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O Caminho para a Fortaleza de Areia

"O deserto ofusca a visão de vocês. O calor é vísivel no horizonte como manchas de borrões e o
abafamento do lugar piora o suamento de vocês.

Vocês estão indo para a Fortaleza de Areia, o lugar naonde acreditam estar Monazmir (conhecido
também como o Fogo Inextínguivel), o Dragão Vermelho que vocês descobriram destruir o colégio
de arcanismo de Ponos, séculos atrás, destruir o Templo do Sol e comprar a luta de vocês contra
Ponos como forma de agradecimento por vocês livrarem-o da maldição.

Ned se fez útil e conseguiu domar camelos para vocês até a Fortaleza de Areia - uma cidade
baseada em escravatura, tida como uma pérola para os Dadarianos (o povo do extremo oeste).

Agora, de acordo com Mu, um dos camelos, faltam cerca de 15 horas para alcançar a cidade.

Ezuri, cavalgando o camelo com o terceiro olho aberto, sonha com antigas histórias.

- Aqui era uma região cheia de vales floridos e campos gramados. Um paraíso para os animais
equinos. Os camponeses dessa região viviam uma vida de tranquilidade, colhendo seus alimentos
nos longíquos quintais de suas casas, dançando e cantando em beiras de fogueiras, desfrutando
uma boa vida, do nascimento até a morte, sem nunca precisar ir até outros cantos do mundo.

Além, uma grande construção feita de rocha lisa e cinzenta se erguia como uma ponte entre o alto
de um vale. Nos seus pátios, garotos e garotas de variadas idades treinavam com as mãos e a
língua o arcanismo, conjurando pequenas faíscas, até grandes bolas de fogo. Nas construções do
lugar, professores lecionavam sobre o manuscritos de antigos. De noite, alguns cavaleiros saíam
mascarados com prata e desciam para os vilarejos e outros cantos do mundo. Varelef era o nome
do Colégio, você, Ezuri, conseguiu captar isso.

Numa noite, uma monstruosidade de dezenas de metros veio até a escola, pousando seu corpo
pesado no pátio. Feitiços rápidamente foram lançados contra o titânico dragão Monazmir, mas
este resistiu e ateou fogo no lugar, questionando sempre com rugidos que alcançavam ao menos
um quilômetro dali - ONDE ESTÁ MINHA JÓIA?!?! -

Todos diziam não saber, até que um dos professores disse - está no Monte Augaraj. Os Anões
estão utilizando-a como um sol. -

Monazmir terminou-o de ouvi-lo e ateou fogo em todo o lugar, destruindo com seu próprio corpo,
o restante do lugar.

Semanas depois, um homem chegou ao lugar em ruínas, olhando o corpo esquelético de uma
criança, morta por uma pedra, e de professores e jovens feiticeiros, carbonizados.

- Suas tentativas de bondade não removerão seus atos ruins, Ponos. Você e sua inquisição jovem
de adoradores da morte, temem ela? E quanto aos massacres feitos como oferenda em outros
cantos do mundo? Aqui está seu pagamento. Sua escolinha tão bem cultivada, crianças tão bem
educadas, todas como oferenda minha ao seu deus. Acha que pode fazer melhor? O que consegue
dar como oferenda à essa obsessão sua? O mundo? -

Do vento, pó e folhas, Bolim surgiu, com aquelas típicas bochechas em pé.

Ponos, com mais de uma dezena de restante de alunos atrás, todos mascarados com uma caveira
de lobo feita em prata, relutou em olhar para o rosto de seu próprio mestre.

Enfim, falou, removendo a caveira de prata de seu rosto, mostrando um homem de cabelos
grisalhos, rugas fortes e olhos contornados com tinta preta - Chega, Bolim. Desta vez, você não
terá volta. Irá pagar pelos seus crimes. -

- Meus crimes são iguais aos seus, jovem Ponos - satirizou os cabelos grisalhos do mago.

Ponos, reagiu como a luz, e apontou um amuleto escuríssimo para a direção do mestre, mas não
obteve efeito nenhum. Logo, pegou uma varinha escarlate e tentou um feitiço, mas sua varinha se
desfez em sua mão.

Bolim era superior. O mago mais velho então utilizou sua primeira magia, destruindo com
relâmpagos os jovens acólitos que não reagiram rapidamente com um escudo de energia arcana.

A batalha durou, cada vez pior, cada vez mais destrutiva.

Os primeiros a caírem foram os jovens adoradores de Ketorin.

Logo, foi as ruínas de Varelef. Depois o vale, os campos.

Até que Ponos pegou uma jóia de luz igual à solar - a jóia utilizada como sol em Augaraj - e a
rompeu, obliterando todas as terras num raio de milhares de quilometros.

No fim, Bolim restava, soberano, em meio à toda fumaça, olhando Ponos caído, o corpo morto,
com o rubi rachado em sua mão.
- A única maneira de me derrotar, Ponos, é destruindo a fonte da permanência das coisas. É
destruindo a lua. Nem você, nem eu temos tamanho poder. E, caso você consiga, irá por no
mundo, seu fim. Eu sou indestrutível, meu jovem. A história deste mundo está entrelaçada com a
minha história. Aqui, eu sou o pilar do mundo. -

Sumiu com o vento, com o gosto de dever cumprido.

Então, mêses depois, quando a poeira abaixou, dali, restava só um deserto.

Dezenas de anos mais tarde, os primeiros humanos do sul chegaram, fugindo de hordas de
demônios, causada por uma fenda por conta da explosão.

O sol vai se tornando cada vez mais inofensivo, até que chega a noite e vocês começam a congelar.
As serpentes, escorpiões e reptéis tomam conta das dunas. As estrelas e planetas se fazem
presentes no céu sem nuvens. Com o descobrimento do vínculo arcano tendo como regente cada
planeta no céu, algum de vocês começa a notar, mesmo com o inconsciente, vínculos de suas
magias com um determinado planeta.

A noite passa rápido e logo chega a manhã. Junto com o calor inofensível e prazeroso da chegada
do sol, a visão de vocês observa as construções da cidadela, feita há séculos para resistir avanços
de hordas demôniacas conhecidos como Gnoll contra outros lugares da costa oeste do mundo, ela
se ergue vasta até hoje, como um marco, uma final mudança depois de tanto horizonte sem
nada."
A Fortaleza de Areia

"O primeiro sinal de vida é dos escravos, carregando blocos de pedra lisa. Camelos de
comerciantes, com especiarias amarradas em caixas, adentram feiras abertas. Navegadores do
grande rio Oraki - o rio que cruza o deserto, trazem mercadorias do sul ao norte da cidade.

Mas, as casas, elas estão em ruínas - várias delas.

A cabeça de vários homens ergue-se em espetos de madeira, atraindo moscas e alimentando


larvas carnívoras.
Lando, devido à sua relação com estas terras, jogue um History CD12 para ver seus laços com o
lugar. (caso ele passe, ele saberá que aqueles que estão nas lanças, eram os antigos líderes da
cidade - homens extremamente ricos, que movimentavam o lugar extorquindo pessoas,
comprando e vendendo escravos e escavando minas de ouro.)

Aproximando-se da cidade, vocês vêem os escravos, marcados com letras em fogo nas costas,
acorrentados, vivendo para trabalhar. Eles olham para vocês com olhos de humildade, respeito,
tristeza, dor e estranheza - tudo mesclado em rugas cansadas debaixo dos olhos.

As paredes em pé são povoadas com macaquinhos - fazendo parte da cultura da cidade há séculos
como protetores daquele lugar. Mas a face deles na verdade é de escárnio, observando-os em
cima dos muros, escalando casas para olhar vocês - um grupo de pessoas estranhas adentrando o
lugar, em cima de camelos.

Vocês vêem então para aonde os escravos estão levando todas aquelas pedras - uma estátua em
construção, com vigas de madeira ao redor, irá apresentar em alto relevo o novíssimo líder da
cidade - Monazmir.

Ao olhar para cima, vocês vêem as grandes torres elevadas, capaz de olhar todo o horizonte de
dunas em muitos quilometros dali. Uma delas está com os restos mortais de um dragão muito
menor que Monazmir. Ele está pendido, sem uma pata, e sem a cabeça, transpassado na torre. As
escamas são da mesma cor do Bronze e brilham refletindo a luz do sol. Além disso, algumas torres
estão também manchadas de sangue, e vocês notam a presença de outro corpo dracônico, e mais
outro, e mais outro, totalizando quatro dragões mortos em batalha, estirados ali como um sinal de
seu verdadeiro vencedor. A torre central da Fortaleza de Areia está com um buraco imenso,
provavelmente sendo utilizada como forma de escape de Monazmir.

Conforme vocês andam, notam que pessoas de maior riqueza vivem nos lugares próximos de
Monazmir. E diversos soldados treinam em pátios abertos, com armaduras leves, escudos de
cobre e lanças, recebendo ordem de senhores militares.

Vocês demoram uns trinta minutos para adentrar tudo isso, e mais vinte para subir a ladeira para
a Fortaleza. E vocês estão diante dela. Ela é cercada por um fosso de dezenas de metros, com
estacas de madeira dispostas no chão. A ponte levadiça está fechada. Os guardas da Fortaleza
aproximam-se de vocês com avisos brutos - é proibido chegar tão perto da fortaleza. Voltem,
considerem as feiras nas zonas abaixo, se são vendedores. Não há assunto para tratar com vossa
Majestade, O Fogo Inextínguivel."

Os personagens podem:

 1) Falar quem são e o que fazem. Caso isso ocorra, os guardas não deixarão ninguém
passar mesmo assim.

 2) Atacar os guardas, que morrerão de prontidão e despertaram certa fúria em Monazmir.


Caso isso ocorra, Monazmir irá colocar um prazo para o ataque à Sagev, tendo confiança
absoluta que irá vencer Ponos. Ele irá pedir para os PJs abrirem algum portal para dentro
do lugar, para um ataque surpresa de Monazmir e seu exército.

 3) Caso os PJs gritem para Monazmir, os guardas irão começar a ficar horrorizados (um
deles, inclusive irá correr), e irão de prontidão ficar em pose de ataque. Monazmir,
reconhecendo a voz dos PJs com sua memória dragônica, irá sair de seu lar, fazendo o
chão tremer e alçando vôo e cuspindo fogo aos céus. Quando ele pousar atrás dos PJs,
role um teste de CD18 Medo para cada um.

 4) Os PJs adentrarem o covil de Monazmir na base da força, mágica ou furtividade.


Monazmir irá ficar possesso e irá atacar imediatamente os PJs com magma no chão.

Conversando com
Monazmir

Este passo da Sessão


consiste inteiramente nas
atitudes anteriores dos
PJs. A posição de
Monazmir pode variar por
conta disso. Lembre os PJs
que o Dragão é um ser
totalmente orgulhoso,
sempre falando sobre si
mesmo. Se um dos PJs
citar a derrota dele para
com Ponos, ele dirá que o
Lich apenas deu sorte
naquele momento,
também dirá que ele é
capaz de derrotar Ponos
sozinho. (Mostre aos PJs a
lembrança de que,
quando ele era um dragão
de sombra, ele passava um sentimento de derrota, de desesperança, e agora ele está muito
confiante em si mesmo.)

As perguntas chaves que Monazmir irá fazer primeiro (ele falará primeiramente) são:

 Vocês já conseguiram seus exércitos? (Se sim, Monazmir irá dizer: vocês são feiticeiros,
sabem como abrir portais. Se conseguirmos abrir vários, podemos transportar os
exércitos, pegando ele de surpresa. Se não, Monazmir irá dizer: “esperam vencer um
Exército sem exército? Me digam como farão isso? Isso não é um jogo. Mas, sozinho, eu
tenho o dobro de forças para derrotá-lo. Enviei espiões assim que tomei controle da
Fortaleza. Vocês são magos, podem me ajudar. Conto com portais. Se conseguirmos abrir
portais em pontos chaves, domamos a cidade. Precisamos destruir os portais do Lich para
com outros planos, assim as hordas de demônios não terão forma de escape. Quando elas
verem quem está ganhando, irão ingressar ao nosso lado. Contra o Lich, fogo ateado no
pálacio irá servir. Ele pode ter escondido a filácteria dele sabe-se lá naonde, mas terá
problemas prévios com o fogo queimando o conteúdo de seu castelo.”

 Depois do discurso de Monazmir, ele trará espaço para os PJs falarem. Se eles citarem
Orvala, ele dirá: “Um anjo? E depois que a guerra acabar? Ela irá voltar-se contra mim?
Ora, me acham um tolo? Ela que se vire com o rabo dela. Iremos atacar Sagev no mês que
vem. Meus exércitos estão rigorosamente treinados para isso. Se eu ver um anjo sequer
após o termino da batalha, eu mesmo terei o prazer de extinguí-lo.”

 Caso algum personagem cite a reunião de Monazmir com Orvala, ele dirá: “Não
participarei de conselho nenhum, não for o meu. Se quiserem, fiquem do lado dessa
criatura limitada. Claramente perderão. Mas vocês me serão úteis. Depois que a guerra
estiver ganha, darei títulos nobres para vocês. Mas o foco até então é o Lich. Os portais
são de extrema importância. É assim que venceremos.”

Aqui, os PJs terão uma escolha para fazer. Caso eles aceitem o destino de Orvala,
Monazmir irá atear fogo aos céus e deixará pensar que os PJs foram embora, para enfim
emboscá-los e matar Ned (ele saberá que Ned o enfrentou devido ao cheiro).

Se os PJs derrotarem Monazmir, os militares irão ficar boquiabertos e esperarão qual será
a resposta dos PJs para com a liderança da cidade.

Porém, se os PJs aceitarem os planos de Monazmir, ele irá pedir para seguirem
Mon-Hamir, o general militar até os quarteis militares da cidade. Ao chegar lá, Mon-Hamir
irá hospedá-los, dar alimentos e mostrar os planos. Os PJs sabem que o único que seria
capaz de abrir tantos portais ao mesmo tempo é o falecido Feiticeiro da Corte, como ele
fez ao atacar a cidadela Genasi.

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