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INSTITUTO FEDERAL DE
EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
PARÁ
INSTITUTO FEDERAL DE
EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
PARÁ
PARÁ
2011
Presidência da República Federativa do Brasil
Ministério da Educação
Secretaria de Educação a Distância
© Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará – IFPA. Este Caderno foi elaborado
em parceria entre o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará – IFPA e a
Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) para o Sistema Escola Técnica Aberta do
Brasil – e -Tec Brasil.
Arte e Ilustração
Adauto Harley
Anderson Gomes do Nascimento
Projeto Gráfico
e-Tec/MEC
Ficha catalográfica
Setor de Processos Técnicos da Biblioteca Central - IFPA
Apresentação e-Tec Brasil
Prezado estudante,
Você faz parte de uma rede nacional pública de ensino, a Escola Técnica
Aberta do Brasil, instituída pelo Decreto nº 6.301, de 12 de dezembro 2007,
com o objetivo de democratizar o acesso ao ensino técnico público, na mo-
dalidade a distância. O programa é resultado de uma parceria entre o Minis-
tério da Educação, por meio das Secretarias de Educação a Distancia (SEED)
e de Educação Profissional e Tecnológica (SETEC), as universidades e escolas
técnicas estaduais e federais.
O e-Tec Brasil leva os cursos técnicos a locais distantes das instituições de en-
sino e para a periferia das grandes cidades, incentivando os jovens a concluir
o ensino médio. Os cursos são ofertados pelas instituições públicas de ensino
e o atendimento ao estudante é realizado em escolas-polo integrantes das
redes públicas municipais e estaduais.
Ministério da Educação
Janeiro de 2010
Nosso contato
etecbrasil@mec.gov.br
e-Tec Brasil
Indicação de ícones
e-Tec Brasil
Sumário
Palavra do professor-autor 9
Apresentação da disciplina 11
Projeto instrucional 15
e-Tec Brasil
Aula 6 – Os cordados 83
6.1 Organização 83
6.2 Diversidade 85
Aula 7 – Os peixes 91
7.1 Introdução 91
7.2 Morfologia externa 92
7.3 Digestão 95
7.4 Circulação 96
7.5 Excreção 97
7.6 Respiração 99
7.7 Sistema nervoso 99
7.8 Reprodução 99
Referências 151
e-Tec Brasil
Palavra do professor-autor
9 e-Tec Brasil
Apresentação da disciplina
Na Aula 3, você vai ver que existem diversas espécies de moluscos importan-
tes em nossas vidas. Muitas dessas espécies se notabilizam pelo seu aprovei-
tamento como recursos naturais, principalmente no que se relaciona à área
alimentar. Algumas outras se destacam pelos danos diretos ou indiretos que
podem proporcionar ao homem. Ao longo dessa aula, serão apresentadas
informações sobre algumas das espécies de moluscos que foram seleciona-
das entre as que consideramos mais interessantes dentro do filo. Além dis-
so, você encontrará orientações que o auxiliarão a obter informações sobre
muitos outros moluscos.
11 e-Tec Brasil
dos nesse grupo? E como se distinguem dos outros artrópodes? Ao longo dessa
aula, você encontrará os detalhes da anatomia externa e interna que identificam
um animal como crustáceo, bem como informações básicas, porém indispensá-
veis, sobre o funcionamento de seus diversos sistemas.
Na Aula 6, você verá algumas informações sobre animais que estão entre
os mais comuns à nossa volta. Na realidade, você conhece muitos deles e,
nessa aula, poderá relacioná-los por meio das principais características que
permitem reuni-los em um mesmo grupo. Estamos falando dos cordados,
dentre os quais são mais notáveis os vertebrados. Ao longo dessa aula, você
encontrará os detalhes embriológicos e anatômicos que identificam um ani-
mal como cordado, bem como informações básicas sobre alguns de seus
representantes (urocordados, cefalocordados e ciclóstomos). A maioria dos
vertebrados será abordada nas quatro aulas posteriores.
Na Aula 9, você vai conhecer informações sobre a anatomia externa dos anfí-
bios que facilitam sua identificação, bem como alguns aspectos relacionados à
sua reprodução. Também são apresentadas algumas espécies de anfíbios que
foram selecionadas entre as que consideramos mais interessantes dentro do
grupo, principalmente as relacionadas à alimentação. Além disso, você encon-
trará orientações que lhe auxiliarão a obter informações sobre outros anfíbios.
Na Aula 10, você estudará a anatomia externa dos répteis que facilitam sua
identificação, bem como alguns aspectos relacionados à sua reprodução. Tam-
bém são apresentadas algumas espécies de répteis que foram selecionadas
entre as que consideramos mais interessantes dentro do grupo, principalmen-
te as utilizadas na alimentação humana. Além disso, você encontrará orienta-
ções que lhe auxiliarão a obter informações sobre outros répteis.
Na Aula 11, você vai ver que “conhecer o equipamento a ser utilizado é fun-
damental na hora de pescar”. Nessa aula, você encontrará o significado da
expressão “artes de pesca”, algumas informações sobre a diversidade de ape-
trechos utilizados, bem como dados sobre a relação entre o tipo de aparelho
e o comportamento da espécie a ser capturada.
Por fim, na Aula 12, você vai ver o significado da expressão “estoque pes-
queiro”, bem como informações sobre as categorias de pesca e explotação
pesqueira. Além disso, são apresentados alguns comentários sobre esforço de
pesca e sobrepesca, como orientação no sentido de se alcançar o uso susten-
tável do recurso natural “peixe”.
Projeto instrucional
CARGA
AULA OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM HORÁRIA
(horas)
15 e-Tec Brasil
CARGA
AULA OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM HORÁRIA
(horas)
e-Tec Brasil 16
Aula 1 – A questão da sistemática biológica
Objetivos
1.1 Introdução
Olá! Nossa disciplina de Biologia Aquática e Pesqueira aborda generalidades
sobre sistemática biológica, enfatiza representantes aquáticos dos diferentes
grupos animais e analisa aspectos ligados aos estoques pesqueiros e à sele-
tividade dos apetrechos de pesca.
Nesta primeira aula, você verá, por exemplo, como utilizar categorias hierár-
quicas para classificar organizadamente os seres vivos. Se bem que organizar
os seres vivos de forma hierárquica é apenas parte da sistemática biológica.
É importante que você saiba ainda da necessidade de identificá-los de ma-
neira precisa e singular para que as informações sobre os mesmos possam
ser convenientemente catalogadas e organizadas.
Você conhece algum caso em que o nome de um mesmo ser vivo é diferente
de uma região para outra, ou mesmo, algum caso em que um mesmo nome
é utilizado para diferentes seres vivos? Comente.
1.2 Nomenclatura
A designação de uma espécie é feita por dois termos latinos ou latinizados
(nomenclatura binominal).
diferentes podem cruzar entre si, mas os filhos são geralmente estéreis.
b) ordem.
c) subespécie.
d) família.
e) gênero.
a) espécie.
b) classe.
c) ordem.
d) família.
e) gênero.
1.4.1 Poríferos
Você provavelmente conhece esses animais como esponjas, a denominação
mais popular. São animais assimétricos ou radiais, sésseis (fixos ao substra-
to), filtradores, com numerosos poros na parede do corpo. Fazem parte da
1.4.2 Cnidários
Os animais deste filo podem ser muito perigosos devido às substâncias ur-
ticantes que fabricam e que podem causar queimaduras às pessoas que
entram em contato. Seus representantes mais característicos são as águas-
vivas, caravelas, hidras, corais e anêmonas-do-mar.
Os cnidários (do grego knidos = urticantes) são animais radiais, sésseis (“póli-
pos”) ou móveis (“medusas”). Caracterizam-se pelas células urticantes conhe-
cidas como cnidoblastos, úteis na defesa e na captura de alimentos (pequenos
animais). Outra importante característica é a grande cavidade gastrovascular
ou enteron. Os cnidários são os primeiros animais na escala evolutiva que
apresentam sistema digestivo (incompleto) e sistema nervoso (difuso).
1.
2.
3.
4.
5.
6.
4. Qual o adjetivo utilizado para uma espécie ou toda uma comunidade que
vive no fundo de um ecossistema aquático, em contato com o substrato?
1.4.4 Platelmintos
Você certamente já ouviu falar ou mesmo estudou sobre os vermes conhe-
cidos como tênias – as solitárias. Muito bem. Todos os vermes de corpo
chato, como as solitárias, pertencem ao filo dos platelmintos (do grego platy
= achatado; helminthes = verme). São, portanto, animais bilaterais, carac-
terizados como vermes de corpo achatado no sentido dorso-ventral. Nesse
grupo passamos a observar centralização do sistema nervoso na região cefá-
lica. Entre os platelmintos mais populares, além das solitárias, encontramos
as planárias (vermes achatados de vida livre) e os esquistossomos (parasitas
de veias do fígado e intestino).
1.4.5 Asquelmintos
Agora vamos ver os asquelmintos. Você já ouviu falar sobre esses seres?
Bem, eles são animais bilaterais, caracterizados como vermes de corpo ci-
líndrico, revestido por uma cutícula protetora. É como se o verme estivesse
empacotado, dentro de um saco (asIkon = saco; helminthes = verme).
Os moluscos (do latim mollis = mole) são invertebrados de corpo mole, não
segmentado, geralmente envolvido por uma concha calcária. Este filo com-
Um representante curioso deste
preende mais de 100.000 espécies, que se espalham pelos mais variados filo é o turu. O animal adulto
tipos de habitat. lembra a aparência de um
verme, porém na extremidade
anterior possui uma concha
Em sua maioria, vivem no mar, fixos sobre as rochas (ostras e mexilhões), com duas peças, chamadas
valvas. É um molusco bivalve,
deslocando-se ativamente (polvos e lulas) ou enterrados na areia (dentálios). como as ostras e habita troncos
podres do mangue. Também
Há, porém, alguns dulcícolas (vivem em água doce), como o caramujo Biom- conhecido como bicho-de-pau.
phalaria, hospedeiro do Schistosoma mansoni, e alguns terrestres que vivem Rico em cálcio e proteína, pode
ser comido cru com sal e limão,
em locais úmidos (caracóis e lesmas). cozido com vegetais, na sopa ou
refogado na frigideira à moda
provençal. Além de apetecer ao
paladar dos marajoaras, existe
a crença nas propriedades
afrodisíacas, do turu.
1.4.7 Anelidas
O termo anelida ou anelídeo (anelo = anel) indica uma das principais ca-
racterísticas desses animais: a segmentação do corpo, com repetições des-
1.4.8 Artrópodes
Outro grupo que precisamos que você entenda é o grupo dos artrópodes.
Ele tem em comum com os anelidas o corpo segmentado (metameria), po-
rém se diferencia pelo exoesqueleto quitinoso (esqueleto externo no qual se
destaca uma substância chamada quitina) e principalmente pelos apêndices
articulados, como as pernas, por exemplo (daí o nome do filo: artro = arti-
culação; podos = patas).
1. A
2. Q
3. U
4. Á
5. T
6. I
7. C
8. O
1.4.10 Cordados
Os cordados são animais adaptados para a vida aquática e terrestre. São deu-
terostômios e bilaterais. Dividem-se em: protocordados e eucordados. Os pro-
tocordados são destituídos de coluna vertebral e de caixa craniana. Já os eucor-
dados, ou vertebrados, possuem coluna vertebral e têm crânio com encéfalo.
Resumo
Nesta aula, você viu que a classificação dos seres vivos é feita por meio de
categorias hierárquicas, conheceu as principais regras de nomenclatura bio-
lógica e constatou que a utilização de um nome científico para cada espécie
é uma tentativa de padronização, para evitar possíveis confusões geradas
pelo uso de diferentes nomes populares, que variam entre idiomas e mesmo
dentro de um idioma quando abordado em diferentes regiões. Viu ainda a
descrição geral dos maiores filos que integram o reino animal, com ênfase
nos seus representantes aquáticos. Em relação à nossa área de estudo, são
particularmente interessantes os filos dos moluscos; artrópodes, por conta
dos crustáceos; e cordados, principalmente por incluírem os peixes.
Atividade de aprendizagem
Objetivos
2.1 Organização
Na primeira aula você teve contato com as noções de nomenclatura e clas-
sificação de seres vivos, além de um resumo de diversos grupos ou filos que
constituem o reino dos animais. Muito bem, a partir de agora passaremos a
destacar cada um dos filos animais que merecem maior importância na área
de recursos pesqueiros.
Brânquia
Estômago Orifício urogenital
Rádula
(língua rugosa)
Gânglios nervosos Pé
A cabeça ocupa uma posição anterior, onde se abre a boca, entrada do tubo
digestivo. Na cabeça também se localizam centros nervosos, como os gân-
glios cerebrais (equivalentes ao cérebro do animal) e estruturas sensoriais,
como os olhos.
Em geral, a ostra deixa sua concha aberta por pouco tempo. Quando algum
inimigo se aproxima, ela imediatamente a fecha graças à ação de um pode-
roso músculo adutor. Ele prende o corpo da ostra à parte interna das valvas
da concha e promove o fechamento até que o perigo passe.
manto
sifão
pé
bisso brânquias
Grande parte dos moluscos vive no mar (lulas, polvos e a maioria dos maris-
cos). Alguns vivem em terra (lesmas e caracóis); outros vivem em água doce
(caramujos dos rios).
Os moluscos são importantes para nossas vidas sob diversos aspectos. Muitos
deles, tais como ostras, mexilhões, polvos, lulas e escargots, são utilizados na
nossa alimentação há bastante tempo. Os moluscos participam de cadeias
alimentares, consumindo outros seres, como plantas e animais menores, e ser-
vindo de alimento para diversos peixes ou mesmo diretamente para o homem.
a) Fixação:
b) Locomoção:
1. P
2. O
3. L
4. V
5. O
2.3 Circulação
O metabolismo de um animal requer o constante suprimento de alimento
e oxigênio molecular para as células. Por outro lado, o funcionamento das
células produz substâncias que devem ser excretadas. A difusão de partículas
entre as células não é suficiente para o trânsito das substâncias dentro do or-
ganismo. O aparelho circulatório realiza o transporte, entre longas distâncias,
de moléculas de um ponto a outro de um organismo multicelular.
2.4 Excreção
O sistema excretor dos moluscos é formado por estruturas chamadas nefrí-
dios, que quando reunidos formam rins primitivos. Cada nefrídio é consti-
tuído por três partes: nefróstoma, a extremidade ciliada voltada para a inti-
midade do animal; nefroduto, o canal que conduz o produto de excreção;
nefridióporo, a extremidade externa do órgão. Na Figura 2.5 você pode ver
um nefrídio isolado, porém não esqueça que na maioria dos moluscos essas
estruturas são numerosas e se agrupam para funcionar como rins.
sifão exalante
fluxo da água
sifão inalante
1. C
2. A
3. R
4. A
5. C
6. O
7. L
Atividades de aprendizagem
Glândula digestiva
Concha
Massa visceral
Estômago
Tentáculo Cavidade do
manto
Cabeça
Rádula
Pé
Objetivos
Como vimos na aula anterior, os moluscos são animais de corpo mole, não
segmentado e geralmente protegido por uma concha de material calcário. O
corpo desses animais é dividido em três partes: cabeça, pé e massa visceral.
Ao longo da evolução, essas partes sofreram mudanças e passaram a ser
diferentes em cada classe de moluscos, principalmente devido ao modo de
vida e adaptação ao ambiente ocupado pelo animal.
A maioria possui uma concha enrolada em espiral (que você pode ver nas
Figuras 3.1, 3.2 e 3.2), mas outros, como certas lesmas terrestres, não têm
concha. Em outros, como a lesma-do-mar, a concha é interna e reduzida.
3.1.2 Bivalves
A classe Bivalvia, ou Pelecypoda, é formada pelos moluscos lateralmente
comprimidos e que possuem uma concha com duas valvas (como você pode
ver nas Figuras 3.4 e 3.5) articuladas na porção dorsal e que envolvem total-
mente o corpo.
Nota: Os bivalves são
os moluscos realmente
importantes em termos de O pé tem a forma de uma lâmina de machado, sendo esta a origem do
aquicultura, pois, na prática,
observamos apenas o nome Pelecypoda (pé em forma de machado; Pelekys = machado).
desenvolvimento de tecnologia
para o cultivo desse grupo
de moluscos. Nesse contexto, A cabeça é muito reduzida e as brânquias são geralmente muito grandes,
você precisa conhecer termos
como Mitilicultura (o cultivo desempenhando dupla função – retiram o oxigênio dissolvido na água (como
de mexilhões) e Ostreicultura qualquer brânquia) e filtram partículas alimentares e algas verdes microscó-
(para o cultivo de ostras).
Por outro lado, se quisermos picas, que são em seguida conduzidas à boca. Por essa razão, os bivalves são
fazer referência ao cultivo de considerados “animais filtradores”.
qualquer molusco, devemos
usar o termo Malacocultura.
1. Taxonomia
2. Morfologia
3. Distribuição
4. Importância e curiosidades
5. Endereços consultados
3.1.3 Cefalópodes
Incluem os mais especializados e mais bem organizados de todos os molus-
cos. A maioria desloca-se ativamente, apesar dos polvos terem assumido se-
cundariamente um hábito menos ativo. A cabeça é geralmente bem desen-
volvida e a porção anterior do pé apresenta-se transformada em uma coroa
de tentáculos, que você pode observar nas Figuras 3.7 e 3.8. Os cefalópodes
atingiram o maior tamanho entre todos os invertebrados. Embora a maio-
ria tenha comprimento entre 6 e 70 cm, incluindo os tentáculos, algumas
espécies de lulas alcançam proporções gigantescas. Polvos gigantes existem
apenas em contos. Nessa classe, uma concha completamente desenvolvida
apenas é observada nas poucas espécies do Nautilus (Figura 3.9), que ocor-
rem no Pacífico Ocidental Tropical.
Nos náutilos, apenas as duas últimas voltas da concha são visíveis, uma vez
que elas recobrem as voltas internas. Esses cefalópodes apresentam dois
pares de brânquias e numerosos tentáculos, porém não preênseis.
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.
10.
11.
2. Bivalves são também chamados pelecípodes porque seu pé tem a forma de...
Resumo
Nesta aula, você estudou alguns dos mais importantes animais do filo Mollus-
ca. Viu que eles se destacam pelos variados tipos de relações que mantêm
com a espécie humana. Assim, embora existam escargots, ostras, mexilhões,
polvos e lulas comestíveis, ostras produtoras de pérolas, há espécies prejudi-
ciais ao homem, como as lesmas que podem atuar como pragas em planta-
ções, caramujos hospedeiros de parasitas que causam enfermidades em hu-
manos, além de alguns polvos e outros moluscos venenosos. Você entendeu
por que precisamos conhecer esses animais para melhor aproveitamento das
espécies úteis e o adequado controle das nocivas.
Atividades de aprendizagem
Objetivos
4.1 Organização
Olá pessoal! Nas aulas anteriores, você teve contato com as noções de no-
menclatura e classificação de seres vivos, além de um resumo de diversos
filos que constituem o reino dos animais. Em seguida, passamos a destacar
cada um dos grupos animais que merecem maior importância na área de
recursos pesqueiros. O primeiro destaque foi para os moluscos. Agora che-
gou a vez dos crustáceos, animais estudados na carcinologia. Isso mesmo,
chamamos de carcinologia a ciência que estuda os crustáceos.
Você verá nesta aula que diversos animais, provavelmente muito apreciados
na sua alimentação, como camarões, lagostas, caranguejos e siris, são inte-
grantes do grupo dos crustáceos. Mas, o que eles têm em comum para se-
rem reunidos nesse grupo e como se distinguem dos outros artrópodes? Ao
longo desta aula, você encontrará os detalhes da anatomia externa e interna
que identificam um animal como crustáceo, bem como informações básicas,
porém indispensáveis, sobre o funcionamento de seus diversos sistemas.
Figura 4.1: Morfologia geral: vista lateral dos principais caracteres anatômicos no
estudo de camarões
Fonte: Rocha (2000).
c) Cite uma característica externa exclusiva de cada grupo que você formou.
4.2 Digestão
Na Figura 4.2, você pode visualizar um esquema da estrutura interna de um
crustáceo genérico. São apresentados órgãos dos sistemas: digestivo, circu-
latório, excretor e nervoso.
4.3 Circulação
Como em todos os artrópodos, a circulação é aberta, ou seja, o sangue em
algumas partes do corpo deixa os vasos e passa a fluir por espaços livres
entre os tecidos – as lacunas ou hemoceles. O coração muscular fica situado
dorsalmente (como mostrado na Figura 4.2) e bombeia o sangue para todo
o corpo. O sangue contém pigmentos transportadores de oxigênio, como a
hemocianina e, menos frequentemente, a hemoglobina.
4.4 Excreção
Os crustáceos apresentam um par de glândulas verdes (veja na Figura 4.2),
localizadas na região anterior do cefalotórax para a excreção de amônia e
outros resíduos. São constituídas por um túbulo excretor e saco terminal,
comunicando-se com o meio externo por um poro que se abre na base do
segundo par de antenas. Por esse motivo, recebem, também, o nome de
glândulas antenais.
4.5 Respiração
A respiração é feita por brânquias, que são ramificações laterais situadas na
base das pernas cefalotorácicas. Através do epitélio que recobre as brân-
quias, são feitas as trocas gasosas entre o sangue e o meio aquático. As
brânquias estão situadas em duas câmaras branquiais que ladeiam o tórax e
são recobertas por uma parte da carapaça.
4.7 Reprodução
Para o estudo da reprodução, vamos considerar o camarão rosa da espécie
Farfantepenaeus subtilis, a mais frequente nas capturas da costa Norte do Bra-
sil. Os sexos são separados, sendo a fêmea maior que o macho. No macho, o
primeiro par de apêndices abdominais entra em fusão, constituindo um tubo
chamado petasma (reveja a Figura 4.1), gerando a transferência de esperma-
tozóides para o corpo da fêmea. De cada testículo sai um canal deferente
enovelado que se abre na base do quinto par de pereiópodos. Dos ovários das
fêmeas, partem os ovidutos que desembocam no terceiro par de pereiópodos.
1. P
2. L
3. E
4. Ó
5. P
6. O
7. D
8. O
9. S
Resumo
Nesta aula, você viu que os crustáceos são artrópodes, devido aos apêndi-
ces articulados e o esqueleto quitinoso que reveste e sustenta o corpo. Viu
como podemos diferenciar os crustáceos dos demais artrópodes. Seus repre-
sentantes estão entre os animais invertebrados mais conspícuos e incluem
formas bastante familiares. Quase todas as espécies de crustáceos vivem no
ambiente aquático, podendo ser pescadas ou cultivadas para fins comerciais
e alimentares. Você também aprendeu nesta aula que os mais conhecidos
crustáceos pertencem à ordem Decapoda, apresentam um ciclo de vida com
um ou mais tipos de larvas e dependem geralmente de ambientes com dife-
rentes graus de salinidade.
4. O que é quelípodo?
Objetivos
b.1) De acordo com a Figura 5.3 e uma didática de divisão do litoral brasi-
leiro, assinale onde podemos capturar maior variedade de espécies de
camarão-rosa?
( ) Costa Norte
( ) Costa Nordeste
( ) Costa Sudeste
( ) Costa Sul
Você pode perceber na Figura 5.4 a coloração mais clara (quando compara-
mos com o camarão-rosa, Figura 5.2), o que motivou a denominação popu-
lar de camarão-branco. A espécie apresentada na figura, Litopenaeus sch-
mitti, costuma ser referida como camarão-branco do Atlântico, em função
de sua distribuição.
Adaptado do Artigo “The history of the introduction of the giant river prawn, Macrobrachium cf.
rosenbergii (Decapoda, Palaemonidae). In: IKETANI, Gabriel et al (Colabor.). Brazil: New insights from
molecular data. Genetics and Molecular Biology, 2010.
Agora vai ficar muito fácil. Basta comparar as duas fotos a seguir e perce-
berá as principais características que diferenciam fêmea e macho de Ucides
cordatus. Na Figura 5.7, observe os pleópodos, no abdômen da fêmea, os
quais ela utilizará para carregar os ovos quando estiver grávida. Na Figura
5.8, observe que o abdômen do macho é mais estreito que o da fêmea e que
somente os pleópodos anteriores estão presentes, os quais são utilizados
como órgãos copulatórios.
Figura 5.8: Macho de Ucides cordatus, no município de São Caetano de Odivelas – Pará
Fonte: Foto de Marcos Brabo (2007).
Saiba mais
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.
Resumo
Nesta aula, você estudou sobre diversidade dos crustáceos. Viu que se des-
tacam principalmente por sua importância alimentar. Mas que também há
espécies nocivas: algumas, por parasitarem organismos aquáticos que fazem
parte de nossa dieta; outras, por hospedarem formas jovens de parasitas que
poderão encontrar no homem seu hospedeiro definitivo. Então, precisamos
conhecer esses animais para o melhor aproveitamento das espécies úteis e o
adequado controle daquelas que podem nos ser danosas.
Objetivo
6.1 Organização
Depois de diversos grupos exclusivamente invertebrados, você verá nesta
aula os cordados. O filo Chordata constitui o grupo animal mais notável e
conhecido atualmente, por estar presente em todos os ambientes: mari-
nho, de água doce e terrestre. Provavelmente, a maioria dos animais que
você já viu pertence ao grupo dos cordados. Assim, é fácil notar que o
grupo dos cordados é bastante heterogêneo, incluindo animais muito di-
ferentes, principalmente porque costumamos observá-los quando adultos.
Epiderme
Tubo Nervoso
Notocorda Celona
Tubo Disgestivo
Cauda
Ânus
Figura 6.1: Estruturas embrionárias dos cordados. Acima e à esquerda, visão externa
do embrião; acima à direita, embrião em corte transversal; abaixo, em-
brião em corte longitudinal
Fonte: <http://www.conecteeducacao.com/escconect/medio/BIO/imagem/10_3_1.gif>. Acesso em: 28 out. 2010.
6.2 Diversidade
Existem cerca de 50 mil espécies de cordados, desde os mais simples, conhe-
cidos como ascídias e anfioxos (descritos a seguir), até as diversas classes de
vertebrados. Sistematicamente, o filo dos cordados pode ser dividido em três
subfilos: urocordados, cefalocordados e vertebrados.
Figura 6.3: Anfioxo com a maior parte do corpo enterrada na areia do fundo do mar
Fonte: <http://www.asturnatura.com/Imagenes/articulos/cordados/wwwfig13.gif>. Acesso em: 28 out. 2010.
1. C
2. O
3. R
4. D
5. A
6. D
7. O
Atividade de aprendizagem
Objetivos
7.1 Introdução
Muita atenção! Chegamos a um dos conteúdos mais esperados nesta disci-
plina: você verá, a partir de agora, os peixes! Para começar, iniciamos com
uma definição básica de peixes. Peixes (do latim pisces) correspondem a ani-
mais vertebrados, aquáticos, que possuem o corpo fusiforme, os membros
são nadadeiras sustentadas por raios ósseos ou cartilaginosos, respiram o
oxigênio geralmente pelas guelras e possuem, na sua maioria, o corpo co-
berto de escamas.
A palavra “peixes” não tem valor taxonômico oficial, embora alguns consi-
derem designar uma superclasse. Sob a denominação de peixes são incluídos
os condrictes (ou peixes cartilaginosos) e os osteíctes (ou peixes ósseos), po-
rém muitos também consideram os ciclóstomos como peixes.
7.2.2 Nadadeiras
Os peixes apresentam nadadeiras laterais pares – um par de peitorais e um
par de pélvicas – e nadadeiras medianas ímpares – uma ventral, uma caudal
e uma ou duas dorsais.
Figura 7.2: Vista ventral de arraia macho exibindo o clásper (seta) na porção interna
das nadadeiras pélvicas
Fonte: Foto de Marcos Brabo (2007).
Outro tipo de nadadeira que você também deve conhecer bem é a nadadeira
caudal que, como o nome sugere, faz parte da cauda dos peixes. Na Figura
7.3 você pode ver as formas mais comuns de nadadeira caudal.
Protocerca Dificerca
Heterocerca Homocerca
1. P
2. E
3. S
4. C
5. A
6. D
7. O
7.3 Digestão
O sistema digestório, como você pode observar na Figura 7.4, é constituído
de boca, faringe, esôfago, estômago e intestino, além de glândulas anexas,
como o fígado e o pâncreas.
Figura 7.4: Esquema de peixe com destaque para os órgãos do sistema digestório
Fonte: Barros e Paulino (2006, p. 207).
7.4 Circulação
Como em todos os vertebrados, a circulação nos peixes é fechada. Na Figura
7.5, você também pode ver que essa circulação é simples, pois no circuito
completo o sangue passa uma única vez pelo coração. Depois de passar pelo
coração, o sangue “não oxigenado” (sangue venoso; em azul na figura) vai
por meio de uma artéria aorta ventral para as brânquias, onde recebe gás
oxigênio. Em seguida, o sangue “agora oxigenado” (sangue arterial; em
vermelho na figura), é distribuído pela aorta dorsal para todos os órgãos do
corpo do animal.
7.5 Excreção
Os peixes apresentam um par de rins localizados no tórax (chamados rins
mesonefros), responsáveis pela excreção. A urina é eliminada pelo poro uro-
genital, que se abre na parte posterior do intestino, próxima ao ânus. Os
peixes de água doce produzem um grande volume de urina, quando com-
parados aos peixes marinhos, que perdem muita água para o meio externo
(mais rico em sais que o corpo), produzindo, portanto, uma urina bem con-
centrada e pouco volumosa.
Vale ressaltar que nos osteíctes você pode ver o poro urogenital e o ânus
como duas aberturas distintas. Enquanto isso, os condrictes você verá ape-
a) um átrio e um ventrículo.
a) o fígado.
b) o cérebro.
c) as brânquias.
d) os rins.
A fecundidade varia entre os 300 milhões de ovos por ano em Mola mola até
uma descendência reduzida como em alguns tubarões. Da mesma forma,
o desenvolvimento pode ser direto (condrictes) ou indireto (osteíctes). Nos
Pelágicos osteíctes há um estágio larval conhecido como alevino. Os cuidados paren-
seres vivos que habitam as tais podem estar ausentes, como em muitos peixes pelágicos, ou envolver
águas oceânicas abertas, até a
profundidade de 200 metros. diversas formas de vigilância do ninho ou eclosão bucal.
1. P
2. E
3. I
4. X
5. E
6. S
Resumo
Nesta aula, você viu as características gerais dos peixes: tanto os aspectos
que identificam o grupo, quanto o que se refere à morfologia externa e in-
terna, possibilitando a melhor exploração de sua diversidade. Você obteve
informações sobre várias características distintas entre peixes cartilaginosos
e peixes ósseos, e agora pode diferenciá-los não apenas pela constituição de
seus esqueletos. Quanto aos hábitos variados dos peixes, nesta aula, você
identificou aspectos da alimentação e reprodução, ambos importantíssimos,
principalmente quando observarmos espécies de interesse para a piscicultura.
Atividade de aprendizagem
6. Cite duas possíveis funções para a bexiga natatória (“grude”) dos teleósteos.
Objetivos
Figura 8.1: Espécime de Carcharhinus leucas, a espécie associada à maior parte dos
acidentes na costa brasileira
Fonte: <http://www.revistapesquisa.fapesp.br/?art=3748&bd=1&pg=1&lg>. Acesso em: 28 out. 2010.
Figura 8.2: Fêmea de Potamotrygon motoro, a arraia pintada. Peso: 510 g. Largura
do disco: 28 cm
Fonte: <http://www.scielo.br/img/revistas/bn/v7n1/22f3.gif>. Acesso em: 28 out. 2010.
1. T
2. U
3. B
4. A
5. R
6. Ã
7. O
1. O
2. S
3. T
4. E
5. Í
6. C
7. T
8. E
8. Gênero de um grande bagre que migra do mar para o estuário, para de-
sovar em águas menos salinas, como da Lagoa dos Patos (RS).
Pesquisando na internet
1. Taxonomia
2. Morfologia
3. Distribuição
4. Importância e curiosidades
5. Endereços consultados
Você deve ter percebido que a maioria das espécies de peixes que conhece-
mos tem sua importância na área de alimentação humana. Entretanto, há
outros produtos naturais fornecidos por peixes, como a cartilagem de tuba-
rões, já usada para auxiliar nos processos de osteoartrite, artrose e degene-
ração muscular. Atualmente, substâncias obtidas da cartilagem do tubarão
Squalus acanthias encontram-se em testes clínicos para o tratamento de
tumores. Outro exemplo interessante é a proteína do colágeno, uma espécie
de gelatina obtida da bexiga natatória ou “grude”.
Fonte: Corrente Contínua: a revista da Eletronorte, agosto/setembro, 2007. Disponível em: <http://www.eln.gov.br/open-
cms/export/sites/eletronorte/modulos/correnteContinua/arquivosCC/CorrenteContxnua216.pdf>. Acesso em: 20 jun. 2011.
Resumo
Você pode conhecer mais sobre
as características dos peixes
mais frequentes no Mercado Nesta aula, você estudou detalhes sobre alguns condrictes e osteíctes, dos
Público do Rio do Grande (RS)
lendo o artigo com a seguinte quais a maioria se destaca principalmente como recurso alimentar, sendo
referência: muito apreciados em várias regiões. Se bem que alguns, como o “tubarão
LEAL, Lizabeth Carolina
Nobre; BEMVENUTI, Marlise cabeça chata”, são mais temidos do que apreciados. Viu que as arraias ape-
de Azevedo. Levantamento e
caracterização dos peixes mais nas usam seu ferrão para se defender. Viu também que algumas espécies
freqüentes no mercado público apresentadas são importantes na pesca de diferentes regiões, como a dou-
do Rio Grande. Cadernos de
Ecologia Aquática, v. 1, n. rada, o pargo, a cioba e o bagre Netuma. Além da importância alimentar,
1, p. 45-61, jan./ jul. 2006. alguns peixes podem fornecer outros produtos naturais, como a bexiga na-
Disponível em: <http://
www.ceac.furg.br/revista/ tatória (popularmente “grude”), importante na extração de colágeno para
artigos/01_01_04_Lizabeth.
pdf>. Acesso em: 28 out. 2010. diversas indústrias.
Objetivos
9.1 Introdução
Você certamente conhece animais como sapos, rãs e pererecas, mesmo que
provavelmente nem saiba diferenciá-los perfeitamente. Pois esses três gru-
pos de vertebrados, mais as salamandras e cobras-cegas, constituem a classe
dos anfíbios, que veremos a partir de agora.
A pele dos anfíbios tem uma fina camada de queratina e não possui esca-
mas, exceto na cobra-cega. Numerosas glândulas mucosas mantêm a pele
úmida, o que é importante para a difusão dos gases respiratórios.
( ) um sapo
( ) uma rã
( ) uma perereca
( ) uma salamandra
9.3 Reprodução
Os anfíbios são dioicos. O óvulo é liberado no ambiente aquático e envolto
por uma camada gelatinosa. A partir dele, após a fecundação, eclode o gi-
rino, que permanece na água, onde sofre a metamorfose e origina a forma
adulta, que em muitas espécies vive em ambiente terrestre. O desenvolvi-
mento é, portanto, indireto, com poucas exceções.
9.4 Diversidade
De maneira simplificada, podemos falar em anfíbios ápodes (sem pernas), an-
fíbios com cauda e anfíbios sem cauda. A classe apresenta três ordens: Ápoda
(cecílias ou cobras-cegas); Urodela (salamandras); Anura (rãs, sapos e pererecas).
Atenção
1. A
2. N
3. F
4. Í
5. B
6. I
7. O
Apesar de muita gente ainda ter um pouco de aversão ao animal, as rãs têm
uma das carnes mais saborosas que existem. Além da carne, muita coisa se
aproveita da rã. Sua pele, depois de curtida, pode ser utilizada em peças de
vestuário, como cintos e bolsas e na cicatrização de queimaduras.
Resumo
Nesta aula, você observou que os anfíbios são vertebrados geralmente com
uma fase jovem aquática e uma fase adulta terrestre. Notou que mesmo sen-
do o primeiro grupo de vertebrados a enfrentar a vida fora da água, desta
ainda depende muito, particularmente para a reprodução e respiração. Viu
ainda que a metamorfose sofrida pela maioria desses animais durante o seu
desenvolvimento implica em mudanças significativas em órgãos externos e
em alguns sistemas internos, para permitir boa adaptação ao novo modo de
vida assumido. Constatou também que os anfíbios se notabilizam por sua
importância como recurso natural, ligados à alimentação ou à obtenção de
produtos como cintos e bolsas, bem como na extração de drogas de interes-
se medicamentoso.
1. Cite uma característica dos anfíbios que justifique por que a maioria des-
ses animais tem vida restrita a ambientes úmidos.
5. Além da carne, que outros produtos podem ser obtidos das rãs?
Objetivos
10.1 Introdução
O nome desse grupo de animais refere-se ao seu modo característico de
deslocamento (do Latim, reptum = rastejar). Inclui quatro ordens: os cro-
codilianos (crocodilos e jacarés), os escamosos (serpentes e lagartos), os
quelônios (tartarugas, cágados e jabutis) e os rincocéfalos (tuataras da
Nova Zelândia).
A tartaruga é uma espécie de réptil que vive na água doce ou marinha sain-
do somente quando necessário, os cágados são espécies semiaquáticas e os
jabutis são espécies terrestres. A desova desses animais é terrestre. O termo
tartaruga também pode ser usado para todos os animais pertencentes ao
grupo dos quelônios.
10.3 Reprodução
Alguns aspectos da reprodução foram fundamentais para o sucesso dos rép-
teis na conquista do ambiente terrestre. A fecundação é interna, havendo
nos machos da maioria das espécies um órgão (pênis) para lançar gametas
no interior da fêmea.
Hoje, busca-se equilibrar o quanto se pode caçar desse animal com a re-
posição de indivíduos pela reprodução, e a apanha de ovos foi proibida.
Inclusive, alguns projetos estabelecem formas de criação em cativeiro para
aumentar o número de tartarugas-da-Amazônia. Apesar de serem muito
prolíficas, botando por volta de 120 ovos em covas cavadas à beira dos rios,
e de milhares de tartarugas colocarem seus ovos juntas no período de postu-
ra, são poucas as que conseguem atingir a idade adulta, pois muitos animais
se alimentam das jovens tartaruguinhas-da-Amazônia.
1. R
2. É
3. P
4. T
5. I
6. L
Resumo
Nesta aula, você observou que os répteis são vertebrados melhor adaptados
que os anfíbios à vida terrestre. Seu ovo com casca e âmnio em muito con-
tribuiu para essa conquista. Percebeu ainda que os quelônios e jacarés são
os répteis de maior interesse para o nosso curso. Constatou também que a
tartaruga-da-Amazônia e o tracajá já têm o seu cultivo (quelonicultura) nor-
matizado pelo IBAMA.
Atividades de aprendizagem
Objetivos
11.1 Introdução
A expressão artes de pesca é utilizada na Engenharia de Pesca, nas ciências
e na legislação pesqueira para designar os instrumentos ou aparelhos usa-
dos para pescar, também chamados apetrechos de pesca. A seguir, você vai
encontrar informações sobre tarrafa, espinhel, redes de emalhar, mazuás e
matapis, dentre outros apetrechos.
11.2.1 Tarrafa
Consiste em uma rede de forma cônica, com pesos de chumbo nas bordas e
uma corda no centro do saco para retirá-la da água (Figura 1). Geralmente é
de malha fina e lançada a partir de uma embarcação pequena ou das mar-
gens de um corpo d’água. É usada na pesca de peixes pequenos e camarões
que ocorrem junto à superfície ou a pouca profundidade (Espírito Santo &
Isaac, 2005).
11.2.2 Redes
Rede de cerco Rede de fio Arrasto de encontro – pesca realizada com duas Arrasto de encontro no lago.
redes, podendo ser denominada de ‘cacuri’. Arrasto de encontro no rio.
Tapagem
11.2.3 Puçá de arrasto
armadilha confeccionada de
madeiras regionais, em forma
de esteiras ou cercas, ou
Você já viu um apetrecho de pesca que é arrastado por dois pescadores em
construída de linhas, tipo rede, áreas de pouca profundidade? É o puçá de arrasto, uma rede em forma de
colocadas de forma a impedir
a circulação ou migração saco, com as laterais presas a hastes (estacas) de sustentação.
biológica de cardumes.
11.2.4 Curral
a) rede de emalhar
b) manzuá
c) linha e anzol
d) puçá de arrasto
a) cardumes de tainhas
b) camarão-rosa em alto-mar
c) manzuá e curral
11.2.6 Manzuá
É uma armadilha para peixes feita de varas finas de madeira de mangue.
O modelo mais comum tem aspecto semicilíndrico, com duas entradas. Os
peixes que entram não conseguem sair. Para atrair os peixes para o manzuá
são colocadas iscas, como peixes ou frutas.
1. P
2. E
3. S
4. C
5. A
6. R
7. I
8. A
7. Apetrecho constituído por uma linha mãe que fica horizontal e desta
partem várias outra linhas dotadas de anzóis iscados.
8. Rede de forma cônica, com pesos de chumbo nas bordas e uma corda no
centro do saco para retirá-la da água.
Objetivos
12.1 Introdução
Você já consegue perceber que há muita diferença, em termos de nível de
exploração de recursos pesqueiros, quando comparamos alguns membros
de uma família que ganham seu sustento pescando no leito do rio em cujas
margens residem e uma grande embarcação altamente equipada e com tri-
pulação qualificada para capturar recursos pesqueiros marinhos. E note que
neste exemplo consideramos apenas duas das modalidades de pesca que
existem: artesanal e industrial. Na realidade, a pesca pode ser classificada em
cinco categorias: tradicional de subsistência, recreacional, artesanal, indus-
trial e captura em estoques introduzidos por programas de repovoamento.
sua alimentação.
Manejo
Estoque Acessibilidade
a longo prazo genético dos locais de
Estoque
(conservação) captura
de pesca
alta
Grau de
integridade
dos Estoques baixa Disponibilidade de
Manejo dados sobre o estoque
a curto prazo Estoque
explotável Unidade de Manejo
(SY) “Estoque”
Complexidade
da pesca
Interesses
políticos na Considerações
estrutura dos socioeconomicas
estoques
Disponibilidade de
fundos para pesquisa
e coleta de dados
Aspectos
Políticos
2. Nesta atividade, com base na Figura 12.1, você deverá organizar os di-
versos fatores que afetam o conceito de estoque em seus três diferentes
aspectos:
a) Aspectos biológicos:
b) Aspectos práticos:
c) Aspectos políticos:
1. E
2. S
3. T
4. O
5. Q
6. U
7. E
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INSTITUTO FEDERAL DE
EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
PARÁ