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b) A observância o disposto no artigo 38.º do Estatuto 2.º A CNC tem composição paritária, sendo constituída
das IPSS quanto à requisição de bens afetos às atividades por representantes das seguintes entidades:
das instituições.
a) Três membros em representação do ministério que
Artigo 38.º tutela a segurança social, designados pela Direção-Geral
da Segurança Social, pelo Instituto da Segurança Social,
Regularização e pelo Gabinete de Estratégia e Planeamento;
1.º Para a situação decorrente do incumprimento de b) Três membros em representação do sector social e
normas constantes do presente diploma, a instituição dis- solidário, designados pela Confederação Nacional das
põe de um prazo de 10 dias, contados a partir da data da Instituições de Solidariedade, pela União das Misericórdias
comunicação dos serviços do ISS, I. P., para se pronunciar Portuguesas e pela União das Mutualidades Portuguesas.
e acordar os termos e condições em que serão efetuadas
as retificações necessárias à regularização. 3.º Por decisão da CNC e sempre que se considere ne-
2.º No âmbito do número anterior e em sede de Co- cessário face às matérias em causa podem ainda participar
missão Nacional de Cooperação devem ser definidos os representantes de outras entidades.
referenciais para o cumprimento das retificações. 4.º A CNC é coordenada pela Direção-Geral da Segu-
3.º Decorrido o prazo acordado para a regularização e rança Social e reúne com regularidade trimestral e sempre
sem que o incumprimento se encontre sanado, aplica-se a que tal se justifique.
legislação própria no âmbito do regime de licenciamento e 5.º A CNC tem, designadamente, as seguintes atribuições:
fiscalização da prestação de serviços dos estabelecimentos
de apoio social. a) Analisar questões suscitadas pelos outorgantes, emi-
tindo recomendações e orientações;
b) Emitir parecer sobre questões no âmbito da cooperação;
SECÇÃO II c) Definir a criação e organização das comissões dis-
Fiscalização tritais ou outras a definir nos termos do artigo seguinte;
d) Avaliar a operacionalização dos instrumentos e le-
Artigo 39.º gislação sobre cooperação;
e) Conhecer dos recursos para si interpostos, nas situ-
Ações de fiscalização ações em que tal interposição haja lugar.
1.º Compete ao ISS, I. P. o desenvolvimento de ações
de fiscalização dos equipamentos e serviços, nos termos 6.º Com ligação estreita à CNC são ainda criadas co-
da legislação aplicável. missões de cooperação distritais para acompanhamento
2.º Sem prejuízo da ação inspetiva dos organismos e avaliação.
competentes, compete ainda ao ISS, I. P., no âmbito da
cooperação com as instituições: Artigo 41.º
a) Zelar pelo integral cumprimento das cláusulas dos Comissões distritais de cooperação
acordos e protocolos; 1.º As comissões distritais de cooperação, adiante de-
b) Avaliar a qualidade dos cuidados prestados pelas signadas por comissões distritais, têm composição pa-
instituições; ritária, sendo constituídas por três membros designados
c) Fiscalizar os estabelecimentos e desencadear os pro- pela segurança social e por um membro designado por
cedimentos respeitantes às atuações irregulares detetadas; cada uma das seguintes entidades: Confederação Nacional
d) Elaborar o relatório de avaliação das respostas sociais das Instituições de Solidariedade, União das Misericór-
tendo em vista a decisão de manutenção, revisão, suspensão dias Portuguesas e União das Mutualidades Portuguesas.
ou cessação; 2.º Na impossibilidade de designação de um membro de
e) Acompanhar, em colaboração com as instituições, a
uma das entidades referidas no número anterior, a comissão
execução das medidas propostas.
distrital é constituída apenas por dois membros designados
pelo centro distrital do ISS, I. P. por forma a garantir-se a
3.º Anualmente, até final de janeiro do ano em curso, o
sua composição paritária.
ISS, I. P. deve publicitar no seu sítio de internet, o plano
de fiscalização e as respetivas instituições selecionadas. 3.º As comissões distritais de cooperação funcio-
4.º O ISS, I. P. deve ainda publicitar, no seu sítio de nam junto dos serviços descentralizados do ISS, I. P.,
internet, o relatório das auditorias realizadas no âmbito da competindo-lhes:
fiscalização ocorrida no ano transato, bem como as conclu- a) Analisar as questões relacionadas com a interpreta-
sões e as medidas tomadas, em decorrência dessas ações. ção, a execução e desenvolvimento dos acordos de coope-
ração, gestão ou protocolos e propor soluções e medidas
consideradas adequadas;
CAPÍTULO VI b) Acompanhar e avaliar o cumprimento das normas
Comissões de Acompanhamento aplicáveis;
c) Reportar à CNC as situações que, pela frequência
Artigo 40.º da sua verificação ou pela importância da sua natureza,
justifiquem a intervenção dessa instância de nível nacional.
Comissão Nacional de Cooperação
1.º O acompanhamento e a avaliação de questões susci- 4.º A comissão distrital é coordenada pelo diretor do
tadas no âmbito da presente Portaria competem à Comissão centro distrital do ISS, I. P. e reúne com regularidade tri-
Nacional de Cooperação (CNC). mestral ou sempre que se justifique.
Diário da República, 1.ª série — N.º 126 — 1 de julho de 2015 4564-(9)
3.2 — Para a resposta Estrutura Residencial para Pes- 4.1.4 — Consideram-se rendimentos de capitais os ren-
soas Idosas (ERPI) o agregado familiar a considerar é dimentos definidos no artigo 5.º do Código do IRS, desig-
apenas a pessoa destinatária da resposta. nadamente, os juros de depósitos bancários, dividendos de
3.3 — Considera-se que a situação de economia comum ações ou rendimentos de outros ativos financeiros, sem
se mantém nos casos em que se verifique a deslocação, prejuízo do disposto no número seguinte.
por período igual ou inferior a 30 dias, do titular ou de 4.1.5 — Sempre que os rendimentos referidos no nú-
algum dos membros do agregado familiar e, ainda que mero anterior sejam inferiores a 5 % do valor dos créditos
por período superior, se a mesma for devida a razões de depositados em contas bancárias e de outros valores mo-
saúde, escolaridade, formação profissional ou de relação biliários de que o requerente ou qualquer elemento do seu
de trabalho que revista caráter temporário. agregado familiar sejam titulares em 31 de dezembro do
4 — Rendimentos do agregado familiar ano relevante, considera-se como rendimento o montante
4.1 — Para efeitos de determinação do montante de resultante da aplicação daquela percentagem.
rendimento do agregado familiar (RAF), consideram-se 4.2 — Para apuramento do montante do rendimento do
os seguintes rendimentos: agregado familiar consideram-se os rendimentos anuais
ou anualizados.
a) Do trabalho dependente; 5 — Despesas fixas do agregado familiar
b) Do trabalho independente — rendimentos empresa- 5.1 — Para efeitos de determinação do montante de
riais e profissionais; rendimento disponível do agregado familiar consideram-se
c) De pensões; as seguintes despesas fixas:
d) De prestações sociais (exceto as atribuídas por en-
cargos familiares e por deficiência); a) O valor das taxas e impostos necessários à formação
e) Bolsas de estudo e formação (exceto as atribuídas do rendimento líquido;
para frequência e conclusão, até ao grau de licenciatura); b) Renda de casa ou prestação devida pela aquisição de
f) Prediais; habitação própria e permanente;
g) De capitais; c) Despesas com transportes até ao valor máximo da
h) Outras fontes de rendimento (exceto os apoios decre- tarifa de transporte da zona de residência;
tados para menores pelo Tribunal, no âmbito das medidas d) Despesas com saúde e a aquisição de medicamentos
de promoção em meio natural de vida). de uso continuado em caso de doença crónica.
4.1.1 — Para os rendimentos empresariais e profissio- 5.2 — Para além das despesas referidas em 5.1. a com-
nais no âmbito do regime simplificado é considerado o participação dos descendentes e outros familiares em ERPI
montante anual resultante da aplicação dos coeficientes é considerada como despesa do respetivo agregado fami-
previstos no Código do IRS ao valor das vendas de mer- liar, para o cálculo de comparticipação pela frequência de
cadorias e de produtos e de serviços prestados. outra resposta social.
4.1.2 — Consideram-se rendimentos para efeitos da 5.3 — Ao somatório das despesas referidas nas alíne-
alínea c) do 4.1. as pensões de velhice, invalidez, sobre- as b), c) e d) do n.º 5.1. podem as instituições estabelecer
vivência, aposentação, reforma, ou outras de idêntica na- um limite máximo do total das despesas a considerar, sal-
tureza, as rendas temporárias ou vitalícias, as prestações a vaguardando que o mesmo não seja inferior à RMMG. Nos
cargo de companhias de seguros ou de fundos de pensões casos em que essa soma é inferior à RMMG é considerado
e as pensões de alimentos. o valor real da despesa.
4.1.3 — Consideram-se rendimentos prediais os rendi- 6 — Cálculo para apuramento do montante de rendi-
mentos definidos no artigo 8.º do Código do IRS, designa- mento per capita mensal, do agregado familiar
damente, as rendas dos prédios rústicos, urbanos e mistos, 6.1 — O rendimento per capita mensal é calculado de
pagas ou colocadas à disposição dos respetivos titulares, acordo com a seguinte fórmula:
bem como as importâncias relativas à cedência do uso do
prédio ou de parte dele e aos serviços relacionados com RC = RAF/12
n
-D
7.1.2 — A falta de entrega dos documentos a referidos conta as despesas orçamentadas e o número de utentes
em 7.1. no prazo concedido para o efeito determina a previstos para o ano correspondente.
fixação da comparticipação familiar máxima. 9 — Redução da comparticipação familiar
7.2 — A prova das despesas fixas do agregado familiar Há lugar a uma redução de 10 % na comparticipação
é efetuada mediante a apresentação dos respetivos docu- familiar mensal quando o período de ausência devidamente
mentos comprovativos. fundamentado exceda 15 dias seguidos.
8 — Montante máximo da comparticipação familiar 10 — Revisão da comparticipação familiar
8.1 — A comparticipação familiar máxima não pode 10.1 — As comparticipações familiares são, em regra,
exceder o custo médio real do utente verificado na resposta objeto de revisão anual a efetuar no início do ano letivo
social, no ano anterior, salvo se outra solução resultar das ou no início do ano civil.
disposições legais, instrumentos regulamentares e outor- 10.2 — Por alteração das circunstâncias que estiveram
gados entre as entidades representativas das Instituições
na base da definição da comparticipação familiar de deter-
e o Ministério responsável pela área da Segurança Social.
8.2 — O disposto no número anterior não se aplica à minado agregado familiar, designadamente, no rendimento
resposta ERPI tendo em conta que para a mesma não se per capita mensal, as instituições podem proceder à revisão
encontra estabelecido um montante máximo de compar- da respetiva comparticipação.
ticipação familiar. 11 — Apuramento do montante da comparticipação
8.3 — O custo médio real do utente é calculado em familiar por resposta social
função do valor das despesas efetivamente verificadas 11.1 — Infância e Juventude (Creche, Creche Familiar
no ano anterior com o funcionamento da resposta social, e Centro de Atividades de Tempos Livres)
atualizado de acordo com o índice de inflação e com o 11.1.1 — Para determinação da comparticipação fami-
número de utentes que frequentaram a resposta social liar pela utilização dos equipamentos e serviços da área
nesse ano. da infância e juventude e de acordo com o rendimento per
8.3.1 — Tratando-se de respostas sociais a iniciar a capita mensal apurado, o agregado familiar é posicionado
atividade, o cálculo do custo médio real do utente tem em num dos seguintes escalões indexados à RMMG:
RMMG. . . . . . . . . . . . . . . . . ≤ 30 % > 30 % ≤ 50 % > 50 % 70 % > 70 % ≤ 100 % > 100 % ≤ 150 % > 150 %
11.1.2 — O valor da comparticipação familiar men- nida pela instituição no respetivo regulamento interno, e
sal determina-se pela aplicação de uma percentagem ao quando o mesmo for omisso, aplicam-se supletivamente
rendimento per capita mensal do agregado familiar, defi- as seguintes percentagens:
Escalões de Rendimento
Serviços e Equipamentos
1.º 2.º 3.º 4.º 5.º 6.º
11.2 — Estrutura Residencial para Pessoas Idosas 11.2.4 — À comparticipação familiar apurada nos ter-
11.2.1 — O valor da comparticipação familiar mensal mos do n.º 12.1. pode acrescer uma comparticipação dos
em ERPI determina-se pela aplicação de uma percenta- descendentes ou outros familiares.
gem sobre o rendimento per capita do agregado familiar, 11.2.5 — Para efeitos da determinação da comparticipa-
variável entre 75 % a 90 % de acordo com o grau de de- ção dos descendentes e outros familiares deve atender-se à
pendência do utente. capacidade económica de cada agregado familiar, sendo o
11.2.2 — Quando, no momento da admissão, o utente montante acordado entre as partes interessadas, mediante
não esteja a receber o complemento por dependência de outorga de acordo escrito e com emissão do respetivo
1.º grau e já tenha sido requerida a sua atribuição, a insti- recibo de forma individualizada.
tuição pode decidir pela aplicação da percentagem máxima 11.2.5.1 — Os critérios para apuramento da capacidade
referida no número anterior. económica do agregado familiar, para efeitos da compar-
11.2.3 — Na situação prevista no número anterior, não ticipação referida no número anterior, constam de regu-
havendo lugar à atribuição do referido complemento, a lamento interno.
percentagem deve ser ajustada em conformidade. 11.3 — Outras Respostas Sociais
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11.3.1 — Considerando o rendimento per capita mensal participação familiar devida pela utilização das respostas
do agregado familiar, a percentagem máxima a aplicar constantes na tabela, de acordo com os serviços prestados,
sobre o rendimento per capita para apuramento da com- corresponde ao seguinte:
11.3.2 — Para efeitos de comparticipação familiar em 11.3.3 — Para as respostas sociais centro de convívio
Lar Residencial consideram-se as normas constantes da e centro de atendimento, acompanhamento e reabilitação
presente orientação, salvaguardando-se que, quando o social para pessoas com deficiência, a comparticipação
valor da comparticipação familiar apurada seja inferior a familiar é variável de acordo com a avaliação casuística,
90 % do rendimento do utente, a comparticipação fami- em função das características do território, das atividades
liar a aplicar é de 90 % sobre dos rendimentos do utente. e dos serviços prestados aos utentes.
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