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i
Direitos de autor (copyright)
Fax: 23323501
E-mail: direcção@isced.ac.mz
Website: www.isced.ac.mz
ii
Agradecimentos
Dr Sergio Artur
Pela Revisão
Elaborado Por:
iii
Índice
Visão geral 1
Benvindo ao Módulo de Metodologia de Investigação Científica ................................... 1
Objectivos do Módulo ................................................................................................... 1
Quem deveria estudar este módulo .............................................................................. 2
Como está estruturado este módulo ............................................................................. 2
Ícones de actividade ...................................................................................................... 3
Habilidades de estudo ................................................................................................... 4
Precisa de apoio? .......................................................................................................... 5
Tarefas (avaliação e auto-avaliação) .............................................................................. 6
Avaliação ....................................................................................................................... 7
iv
Sumário ....................................................................................................................... 40
Exercícios de auto - avaliação ...................................................................................... 41
UNIDADE TEMÁTICA 2.2. Fases do Processo da Investigação- Acção ........................... 42
Introdução................................................................................................................... 42
Sumário ....................................................................................................................... 45
Exercícios de auto-avaliação ........................................................................................ 45
TEMA III: FASES DE PLANEAMENTO ............................................................................. 46
Introdução da Temática III ........................................................................................... 46
Exercícios de auto - avaliação ...................................................................................... 54
UNIDADE Temática 3.2. Citações e Referências em Trabalhos de Pesquisa. ................ 55
Exercícios de auto – avaliação ..................................................................................... 62
UNIDADE Temática 3.3. Os Elementos de Pesquisa ..................................................... 63
Introdução.......................................................................................................... 63
Exercícios de auto - avaliação ...................................................................................... 80
v
Visão geral
Objectivos do Módulo
1
Quem deveria estudar este módulo
Um índice completo.
Uma visão geral detalhada dos conteúdos do módulo,
resumindo os aspectos-chave que você precisa conhecer para
melhor estudar. Recomendamos vivamente que leia esta
secção com atenção antes de começar o seu estudo, como
componente de habilidades de estudos.
Conteúdo desta Disciplina / módulo
2
Outros recursos
Comentários e sugestões
Ícones de actividade
3
uma parcela específica de texto, uma nova actividade ou tarefa,
uma mudança de actividade, etc.
Habilidades de estudo
4
conteúdos de cada tema, no módulo.
Precisa de apoio?
Caro estudante, temos a certeza que por uma ou por outra razão, o
material de estudos impresso, lhe pode suscitar algumas dúvidas
como falta de clareza, alguns erros de concordância, prováveis
5
erros ortográficos, falta de clareza, fraca visibilidade, páginas
trocadas ou invertidas, etc). Nestes casos, contacte os seriços de
atendimento e apoio ao estudante do seu Centro de Recursos (CR),
via telefone, sms, E-mail, se tiver tempo, escreva mesmo uma carta
participando a preocupação.
Uma das atribuições dos Gestores dos CR e seus assistentes
(Pedagógico e Administrativo), é a de monitorar e garantir a sua
aprendizagem com qualidade e sucesso. Dai a relevância da
comunicação no Ensino a Distância (EAD), onde o recurso as TIC se
torna incontornável: entre estudantes, estudante – Tutor,
estudante – CR, etc.
As sessões presenciais/virtuais são um momento em que você,
caro estudante, tem a oportunidade de interagir fisicamente com
staff do seu CR, com tutores ou com parte da equipa central do
ISCED indigitada para acompanhar as sua sessões
presenciais/virtuais. Neste período pode apresentar dúvidas, tratar
assuntos de natureza pedagógica e/ou administrativa.
O estudo em grupo, que está estimado para ocupar cerca de 30%
do tempo de estudos a distância, é de muita importância, na
medida em que permite-lhe situar, em termos do grau de
aprendizagem com relação aos outros colegas. Desta maneira
ficará a saber se precisa de apoio ou precisa de apoiar aos colegas.
Desenvolver hábito de debater assuntos relacionados com os
conteúdos programáticos, constantes nos diferentes temas e
unidade temática, no módulo.
6
O plágio1 é uma violação do direito intelectual do(s) autor(es). Uma
transcrição à letra de mais de 8 (oito) palavras do texto de um
autor, sem o citar é considerada plágio. A honestidade, humildade
científica e o respeito pelos direitos autorais devem caracterizar a
realização dos trabalhos e seu autor (estudante do ISCED).
Avaliação
1
Plágio - copiar ou assinar parcial ou totalmente uma obra literária, propriedade
intelectual de outras pessoas, sem prévia autorização.
7
TEMA I: A INVESTIGAÇÃO COMO FORMA DE CONHECIMENTO
9
UNIDADE TEMÁTICA 1.1. Iniciando os Estudos Universitários
Introdução
1. O Ensino Universitário
10
Fig 1. Iniciando a vida universitária
11
Quadro 1: Os paradigmas padrão e reflexivo do processo educativo
12
Sumário
Exercícios de auto-avaliação
3. O que é pesquisa.
Resposta:
13
ou primário.
Introdução
14
domínio dos conceitos de ciência, de conhecimento e tipos de
conhecimentos.
15
Fig 2. A ciência e construção de conhecimento
16
conhecimento como uma crença justificadamente verdadeira.
2. Tipos de conhecimentos
17
2.2 Conhecimentos religiosos
18
observados, nem mensurados e nem reproduzidos.
Sumario
2. A Ciência é:
a. Acumulação de conhecimentos sistemáticos
b. Actividade que propõe demostrar a verdade dos factos
19
experimentais e as suas aplicações práticas;
c. Conjunto de enunciados lógicos e dedutivamente justificada
por outros enunciados;
d. Todas as afirmações estão correctas
20
UNIDADE TEMÁTICA 1.3. A Investigação Científica
Introdução
1. A pesquisa científica
21
professor é que ele acompanhe o desenvolvimento do saber de sua
área; mas, além disso, impõe-se a postura investigativa porque o
conhecimento é um processo de construção dos objetos, ou seja,
todos os produtos do conhecimento são consequências de processos
de produção dos mesmos, processo que precisa ser refeito, sem o que
não ocorre apropriação, o que se reforça pelas exigências da situação
pedagógica de aprendizagem.
São dois os motivos pelos quais o professor precisa manter-se en-
volvido com a pesquisa: primeiro, para acompanhar o desenvolvi-
mento histórico do conhecimento, segundo, porque o conhecimento só
se realiza como construção de objetos.
Tendo bem presentes as finalidades do ensino superior, aos pro-
fessores universitários se impõe o compromisso com um investimento
sistemático no planejamento de suas disciplinas, na qualificação de
sua interação pedagógica com seus alunos e numa concepção do
ensino e da aprendizagem como processo de construção do
conhecimento bem como num cuidado especial com a avaliação..
O plano de ensino deve ser a expressão de uma proposta pedagógica
que dê uma visão integral do curso pensado com vistas ao
desenvolvimento do aluno mediado pelos processos de aprendizagem.
Além de constituir o roteiro do trabalho docente e da caminhada do
aluno, ele deve mediar a proposta educativa visada pelo curso em
geral e pela disciplina em particular. Daí a importância que tem a
justificativa para alicerçar as programações.
A interação comunicativa, a capacidade de estabelecimento de uma
relação profissional e democrática que se configure funda-
mentalmente pelo respeito mútuo, dimensão que tem a ver com o
relacionamento humano e com a necessidade de um contrato entre as
partes, de modo que a autoridade não se confunda com o auto-
ritarismo nem a liberdade com libertinagem.
O que está em pauta é uma concepção da aprendizagem como
processo de construção do conhecimento. Consequentemente torna-
se imprescindível a adoção de estratégias diretamente vinculadas de
modo que experiências práticas possam ser mobilizadas para essa
aprendizagem. Ou seja, que a própria prática da pesquisa seja
caminho do processo de ensino e aprendizagem. Nessa linha, todas as
disciplinas do curso devem se articular, fazendo que ocorra
envolvimento de todos os docentes. É necessária uma atitude coletiva
convergente em termos de exigência de padrão de produção
acadêmica.
O cuidado crítico com avaliação é exigência fundamental na prática
docente universitária. Sem dúvida, este é aspecto delicado do
processo educacional, dado o índice de poder que ele envolve. Porque
quando se torna um mecanismo de opressão estiola toda a
22
fecundidade pedagógica.. O critério a prevalecer aqui é o da medida
da justiça, ou seja, que não se marque nem pela dominação nem pelo
protecionismo.
23
que ela visa alcançar com relação à formação do aluno. Os objetivos
são intrínsecos à própria natureza dos conhecimentos que estarão
sendo trabalhados, a forma como eles poderão contribuir para a
formação do estudante.
24
trabalho ao longo do curso. 0 Ensino e pesquisa na docência
universitária: caminhos para a integração Antônio Joaquim Severino
(USP - Faculdade de Educação).
25
conhecimento, a ser visto como efetiva construção dos objetos, ou
seja, impõe-se que o professor valorize a pesquisa em si como
mediação não só do conhecimento mas também, e integralmente, do
ensino. Em segundo lugar, é preciso que os docentes se disponham a
uma atitude de um trabalho investigativo com os iniciantes, cônscios
das dificuldades e limitações desse processo, assumindo a tarefa da
orientação, da co-orientação, do acompanhamento, da avaliação,
compartilhando inclusive suas experiências e seus trabalhos
investigativos, abrindo espaços em seus projetos pessoais.
De seu lado, as instâncias internas da Instituição de ensino superior
precisam assumir, não só a luta por maior número de bolsas de
Iniciação Científica junto às agências oficiais, mas também aquela pela
criação de um sistema próprio de concessão dessas bolsas, com
Antônio Joaquim Severino (USP - Faculdade de Educação) recursos
próprios, apoiando docentes e discentes que se disponham a
desencadear o processo sistemático de seu desenvolvimento. Na
verdade, impõe-se toda uma reformulação da mentalidade e da prá-
tica de se conceber e ministrar o ensino nas instituições universitárias.
26
epistemológica, ou seja, garantir ao aprendiz o domínio do próprio
processo de construção do conhecimento, consolidando-se a
convicção quanto ao caráter construtivo desse processo, superam
Ensino e pesquisa na docência universitária: caminhos para a
integração do-se todas as outras crenças epistemológicas arraigadas
em nossa tradição filosófica e cultural, de cunho representacionista,
intuicionista etc. É pré-requisito imprescindível para que nos tornemos
pesquisadores a explicitação dos processos básicos que emergem na
relação sujeito/objeto quando da atividade cognoscitiva. De nada
valerá ensinar métodos e técnicas se não se tem presente a signifi-
cação epistêmica do processo investigativo.
Sumário
27
conhecimento é um processo de construção dos objetos, ou seja,
todos os produtos do conhecimento são consequências de processos
de produção dos mesmos, processo que precisa ser refeito, sem o que
não ocorre apropriação, o que se reforça pelas exigências da situação
pedagógica de aprendizagem.
Exercícios de auto-avaliação
28
UNIDADE Temática 1.4. A estrutura de um Trabalho de Investigação Científica
Introdução
A. Elementos pré-textuais
29
trabalho. A capa contém:
30
bibliográfica completa do documento e deve, preferencialmente, estar
contido em único parágrafo e única página. De acordo com a norma, o
resumo deve conter até 250 palavras para monografias e até 500
palavras para dissertações e teses. Para contar o número de palavras
do resumo, use o menu Ferramentas e Contar palavras. O resumo
deve ser vertido para o inglês, por ser a língua de maior difusão da
produção científica, sendo facultado ainda fazer versões para outras
línguas, o francês comumente, em caso de interesse específico. Esse
abstract e ou résumé são inseridos depois do resumo.
B. Elementos textuais
31
correntes de pesquisadores que estudaram a questão, deve ser
fluente e os parágrafos devem possuir articulação entre si, cada um
contendo idéias que evoluíram do parágrafo anterior e que preparam
o seguinte.
C. Elementos pós-textuais
32
Estrutura Modelo de um Trabalho de Investigação Científica
Exercícios de auto-avaliação
33
1. Justifique a necessidade da estruturação de um trabalho de
pesquisa científica.
Exercícios 2. Aponte as relacao entre os elementos pré-textuais e pós-textuais.
3. Indique os elementos pretextuais imprecisdivel.
4. de investigação.
34
TEMA II: A INVESTIGAÇÃO/ACÇÃO PERSPECTIVADA COMO FORMA DE RESOLVER PROBLEMAS
35
UNIDADE TEMÁTICA 2.1. Noção e Caracterísiticas da Investigação - Acção.
Introdução
Esta unidade pretende dotar aos estudantes no concernente a
investigação – acção. Portanto ela fornece subsídios naquilo que tem a
ver com a definição do conceito e a caracterização da investigação.
Objectivos
36
cientificamente examinada (Jaume Trilla, 1998). É um tipo de
investigação qualitativo como um processo aberto e continuado de
reflexão crítica sobre a acção (Ventosa Pérez (1996).
Ana Terence, citando Haguete (1999) fala de pesquisa acção. Para esta
autora pesquisa-ação é, muitas vezes, tratada como sinônimo de
pesquisa participante ou pesquisa colaborativa. Tanto a pesquisa-ação
quanto a pesquisa participante têm como origem a psicologia social e
as limitações da pesquisa tradicional, dentre as quais se evidencia o
distanciamento entre o sujeito e o objeto de pesquisa, fator que
ressalta a necessidade de inserção do pesquisador no meio e a
participação efetiva da população investigada no processo de geração
de conhecimento.
8. Características da Investigação-acção
O investigador/actor formula primeiramente princípios especulativos,
hipotéticos e gerais em relação aos problemas que foram
identificados; a partir destes princípios, podem ser depois produzidas
hipóteses quanto à acção que deverá mais provavelmente conduzir,
na prática, aos melhoramentos desejados. Essa acção será então
experimentada e recolhida a informação correspondente aos seus
efeitos; essas informações serão utilizadas para rever as hipóteses
preliminares e para identificar uma acção mais apropriada que já
reflicta uma modificação dos princípios gerais. A recolha de
informação sobre os efeitos desta nova acção poderá gerar hipóteses
posteriores e alterações dos princípios, e assim sucessivamente.
37
serviço de uma causa, a de “promover mudanças sociais e porque é
um tipo de investigação aplicada no qual o investigador se envolve
activamente. Almeida (2001) defende que a Investigação-acção tem
sido “a parente pobre no campo das ciências sociais” porque é pouco
falada, insuficientemente praticada, dadas as suas grandes
potencialidades. Quando se utiliza, raramente é divulgada nos meios
científicos. Desde que, em 1948, Kurt Lewin lançou a ideia da action
research, tal proposta não foi bem aceite nos círculos científicos.
38
Figura nº 2 – Espiral auto-reflexiva lewiniana. Fonte: SANTOS, Elci;
MORAIS, Carlos; PAIVA, João (2004)
39
existência de um diálogo aberto entre estes;
Resulta na interação do pesquisador com os sujeitos
envolvidos, que colaboram na identificação dos problemas
organizacionais e de sua possível solução, tendo, como princípio, a não
pré-determinação e adaptação situacional, uma vez que as próprias
relações estabelecidas no ambiente de pesquisa variam e não são
totalmente previsíveis;
Está orientada para o futuro, pois facilita a criação de soluções
voltadas para um futuro desejado pelos interessados, processo no
qual o presente é considerado um momento de análise da situação
vigente e o futuro próximo uma instância a ser levada em conta ao se
delinearem as ações e suas chances de êxito;
Estabelece que os dados coletados representem a realidade
organizacional como um todo e não uma amostra da mesma,
configurada estatisticamente, sendo, de forma geral, obtidos por meio
de técnicas implicativas e interativas, como entrevistas, discussões em
grupo e observação participante;
Propõe que os dados sejam levantados, tendo em vista
elaborar-se o diagnóstico organizacional, ou seja, a identificação dos
problemas e a formulação de alternativas de soluções, ajustadas às
necessidades reais da organização, e, finalmente,
Demanda desenvolvimento teórico para informar um
desenvolvimento de prática mais confiável e consistente, de modo que
ferramentas, técnicas, modelos ou métodos desenvolvidos são
possíveis expressões do resultado da pesquisa-ação.
Sumário
A investigação-acção é uma metodologia de investigação orientada
para a melhoria da prática nos diversos campos da acção (Jaume Trilla,
1998 e Elliott, 1996). Por conseguinte, o duplo objectivo básico e
essencial é, por um lado obter melhores resultados naquilo que se faz
e, por outro, facilitar o aperfeiçoamento das pessoas e dos grupos com
que se trabalha. Ela orienta-se pata a melhoria das práticas mediante a
mudança e a aprendizagem a partir das consequências dessas
mudanças e permite ainda a participação de todos os implicados.
40
responsabilidade e envolvimento;
Produz mudanças inesperadas e conduz a processos
inovadores.
2. É a característica da investigação-acção:
a. Dificultar um misto de capacidade de resposta e de
rigor nos requisitos da investigação e da acção;
b. Facilita um misto de capacidade de resposta e de rigor
nos requisitos da investigação e da acção;
c. Ocultar um misto de capacidade de resposta e de rigor
nos requisitos da investigação e da acção;
d. Mostrar um misto de resposta e de rigor nos requisitos
da investigação e da acção;
3. A Acção visa:
a. Orientar mudança numa comunidade ou organização
ou programa
b. Debater mudança numa comunidade ou organização ou
programa
c. Obter mudança numa comunidade ou organização ou
programa
d. Recorrer a uma comunidade ou organização ou
programa
41
UNIDADE TEMÁTICA 2.2. Fases do Processo da Investigação- Acção
Introdução
Objectivos
42
Replanificação.
43
mudança. Segundo Benavente et al (1990), “os processos de mudança
são problemática nuclear da Investigação-acção”. Ao utilizar-se esta
metodologia o que se pretende é a mudança na forma e na dinâmica
da intervenção educativa que realizamos no dia-a-dia no palco da
nossa acção – a escola. É aquilo que Perrenoud (1989) apresentado
por Benavente et al (1990) designa por “Sociologia da Intervenção”.
Esta intervenção capaz de produzir mudança só é possível quando nos
implicamos todos (comunidade educativa) num mesmo dinamismo de
acção e intervenção.
Mudar implica alterar mentalidades, formas de estar e actuar. É
complicado, porque, tendo como objectivo melhorar a vida das
pessoas, pode estar a pôr em conflito as suas crenças, estilos de vida e
comportamentos. Para que essa mudança seja efectiva, é necessário
compreender a forma como os indivíduos envolvidos vivenciam a sua
situação e implicá-los nessa mesma mudança, pois são eles que vão
viver com ela (Sanches, 2005).
44
Moreira (2001) apresentada por (Sanches (2005) refere isso mesmo: “A
dinâmica cíclica de acção-reflexão, própria da investigação-acção, faz
com que os resultados da reflexão sejam transformados em praxis e
esta, por sua vez, dê origem a novos objectos de reflexão que
integram, não apenas a informação recolhida, mas também o sistema
apreciativo do professor em formação. É neste vaivém contínuo entre
acção e reflexão que reside o potencial da investigação-acção
enquanto estratégia de formação reflexiva, pois o professor regula
continuamente a sua acção, recolhendo e analisando informação que
vai usar no processo de tomada de decisões e de intervenção
pedagógica.”
Sumário
A Investigação-acção deve estar definida por um plano de investigação
e um plano de acção, tudo isto suportado por um conjunto de
métodos e regras. São as chamadas fases neste processo
metodológico. As principais fases desta metodologia resumem em fase
de planificação, de acção e de reflexão. A Investigação-acção exerce
um forte contributo na prática educativa. os processos de mudança
são problemática nuclear da Investigação-acção. Ao utilizar-se esta
metodologia o que se pretende é a mudança na forma e na dinâmica
da intervenção educativa que se realiza no dia-a-dia na escola.
Exercícios de auto-avaliação
45
3. Quais são as actividades mentais da fase de reflexão segundo
Kuhne e Quigley
4. Discuta o contributo da investigação acção no processo
educativo.
46
postura diferente na construção do conhecimento.
Introdução
2. Tipo de Pesquisa
Segundo Sérgio Artur (2011), a classificação dos tipos de pesquisa pode
ser feita quanto:
a) A abordagem – pesquisas qualitativas e quantitativas;
b) Ao nível de investigação – pesquisa básica e aplicada;
c) Aos objectivos – pesquisa exploratória, descritiva.
d) Aos procedimentos de recolha de dados – pesquisas
experimentais, quase experimentais e não experimentais e;
e) As fontes de informação – pesquisas de campo, de laboratório e
bibliográficas.
A opção pelo tipo, método ou técnica de pesquisa, depende muitas
vezes, “da natureza do problema que preocupa o investigador, ou do
objecto que se deseja conhecer ou estudar (...) também, do domínio
que o pesquisador tem no emprego destas técnicas. Isso significa que a
escolha do tipo de abordagem nas pesquisas não é feita em vão, mas a
partir dos objectivos que o pesquisador pretende alcançar com a sua
investigação (Idem).
Pesquisa quantitativa
As pesquisas quantitativas são aplicáveis em situações nas quais se
exige um estudo exploratório, buscando-se um conhecimento mais
profundo do problema ou objecto de estudo. Por exemplo, na análise
de desempenho, relação de causa e efeito, incidências e índices.
Nas pesquisas quantitativas “as informações são de natureza numérica.
O pesquisador busca classificar, ordenar ou medir as variávies para
aprensentar estatítisticas, comparar grupos ou estabelecer associações.
Alguns exemplos podem ilucidar a abordagem quantitativa são: (1) as
pesquisas de intenção de voto, na qual o pesquisador pergunta – se a
eleição fosse hoje, em que o eleitor votaria? Ou (2) Quando um
pesquisador/educador questiona – qual é a incidências da evasão
escolar, considerando sexo, faixa etária e rendimento familiar nas
escolas da cidade da Beira?
No primeiro exemplo podem ser calculados os percentuais dos votos de
cada candidato a partir da amostra, com a devida margens de erro o
resultado pode ser generalizado para uma população maior e concluir-
48
se: “se a eleição fosse hoje venceria o candidato Y”.
No segundo exemplo o pesquisador apura os dados do questionário e
calcula os percentuais por sexo, faixa etária e rendimento familiar e faz
suas generalizações, dentro de uma margem de erro.
Assim, pode-se ver que uma das principais características da pesquisa
quantitativa é a generalização, a partir de uma amostra é possível
estender, com certa margem de erro, o resultado da pesquisa para toda
a população.
Assim, a pesquisa quantitativa faz uso do raciocínio indutivo, através do
qual “pela observação dos fatos desprovida de preconceitos, pode-se
chegar a uma ‘lei geral’”.
A pesquisa quantitativa utiliza “a descrição matemática como uma
linguagem, ou seja, a linguagem matemática é utilizada para descrever
as causas de um fenómeno e as relações entre variáveis, etc.
Geralmente, nessas pesquisas o problema é formulado com a intenção
de saber:
a) A relação entre variáveis (qual é a relação entre idade, sexo,
rendimento familiar na evasão escolar?);
b) A causa (O que provoca a evasão escolar?)
c) O efeito ou consequência (Qual é o efeito de métodos
expositivos na aprendizagem de crianças da primeira de 4 a 7
anos?);
d) A incidência (Qual é o número de caso novos de evasão em Buzi
em 2010);
e) A prevalência (Qual é o número de casos de evasão escolar na 5ª
classe, em Maringué entre 2005 a 2010?).
Para concluir, a abordagem quantitativa faz a leitura dos factos a partir
dos princípios do positivismo de Augusto Comte, com base no
empirismo de Locke, Newton e Bacon. Todos estes defendem que as
ciências humanas devem adoptar métodos das ciências naturais, que
privilegiam a separação ou o dualismo entre o sujeito e o objecto de
estudo, a neutralidade da ciência com relação a todos os valores e a
regularidade dos fenómenos ou factos sociais (se acontece aqui assim,
pode acontecer assim também em qualquer parte do universo).
Pesquisa qualitativa
49
isto é, da compreensão dos fenómenos pela sua descrição e
interpretação” (TEIXEIRA: 2000:124).
Essas pesquisas são também denominadas de pesquisas interpretativas
e elas privilegiam as experiências dos pesquisadores.
O que está em jogo, na pesquisa qualitativa é a busca ou o
levantamento, por parte do pesquisador, de “opiniões, as crenças, o
significado das coisas nas palavras dos participantes da pesquisa (...) ela
mostra as atitudes e os hábitos de pequenos grupos, selecionados de
acordo com perfis determinados” (VEIRA: 2009:7).
Diferentemente, da pesquisa quantitativa, a pesquisa qualitativa não
generaliza as suas conclusões, elas servem apenas explicar situações
referentes àquele grupo social.
Alguns exemplos podem ilucidar a aplicação de pesquisas qualitativas:
(1) Por ocasião das eleições nos conselhos escolares o pesquisador pode
questionar as pessoas – “que qualidade um membro do conselho deve
ter?” ou “quais são os principais problemas que a escola enfrenta?”;
(2) Para saber sobre as desistências numa escola o pesquisador
perguntaria – “Por que é que as meninas ou meninos desistem da
escola?”.
Em ambos exemplos o pesquisador depois analisaria o conteúdo das
respostas.
Por isso, que pode-se considerar a pesquisa qualitativa, segundo
Teixeira (2000:126) como o momento em que “o social é visto como um
mundo de significados passível de investigação e a linguagem dos
atores sociais e suas práticas as matérias primas dessa abordagem”.
Neste caso os problemas são formulados com a intenção de saber:
A percepção (qual é a percepção dos alunos sobre o conhecimento
recebido na escola?);
a) O significado (o que significa para os professores o currículo
local?);
b) O processo, a trajectória, o percurso (quais são os aspectos que
caracterizam os bons professores?);
c) Os saberes, conhecimentos (que saberes os professores tem sobre
métodos construtivistas de ensino?);
d) As práticas (o que fazem os professores para controlar a disciplina
em sala de aula?).
Para Teixeira (2000) a investigação qualitativa é descritiva, na qual se dá
uma importância vital aos significados do que é dito ou observado e os
dados são colectados no seu ambiente natural.
50
Hoje em dia existem pesquisas que são quali-quantitativas, ou seja, que
envolvem as duas abordagens, o que significa dizer que longe de se
oporem elas se complementam, trazendo maior riqueza para os
resultados das investigações e a construção da ciência.
Pesquisas Exploratórias
Pesquisas descritivas
51
natureza dessa relacao. Nesse caso, tem-se uma pesquisa descritiva
que se aproxima da explicativa. Ha, porem, pesquisas que, embora
deftnidas como descritivas com base em seus objetivos, acabam
servindo mais para proporcionar uma nova visao do problema, o
que as aproximadas pesquisas exploratórias.
Pesquisas explicativas
PESQUISA BIBLIOGRAFICA
52
tipo de trabalho d e s s a natureza, há pesquisas desenvolvidas
exclusivamente a partir de fontes bibliográficas. Boas partes dos estudos
exploratórios podem ser definidas como p e s q u i s a s bibliográficas. As
pesquisas sobre ideologias, bem como aquelas que se propõem a
analise das diversas posições ace rca de um problema, também
costumam ser desenvolvidas quase exclusivamente mediante fontes
bibliográficas.
53
ordenadas segundo as referencias 16 gicas de seu conteudo.
54
2. Quanto aos procedimentos de recolha de dados, define-se:
1. Tipos de citações
55
As citações podem ser:
Exemplos:
Ou
Exemplos:
Ou
56
As citações em paráfrase: quanto as ideias do(s) autor(es) de uma
obra são misturadas com as de que escreve o texto. O(s) autor(es)
citado(s) pode(m) ser vinculado(s) no início ou final da frase.
Exemplos:
Ou
Ou
Ou
57
Decorar é reter a forma material e não o conteúdo inteligível de
determinado conhecimento, ao passo que memorizar é reter a forma
significativa de um conteúdo inteligível, ou seja, reter a sua
compreensão. A memorização possibilita o refraseamento de algo
conhecido e não sua simples repetição (...).
Ou
Ou
Ou
Ou
2. As Referências Bibliográficas
58
ser indicadas no fim do trabalho na bibliografia final ou referências
bibliográficas.
Importante observar:
a) Quando a obra é escrita por até três autores, todos eles constarão
da referência, conforme a ordem que aparece na capa do livro e os
nomes serão separados por ponto e vírgula.
59
primeiro e acrescenta-se a expressão «et al.» como forma de
mencionar os demais.
60
a) Artigo assinado: MUIANGA, Francisco. 65% dos funcionários com
nível elementar. Diário de Moçambique, 18 mar. 2009, p.5
3. Escritos mimeográficos:
61
b) Referência de uma parte, uma música, por exemplo:
Casa Bamba. Martinho da Vila. Coração de Malandro. Faixa 6, n.
10.046 RCA, s/l, 1989. 1 CD-ROM.
c) Referência de material gravado em vídeo:
Dança com Lobos. Dir. Videolar. s/l, s/d.
1. Fazenda (2001, p.48) afirma que “a vida académica deve favorecer tanto a
construção como a socialização dos conhecimentos”. O exemplo acima refere-
se a uma:
62
1. Aponte as diferenças e semelhanças entre as citações Literais e
Introdução
63
Nesse processo podemos identificar as seguintes etapas:
Por isso, Teixeira (2000:107) propõe que o primeiro passo a ser dado
na investigação é a identificação do problema da pesquisa e a
elaboração das questões norteadoras, “o problema a ser estudado
deverá ser o marco de referência para todas as decisões.
64
não resolvida pode estar referida a alguma lacuna epistemológica ou
metodológica percebida, a alguma necessidade de pôr à prova uma
suposição, à interesses práticos, à vontade de compreender e explicar
uma situação do cotidiano, ou outras situações. Máttar Neto (2002, p.
143) acrescenta que um problema implica uma ou mais dúvidas ou
dificuldades em relação ao tema que se propõe, e, portanto, formulá-
lo envolve perguntas que o trabalho procura responder. Portanto, não
se pode propor um problema de pesquisa onde não há dúvida, um
querer saber mais ou uma inquietação.
Teixeira (2000) citado por Sérgio Artur sugere que para a definição de
um problema, seja levada em conta a experiência do pesquisador: o
que ele tem lido? Em quê trabalha? O que lhe preocupa nas suas
experiências profissionais? Assim pode-se definir como requisitos para
a escolha do problema: (a) conhecimento suficiente sobre o problema
e interesse pelo mesmo; (b) a experiência profissional e, (c) as leitura
feitas pelo pesquisador.
65
Terceiro: A colocação de uma pergunta de pesquisa, também
denominada de questão norteadora, questão principal ou pergunta de
base. Lembre-se que em pesquisas de graduação recomenda-se que
seja apenas uma a questão que vai nortear a pesquisa.
A revisão bibliográfica
66
diferentes aspectos presentes no problema a ser investigados.
67
iv) Utilização de verbos de acção, que possam ser avaliados e
medidos.
68
hipótese é a previsão duma relação entre um ou mais factores e o
problema em estudo, que pode ser testada.
ou
a) É directamente proporcional;
b) Está inversamente relacionado;
c) Produz;
d) Se... Então...
e) Resulta;
f) Há relação significativa entre;
g) Etc.
69
controladas.
70
independentes.
A. A observação
É um método de colecta de dados que se apropria da capacidade
selectiva da mente humana.
71
intelectual e psciológico do observador/pesquisador.
B. A entrevista
A essência da entrevista é a palavra e a interacção, pois ela tem como
principal alvo as comunicações verbais e não verbais. Ela é uma das
principais técnicas nas pesquisas em ciências humanas e sociais.
72
elaborar o roteiro de perguntas, que podem orientar a sua
investigação. Estes roteiros permitem que as entrevistas sejam
classificadas em:
Sugestões de planeamento
73
amostra é uma parte do universo escolhida segundo algum critério de
representatividade (VERGARA, 2004, p. 50). Segundo esta autora, a
amostra pode ser probabilística ou não-probabilística.
A amostra probabilística é baseada em procedimentos estatísticos.
Nela, cada elemento da população tem uma chance fixa de ser
incluído na amostra, baseando-se no conceito de seleção aleatória. A
amostra não-probabilística não utiliza seleção aleatória. Ela é
arbitrária, subjetiva e, portanto, confia no julgamento pessoal do
pesquisador (MALHOTRA, 2001; COOPER; SCHINDLER, 2003).
Selltiz et al. (1967, p. 584), comentam que se podem escolher
cuidadosamente casos que devem ser incluídos na amostra e, deste
modo, desenvolver amostras que são satisfatórias de acordo com as
necessidades da pesquisa. Bauer e Gaskell (2003, p. 41) consideram
que uma amostra representa a população se a distribuição de algum
critério é idêntica tanto na população como na amostra.
Pré-teste
Procure realizar uma entrevista com alguém que poderá fazer uma
crítica de sua postura antes de se encontrar com o entrevistado de
sua escolha.
74
Diante do entrevistado
- Caso use um gravador, não deixe de pedir sua permissão para tal.
Lembramos que o uso do gravador pode inibir o entrevistado.
C. O questionário
O Questionário, numa pesquisa, é um instrumento ou programa de
coleta de dados. Se sua confecção é feita pelo pesquisador, seu
preenchimento é realizado pelo informante.
Todo questionário a ser enviado deve passar por uma etapa de pré-
75
teste, num universo reduzido, para que se possam corrigir eventuais
erros de formulação.
Conteúdo de um questionário:
– A proposta da pesquisa;
– Instruções de preenchimento;
- Agradecimento.
76
dos questionários:
( ) 1 a 3 salários mínimos
( ) 4 a 6 salários mínimos
( ) 7 a 11 salários mínimos
Questões mistas.
77
Ex.: Quem financia seus estudos?
( ) Pai ou mãe
( ) Outro parente
( ) Outra pessoa
( ) O próprio aluno
Outro: _____________________________________
D. Ficha documental
A ficha documental é um dos meios para a colecta de dados,
principalmente nas pesquisas qualitativas. Sobre este assunto
pode rever a unidade V deste módulo, relativa as Práticas de
documentação.
78
anteriores já realizado sobre o tema, para assinalar suas
limitações e destacar a necessidade de novos estudos. Neste
momento é importante mostrar a revisão literária, quem já
pesquisou sobre o tema e a que conclusões chegou.
79
9.3 – Fontes de informação – definição da população e do
universo da pesquisa e das amostras para a colecta de
dados.
80
a. Titulo
b. Tema de estudo;
c. Justificativa;
d. Metodologia de estudo.
81
TEMA IV: O INVESTIGADOR
82
UNIDADE Temática 4.1. A Escolha do Método de Pesquisa
Introdução
Objectivos
A. Os métodos de pesquisa
Segundo Caravalho (2009), o jogo da ciência só é possível se o
investigador tiver uma ideia muito clara da ordem que espera da
realidade observada. Fora desse quadro de ordem, os factos não têm
significação. Os investigadores procuram os factos que são decisivos
para a confirmação ou negação das suas teorias. As teorias são
enunciadas acerca do comportamento dos objectos de interesse do
investigador.
Para o mesmo autor, a capacidade do investigador não é feita pelos
instrumentos que utiliza. Com efeito, os laboratórios não fazem o
cientista, as espingardas não fazem o caçador, as canas de pesca não
fazem pescadores, as algemas não fazem os detectives, etc. O que
torna os indivíduos cientistas, caçadores, pescadores e detectives é o
conhecimento que possuem das entidades que estudam (animal,
peixe, gente) e os métodos que utilizam para pô-los em prática.
O autor afirma que método refere-se à especificação dos passos que
devem ser dados, em certa ordem, para alcançar um determinado fim
Para o autor, há diferença entre método (a abordagem) e os
procedimentos operacionais (as técnicas) utilizados no
desenvolvimento da investigação. O método é o caminho e os passos
para se atingir um determinado objectivo. A técnica é a parte material
(os instrumentos) que fornece operacionalidade ao método. Assim, o
método caracteriza-se por uma abordagem mais ampla, em nível de
abstracção mais elevado dos fenómenos observados; as técnicas ou
procedimentos operacionais correspondem a operações com
finalidade mais restrita em termos explicativos e geralmente limitados
a um domínio partícula.
83
Neste contexto, e no entendimento deste autor, oi investigador pode
valer-se para a sua pesquisa de dois tipos de métodos, a saber: (1) Os
métodos de abordagem e (2) os métodos de procedimentos.
1. Método de Abordagem
84
Conhecimento prévio Observação Factos,
(referencial teórico) (percepção significativa) fenômenos,
+ situações
Imaginação criativa
CONTEXTO
DE
PROBLEMA
(dúvida)
DESCOBERTA
HIPÓTESES
Nova teoria
Novo problema
85
que se interligam:
2. Método de procedimento
86
representativo e que obedece a rigorosa metodologia. Investiga
determinado assunto não só em profundidade, mas em todos os seus
ângulos e aspectos, dependendo dos fins a que se destina”.
c) Comparativo: Consiste em investigar coisas ou fatos e explicá-los
segundo suas semelhanças e suas diferenças. Geralmente o método
comparativo aborda duas séries de natureza análoga tomadas de
meios sociais ou de outra área do saber, a fim de detectar o que é
comum a ambos.
87
UNIDADE Temática 4.2 Ética na Pesquisa
Introdução
Objectivos
88
Hoje, o debate sobre a ética na pesquisa atinge também outros seres
animais.
89
Ou mesmo ante as brumas radioativas de Hiroshima e Nagasaki —
Oppenheimer — o pai da bomba atômica — num discurso
emocionado se autodenominar “a morte, o destruidor de mundos”.
Figura 1: "bomba_nuclear"
Fica cada vez mais claro que pesquisa científica atual, em seus passos
mais decisivos, está condicionada às regras de financiamento, às
expectativas sobre seus resultados e às forças sociais e de instituições
que moldam seus rumos.
Ora vejamos:
90
Ou não?
Em outras palavras:
Ele enfatiza que essa prática visa apenas garantir lucros exorbitantes
para as desenvolvedoras, que por congelamento do desenvolvimento
científico, certifica-se de não haver concorrência.
91
monopólio, seja em que área for. Ele dá o exemplo da Myriad
Genetics, uma empresa que alegou propriedade intelectual sobre
genes humanos. Este é um exemplo extremo, mas suas observações
são amplamente aplicáveis .
É fácil observar que o cientista está no centro deste processo e ele não
pode mais se furtar das questões éticas envolvidas em seu trabalho.
92
visando o bem comum?
Bibliografia
93
FREIXO, Manuel João Vaz. Metodologia Cientifica: Fundamentos,
Métodos e Técnicas., 3ª. Ed. Institup Piaget: Lisboa, 2011.
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Pedagógica de Moçambique para as Tecnologias de Informação: Um
estudo de caso (Dissertação de Mestrado). Unimep: São Paulo, 2007.
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Pesquisa, 6ª. Ed. Atlas: São Paulo, 2007.
MATTAR, João. Metodologia de Científica, na era da Informática. 9ª.
Ed. Saraiva: São Paulo, 2008
MORIN, Edgar. Introdução ao Pensamento Complexo. 4ª ed, Instituto
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novo paradigma das organizações, 3ª ed. FCA: Lisboa, 2005.
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de conhecimento. (acessado em Setembro de 2014)
94