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I. AÇÃO .......................................................................................................................................... 2
1 – Conceito: ................................................................................................................................. 2
2 – Natureza Jurídica do Direito de ação: ..................................................................................... 2
3 – Condições da ação: .................................................................................................................. 2
3.1. Interesse de agir................................................................................................................. 3
3.2. Possibilidade jurídica do pedido: ....................................................................................... 4
3.3. Legitimidade das partes: .................................................................................................... 4
4 – Elementos da Ação: ................................................................................................................. 5
4.1. Partes ................................................................................................................................. 7
QUESTÕES ..................................................................................................................................... 9
II. INTERVENÇÃO DE TERCEIROS ................................................................................................. 10
1. MODALIDADES DE INTERVENÇÃO........................................................................................... 10
1.1 – Assistência (art. 50/55, CPC): ......................................................................................... 11
1.2 – Nomeação a Autoria (art. 62/69, CPC):.......................................................................... 12
1.3 - Denunciação da Lide (Arts. 70/76) ................................................................................. 14
1.4 – Chamamento ao Processo (Arts. 77 a 80 do CPC) ......................................................... 16
QUESTÕES SOBRE OS TEMAS ...................................................................................................... 18
I. AÇÃO
1 – CONCEITO:
Consiste no direito subjetivo público que qualquer pessoa possui para deduzir uma
pretensão em juízo.
- O direito de ação é uma garantia constitucional, isto significa que todos possuem
amplo acesso à justiça.
- Por meio da ação, há uma provocação para que o Estado exerça sua atividade
jurisdicional (atuando na solução de conflitos).
3 – CONDIÇÕES DA AÇÃO:
o Interesse de agir
o Possibilidade jurídica do pedido
o Legitimidade das partes
1) Necessidade = utilidade.
Para que exista interesse-necessidade é preciso existir lide: relação jurídica qualificada por
uma pretensão de um lado e uma resistência do outro. Se a parte ré não se opõe a satisfazer
à pretensão do autor, não há resistência. Não há, portanto, lide, não havendo, por
conseguinte, necessidade de acionamento do Poder Judiciário. Falta, neste caso, uma das
vertentes do interesse de agir, o interesse-necessidade.
Mesmo havendo interesse-necessidade, deve a parte autora lançar mão da via adequada
para satisfação desse interesse. Se a parte autora, para satisfazer a sua pretensão, escolher
uma via processual incapaz de possibilitar ao Poder Judiciário a composição da lide, não se
valeu ela de uma ação adequada. Falta, neste caso, interesse de agir, o interesse-
adequação.
Pedido juridicamente impossível: é aquele que não é contemplado pela legislação (vetado
ou omitido).
A legitimidade não se confunde com capacidade, pois esta se relaciona com o estado da
pessoa.
o Ordinária
o Extraordinária ou substituição processual
4 – ELEMENTOS DA AÇÃO:
A) Partes;
B) Pedido;
C) Causa de pedir.
- argüir na contestação
- Havendo coisa julgada, o juiz determina a extinção do feito (Art. 301 e §§, CPC).
Art. 301
§ 1º Verifica-se a litispendência ou a coisa
julgada, quando se reproduz ação anteriormente
ajuizada.
CONEXÃO: Ocorre sempre que, em duas ou mais ações houver identidade entre a
causa de pedir (art. 103, CPC)
- Os processos serão reunidos ao juiz prevento, para que não haja decisões
contraditórias/conflitantes.
- Juiz prevento:
o as ações conexas na mesma comarca será o e que proferiu o 1º
despacho.
o as ações conexas em comarcas diferentes será aquele de onde ocorreu a
1ª citação válida.
- A conexão ou continência podem ser declaradas de ofício pelo juiz (Art. 105, CPC).
4.1. PARTES
“Parte é aquele que pede em seu próprio nome, ou em cujo nome é pedida, uma
providência jurisdicional, e aquele em face de quem essa atuação é pedida”.
(Chiovenda)
Direitos Obrigações +
Exerce
atividades civis
Terá capacidade de ser parte todo àquele que puder exercer direitos e contrair
obrigações.
- Todo aquele que tiver a capacidade de ser parte, mas não tiver capacidade de estar
em juízo, deverá ser representado ou assistido pelo responsável.
A Se restar comprovada a existência de outra causa igual, ainda que já decidida, mas sem o trânsito
em julgado, o processo será extinto, em virtude da ocorrência da litispendência. Sendo essa uma das
condições da ação, a pretensão do autor não será resolvida.
B Se o réu não alegar a falta de uma das condições da ação na primeira oportunidade que tiver para
falar nos autos, muito embora ela possa ser conhecida de ofício, ele responderá pelas custas de
retardamento.
C Os pressupostos processuais são os requisitos necessários à regularidade e à existência da relação
processual e a falta de qualquer desses requisitos acarreta a extinção do processo sem resolução do
mérito, por carência de ação.
D O reconhecimento da ausência de pressupostos processuais conduz à declaração incidental de
improcedência da ação e à condenação do autor ao pagamento dos ônus sucumbenciais.
3. (OAB/CESPE – 2006.1) A respeito das condições da ação no processo civil, assinale a opção
correta.
GABARITO
1. C, 2. B, 3. C.
TERCEIRO L I D E
AUTOR RÉU
1. MODALIDADES DE INTERVENÇÃO
- Ocorre quando o terceiro tem interesse jurídico em que uma das partes vença a
demanda. O terceiro intervém no processo para prestar colaboração/auxílio a uma
das partes.
LIDE
- A assistência é facultativa.
*O STJ, contudo, já entendeu que o juiz pode indeferir a assistência, mesmo com a concordância
das partes.
Obs.:
o Assistência simples interesse jurídico indireto.
o Assistência litisconsorcial interesse jurídico direto.
(...)
X - carência de ação;
- sendo uma modalidade exclusiva do réu, que nomeia um terceiro para que figure
no pólo passivo da demanda, com sua conseqüente exclusão da lide.
Cumpre ressaltar que responde por perdas e danos aquele que não apresentou a nomeação
quando lhe competia, ou, então, se o réu nomear pessoa diversa daquela que deveria nomear
(art. 69).
Art. 69. Responderá por perdas e danos aquele a quem
incumbia a nomeação:
- É uma lide secundária dentro da originária, isso por que, em atendimento ao princípio
da economia processual, as partes, denunciando o terceiro para que este componha a
lide, evitam assim, uma ação de regresso.
- Pode ser proposta tanto pelo autor como pelo réu, com o objetivo de garantir a
indenização do denunciante caso perca a demanda.
- Evicção é a perda da coisa por decisão judicial. Assim, no caso concreto, será
possível a denunciação quando aquele que adquiriu um bem está sendo demandando
em ação reivindicatória e corre o risco de perder o bem por evicção, podendo,
portanto, denunciar o alienante do bem para que componha a lide, objetivando o
ressarcimento pela perda da cosia.
Ex.: Seguradora: É o caso que alguém por força de lei ou contrato deve indenizar o prejuízo
decorrente da perda da demanda em ação regressiva, como, por exemplo, ação de reparação de
danos causados por veículos terrestres, em que o réu poderá denunciar a seguradora a fim de
que ela integre o pólo passivo da demanda.
a) Quando for o réu, deverá ele oferecer a denunciação e requerer a citação do denunciado no
mesmo prazo de que dispõe para contestar a ação principal, isso sem prejuízo de oferecer,
desde logo, sua resposta ao pedido do demandante;
d) se o denunciado for revel, ou comparecer apenas para negar a qualidade que lhe foi
atribuída, cumprirá ao denunciante prosseguir na defesa até o final.
- Benefício do réu: é instituto criado para beneficiar o réu; como se trata de faculdade,
não sofrerá sanções se não o fizer (podendo reaver a quantia em outro processo),
perdendo, entretanto, a vantagem processual de a sentença ser para ele título
executivo contra os co-obrigados (art. 80, CPC).
Ex.: Pretende que o devedor principal integre o pólo passivo, quando na ação for citado
apenas um dos fiadores, a fim de que os outros integrem a demanda e, havendo devedores
solidários, quando o credor exigir de um ou de alguns deles, parcial ou totalmente, a dívida
comum.
Processamento:
a) Formulado o chamamento ao processo pelo réu no prazo da contestação, o juiz
determinará a citação do terceiro.
OBS.:
- Fiador = goza do benefício de ordem na hora de ser penhorado.
- Avalista = só presta garantia dentro do crédito.
- Não é possível chamar ao processo a execução.
A O terceiro que se sentir prejudicado ou que tiver seu direito ameaçado em virtude de uma
pretensão discutida em juízo poderá ingressar na ação e nomear-se como legítimo detentor do
direito disputado pelo autor, por meio do incidente denominado nomeação à autoria.
C Tanto o autor quanto o réu têm legitimidade para requerer o chamamento ao processo do
devedor principal, dos demais co-devedores solidários ou do fiador. Quando o chamamento for
manejado pelo autor, permite-se o aditamento da petição inicial pelo chamado.
D A denunciação à lide constitui uma nova ação, ou seja, é lide secundária em relação à ação
principal, e, uma vez extinta a ação principal, resta prejudicada, por falta de objeto, a lide
secundária.
A Na oposição, o terceiro ingressa em juízo pretendendo defender sua posse ou propriedade sobre
os bens apreendidos judicialmente, sem discussão dos direitos que lhe cabem sobre o bem
disputado na ação principal, formando-se litisconsórcio passivo necessário entre os opostos.
B O chamamento ao processo permite ao réu incluir, coercitivamente, no pólo passivo todos os que
devem responder solidariamente com ele pela satisfação do direito pretendido pelo autor. No
chamamento, o réu e os chamados mantêm vínculo de direito material com o autor.
ativo, ficando assim o nomeado abrangido pela eficácia da coisa material resultante da sentença.
D O assistente ingressa na relação processual como parte, auxiliando a defesa do seu assistido, que
tanto pode ser o autor como o réu, por ter interesse econômico de que a sentença seja favorável ao
litigante a quem assiste.
GABARITO: 1.D; 2. B; 3. B
LITISCONSÓRCIO
AGRAVO DE INSTRUMENTO. LITISCONSÓRCIO ATIVO FACULTATIVO. DECLINAÇÃO DE
COMPETÊNCIA.
I - O litisconsórcio ativo facultativo, que observou o art. 46 do CPC, não pode ser indeferido de ofício,
especialmente se não causa embaraço à prestação jurisdicional, não compromete a rápida solução da lide,
tampouco dificulta a defesa.
iI - É nula a decisão que declina, de ofício, de competência relativa se a hipótese não se enquadra nas
exceções legais.
III - Acolhida a preliminar de nulidade suscitada de ofício. Unânime.(20070020036000AGI, Relator
VERA ANDRIGHI, 1ª Turma Cível, julgado em 23/05/2007, DJ 14/06/2007 p. 127)
ASSISTÊNCIA SIMPLES
PROCESSO CIVIL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. DECISÃO INDEFERITÓRIA DE PEDIDO DE
INGRESSO NO FEITO COMO ASSISTENTE SIMPLES. INTERESSE JURÍDICO PRESENTE.
DESACERTO DO DECISUM.
1. Autoriza o art. 50 do CPC que o terceiro, titular de interesse jurídico na vitória de uma das partes,
ingresse no processo como seu auxiliar, a fim de assisti-la.
2. Demonstrando a agravante que, além de interesse econômico, também, possui interesse jurídico a
justificar a sua intervenção no feito na qualidade de assistente simples da parte requerida em ação civil
pública, a reforma da decisão agravada é medida que se impõe.(20060020121244AGI, Relator
NATANAEL CAETANO, 1ª Turma Cível, julgado em 17/01/2007, DJ 08/02/2007 p. 67)
ASSISTÊNCIA LITISCONSORCIAL
ASSISTÊNCIA LITISCONSORCIAL PRETENDIDA POR CREDOR DO PROPRIETÁRIO CUJOS
BENS SÃO OBJETO DE USUCAPIÃO. ILEGITIMIDADE. O ASSISTENTE LITISCONSORCIAL É
CONSIDERADO PARTE E COMO CONSEQUÊNCIA LÓGICA NÃO É QUALQUER RELAÇÃO
JURÍDICA QUE O TERCEIRO TENHA COM O ASSISTIDO QUE O FARÁ PARTE LEGÍTIMA
PARA INGRESSAR NA CAUSA, MAS SOMENTE AQUELA INTERLIGADA POR CONEXÃO
COM A PRETENSÃO DO ADVERSÁRIO DO ASSISTIDO. NÃO BASTA, ASSIM, QUE A
DEMANDA AFETE O PATRIMÔNIO DO ASSISTIDO (INTERESSE ECONÔMICO), TORNANDO-
SE PRECISO QUE EM TESE O DIREITO CONEXO DO ASSITENTE SEJA AFETADO PELA
SENTENÇA PROFERIDA ENTRE AS PARTES.
(AGI428993, Relator GETÚLIO MORAES OLIVEIRA, 2ª Turma Cível, julgado em 29/09/1993, DJ
27/10/1993 p. 45.564)
NOMEAÇÃO À AUTORIA
PROCESSO CIVIL. NOMEAÇÃO À AUTORIA. REABERTURA DO PRAZO DE RESPOSTA.
INEXISTÊNCIA DE PRECLUSÃO.
I. Em sede de nomeação à autoria, a simples recusa do nomeado é suficiente para manter inalterado o
quadro subjetivo da relação processual.
II. Não alcançando a nomeação à autoria a modificação subjetiva pretendida pelo nomeante, deve o Juiz
assinar-lhe novo prazo para contestação. Inteligência do art. 67 do Código de Processo Civil.
III. Não induz preclusão, de molde a interditar a nova oportunidade defensiva, o anterior oferecimento de
contestação simultaneamente com a nomeação à autoria.
DENUNCIAÇÃO DA LIDE
AGRAVO DE INSTRUMENTO - AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS -
DENUNCIAÇÃO DA LIDE - NÃO CABIMENTO - PRODUÇÃO DE PROVA ORAL -
DESNECESSIDADE - MANUTENÇÃO DA DECISÃO RECORRIDA.
A denunciação da lide é intervenção de terceiros forçada, obrigatória, mediante requerimento de uma das
partes da relação jurídica principal, com o fim de trazer ao processo o seu garante, terceiro contra o qual
tem direito de regresso, caso venha a ser perdedora na ação principal. Sua admissão, contudo, só deve
ocorrer quando o denunciado esteja obrigado por força de lei ou contrato, e não apenas por questão fática
a garantir o resultado da lide, caso o denunciante reste vencido (art. 70, inciso III, do CPC).
Cabe ao juiz, quando desnecessária a prova oral requerida, indeferi-la.(20070020097774AGI, Relator
SÉRGIO BITTENCOURT, 4ª Turma Cível, julgado em 12/09/2007, DJ 02/10/2007 p. 126)
CHAMAMENTO AO PROCESSO
CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. COBRANÇA DE TAXAS CONDOMINIAIS. AUSÊNCIA DE
NULIDADE. INADIMPLÊNCIA COMPROVADA. PAGAMENTO DEVIDO.
1. O chamamento ao processo é espécie de intervenção de terceiros cuja utilização é vedada no
procedimento sumário (art. 280 do CPC). Subsiste, contudo, o exercício do direito de regresso contra o
devedor solidário em ação autônoma. Preliminar de nulidade rejeitada.
2. O rateio das despesas do condomínio decorre de lei e sendo regularmente aprovadas em assembléia, o
condômino está obrigado ao seu pagamento. Se duvida da correta aplicação dos recursos, pode valer-se da
ação de prestação de contas, mas não furtar-se ao pagamento, sob pena de responder pelo atraso.
3. Nas sentenças de natureza condenatória, os honorários advocatícios devem ser fixados nos termos do §
3º do art. 20 do CPC.
Recurso improvido.(20040110028144APC, Relator GEORGE LOPES LEITE, 4ª Turma Cível, julgado
em 07/02/2007, DJ 26/04/2007 p. 94)