Um “Rant” Pessoal e Sem Muito Raiva de um Velho Hippie com Atuação Técnico Ambientalista
INTRODUÇÃO
A energia elétrica deverá ter seu fornecimento feito por empresas de capital público ou privado?
E os grandes e pequenos produtores de energia elétrica solar: como deverão ser controlados e
fiscalizados pelo Estado (em nível federal, estadual, local)? Como deverão ser determinados os
custos finais pagos pelos consumidores para energia elétrica solar? Essas são algumas das
perguntas que pretendo abordar neste blog.
1. PRIMEIRA PERGUNTA: a energia elétrica deverá ter seu fornecimento feito por empresas
de capital público ou privado? Entendo que a resposta é similar aos meus comentários no
blog: O tratamento e fornecimento de água deveriam ser feitos por empresas de capital
público ou privado? O meu posicionamento é detalhado em Saneamento Básico e Políticos:
Público ou Privado. Mas as respostas resumidas seguem assim:
“Segundo eu votaria a FAVOR de propostas que possam mostrar uma experiência real
contínua com resultados de baixo custo e eficiente, não só operacionalmente, mas
também em termos de retorno social. Eu acredito que o serviço oferecido pelo Estado
ou pela iniciativa privada, precisa ser muito bem supervisionado pelos próprios usuários.
Entretanto, a forma desta supervisão depende de implementação de um eficiente
sistema regulamentado pelo governo.”
3. TERCEIRA PERGUNTA: Como deverão ser determinados os custos finais pagos pelas
consumidoras para energia elétrica solar? Aqui também, a resposta poderia ser similar à que
eu propus em relação ao preço da venda da água, que foi assim:
“.... ao subsidiar o custo da água para os menos afortunados, também estaríamos
subsidiando a população mais abastada. Além disso, um custo menor que o valor real
da água induz ao desperdício por parte de todos os usuários”. .....
Desde que escreve o blog sobre a questão de privatizar o fornecimento de água e
tratamento de esgoto, tenho estudado e refletido mais sobre os custos e preços de venda,
tanta da água, mais também sobre a energia elétrica, solar ou outra. Sem querer entrar em
demais detalhes, gostaria de apresentar dois itens ou conceitos que considero importantes.
CONCLUSOES PESSOAIS
Então, depois de todas essas reflexões, o que eu penso? Aqui apresento duas conclusões
pessoais sobre como e por quê chequei a essas conclusões.
Acrescentando as reflexões aqui colocadas, gostaria de enfatizar que o custo da energia elétrica
EM GERAL deve ter um valor real, sem subsídios. Defendo essa ideia porque ao subsidiar o custo
da energia para os menos afortunados, também estaríamos subsidiando a população mais
abastada. Além disso, um custo menor que o valor real induz ao desperdício por parte de todos
os usuários. O argumento de que a população de baixa renda não consegue arcar com o custo
da água ou da energia elétrica deve ser resolvido com melhores salários, ou com programas
especiais de complementação de renda familiar.
Mas, contrário ao caso da água, apoio os incentivos a geração de energia elétrica SOLAR, como
um meio de reduzir os impactos ambientais no consumo.
É importante deixar claro que acredito fortemente na redução das desigualdades sociais e
econômicas entre os indivíduos que compõe uma sociedade. Parece-me que o objetivo da
sociedade é promover oportunidades iguais em educação, saúde, moradia, segurança, etc. No
entanto, este não é o lugar para definir o que é "justiça social" e como ela deve ser alcançada.
1. https://www1.folha.uol.com.br/colunas/viniciustorres/2020/01/burrice-autoritaria-e-o-
pior-inimigo-do-meio-ambiente.shtml?origin=folha
“.... a captura do Estado por quem quer viver de "rendas" ambientais é inimiga da natureza.
É o que fazem certos [ênfase DCM] fazendeiros, mineradores e industriais que ficam com os
ganhos da destruição e repassam os custos.”
2. Imposto para energia solar é o reino da treva querendo taxar o Sol - 08/01/2020 - Elio
Gaspari - Folha.”
“.... o propósito dos empresários e dos eletrotecas ... queriam tungar a disseminação de uma
energia limpa.”
“Preferiu-se o caminho dos corredores, da onipotência e da treva. Primeiro, plantando-se
uma versão segundo a qual o sujeito que coloca placas de energia solar no telhado de sua
casa recebe subsídios.”
“Falso. Subsídio haveria se o cidadão consumisse R$ 100 de quilowatts e só pagasse R$ 90.”
“Hoje a energia solar representa 1% do consumo, e em 2019 a Aneel estimava em R$ 340
milhões os incentivos dados aos consumidores, sabendo que o subsídio ao uso do carvão
custa R$ 1 bilhão. [ênfase DCM]”
“Há dois tipos de consumidores de energia solar. Num estão as pessoas que têm placas nos
telhados de suas casas, edifícios ou conjuntos residenciais. No outro, há os consumidores
abastecidos por empresas que montam grandes fazendas captadoras de energia solar e
funcionam como verdadeiras usinas geradoras.”
3. http://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2018-12/decreto-reduz-subsidios-da-
conta-de-luz
4. http://www.arsesp.sp.gov.br/Documentosgerais/04_SUBSIDIOS_PARTE_2%20-
%20Hugo%20Oliveira.pdf
5. https://www.euqueroinvestir.com/subsidios-para-agricultores-e-para-saneamento-
seguem-sendo-bancados-pela-conta-de-luz/