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INTELIGÊNCIA FINANCEIRA

COMO DEIXAR OS PROBLEMAS FINANCEIROS PARA TRÁS


Gustavo Cerbasi – Live 02/12/2019

O problema financeiro é um sinal de desequilíbrio em nossa vida, por isso devemos


prestar a devida atenção. Se somos resultados de nossas ações, o ponto fundamental
para quem enfrenta esta situação é parar com hábitos e comportamentos que não estão
dando certo.

Naturalmente, o primeiro passo para resolver esta questão é refletir sobre quais são
estes hábitos e mudá-los. Abaixo, trago algumas reflexões e dicas para iniciarmos esse
processo.

Problemas financeiros são resultados de más escolhas

Estar com problemas financeiros é uma consequência de escolha ruins. Ao contrário do


que muitas pessoas imaginam, o culpado por esta situação não são os imprevistos (como
um acidente ou desemprego, por exemplo).

O que aconteceu é que alguma situação favorável que você esperava não ocorreu,
fazendo com que você não se preparasse para esta situação adversa. Um exemplo
prático é quando assumimos compromissos longos (como o financiamento de um
imóvel) diante de um cenário em que sua empregabilidade não é estável.

Neste caso, os compromissos mensais cabiam em seu orçamento, de acordo com o seu
estilo de vida. Mas em caso de imprevistos, como uma doença ou desemprego, esse
padrão de vida não se sustentará, pois estava condicionado a uma situação que não
existe mais (a sua empregabilidade).

Reveja o seu estilo de vida

Se você está em uma situação em que não consegue pagar as contas porque existia
uma situação favorável e hoje não existe mais, o ideal é rever o estilo de vida. Se o seu
aluguel custa, por exemplo, R$1.500,00 mensais, procure um imóvel cujo aluguel seja
R$1.100,00. Vender sua moradia e alugar uma casa com o valor do aluguel menor que
a prestação mensal do seu financiamento pode ser uma alternativa para equilibrar as
contas.
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O desequilíbrio financeiro acontece com muita frequência em casos de desemprego


(quando se deseja manter o que comprou sem poder pagar) e divórcio (quando a pessoa
quer manter um estilo de vida compatível com duas rendas no orçamento doméstico,
mesmo tendo apenas uma).

Um exercício que pode ser feito é analisar como vivem bem as famílias que possuem
a sua nova realidade: em que cidade moram, como é a infraestrutura destas cidades e
como estas pessoas se divertem em seus momentos de lazer.

O único caminho para eliminar as dívidas é pagando as dívidas

Muitas pessoas acreditam que, ao não pagar as dívidas, elas sumirão em 5 anos. Isso não
é verdade. O que acaba é o direito do credor de cobrar a dívida.

Outro caso é o famoso “desconto” dado a alguns devedores após alguns anos de
cobrança. O que acontece é que a dívida inicial de R$1mil, após 2 anos se tornou
R$100mil por conta de juros. Com um desconto de 60%, a dívida ficou em R$40mil,
parecendo uma pechincha, mas ainda abusiva para quem devia R$1mil iniciais.

O ideal é não esperar chegar nesta situação para resolver a sua situação financeira.

Organize uma estratégia para se desfazer das dívidas

Crie uma estratégia para se desfazer das dívidas que traga soluções sustentáveis para
você e os seus credores.

O primeiro passo é fazer caixa extra, vendendo itens que você não utiliza ou utiliza
pouco, como aquela televisão que você usa menos, eletrodomésticos, brinquedos que
seus filhos não utilizam mais, instrumentos musicais, entre outros.

O segundo passo é fazer uma lista de redução drástica dos gastos. Coloque em um papel
o que dá para reduzir em seus gastos mensais e como executará este plano. Pode ser
reduzindo a conta de energia, optando por um plano mais básico de telefone, utilizando
por alguns meses o transporte por aplicativo e vender o carro. Estes sacrifícios devem
conversados (e apoiados) por toda a família.

O terceiro passo é ter renda extra neste período de sacrifícios. Pode ser horas extras,
prestar consultorias, trabalhar como freelancer, se tornar motorista de aplicativos,
vender bolos/salgados, entre outras soluções.
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Antes de sair executando as 3 estratégias acima, anote-as em um papel para seguirmos


para o próximo passo, que é:

Renegociar as dívidas

Com essa estratégia no papel, procure o seu credor e renegocie suas dívidas em cima
deste plano. Você vai se surpreender com a receptividade, pois isto demonstra que você
está fazendo o melhor possível.

O que não funciona é fazer pedidos de descontos ao credor sem fazer a sua parte.
Lembre-se de que nos comprometemos anteriormente com o credor em pagar as dívidas
no prazo acordado, e este compromisso não foi honrado.

O importante é adotar uma postura assertiva para acabar com as dívidas. Qualquer
credor é receptivo para atitudes como esta.

Dívidas planejadas não são um problema

Existem pessoas que estão pagando normalmente suas dívidas, e, teoricamente, isto
não é um problema se alguns cuidados forem tomados como construir uma reserva de
emergência, ter um controle do orçamento doméstico e que estas dívidas não impeçam
a construção dos demais objetivos, como a aposentadoria e uma viagem, por exemplo.

Se é a sua situação, leve em consideração que a Taxa Selic caiu consideravelmente nos
últimos meses e que provavelmente o custo efetivo total do seu empréstimo ou
financiamento está maior do que se você tivesse feito um novo contrato hoje.

Uma alternativa é trocar ou negociar a dívida diretamente com o seu banco ou fazendo
uma portabilidade. Em algumas modalidades, a negociação será mais difícil ou até
inviável, como no caso dos financiamentos subsidiados. Em outros casos, como o
financiamento imobiliário ou crédito consignado, o seu relacionamento com a instituição
dará oportunidades de buscar uma negociação, uma vez que existem outras instituições
com ofertas melhores, uma vez que a portabilidade é viável.

Pontos de Atenção

13º Salário: Até o fim de dezembro teremos o 13º salário caindo na conta de milhões de
trabalhadores, e este recurso poderá ser usado como mais um argumento no plano que
você montará para apresentar aos seus credores. Não podemos pensar em nenhum
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gasto como lazer, presentes, viagens antes de liquidar as dívidas não planejadas.

O que acontece com frequência é que pessoas acumulam dívidas ao longo do ano,
liquidam-nas com o 13º salário, mas no próximo ano as dívidas se acumulam
novamente por conta de IPTU, IPVA, seguros etc. O ideal é que, ao sobrar recursos do
décimo terceiro salário após liquidar as dívidas, esses recursos sejam direcionados para
eliminar prestações do ano seguinte, como os gastos acima mencionados e até outras
maiores como a mensalidade escolar, por exemplo.

Um décimo 13º salário bem trabalhado em 2019 significará um 13º salário mais livre em
2020.

Mutirão do Crédito: A partir de hoje (02/12), parte das agências dos Bancos Itaú, Caixa,
Banco do Brasil, Banco Pan, Santander e Banrisul estarão abertas até às 20h
aguardando seus clientes para negociarem as dívidas, prometendo descontos de até
90% . A renegociação também pode ser realizada pelos canais digitais.

Dificilmente você conseguirá abater 90% da dívida, a não ser que você traga uma boa
notícia aos bancos, com o método que ensinei neste resumo, e que também ensino aos
alunos do Curso Equilíbrio Financeiro.

Curso Equilíbrio Financeiro: Eu pedi para a minha equipe liberar por mais esta semana o
Curso Equilíbrio Financeiro, voltado para quem quer equilibrar sua situação financeira,
eliminar as dívidas e reorganizar suas finanças para ter um 2020 mais próspero. Mais
informações no link: http://cerbasi.site/ef9-tg

Compilado por André Fernandes Esteves, da equipe MaisDinheiro.com.br

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