Você está na página 1de 22

- PROCESSO CIVIL -

Guia de Estudo para o Exame da OAB


1ª Fase
SUMÁRIO

I. AÇÃO .......................................................................................................................................... 2
1 – Conceito: ................................................................................................................................. 2
2 – Natureza Jurídica do Direito de ação: ..................................................................................... 2
3 – Condições da ação: .................................................................................................................. 2
3.1. Interesse de agir................................................................................................................. 3
3.2. Possibilidade jurídica do pedido: ....................................................................................... 4
3.3. Legitimidade das partes: .................................................................................................... 4
4 – Elementos da Ação: ................................................................................................................. 5
4.1. Partes ................................................................................................................................. 7
QUESTÕES ..................................................................................................................................... 9
II. INTERVENÇÃO DE TERCEIROS ................................................................................................. 10
1. MODALIDADES DE INTERVENÇÃO........................................................................................... 10
1.1 – Assistência (art. 50/55, CPC): ......................................................................................... 11
1.2 – Nomeação a Autoria (art. 62/69, CPC):.......................................................................... 12
1.3 - Denunciação da Lide (Arts. 70/76) ................................................................................. 14
1.4 – Chamamento ao Processo (Arts. 77 a 80 do CPC) ......................................................... 16
QUESTÕES SOBRE OS TEMAS ...................................................................................................... 18

D(JH):\JOSE HENRIQUE\MY DOCS\NACIONAL\DIREITO\CURSOS\2009\LFG-OAB\1ª FASE\AULAS\PROCESSO CIVIL


1
www.josehenriqueazeredo.blogspot.com | josehenrique@josehenrique.com.br | www.twitter.com/josehenrique
- DIREITO PROCESSUAL CIVIL -

I. AÇÃO

1 – CONCEITO:

Consiste no direito subjetivo público que qualquer pessoa possui para deduzir uma
pretensão em juízo.

É o direito público subjetivo de obter do Estado a prestação da atividade jurisdicional


num caso concreto (Amaral Santos).

2 – NATUREZA JURÍDICA DO DIREITO DE AÇÃO:

- O direito de ação é uma garantia constitucional, isto significa que todos possuem
amplo acesso à justiça.

- Por meio da ação, há uma provocação para que o Estado exerça sua atividade
jurisdicional (atuando na solução de conflitos).

3 – CONDIÇÕES DA AÇÃO:

- Toda ação possui requisitos especiais de existência, ligados unicamente à


viabilidade ou não da ação. Sem esses requisitos a ação é extinta sem a resolução
do mérito (art. 267, VI, CPC). A este fenômeno dá-se o nome de carência de ação.

 CARÊNCIA DE AÇÃO: caracteriza-se pela ausência de uma das condições da ação,


acarretando a extinção do feito sem a resolução do mérito, podendo se dar:

o De ofício pelo juiz;


o A requerimento das partes;
o A qualquer momento.

D(JH):\JOSE HENRIQUE\MY DOCS\NACIONAL\DIREITO\CURSOS\2009\LFG-OAB\1ª FASE\AULAS\PROCESSO CIVIL


2
www.josehenriqueazeredo.blogspot.com | josehenrique@josehenrique.com.br | www.twitter.com/josehenrique
 A carência de ação é matéria de ordem pública, portanto, não decretada de
ofício pelo juiz, as partes poderão suscitá-la a qualquer momento (em qualquer
grau de jurisdição).

- SÃO CONDIÇÕES DA AÇÃO:

o Interesse de agir
o Possibilidade jurídica do pedido
o Legitimidade das partes

3.1. INTERESSE DE AGIR

Verificar se há ou não interesse do autor numa determinada demanda, existindo desta


forma dois elementos: necessidade + adequação.

o Interesse primário: material (o bem da vida).


o Interesse secundário: processual (utilidade da provocação do PJ para que
o interesse primário seja satisfeito).

1) Necessidade = utilidade.

Ex.: Nota promissória – execução antes do vencimento  não-necessidade.

Para que exista interesse-necessidade é preciso existir lide: relação jurídica qualificada por
uma pretensão de um lado e uma resistência do outro. Se a parte ré não se opõe a satisfazer
à pretensão do autor, não há resistência. Não há, portanto, lide, não havendo, por
conseguinte, necessidade de acionamento do Poder Judiciário. Falta, neste caso, uma das
vertentes do interesse de agir, o interesse-necessidade.

2) Adequação = procedimento adequado.

Ex.: cheque – execução  procedimento adequado.

Mesmo havendo interesse-necessidade, deve a parte autora lançar mão da via adequada
para satisfação desse interesse. Se a parte autora, para satisfazer a sua pretensão, escolher
uma via processual incapaz de possibilitar ao Poder Judiciário a composição da lide, não se
valeu ela de uma ação adequada. Falta, neste caso, interesse de agir, o interesse-
adequação.

Só haverá o interesse de agir quando houver a necessidade de ingressar com uma


ação para conseguir o que se deseja e quando houver adequação da ação (ação
própria para o pedido).

D(JH):\JOSE HENRIQUE\MY DOCS\NACIONAL\DIREITO\CURSOS\2009\LFG-OAB\1ª FASE\AULAS\PROCESSO CIVIL


3
www.josehenriqueazeredo.blogspot.com | josehenrique@josehenrique.com.br | www.twitter.com/josehenrique
3.2. POSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO:

O pedido deve ser contemplado pela nossa legislação  ausência de vedação


expressa em lei ao pedido.

Pedido juridicamente impossível: é aquele que não é contemplado pela legislação (vetado
ou omitido).

* Não confundir impossibilidade jurídica do pedido com improcedência do pedido.


Ex.: pelo CC a união estável equipara-se ao casamento (este possível entre
homem e mulher), portanto, seria impossível um casamento entre homossexuais.
Ex.: Ação de usucapião de bens públicos.
Ex.: Cobrança de dívida de jogo proibido (causa de pedir juridicamente
impossível).

3.3. LEGITIMIDADE DAS PARTES:

Está atrelada à existência de relação jurídica entre as partes e o direito.

É a relação de pertinência subjetiva entre a titularidade do direito material


invocado e a titularidade do direito processual, ou seja, que o autor seja aquele
a quem a lei assegura o direito de invocar a tutela jurisdicional e o réu, aquele
contra o qual o autor pretender algo.

As partes  em comum o  fato/contrato  o mesmo 


devem ter mesmo devem ter ambiente/ligação

A legitimidade não se confunde com capacidade, pois esta se relaciona com o estado da
pessoa.

3.3.1 - Espécies de Legitimação:

o Ordinária
o Extraordinária ou substituição processual

a) Ordinária: é a regra, quando a parte é titular do direito.

Ex.: Júnior (parte)  Alimentos (direito)


Júnior  titular do direito
D(JH):\JOSE HENRIQUE\MY DOCS\NACIONAL\DIREITO\CURSOS\2009\LFG-OAB\1ª FASE\AULAS\PROCESSO CIVIL
4
www.josehenriqueazeredo.blogspot.com | josehenrique@josehenrique.com.br | www.twitter.com/josehenrique
Obs.: Não há análise de legitimidade no que tange ao representante legal, apenas
para as partes.

Exemplos de ilegitimidade de parte:


a) - alguém, dizendo-se herdeiro de outro e afirmando que o processo de inventário
ainda será aberto, ajuiza, em nome próprio, ação para haver crédito pertencente ao
morto (falta de legitimidade ativa);
b) - alguém, afirmando haver alugado, na Capital, um imóvel para “A”, que reside
no interior, ajuiza, contra “B”, ação de despejo, em razão de “B”, filha de “A”, ser a
pessoa que, de fato, ocupa o imóvel locado (falta de legitimidade passiva).

b) Extraordinária ou substituição processual: é a exceção, quando a parte substitui


o titular do direito, quando a lei autoriza que a pessoa vá a juízo defender direito
alheio.

Exs.: Sindicato (Não há análise de legitimidade no que tange ao representante


legal, apenas para as partes); Condomínio: Cada um dos condôminos possui uma
parte ideal e apenas um deles entra em juízo para propor ação reivindicatória; MP.

4 – ELEMENTOS DA AÇÃO:

Os elementos da ação servem para identificar a natureza, o procedimento e a


competência da ação proposta. São eles:

A) Partes;
B) Pedido;
C) Causa de pedir.

A) PARTES: Constituem-se, respectivamente, nos titulares do direito e do dever


jurídicos diante da formação da relação jurídico-processual. As partes, autor e réu,
pólos ativo e passivo, possuem interesse na demanda.

B) PEDIDO: É o objeto da ação.

C) CAUSA DE PEDIR: A causa de pedir é o resultado da somatória dos fatos com a


fundamentação jurídica do pedido.

Os fatos, causa de pedir remota, constituem-se num elemento norteador da própria


demanda em que o autor narrará o ocorrido.

 Reforçando: Os elementos da ação têm o objetivo de identificar a ação.

D(JH):\JOSE HENRIQUE\MY DOCS\NACIONAL\DIREITO\CURSOS\2009\LFG-OAB\1ª FASE\AULAS\PROCESSO CIVIL


5
www.josehenriqueazeredo.blogspot.com | josehenrique@josehenrique.com.br | www.twitter.com/josehenrique
- Da identificação da ação podem surgir:
o Litispendência;
o Coisa julgada;
o Conexão;
o Continência.

 LITISPENDÊNCIA: Ocorre quando da repetição de uma ação idêntica (identidade total


dos elementos da ação) em andamento.

- prevalece a teve a primeira citação válida* (art. 219, CPC).

*citação válida = data de juntada do mandado aos autos.

- argüir na contestação

*Obs.: o nome da ação não caracteriza litispendência.

Art. 219. A citação válida torna prevento o


juízo, induz litispendência e faz litigiosa a
coisa; e, ainda quando ordenada por juiz
incompetente, constitui em mora o devedor e
interrompe a prescrição.

 COISA JULGADA: Ocorre a repetição de uma ação idêntica em que já ocorreu o


trânsito em julgado.

- Havendo coisa julgada, o juiz determina a extinção do feito (Art. 301 e §§, CPC).

Art. 301
§ 1º Verifica-se a litispendência ou a coisa
julgada, quando se reproduz ação anteriormente
ajuizada.

§ 2º Uma ação é idêntica à outra quando tem as


mesmas partes, a mesma causa de pedir e o
mesmo pedido.

§ 3º Há litispendência, quando se repete ação,


que está em curso; há coisa julgada, quando se
repete ação que já foi decidida por sentença,
de que não caiba recurso.

 CONEXÃO: Ocorre sempre que, em duas ou mais ações houver identidade entre a
causa de pedir (art. 103, CPC)

D(JH):\JOSE HENRIQUE\MY DOCS\NACIONAL\DIREITO\CURSOS\2009\LFG-OAB\1ª FASE\AULAS\PROCESSO CIVIL


6
www.josehenriqueazeredo.blogspot.com | josehenrique@josehenrique.com.br | www.twitter.com/josehenrique
Art. 103. Reputam-se conexas duas ou mais
ações, quando lhes for comum o objeto ou a
causa de pedir.

- Os processos serão reunidos ao juiz prevento, para que não haja decisões
contraditórias/conflitantes.

- Juiz prevento:
o as ações conexas na mesma comarca  será o e que proferiu o 1º
despacho.
o as ações conexas em comarcas diferentes  será aquele de onde ocorreu a
1ª citação válida.

 CONTINÊNCIA: Ocorre se entre duas ou mais ações há identidade quanto às partes e


causa de pedir, porém, um pedido é mais amplo que o outro; sendo assim, o mais
amplo abrange os outros.

Art. 104. Dá-se a continência entre duas ou


mais ações sempre que há identidade quanto às
partes e à causa de pedir, mas o objeto de
uma, por ser mais amplo, abrange o das outras.

- A conexão ou continência podem ser declaradas de ofício pelo juiz (Art. 105, CPC).

Art. 105. Havendo conexão ou continência, o


juiz, de ofício ou a requerimento de qualquer
das partes, pode ordenar a reunião de ações
propostas em separado, a fim de que sejam
decididas simultaneamente.

4.1. PARTES

“Parte é aquele que pede em seu próprio nome, ou em cujo nome é pedida, uma
providência jurisdicional, e aquele em face de quem essa atuação é pedida”.
(Chiovenda)

D(JH):\JOSE HENRIQUE\MY DOCS\NACIONAL\DIREITO\CURSOS\2009\LFG-OAB\1ª FASE\AULAS\PROCESSO CIVIL


7
www.josehenriqueazeredo.blogspot.com | josehenrique@josehenrique.com.br | www.twitter.com/josehenrique
4.1.1. CAPACIDADE DE SER PARTE

Capacidade Capacidade + Capacidade


De De De estar em juízo
Direitos Ser PARTE (capacidade processual)

Direitos Obrigações +
Exerce
atividades civis

 Terá capacidade de ser parte todo àquele que puder exercer direitos e contrair
obrigações.

- Capacidade de estar em juízo, também chamada de capacidade processual (exerce


normalmente suas capacidades civis).

- Todo aquele que tiver a capacidade de ser parte, mas não tiver capacidade de estar
em juízo, deverá ser representado ou assistido pelo responsável.

4.1.2. CAPACIDADE POSTULATÓRIA

- Postular: significa pedir em nome de outro.

 Capacidade postulatória, é exercida pelo advogado.

D(JH):\JOSE HENRIQUE\MY DOCS\NACIONAL\DIREITO\CURSOS\2009\LFG-OAB\1ª FASE\AULAS\PROCESSO CIVIL


8
www.josehenriqueazeredo.blogspot.com | josehenrique@josehenrique.com.br | www.twitter.com/josehenrique
QUESTÕES

1. (OAB/CESPE – 2007.3.SP) O interesse de agir é


A faculdade da ação.
B elemento da ação.
C condição da ação.
D pretensão.

2. (OAB/CESPE – 2006.3) Acerca das condições da ação e dos pressupostos processuais,


assinale a opção correta.

A Se restar comprovada a existência de outra causa igual, ainda que já decidida, mas sem o trânsito
em julgado, o processo será extinto, em virtude da ocorrência da litispendência. Sendo essa uma das
condições da ação, a pretensão do autor não será resolvida.
B Se o réu não alegar a falta de uma das condições da ação na primeira oportunidade que tiver para
falar nos autos, muito embora ela possa ser conhecida de ofício, ele responderá pelas custas de
retardamento.
C Os pressupostos processuais são os requisitos necessários à regularidade e à existência da relação
processual e a falta de qualquer desses requisitos acarreta a extinção do processo sem resolução do
mérito, por carência de ação.
D O reconhecimento da ausência de pressupostos processuais conduz à declaração incidental de
improcedência da ação e à condenação do autor ao pagamento dos ônus sucumbenciais.

3. (OAB/CESPE – 2006.1) A respeito das condições da ação no processo civil, assinale a opção
correta.

A A verificação da presença das condições da ação faz-se quando do julgamento do mérito da


pretensão do autor, sendo essas condições requisitos indispensáveis à obtenção de uma decisão
que acolha ou rejeite o pedido do autor.
B A capacidade processual se confunde com a legitimação para a causa, por serem ambas
pressupostos processuais que se relacionam com a capacidade para estar em juízo. Assim, o menor
de 16 anos de idade possui capacidade processual para propor ação contra o suposto pai para
investigar a paternidade.
C Existe interesse processual quando a parte tem necessidade de ir a juízo para alcançar a tutela
pretendida e, ainda, quando essa tutela jurisdicional pode trazer-lhe alguma utilidade, do ponto de
vista prático. Assim, ajuizando a ação errada ou utilizando-se do procedimento incorreto, o
provimento jurisdicional não lhe será útil, razão pela qual a inadequação procedimental acarreta
inexistência do interesse processual.
D Ocorre a legitimação extraordinária ou substituição processual quando, em virtude da lei, é
atribuído a um terceiro interessado a legitimidade para litigar direito alheio em nome daquele que
detém a titularidade do direito em litígio.

GABARITO
1. C, 2. B, 3. C.

D(JH):\JOSE HENRIQUE\MY DOCS\NACIONAL\DIREITO\CURSOS\2009\LFG-OAB\1ª FASE\AULAS\PROCESSO CIVIL


9
www.josehenriqueazeredo.blogspot.com | josehenrique@josehenrique.com.br | www.twitter.com/josehenrique
II. INTERVENÇÃO DE TERCEIROS
(Arts. 56 A 80 DO CPC)

CONCEITO: Dá-se a intervenção de terceiros quando alguém ingressa como parte ou


coadjuvante da parte (assistente) em processo pendente. Terceiro (que deve ser
juridicamente interessado) significa estranho à relação processual estabelecida entre o
autor e réu.

TERCEIRO L I D E

AUTOR RÉU

o Admite-se a intervenção de terceiros nos processos, quando houver interesse


jurídico que justifique essa intervenção.

o É que há situações em que os efeitos da sentença poderão alcançar terceiros.


Nesses casos, o ordenamento autoriza a intervenção (cabível somente
quando houver previsão legal).

1. MODALIDADES DE INTERVENÇÃO

• - Assistência: auxílio a uma das partes


• - Nomeação à autoria: Indicação do legítimo sujeito passivo
• - Denunciação da lide: Ação regressiva com vistas a garantir o prejuízo da parte
perdedora.
• - Chamamento ao processo: Visa a declarar a responsabilidade dos co-devedores.
• - Oposição: exclusão do autor e réu.

D(JH):\JOSE HENRIQUE\MY DOCS\NACIONAL\DIREITO\CURSOS\2009\LFG-OAB\1ª FASE\AULAS\PROCESSO CIVIL


10
www.josehenriqueazeredo.blogspot.com | josehenrique@josehenrique.com.br | www.twitter.com/josehenrique
1.1 – ASSISTÊNCIA (ART. 50/55, CPC):

- Ocorre quando o terceiro tem interesse jurídico em que uma das partes vença a
demanda. O terceiro intervém no processo para prestar colaboração/auxílio a uma
das partes.

LIDE

- A assistência é facultativa.

- Ingresso: O assistente ingressa por petição simples a qualquer momento.

- Não havendo impugnação o pedido


será deferido.
SIM: simples ingresso*
- Intimação (5 dias) - Havendo impugnação, juiz ordena
desentranhamento da petição e da
impugnação, autua em apenso, autorizando
NÃO: Juiz decide produção provas. Depois, decide em 5 dias o
incidente.

*O STJ, contudo, já entendeu que o juiz pode indeferir a assistência, mesmo com a concordância
das partes.

- Cabimento: Cabe em qualquer procedimento, salvo no processo de execução


(com exceção no caso de embargos do devedor e no processo de liquidação de
sentença) e no procedimento sumaríssimo (Lei n. 9.099/95).

- Admissão: O assistente pode ser admitido até o trânsito em julgado da sentença.

- Abrangência da atuação: Admitido o assistente, este recebe o processo no estado


em que se encontra.

Obs.: No segundo grau, a assistência denomina-se recurso de terceiro prejudicado (art.


499).

1.1.1. Classificação da assistência


a) Assistência adesiva ou simples: o terceiro (assistente) possui relação com
apenas uma das partes, sendo necessária a ratificação pelo assistido dos atos
praticados pelo assistente, sob pena de ineficácia dos mesmos.

D(JH):\JOSE HENRIQUE\MY DOCS\NACIONAL\DIREITO\CURSOS\2009\LFG-OAB\1ª FASE\AULAS\PROCESSO CIVIL


11
www.josehenriqueazeredo.blogspot.com | josehenrique@josehenrique.com.br | www.twitter.com/josehenrique
Ex.: Sublocatário (assistente) que é atingido indiretamente pela sentença de rescisão
do contrato de locação movida pelo locador (autor) contra o locatário (réu) por falta de
pagamento.
(locador e locatário)--{sublocatário}

b) Assistência litisconsorcial: conhecida também como qualificada, nesta o


assistente é direta e imediatamente vinculado à relação jurídica objeto do
processo. Aqui o assistente não é parte, mas o seu direito está em causa,

- Nessa modalidade os atos do assistente são válidos independentemente de


ratificação.

Ex.: herdeiro legítimo, admitido como assistente litisconsorcial na ação de anulação de


testamento promovida por outro herdeiro legítimo.
Ex.: ação promovida contra condomínio residencial. A assistência de condômino, para
ajudar na defesa do condomínio, é litisconsorcial, pois a condenação do condomínio repercutirá
imediatamente na esfera jurídica de cada um dos condôminos.
{(autor e condomínio-réu) (condômino)}

Obs.:
o Assistência simples  interesse jurídico indireto.
o Assistência litisconsorcial  interesse jurídico direto.

1.2 – NOMEAÇÃO A AUTORIA (ART. 62/69, CPC):

Preliminar de contestação (art. 301, X)


A X R
Nomear à autoria (arts. 62/63)

Art. 301. Compete-lhe, porém, antes de discutir o


mérito, alegar:

(...)

X - carência de ação;

- É a correção do pólo passivo da demanda em circunstâncias especiais,

- sendo uma modalidade exclusiva do réu, que nomeia um terceiro para que figure
no pólo passivo da demanda, com sua conseqüente exclusão da lide.

- Tem por fim fazer o acertamento da legitimidade ad causam passiva.

D(JH):\JOSE HENRIQUE\MY DOCS\NACIONAL\DIREITO\CURSOS\2009\LFG-OAB\1ª FASE\AULAS\PROCESSO CIVIL


12
www.josehenriqueazeredo.blogspot.com | josehenrique@josehenrique.com.br | www.twitter.com/josehenrique
SÓ CABE EM 2 HIPÓTESES:
1. Quem detém coisa em nome alheio,
sendo-lhe demandada em nome próprio,
deve nomear à autoria proprietário ou o
L I D E RÉU possuidor incidente

2. Quando o responsável pelos prejuízos


alegar que praticou o ato por ordem, ou em
cumprimento de instruções de terceiro.
AUTOR NOMEANTE NOMEADO

- É possível ao réu nomear à autoria, na qualidade de mero detentor, sendo-lhe


demandado em nome próprio coisa alheia.

Ex.: caseiro (art. 62)

ou na qualidade de mero cumpridor de ordem/executor, quando demandado.

Ex.: depositário (cabeção!). (art.63)

Art. 62. Aquele que detiver a coisa em nome alheio,


sendo-lhe demandada em nome próprio, deverá nomear à
autoria o proprietário ou o possuidor.

Art. 63. Aplica-se também o disposto no artigo


antecedente à ação de indenização, intentada pelo
proprietário ou pelo titular de um direito sobre a
coisa, toda vez que o responsável pelos prejuízos
alegar que praticou o ato por ordem, ou em
cumprimento de instruções de terceiro.

- Processamento da Nomeação: O assistente ingressa com petição simples no


prazo de defesa.

- Se o juiz deferir o pedido, suspenderá o feito e determinará que o autor se manifeste.

Obs.: Se a nomeação a autoria for julgada improcedente o magistrado devolverá o


prazo de defesa.

- A nomeação a autoria é obrigatória.

 Cumpre ressaltar que responde por perdas e danos aquele que não apresentou a nomeação
quando lhe competia, ou, então, se o réu nomear pessoa diversa daquela que deveria nomear
(art. 69).
Art. 69. Responderá por perdas e danos aquele a quem
incumbia a nomeação:

I - deixando de nomear à autoria, quando Ihe


competir;
D(JH):\JOSE HENRIQUE\MY DOCS\NACIONAL\DIREITO\CURSOS\2009\LFG-OAB\1ª FASE\AULAS\PROCESSO CIVIL
13
www.josehenriqueazeredo.blogspot.com | josehenrique@josehenrique.com.br | www.twitter.com/josehenrique
II - nomeando pessoa diversa daquela em cujo nome
detém a coisa demandada.

- A nomeação à autoria exige tríplice concordância:

o Do réu (nomeante), que faz a nomeação;


o Do autor; e
o Do nomeado.

1.3 - DENUNCIAÇÃO DA LIDE (ARTS. 70/76)

- É intervenção de garantia. Permite-se que o terceiro seja trazido ao processo para


responder a obrigação regressivamente.

- É uma lide secundária dentro da originária, isso por que, em atendimento ao princípio
da economia processual, as partes, denunciando o terceiro para que este componha a
lide, evitam assim, uma ação de regresso.

- Pode ser proposta tanto pelo autor como pelo réu, com o objetivo de garantir a
indenização do denunciante caso perca a demanda.

• Autor  denuncia na petição inicial.


• Réu  denuncia na contestação.

- Deferida a denunciação, o juiz terá duas demandas.

- O denunciado pelo réu não pode ser condenado a satisfazer, diretamente, a


pretensão do autor.

D(JH):\JOSE HENRIQUE\MY DOCS\NACIONAL\DIREITO\CURSOS\2009\LFG-OAB\1ª FASE\AULAS\PROCESSO CIVIL


14
www.josehenriqueazeredo.blogspot.com | josehenrique@josehenrique.com.br | www.twitter.com/josehenrique
- Há possibilidade de sucessivas denunciações (art. 73).

- Não é cabível no processo de execução.

- Hipóteses de admissibilidade (art. 70):

• Para garantir ao adquirente o direito que da evicção lhe resulta;


• Para garantir a indenização ao possuidor direto, caso perca a demanda;
• Para garantir direito regressivo de indenização.

- A Jurisprudência e Doutrina se manifestam no sentido de que não existe


obrigatoriedade, visto que a parte que deixar de denunciar a lide continua como direito
regressivo em face do terceiro, posição não adotado pelo Código de 1973.

OBS.: Para a OAB, obrigatoriedade somente na hipótese da evicção.

- Evicção  é a perda da coisa por decisão judicial. Assim, no caso concreto, será
possível a denunciação quando aquele que adquiriu um bem está sendo demandando
em ação reivindicatória e corre o risco de perder o bem por evicção, podendo,
portanto, denunciar o alienante do bem para que componha a lide, objetivando o
ressarcimento pela perda da cosia.

Ex.: A vende um imóvel para B.


C entra com ação contra B alegando a posse do imóvel.
B denuncia A à lide.

Ex.: Seguradora: É o caso que alguém por força de lei ou contrato deve indenizar o prejuízo
decorrente da perda da demanda em ação regressiva, como, por exemplo, ação de reparação de
danos causados por veículos terrestres, em que o réu poderá denunciar a seguradora a fim de
que ela integre o pólo passivo da demanda.

Carro roubado no shopping.


Autor ingressa contra shopping.
Shopping denuncia à lide seguradora do estacionamento.

D(JH):\JOSE HENRIQUE\MY DOCS\NACIONAL\DIREITO\CURSOS\2009\LFG-OAB\1ª FASE\AULAS\PROCESSO CIVIL


15
www.josehenriqueazeredo.blogspot.com | josehenrique@josehenrique.com.br | www.twitter.com/josehenrique
 Processamento: o autor denuncia a lide na petição inicial e o réu denuncia a lide
na contestação.

a) Quando for o réu, deverá ele oferecer a denunciação e requerer a citação do denunciado no
mesmo prazo de que dispõe para contestar a ação principal, isso sem prejuízo de oferecer,
desde logo, sua resposta ao pedido do demandante;

b) se o denunciado a aceitar e contestar o pedido, o processo prosseguirá de um lado com o


autor, e de outro com os litisconsortes, denunciante e denunciado;

c) se o denunciado confessar os fatos alegados pelo autor, poderá o denunciante prosseguir na


defesa;

d) se o denunciado for revel, ou comparecer apenas para negar a qualidade que lhe foi
atribuída, cumprirá ao denunciante prosseguir na defesa até o final.

1.4 – CHAMAMENTO AO PROCESSO (ARTS. 77 A 80 DO CPC)

 É a intervenção de solidariedade passiva.

- Objetivo: é a formação de um litisconsórcio passivo, facultativo e ulterior, ampliando-


se a relação processual de forma excepcional.

- Natureza: pelo chamamento ao processo, ao réu assiste a faculdade de, acionado


pelo credor em ação de cobrança, fazer citar os co-obrigados, a fim de que esses
ingressem na relação jurídica processual como seus litisconsortes, ficando abrangidos
pela eficácia da coisa julgada resultante da sentença.

- Benefício do réu: é instituto criado para beneficiar o réu; como se trata de faculdade,
não sofrerá sanções se não o fizer (podendo reaver a quantia em outro processo),
perdendo, entretanto, a vantagem processual de a sentença ser para ele título
executivo contra os co-obrigados (art. 80, CPC).

- Convocação para a formação de listisconsórcio: os chamados devem ao


credor/autor, não ao chamante. Não se trata, pois, de exercício de ação regressiva do
chamante contra o chamado, mas apenas de convocação para a formação de
litisconsórcio passivo;

- O chamamento só é cabível no processo de conhecimento.

- Não é admitido no processo de execução.

D(JH):\JOSE HENRIQUE\MY DOCS\NACIONAL\DIREITO\CURSOS\2009\LFG-OAB\1ª FASE\AULAS\PROCESSO CIVIL


16
www.josehenriqueazeredo.blogspot.com | josehenrique@josehenrique.com.br | www.twitter.com/josehenrique
- Admissibilidade / Modalidades de Chamamento: (Art. 77 do CPC)

I. Fiador (chama) Devedor

II. Fiador (chama) Fiadores

III. Devedor (chama) Devedores

Art. 77. É admissível o chamamento ao processo:

I - do devedor, na ação em que o fiador for réu;

II - dos outros fiadores, quando para a ação for


citado apenas um deles;

III - de todos os devedores solidários, quando o


credor exigir de um ou de alguns deles, parcial ou
totalmente, a dívida comum.

Ex.: Pretende que o devedor principal integre o pólo passivo, quando na ação for citado
apenas um dos fiadores, a fim de que os outros integrem a demanda e, havendo devedores
solidários, quando o credor exigir de um ou de alguns deles, parcial ou totalmente, a dívida
comum.

Processamento:
a) Formulado o chamamento ao processo pelo réu no prazo da contestação, o juiz
determinará a citação do terceiro.

b) Admitido o chamamento, o processo se suspende e o chamado terá prazo para a


resposta, depois de ser citado, pois será litisconsorte do chamante.

c) A sentença, que julgar procedente a ação, condenando os devedores, valerá como


título executivo, em favor do que satisfizer a dívida, para exigi-Ia, por inteiro, do
devedor principal, ou de cada um dos co-devedores a sua quota, na proporção que
lhes tocar.

OBS.:
- Fiador = goza do benefício de ordem na hora de ser penhorado.
- Avalista = só presta garantia dentro do crédito.
- Não é possível chamar ao processo a execução.

Atenção! - Salvo a assistência que cabe em todos os procedimentos (menos o


juizado especial) as intervenções de terceiros somente serão cabíveis no rito
ordinário.

D(JH):\JOSE HENRIQUE\MY DOCS\NACIONAL\DIREITO\CURSOS\2009\LFG-OAB\1ª FASE\AULAS\PROCESSO CIVIL


17
www.josehenriqueazeredo.blogspot.com | josehenrique@josehenrique.com.br | www.twitter.com/josehenrique
QUESTÕES SOBRE OS TEMAS

1. (OAB/CESPE – 2007.3) Com referência a intervenção de terceiros e a assistência, assinale


a opção correta.

A O terceiro que se sentir prejudicado ou que tiver seu direito ameaçado em virtude de uma
pretensão discutida em juízo poderá ingressar na ação e nomear-se como legítimo detentor do
direito disputado pelo autor, por meio do incidente denominado nomeação à autoria.

B A assistência somente é admissível até o julgamento da apelação.

C Tanto o autor quanto o réu têm legitimidade para requerer o chamamento ao processo do
devedor principal, dos demais co-devedores solidários ou do fiador. Quando o chamamento for
manejado pelo autor, permite-se o aditamento da petição inicial pelo chamado.

D A denunciação à lide constitui uma nova ação, ou seja, é lide secundária em relação à ação
principal, e, uma vez extinta a ação principal, resta prejudicada, por falta de objeto, a lide
secundária.

2. (OAB/CESPE – 2006.3) Acerca do litisconsórcio e da intervenção de terceiros no processo


civil, assinale a opção correta.

A Na oposição, o terceiro ingressa em juízo pretendendo defender sua posse ou propriedade sobre
os bens apreendidos judicialmente, sem discussão dos direitos que lhe cabem sobre o bem
disputado na ação principal, formando-se litisconsórcio passivo necessário entre os opostos.

B O chamamento ao processo permite ao réu incluir, coercitivamente, no pólo passivo todos os que
devem responder solidariamente com ele pela satisfação do direito pretendido pelo autor. No
chamamento, o réu e os chamados mantêm vínculo de direito material com o autor.

C Tratando-se de litisconsórcio unitário e necessário, seja ativo ou passivo, o requisito da


legitimidade somente se aperfeiçoa se todos os litisconsortes integrarem o respectivo pólo da
relação processual. Nesse litisconsórcio, a legitimidade é conjunta, mas a lide pode ser decidida de
maneira diversa para eles.

D Ocorre a denunciação da lide quando um terceiro interessado requer sua intervenção no


processo pendente entre as partes, visando excluir a pretensão do autor e auxiliar o réu em sua
defesa.

3. (OAB/CESPE – 2006.1) A respeito da intervenção de terceiros no processo civil, assinale a


opção correta.

A Se o denunciado aceitar a denunciação e contestar o pedido, o processo prosseguirá entre o autor,


de um lado e, de outro, o denunciado. Nesse caso, o juiz condenará o denunciado diretamente em
favor do autor.

B O chamamento ao processo consiste na admissibilidade de o réu fazer com que co-devedores


solidários passem a integrar o pólo passivo da demanda junto com ele, em litisconsórcio. Destina-
se, portanto, a trazer para o pólo passivo da relação processual terceiro que, embora legitimado a
figurar como réu desde o início, por vontade do autor não ocupe essa posição.

D(JH):\JOSE HENRIQUE\MY DOCS\NACIONAL\DIREITO\CURSOS\2009\LFG-OAB\1ª FASE\AULAS\PROCESSO CIVIL


18
www.josehenriqueazeredo.blogspot.com | josehenrique@josehenrique.com.br | www.twitter.com/josehenrique
C Considere-se que o adquirente de uma área rural seja impedido de dela tomar posse, pois outrem
a ocupa, alegando ser o legítimo proprietário. Nesse caso, ao promover a ação reivindicatória contra
o ocupante, ao adquirente cumpre nomear à autoria o alienante, para integrar a relação processual,
formando-se um litisconsórcio

ativo, ficando assim o nomeado abrangido pela eficácia da coisa material resultante da sentença.

D O assistente ingressa na relação processual como parte, auxiliando a defesa do seu assistido, que
tanto pode ser o autor como o réu, por ter interesse econômico de que a sentença seja favorável ao
litigante a quem assiste.

GABARITO: 1.D; 2. B; 3. B

D(JH):\JOSE HENRIQUE\MY DOCS\NACIONAL\DIREITO\CURSOS\2009\LFG-OAB\1ª FASE\AULAS\PROCESSO CIVIL


19
www.josehenriqueazeredo.blogspot.com | josehenrique@josehenrique.com.br | www.twitter.com/josehenrique
JULGADOS PERTINENTES (extra aula)

LITISCONSÓRCIO
AGRAVO DE INSTRUMENTO. LITISCONSÓRCIO ATIVO FACULTATIVO. DECLINAÇÃO DE
COMPETÊNCIA.
I - O litisconsórcio ativo facultativo, que observou o art. 46 do CPC, não pode ser indeferido de ofício,
especialmente se não causa embaraço à prestação jurisdicional, não compromete a rápida solução da lide,
tampouco dificulta a defesa.
iI - É nula a decisão que declina, de ofício, de competência relativa se a hipótese não se enquadra nas
exceções legais.
III - Acolhida a preliminar de nulidade suscitada de ofício. Unânime.(20070020036000AGI, Relator
VERA ANDRIGHI, 1ª Turma Cível, julgado em 23/05/2007, DJ 14/06/2007 p. 127)

ASSISTÊNCIA SIMPLES
PROCESSO CIVIL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. DECISÃO INDEFERITÓRIA DE PEDIDO DE
INGRESSO NO FEITO COMO ASSISTENTE SIMPLES. INTERESSE JURÍDICO PRESENTE.
DESACERTO DO DECISUM.
1. Autoriza o art. 50 do CPC que o terceiro, titular de interesse jurídico na vitória de uma das partes,
ingresse no processo como seu auxiliar, a fim de assisti-la.
2. Demonstrando a agravante que, além de interesse econômico, também, possui interesse jurídico a
justificar a sua intervenção no feito na qualidade de assistente simples da parte requerida em ação civil
pública, a reforma da decisão agravada é medida que se impõe.(20060020121244AGI, Relator
NATANAEL CAETANO, 1ª Turma Cível, julgado em 17/01/2007, DJ 08/02/2007 p. 67)

ASSISTÊNCIA LITISCONSORCIAL
ASSISTÊNCIA LITISCONSORCIAL PRETENDIDA POR CREDOR DO PROPRIETÁRIO CUJOS
BENS SÃO OBJETO DE USUCAPIÃO. ILEGITIMIDADE. O ASSISTENTE LITISCONSORCIAL É
CONSIDERADO PARTE E COMO CONSEQUÊNCIA LÓGICA NÃO É QUALQUER RELAÇÃO
JURÍDICA QUE O TERCEIRO TENHA COM O ASSISTIDO QUE O FARÁ PARTE LEGÍTIMA
PARA INGRESSAR NA CAUSA, MAS SOMENTE AQUELA INTERLIGADA POR CONEXÃO
COM A PRETENSÃO DO ADVERSÁRIO DO ASSISTIDO. NÃO BASTA, ASSIM, QUE A
DEMANDA AFETE O PATRIMÔNIO DO ASSISTIDO (INTERESSE ECONÔMICO), TORNANDO-
SE PRECISO QUE EM TESE O DIREITO CONEXO DO ASSITENTE SEJA AFETADO PELA
SENTENÇA PROFERIDA ENTRE AS PARTES.
(AGI428993, Relator GETÚLIO MORAES OLIVEIRA, 2ª Turma Cível, julgado em 29/09/1993, DJ
27/10/1993 p. 45.564)

NOMEAÇÃO À AUTORIA
PROCESSO CIVIL. NOMEAÇÃO À AUTORIA. REABERTURA DO PRAZO DE RESPOSTA.
INEXISTÊNCIA DE PRECLUSÃO.
I. Em sede de nomeação à autoria, a simples recusa do nomeado é suficiente para manter inalterado o
quadro subjetivo da relação processual.
II. Não alcançando a nomeação à autoria a modificação subjetiva pretendida pelo nomeante, deve o Juiz
assinar-lhe novo prazo para contestação. Inteligência do art. 67 do Código de Processo Civil.
III. Não induz preclusão, de molde a interditar a nova oportunidade defensiva, o anterior oferecimento de
contestação simultaneamente com a nomeação à autoria.

D(JH):\JOSE HENRIQUE\MY DOCS\NACIONAL\DIREITO\CURSOS\2009\LFG-OAB\1ª FASE\AULAS\PROCESSO CIVIL


20
www.josehenriqueazeredo.blogspot.com | josehenrique@josehenrique.com.br | www.twitter.com/josehenrique
IV. Recurso conhecido e provido parcialmente.(20060020142245AGI, Relator JAMES EDUARDO
OLIVEIRA, 6ª Turma Cível, julgado em 07/02/2007, DJ 24/05/2007 p. 98)

DENUNCIAÇÃO DA LIDE
AGRAVO DE INSTRUMENTO - AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS -
DENUNCIAÇÃO DA LIDE - NÃO CABIMENTO - PRODUÇÃO DE PROVA ORAL -
DESNECESSIDADE - MANUTENÇÃO DA DECISÃO RECORRIDA.
A denunciação da lide é intervenção de terceiros forçada, obrigatória, mediante requerimento de uma das
partes da relação jurídica principal, com o fim de trazer ao processo o seu garante, terceiro contra o qual
tem direito de regresso, caso venha a ser perdedora na ação principal. Sua admissão, contudo, só deve
ocorrer quando o denunciado esteja obrigado por força de lei ou contrato, e não apenas por questão fática
a garantir o resultado da lide, caso o denunciante reste vencido (art. 70, inciso III, do CPC).
Cabe ao juiz, quando desnecessária a prova oral requerida, indeferi-la.(20070020097774AGI, Relator
SÉRGIO BITTENCOURT, 4ª Turma Cível, julgado em 12/09/2007, DJ 02/10/2007 p. 126)

CHAMAMENTO AO PROCESSO
CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. COBRANÇA DE TAXAS CONDOMINIAIS. AUSÊNCIA DE
NULIDADE. INADIMPLÊNCIA COMPROVADA. PAGAMENTO DEVIDO.
1. O chamamento ao processo é espécie de intervenção de terceiros cuja utilização é vedada no
procedimento sumário (art. 280 do CPC). Subsiste, contudo, o exercício do direito de regresso contra o
devedor solidário em ação autônoma. Preliminar de nulidade rejeitada.
2. O rateio das despesas do condomínio decorre de lei e sendo regularmente aprovadas em assembléia, o
condômino está obrigado ao seu pagamento. Se duvida da correta aplicação dos recursos, pode valer-se da
ação de prestação de contas, mas não furtar-se ao pagamento, sob pena de responder pelo atraso.
3. Nas sentenças de natureza condenatória, os honorários advocatícios devem ser fixados nos termos do §
3º do art. 20 do CPC.
Recurso improvido.(20040110028144APC, Relator GEORGE LOPES LEITE, 4ª Turma Cível, julgado
em 07/02/2007, DJ 26/04/2007 p. 94)

D(JH):\JOSE HENRIQUE\MY DOCS\NACIONAL\DIREITO\CURSOS\2009\LFG-OAB\1ª FASE\AULAS\PROCESSO CIVIL


21
www.josehenriqueazeredo.blogspot.com | josehenrique@josehenrique.com.br | www.twitter.com/josehenrique

Você também pode gostar