda de tráfego;
– Tamanho dos pacotes.
• Não foi projetado para transmissão de voz ou vídeo.
• Se houver problema, descarte:
– Detecção de erro no quadro;
– Ocorrência de congestionamento na rede.

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Anotações
Sinalização de Interface LMI
LMI - Local Management Interface
• Objetivo era um protocolo simples sem muitos
controles.
• Necessidade de mecanismos de sinalização de
interface entre usuário e rede para:
– Sinalização de Congestionamento;
– Status de Conexões CVPS;
– Ajustar Características de Tráfego;
– Expansões Futuras/Novas Aplicações.

Anotações
Sinalização de Status CVP

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Congestionamento
Congestionamento no Frame Relay:

• É uma rede estatística dimensionada para trabalhar na média.

Anotações

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Anotações
Vazão x Demanda de Tráfego

CONGESTIO
NAMENTO BLOQUEIO
SEM
CONGESTIONAMENTO A B
VAZÃO

DEMANDA DE TRÁFEGO

Congestionamento no Frame Relay


Tráfego acima da média provoca a formação de filas nos nós.
Congestionamento no receptor.
Congestionamento na linha.
Em qualquer caso, os buffers ficam cheios e algum controle deve atuar para evitar colapso.

Minimizar a probabilidade de congestionamento:


Mecanismo de controle;
Mecanismo de sinalização.
Mecanismo é opcional:
Importante para o desempenho.
Sinalização na interface:
Máquinas dos usuários reduzem tráfego para a rede.

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Anotações

Notificação de Congestionamento
LAN
Destino

Congestionado

FE ROTEADOR
B CN
CN
BE
C
A
REDE
Frame Relay

ROTEADOR

LAN
Fonte

Notificação de congestionamento
Opcional, usa dois bits:
– FECN - notificação para frente;
– BECN - notificação para trás.
Bits ligados em situação de congestionamento.
A fonte é avisada para moderar o fluxo de dados.

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Anotações
Medindo e Garantindo o
Throughput
• Committed Information Rate (CIR)
– É a largura de banda garantida para um CVP.
• Bc = Committed Burst
– Número de bits contratados
que podem ser transmitidos
sobre um intervalo de tempo,
sem descarte, se a rede não
estiver congestionada.
– O Bc é equivalente ao EIR
Excess Information Rate, seu
valor pode ser contratado em
percentuais, chegando no
máximo igual ao CIR.

Para minimizar a probabilidade de congestionamento a rede Frame Relay possui um mecanismo de controle e de
sinalização de congestionamento. Este mecanismo é opcional para facilitar a implementação de interfaces Frame Relay
nos equipamentos de acesso. Entretanto, o tratamento desta sinalização é importante para o desempenho da rede. Esta
importância pode ser entendida ao analisarmos a curva da vazão (quadros efetivamente escoados pela rede) em função
da demanda de tráfego de uma rede estatística.
Outros parâmetros importantes também são definidos entre a administração da rede e o assinante no momento da
contratação, influindo no preço do serviço.
Primeiro, tem-se a Taxa de Informação Comprometida (CIR - Committed Information Rate) que é a taxa de
transferência de informação (bits por segundo), medida sobre um determinado período de tempo, que a rede se
compromete a transportar sem descarte de dados. O CIR é fornecido pelo usuário como uma estimativa do seu tráfego
"normal" em períodos de pico. Se a taxa efetiva demandada pelo usuário durante a operação superar o CIR, o nó de
entrada da rede irá ligar o bit DE no cabeçalho de todos os quadros entrantes, até que a sua taxa média volte a baixar.
Os quadros que têm o bit DE (Discard Eligibility) ligado são aqueles que serão descartados em primeiro lugar pela rede
caso ocorra congestionamento. Note-se que se a rede não estiver congestionada, mesmo que o usuário ultrapasse
instantaneamente o CIR contratado, seus quadros serão transportados sem descarte. Em segundo lugar, uma taxa
máxima também é definida, a partir da qual o próprio nó de entrada descarta os quadros. Este parâmetro, definido na
contratação, é o Tamanho de Rajada Comprometido (Bc - Committed Burst Size), que é o maior número de bits
consecutivos que a rede se compromete a transportar sem descarte.
Estes parâmetros são importantes para evitar que um usuário mais “pesado” tome conta da capacidade da rede,
provocando o descarte de dados de outros usuários mais comportados.
Benefícios
Redução dos custos de conexões dedicadas.
Redução dos custos com acessos, roteadores e firewall.
Possibilidade que cliente tem de aproveitar os circuitos de dados para o tráfego de voz.

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Possibilita que seja criada a rede corporativa, pois permite agregar vários protocolos.

Anotações
Gerenciamento Consolidado da
Camada de Enlace – CLLM
CLLM
• Tráfego para levar o bit BECN.
– Solução: mecanismo CLLM.
• Reserva DLCI 1023 p/ controle.
• ANSI T1.618 define formato.
– Código da causa congestionamento.
– Lista de todos os DLCIs que devem reduzir seu
tráfego.
• Pode ser usado no lugar ou em conjunto com os bits
FECN e BECN.

Status de Conexões CVPs Anotações

• Atividade na Interface.
• DLCIs válidos para a interface.
• Status de cada CVP.

• Protocolo LMI
– Mensagens de interrogação de status do ETD.
– Respostas da rede.
– LMI é assimétrica.
• Proposta da ANSI de mecanismo simétrico usando
DLCI 0.
– Importante para rede/rede.

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Anotações
Funcionamento de uma Rede
Frame Relay
• Determinar o caminho dos CVPs.
• Decidir quando se aproxima o congestionamento e o
que fazer.
• Quando ocorrer, responder efetivamente para aliviá-
lo.
• Quando necessário descartar, decidir que frames
descartar.
• Fornecer um nível de serviço garantido para o usuário.

Permitir múltiplos níveis de prioridade de tráfego.


Trocar informações sobre congestionamento, status, etc.
Estabelecer gerenciamento, estatísticas de tráfego e diagnóstico remoto.
Prover o nível correto de throughput.
Atualmente são definidos apenas CVPs ligando os pontos definidos pelo usuário.
Operador pode definir a rota principal e alternativa para todas as conexões, nó a nó.
As rotas são armazenadas em tabelas de roteamento nos nós ou num local central de gerência.

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Anotações
Medindo e Garantindo o
Throughput
BIT “DE”
• Para descarte de frames.
• Garantia de média de Throughput mínima.
• Como atender usuários com alto Throughput sem
penalizar os pequenos usuários?
– Definindo para cada usuário uma CIR.
– CIR é a taxa (em Bps) que a rede se
compromete a transportar sem descarte de
dados.

Gerenciamento da Taxa de Tráfego


Como última opção, uma rede frame relay deve descartar frames para lidar com o congestionamento, se não houver
outra solução. Como cada gerenciador de frames da rede tem memória finita disponível para enfileirar frames, é possível
que haja overflow em uma fila, necessitando que o frame mais recente ou algum outro seja descartado.
O modo mais simples de lidar com congestionamento é fazer com que a rede de frame relay descarte frames
arbitrariamente, a despeito da fonte do frame. Neste caso, como não há recompensa à um sistema final por limitar a
transmissão, a melhor estratégia para qualquer sistema é transmitir frames o mais rápido possível, o que, é claro, só
agrava o problema.

CIR
De modo a fornecer uma alocação de recursos mais justa, o serviço de frame relay inclui o conceito de taxa de
informação comprometida (CIR - Committed Information Rate). Esta é a taxa em bits por segundo que a rede concorda
em prover a uma determinada conexão. Quaisquer dados transmitidos, que excedam a CIR, estão sujeitos a serem
descartados na eventualidade de um congestionamento. Apesar de usar o termo “comprometida”, não há garantia de
que a taxa CIR seja mantida. No caso de congestionamento extremo, a rede pode ser forçada a fornecer um serviço
abaixo da CIR para uma dada conexão. No entanto, no momento de descartar frames, a rede irá escolher para descarte
os frames de conexões que excederem à CIR, antes de descartar frames que estejam dentro de sua CIR.

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Anotações
Medindo e Garantindo o
Throughput
CIR = Tráfego Médio na HMM
• Para taxas > CIR, o nó de entrada liga o bit “DE”
nos quadros até que a taxa baixe.
• Os quadros com bit “DE” ligados serão descartados
em primeiro lugar pela rede em caso de
congestionamento.
• Caso não haja congestionamento os quadros com
bit “DE” ligados não serão descartados.

Para conexões permanentes, a CIR deve ser estabelecida no momento da contratação do serviço. Para conexões
comutadas, a CIR é negociada na fase do SETUP do protocolo de chamada de controle. A decisão de qual frame descartar
é indicada em função do bit de elegibilidade de descarte (DE) do frame que se encontra dentro do campo de endereço. Se
o usuário está enviando dados abaixo da CIR, o gerenciador de frames não altera o bit DE; caso contrário, este bit é
ligado e passado adiante. Se for encontrado congestionamento, o frame com o bit DE ligado é um candidato potencial
para descarte.

Prevenção de Congestionamento com Sinalização Explícita


É desejável usar o máximo da capacidade disponível em uma rede frame relay, mas, ainda assim, reagir de uma
maneira justa e controlada a congestionamentos. Este é o propósito de técnicas explícitas de prevenção de
congestionamento. Em termos gerais, para esse tipo de prevenção, a rede alerta os sistemas finais em relação a
congestionamentos se formando na mesma, e os sistemas finais tomam providências para reduzir o volume de tráfego.
Quando o padrão de prevenção explícita de congestionamento estava sendo desenvolvido, duas estratégias gerais
foram consideradas. Um grupo acreditava que o congestionamento sempre ocorria vagarosamente e quase sempre nos
nodos egressos. Outro grupo havia visto casos, nos quais, o congestionamento crescia muito rapidamente nos nodos
internos, e necessitava de ações rápidas e decisivas, de modo a prevenir o congestionamento da rede. Estas duas
abordagens estão refletidas nas técnicas explícitas de prevenção de congestionamento prévio e futuro.

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Anotações
CIR

Na figura acima vemos um terminal que envia com sucesso dados para a rede Frame Relay ao ritmo de 512 KBps,
embora só haja um comprometimento da Rede para lhe assegurar um tráfego de 128 KBps (valor do CIR).
Entre o switch 1 e o switch 2 a parte desse tráfego que se encontra em excesso (na verdade 512-128 = 384 KBps)
em relação ao CIR acordado, segue com o bit DE = 1, tornando-se assim “elegível” para ser “descartado” se a rede
entrar em congestionamento.
O descarte de quadros acontece entre o switch 2 e o computador de destino, em que 256 KBps de tráfego
constituído por quadros contendo o bit DE=1, são eliminados, para dar lugar a outro tráfego proveniente do switch 3.
Se observarmos com atenção, nesta última sessão ainda seguem 256 KBps de tráfego proveniente do Terminal de
origem, sendo 128 KBps parte integrante do CIR e os outros 128 KBps de tráfego excedente.
Assim, a velocidade média de transmissão dos dados entre o terminal e o computador de destino foi efetivamente de
256 KBps (valor mínimo registrado na última sessão), valor este significativamente superior ao contratado. (CIR = 128
KBps).

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Anotações
Medindo e Garantindo o
Throughput
• É definida uma taxa máxima acima da qual o nó de
entrada descarta.

“Bc”
O parâmetro Bc definido na contratação do serviço
é o tamanho da rajada comprometido.

Dois bits no campo de endereço de cada frame são usados para sinalização explícita: BECN e FECN. Qualquer um dos
bits pode ser ligado por qualquer gerenciador de frames que detecte congestionamento. Se um gerenciador receber um
frame em que um ou ambos os bits estão ligados, ele não pode desligá-los antes de passar o frame adiante. Sendo assim,
os bits são sinais da rede ao usuário final. A descrição desses bits é apresentada abaixo:
1. BECN (Backward Explicit Congestion Notification): Notifica ao usuário que procedimentos de prevenção de
congestionamento deveriam ser iniciados para tráfego na direção oposta ao frame recebido. A notificação
indica que frames transmitidos pelo usuário nesta conexão lógica podem encontrar recursos congestionados.
2. FECN (Forward Explicit Congestion Notification): Notifica ao usuário que procedimentos de prevenção de
congestionamento deveriam ser iniciados para tráfego na mesma direção que o frame recebido. A notificação
indica que este frame, nessa conexão lógica, encontrou recursos congestionados.

Recuperação de Congestionamento com Sinalização Implícita


Sinalização implícita ocorre quando a rede descarta um frame e este fato é detectado pelo usuário final em uma
camada fim-a-fim, mais alta. Quando isso ocorre, o software do usuário final pode deduzir que há congestionamento.
Quando o congestionamento é detectado, o protocolo usa controle de fluxo para recuperar-se do congestionamento.

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Anotações
Serviços Frame Relay
• Dirigidos ao ambiente corporativo.
• Eficiente nas necessidades de interconexão de
LANs.
• Reduz os fluxos de informação das comunicações
internas e externas das empresas.
• Serviço de comutação de alta velocidade
64 KBps a 2 MBps.

SERVIÇO FRAME RELAY


O serviço frame relay proporciona uma resposta eficiente às necessidades de comunicação derivada da generalização
e interconexão de LANs.
Dirige-se ao ambiente corporativo, eliminando as grandes distâncias geográficas e os fluxos de informação das
comunicações internas e externas das empresas. É um serviço de comutação de 64 KBps a 2 MBps, que permite a
intercomunicação eficiente entre instalações de clientes de diversos tipos.
Pode transportar múltiplas aplicações e protocolos correspondentes a diversos ambientes de comunicação de
clientes. Em particular, se adapta especialmente bem às necessidades de interconexão de redes LAN e às arquiteturas de
comunicação predominantes. Dirige-se ao ambiente corporativo, entendendo-se como tal as comunicações internas e
externas de uma empresa, com conectividade tanto nacional quanto internacional, que requer alta velocidade, mínimo
retardo, interconexão de ambientes, multiprotocolo, desempenho garantido, alta disponibilidade, arquitetura de rede
flexível e de fácil evolução. Assim como necessidade de alta conectividade entre suas instalações.
Frame Relay é um protocolo de nível de enlace (nível 2) do modelo OSI, projetado com base no X.25 e RDSI, com uma
série de modificações sobre X.25. A principal aplicação deste protocolo é a conexão de redes locais distantes, possuindo
taxas de transmissão de 1.544 MBps, com possibilidade de chegar, com possibilidades de chegar a 34 ou 45 MBps.
O protocolo do Frame Relay assume que todos os milhares de quilômetros de fibra óptica instalados na rede pública
durante os últimos anos resultaram em uma estrutura muito mais resistente e confiável. Assim, minimiza o número de
testes para descobrir os erros e também minimiza o controle de fluxo de dados através da rede. Ele confia nas estações
finais para gerenciar quaisquer condições de erro que apareçam na rede.
Alto desempenho.
Alta disponibilidade com mínimo retardo.
Transporta múltiplas aplicações e protocolos correspondentes a diversos ambientes de comunicação de clientes.
Conectividade nacional e internacional.
Arquitetura de rede flexível e de fácil evolução.

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Anotações
Voz sobre Frame Relay
• Apesar das vantagens, frame relay não é
adequado para algumas aplicações, como vídeo e
voz.
• Seu ponto forte está em conexão que sejam
caracterizadas por tráfego em rajadas, como
transmissão de imagens e interconexão entre
LANs.

FRAD Anotações
Frame relay
FRAD Assembler/Disassembler.
Um FRAD é um equipamento
de interligação de redes que
monta e desmonta frames de
dados.
Os FRAD’s (também
conhecidos como frame relay
access devices) são dispositivos
que permitem protocolos não-
frame relay e serviços acessar
e usar a rede frame relay de
transporte.

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Anotações

VoFR

Uso do Frame Relay para Tráfego de Voz (VoFR - Voice over Frame Relay)
A tecnologia de VoFR oferece a alternativa real para o tráfego de comunicação de voz sobre uma rede frame relay.
Esta tecnologia parte da premissa de que a fala humana é composta por uma grande quantidade de informação
redundante, que é necessária para a comunicação ocorrer em um ambiente natural, porém, não para uma conversação
ocorrer, sobre uma rede de comunicações.
Uma análise da voz mostra que apenas 22% de um diálogo típico, consistem de componentes essenciais da fala que
necessitam ser transmitidos para uma compreensão da voz, o resto é formado por pausas, ruído de fundo (background
noise) e padrões repetidos.
Os equipamentos que implementam VoFR devem considerar questões tais como compressão, cancelamento de eco,
delay e delay variation, perda de frames e priorização do tráfego. Todas estas questões podem afetar a qualidade da voz.
Existem outras questões que são levadas em consideração para o tráfego VoFR, tais como fragmentação, integração
de tráfego (suporte a fax e modem), interpolação digital da fala, técnicas de multiplexação, etc.

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Anotações
Considerações Finais

• O Frame Relay é mais eficiente e mais econômico


que o X.25.
• Preserva as vantagens dos percursos
alternativos e diversos pontos de acesso e
destino do X.25, porém, exige cuidados na
aquisição dos equipamentos e serviços para que
não haja perda de compatibilidade.

A tecnologia
Anotações frame relay
deve ser usada somente quando
Considerações Finais se tem certeza da qualidade do
meio físico, pois o controle de
• O Protocolo do Frame Relay Assume que todos os erros é feito somente nas
estações finais, podendo
milhares de quilômetros de fibra óptica instalados na provocar atrasos enormes caso
rede pública durante os últimos anos resultaram em haja uma quantidade muito
uma estrutura muito mais resistente e confiável. elevada de erros.
O Frame Relay é mais
eficiente e mais econômico
• Minimiza o número de testes para descobrir os erros que o X.25.

e também minimiza o controle de fluxo de dados Preserva as vantagens dos


percursos alternativos e
através da rede. diversos pontos de acesso e
destino do X.25, porém, exige
cuidados na aquisição dos
• Confia nas estações finais para gerenciar quaisquer equipamentos e serviços para
que não haja perda de
condições de erro que apareçam na rede.
compatibilidade.

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Comparação de Desempenho de Redes

COMUTAÇÃO COMUTAÇÃO
ASPECTO FRAME RELAY
CICUITO PACOTE

Multiplexação de Fatias de tempo Fixas Sim Não Não

Multiplexação Estatística (canais virtuais) Não Sim Sim

Compartilhamento de Porta Não Sim Sim

Vazão Alta (por $) Sim Não Sim

Atraso Muito Baixo Alto Médio

Anotações

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