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Fevereiro de 2014
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Licenciamento Ambiental em Atividades Florestais
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO ........................................................................................................................ 4
GESTÃO AMBIENTAL ................................................................................................................. 5
1. LICENCIAMENTO AMBIENTAL - DEFINIÇÃO E FUNDAMENTOS LEGAIS ........................ 6
CARACTERÍSTICAS DOS EMPREENDIMENTOS QUE NECESSITAM DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL....... 7
TIPOS DE LICENÇA AMBIENTAL (CONAMA 237/97) ...................................................................... 8
Licença Prévia - LP .................................................................................................................. 8
Licença de Instalação – LI ..................................................................................................... 10
Licença de Operação – LO .................................................................................................... 10
PROCEDIMENTOS PARA OBTENÇÃO DA LICENÇA AMBIENTAL ........................................................ 11
REGULARIZAÇÃO DE EMPREENDIMENTO NÃO LICENCIADO............................................................ 18
ESTUDOS AMBIENTAIS ............................................................................................................... 19
Estudo de Impacto Ambiental - EIA ....................................................................................... 21
Relatório De Impacto Ambiental – Rima ................................................................................ 22
CONSEQUÊNCIAS DA AUSÊNCIA OU FALHA NO LICENCIAMENTO .................................................... 24
CUSTO DO LICENCIAMENTO AMBIENTAL ...................................................................................... 26
2. CARACTERIZAÇÃO DA VEGETAÇÃO ................................................................................ 29
FLORA....................................................................................................................................... 29
NOMENCLATURA CIENTÍFICA ...................................................................................................... 30
TIPOS DE VEGETAÇÃO ............................................................................................................... 31
REGIÕES FITOGEOGRÁFICAS ...................................................................................................... 36
REGIÕES FITOGEOGRÁFICAS DE PERNAMBUCO ........................................................................... 44
Zona do Litoral ....................................................................................................................... 44
Zona da Mata ......................................................................................................................... 44
Zona da Caatinga ................................................................................................................... 44
Zona das Savanas ................................................................................................................. 45
LEGISLAÇÃO RELACIONADA À MATA ATLÂNTICA ........................................................................... 46
BACIAS HIDROGRÁFICAS ............................................................................................................ 51
ESTÁGIOS SUCESSIONAIS DA VEGETAÇÃO ................................................................................... 54
ESPÉCIES PROTEGIDAS ............................................................................................................. 58
AVALIAÇÃO AMBIENTAL .............................................................................................................. 61
PROGRAMA MUNICÍPIOS VERDES ............................................................................................... 62
3. ATIVIDADES FLORESTAIS SUJEITAS AO LICENCIAMENTO AMBIENTAL .................... 63
EXPLORAÇÃO FLORESTAL (LEI FEDERAL 12.651/2012)............................................................... 63
EXPLORAÇÃO FLORESTAL (LEI ESTADUAL 11.206/1995)............................................................. 66
EXPLORAÇÃO FLORESTAL (DECRETO FEDERAL 5.975/2006)....................................................... 68
UTILIZAÇÃO DE MATÉRIA-PRIMA FLORESTAL (DECRETO 5.975/2006) ........................................... 71
REPOSIÇÃO FLORESTAL E PIF(LEI ESTADUAL 11.206/1995) ........................................................ 72
REPOSIÇÃO FLORESTAL (DECRETO 5.975/2006) ......................................................................... 74
LICENÇA PARA TRANSPORTE DE PRODUTOS E SUBPRODUTOS FLORESTAIS DE ORIGEM
NATIVA (DECRETO 5.975/2006) .................................................................................................. 77
PUBLICIDADE DAS INFORMAÇÕES (DECRETO 5.975/2006) ............................................................ 78
4. GEORREFENCIAMENTO ...................................................................................................... 79
CONCEITOS BÁSICOS ................................................................................................................. 79
SISTEMA DE INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS ................................................................................. 82
CARACTERÍSTICAS DE SIG E DADOS GEORREFERENCIADOS ........................................................ 82
IMAGENS DE SATÉLITE ............................................................................................................... 84
SENSORIAMENTO REMOTO ......................................................................................................... 84
FERRAMENTAS DE GEORREFENCIAMENTO ................................................................................... 86
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APRESENTAÇÃO
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GESTÃO AMBIENTAL
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A Constituição Federal previu, em seu art. 225, que “todos têm direito ao
meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e
essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à
coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras
gerações.”
Com isso, o meio ambiente tornou-se direito fundamental do cidadão,
cabendo tanto ao governo quanto a cada indivíduo o dever de resguardá-lo. A
defesa do meio ambiente apresenta-se também como princípio norteador e
inseparável da atividade econômica na Constituição Federal.
Desse modo, não são admissíveis atividades da iniciativa privada e
pública que violem a proteção do meio ambiente. O licenciamento é também
um dos instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA), cujo
objetivo é agir preventivamente sobre a proteção do bem comum do povo - o
meio ambiente – e compatibilizar sua preservação com o desenvolvimento
econômico-social. Ambos, essenciais para a sociedade, são direitos
constitucionais.
A meta é cuidar para que o exercício de um direito não comprometa
outro igualmente importante. A previsão do licenciamento na legislação
ordinária surgiu com a edição da Lei 6.938/81, que em seu art. 10 estabelece:
A construção, instalação, ampliação e funcionamento de estabelecimentos e
atividades utilizadoras de recursos ambientais, considerados efetiva ou
potencialmente poluidores, bem como os capazes, sob qualquer forma, de
causar degradação ambiental, dependerão de prévio licenciamento por órgão
estadual competente, integrante do Sistema Nacional do Meio Ambiente -
SISNAMA, e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais
Renováveis - Ibama, em caráter supletivo, sem prejuízo de outras licenças
exigíveis.
A Resolução Conama 237/97 traz o seguinte conceito de licenciamento
ambiental: Procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental
competente licencia a localização, instalação, ampliação e a operação de
empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais,
consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras; ou aquelas que, sob
qualquer forma, possam causar degradação ambiental, considerando as
disposições legais e regulamentares e as normas técnicas aplicáveis ao caso.
Por procedimento entende-se um encadeamento de atos que visam a
um fim – a concessão da licença ambiental. Esse procedimento é conduzido no
âmbito do Poder Executivo, na figura de seus órgãos ambientais nas várias
esferas, e advém do regular exercício de seu poder de polícia administrativa.
A licença ambiental é definida pela Resolução Conama 237/97 como:
Ato administrativo pelo qual o órgão ambiental competente estabelece as
condições, restrições e medidas de controle ambiental que deverão ser
obedecidas pelo empreendedor, pessoa física ou jurídica, para localizar,
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Licença Prévia - LP
Deve ser solicitada na fase preliminar do planejamento da atividade. É
ela que atestará a viabilidade ambiental do empreendimento, aprovará sua
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Licença de Instalação – LI
Após a obtenção da licença prévia, inicia-se então o detalhamento do
projeto de construção do empreendimento, incluindo nesse as medidas de
controle ambiental determinadas. Antes do início das obras, deverá ser
solicitada a licença de instalação junto ao órgão ambiental, que verificará se o
projeto é compatível com o meio ambiente afetado.
Essa licença dá validade à estratégia proposta para o trato das questões
ambientais durante a fase de construção. Ao conceder a licença de instalação,
o órgão gestor de meio ambiente terá:
autorizado o empreendedor a iniciar as obras;
concordado com as especificações constantes dos planos,
programas e projetos ambientais, seus detalhamentos e
respectivos cronogramas de implementação;
verificado o atendimento das condicionantes determinadas na
licença prévia;
estabelecido medidas de controle ambiental, com vistas a garantir
que a fase de implantação do empreendimento obedecerá aos
padrões de qualidade ambiental estabelecidos em lei ou
regulamentos;
fixado as condicionantes da licença de instalação (medidas
mitigadoras e/ou compensatórias).
Licença de Operação – LO
A licença de operação autoriza o interessado a iniciar suas atividades.
Tem por finalidade aprovar a forma proposta de convívio do empreendimento
com o meio ambiente e estabelecer condicionantes para a continuidade da
operação. Sua concessão é por tempo finito.
A licença não tem caráter definitivo e, portanto, sujeita o empreendedor
à renovação, com condicionantes supervenientes.
O prazo de validade da licença de operação deverá considerar os planos
de controle ambiental e será, em regra, de, no mínimo, quatro anos e, no
máximo, dez anos.
Cada ente da federação determinará, dentro desse limite, seus prazos.
O ideal é que esse prazo termine quando terminarem os programas de controle
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ambiental, o que possibilitará uma melhor avaliação dos resultados bem como
a consideração desses resultados no mérito da renovação da licença.
No entanto, o órgão ambiental poderá estabelecer prazos de validade
específicos para a licença de operação de empreendimentos que, por sua
natureza e peculiaridades, estejam sujeitos a encerramento ou modificação em
prazos inferiores.
A renovação da LO deverá ser requerida pelo empreendedor com
antecedência mínima de 120 dias do prazo de sua expiração. O pedido de
renovação deverá ser publicado no jornal oficial do estado e em um periódico
regional ou local de grande circulação.
Caso o órgão ambiental não conclua a análise nesse prazo, a licença
ficará automaticamente renovada até sua manifestação definitiva.
Na renovação da licença de operação, é facultado ao órgão ambiental,
mediante justificativa, aumentar ou reduzir seu prazo de validade, mantendo os
limites mínimo e máximo de quatro e dez anos. A decisão será tomada com
base na avaliação do desempenho ambiental da atividade no período anterior.
A licença de operação possui três características básicas:
1. é concedida após a verificação, pelo órgão ambiental, do efetivo
cumprimento das condicionantes estabelecidas nas licenças anteriores
(prévia e de instalação);
2. contém as medidas de controle ambiental (padrões ambientais) que
servirão de limite para o funcionamento do empreendimento ou
atividade; e
3. especifica as condicionantes determinadas para a operação do
empreendimento, cujo cumprimento é obrigatório, sob pena de
suspensão ou cancelamento da operação.
O licenciamento é um compromisso, assumido pelo empreendedor junto
ao órgão ambiental, de atuar conforme o projeto aprovado. Portanto,
modificações posteriores, como, por exemplo, redesenho de seu processo
produtivo ou ampliação da área de influência, deverão ser levadas novamente
ao crivo do órgão ambiental. Além disso, o órgão ambiental monitorará, ao
longo do tempo, o trato das questões ambientais e das condicionantes
determinadas ao empreendimento.
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Estudos Ambientais
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2. CARACTERIZAÇÃO DA VEGETAÇÃO
Flora
Em botânica, flora é o conjunto de táxons de plantas (geralmente,
apenas as plantas verdes) características de uma região. É possível elaborar
uma flora de gêneros, famílias ou, mais normalmente, espécies botânicas de
um determinado local ou região.
A palavra flora é também utilizada para designar as obras que
descrevem as espécies vegetais que ocorrem em determinado território ou
região (por exemplo: Flora Brasiliensis e Flora Europaea).
A Flora brasiliensis foi produzida entre 1840 e 1906 pelos editores Carl
Friedrich Philipp von Martius, August Wilhelm Eichler e Ignatz Urban, com a
participação de 65 especialistas de vários países. Contém tratamentos
taxonômicos de 22.767 espécies, a maioria de angiospermas brasileiras,
reunidos em 15 volumes, divididos em 40 partes, com um total de 10.367
páginas.
O projeto tem por objetivo desenvolver um sistema de informação on-line
sobre a flora brasileira, tendo como base as imagens digitalizadas em alta
resolução das pranchas de famílias selecionadas descritas na Flora brasiliensis
de Martius. A digitalização das imagens está sob a responsabilidade do Jardim
Botânico de Missouri . Os trabalhos referentes à atualização dos nomes estão
sendo coordenados por pesquisadores do Departamento de Botânica do
Instituto de Biologia da Unicamp. O CRIA (Centro de Referência em Informação
Ambiental) é responsável pelo desenvolvimento do sistema on-line.
1
Metadados são dados sobre outros dados.
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Nomenclatura Científica
Tipos de Vegetação
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Florestal Ombrófila
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Campinarana
Savana
Savana Estépica
Estepe
Formações Pioneiras
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Subformação Aluvial
Subformação Submontana
Subformação Montana
Alto-montana
Refúgios Vegetacionais
Fascies
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Regiões Fitogeográficas
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Amazônia
Cerrado
O Cerrado é o segundo maior bioma do País. Ocupa principalmente a
região mais central do Brasil e atinge cerca de 2 milhões de quilômetros
quadrados (24% do território). O Cerrado é uma das savanas de maior
biodiversidade do planeta e com grande concentração de espécies endêmicas.
É caracterizado por uma vegetação tipo savana, subclassificada em
cerradão (maior porte arbóreo), cerrado, campo sujo e campo limpo,
entremeados por matas de galerias, florestas estacionais, campos rupestres e
veredas de buritis. O Cerrado possui grande diversidade biológica e presta
serviços ambientais essenciais na regulação do ciclo hidrológico. De fato, as
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Mata Atlântica
O Bioma Mata Atlântica e seus ecossistemas associados envolvem uma
área de 1,1 milhão de km2 (13% do território brasileiro). Contudo, em virtude de
séculos de destruição ambiental, a área florestal da Mata Atlântica foi reduzida
a apenas cerca de 300 mil km2, altamente fragmentados.
Não obstante, a Mata Atlântica ainda abriga parcela significativa da
diversidade biológica do Brasil. Esse bioma é composto por diversas formações
florestais, como floresta ombrófila (densa, mista e aberta), floresta estacional
semidecidual e estacional decidual, manguezais, restingas e campos de
altitude associados e brejos interioranos no Nordeste. As florestas com
Araucária (ombrófila mista) ocorrem nos planaltos da região Sul situados a
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Caatinga
A Caatinga é o bioma exclusivamente brasileiro. Localizada na região
nordeste do país, ocupa área de aproximadamente 85.500 km 2, o que
representa cerca de 10% do território nacional e se estende por grande parte
da região Nordeste e Norte de Minas Gerais. A Caatinga é dominada pela
vegetação do tipo "savana estépica", vegetação com predomínio de árvores
baixas e arbustos que, em geral, perdem as folhas no período seco (espécies
caducifólias) e muitas espécies de cactáceas. Apesar de ser uma região
semiárida, com índices pluviométricos baixos (entre 300 e 800 milímetros por
ano), a Caatinga é extremamente heterogênea, com pelo menos uma centena
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Pampa
O Pampa, também conhecido como campos sulinos, ocorre no estado
no Rio Grande do Sul e se estende pelo Uruguai e Argentina. A vegetação
dominante é de gramíneas entremeadas por florestas mesófilas, florestas
subtropicais (especialmente floresta com araucária) e florestas estacionais.
Caracteriza-se pela grande riqueza de espécies herbáceas e várias
tipologias campestres, compondo em algumas regiões, ambientes integrados
com a floresta de araucária. Atualmente, este bioma sofre forte pressão sobre
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Pantanal
O bioma Pantanal, com mais de 150 mil Km 2 nos estados do Mato
Grosso e Mato Grosso do Sul, é a maior planície inundável do mundo e contém
uma importante riqueza de diversidade biológica terrestre e aquática. Com
altitude de aproximadamente 150 metros sobre o nível do mar e relevo plano, o
Pantanal, no período de chuvas, modifica-se drasticamente, com a formação
de grandes áreas alagadas (até 80% da planície se inunda). No período seco,
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Zona do Litoral
Sampaio (1945) denomina a vegetação da costa, atlântica brasileira
corno “zona marítima”. Vasconcelos Sobrinho (1949) embora colocando–a
como uma subdivisão da zona da mata, emprega a denominação Marítima ou
do Litoral.
Zona da Mata
A zona da mata em Pernambuco representa o ponto de ligação das
Florestas Orientais Brasileiras que vêm do sul, com as Florestas Equatoriais
Brasileiras, vindas da Amazônia, porém, presentemente, com o grande hiato
correspondente aos Estados do Ceará e Piauí e partes do Rio Grande do Norte
e Maranhão.
A mata pernambucana divide–se em três subzonas: a) mata úmida, b)
mata seca e c) matas serranas. Nos dois primeiros casos, baseia–se esta
divisão, como indicam os adjetivos na maior ou menor exuberância da
vegetação, motivadas pela maior ou menor umidade ambiente, bem como
altitude, permeabilidade do solo e proximidade da zona da caatinga. A mata
úmida, perenifólia, é exuberante, de folhagem verde–escuro, rica em cipós. As
árvores, têm diâmetro do caule maior, em relação ao comprimento. Na mata
seca, caducifólia, há um maior número de indivíduos arbóreos por área, os
caules são relativamente longos e o número de cipós vigorosos é menor. As
matas serranas são perenifólias e ocorrem em muitas das serras dos três–
quartos ocidentais do Estado.
Zona da Caatinga
É a maior das zonas fitogeográficas pernambucanas. Caracteriza–se por
uma vegetação de porte médio a baixo, tipicamente tropófila (decídua) rica de
espinhos, na qual se interpõem Cactáceas e Bromeliáceas. O clima é seco. O
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CONCLUSÕES
Bacias Hidrográficas
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Espécies Protegidas
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Myracrodruon
Aroeira, Aroeira do Sertão Anacardiaceae Cerrado/Caatinga
urundeuva
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Pinheiro-do-paraná /
Araucaria angustifolia Araucariaceae Mata Atlântica
Pinheiro brasileiro
Amburana cearensis
Cerejeira Fabaceae Amazônia
var. acreana
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Avaliação Ambiental
– Diminuição da biodiversidade;
– Erosão e empobrecimento dos solos;
– Enchente e assoreamento dos rios;
– Aumento da evaporação e diminuição dos índices pluviométricos;
– Elevação da temperatura do ar;
– Desertificação;
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2
Decreto nº 6.321, de 21 de dezembro de 2007. Dispõe sobre ações relativas à prevenção,
monitoramento e controle de desmatamento no Bioma Amazônia, bem como altera e acresce
dispositivos ao Decreto no 3.179, de 21 de setembro de 1999, que dispõe sobre a
especificação das sanções aplicáveis às condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá
outras providências. Diário Oficial da União. Brasília, DF, 21 dez. 2007.
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I - florestas plantadas;
II - matéria-prima florestal:
a) oriunda de PMFS;
c) não madeireira.
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§ 1o (VETADO).
§ 2o (VETADO).
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II - matéria-prima florestal:
b) oriunda de PMFS;
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4. GEORREFENCIAMENTO
Conceitos básicos
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Imagens de Satélite
Sensoriamento Remoto
REMOTO: distante.
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Ferramentas de georrefenciamento
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5. ASPECTOS LEGAIS
MATA ATLÂNTICA
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CONTROLE DO DESMATAMENTO
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REPOSIÇÃO FLORESTAL
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MEDIDAS DE PRECAUÇÃO
Art. 70. Além do disposto nesta Lei e sem prejuízo da criação de unidades de
conservação da natureza, na forma da Lei no 9.985, de 18 de julho de 2000, e
de outras ações cabíveis voltadas à proteção das florestas e outras formas de
vegetação, o poder público federal, estadual ou municipal poderá:
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para os incentivos previstos nas alíneas "a" a "e" do item 3 deste página até
que as referidas sanções sejam extintas. (Art. 41, §3º, Lei 12.651/12)
8. As atividades de manutenção das Áreas de Preservação Permanente, de
Reserva Legal e de uso restrito são elegíveis para quaisquer pagamentos ou
incentivos por serviços ambientais, configurando adicionalidade para fins de
mercados nacionais e internacionais de reduções de emissões certificadas de
gases de efeito estufa. (Art. 41, §4º, Lei 12.651/12)
9. O programa relativo a serviços ambientais previsto no item 2 deverá integrar
os sistemas em âmbito nacional e estadual, objetivando a criação de um
mercado de serviços ambientais.(Art. 41, §5º, Lei 12.651/12)
10. Os proprietários localizados nas zonas de amortecimento de Unidades de
Conservação de Proteção Integral são elegíveis para receber apoio técnico-
financeiro da compensação prevista no art. 36 da Lei no 9.985, de 18 de julho
de 2000, com a finalidade de recuperação e manutenção de áreas prioritárias
para a gestão da unidade.(Art. 41, §6º, Lei 12.651/12)
11. O pagamento ou incentivo a serviços ambientais a que se refere o item 2
serão prioritariamente destinados aos agricultores considerados como pequena
propriedade ou posse rural familiar (até 4 módulos fiscais) (Art. 41, §7º, Lei
12.651/12)
12. O Governo Federal implantará programa para conversão da multa prevista
no art. 50 do Decreto no 6.514, de 22 de julho de 2008, destinado a imóveis
rurais, referente a autuações vinculadas a desmatamentos em áreas onde não
era vedada a supressão, que foram promovidos sem autorização ou licença,
em data anterior a 22 de julho de 2008. (Art. 42, Lei 12.651/12)
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RESERVA LEGAL
1. Todo imóvel rural deve manter área de 20% com cobertura de vegetação
nativa, a título de Reserva Legal (Art. 12, inciso 2º, Lei 12.651/12).
2. Será admitido o cômputo das Áreas de Preservação Permanente no cálculo
do percentual da Reserva Legal do imóvel, desde que (Art. 15, Lei 12.651/12):
I - o benefício previsto neste artigo não implique a conversão de novas
áreas para o uso alternativo do solo;
II - a área a ser computada esteja conservada ou em processo de
recuperação, conforme comprovação do proprietário ao órgão estadual
integrante do Sisnama;
III - o proprietário ou possuidor tenha requerido inclusão do imóvel no
Cadastro Ambiental Rural - CAR, nos termos desta Lei.
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10. É livre a coleta de produtos florestais não madeireiros, tais como frutos,
cipós, folhas e sementes, devendo-se observar:(Art. 21, Lei 12.651/12)
I - os períodos de coleta e volumes fixados em regulamentos
específicos, quando houver;
II - a época de maturação dos frutos e sementes;
III - técnicas que não coloquem em risco a sobrevivência de indivíduos e
da espécie coletada no caso de coleta de flores, folhas, cascas, óleos, resinas,
cipós, bulbos, bambus e raízes.
11. A inserção do imóvel rural em perímetro urbano definido mediante lei
municipal não desobriga o proprietário ou posseiro da manutenção da área de
Reserva Legal, que só será extinta concomitantemente ao registro do
parcelamento do solo para fins urbanos aprovado segundo a legislação
específica e consoante as diretrizes do plano diretor de que trata o § 1o do art.
182 da Constituição Federal. (Art. 19, Lei 12.651/12).
12. Nos imóveis rurais que detinham, em 22 de julho de 2008, área de até 4
(quatro) módulos fiscais e que possuam remanescente de vegetação nativa em
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► EM ÁREAS RURAIS
3. RESERVATÓRIOS ARTIFICIAIS
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13. AQUICULTURA - nos imóveis com até 15 módulos fiscais, é admitida, nas
áreas que tratam nos itens 1 e 2 desta página, a prática da aquicultura e da
infraestrutura física diretamente a ela associada, desde que: (Art. 4º § 6º)
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I - 10% (dez por cento) da área total do imóvel, para imóveis rurais com área
de até 2 (dois) módulos fiscais; e (Art. 61-B, inciso I)
II - 20% (vinte por cento) da área total do imóvel, para imóveis rurais com
área superior a 2 (dois) e de até 4 (quatro) módulos fiscais (Art. 61-B, inciso II)
► Para reservatórios artificiais para geração de energia elétrica ou
abastecimento público, que tiveram seus contratos de concessão ou
autorização assinados anteriormente à Medida Provisória 2.166-67 de
24/08/2001, a faixa de APP será a distância entre o nível máximo operativo
normal e a cota máxima maximorum (Art. 62)
► Nas áreas rurais consolidadas consideradas como topos de morro,
encostas, serras, bordas de tabuleiro e em altitudes superiores a 1.800 m, será
admitida a manutenção de atividades florestais, culturas de espécies lenhosas,
perenes ou de ciclo longo, bem como a infraestrutura associada a estas
atividades, não se admitindo a conversão de novas áreas (Art. 63)
• nestas áreas o pastoreio extensivo deverá ficar restrito às áreas de
vegetação campestre natural admitindo-se o consórcio com vegetação lenhosa
perene ou de ciclo longo (Art. 63, §1º)
• a manutenção da cultura e infraestrutura fica condicionada à adoçao de
práticas conservacionistas de solo e água indicadas pelos órgãos de
assistencia técnica rural (Art. 63, §2º)
• Admite-se, nas Áreas de Preservação Permanente, previstas no inciso VIII
do art. 4o, dos imóveis rurais de até 4 (quatro) módulos fiscais, no âmbito do
PRA, a partir de boas práticas agronômicas e de conservação do solo e da
água, mediante deliberação dos Conselhos Estaduais de Meio Ambiente ou
órgãos colegiados estaduais equivalentes, a consolidação de outras atividades
agrossilvipastoris, ressalvadas as situações de risco de vida (Art. 63, §3º)
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Nota: Estas Políticas Operacionais aplicam-se a todos os projetos cujo PID (Project
Information Document) tenham sido emitidos pela primeira vez depois de 1º de Março de
1999. Quaisquer perguntas podem ser dirigidas ao Presidente do Conselho do Setor
Ambiental.
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1. .Banco. inclui a IDA (Agência Internacional de Fomento); .AA. refere-se à totalidade do processo definido na OP/BP
4.01; .empréstimos. incluem os créditos; .mutuário. inclui, para as operações de garantia, um patrocinador privado ou
público do projeto que receba de outra instituição financeira um empréstimo garantido pelo Banco; .projeto. se refere a
todas as operações financiadas por empréstimos ou garantias do Banco, exceto os empréstimos para ajuste estrutural
(para os quais as cláusulas ambientais estão expressas na OP/BP 8.60, Adjustment Lending, a ser publicada) e
operações de dívida e de serviço da dívida, e inclui também projetos no âmbito de concessão de empréstimos
adaptáveis.empréstimos para programas adaptáveis (APLs) e empréstimos para aprendizagem e inovação (LILs).e
projetos e componentes financiados pelo Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF). O projeto deve ser descrito no
Anexo 2 do Acordo de Empréstimo/Crédito. Esta política aplica-se a todos os componentes do projecto,
independentemente da sua fonte de financiamento.
2. Para definições, consultar o Anexo A. A área de influência de um projeto é determinada com o auxílio de
especialistas em meio ambiente e especificada nos termos de referência da AA.
3. Ver OP/BP/GP 4.12, Involuntary Resettlement (no prelo); OD 4.20, Indigenous Peoples; e OP 4.11, Safeguarding
Cultural Property in Bank-Financed Projects (no prelo).
4. Questões do meio ambiente global incluem mudanças climáticas, substâncias que danificam a camada de ozônio,
poluição de águas transfronteiriças, e impactos adversos na biodiversidade.
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10. Os empréstimos para ajuste setorial (SECALs) estão sujeitos aos requisitos
desta política. A AA de um SECAL avalia os potenciais impactos ambientais
das ações planejadas de políticas, institucionais e regulatórias no âmbito do
empréstimo15.
12. SILs envolvem normalmente a preparação e execução de planos anuais de investimento ou sub-projetos, atividades essas que
ocorrem dentro de um espaço definido de tempo.
13. Além disso, se houver questões de cunho setorial que não possam ser solucionadas através de AA individual para cada sub-
projeto (e particularmente se o SIL tiver a probabilidade de incluir sub-projetos de Categoria A), pode ser pedido ao mutuário que
execute uma AA setorial antes de o Banco fazer a avaliação da SIL.
14. Quando, seguindo requisitos regulamentares ou acordos contratuais aceitáveis ao Banco, alguma destas revisões for efetuada por
uma entidade diferente da entidade coordenadora ou da instituição executora, o Banco avalia tais acordos alternativos; no entanto, o
mutuário/entidade coordenadora/instituição executora continua a ser responsável, em última instância, por assegurar que os
subprojetos satisfaçam os requisitos do Banco.
15 Dentre as ações que necessitariam esse tipo de avaliação contam-se, por exemplo, a privatização de empresas ambientalmente
sensíveis, mudanças na posse da terra em áreas com habitats naturais importantes, e mudanças de preço relativas em produtos tais
como pesticidas, madeira e petróleo.
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11. Para uma operação de intermediação financeira (FI), o Banco exige que
cada FI faça a análise preliminar de cada um dos sub-projetos propostos, e que
se assegure que os submutuários conduzam uma AA adequada para cada um
dos sub-projetos. Antes da aprovação de um sub-projeto, a FI verifica (através
dos seus próprios funcionários, peritos externos ou instituições ambientais
existentes) que o sub-projeto cumpre todos os requisitos ambientais das
autoridades nacionais e locais apropriadas, e que está conforme com esta OP
e outras políticas ambientais aplicáveis do Banco16.
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Capacidade Institucional
Consultas Públicas
Divulgação
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19. Uma vez que o mutuário tenha transmitido oficialmente ao Banco o relatório
AA de Categoria A, o Banco faz a distribuição do resumo (em inglês) aos
Diretores Executivos (EDs) e disponibiliza o relatório ao público através da sua
InfoShop. Após o mutuário transmitir oficialmente ao Banco qualquer relatório
AA avulso de Categoria B, o Banco o disponibilizará ao público através da
InfoShop21. No caso do mutuário fazer objeções à divulgação pelo Banco de
um relatório AA através da InfoShop do Banco Mundial, os funcionários do
Banco (a) não darão continuidade ao processamento de um projeto da IDA, ou
(b) no caso de um projeto do BIRD, submeterão aos Diretores Executivos a
questão da continuação do seu processamento.
21 Para uma discussão mais aprofundada dos procedimentos de divulgação do Banco, consultar The World Bank
Policy on Disclosure of Information (Março 1994) e BP 17.50, Disclosure of Operational Information. Os requisitos
específicos para divulgação de planos de reassentamento e planos de desenvolvimento de povos indígenas
encontram-se na OP/BP 4.12, Involuntary Resettlement (a ser publicada), e OP/BP 4.10, revisão a ser publicada da OD
4.20, Indigenous Peoples.
22. Ver OP/BP 13.05, Project Supervision, a sair brevemente.
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1. O relatório AA para um projeto Categoria A é normalmente uma avaliação do impacto ambiental, com elementos de
outros instrumentos que se incluem conforme necessário. Qualquer relatório de uma operação Categoria A utiliza os
componentes descritos neste Anexo, mas uma AA regional ou setorial de Categoria A exige uma perspectiva e ênfase
diferentes entre os componentes. O Conselho do Banco Mundial para o Setor de Ambiente pode fornecer uma
orientação mais detalhada quanto ao enfoque e componentes dos vários instrumentos AA.
2. Ver OP/BP 4.12, Involuntary Resettlement (a ser publicado), e OD 4.20, Povos Indígenas.
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(h) Apêndices
(i) Descrição da equipe de preparação do relatório AA. indivíduos e
organizações.
(ii) Referências. lista do material escrito, publicados e não publicados,
utilizados na preparação do estudo.
(iii) Registro das reuniões ocorridas entre os vários organismos e para
consultas, incluindo consultas para obtenção de opiniões informadas
da parte das pessoas afetadas pelo projeto e de organizações não-
governamentais (ONGs). O registro deve especificar quaisquer outros
meios, diferentes das consultas (por exemplo levantamentos) que
tenham sido utilizados para obter as opiniões dos grupos afetados e
das ONGs locais.
(iv) Tabelas que apresentem os dados relevantes referidos ou
resumidos no texto principal.
(v) Lista de relatórios associados (por exemplo, plano de
reassentamento ou de ações de desenvolvimento específicas para os
povos indígenas).
3. As implicações ambientais de opções de desenvolvimento para um setor (por exemplo, modos alternativos de
atender à demanda projetada de energia elétrica) são melhor analisadas através de uma análise de menor custo ou de
uma AA. setorial. As implicações ambientais de opções de desenvolvimento amplas para uma região (por
exemplo, estratégias alternativas para melhorar o nível de vida numa área rural) recebem um tratamento
mais adequado através de um plano de desenvolvimento regional ou de uma AA regional. Um EIA é
normalmente mais apropriado para a análise de alternativas dentro de um conceito de projeto específico
(por exemplo, uma estação geradora geotérmica, ou um projeto que vise atender à demanda local de
energia), incluindo alternativas detalhadas sobre o local, tecnologia, desenho e funcionamento do projeto
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Medidas Mitigadoras
1. O plano de gestão é às vezes conhecido como .plano de ação.. O EMP pode ser apresentado como dois ou três
planos separados cobrindo aspectos de medidas mitigadoras, de monitoramento, e institucionais, dependendo dos
requisitos do país mutuário.
2. Para os projetos que envolvam recuperação, modernização, expansão ou privatização de instalações existentes,
remediar os problemas ambientais existentes pode ser mais importante do que mitigar ou monitorar os impactos
esperados. Para tais projetos, o plano de gestão centra-se nas medidas mais efetivas, e de custo adequado, para
remediar e gerir estes problemas.
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Monitorização
3. Para projetos com sérias implicações ambientais, é particularmente importante que exista, no ministério
ou organismo executor, uma unidade ambiental interna com orçamento adequado e quadros profissionais
com fortes conhecimentos nas áreas relevantes para o projeto (para os projetos que envolvam barragens
e reservatórios, ver BP 4.01, Anexo B).
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ANEXOS
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TÍTULO I
o
Art. 1 A conservação, a proteção, a regeneração e a utilização do Bioma Mata Atlântica,
patrimônio nacional, observarão o que estabelece esta Lei, bem como a legislação ambiental
o
vigente, em especial a Lei n 4.771, de 15 de setembro de 1965.
CAPÍTULO I
DAS DEFINIÇÕES
o
Art. 2 Para os efeitos desta Lei, consideram-se integrantes do Bioma Mata Atlântica as
seguintes formações florestais nativas e ecossistemas associados, com as respectivas
delimitações estabelecidas em mapa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE,
conforme regulamento: Floresta Ombrófila Densa; Floresta Ombrófila Mista, também
denominada de Mata de Araucárias; Floresta Ombrófila Aberta; Floresta Estacional
Semidecidual; e Floresta Estacional Decidual, bem como os manguezais, as vegetações de
restingas, campos de altitude, brejos interioranos e encraves florestais do Nordeste.
(Regulamentado pelo Decreto 6.660/2008)
o
Art. 3 Consideram-se para os efeitos desta Lei:
I - pequeno produtor rural: aquele que, residindo na zona rural, detenha a posse de gleba
rural não superior a 50 (cinqüenta) hectares, explorando-a mediante o trabalho pessoal e de
sua família, admitida a ajuda eventual de terceiros, bem como as posses coletivas de terra
considerando-se a fração individual não superior a 50 (cinqüenta) hectares, cuja renda bruta
seja proveniente de atividades ou usos agrícolas, pecuários ou silviculturais ou do extrativismo
rural em 80% (oitenta por cento) no mínimo;
III - pousio: prática que prevê a interrupção de atividades ou usos agrícolas, pecuários ou
silviculturais do solo por até 10 (dez) anos para possibilitar a recuperação de sua fertilidade;
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Licenciamento Ambiental em Atividades Florestais
o
Art. 4 A definição de vegetação primária e de vegetação secundária nos estágios
avançado, médio e inicial de regeneração do Bioma Mata Atlântica, nas hipóteses de
vegetação nativa localizada, será de iniciativa do Conselho Nacional do Meio Ambiente.
o
§ 1 O Conselho Nacional do Meio Ambiente terá prazo de 180 (cento e oitenta) dias
para estabelecer o que dispõe o caput deste artigo, sendo que qualquer intervenção na
vegetação primária ou secundária nos estágios avançado e médio de regeneração somente
poderá ocorrer após atendido o disposto neste artigo.
o
§ 2 Na definição referida no caput deste artigo, serão observados os seguintes
parâmetros básicos:
I - fisionomia;
II - estratos predominantes;
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Licenciamento Ambiental em Atividades Florestais
VII - sub-bosque;
o
Art. 5 A vegetação primária ou a vegetação secundária em qualquer estágio de
regeneração do Bioma Mata Atlântica não perderão esta classificação nos casos de incêndio,
desmatamento ou qualquer outro tipo de intervenção não autorizada ou não licenciada.
CAPÍTULO II
o
Art. 6 A proteção e a utilização do Bioma Mata Atlântica têm por objetivo geral o
desenvolvimento sustentável e, por objetivos específicos, a salvaguarda da biodiversidade, da
saúde humana, dos valores paisagísticos, estéticos e turísticos, do regime hídrico e da
estabilidade social.
o
Art. 7 A proteção e a utilização do Bioma Mata Atlântica far-se-ão dentro de condições
que assegurem:
TÍTULO II
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Licenciamento Ambiental em Atividades Florestais
o
Art. 8 O corte, a supressão e a exploração da vegetação do Bioma Mata Atlântica far-se-
ão de maneira diferenciada, conforme se trate de vegetação primária ou secundária, nesta
última levando-se em conta o estágio de regeneração.
o
Art. 9 A exploração eventual, sem propósito comercial direto ou indireto, de espécies da
flora nativa, para consumo nas propriedades ou posses das populações tradicionais ou de
pequenos produtores rurais, independe de autorização dos órgãos competentes, conforme
regulamento.
o
§ 1 Nos casos em que o enriquecimento ecológico exigir a supressão de espécies
nativas que gerem produtos ou subprodutos comercializáveis, será exigida a autorização do
órgão estadual ou federal competente, mediante procedimento simplificado.
o
§ 2 Visando a controlar o efeito de borda nas áreas de entorno de fragmentos de
vegetação nativa, o poder público fomentará o plantio de espécies florestais, nativas ou
exóticas.
Art. 11. O corte e a supressão de vegetação primária ou nos estágios avançado e médio
de regeneração do Bioma Mata Atlântica ficam vedados quando:
I - a vegetação:
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Licenciamento Ambiental em Atividades Florestais
espécies da flora e da fauna silvestres ameaçadas de extinção caso existam fatores que o
exijam, ou fomentarão e apoiarão as ações e os proprietários de áreas que estejam mantendo
ou sustentando a sobrevivência dessas espécies.
o
§ 1 A supressão de que trata o caput deste artigo dependerá de autorização do órgão
ambiental estadual competente, com anuência prévia, quando couber, do órgão federal ou
o
municipal de meio ambiente, ressalvado o disposto no § 2 deste artigo.
o
§ 2 A supressão de vegetação no estágio médio de regeneração situada em área
urbana dependerá de autorização do órgão ambiental municipal competente, desde que o
município possua conselho de meio ambiente, com caráter deliberativo e plano diretor,
mediante anuência prévia do órgão ambiental estadual competente fundamentada em parecer
técnico.
Art. 16. Na regulamentação desta Lei, deverão ser adotadas normas e procedimentos
especiais, simplificados e céleres, para os casos de reutilização das áreas agrícolas
submetidas ao pousio.
Art. 17. O corte ou a supressão de vegetação primária ou secundária nos estágios médio
ou avançado de regeneração do Bioma Mata Atlântica, autorizados por esta Lei, ficam
condicionados à compensação ambiental, na forma da destinação de área equivalente à
extensão da área desmatada, com as mesmas características ecológicas, na mesma bacia
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Licenciamento Ambiental em Atividades Florestais
hidrográfica, sempre que possível na mesma microbacia hidrográfica, e, nos casos previstos
nos arts. 30 e 31, ambos desta Lei, em áreas localizadas no mesmo Município ou região
metropolitana.
o
§ 1 Verificada pelo órgão ambiental a impossibilidade da compensação ambiental
prevista no caput deste artigo, será exigida a reposição florestal, com espécies nativas, em
área equivalente à desmatada, na mesma bacia hidrográfica, sempre que possível na mesma
microbacia hidrográfica.
o
§ 2 A compensação ambiental a que se refere este artigo não se aplica aos casos
previstos no inciso III do art. 23 desta Lei ou de corte ou supressão ilegais.
Art. 18. No Bioma Mata Atlântica, é livre a coleta de subprodutos florestais tais como
frutos, folhas ou sementes, bem como as atividades de uso indireto, desde que não coloquem
em risco as espécies da fauna e flora, observando-se as limitações legais específicas e em
particular as relativas ao acesso ao patrimônio genético, à proteção e ao acesso ao
conhecimento tradicional associado e de biossegurança.
Art. 19. O corte eventual de vegetação primária ou secundária nos estágios médio e
avançado de regeneração do Bioma Mata Atlântica, para fins de práticas preservacionistas e
de pesquisa científica, será devidamente regulamentado pelo Conselho Nacional do Meio
Ambiente e autorizado pelo órgão competente do Sisnama.
TÍTULO III
CAPÍTULO I
Art. 20. O corte e a supressão da vegetação primária do Bioma Mata Atlântica somente
serão autorizados em caráter excepcional, quando necessários à realização de obras, projetos
ou atividades de utilidade pública, pesquisas científicas e práticas preservacionistas.
CAPÍTULO II
II - (VETADO)
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Licenciamento Ambiental em Atividades Florestais
Art. 22. O corte e a supressão previstos no inciso I do art. 21 desta Lei no caso de
utilidade pública serão realizados na forma do art. 14 desta Lei, além da realização de Estudo
Prévio de Impacto Ambiental, bem como na forma do art. 19 desta Lei para os casos de
práticas preservacionistas e pesquisas científicas.
II - (VETADO)
o o
IV - nos casos previstos nos §§ 1 e 2 do art. 31 desta Lei.
CAPÍTULO IV
Parágrafo único. O corte, a supressão e a exploração de que trata este artigo, nos
Estados em que a vegetação primária e secundária remanescente do Bioma Mata Atlântica for
inferior a 5% (cinco por cento) da área original, submeter-se-ão ao regime jurídico aplicável à
vegetação secundária em estágio médio de regeneração, ressalvadas as áreas urbanas e
regiões metropolitanas.
Art. 26. Será admitida a prática agrícola do pousio nos Estados da Federação onde tal
procedimento é utilizado tradicionalmente.
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Licenciamento Ambiental em Atividades Florestais
CAPÍTULO V
CAPÍTULO VI
Art. 30. É vedada a supressão de vegetação primária do Bioma Mata Atlântica, para fins
de loteamento ou edificação, nas regiões metropolitanas e áreas urbanas consideradas como
tal em lei específica, aplicando-se à supressão da vegetação secundária em estágio avançado
de regeneração as seguintes restrições:
I - nos perímetros urbanos aprovados até a data de início de vigência desta Lei, a
supressão de vegetação secundária em estágio avançado de regeneração dependerá de
prévia autorização do órgão estadual competente e somente será admitida, para fins de
loteamento ou edificação, no caso de empreendimentos que garantam a preservação de
vegetação nativa em estágio avançado de regeneração em no mínimo 50% (cinqüenta por
cento) da área total coberta por esta vegetação, ressalvado o disposto nos arts. 11, 12 e 17
desta Lei e atendido o disposto no Plano Diretor do Município e demais normas urbanísticas e
ambientais aplicáveis;
II - nos perímetros urbanos aprovados após a data de início de vigência desta Lei, é
vedada a supressão de vegetação secundária em estágio avançado de regeneração do Bioma
Mata Atlântica para fins de loteamento ou edificação.
Art. 31. Nas regiões metropolitanas e áreas urbanas, assim consideradas em lei, o
parcelamento do solo para fins de loteamento ou qualquer edificação em área de vegetação
secundária, em estágio médio de regeneração, do Bioma Mata Atlântica, devem obedecer ao
disposto no Plano Diretor do Município e demais normas aplicáveis, e dependerão de prévia
autorização do órgão estadual competente, ressalvado o disposto nos arts. 11, 12 e 17 desta
Lei.
o
§ 1 Nos perímetros urbanos aprovados até a data de início de vigência desta Lei, a
supressão de vegetação secundária em estágio médio de regeneração somente será admitida,
para fins de loteamento ou edificação, no caso de empreendimentos que garantam a
preservação de vegetação nativa em estágio médio de regeneração em no mínimo 30% (trinta
por cento) da área total coberta por esta vegetação.
o
§ 2 Nos perímetros urbanos delimitados após a data de início de vigência desta Lei, a
supressão de vegetação secundária em estágio médio de regeneração fica condicionada à
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Licenciamento Ambiental em Atividades Florestais
CAPÍTULO VII
TÍTULO IV
Art. 33. O poder público, sem prejuízo das obrigações dos proprietários e posseiros
estabelecidas na legislação ambiental, estimulará, com incentivos econômicos, a proteção e o
uso sustentável do Bioma Mata Atlântica.
o
§ 1 Na regulamentação dos incentivos econômicos ambientais, serão observadas as
seguintes características da área beneficiada:
o
§ 2 Os incentivos de que trata este Título não excluem ou restringem outros benefícios,
abatimentos e deduções em vigor, em especial as doações a entidades de utilidade pública
efetuadas por pessoas físicas ou jurídicas.
Art. 34. As infrações dos dispositivos que regem os benefícios econômicos ambientais,
sem prejuízo das sanções penais e administrativas cabíveis, sujeitarão os responsáveis a
multa civil de 3 (três) vezes o valor atualizado recebido, ou do imposto devido em relação a
cada exercício financeiro, além das penalidades e demais acréscimos previstos na legislação
fiscal.
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Licenciamento Ambiental em Atividades Florestais
o
§ 1 Para os efeitos deste artigo, considera-se solidariamente responsável por
inadimplência ou irregularidade a pessoa física ou jurídica doadora ou propositora de projeto ou
proposta de benefício.
o
§ 2 A existência de pendências ou irregularidades na execução de projetos de
proponentes no órgão competente do Sisnama suspenderá a análise ou concessão de novos
incentivos, até a efetiva regularização.
CAPÍTULO I
Art. 36. Fica instituído o Fundo de Restauração do Bioma Mata Atlântica destinado ao
financiamento de projetos de restauração ambiental e de pesquisa científica.
o
§ 1 (VETADO)
o
§ 2 (VETADO)
o
§ 3 (VETADO)
Art. 37. Constituirão recursos do Fundo de que trata o art. 36 desta Lei:
Art. 38. Serão beneficiados com recursos do Fundo de Restauração do Bioma Mata
Atlântica os projetos que envolvam conservação de remanescentes de vegetação nativa,
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Licenciamento Ambiental em Atividades Florestais
o
§ 1 Terão prioridade de apoio os projetos destinados à conservação e recuperação das
áreas de preservação permanente, reservas legais, reservas particulares do patrimônio natural
e áreas do entorno de unidades de conservação.
o
§ 2 Os projetos poderão beneficiar áreas públicas e privadas e serão executados por
órgãos públicos, instituições acadêmicas públicas e organizações da sociedade civil de
interesse público que atuem na conservação, restauração ou pesquisa científica no Bioma
Mata Atlântica.
CAPÍTULO II
DA SERVIDÃO AMBIENTAL
CAPÍTULO III
II - (VETADO)
III - (VETADO)
TÍTULO V
DAS PENALIDADES
Art. 42. A ação ou omissão das pessoas físicas ou jurídicas que importem inobservância
aos preceitos desta Lei e a seus regulamentos ou resultem em dano à flora, à fauna e aos
demais atributos naturais sujeitam os infratores às sanções previstas em lei, em especial as
o
dispostas na Lei n 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, e seus decretos regulamentadores.
o
Art. 43. A Lei n 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, passa a vigorar acrescida do seguinte
art. 38-A:
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Licenciamento Ambiental em Atividades Florestais
TÍTULO VI
DISPOSIÇÕES FINAIS
o
Art. 47. Para os efeitos do inciso I do caput do art. 3 desta Lei, somente serão
consideradas as propriedades rurais com área de até 50 (cinqüenta) hectares, registradas em
cartório até a data de início de vigência desta Lei, ressalvados os casos de fracionamento por
transmissão causa mortis.
o
Art. 48. O art. 10 da Lei n 9.393, de 19 de dezembro de 1996, passa a vigorar com a
seguinte redação:
o
§ 1 .....................................................................
...........................................................................
II - ....................................................................
...................................................................................
IV - ................................................................................
..........................................................................
.............................................................................. ” (NR)
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Licenciamento Ambiental em Atividades Florestais
o o
Art. 49. O § 6 do art. 44 da Lei n 4.771, de 15 de setembro de 1965, alterada pela
o
Medida Provisória n 2.166-7, de 24 de agosto de 2001, passa a vigorar com a seguinte
redação:
.........................................................................................
o
§ 6 O proprietário rural poderá ser desonerado das obrigações previstas neste
artigo, mediante a doação ao órgão ambiental competente de área localizada no
interior de unidade de conservação de domínio público, pendente de regularização
fundiária, respeitados os critérios previstos no inciso III do caput deste artigo.” (NR)
o o
Brasília, 22 de dezembro de 2006; 185 da Independência e 118 da República.
Guido Mantega
Marina Silva
Este texto não substitui o publicado no DOU de 26.12.2006 - Retificado no DOU de 9.1.2007
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Licenciamento Ambiental em Atividades Florestais
Correlações:
・ Em cumprimento ao art. 6o do Decreto no 750/93 e art. 1o, § 1o da Resolução CONAMA no
10/93
・ Convalidada pela Resolução CONAMA no 388/07 para fins do disposto na Lei 11.428, de 22
de dezembro de 2006
Define vegetação primária e secundária nos estágios inicial, médio e avançado de regeneração
da Mata Atlântica, a fim de orientar os procedimentos de licenciamento de atividades florestais
no Estado de Pernambuco.
O CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE - CONAMA, no uso das atribuições que lhe
são conferidas pela Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981, alterada pela Lei no 8.028, de 12
de abril de 1990, regulamentadas pelo Decreto no 99.274, de 6 de junho de 1990, e Lei no
8.746, de 9 de dezembro de 1993, considerando o disposto na Lei no 8.490, de 19 de
novembro de 199252, e tendo em vista o disposto em seu Regimento Interno, e
Considerando a necessidade de se definir vegetação primaria e secundaria nos estágios inicial,
médio e avançado de regeneração da Mata Atlântica em cumprimento ao disposto no artigo 6º
do Decreto no 750, de 10 de fevereiro de 1993, na Resolução CONAMA no 10, de 1º de
outubro de 1993, e a fim de orientar os procedimentos para licenciamento de atividades
florestais no Estado de Pernambuco, resolve:
Art. 1o Vegetação primaria e aquela de máxima expressão local, com grande diversidade
biológica, sendo os efeitos das ações antrópicas mínimos, a ponto de não afetar
significativamente suas características originais de estrutura e de espécies, onde são
observadas área basal media superior a 30 m²/ha, DAP médio superior a 0,18 m e altura total
média superior a 20 m.
Art. 2o Vegetação secundária ou em regeneração e aquela resultante dos processos naturais
de sucessão, apos supressão total ou parcial de vegetação primária por ações antrópicas ou
causas naturais, podendo ocorrer arvores remanescentes da vegetação primária.
Art. 3o Os estágios de regeneração da vegetação secundaria a que se refere o artigo 6º do
Decreto no 750/93, passam a ser assim definidos:
I - Estágio inicial de regeneração:
a) fisionomia herbáceo/arbustiva de porte baixo, altura media inferior a 6 m, com cobertura
vegetal variando de fechada a aberta;
b) espécies lenhosas com distribuição diamétrica de pequena amplitude; com DAP médio
inferior a 8 cm para todas as formações florestais;
c) epifitas, se existentes, sao representadas principalmente por liquens, briófitas e pteridófitas,
com baixa diversidade;
d) trepadeiras, se presentes, são geralmente herbáceas;
e) serapilheira, quando existente, forma camada fina pouco decomposta, continua ou não;
f ) diversidade biológica variável com poucas espécies arbóreas, podendo apresentar plântulas
de espécies características de outros estágios;
g) espécies pioneiras abundantes;
h) ausência de subosque;
i) a composição florística está representada principalmente pelas seguintes espécies
indicadoras:
Cecropia adenopus Mart. vel aff (imbaúba); Stryphnodendron pulcherrimum Hochr (favinha);
Byrsonima sericea DC (murici); Didymopanax morototoni Decne e Planch (sambaquim);
Cupania revoluta Radlk (cabatan-de-rego); Xylopia frutescens Aubl (imbira-vermelha);
Guazuma ulmifolia Lam (mutamba); Trema micrantha Blume (periquiteria); Himatanthus
bracteatus DC. Woods (angélica), Tapirira guianensis Aubl. (cupiúba), Mimosa sepiaria
(espinheiro), Cassia hoffmansegii (mata-pasto), Scleria braquiteata D.C. (tiririca), Heliconia
angustifolia Hook (paquevira), Cnidoscolus urens L. M. Arg. (urtiga-branca).
II - Estágio médio de regeneração:
a) fisionomia arbórea e/ou arbustiva predominando sobre a herbácea, podendo constituir
estratos diferenciados; a altura média é de 6 a 15 metros;
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Art. 5º Esta Resolução entrará em vigor na data da sua publicação, revogadas as disposições
em contrário.
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Correlações:
・ Convalida as Resoluções CONAMA nos 10/93, 1, 2, 4, 5, 6, 25, 26, 28, 29, 30, 31, 32,33 e
34/94, 7/96 e 261/99 Dispõe sobre a convalidação das resoluções que definem a vegetação
primária e secundária nos estágios inicial, médio e avançado de regeneração da Mata Atlântica
para fins do disposto no art. 4o § 1o da Lei no 11.428, de 22 de dezembro de 2006.
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