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APRESENTAÇÃO: ANÁLISE DA VIBRAÇÃO

E REFERÊNCIAS NORMATIVAS

INSTRUTOR
Rogério Dias Regazzi
M.Sc e Engenheiro de Segurança do Trabalho
Diretor 3R Brasil Tecnologia Ambiental
Diretor Isegnet.com.br e inovando no isegnet

ASSUNTO: DIVULGAÇÃO PARA A SOSCIEDADE ATRAVÉS DO PORTAL


WWW.ISEGNET.COM.BR E INOVANDO NO ISEGNET

ANÁLISE DE VIBRAÇÕES – CURSO VCH – PARCERIA 3R BRASIL

Prefácio do Autor:

Nossa intenção através do Portal Isegnet é passar para a sociedade a informação e o conhecimento provocando a
discussão sobre os assuntos. Decidimos como há 10 anos pelo portal, montar um curso sem ônus totalmente
aberto e esclarecedor. Evitando o tecnicismo, dificuldades de linguagem e outros interesses que tomam o
conhecimento uma ferramenta de segregação. Queremos que o Legislador, os profissionais que trabalham com a
questão ocupacional ambiental e toda a sociedade tenham um material de suporte confiável, uma referência para
procedimentos, metodologias e normalização. Devemos apenas lembrar que as questões de vibração no corpo
humano são complexas e demandam de treinamento e práticas especificas para que as avaliações e medições em
campo sejam reprodutivas e confiáveis. Portanto decidimos abordar de forma direta o assunto e alertar a
sociedade das questões relacionadas ao treinamento, as práticas e a falta de especialização para as questões de
vibração, muitas vezes esquecidas pelos fornecedores importadores dos equipamentos de medição que sugerem
muitas vezes equipamentos desatualizados e ineficazes aumentando o problema. Para medir vibração deve-se ter
em mente as características do objeto de medição que possui uma assinatura facilmente identificada após alguns
minutos de medição e, portanto, fundamental para a avaliação correta do que se está medindo; tais equipamentos
devem ter no mínimo a possibilidade de mostrar o gráfico de freqüências em terças de oitavas em tempo real, e
isto estaremos vendo neste curso que preparei para vocês.
Com certeza nesta parte, disponibilizada pela 3R Brasil, muitas dúvidas serão respondidas, principalmente as
relacionadas aos limites de tolerância da ACGIH (EUA) e das Diretivas Européias.
Obrigado e boa sorte!

M.Sc, Eng. Rogério Dias Regazzi


CEO-Diretor 3R Brasil Tecnologia Ambiental
Metrologias, Engenheiro de Segurança do Trabalho e Engo Mecânico
CREA 94-1-1065-4 / 138481/D (nova carteira)
Diretor www.isegnet.com.br e inovando no isegnet
55 21 – 8272-8534 / 9999-6852
contato@isegnet.com.br & regazzi@esp.puc-rio.br

1 (por Rogério Dias Regazzi)


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1. ANÁLISE DA VIBRAÇÃO
Na prática, os sinais de vibração consistem geralmente de inúmeras freqüências, as
quais ocorrem simultaneamente, de modo que, de imediato, não se pode notá-las
simplesmente olhando para as respostas de amplitude com relação ao tempo, nem
determinar quantos componentes de vibração há e onde eles ocorrem.

Tais componentes podem ser reveladas comparando-se a amplitude da vibração à


sua freqüência. A subdivisão de sinais de vibração em elementos individuais de
freqüência, que é chamada de Análise de Freqüência, é uma técnica que pode ser
considerada como base para o diagnóstico da medição da vibração. O gráfico que
mostra o nível de vibração em função da freqüência é chamado de Espectrograma
de Freqüência.

Quando analisamos as vibrações de uma máquina, normalmente encontramos um


número importante de elementos de freqüência periódica, os quais estão
diretamente relacionados aos movimentos fundamentais de diversas peças da
máquina. Portanto, através da análise de freqüência podemos descobrir a causa da
vibração indesejável.

2. CARACTERÍSTICAS DA VIBRAÇÃO
É interessante destacar que há vibrações não detectáveis por órgãos sensoriais
humanos. Na verdade, apenas uma pequena porção das vibrações se comporta
desta forma. Na Acústica, são estudadas as vibrações mecânicas que podem dar a
sensação subjetiva de audição. O organismo humano está sujeito aos efeitos das
vibrações, quando elas apresentam valores específicos de amplitude (intensidade)
do fenômeno e de freqüência.

As vibrações são representadas graficamente da mesma forma que as ondas


sonoras, contudo diferem na faixa de freqüência. É denominada freqüência natural,
aquela própria. Característica do corpo, quando este vibra livre de interferências. A
vibração forçada é aquela que atua por ação de uma força externa ao sistema. O
amortecimento é absorção da energia de um corpo vibrante por outro corpo ou
sistema, com redução sistemática da amplitude de vibração.

A ressonância é a soma das energias da vibração natural do sistema e da vibração


forçada quando estas são iguais em freqüência.

A sensação sonora tem sua origem em um movimento vibratório transmitido ao


ouvido, quase sempre por intermédio do ar. Para que a perturbação seja audível, é
necessário que a freqüência e a intensidade estejam compreendidas dentro de
certos limites. Devem ainda ser levadas em conta, certas características do som,
que o tornam audível e permite diferenciar os diversos sons.

Do ponto de vista da Higiene Ocupacional, interessa determinar as características


das vibrações ou dos sons que podem causar efeitos nocivos, com o objetivo de
especificar medidas de controle tais, que eliminem ou reduzam os riscos a níveis
suportáveis e compatíveis com a preservação da saúde e trabalho eficiente.
2 (por Rogério Dias Regazzi)
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FATORES QUE INFLUENCIAM O EFEITO DE VIBRAÇÃO HUMANA

Fatores Físicos Fatores Biodinâmicos Fatores Individuais


Aceleração de vibração; Força de aperto - a firmeza com Controle do operador de
Intensidade da vibração que o trabalhador segura o ferramentas; Grau de experiência
equipamento vibrante.
Freqüência de vibração; Área de surpefície, localização, e Taxa de trabalho da máquina;
Espectro de freqüências; massa de partes da mão em método de trabalho , operações
Direção do movimento contato com a fonte de vibração. continua ou intermitente
Duração de exposição de Dureza do material que esta em Habilidade e produtividade;
cada dia de trabalho contato com as ferramentas Postura em que realiza as tarefas;
manuais, por exemplo, metal em Tensão e esforço que mantém no
desbaste. trabalho
Histórico profissional Posição da mão e braço relativos Susceptibilidade individual à
referente a anos de ao corpo vibração; Predisposição a
emprego envolvendo patologias relacionadas com o
exposição à vibração sistema nervoso e circulatório
Estado das ferramentas de Textura da manivela – macia e Hábitos: Fumo e uso de drogas.
manutenção; flexível versus material rígido. Exposição a outros agentes físicos
características das e químicos, como fatores
ferramentas (peso, ambientais (umidade, temperatura,
possibilidade de apoio, ruído etc )
balanceada etc )
Possibilidades de uso Histórico médico com relação ao Doença ou dano anterior ao corpo e
equipamentos de proteção organismo e principalmente aos aos dedos e mãos.
incluindo luvas, botas e etc danos nos dedos e mãos, Constituição física (peso, altura,
. Práticas de períodos de particularmente ulceração etc )
descanso do trabalho.

3. RESPOSTA EM FREQÜÊNCIA
Para pequenas amplitude e baixas freqüências, a estrutura do corpo humano pode
se considerado como uma combinação de diversos sistemas mola- massa. Numa
aproximação muito simples, os ossos seriam os elementos rígidos, e os músculos
os elementos elásticos.

O olho, por exemplo, seria considerado como uma massa apoiada em molas. os
nervos e músculos que o sustentam e movimentam. Estes presos no crânio, que
seria uma estrutura rígida.

O estômago seria outra massa, apoiada em molas (tecido orgânico elástico) presas
na estrutura rígida do tórax (costelas) .

Todos os órgãos, deste modo, podem ser considerados como massas apoiadas em
molas, com freqüência natural própria.

Uma estrutura complexa como o corpo humano tem um comportamento que é, na


verdade, representado pôr uma curva contínua, a sua “resposta em freqüência”
num dado intervalo, onde se destacam as freqüências naturais dos órgãos. O que
esta curva nos diz é como o corpo responde, de acordo com a freqüência da
vibração que atua sobre ele.

3 (por Rogério Dias Regazzi)


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4. FREQÜÊNCIAS DE TRABALHO
Se a resposta em freqüência do corpo humano é complicada, como saber quais
freqüências medir? Mais uma vez, a resposta é dada pela normalização. Se não
fosse assim, os resultados não seriam comparáveis, e não haveria como
estabelecer limites.

Para a vibração aplicada ao corpo humano como agente de físico que pode
caracterizar uma exposição insalubre, mede-se a vibração na faixa de 1 Hz a 80 Hz.
Na verdade, as Normas definem um campo de freqüências, as terças de oitava de 1
a 80 Hz como veremos na prática nos estudos de caso.

O que são oitavas e terças?

Para simplificar o trabalho de medição, convencionou-se que uma oitava é o


intervalo aonde a freqüência maior é o dobro da menor. Então, os nossos intervalos
de oitava são de 1 a 2 Hz o primeiro, de 2 a 4 Hz o segundo, de 4 a 8 Hz o terceiro,
e assim sucessivamente.

O intervalo de oitavas, por sua vez, é dividido em terças – como o próprio nome
diz, uma terça é 1/3 de uma oitava. Por exemplo, no segundo intervalo de oitavas,
(de 2 a 4 Hz) as terças intermediárias seriam 2,67 Hz e 3,33 Hz; no terceiro
intervalo (4 a 8 Hz), teríamos 5,3 Hz e 6,6 Hz.

A norma ISO 2631 para vibração do corpo humano estabelece que todas as terças
de 1 a 80 Hz ou 0,63 a 100 Hz devem ser ponderadas em função de pesos por 1/3
de oitavas assim como a vibração em mão-braço são estabelecidas na norma ISO
5349.

Para podermos nos familiar sobre estes pontos apresentamos a seguir uma
medição realizada num rompedor onde podemos verificar em vermelho o nível de
vibração ponderado (para mão e braças) por freqüência em 1/3 de oitavas e do
calibrador em azul, onde não foi aplicada nenhuma ponderação.

Esta verificação em azul no gráfico é fundamental e deve fazer parte do relatório de


medição para chancelar os dados de medição. Ao observar o gráfico fica claro que o
calibrador de vibração (o exitador) fornece um valor de nível de vibração em torno
de 9,86 m/s2 e uma freqüência em torno de 80 Hz.

4 (por Rogério Dias Regazzi)


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Calibração do Instrumento antes e após as medições.

Resultados de medição no rompedor e verificação da cadeia de medição com o calibrador

Comparando com os valores encontrados no certificado de calibração fornecido pelo


INMETRO ou por laboratório acreditado pertencente a Rede Brasileira de Calibração,
podemos afirmar que a cadeia de medição está verificada e aprovada para o início
das medições.

A não verificação do sistema de medição é um erro gravíssimo e pode acarretar


diferenças que variam de 100% a 1000%.

Dados do certificado de calibrações são apresentados a seguir:

5 (por Rogério Dias Regazzi)


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Conforme o certificado o nível de vibração do calibrador é de 9,84 ± 1 m/s2 e a
vibração de 79,6 ± 0,5 Hz compreendendo uma probabilidade de abrangência
aproximada de 95%. O que corresponde ao encontrado no gráfico de medição
apresentado.

5. DIRETIVAS EUROPEIAS
Diretiva 2002/44/CE do Parlamento Europeu e do Conselho de 25 de Junho de 2002
relativas às prescrições mínimas de segurança e saúde respeitantes à exposição
dos trabalhadores aos riscos devidos aos agentes físicos (vibrações) (décima sexta
diretiva especial na acepção do n.o 1 do artigo 16.o da Diretiva 89/391/CEE)

O PARLAMENTO EUROPEU E O CONSELHO DA UNIÃO EUROPEIA,


Tendo em conta o Tratado que institui a Comunidade Européia, e, nomeadamente,
o n.o 2 do seu artigo 137.o, Tendo em conta a proposta da Comissão [1],
apresentada após consulta ao Comitê Consultivo para a segurança, higiene e
proteção da saúde no local de trabalho,

Tendo em conta o parecer do Comitê Econômico e Social [2] (Diretiva Européia),

Após consulta ao Comitê das Regiões, Deliberando nos termos do artigo 251.o do
Tratado [3], tendo em conta o projecto comum aprovado em 8 de Abril de 2002
pelo Comité de Conciliação, Considerando o seguinte:

(1) De acordo com o Tratado, o Conselho pode adotar, por meio de diretivas,
prescrições mínimas com vista a promover a melhoria, nomeadamente das
condições de trabalho, a fim de garantir um melhor nível de proteção da segurança
e da saúde dos trabalhadores. Essas diretivas devem evitar impor disciplinas
administrativas, financeiras e jurídicas contrárias à criação e ao desenvolvimento de
pequenas e médias empresas.

6 (por Rogério Dias Regazzi)


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(2) A comunicação da Comissão relativa ao seu programa de ação para a aplicação
da Carta comunitária dos direitos sociais fundamentais dos trabalhadores prevê que
sejam estabelecidas prescrições mínimas de saúde e segurança respeitantes à
exposição dos trabalhadores aos riscos devidos aos agentes físicos. Em Setembro
de 1990, o Parlamento Europeu adotou uma resolução sobre este programa de
ação [4] que convidou, nomeadamente, a Comissão a elaborar uma diretiva
especial no domínio dos riscos associados ao ruído e às vibrações bem como a
qualquer outro agente físico no local de trabalho.

(3) Numa primeira fase, será necessário introduzir medidas que protejam os
trabalhadores contra os riscos devidos às vibrações, atendendo aos seus efeitos
sobre a saúde e a segurança dos trabalhadores, nomeadamente às perturbações
musculo-esqueléticas, neurológicas e vasculares que provocam. Essas medidas
visam não só garantir a saúde e a segurança de cada trabalhador considerado
isoladamente, mas também criar uma plataforma mínima de proteção para o
conjunto dos trabalhadores, que evitará possíveis distorções de concorrência.

(4) A presente diretiva fixa prescrições mínimas, o que dá aos Estados-Membros a


possibilidade de manter ou adotar disposições mais favoráveis para a proteção dos
trabalhadores, em particular no que se refere à fixação de valores inferiores para o
valor diário que desencadeia a ação ou para o valor-limite de exposição diária a
vibrações. A execução da presente diretiva não pode justificar uma regressão em
relação à situação existente em cada Estado-Membro.

(5) Um sistema de proteção contra as vibrações deve limitar-se a estabelecer, sem


pormenores inúteis, os objetivos a atingir, os princípios a respeitar e os valores
fundamentais a utilizar, a fim de permitir aos Estados-Membros aplicar de forma
equivalente as prescrições mínimas.

(6) A redução da exposição às vibrações é conseguida mais eficazmente pela


adoção de medidas preventivas desde a fase de concepção dos postos e locais de
trabalho, bem como pela seleção do equipamento e dos processos e métodos de
trabalho, de modo a reduzir prioritariamente os riscos na origem. As disposições
relativas ao equipamento e aos métodos de trabalho contribuem para a proteção
dos trabalhadores que os utilizam.

(7) As entidades patronais devem adaptar-se ao progresso técnico e aos


conhecimentos científicos em matéria de riscos associados à exposição a vibrações,
com vista a melhorar a proteção da segurança e da saúde dos trabalhadores.

(8) No que diz respeito aos sectores da navegação marítima e aérea, na situação
atual da técnica não é possível respeitar em todos os casos os valores-limite de
exposição relativa às vibrações transmitidas a todo o organismo. É necessário
prever possibilidades de derrogação devidamente justificadas (grupo controle – 3R
Brasil)

(9) (10) A presente diretiva constitui um elemento concreto no âmbito da


realização da dimensão social do mercado interno.
7 (por Rogério Dias Regazzi)
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(11) As medidas necessárias à execução da presente diretiva serão aprovadas nos
termos da Decisão 1999/468/CE do Conselho, de 28 de Junho de 1999, que fixa as
regras de exercício das competências de execução atribuídas à Comissão [6],

Objetivo e âmbito de aplicação:

1. A presente diretiva, que constitui a décima sexta diretiva especial na acepção do


n.o 1 do artigo 16.o da Diretiva 89/391/CEE, estabelece prescrições mínimas em
matéria de proteção dos trabalhadores contra os riscos para a sua segurança e
saúde resultantes ou susceptíveis de resultar da exposição a vibrações mecânicas.

2. As prescrições da presente diretivas aplicam-se às atividades nas quais os


trabalhadores estão ou podem estar expostos, durante o trabalho, a riscos devidos
a vibrações mecânicas.

3. A Diretiva 89/391/CEE aplica-se plenamente a todo o domínio referido no n.o 1,


sem prejuízo de disposições mais rigorosas e/ou específicas previstas na presente
diretiva.

Para efeitos da presente, entende-se por:

a) "Vibrações transmitidas ao sistema mão-braço", as vibrações mecânicas que,


quando transmitidas ao sistema mão-braço, implicam riscos para a saúde e para a
segurança dos trabalhadores, em especial perturbações vasculares, lesões osteo-
articulares, ou perturbações neurológicas ou musculares;

b) "Vibrações transmitidas a todo o organismo", as vibrações mecânicas que,


quando transmitidas a todo o organismo, implicam riscos para a saúde e para a
segurança dos trabalhadores, em especial patologia da região lombar e lesões da
coluna vertebral.

Valores-limite de exposição e valores de exposição que desencadeiam a


ação (Diretiva Européia):

1. Para as vibrações transmitidas ao sistema mão-braço:

a) O valor-limite de exposição diária normalizada, correspondente a um período de


referência de 8 horas, é fixado em 5 m/s2 (w);

b) O valor de exposição diária normalizada, correspondente a um período de


referência de 8 horas, que desencadeia a ação é fixado em 2,5 m/s2 (w).

2. Para as vibrações transmitidas a todo o organismo (corpo inteiro):

a) O valor-limite de exposição diária normalizada, correspondente a um período de


referência de 8 horas, é fixado em 1,15 m/s2 ou, à escolha do Estado-Membro, num
valor de dose de vibrações de 21 m/s1,75;
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b) O valor de exposição diária normalizada, correspondente a um período de
referência de 8 horas, que desencadeia a ação é fixado em 0,5 m/s2 ou, à escolha
do Estado-Membro, num valor de dose de vibrações de 9,1 m/s1,75.

A norma utilizada para a aplicação das ponderações por 1/3 de oitavas é a ISO 5349, portanto
os limites para aceleração normalmente empregados são da ACGIH a qual utiliza a aceleração
com ponderação (aw) que segue os valores limites conforme abaixo, sendo o inferior referente
ao tempo para não superação do limite de ação e o superior para limite de tolerância:

TABELA II
2
Tempo (Horas) a(w) (m/s )
4≤T<8 4
2≤T<4 6
1≤T<2 8
Menor que 1H 12

Comparando os valores para mão e braços, temos uma pequena diferença entre a
ACGIH e a Norma Europeia:

TABELA III
Medidas de controle da exposição a vibração em mãos e braços nos três eixos para oito(8)
horas de exposição. Os valores de aceleração média sem ponderação (A) deve ser
apresentada em m/s² rms:
A(8) < 2.5 – pouco risco ao trabalhador. O trabalhador precisa de conhecimento sobre a
atividade sem necessidade de aplicar medidas de controle individual.
A(8) > 2.5 e < 5.0 – Risco moderado. O trabalhador precisa de conhecimento sobre a
atividade e treinamento sobre medidas de controle (EPC e EPI) para a garantia da saúde.
Deve-se realizar avaliações médicas anuais para a verificação dos possíveis sintomas com
nexo causal com a atividade. Deve-se registrar o histórico das ocorrências.
A(8) > 5.0 – Alto risco. Treinamento contínuo e medidas de controle com limite do tempo de
exposição e emprego de EPI e EPC. Deve-se investigar, constantemente, medidas de
controle e verificar a praticidade da implementação. Deve-se, também realizar avaliações
médicas anuais para a verificação dos possíveis sintomas com nexo causal com a
atividade.

Hours 16 8 4 2 1 0.5
m/s² 1.8 2.5 3.5 5.0 7.1 10
m/s² 3.5 5.0 7.1 10 14 40

Observa-se na tabela que o limite de exposição a vibração para 8 horas é


apresentado num intervalo A(8) de 2.5 m/s² a 5.0 m/s² com ponderação; já a
ACGIH limita o tempo de exposição para que a dose diária permaneça abaixo de
100% e portanto fixa o nível de aceleração e varia o tempo.

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6. OBRIGAÇÕES DAS ENTIDADES PATRONAIS
Determinação e avaliação dos riscos:

1. No cumprimento das obrigações estabelecidas no n.o 3 do artigo 6.o e no n.o 1


do artigo 9.o da Diretiva 89/391/CEE, a entidade patronal avalia e, se necessário,
mede os níveis de vibrações mecânicas a que os trabalhadores se encontram
expostos.

2. O nível de exposição às vibrações mecânicas pode ser avaliado por meio da


observação das práticas de trabalho específicas e recorrendo às informações
pertinentes sobre o nível provável de vibrações correspondente ao equipamento ou
ao tipo de equipamento utilizado nas condições de trabalho em causa, incluindo
informações fornecidas pelo fabricante do material. Esta operação é diversa da
medição, que exige o emprego de aparelhos específicos e de metodologia
apropriada.

3. A avaliação e a medição mencionadas no n.o 1 devem ser planificadas e


efetuadas pelos serviços competentes a intervalos apropriados, tendo
especialmente em conta as disposições do artigo 7.o da Diretiva 89/391/CEE,
relativas às competências (pessoas ou serviços) necessárias. Os dados obtidos a
partir da avaliação e/ou medição do nível de exposição às vibrações mecânicas
devem ser conservados de forma a que possam ser posteriormente consultados.
4. Em conformidade com o disposto no n.o 3 do artigo 6.o da Diretiva 89/391/CEE,
a entidade empregadora, ao proceder à avaliação dos riscos, deve dar especial
atenção aos seguintes aspectos:

a) Nível, tipo e duração da exposição, incluindo a exposição a vibrações


intermitentes ou a choques repetidos;

b) Valores-limite de exposição e valores de exposição que desencadeiam a ação


estabelecidos no artigo 3.o da presente diretiva;

c) Efeitos sobre a saúde e a segurança dos trabalhadores sujeitos a riscos


especialmente sensíveis;

d) Efeitos inquéritos sobre a segurança dos trabalhadores resultantes de


internações entre as vibrações mecânicas e o local de trabalho ou outros
equipamentos;

e) Informações prestadas pelos fabricantes do equipamento de trabalho de acordo


com as disposições das diretivas comunitárias aplicáveis;

f) Existência de equipamentos alternativos concebidos para reduzir os níveis de


exposição às vibrações mecânicas;

g) Prolongamento da exposição a vibrações transmitidas a todo o organismo para


além do horário de trabalho, sob a responsabilidade da entidade patronal;
10 (por Rogério Dias Regazzi)
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h) Condições de trabalho específicas, tais como trabalho a baixas temperaturas;

i) Informação apropriada resultante do controle e vigilância da saúde, incluindo


exames e informação publicada, na medida do possível.

5. A entidade patronal deve dispor de uma avaliação dos riscos, A avaliação dos
riscos deve ser registrada em suporte adequado de acordo com a legislação e as
práticas nacionais e pode incluir uma justificação por parte da entidade patronal
que demonstre que a natureza e a dimensão dos riscos relacionados com as
vibrações mecânicas tornam desnecessária uma avaliação mais pormenorizada dos
mesmos. A avaliação dos riscos deve ser regularmente atualizada, especialmente
os casos em que tenha havido alterações significativas que a possam desatualizar,
ou em que os resultados da vigilância da saúde demonstrem a sua necessidade.

Disposições com vista a evitar ou reduzir a exposição:

1. Tendo em conta o progresso técnico e a disponibilidade de medidas de controlo


dos riscos na fonte, os riscos resultantes da exposição a vibrações mecânicas
devem ser eliminados na fonte ou reduzidos ao mínimo. A redução destes riscos
baseia-se nos princípios gerais de prevenção estabelecidos no n.o 2 do artigo 6.o
da Directiva 89/391/CEE.

2. Com base na avaliação dos riscos a que se refere o artigo 4.o, sempre que sejam
excedidos os valores de exposição estabelecidos no n.o 1, alínea b), e no n.o 2,
alínea b), do artigo 3.o, a entidade patronal estabelece e implementa um programa
de medidas técnicas e/ou organizacionais destinadas a reduzir ao mínimo a
exposição a vibrações mecânicas e os riscos que dela resultam, tomando em
consideração:

a) Métodos de trabalho alternativos que permitam reduzir a exposição a vibrações


mecânicas;

b) A escolha de equipamento de trabalho adequado, bem concebido do ponto de


vista ergonômico e que, tendo em conta o trabalho a efetuar, produza o mínimo de
vibrações possível;

c) A instalação de equipamento auxiliar destinado a reduzir o risco de lesões


provocadas pelas vibrações, por exemplo assentos que amorteçam eficazmente as
vibrações transmitidas a todo o organismo e pegas que reduzam as vibrações
transmitidas ao sistema mão-braço;

d) Programas adequados de manutenção do equipamento de trabalho, do local de


trabalho e das instalações existentes no local de trabalho;

e) Concepção e disposição dos locais e postos de trabalho;

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f) Informação e formação adequadas dos trabalhadores para que utilizem
corretamente e de forma segura o equipamento de trabalho, por forma a reduzir ao
mínimo a sua exposição a vibrações mecânicas;

g) Limitação da duração e da intensidade da exposição;

h) Horário de trabalho apropriado, com períodos de repouso adequados;

i) O fornecimento aos trabalhadores expostos de vestuário que os proteja do frio e


da unidade.

3. Os trabalhadores não podem em caso algum ser sujeitos a exposições acima do


valor-limite de exposição. Se, apesar das medidas postas em prática pela entidade
patronal nos termos do disposto na presente diretiva, o valor-limite de exposição
for ultrapassado, a entidade patronal tomará medidas imediatas para reduzir a
exposição para valores inferiores ao valor-limite de exposição, determinará as
razões por que o valor limite de exposição foi ultrapassado e corrigirá as medidas
de proteção e prevenção em conformidade, por forma a evitar que o valor-limite de
exposição seja novamente ultrapassado.

7. TÉCNICAS DE MEDIÇÃO
As técnicas de análise de vibrações estão bem desenvolvidas e vão dos métodos
mais simples (medição dos valores médios das amplitudes de vibração) até os mais
complexos (correlações e espectros de correlações).

Exemplificando, na verificação do grau de desbalanceamento de um eixo,


geralmente é suficiente a medição da amplitude e da fase de vibração na freqüência
de rotação, verificados através de um acelerômetro conectado radialmente em um
dos mancais do eixo.

Em outros casos, quando se está procurando anomalias localizadas tais como áreas
com erosão ou trincas nas pistas dos mancais, são necessárias técnicas especiais
que isolam os sinais provenientes das anomalias, do ruído de fundo. Para os
ensaios mais complicados nos setores aeronáuticos e aeroespacial, são usados
instrumentos mais sofisticados que chegam a arquivar as especificações da
máquina, os dados de referência com os resultados do ensaio inicial e os pontos de
medição, a freqüência, a amplitude e as características de fase dos sinais de
vibração registrados, as condições de trabalho de quaisquer gráficos tais como o
"gráfico de dinamismo".

Desta forma as operações de manutenção podem ser estabelecidas compilando-se


um "diário" para a máquina em questão e comparando-o com o "gráfico de
dinamismo", acompanhando deste modo o comportamento do sistema ao longo do
tempo.

12 (por Rogério Dias Regazzi)


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8. LIMITAÇÕES E FATORES DE INFLUÊNCIA
Mesmo as mais complexas técnicas de medição localizada são afetadas pelo
distúrbio causado por outras fontes de vibração da máquina investigada ou por
intempérie e variáveis de influência;

Algumas vezes a interpretação dos sinais é complicada ou a medição apresenta erro


grotescos relacionados a sensibilidade do transdutor a questões de taxa de
amostragem. Necessitando sempre realizar verificação com calibrador de vibração
antes e após as medições, obtendo as referências para avaliação confiável dos
dados de medição.

O aumento na sensibilidade da medição pode resultar no aumento overloads,


quando os sinais captados não correspondem a reais anomalias ou são superiores a
faixa dinâmica empregada;

Normalmente dentre os fatores de influência externos que podem influenciar nas


medidas são a temperatura ambiente, o ruído acústico, a deformação de base, o
ruído tribo-elétrico, as influências dos campos magnéticos e as correntes de malha.

Dentre estes os mais importantes, e que devem ser constantemente verificados são
a temperatura, o looping de terra, o contato da carcaça e a deformação de base.

Com relação a fatores internos podemos citar o projeto do mecanismo do elemento


piezo-elétrico que influencia o desempenho dos acelerômetros. Dependendo de
como ele é montado, o elemento piezo-elétrico pode ser submetido à compressão
ou cisalhamento. Os montado por cisalhamento chamados de tipo delta shear são
de maior sensibilidade e atenuam os problemas de deformação de base.

As principais fontes de erro de um sistema de medição de vibração têm origens


externas. Por outro lado as características construtivas do sistema de medição e o
seu funcionamento e precisão provocam perturbações que são consideradas
internas e, que também modificam as funções de transferências introduzindo ruídos
nas saídas dos equipamentos. A análise do comportamento do sistema de medição
tenta classificar as fontes de erro em: entradas modificadoras que alteram as
funções de transferências e, entradas de interferência que alteram os sinais
relacionados com as grandezas físicas.

O espectro de vibrações a ser observado nas medições pode ser obtido com o
auxílio de sensores (acelerômetro, transdutores eletromagnéticos, etc.) e
convertidos em sinais elétricos, os quais são enviados para um osciloscópio,
digitalizados, registrados na forma de gráfico ou integrados em modernos
equipamentos de medição portáteis.

A metodologia de cálculo do valor ponderado da aceleração agora á aplicada a


todas as condições de vibração do corpo inteiro, na faixa de 0,8 a 80 Hz, e também
para a vibração mão/braço, na faixa de freqüência apropriada.

13 (por Rogério Dias Regazzi)


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O valor ponderado da aceleração é dado pela fórmula:

ap = [Σ (ai Wni )2]1/2

Sendo ai o valor da aceleração na i- ésima freqüência, e Wni o valor do índice de


ponderação Wn na i-ésima freqüência, aonde o índice n indica qual a situação de
medição – corpo inteiro sentado no eixo x, corpo inteiro sentado no eixo z, medição
de vibração transmitida pela mão, etc.

As medições podem ser realizadas em uma série atividades e são muito


importantes para que as empresas desenvolvam um programa de gerenciamento
de risco.

Estaremos em breve disponibilizando no país um programa customizado junto com


hardware da empresa Nacional Instruments (WWW.ni.com) para que haja a
possibilidade de realizar medições confiáveis com sistemas sem fio “wireless” com
pré e pós-processamentos com identificação de variáveis de influência, erros de
medição e cálculos específicos com e sem ponderação.

Será um sistema nacional que atenderá todas estas questões valorizando nossa
força de trabalho e o arranjo produtivo local, um dos objetivos da 3R Brasil
Tecnologia Ambiental, referência em soluções em robótica (junto com a ATIVA
Tecnologia), acústicas e de vibrações na área de SSMA e Soluções Sustentáveis:

http://isegnet.porta80.com.br/siteedit/site/pg_materia.cfm?codmat=60

http://isegnet.porta80.com.br/siteedit/site/pg_secao.cfm?codsec=6&codsub=49
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14 (por Rogério Dias Regazzi)
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