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CONCURSO:
"A crescente intervenção médica nos espaços fundamental do sistema, o que levava, inclusive, à
urbanos foi recebida com desconfiança e medo pela organização de serviços próprios de saúde. Caracteriza ainda
população. A retirada à força da população dos ambientes a este período, o elevado padrão de despesa. Estas duas
serem saneados foi constantemente acompanhada pela características serão profundamente modificadas no
vigilância policial, pois temia-se que o povo se revoltasse, período posterior" (Cunha & Cunha, 1998)
agredindo os agentes sanitários. Além disso, muitas vezes a
polícia agia com violência sem motivo, reproduzindo as
formas repressoras comumente empregadas pelo regime A Era Vargas (1930 - 1945)
oligárquico contra os protestos coletivos como passeatas e
greves." (Bertolli Filho, 1996)
dinamizado, articulando e centralizando as atividades "No campo da saúde pública vários orgãos são
sanitárias de todo o País. Em 1942 é criado o Serviço criados. Destaca-se a atuação do Serviço Especial de Saúde
Especial de Saúde Pública - SESP, com atuação voltada para Pública - SESP, criado no período anterior, em 1942, em
as áreas não cobertas pelos serviços tradicionais." (Cunha & decorrência de acordo com os EUA. O SESP visava,
Cunha, 1998). principalmente, a assistência médica dos trabalhadores
recrutados para auxiliar na produção da borracha na
"(...)compreendendo a conjuntura de ascendência e
Amazônia e que estavam sujeitos à malária. A produção de
hegemonia do Estado populista, observamos a criação dos
borracha era necessária ao esforço de guerra dos aliados na
institutos de seguridade social (Institutos de
2ª guerra. Criou-se também o Ministério da Saúde, em
Aposentadorias e Pensões, IAPs), organizados por
1953. As ações na área de saúde pública se ampliaram a
categorias profissionais. Tais institutos foram criados por
ponto de exigir uma estrutura administrativa própria.
Getúlio Vargas ao longo dos anos 30, favorecendo as
camadas de trabalhadores urbanos mais aguerridas em seus Neste período, os sanitaristas discutiam sobre
sindicatos e mais fundamentais para a economia política de saúde, refletindo o debate que acontecia sobre
agroexportadora até então dominante. Ferroviários, economia. Havia de um lado aqueles que achavam que as
empregados do comércio, bancários, marítimos, estivadores condições de saúde melhorariam se fossem utilizadas
e funcionários públicos foram algumas categorias técnicas e metodologias adequadas, de outros países. O
favorecidas pela criação de institutos. Todas constituíam SESP era um exemplo deste grupo, pois, no início, a
pontes com o mundo urbano-industrial em ascensão na estrutura dos serviços era sofisticada e cara, semelhante à
economia e na sociedade brasileira de então." (Luz, 1991). estrutura nos Estados Unidos. De outro lado haviam os
sanitaristas que buscavam uma prática articulada com a
"Diferentemente das CAPs, a administração dos
realidade nacional. Mas por muitos anos, as idéias do
IAPs era bastante dependente do governo federal. O
primeiro grupo influenciaram a prática do governo."
conselho de administração, formado com a participação de
(CEFOR, s.d.)
representantes de empregados e empregadores, tinha uma
função de assessoria e fiscalização e era dirigido por um "Nessa mesma época o Brasil passa a ser
presidente, indicado diretamente pelo Presidente da influenciado pelas ideias de seguridade social que são
República. Há uma ampliação da Previdência com a amplamente discutidas no cenário internacional ao final da
incorporação de novas categorias não cobertas pelas CAPs II Guerra Mundial, em contraposição ao conceito de seguro
anteriormente. (...) Do ponto de vista da concepção, a da época anterior. (...) As ações de previdência são agora
Previdência é claramente definida enquanto seguro, caracterizadas pelo crescimento dos gastos, elevação das
privilegiando os benefícios e reduzindo a prestação de despesas, diminuição de saldos, esgotamento de reservas e
serviços de saúde. (...) Caracterizam esta época a déficits orçamentários. (...) As explicações para tais
participação do Estado no financiamento (embora mudanças podem ser colocadas enquanto resultado de uma
meramente formal) e na administração dos institutos, e um tendência natural (maior número de pessoas recebendo
esforço ativo no sentido de diminuir as despesas, com a benefícios, uma vez que esta é a época de recebimento de
consolidação de um modelo de Previdência mais benefícios dos segurados incorporados no início do
preocupado com a acumulação de reservas financeiras do sistema); como também de mudanças de posições da
que com a ampla prestação de serviços. Isto faz com que os Previdência Social (desmontagem das medidas de
superávits dos institutos constituam um respeitável contenção de gastos dos anos 30/45; crescimento dos
patrimônio e um instrumento de acumulação na mão do gastos com assistência médica, que sobe de 2,3% em 45
Estado. A Previdência passa a se configurar enquanto 'sócia' para 14,9% em 66; crescimento dos gastos com benefícios,
do Estado nos investimentos de interesse do governo." em função do aumento de beneficiários, de mudanças nos
(Cunha & Cunha, 1998). critérios de concessão de benefícios e no valor médio
destes)." (Cunha & Cunha, 1998).
"Quanto a assistência médica, os principais avanços
O período de redemocratização (1945 - 1964) ficaram por conta da luta dos sindicatos para que todos os
“A vitória dos Estados Unidos e dos Aliados na IAPs prestassem assistência médica aos seus associados. Em
Segunda Guerra Mundial teve imensa repercussão no Brasil. 1960 é aprovada a lei que iguala os direitos de todos os
Grandes manifestações populares contra a ditadura trabalhadores, mas ela não é posta em prática. O próprio
acabaram resultando, em outubro de 1945, na deposição de movimento sindical não via com bons olhos a unificação dos
Getúlio Vargas e, no ano seguinte, na elaboração de uma institutos pois isto poderia nivelar por baixo a qualidade dos
Constituição democrática de inspiração liberal. A partir de serviços. Muitos deputados também estabeleciam seus
então e até 1964, o Brasil viveu a fase conhecida como vínculos com uma ou outra categoria, em cima da
período de redemocratização, marcado pelas eleições diferenciação dos institutos.
diretas para os principais cargos políticos, pelo Neste período, os IAPs que possuíam recursos
pluripartidarismo e pela liberdade de atuação da imprensa, suficientes construíram hospitais próprios. Surgiram
das agremiações políticas e dos sindicatos. também os primeiros serviços médicos particulares
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contratados pelas empresas, insatisfeitas com o "O primeiro efeito do golpe militar sobre o
atendimento do Instituto dos Industriários - IAPI. Tem-se aí Ministério da Saúde foi a redução das verbas destinadas à
a origem dos futuros convênios das empresas com grupos saúde pública. Aumentadas na primeira metade da década
médicos conhecidos como 'medicina de grupo', que iriam de 60, tais verbas decresceram até o final da ditadura. (...)
caracterizar a previdência social posteriormente. Apesar da pregação oficial de que a saúde constituía um
'fator de produtividade, de desenvolvimento e de
O período caracteriza-se também pelo
investimento econômico', o Ministério da Saúde privilegiava
investimento na assistência médica hospitalar em
a saúde como elemento individual e não como fenômeno
detrimento da atenção primária (centros de saúde) pois
coletivo. E isso alterou profundamente sua linha de
aquele era compatível com o crescente desenvolvimento da
atuação." (Bertolli Filho, 1996)
indústria de equipamentos médicos e da indústria
farmacêutica." (CEFOR, s.d.) "Com o golpe de 1964 e o discurso de
racionalidade, eficácia e saneamento financeiro, ocorre a
"Se as condições de vida da maior parte da população não
fusão dos IAPs, com a criação do Instituto Nacional de
pioraram, a consciência da dureza dessas condições foi se
Previdência Social - INPS. Este fato, ocorrido em 1966,
tornando cada vez mais clara no período. Mas, em presença
marca também a perda de representatividade dos
da impossibilidade de soluções reais por parte das
trabalhadores na gestão do sistema. (...) A criação do INPS
instituições, essa consciência originou um impasse nas
insere-se na perspectiva modernizadora da máquina estatal,
políticas de saúde. Ele foi percebido, aliás, como um
aumenta o poder de regulação do Estado sobre a sociedade
impasse estrutural, envolvendo o conjunto das políticas
e representa uma tentativa de desmobilização das forças
sociais e a própria ordem institucional e política. Uma saída
políticas estimuladas em períodos populistas anteriores. O
histórica para esse impasse foi proposta pelo grande
rompimento com a política populista não significou
movimento social do início dos anos 60 no país, liderado e
alteração em relação à política assistencialista anterior, ao
conduzido pelas elites progressistas que reivindicavam
contrário, o Estado amplia a cobertura da previdência aos
'reformas de base' imediatas, entre as quais uma reforma
trabalhadores domésticos e aos trabalhadores rurais, além
sanitária consistente e conseqüente. Mas a reação política
de absorver as pressões por uma efetiva cobertura daqueles
das forças sociais conservadoras levou ao golpe militar de
trabalhadores já beneficiados pela Lei Orgânica da
1964." (Luz, 1991)
Previdência Social. Excetuando os trabalhadores do
mercado informal de trabalho, todos os demais eram
cobertos pela Previdência Social. Em relação à assistência
O governo militar ( 1964 - 1980) médica, observa-se um movimento ainda mais expressivo
"No dia 31 de março de 1964, um golpe de Estado de ampliação de cobertura.
liderado pelos chefes das Forças Armadas colocou fim à Os gastos com assistência médica, que continuaram
agonizante democracia populista. Sob o pretexto de a crescer neste período, chegam a representar mais de 30%
combater o avanço do comunismo e da corrupção e garantir dos gastos totais do INPS em 76. A ênfase é dada à atenção
a segurança nacional, os militares impuseram ao país um individual, assistencialista e especializada, em detrimento
regime ditatorial e puniram todos os indivíduos e das medidas de saúde pública, de caráter preventivo e de
instituições que se mostraram contrários ao movimento interesse coletivo. Exemplo do descaso com as ações
autoproclamado Revolução de 64. Classificados como coletivas e de prevenção é a diminuição do orçamento do
agentes do comunismo internacional, foram perseguidos Ministério da Saúde, que chega a representar menos de
muitos líderes políticos, estudantis, sindicais e religiosos, 1,0% dos recursos da União.
que lutavam pela melhoria das condições de saúde do povo.
(...) Os generais presidentes promoveram alterações Acontece uma progressiva eliminação da gestão
estruturais na administração pública, no sentido de uma tripartite das instituições previdenciárias, até sua extinção
forte centralização do poder, privilegiando a autonomia do em 70. Ao mesmo tempo, a 'contribuição do Estado' se
Executivo e limitando o campo de ação dos poderes restringia aos custos com a estrutura administrativa. A
Legislativo e Judiciário. Sob a ditadura, a burocracia criação do INPS propiciou a implementação de uma política
governamental foi dominada pelos tecnocratas, civis e de saúde que levou ao desenvolvimento do complexo
militares, (...) responsáveis em boa parte pelo 'milagre médico-industrial, em especial nas áreas de medicamentos
econômico' que marcou o país entre 1968 e 1974. e equipamentos médicos. Ao mesmo tempo, e em nome da
racionalidade administrativa, o INPS dá prioridade a
"A política econômica e o forte arrocho salarial contratação de serviços de terceiros, em detrimento de
operaram intensa concentração de renda que resultou no serviços próprios, decisão que acompanha a postura do
empobrecimento da população. E esta situação se refletiu governo federal como um todo." (Cunha & Cunha, 1998).
no crescimento da mortalidade e da morbidade. É quando
ocorrem as epidemias de poliomielite e de meningite, sendo "No período de 1968 a 1975, generalizou-se a
que as notícias sobre esta última foram censuradas nos demanda social por consultas médicas como resposta às
meios de comunicação, em 1974." (CEFOR, s.d.) graves condições de saúde; o elogio da medicina como
sinônimo de cura e de restabelecimento da saúde individual
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e coletiva; a construção ou reforma de inúmeras clínicas e Sistema Nacional de Previdência e Assistência Social "
hospitais privados, com financiamento da Previdência (CEFOR, s.d.)
Social; a multiplicação de faculdades particulares de
"A criação do SINPAS tinha como objetivo
medicina por todo o país; a organização e complementação
disciplinar a concessão e manutenção de benefícios e
da política de convênios entre o INPS e os hospitais, clínicas
prestação de serviços, o custeio de atividades e programas,
e empresas de prestação de serviços médicos, em
a gestão administrativa, financeira e patrimonial da
detrimento dos recursos - já parcos - tradicionalmente
previdência. Foram criados o Instituto Nacional de
destinados aos serviços públicos. Tais foram as orientações
Assistência Médica da Previdência Social - INAMPS e o
principais da política sanitária da conjuntura do 'milagre
Instituto de Arrecadação da Previdência Social - IAPAS, além
brasileiro'.
de integrar os órgãos já existentes. A criação do SINPAS
Esta política teve, evidentemente, uma série de pode ser compreendida no processo de crescente tendência
efeitos e conseqüências institucionais e sociais, entre as a universalização e adoção do modelo de Seguridade Social.
quais a progressiva predominância de um sistema de
Neste período estão definidas as bases que
atenção médica 'de massa' (no sentido de 'massificado')
permitiram a hegemonia, na década de 70, do modelo
sobre uma proposta de medicina social e preventiva (...); o
assistencial privatista. De acordo com Mendes, este modelo
surgimento e o rápido crescimento de um setor empresarial
se assenta no seguinte tripé: a) o Estado como financiador
de serviços médicos, constituídos por proprietários de
do sistema, através da Previdência Social; b) o setor privado
empresas médicas centradas mais na lógica do lucro do que
nacional como maior prestador de serviços de assistência
na da saúde ou da cura de sua clientela (...). Assistimos
médica; c) o setor privado internacional como o mais
também ao desenvolvimento de um ensino médico
significativo produtor de insumos, em especial
desvinculado da realidade sanitária da população, voltado
equipamentos médicos e medicamentos." (Cunha & Cunha,
para a especialização e a sofisticação tecnológica e
1998).
dependente das industrias farmacêuticas e de
equipamentos médico-hospitalares. Assistimos, finalmente,
à consolidação de uma relação autoritária, mercantilizada e
tecnificada entre médico e paciente e entre serviços de
saúde e população." (Luz, 1991)
"Ainda é neste período que é difundida a chamada
medicina comunitária, com apoio da Organização Mundial
de Saúde e da Organização Pan-americana de Saúde. A
medicina comunitária propunha técnicas de medicina
simplificada, a utilização de mão de obra local (os agentes
de saúde) e a participação da comunidade. Entre os As décadas de 80 e 90
trabalhos que buscaram a participação da comunidade na
"A crise brasileira agravou-se após a falência do
área de saúde, havia os ligados à igreja católica como o
modelo econômico do regime militar, manifestada
projeto de Nova Iguaçu e o de Goiás Velho, os projetos
sobretudo pelo descontrole inflacionário, já a partir do final
ligados às universidades, financiados por órgãos externos,
dos anos 70. Ao mesmo tempo, a sociedade voltava a
como o de Londrina-PR e os projetos assumidos pelo
mobilizar-se, exigindo liberdade, democracia e eleição direta
governo como o Programa de Interiorização das Ações de
do presidente da República. O último general presidente,
Saúde e Saneamento - PIASS, que objetivava a extensão dos
João Figueiredo (1979-1985), viu-se obrigado a acelerar a
serviços de saúde à população carente.
democratização do país, a lenta e gradual abertura política
Em 1975, foi promulgada a lei que instituiu o iniciada por seu antecessor. Foi extinto o bipartidarismo
Sistema Nacional de Saúde, que apesar de conter idéias imposto pelos militares e criaram-se novos partidos
inovadoras, reforçava a dualidade do setor saúde dando ao políticos. A imprensa livrou-se da censura, os sindicatos
Ministério da Saúde caráter apenas normativo e ações na ganharam maior liberdade e autonomia e as greves
área de interesse coletivo e ao Ministério da Previdência a voltaram a marcar presença no cotidiano das cidades
responsabilidade pelo atendimento individualizado. brasileiras." (Bertolli Filho, 1996).
Após algum tempo de funcionamento, o INPS Desde os anos 70, havia uma certa inquietação no
enfrentou grave crise financeira, resultado de: 1) aumento interior do Estado com os gastos crescentes na saúde. (...) A
de gastos; 2) aumento da demanda; 3) maneira como se incorporação de grandes contingentes de trabalhadores no
dava o contrato com a rede médica privada, possibilitando sistema, o desenvolvimento de novas tecnologias médicas
fraudes; 4) inexistência de fiscalização dos serviços maios complexas (encarecendo o atendimento) e a má
executados pela rede privada. distribuição destes recursos, tornavam a assistência médica
previdenciária extremamente onerosa. Tudo isso, num
Assim, em 1977 houve nova tentativa de
quadro de crise econômica, prognosticava a falência do
racionalização da previdência e foi criado o SINPAS -
modelo.
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Assim, no final dos anos 70, estava demarcada a "No governo da Nova República, a proposta das AIS
diretriz de redução de custos, mas, contraditoriamente, é fortalecida e este fortalecimento passa pela valorização
havia forte tendência de expansão do atendimento médico das instâncias de gestão colegiada, com participação de
para os setores ainda não cobertos. Já no início da década, usuários dos serviços de saúde.
começara a surgir, ainda fora do aparato estatal, uma
Em 1986 é realizada em Brasília a VIII Conferência
corrente contra-hegemônica que preconizava como
Nacional de Saúde, com ampla participação de
proposta - para a melhoria da assistência médica no país - a
trabalhadores, governo, usuários e parte dos prestadores de
descentralização, articulada à regionalização e à
serviços de saúde. Precedida de conferências municipais e
hierarquização dos serviços de saúde e à democratização do
estaduais, a VIII CNS significou um marco na formulação das
sistema, através da extensão de cobertura a setores até
propostas de mudança do setor saúde, consolidadas na
então descobertos, como os trabalhadores rurais. O
Reforma Sanitária brasileira. Seu documento final
movimento sanitário criticava o modelo hospitalocêntrico e
sistematiza o processo de construção de um modelo
propunha a ênfase em cuidados primários e a prioridade do
reformador para a saúde, que é definida como 'resultante
setor público. Mas é somente na década de 80 que as
das condições de alimentação, habitação, educação, renda,
propostas defendidas pelos sanitaristas passam a prevalecer
meio ambiente, trabalho, transporte, emprego, lazer,
no discurso oficial.
liberdade, acesso e posse da terra e acesso a serviços de
O movimento sanitário vai ter, portanto, um ponto saúde. É assim, antes de tudo, o resultado das formas de
em comum com os setores até então hegemônicos: a organização social da produção, as quais podem gerar
necessidade de racionalizar os gastos com saúde. Do ponto desigualdades nos níveis de vida.' Este documento serviu de
de vista dos sanitaristas, o argumento da racionalização dos base para as negociações na Assembléia Nacional
gastos podia servir, de um lado, à luta pela quebra do Constituinte, que se reuniria logo após." (Cunha & Cunha,
modelo prevalente, uma vez que o setor privado era 1998).
responsável pelo aumento e pela maior parte das despesas
"Em 1988 a Assembléia Nacional Constituinte
na saúde. De outro lado, possibilitava uma maior
aprovou a nova Constituição Brasileira, incluíndo, pela
democratização do atendimento médico, estendendo-o à
primeira vez, uma seção sobre a Saúde. Esta seção sobre
população marginalizada que não contribuía diretamente
Saúde incorporou, em grande parte, os conceitos e
com a Previdência Social.
propostas da VIII Conferência Nacional de Saúde, podendo-
(...) Entre 1981 e setembro de 1984 o país vivencia se dizer que na essência, a Constituição adotou a proposta
uma crise econômica explícita, e é quando se iniciam as da Reforma Sanitária e do SUS.
políticas racionalizadoras na saúde e as mudanças de rota
No entanto, isso não foi fácil. Vários grupos
com o CONASP / Conselho Consultivo da Administração da
tentaram aprovar outras propostas, destacando-se duas: a
Saúde Previdenciária e as AIS / Ações Integradas de Saúde.
dos que queriam manter o sistema como estava,
Este é um momento tumultuado na saúde, tendo em vista a
continuando a privilegiar os hospitais privados contratados
quebra de hegemonia do modelo anterior." (França, 1998)
pelo INAMPS e a dos que queriam criar no país um sistema
"Em 1981 foi criado o CONASP que elaborou um de seguro-saúde mais ou menos parecido com o americano
novo plano de reorientação da Assistência Médica (...) que, (que, todos sabemos, é caro e não atende a todos). Como
em linhas gerais propunha melhorar a qualidade da essas alternativas não tinham muita aceitação, pois uma já
assistência fazendo modificações no modelo privatizante (de tinha demonstrado que não funcionava e a outra era
compra de serviços médicos) tais como a descentralização e inviável pela questão econômica, a proposta feita pelo
a utilização prioritária dos serviços públicos federais, movimento da Reforma Sanitária teve chance e acabou
estaduais e municipais na cobertura assistencial da clientela. sendo aprovada, ainda que com imperfeições. De qualquer
forma essa foi uma grande vitória, que coloca a Constituição
A partir do plano do CONASP, surgiu o Programa de
brasileira entre as mais avançadas do mundo no campo do
Ações Integradas de Saúde, que ficou conhecido como AIS.
direito à saúde." (Rodriguez Neto, 1994)
Tinha o objetivo de integrar os serviços que prestavam a
assistência à saúde da população de uma região. Os "Durante o processo de elaboração da Constituição
governos estaduais, através de convênios com os Federal, uma outra iniciativa de reformulação do sistema foi
Ministérios da Saúde e Previdência, recebiam recursos para implementada, o Sistema Unificado e Descentralizado de
executar o programa, sendo que as prefeituras participavam Saúde - SUDS. Idealizado enquanto estratégia de transição
através de adesão formal ao convênio. em direção ao Sistema Único de Saúde, propunha a
transferência dos serviços do INAMPS para estados e
Em todos estes planos, havia a ideia de integração municípios. O SUDS pode ser percebido como uma
da saúde pública com a assistência médica individual. Era estadualização de serviços. Seu principal ganho foi a
uma aspiração antiga que encontrava interesses contrários à incorporação dos governadores de estado no processo de
sua concretização nos grupos médicos privados e na própria disputa por recursos previdenciários. Contudo a
burocracia do INAMPS." (CEFOR, s.d.) estadualização, em alguns casos, levou à retração de
recursos estaduais para a saúde e à apropriação de recursos
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federais para outras ações, além de possibilitar a negociação - Deve ser racional. Ou seja, o SUS deve se
clientelista com os municípios. organizar de maneira que sejam oferecidos ações e serviços
de acordo com as necessidades da população, e não como é
Enquanto resultante dos embates e das diferentes
hoje, onde em muitos lugares há serviços hospitalares, mas
propostas em relação ao setor saúde presentes na
não há serviços básicos de saúde; ou há um aparelho
Assembléia Nacional Constituinte, a Constituição Federal de
altamente sofisticado, mas não há médico geral, só o
1988 aprovou a criação do Sistema Único de Saúde,
especialista. Para isso, o SUS deve se organizar a partir de
reconhecendo a saúde como um direito a ser assegurado
pequenas regiões e ser planejado para as suas populações,
pelo Estado e pautado pelos princípios de universalidade,
de acordo com o que elas precisam e não com o que alguém
eqüidade, integralidade e organizado de maneira
decide 'lá em cima'. Isso inclui a decisão sobre a necessidade
descentralizada, hierarquizada e com participação da
de se contratar ou não serviços privados; e quando se
população." (Cunha & Cunha, 1998).
decide pela contratação, que o contrato seja feito nesse
nível, para cumprir funções bem definidas e sob controle
direto da instituição pública contratante. É essencial,
O Sistema Único de Saúde: principais conforme o princípio da descentralização, que essas
características decisões sejam tomadas por uma autoridade de saúde no
nível local. É a isso que se chama Distrito Sanitário.
"Criado pela Constituição de 1988, e
regulamentado dois anos depois pelas Leis no. 8080/90 e - Deve ser eficaz e eficiente. Isto é, deve produzir
no. 8142/90, o Sistema Único de Saúde é constituído pelo resultados positivos quando as pessoas o procuram ou
conjunto de ações e serviços de saúde prestados por órgãos quando um problema se apresenta na comunidade; para
e instituições públicos federais, estaduais e municipais e, tanto precisa ter qualidade. Mas não basta: é necessário
complementarmente, por iniciativa privada que se vincule que utilize as técnicas mais adequadas, de acordo com a
ao Sistema." (Ministério da Saúde, 1998) realidade local e a disponibilidade de recursos, eliminando o
desperdício e fazendo com que os recursos públicos sejam
"Primeiramente, o SUS é um sistema, ou seja, é
aplicados da melhor maneira possível.
formado por várias instituições dos três níveis de governo
(União, Estados e Municípios), e pelo setor privado - Deve ser democrático, ou seja, deve assegurar o
contratado e conveniado, como se fosse um mesmo corpo. direito de participação de todos os seguimentos envolvidos
Assim, o serviço privado, quando é contratado pelo SUS, com o sistema - dirigentes institucionais, prestadores de
deve atuar como se fosse público, usando as mesmas serviços, trabalhadores de saúde e, principalmente, a
normas do serviço público. comunidade, a população, os usuários dos serviços de
saúde.
Depois, é único, isto é, tem a mesma doutrina, a
mesma filosofia de atuação em todo o território nacional, e _______________________________________________
é organizado de acordo com a mesma sistemática. _________________________________________________
_________________________________________________
Além disso, o SUS tem as seguintes características
_________________________________________________
principais:
_________________________________________________
- Deve atender a todos, de acordo com suas _________________________________________________
necessidades, independentemente de que a pessoa pague _________________________________________________
ou não Previdência Social e sem cobrar nada pelo _________________________________________________
atendimento. _________________________________________________
_________________________________________________
- Deve atuar de maneira integral, isto é, não deve
_________________________________________________
ver a pessoa como um amontoado de partes, mas como um
_________________________________________________
todo, que faz parte de uma sociedade, o que significa que as
_________________________________________________
ações de saúde devem estar voltadas, ao mesmo tempo,
_________________________________________________
para o indivíduo e para a comunidade, para a prevenção e
_________________________________________________
para o tratamento e respeitar a dignidade humana.
_________________________________________________
- Deve ser descentralizado, ou seja, o poder de _________________________________________________
decisão deve ser daqueles que são responsáveis pela _________________________________________________
execução das ações, pois, quanto mais perto do problema, _________________________________________________
mais chance se tem de acertar sobre a sua solução. Isso _________________________________________________
significa que as ações e serviços que atendem à população _________________________________________________
de um município devem ser municipais; as que servem e _________________________________________________
alcançam vários municípios devem ser estaduais; e aquelas _________________________________________________
que são dirigidas a todo o território nacional devem ser _________________________________________________
federais.(...) _________________________________________________
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01. Qual o movimento que modificou e estabeleceu novos paradigmas para o Sistema de Saúde do Brasil e que teve como
principal articulador Sérgio Arouca?
02. (CESPE- 2013) No que diz respeito à evolução das políticas de saúde no Brasil e à criação do SUS, julgue os itens que se
seguem.
Anteriormente à promulgação da Constituição Federal de 1988, o sistema nacional de saúde pautava-se por um
conceito de saúde amplo; além da ausência de doenças, a saúde era concebida como um estado influenciado por
determinantes sociais.
C. Certo E. Errado
03. (CESPE – 2013) Os sistemas de saúde adotados em diversos países baseiam-se em pelo menos um dos seguintes
princípios: da seguridade social, do seguro social e da assistência ou residual. Acerca desse assunto, assinale a opção
correta.
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04. O modelo médico assistencial-privatista teve início em 1950 no Brasil e foi hegemônico até meados da década de 1980,
tendo como principal financiador a Previdência Social. Acerca dessa fase histórico-política, marque a alternativa correta:
06. No ano de 1990, o SUS foi regulamentado, mediante a promulgação da Lei Orgânica da Saúde (LOS). Acerca do processo
de votação e promulgação da LOS é incorreto afirmar que:
a) Após amplo debate entre o Congresso Nacional e o Movimento Sanitário, alguns artigos importantes da LOS foram
vetados pelo então Presidente Fernando Collor de Mello, fato que impôs dificuldades para a descentralização e a
democratização do setor saúde.
b) A Lei nº 8.080/1990 estabeleceu as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e
o funcionamento dos serviços correspondentes.
c) A Lei nº 8.080/1990 ampliou o poder da atenção à saúde, as responsabilidades de gestão administrativo-financeira
e do trabalho, por meio da execução de ações de vigilância sanitária e epidemiológica, saúde do trabalhador e
assistência terapêutica integral, incluindo-se a farmacêutica, entre outros.
d) Os artigos da Lei Nº 8.080/1990 que se referiam à participação popular foram mantidos após amplas negociações
com os parlamentares.
07. (HU-UFTM/EBSERH/IADES/2013) A organização do sistema de saúde brasileiro apresenta diversos marcos ao longo de
sua história, até o estabelecimento do Sistema Único de Saúde (SUS) como é conhecido hoje. Acerca desse assunto,
assinale a alternativa correta.
a) O Programa de Interiorização das Ações de Saúde e Saneamento (PIASS) tinha como objetivo levar assistência à
saúde aos trabalhadores rurais, até então excluídos das ações previdenciárias.
b) As Ações Integradas de Saúde (AIS), estabelecidas ao final da década de 1960 do século passado, formaram um
movimento assistencial com base nas equipes multiprofissionais de saúde.
c) O Sistema Unificado e Descentralizado de Saúde (SUDS) surgiu como uma consolidação das AIS, mas não adotava
os princípios da universalidade e da participação popular como pilares importantes do sistema de saúde.
d) O SUS tem a equidade como um princípio importante para buscar o equilíbrio entre as disparidades regionais no
que diz respeito à saúde.
e) A regionalização e a hierarquização são princípios organizativos do SUS que dependem muito da União, e menos
dos estados e dos municípios, para a sua implementação.
08. (HU-UFBA/EBSERH/IADES/2014) Antes da criação do SUS, o Ministério da Saúde atuava na área de assistência à saúde
por meio de alguns poucos hospitais especializados, além da ação da Fundação de Serviços Especiais de Saúde Pública
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(FSESP), em regiões específicas do País. Nesse período, a assistência à saúde mantinha uma vinculação muito próxima
com determinadas atividades e o caráter contributivo do sistema existente gerava uma divisão da população brasileira
em dois grandes grupos (além da pequena parcela da população que podia pagar os serviços de saúde por sua própria
conta). Considerando as informações apresentadas, é correto afirmar que esses grupos são os (as)
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Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante
recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes
contribuições sociais:
I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre: (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 20, de 1998)
a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste
serviço, mesmo sem vínculo empregatício; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
b) a receita ou o faturamento; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
c) o lucro; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão
concedidas pelo regime geral de previdência social de que trata o art. 201; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20,
de 1998)
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§ 1º. O sistema único de saúde será financiado, nos termos do art. 195, com recursos do orçamento da seguridade social, da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, além de outras fontes. (Parágrafo único renumerado para § 1º pela
Emenda Constitucional nº 29, de 2000)
§ 2º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios aplicarão, anualmente, em ações e serviços públicos de saúde
recursos mínimos derivados da aplicação de percentuais calculados sobre: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de
2000)
I – no caso da União, na forma definida nos termos da lei complementar prevista no § 3º; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 29, de 2000)
II – no caso dos Estados e do Distrito Federal, o produto da arrecadação dos impostos a que se refere o art. 155 e dos
recursos de que tratam os arts. 157 e 159, inciso I, alínea a, e inciso II, deduzidas as parcelas que forem transferidas aos
respectivos Municípios; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000)
III – no caso dos Municípios e do Distrito Federal, o produto da arrecadação dos impostos a que se refere o art. 156 e dos
recursos de que tratam os arts. 158 e 159, inciso I, alínea b e § 3º. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000) § 3º
Lei complementar, que será reavaliada pelo menos a cada cinco anos, estabelecerá: (Incluído pela Emenda Constitucional nº
29, de 2000) I – os percentuais de que trata o § 2º; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000) II – os critérios de
rateio dos recursos da União vinculados à saúde destinados aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, e dos Estados
destinados a seus respectivos Municípios, objetivando a progressiva redução das disparidades regionais; (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 29, de 2000)
III – as normas de fiscalização, avaliação e controle das despesas com saúde nas esferas federal, estadual, distrital e
municipal; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000) IV – as normas de cálculo do montante a ser aplicado pela
União. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000)
VI - fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu teor nutricional, bem como bebidas e águas para
consumo humano;
§ 4º Os gestores locais do sistema único de saúde poderão admitir agentes comunitários de saúde e agentes de combate às
endemias por meio de processo seletivo público, de acordo com a natureza e complexidade de suas atribuições e requisitos
específicos para sua atuação. .(Incluído pela Emenda Constitucional nº 51, de 2006)
§ 5º Lei federal disporá sobre o regime jurídico, o piso salarial profissional nacional, as diretrizes para os Planos de Carreira e
a regulamentação das atividades de agente comunitário de saúde e agente de combate às endemias, competindo à União,
nos termos da lei, prestar assistência financeira complementar aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, para o
cumprimento do referido piso salarial. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 63, de 2010) Regulamento § 6º Além
das hipóteses previstas no § 1º do art. 41 e no
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CAPÍTULO III
Da Organização, da Direção e da Gestão
Art. 8º As ações e serviços de saúde, executados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), seja diretamente ou mediante
participação complementar da iniciativa privada, serão organizados de forma regionalizada e hierarquizada em níveis de
complexidade crescente.
Art. 9º A direção do Sistema Único de Saúde (SUS) é única, de acordo com o inciso I do art. 198 da Constituição
Federal, sendo exercida em cada esfera de governo pelos seguintes órgãos:
I - no âmbito da União, pelo Ministério da Saúde;
II - no âmbito dos Estados e do Distrito Federal, pela respectiva Secretaria de Saúde ou órgão equivalente; e
III - no âmbito dos Municípios, pela respectiva Secretaria de Saúde ou órgão equivalente.
Art. 10. Os municípios poderão constituir consórcios para desenvolver em conjunto as ações e os serviços de saúde
que lhes correspondam.
§ 1º Aplica-se aos consórcios administrativos intermunicipais o princípio da direção única, e os respectivos atos
constitutivos disporão sobre sua observância.
§ 2º No nível municipal, o Sistema Único de Saúde (SUS), poderá organizar-se em distritos de forma a integrar e
articular recursos, técnicas e práticas voltadas para a cobertura total das ações de saúde.
Art. 11. (Vetado).
Art. 12. Serão criadas comissões intersetoriais de âmbito nacional, subordinadas ao Conselho Nacional de Saúde,
integradas pelos Ministérios e órgãos competentes e por entidades representativas da sociedade civil.
Parágrafo único. As comissões intersetoriais terão a finalidade de articular políticas e programas de interesse para a
saúde, cuja execução envolva áreas não compreendidas no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).
Art. 13. A articulação das políticas e programas, a cargo das comissões intersetoriais, abrangerá, em especial, as
seguintes atividades:
Art. 14. Deverão ser criadas Comissões Permanentes de integração entre os serviços de saúde e as instituições de
ensino profissional e superior.
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Parágrafo único. Cada uma dessas comissões terá por finalidade propor prioridades, métodos e estratégias para a
formação e educação continuada dos recursos humanos do Sistema Único de Saúde (SUS), na esfera correspondente, assim
como em relação à pesquisa e à cooperação técnica entre essas instituições.
Art. 14-A. As Comissões Intergestores Bipartite e Tripartite são reconhecidas como foros de negociação e pactuação
entre gestores, quanto aos aspectos operacionais do Sistema Único de Saúde (SUS). (Incluído pela Lei nº 12.466, de
2011).
Parágrafo único. A atuação das Comissões Intergestores Bipartite e Tripartite terá por objetivo: (Incluído pela Lei
nº 12.466, de 2011).
I - decidir sobre os aspectos operacionais, financeiros e administrativos da gestão compartilhada do SUS, em
conformidade com a definição da política consubstanciada em planos de saúde, aprovados pelos conselhos de
saúde; (Incluído pela Lei nº 12.466, de 2011).
II - definir diretrizes, de âmbito nacional, regional e intermunicipal, a respeito da organização das redes de ações e
serviços de saúde, principalmente no tocante à sua governança institucional e à integração das ações e serviços dos entes
federados; (Incluído pela Lei nº 12.466, de 2011).
III - fixar diretrizes sobre as regiões de saúde, distrito sanitário, integração de territórios, referência e contrarreferência
e demais aspectos vinculados à integração das ações e serviços de saúde entre os entes federados. (Incluído pela Lei nº
12.466, de 2011).
Art. 14-B. O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de
Saúde (Conasems) são reconhecidos como entidades representativas dos entes estaduais e municipais para tratar de
matérias referentes à saúde e declarados de utilidade pública e de relevante função social, na forma do
regulamento. (Incluído pela Lei nº 12.466, de 2011).
§ 1o O Conass e o Conasems receberão recursos do orçamento geral da União por meio do Fundo Nacional de Saúde,
para auxiliar no custeio de suas despesas institucionais, podendo ainda celebrar convênios com a União. (Incluído pela
Lei nº 12.466, de 2011).
§ 2o Os Conselhos de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems) são reconhecidos como entidades que representam
os entes municipais, no âmbito estadual, para tratar de matérias referentes à saúde, desde que vinculados
institucionalmente ao Conasems, na forma que dispuserem seus estatutos. (Incluído pela Lei nº 12.466, de 2011).
CAPÍTULO IV
Da Competência e das Atribuições
Seção I
Das Atribuições Comuns
Art. 15. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios exercerão, em seu âmbito administrativo, as seguintes
atribuições:
I - definição das instâncias e mecanismos de controle, avaliação e de fiscalização das ações e serviços de saúde;
II - administração dos recursos orçamentários e financeiros destinados, em cada ano, à saúde;
III - acompanhamento, avaliação e divulgação do nível de saúde da população e das condições ambientais;
IV - organização e coordenação do sistema de informação de saúde;
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V - participar da definição de normas, critérios e padrões para o controle das condições e dos ambientes de trabalho e
coordenar a política de saúde do trabalhador;
VI - coordenar e participar na execução das ações de vigilância epidemiológica;
VII - estabelecer normas e executar a vigilância sanitária de portos, aeroportos e fronteiras, podendo a execução ser
complementada pelos Estados, Distrito Federal e Municípios;
VIII - estabelecer critérios, parâmetros e métodos para o controle da qualidade sanitária de produtos, substâncias e
serviços de consumo e uso humano;
IX - promover articulação com os órgãos educacionais e de fiscalização do exercício profissional, bem como com
entidades representativas de formação de recursos humanos na área de saúde;
X - formular, avaliar, elaborar normas e participar na execução da política nacional e produção de insumos e
equipamentos para a saúde, em articulação com os demais órgãos governamentais;
XI - identificar os serviços estaduais e municipais de referência nacional para o estabelecimento de padrões técnicos de
assistência à saúde;
XII - controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de interesse para a saúde;
XIII - prestar cooperação técnica e financeira aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios para o aperfeiçoamento
da sua atuação institucional;
XIV - elaborar normas para regular as relações entre o Sistema Único de Saúde (SUS) e os serviços privados
contratados de assistência à saúde;
XV - promover a descentralização para as Unidades Federadas e para os Municípios, dos serviços e ações de saúde,
respectivamente, de abrangência estadual e municipal;
XVI - normatizar e coordenar nacionalmente o Sistema Nacional de Sangue, Componentes e Derivados;
XVII - acompanhar, controlar e avaliar as ações e os serviços de saúde, respeitadas as competências estaduais e
municipais;
XVIII - elaborar o Planejamento Estratégico Nacional no âmbito do SUS, em cooperação técnica com os Estados,
Municípios e Distrito Federal;
XIX - estabelecer o Sistema Nacional de Auditoria e coordenar a avaliação técnica e financeira do SUS em todo o
Território Nacional em cooperação técnica com os Estados, Municípios e Distrito Federal. (Vide Decreto nº 1.651, de
1995)
Parágrafo único. A União poderá executar ações de vigilância epidemiológica e sanitária em circunstâncias especiais,
como na ocorrência de agravos inusitados à saúde, que possam escapar do controle da direção estadual do Sistema Único de
Saúde (SUS) ou que representem risco de disseminação nacional.
Art. 17. À direção estadual do Sistema Único de Saúde (SUS) compete:
I - promover a descentralização para os Municípios dos serviços e das ações de saúde;
II - acompanhar, controlar e avaliar as redes hierarquizadas do Sistema Único de Saúde (SUS);
III - prestar apoio técnico e financeiro aos Municípios e executar supletivamente ações e serviços de saúde;
IV - coordenar e, em caráter complementar, executar ações e serviços:
a) de vigilância epidemiológica;
b) de vigilância sanitária;
c) de alimentação e nutrição; e
d) de saúde do trabalhador;
V - participar, junto com os órgãos afins, do controle dos agravos do meio ambiente que tenham repercussão na saúde
humana;
VI - participar da formulação da política e da execução de ações de saneamento básico;
VII - participar das ações de controle e avaliação das condições e dos ambientes de trabalho;
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VIII - em caráter suplementar, formular, executar, acompanhar e avaliar a política de insumos e equipamentos para a
saúde;
IX - identificar estabelecimentos hospitalares de referência e gerir sistemas públicos de alta complexidade, de
referência estadual e regional;
X - coordenar a rede estadual de laboratórios de saúde pública e hemocentros, e gerir as unidades que permaneçam
em sua organização administrativa;
XI - estabelecer normas, em caráter suplementar, para o controle e avaliação das ações e serviços de saúde;
XII - formular normas e estabelecer padrões, em caráter suplementar, de procedimentos de controle de qualidade
para produtos e substâncias de consumo humano;
XIII - colaborar com a União na execução da vigilância sanitária de portos, aeroportos e fronteiras;
XIV - o acompanhamento, a avaliação e divulgação dos indicadores de morbidade e mortalidade no âmbito da unidade
federada.
Art. 18. À direção municipal do Sistema de Saúde (SUS) compete:
I - planejar, organizar, controlar e avaliar as ações e os serviços de saúde e gerir e executar os serviços públicos de
saúde;
II - participar do planejamento, programação e organização da rede regionalizada e hierarquizada do Sistema Único de
Saúde (SUS), em articulação com sua direção estadual;
III - participar da execução, controle e avaliação das ações referentes às condições e aos ambientes de trabalho;
IV - executar serviços:
a) de vigilância epidemiológica;
b) vigilância sanitária;
c) de alimentação e nutrição;
d) de saneamento básico; e
e) de saúde do trabalhador;
V - dar execução, no âmbito municipal, à política de insumos e equipamentos para a saúde;
VI - colaborar na fiscalização das agressões ao meio ambiente que tenham repercussão sobre a saúde humana e atuar,
junto aos órgãos municipais, estaduais e federais competentes, para controlá-las;
VII - formar consórcios administrativos intermunicipais;
VIII - gerir laboratórios públicos de saúde e hemocentros;
IX - colaborar com a União e os Estados na execução da vigilância sanitária de portos, aeroportos e fronteiras;
X - observado o disposto no art. 26 desta Lei, celebrar contratos e convênios com entidades prestadoras de serviços
privados de saúde, bem como controlar e avaliar sua execução;
XI - controlar e fiscalizar os procedimentos dos serviços privados de saúde;
XII - normatizar complementarmente as ações e serviços públicos de saúde no seu âmbito de atuação.
Art. 19. Ao Distrito Federal competem as atribuições reservadas aos Estados e aos Municípios.
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Único de Saúde (SUS) quanto às condições para seu Art. 25. Na hipótese do artigo anterior, as entidades
funcionamento. filantrópicas e as sem fins lucrativos terão preferência para
participar do Sistema Único de Saúde (SUS).
Art. 23. É vedada a participação direta ou indireta de
empresas ou de capitais estrangeiros na assistência à saúde, Art. 26. Os critérios e valores para a remuneração de
salvo através de doações de organismos internacionais serviços e os parâmetros de cobertura assistencial serão
vinculados à Organização das Nações Unidas, de entidades estabelecidos pela direção nacional do Sistema Único de
de cooperação técnica e de financiamento e empréstimos. Saúde (SUS), aprovados no Conselho Nacional de Saúde.
§ 1° Em qualquer caso é obrigatória a autorização do § 1° Na fixação dos critérios, valores, formas de
órgão de direção nacional do Sistema Único de Saúde (SUS), reajuste e de pagamento da remuneração aludida neste
submetendo-se a seu controle as atividades que forem artigo, a direção nacional do Sistema Único de Saúde (SUS)
desenvolvidas e os instrumentos que forem firmados. deverá fundamentar seu ato em demonstrativo econômico-
financeiro que garanta a efetiva qualidade de execução dos
§ 2° Excetuam-se do disposto neste artigo os serviços
serviços contratados.
de saúde mantidos, sem finalidade lucrativa, por empresas,
para atendimento de seus empregados e dependentes, sem § 2° Os serviços contratados submeter-se-ão às
qualquer ônus para a seguridade social. normas técnicas e administrativas e aos princípios e
diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS), mantido o
Art. 23. É permitida a participação direta ou indireta,
equilíbrio econômico e financeiro do contrato.
inclusive controle, de empresas ou de capital estrangeiro na
assistência à saúde nos seguintes casos: (Redação dada § 3° (Vetado).
pela Lei nº 13.097, de 2015)
§ 4° Aos proprietários, administradores e dirigentes
I - doações de organismos internacionais vinculados à de entidades ou serviços contratados é vedado exercer
Organização das Nações Unidas, de entidades de cargo de chefia ou função de confiança no Sistema Único de
cooperação técnica e de financiamento e Saúde (SUS).
empréstimos; (Incluído pela Lei nº 13.097, de 2015)
TÍTULO IV
II - pessoas jurídicas destinadas a instalar,
DOS RECURSOS HUMANOS
operacionalizar ou explorar: (Incluído pela Lei nº
13.097, de 2015) Art. 27. A política de recursos humanos na área da
saúde será formalizada e executada, articuladamente, pelas
a) hospital geral, inclusive filantrópico, hospital
diferentes esferas de governo, em cumprimento dos
especializado, policlínica, clínica geral e clínica especializada;
seguintes objetivos:
e (Incluído pela Lei nº 13.097, de 2015)
I - organização de um sistema de formação de
b) ações e pesquisas de planejamento
recursos humanos em todos os níveis de ensino, inclusive de
familiar; (Incluído pela Lei nº 13.097, de 2015)
pós-graduação, além da elaboração de programas de
III - serviços de saúde mantidos, sem finalidade permanente aperfeiçoamento de pessoal;
lucrativa, por empresas, para atendimento de seus
II - (Vetado)
empregados e dependentes, sem qualquer ônus para a
seguridade social; e (Incluído pela Lei nº 13.097, de III - (Vetado)
2015)
IV - valorização da dedicação exclusiva aos serviços do
IV - demais casos previstos em legislação Sistema Único de Saúde (SUS).
específica. (Incluído pela Lei nº 13.097, de 2015)
Parágrafo único. Os serviços públicos que integram o
CAPÍTULO II Sistema Único de Saúde (SUS) constituem campo de prática
para ensino e pesquisa, mediante normas específicas,
Da Participação Complementar
elaboradas conjuntamente com o sistema educacional.
Art. 24. Quando as suas disponibilidades forem
Art. 28. Os cargos e funções de chefia, direção e
insuficientes para garantir a cobertura assistencial à
assessoramento, no âmbito do Sistema Único de Saúde
população de uma determinada área, o Sistema Único de
(SUS), só poderão ser exercidas em regime de tempo
Saúde (SUS) poderá recorrer aos serviços ofertados pela
integral.
iniciativa privada.
§ 1° Os servidores que legalmente acumulam dois
Parágrafo único. A participação complementar dos
cargos ou empregos poderão exercer suas atividades em
serviços privados será formalizada mediante contrato ou
mais de um estabelecimento do Sistema Único de Saúde
convênio, observadas, a respeito, as normas de direito
(SUS).
público.
§ 2° O disposto no parágrafo anterior aplica-se
também aos servidores em regime de tempo integral, com
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exceção dos ocupantes de cargos ou função de chefia, orçamento fiscal, além de recursos de instituições de
direção ou assessoramento. fomento e financiamento ou de origem externa e receita
própria das instituições executoras.
Art. 29. (Vetado).
§ 6º (Vetado).
Art. 30. As especializações na forma de treinamento
em serviço sob supervisão serão regulamentadas por CAPÍTULO II
Comissão Nacional, instituída de acordo com o art. 12 desta
Da Gestão Financeira
Lei, garantida a participação das entidades profissionais
correspondentes. Art. 33. Os recursos financeiros do Sistema Único de
Saúde (SUS) serão depositados em conta especial, em cada
TÍTULO V
esfera de sua atuação, e movimentados sob fiscalização dos
DO FINANCIAMENTO respectivos Conselhos de Saúde.
CAPÍTULO I § 1º Na esfera federal, os recursos financeiros,
originários do Orçamento da Seguridade Social, de outros
Dos Recursos
Orçamentos da União, além de outras fontes, serão
Art. 31. O orçamento da seguridade social destinará administrados pelo Ministério da Saúde, através do Fundo
ao Sistema Único de Saúde (SUS) de acordo com a receita Nacional de Saúde.
estimada, os recursos necessários à realização de suas
§ 2º (Vetado).
finalidades, previstos em proposta elaborada pela sua
direção nacional, com a participação dos órgãos da § 3º (Vetado).
Previdência Social e da Assistência Social, tendo em vista as
§ 4º O Ministério da Saúde acompanhará, através de
metas e prioridades estabelecidas na Lei de Diretrizes
seu sistema de auditoria, a conformidade à programação
Orçamentárias.
aprovada da aplicação dos recursos repassados a Estados e
Art. 32. São considerados de outras fontes os recursos Municípios. Constatada a malversação, desvio ou não
provenientes de: aplicação dos recursos, caberá ao Ministério da Saúde
aplicar as medidas previstas em lei.
I - (Vetado)
Art. 34. As autoridades responsáveis pela distribuição
II - Serviços que possam ser prestados sem prejuízo
da receita efetivamente arrecadada transferirão
da assistência à saúde;
automaticamente ao Fundo Nacional de Saúde (FNS),
III - ajuda, contribuições, doações e donativos; observado o critério do parágrafo único deste artigo, os
recursos financeiros correspondentes às dotações
IV - alienações patrimoniais e rendimentos de capital;
consignadas no Orçamento da Seguridade Social, a projetos
V - taxas, multas, emolumentos e preços públicos e atividades a serem executados no âmbito do Sistema
arrecadados no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS); e Único de Saúde (SUS).
VI - rendas eventuais, inclusive comerciais e Parágrafo único. Na distribuição dos recursos
industriais. financeiros da Seguridade Social será observada a mesma
proporção da despesa prevista de cada área, no Orçamento
§ 1° Ao Sistema Único de Saúde (SUS) caberá metade
da Seguridade Social.
da receita de que trata o inciso I deste artigo, apurada
mensalmente, a qual será destinada à recuperação de Art. 35. Para o estabelecimento de valores a serem
viciados. transferidos a Estados, Distrito Federal e Municípios, será
utilizada a combinação dos seguintes critérios, segundo
§ 2° As receitas geradas no âmbito do Sistema Único
análise técnica de programas e projetos:
de Saúde (SUS) serão creditadas diretamente em contas
especiais, movimentadas pela sua direção, na esfera de I - perfil demográfico da região;
poder onde forem arrecadadas.
II - perfil epidemiológico da população a ser coberta;
§ 3º As ações de saneamento que venham a ser
III - características quantitativas e qualitativas da rede
executadas supletivamente pelo Sistema Único de Saúde
de saúde na área;
(SUS), serão financiadas por recursos tarifários específicos e
outros da União, Estados, Distrito Federal, Municípios e, em IV - desempenho técnico, econômico e financeiro no
particular, do Sistema Financeiro da Habitação (SFH). período anterior;
§ 4º (Vetado). V - níveis de participação do setor saúde nos
orçamentos estaduais e municipais;
§ 5º As atividades de pesquisa e desenvolvimento
científico e tecnológico em saúde serão co-financiadas pelo VI - previsão do plano qüinqüenal de investimentos
Sistema Único de Saúde (SUS), pelas universidades e pelo da rede;
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03. IBFC – EBSERH – 2013 A lei 8080/1990 NÃO incluiu no D) A igualdade da assistência à saúde, sem preconceitos
campo de atuação do Sistema Único de Saúde-SUS: ou privilégios de qualquer espécie.
E) A identificação e divulgação dos fatores condicionantes
A) A participação na formulação da política e na execução e determinantes da saúde.
de ações de combate à fome e distribuição de renda.
B) A ordenação da formação de recursos humanos na QUESTÕES CESPE
área de saúde.
C) A vigilância nutricional e orientação alimentar. 08. CESPE 2018. Tendo como referência a legislação
D) A colaboração na proteção do meio ambiente. federal em saúde, julgue os itens a seguir. Em casos
excepcionais, como em estado de calamidade pública,
04. SESAP/RN – CONSULPLAN – 2008 - A Lei Federal nº permite-se destinar recursos da saúde pública para
8080/1990 em seu artigo 6º determina a inclusão no auxiliar instituições prestadoras de serviços de saúde
campo de atuação do Sistema Único de Saúde (SUS) a com fins lucrativos.
execução das ações de vigilância, EXCETO: ( ) Certo ( ) Errado
A) Vigilância Sanitária das cozinhas industriais de 09. CESPE 2018. Tendo como referência a legislação
restautantes. federal em saúde, julgue os itens a seguir. Os objetivos
B) Vigilância à Saúde do Trabalho da política de recursos humanos na saúde pública
C) Vigilância ao trabalho escravo em fazendas. incluem valorizar a dedicação exclusiva aos serviços do
D) Vigilância Epidemiológica. Sistema Único de Saúde.
E) Vigilância à assistência terapêutica integral, inclusive ( ) Certo ( ) Errado
farmacêutica.
10. Com base na Lei n.º 8.080/1990, que dispõe sobre as
05. EBSERH AOCP – 2016. Conforme estabelece a Lei condiçõespara a promoção, proteção e recuperação da
Orgânica daSaúde - Lei nº 8.080/1990, a participação saúde, a organização e o funcionamento dos serviços
na formulação da política e na execução de ações de correspondentes e dá outras providências, julgue os
saneamento básico itens que se subseguem. Nesse sentido, considere que
a sigla SUS, sempre que empregada, refere-se ao
A) é atribuição dos Comitês Intergestores da Assistência Sistema Único de Saúde.
Social e não está incluída no campo de atuação do
Sistema Único de Saúde (SUS). 10. 1. De acordo com a lei em questão, a saúde é um direito
B) é atribuição da Vigilância Sanitária relacionada à fundamental do ser humano, devendo o Estado prover
Saúde, mas não se inclui no campo de atuação do as condições indispensáveis ao seu pleno exercício,
Sistema Único de Saúde (SUS). mas esse dever do Estado não exclui o dever das
C) é atribuição exclusiva do Município, relacionada à pessoas, da família, das empresas e da sociedade
vigilância epidemiológica, e está excluída do campo de quanto à saúde coletiva.
atuação do Sistema Único de Saúde (SUS). ( ) Certo ( ) Errado
D) está incluída no campo de atuação do Sistema Único
de Saúde (SUS) de forma subsidiária, quando não 10.2 A aplicação da referida lei obriga o Estado brasileiro a
houver Comitê Intergestores da Assistência Social no garantir atenção integral à saúde de todo cidadão, a
Município. assisti-lo, portanto, no conjunto de suas necessidades
E) está incluída no campo de atuação do Sistema Único de saúde, independentemente da disponibilidade de
de Saúde (SUS). recursos dos entes federados.
( ) Certo ( ) Errado
07. Prefeitura de Marilena/PR AOCP 2017. A lei Nº
8.080/1990 dispõe sobre as condições para a 10.3 Estão incluídas no campo de atuação do SUS as ações
promoção, proteção e recuperação da saúde, a de vigilância sanitária, de vigilância epidemiológica e
organização e o funcionamento dos serviços de saúde do trabalhador, mas não as de controle de
correspondentes e dá outras providências. Referente qualidade, pesquisa e produção de insumos e
ao assunto, assinale a alternativa que apresenta um equipamentos para a saúde.
dos objetivos do SUS. ( ) Certo ( ) Errado
A) A universalidade de acesso aos serviços de saúde em 10.4 A lei em apreço regula, em todo o território nacional,
todos os níveis de assistência. as ações e os serviços de saúde, públicos e privados,
B) A integralidade de assistência. contratados ou conveniados ao SUS, em caráter
C) A preservação da autonomia das pessoas na defesa de permanente ou eventual, executados por pessoas
sua integridade física e moral. naturais ou jurídicas de direito público ou privado.
( ) Certo ( ) Errado
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10.5 No âmbito dos estados, as secretarias estaduais de II - investimentos previstos em lei orçamentária, de iniciativa
saúde ou órgão equivalente, os conselhos estaduais de do Poder Legislativo e aprovados pelo Congresso Nacional;
saúde e as comissões intergestores bipartite
III - investimentos previstos no Plano Qüinqüenal do
correspondem às instâncias gestoras do SUS.
Ministério da Saúde;
( ) Certo ( ) Errado
IV - cobertura das ações e serviços de saúde a serem
implementados pelos Municípios, Estados e Distrito Federal.
Parágrafo único. Os recursos referidos no inciso IV deste
artigo destinar-se-ão a investimentos na rede de serviços, à
LEI Nº 8.142, DE 28 DE DEZEMBRO DE 1990 cobertura assistencial ambulatorial e hospitalar e às demais
ações de saúde.
Dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do
Sistema Único de Saúde (SUS) e sobre as transferências Art. 3° Os recursos referidos no inciso IV do art. 2° desta lei
intergovernamentais de recursos financeiros na área da serão repassados de forma regular e automática para os
saúde e dá outras providências. Municípios, Estados e Distrito Federal, de acordo com os
critérios previstos no art. 35 da Lei n° 8.080, de 19 de
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso setembro de 1990.
Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:
§ 1° Enquanto não for regulamentada a aplicação dos
Art. 1° O Sistema Único de Saúde (SUS), de que trata a Lei n° critérios previstos no art. 35 da Lei n° 8.080, de 19 de
8.080, de 19 de setembro de 1990, contará, em cada esfera setembro de 1990, será utilizado, para o repasse de
de governo, sem prejuízo das funções do Poder Legislativo, recursos, exclusivamente o critério estabelecido no § 1° do
com as seguintes instâncias colegiadas: mesmo artigo.
I - a Conferência de Saúde; e § 2° Os recursos referidos neste artigo serão destinados,
II - o Conselho de Saúde. pelo menos setenta por cento, aos Municípios, afetando-se
o restante aos Estados.
§ 1° A Conferência de Saúde reunir-se-á a cada quatro anos
com a representação dos vários segmentos sociais, para § 3° Os Municípios poderão estabelecer consórcio para
avaliar a situação de saúde e propor as diretrizes para a execução de ações e serviços de saúde, remanejando, entre
formulação da política de saúde nos níveis correspondentes, si, parcelas de recursos previstos no inciso IV do art. 2° desta
convocada pelo Poder Executivo ou, extraordinariamente, lei.
por esta ou pelo Conselho de Saúde. Art. 4° Para receberem os recursos, de que trata o art. 3°
§ 2° O Conselho de Saúde, em caráter permanente e desta lei, os Municípios, os Estados e o Distrito Federal
deliberativo, órgão colegiado composto por representantes deverão contar com:
do governo, prestadores de serviço, profissionais de saúde e I - Fundo de Saúde;
usuários, atua na formulação de estratégias e no controle da
execução da política de saúde na instância correspondente, II - Conselho de Saúde, com composição paritária de acordo
inclusive nos aspectos econômicos e financeiros, cujas com o Decreto n° 99.438, de 7 de agosto de 1990;
decisões serão homologadas pelo chefe do poder III - plano de saúde;
legalmente constituído em cada esfera do governo.
IV - relatórios de gestão que permitam o controle de que
§ 3° O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e trata o § 4° do art. 33 da Lei n° 8.080, de 19 de setembro de
o Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde 1990;
(Conasems) terão representação no Conselho Nacional de
Saúde. V - contrapartida de recursos para a saúde no respectivo
orçamento;
§ 4° A representação dos usuários nos Conselhos de Saúde e
Conferências será paritária em relação ao conjunto dos VI - Comissão de elaboração do Plano de Carreira, Cargos e
demais segmentos. Salários (PCCS), previsto o prazo de dois anos para sua
implantação.
§ 5° As Conferências de Saúde e os Conselhos de Saúde
terão sua organização e normas de funcionamento definidas Parágrafo único. O não atendimento pelos Municípios, ou
em regimento próprio, aprovadas pelo respectivo conselho. pelos Estados, ou pelo Distrito Federal, dos requisitos
estabelecidos neste artigo, implicará em que os recursos
Art. 2° Os recursos do Fundo Nacional de Saúde (FNS) serão concernentes sejam administrados, respectivamente, pelos
alocados como: Estados ou pela União.
I - despesas de custeio e de capital do Ministério da Saúde, Art. 5° É o Ministério da Saúde, mediante portaria do
seus órgãos e entidades, da administração direta e indireta; Ministro de Estado, autorizado a estabelecer condições para
aplicação desta lei.
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Art. 6° Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. Legislativo, com as instâncias colegiadas consistentes
na Conferência de Saúde e no Conselho de Saúde.
Art. 7° Revogam-se as disposições em contrário.
D) As Conferências de Saúde e os Conselhos de Saúde
Brasília, 28 de dezembro de 1990; 169° da Independência e terão sua organização e normas de funcionamento
102° da República. definidas em regimento próprio, aprovadas pelo chefe
do poder legalmente constituído em cada esfera do
FERNANDO COLLOR
governo.
Vamos Treinar!!!! E) A Conferência de Saúde reunir-se-á a cada dois anos
com a representação dos vários segmentos sociais,
01. (AOCP 2017) A partir da Lei nº 8.142/1990 ficou para avaliar a situação de saúde e propor as diretrizes
estabelecida a periodicidade para realização das para a formulação da política de saúde nos níveis
Conferências de Saúde. Assinale a alternativa que correspondentes, convocada pelo Poder Legislativo ou,
apresenta o período que ficou determinado para esse extraordinariamente, por esta ou pelo Conselho de
evento acontecer. Saúde.
A) A Conferência de Saúde tem o objetivo de formular Está(ão) INCORRETA(S) apenas a(s) alternativa(s)
estratégias e controlar a execução da política de saúde
na instância correspondente. A) I.
B) O Sistema Único de Saúde contará, em cada esfera de B) II.
governo, com o Conselho de Saúde, sendo a C) IV.
Conferência de Saúde uma instância optativa pelo D) I e IV.
gestor correspondente. E) III e IV.
C) Diferentemente das Conferências de Saúde que se
reúnem há cada 4 anos ou extraordinariamente, os 05. (CONSULPLAN 2014) De acordo com a Lei nº 8.142/90,
Conselhos de Saúde são órgãos de caráter permanente assinale a alternativa CORRETA.
e deliberativo.
D) O Conselho Nacional de Secretários de Saúde e o A) O Conselho de Saúde, em caráter permanente e
Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde deliberativo, órgão colegiado composto por
não têm representação no Conselho Nacional de representantes do governo, prestadores de serviço,
Saúde. profissionais de saúde e usuários, atua na formulação
E) A representação dos usuários nos Conselhos de Saúde de estratégias e no controle da execução da política de
e Conferências de Saúde é superior em relação ao saúde na instância correspondente, inclusive nos
conjunto dos demais segmentos. aspectos econômicos e financeiros, cujas decisões
serão homologadas pelo chefe do poder legalmente
03. (AOCP 2017) Acerca do controle social no SUS, de constituído em cada esfera do governo.
acordo com a Lei nº 8.142/1990, assinale a alternativa B) O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass)
correta. e o Conselho Nacional de Secretários Municipais de
Saúde (Conasems) terão representação no Conselho
A) O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) Nacional de Saúde.
e o Conselho Nacional de Secretários Municipais de C) A representação dos usuários nos Conselhos de Saúde
Saúde (Conasems) não terão representação no e Conferências será paritária em relação ao conjunto
Conselho Nacional de Saúde. dos demais segmentos.
B) A representação dos usuários nos Conselhos de Saúde D) Todas as alternativas estão corretas.
e Conferências será majoritária em relação ao conjunto
dos demais segmentos.
C) O Sistema Único de Saúde (SUS) contará, em cada
esfera de governo, sem prejuízo das funções do Poder
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VI - Rede de Atenção à Saúde - conjunto de ações e Art. 6o As Regiões de Saúde serão referência para as
serviços de saúde articulados em níveis de complexidade transferências de recursos entre os entes federativos.
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Art. 19. Compete à Comissão Intergestores do respectivo FTN e dos Protocolos Clínicos e Diretrizes
Bipartite - CIB de que trata o inciso II do art. 30 pactuar as Terapêuticas.
etapas do processo e os prazos do planejamento municipal
Art. 27. O Estado, o Distrito Federal e o Município
em consonância com os planejamentos estadual e nacional.
poderão adotar relações específicas e complementares de
CAPÍTULO IV medicamentos, em consonância com a RENAME,
respeitadas as responsabilidades dos entes pelo
DA ASSISTÊNCIA À SAÚDE
financiamento de medicamentos, de acordo com o
Art. 20. A integralidade da assistência à saúde se pactuado nas Comissões Intergestores.
inicia e se completa na Rede de Atenção à Saúde, mediante
Art. 28. O acesso universal e igualitário à assistência
referenciamento do usuário na rede regional e
farmacêutica pressupõe, cumulativamente:
interestadual, conforme pactuado nas Comissões
Intergestores. I - estar o usuário assistido por ações e serviços de
saúde do SUS;
Seção I
II - ter o medicamento sido prescrito por profissional
Da Relação Nacional de Ações e Serviços de Saúde -
de saúde, no exercício regular de suas funções no SUS;
RENASES
III - estar a prescrição em conformidade com a
Art. 21. A Relação Nacional de Ações e Serviços de
RENAME e os Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas
Saúde - RENASES compreende todas as ações e serviços que o
ou com a relação específica complementar estadual, distrital
SUS oferece ao usuário para atendimento da integralidade da
ou municipal de medicamentos; e
assistência à saúde.
IV - ter a dispensação ocorrido em unidades
Art. 22. O Ministério da Saúde disporá sobre a
indicadas pela direção do SUS.
RENASES em âmbito nacional, observadas as diretrizes
pactuadas pela CIT. § 1o Os entes federativos poderão ampliar o acesso
do usuário à assistência farmacêutica, desde que questões
Parágrafo único. A cada dois anos, o Ministério da
de saúde pública o justifiquem.
Saúde consolidará e publicará as atualizações da RENASES.
§ 2o O Ministério da Saúde poderá estabelecer
Art. 23. A União, os Estados, o Distrito Federal e os
regras diferenciadas de acesso a medicamentos de caráter
Municípios pactuarão nas respectivas Comissões
especializado.
Intergestores as suas responsabilidades em relação ao rol de
ações e serviços constantes da RENASES. Art. 29. A RENAME e a relação específica
complementar estadual, distrital ou municipal de
Art. 24. Os Estados, o Distrito Federal e os
medicamentos somente poderão conter produtos com
Municípios poderão adotar relações específicas e
registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária -
complementares de ações e serviços de saúde, em
ANVISA.
consonância com a RENASES, respeitadas as
responsabilidades dos entes pelo seu financiamento, de CAPÍTULO V
acordo com o pactuado nas Comissões Intergestores.
DA ARTICULAÇÃO INTERFEDERATIVA
Seção II
Seção I
Da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais -
Das Comissões Intergestores
RENAME
Art. 30. As Comissões Intergestores pactuarão a
Art. 25. A Relação Nacional de Medicamentos
organização e o funcionamento das ações e serviços de
Essenciais - RENAME compreende a seleção e a
saúde integrados em redes de atenção à saúde, sendo:
padronização de medicamentos indicados para atendimento
de doenças ou de agravos no âmbito do SUS. I - a CIT, no âmbito da União, vinculada ao Ministério
da Saúde para efeitos administrativos e operacionais;
Parágrafo único. A RENAME será acompanhada do
Formulário Terapêutico Nacional - FTN que subsidiará a II - a CIB, no âmbito do Estado, vinculada à Secretaria
prescrição, a dispensação e o uso dos seus medicamentos. Estadual de Saúde para efeitos administrativos e
operacionais; e
Art. 26. O Ministério da Saúde é o órgão competente
para dispor sobre a RENAME e os Protocolos Clínicos e III - a Comissão Intergestores Regional - CIR, no
Diretrizes Terapêuticas em âmbito nacional, observadas as âmbito regional, vinculada à Secretaria Estadual de Saúde
diretrizes pactuadas pela CIT. para efeitos administrativos e operacionais, devendo
observar as diretrizes da CIB.
Parágrafo único. A cada dois anos, o Ministério da
Saúde consolidará e publicará as atualizações da RENAME, Art. 31. Nas Comissões Intergestores, os gestores
públicos de saúde poderão ser representados pelo Conselho
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Nacional de Secretários de Saúde - CONASS, pelo Conselho saúde dos entes federativos na Rede de Atenção à Saúde,
Nacional de Secretarias Municipais de Saúde - CONASEMS e tendo como fundamento as pactuações estabelecidas pela
pelo Conselho Estadual de Secretarias Municipais de Saúde - CIT.
COSEMS.
Art. 35. O Contrato Organizativo de Ação Pública da
Art. 32. As Comissões Intergestores pactuarão: Saúde definirá as responsabilidades individuais e solidárias
dos entes federativos com relação às ações e serviços de
I - aspectos operacionais, financeiros e
saúde, os indicadores e as metas de saúde, os critérios de
administrativos da gestão compartilhada do SUS, de acordo
avaliação de desempenho, os recursos financeiros que serão
com a definição da política de saúde dos entes federativos,
disponibilizados, a forma de controle e fiscalização da sua
consubstanciada nos seus planos de saúde, aprovados pelos
execução e demais elementos necessários à implementação
respectivos conselhos de saúde;
integrada das ações e serviços de saúde.
II - diretrizes gerais sobre Regiões de Saúde,
§ 1o O Ministério da Saúde definirá indicadores
integração de limites geográficos, referência e
nacionais de garantia de acesso às ações e aos serviços de
contrarreferência e demais aspectos vinculados à integração
saúde no âmbito do SUS, a partir de diretrizes estabelecidas
das ações e serviços de saúde entre os entes federativos;
pelo Plano Nacional de Saúde.
III - diretrizes de âmbito nacional, estadual, regional e
§ 2o O desempenho aferido a partir dos indicadores
interestadual, a respeito da organização das redes de
nacionais de garantia de acesso servirá como parâmetro
atenção à saúde, principalmente no tocante à gestão
para avaliação do desempenho da prestação das ações e
institucional e à integração das ações e serviços dos entes
dos serviços definidos no Contrato Organizativo de Ação
federativos;
Pública de Saúde em todas as Regiões de Saúde,
IV - responsabilidades dos entes federativos na Rede de considerando-se as especificidades municipais, regionais e
Atenção à Saúde, de acordo com o seu porte demográfico e estaduais.
seu desenvolvimento econômico-financeiro, estabelecendo as
Art. 36. O Contrato Organizativo da Ação Pública de
responsabilidades individuais e as solidárias; e
Saúde conterá as seguintes disposições essenciais:
V - referências das regiões intraestaduais e
I - identificação das necessidades de saúde locais e
interestaduais de atenção à saúde para o atendimento da
regionais;
integralidade da assistência.
II - oferta de ações e serviços de vigilância em saúde,
Parágrafo único. Serão de competência exclusiva da
promoção, proteção e recuperação da saúde em âmbito
CIT a pactuação:
regional e inter-regional;
I - das diretrizes gerais para a composição da
III - responsabilidades assumidas pelos entes
RENASES;
federativos perante a população no processo de regionalização,
II - dos critérios para o planejamento integrado das as quais serão estabelecidas de forma individualizada, de
ações e serviços de saúde da Região de Saúde, em razão do acordo com o perfil, a organização e a capacidade de prestação
compartilhamento da gestão; e das ações e dos serviços de cada ente federativo da Região de
Saúde;
III - das diretrizes nacionais, do financiamento e das
questões operacionais das Regiões de Saúde situadas em IV - indicadores e metas de saúde;
fronteiras com outros países, respeitadas, em todos os
V - estratégias para a melhoria das ações e serviços
casos, as normas que regem as relações internacionais.
de saúde;
Seção II
VI - critérios de avaliação dos resultados e forma de
Do Contrato Organizativo da Ação Pública da Saúde monitoramento permanente;
Art. 33. O acordo de colaboração entre os entes VII - adequação das ações e dos serviços dos entes
federativos para a organização da rede interfederativa de federativos em relação às atualizações realizadas na
atenção à saúde será firmado por meio de Contrato RENASES;
Organizativo da Ação Pública da Saúde.
VIII - investimentos na rede de serviços e as
Art. 34. O objeto do Contrato Organizativo de Ação respectivas responsabilidades; e
Pública da Saúde é a organização e a integração das ações e
IX - recursos financeiros que serão disponibilizados
dos serviços de saúde, sob a responsabilidade dos entes
por cada um dos partícipes para sua execução.
federativos em uma Região de Saúde, com a finalidade de
garantir a integralidade da assistência aos usuários. Parágrafo único. O Ministério da Saúde poderá
instituir formas de incentivo ao cumprimento das metas de
Parágrafo único. O Contrato Organizativo de Ação
saúde e à melhoria das ações e serviços de saúde.
Pública da Saúde resultará da integração dos planos de
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Art. 37. O Contrato Organizativo de Ação Pública de II - a não apresentação do Relatório de Gestão a que
Saúde observará as seguintes diretrizes básicas para fins de se refere o inciso IV do art. 4º da Lei no 8.142, de 1990;
garantia da gestão participativa:
III - a não aplicação, malversação ou desvio de
I - estabelecimento de estratégias que incorporem a recursos financeiros; e
avaliação do usuário das ações e dos serviços, como
IV - outros atos de natureza ilícita de que tiver
ferramenta de sua melhoria;
conhecimento.
II - apuração permanente das necessidades e
Art. 43. A primeira RENASES é a somatória de todas
interesses do usuário; e
as ações e serviços de saúde que na data da publicação
III - publicidade dos direitos e deveres do usuário na deste Decreto são ofertados pelo SUS à população, por meio
saúde em todas as unidades de saúde do SUS, inclusive nas dos entes federados, de forma direta ou indireta.
unidades privadas que dele participem de forma
Art. 44. O Conselho Nacional de Saúde estabelecerá
complementar.
as diretrizes de que trata o § 3o do art. 15 no prazo de cento
Art. 38. A humanização do atendimento do usuário e oitenta dias a partir da publicação deste Decreto.
será fator determinante para o estabelecimento das metas
Art. 45. Este Decreto entra em vigor na data de sua
de saúde previstas no Contrato Organizativo de Ação Pública
publicação.
de Saúde.
Brasília, 28 de junho de 2011; 190o da Independência
Art. 39. As normas de elaboração e fluxos do o
e 123 da República.
Contrato Organizativo de Ação Pública de Saúde serão
pactuados pelo CIT, cabendo à Secretaria de Saúde Estadual DILMA ROUSSEFF
coordenar a sua implementação. Alexandre Rocha Santos Padilha
Art. 40. O Sistema Nacional de Auditoria e Avaliação
do SUS, por meio de serviço especializado, fará o controle e
a fiscalização do Contrato Organizativo de Ação Pública da Vamos Treinar!!
Saúde. 01. AOCP (2017) De acordo com o que dispõe o Decreto
o
§ 1 O Relatório de Gestão a que se refere o inciso IV Presidencial nº 7.508, de 28 de junho de 2011, acerca
do art. 4o da Lei no 8.142, de 28 de dezembro de 1990, das “Regiões de Saúde”, assinale a alternativa correta.
conterá seção específica relativa aos compromissos
assumidos no âmbito do Contrato Organizativo de Ação A) As Regiões de Saúde serão instituídas pela iniciativa
Pública de Saúde. privada, em articulação com a população dos
Municípios, respeitadas as diretrizes gerais pactuadas
§ 2o O disposto neste artigo será implementado em na Comissão Intergestores Tripartite – CIT.
conformidade com as demais formas de controle e B) É vedada a instituição de Regiões de Saúde
fiscalização previstas em Lei. interestaduais.
Art. 41. Aos partícipes caberá monitorar e avaliar a C) Para ser instituída, a Região de Saúde deve conter
execução do Contrato Organizativo de Ação Pública de apenas ações e serviços de atenção primária, urgência
Saúde, em relação ao cumprimento das metas e emergência.
estabelecidas, ao seu desempenho e à aplicação dos D) As Regiões de Saúde serão referência para as
recursos disponibilizados. transferências de recursos entre os entes federativos.
E) Para ser instituída, a Região de Saúde não pode conter
Parágrafo único. Os partícipes incluirão dados sobre ações e serviços de atenção psicossocial.
o Contrato Organizativo de Ação Pública de Saúde no
sistema de informações em saúde organizado pelo 02. AOCP (2016) A Relação Nacional de Ações e Serviços
Ministério da Saúde e os encaminhará ao respectivo de Saúde – RENASES compreende todas as ações e
Conselho de Saúde para monitoramento. serviços que o SUS oferece ao usuário para
CAPÍTULO VI atendimento da integralidade da assistência à saúde.
De acordo com o que estabelece o Decreto
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS Presidencial nº 7.508, de 28 de junho de 2011,
Art. 42. Sem prejuízo das outras providências legais,
o Ministério da Saúde informará aos órgãos de controle A) a cada quatro anos, o Ministério da Saúde consolidará
interno e externo: e publicará as atualizações da RENASES.
B) a cada dois anos, o Ministério da Saúde consolidará e
I-o descumprimento injustificado de publicará as atualizações da RENASES.
responsabilidades na prestação de ações e serviços de C) a cada dois anos, o Poder Legislativo consolidará e
saúde e de outras obrigações previstas neste Decreto; publicará as atualizações da RENASES, após realizar a
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integração e unificação das leis e decretos formulados Nacionais de Saúde, e nas Conferências Estaduais, do
no âmbito municipal. Distrito Federal e Municipais de Saúde;
D) a cada quatro anos, o Poder Legislativo consolidará e
Considerando a experiência acumulada do Controle
publicará as atualizações da RENASES, após realizar a
Social da Saúde à necessidade de aprimoramento do
integração e unificação das leis e decretos formulados
Controle Social da Saúde no âmbito nacional e as reiteradas
no âmbito municipal.
demandas dos Conselhos Estaduais e Municipais referentes
E) a Relação Nacional de Ações e Serviços de Saúde –
às propostas de composição, organização e funcionamento,
RENASES, é fixada pela Constituição Federal, de modo
que as atualizações devem ser formuladas pelo Poder conforme o § 5o inciso II art. 1o da Lei no 8.142, de 28 de
Legislativo, por meio de Emenda Constitucional. dezembro de 1990;
Considerando a ampla discussão da Resolução do
03. Conforme o decreto nº 7.508 de 2011, com relação ao o
acesso universal, igualitário e ordenado às ações e CNS n 333/03 realizada nos espaços de Controle Social,
serviços de saúde do SUS, caberá aos entes entre os quais se destacam as Plenárias de Conselhos de
federativos, EXCETO Saúde;
Considerando os objetivos de consolidar, fortalecer,
A) a coordenação dos fluxos das ações e dos serviços de ampliar e acelerar o processo de Controle Social do SUS, por
saúde. intermédio dos Conselhos Nacional, Estaduais, Municipais,
B) o monitoramento do acesso às ações e aos serviços de das Conferências de Saúde e Plenárias de Conselhos de
saúde. Saúde;
C) o acesso integral às ações e aos serviços de saúde.
D) a transparência e a equidade no acesso às ações e aos Considerando que os Conselhos de Saúde,
serviços de saúde. consagrados pela efetiva participação da sociedade civil
E) a oferta centralizada de ações e serviços de saúde. organizada, representam polos de qualificação de cidadãos
para o Controle Social nas esferas da ação do Estado; e
04. AOCP (2017) De acordo com o que dispõe o Decreto Considerando o que disciplina a Lei Complementar
Presidencial nº 7.508/2011, assinale a alternativa que o
n 141, de 13 de janeiro de 2012, e o Decreto nº 7.508, de
NÃO apresenta um dos requisitos para o acesso
28 de junho de 2011, que regulamentam a Lei Orgânica da
universal e igualitário à assistência farmacêutica.
Saúde.
A) Estar o usuário assistido por ações e serviços de saúde Resolve:
do SUS.
Aprovar as seguintes diretrizes para instituição,
B) Ter o medicamento sido fabricado em território
reformulação, reestruturação e funcionamento dos
nacional.
Conselhos de Saúde:
C) Estar a prescrição em conformidade com a RENAME e
os Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas ou com DA DEFINIÇÃO DE CONSELHO DE SAÚDE
a relação específica complementar estadual, distrital Primeira Diretriz: o Conselho de Saúde é uma
ou municipal de medicamentos. instância colegiada, deliberativa e permanente do Sistema
D) Ter a dispensação ocorrido em unidades indicadas pela
Único de Saúde (SUS) em cada esfera de Governo,
direção do SUS.
integrante da estrutura organizacional do Ministério da
E) Ter o medicamento sido prescrito por profissional de Saúde, da Secretaria de Saúde dos Estados, do Distrito
saúde, no exercício regular de suas funções no SUS. Federal e dos Municípios, com composição, organização e
competência fixadas na Lei no 8.142/90. O processo bem-
RESOLUÇÃO No 453, DE 10 DE MAIO DE 2012 sucedido de descentralização da saúde promoveu o
surgimento de Conselhos Regionais, Conselhos Locais,
O Plenário do Conselho Nacional de Saúde, em sua
Conselhos Distritais de Saúde, incluindo os Conselhos
Ducentésima Trigésima Terceira Reunião Ordinária,
realizada nos dias 9 e 10 de maio de 2012, no uso de suas dos Distritos Sanitários Especiais Indígenas, sob a
competências regimentais e atribuições conferidas pela Lei coordenação dos Conselhos de Saúde da esfera
no 8.080, de 19 de setembro de 1990, e pela Lei n o 8.142, correspondente. Assim, os Conselhos de Saúde são espaços
instituídos de participação da comunidade nas políticas
de 28 de dezembro de 1990, e pelo Decreto no 5.839, de 11 públicas e na administração da saúde.
de julho de 2006, e
Parágrafo único. Como Subsistema da Seguridade
Considerando os debates ocorridos nos Conselhos de Social, o Conselho de Saúde atua na formulação e
Saúde, nas três esferas de Governo, na X Plenária Nacional proposição de estratégias e no controle da execução das
de Conselhos de Saúde, nas Plenárias Regionais e Estaduais Políticas de Saúde, inclusive nos seus aspectos econômicos e
de Conselhos de Saúde, nas 9a, 10a e 11a Conferências financeiros.
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IX - Quando não houver Conselho de Saúde VII - o Conselho de Saúde constituirá uma Mesa
constituído ou em atividade no Município, caberá ao Diretora eleita em Plenário, respeitando a paridade
Conselho Estadual de Saúde assumir, junto ao executivo expressa nesta Resolução;
municipal, a convocação e realização da Conferência
VIII - as decisões do Conselho de Saúde serão
Municipal de Saúde, que terá como um de seus objetivos a
adotadas mediante quórum mínimo (metade mais um) dos
estruturação e composição do Conselho Municipal. O
seus integrantes, ressalvados os casos regimentais nos quais
mesmo será atribuído ao Conselho Nacional de Saúde,
se exija quórum especial, ou maioria qualificada de votos;
quando não houver Conselho Estadual de Saúde constituído
ou em funcionamento. a) entende-se por maioria simples o número inteiro
imediatamente superior à metade dos membros presentes;
X - As funções, como membro do Conselho de Saúde,
não serão remuneradas, considerando-se o seu exercício de b) entende-se por maioria absoluta o número inteiro
relevância pública e, portanto, garante a dispensa do imediatamente superior à metade de membros do
trabalho sem prejuízo para o conselheiro. Para fins de Conselho;
justificativa junto aos órgãos, entidades competentes e
c) entende-se por maioria qualificada 2/3 (dois
instituições, o Conselho de Saúde emitirá declaração de
terços) do total de membros do Conselho;
participação de seus membros durante o período das
reuniões, representações, capacitações e outras atividades IX - qualquer alteração na organização dos Conselhos
específicas. de Saúde preservará o que está garantido em lei e deve ser
proposta pelo próprio Conselho e votada em reunião
XI - O conselheiro, no exercício de sua função,
plenária, com quórum qualificado, para depois ser alterada
responde pelos seus atos conforme legislação vigente.
em seu Regimento Interno e homologada pelo gestor da
ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DOS CONSELHOS esfera correspondente;
DE SAÚDE
X - a cada quadrimestre deverá constar dos itens da
Quarta Diretriz: as três esferas de Governo garantirão pauta o pronunciamento do gestor, das respectivas esferas
autonomia administrativa para o pleno funcionamento do de governo, para que faça a prestação de contas, em
Conselho de Saúde, dotação orçamentária, autonomia relatório detalhado, sobre andamento do plano de saúde,
financeira e organização da secretaria-executiva com a agenda da saúde pactuada, relatório de gestão, dados sobre
necessária infraestrutura e apoio técnico: o montante e a forma de aplicação dos recursos, as
auditorias iniciadas e concluídas no período, bem como a
I - cabe ao Conselho de Saúde deliberar em relação à
produção e a oferta de serviços na rede assistencial própria,
sua estrutura administrativa e o quadro de pessoal;
contratada ou conveniada, de acordo com o art. 12 da Lei
II - o Conselho de Saúde contará com uma secretaria- no 8.689/93 e com a Lei Complementar no 141/2012;
executiva coordenada por pessoa preparada para a função,
para o suporte técnico e administrativo, subordinada ao XI - os Conselhos de Saúde, com a devida justificativa,
Plenário do Conselho de Saúde, que definirá sua estrutura e buscarão auditorias externas e independentes sobre as
dimensão; contas e atividades do Gestor do SUS; e
III - o Conselho de Saúde decide sobre o seu XII - o Pleno do Conselho de Saúde deverá
orçamento; manifestar-se por meio de resoluções, recomendações,
moções e outros atos deliberativos. As resoluções serão
IV - o Plenário do Conselho de Saúde se reunirá, no obrigatoriamente homologadas pelo chefe do poder
mínimo, a cada mês e, extraordinariamente, quando constituído em cada esfera de governo, em um prazo de 30
necessário, e terá como base o seu Regimento Interno. A (trinta) dias, dando-se-lhes publicidade oficial. Decorrido o
pauta e o material de apoio às reuniões devem ser prazo mencionado e não sendo homologada a resolução e
encaminhados aos conselheiros com antecedência mínima nem enviada justificativa pelo gestor ao Conselho de Saúde
de 10 (dez) dias; com proposta de alteração ou rejeição a ser apreciada na
V - as reuniões plenárias dos Conselhos de Saúde são reunião seguinte, as entidades que integram o Conselho de
abertas ao público e deverão acontecer em espaços e Saúde podem buscar a validação das resoluções, recorrendo
horários que possibilitem a participação da sociedade; à justiça e ao Ministério Público, quando necessário.
VI - o Conselho de Saúde exerce suas atribuições Quinta Diretriz: aos Conselhos de Saúde Nacional,
mediante o funcionamento do Plenário, que, além das Estaduais, Municipais e do Distrito Federal, que têm
competências definidas nas leis federais, bem como em
comissões intersetoriais, estabelecidas na Lei no 8.080/90,
indicações advindas das Conferências de Saúde, compete:
instalará outras comissões intersetoriais e grupos de
trabalho de conselheiros para ações transitórias. As I - fortalecer a participação e o Controle Social no
comissões poderão contar com integrantes não SUS, mobilizar e articular a sociedade de forma permanente
conselheiros;
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na defesa dos princípios constitucionais que fundamentam o Município, Estado, Distrito Federal e da União, com base no
SUS; que a lei disciplina;
II - elaborar o Regimento Interno do Conselho e XVI - analisar, discutir e aprovar o relatório de gestão,
outras normas de funcionamento; com a prestação de contas e informações financeiras,
repassadas em tempo hábil aos conselheiros, e garantia do
III - discutir, elaborar e aprovar propostas de
devido assessoramento;
operacionalização das diretrizes aprovadas pelas
Conferências de Saúde; XVII - fiscalizar e acompanhar o desenvolvimento das
ações e dos serviços de saúde e encaminhar denúncias aos
IV - atuar na formulação e no controle da execução
respectivos órgãos de controle interno e externo, conforme
da política de saúde, incluindo os seus aspectos econômicos
legislação vigente;
e financeiros, e propor estratégias para a sua aplicação aos
setores público e privado; XVIII - examinar propostas e denúncias de indícios de
irregularidades, responder no seu âmbito a consultas sobre
V - definir diretrizes para elaboração dos planos de
assuntos pertinentes às ações e aos serviços de saúde, bem
saúde e deliberar sobre o seu conteúdo, conforme as
como apreciar recursos a respeito de deliberações do
diversas situações epidemiológicas e a capacidade
Conselho nas suas respectivas instâncias;
organizacional dos serviços;
XIX - estabelecer a periodicidade de convocação e
VI - anualmente deliberar sobre a aprovação ou não
organizar as Conferências de Saúde, propor sua convocação
do relatório de gestão;
ordinária ou extraordinária e estruturar a comissão
VII - estabelecer estratégias e procedimentos de organizadora, submeter o respectivo regimento e programa
acompanhamento da gestão do SUS, articulando-se com os ao Pleno do Conselho de Saúde correspondente, convocar a
demais colegiados, a exemplo dos de seguridade social, sociedade para a participação nas pré-conferências e
meio ambiente, justiça, educação, trabalho, agricultura, conferências de saúde;
idosos, criança e adolescente e outros;
XX - estimular articulação e intercâmbio entre os
VIII - proceder à revisão periódica dos planos de Conselhos de Saúde, entidades, movimentos populares,
saúde; instituições públicas e privadas para a promoção da Saúde;
IX - deliberar sobre os programas de saúde e aprovar XXI - estimular, apoiar e promover estudos e
projetos a serem encaminhados ao Poder Legislativo, propor pesquisas sobre assuntos e temas na área de saúde
a adoção de critérios definidores de qualidade e pertinente ao desenvolvimento do Sistema Único de Saúde
resolutividade, atualizando-os face ao processo de (SUS);
incorporação dos avanços científicos e tecnológicos na área
XXII - acompanhar o processo de desenvolvimento e
da Saúde;
incorporação científica e tecnológica, observados os
X - avaliar, explicitando os critérios utilizados, a padrões éticos compatíveis com o desenvolvimento
organização e o funcionamento do Sistema Único de Saúde sociocultural do País;
do SUS;
XXIII - estabelecer ações de informação, educação e
XI - avaliar e deliberar sobre contratos, consórcios e comunicação em saúde, divulgar as funções e competências
convênios, conforme as diretrizes dos Planos de Saúde do Conselho de Saúde, seus trabalhos e decisões nos meios
Nacional, Estaduais, do Distrito Federal e Municipais; de comunicação, incluindo informações sobre as agendas,
datas e local das reuniões e dos eventos;
XII - acompanhar e controlar a atuação do setor
privado credenciado mediante contrato ou convênio na área XXIV - deliberar, elaborar, apoiar e promover a
de saúde; educação permanente para o controle social, de acordo com
as Diretrizes e a Política Nacional de Educação Permanente
XIII - aprovar a proposta orçamentária anual da
para o Controle Social do SUS;
saúde, tendo em vista as metas e prioridades estabelecidas
na Lei de Diretrizes Orçamentárias, observado o princípio do XXV - incrementar e aperfeiçoar o relacionamento
processo de planejamento e orçamento ascendentes, sistemático com os poderes constituídos, Ministério Público,
conforme legislação vigente; Judiciário e Legislativo, meios de comunicação, bem como
setores relevantes não representados nos conselhos;
XIV - propor critérios para programação e execução
financeira e orçamentária dos Fundos de Saúde e XXVI - acompanhar a aplicação das normas sobre
acompanhar a movimentação e destino dos recursos; ética em pesquisas aprovadas pelo CNS;
XV - fiscalizar e controlar gastos e deliberar sobre XXVII - deliberar, encaminhar e avaliar a Política de
critérios de movimentação de recursos da Saúde, incluindo Gestão do Trabalho e Educação para a Saúde no SUS;
o Fundo de Saúde e os recursos transferidos e próprios do
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B) espaços apenas dos gestores, onde há discussão e 08. O Conselho de Saúde é um órgão ou instância
tomada de decisões no seu campo de ação de governo, colegiada de caráter permanente e deliberativo que
de acordo com as diretrizes e os contratos definidos. consubstancia a participação da sociedade organizada
C) espaços apenas dos trabalhadores da saúde, onde há na administração do SUS. No que se refere ao
discussão e tomada de decisões no seu campo de ação Conselho Estadual de Saúde, marque a alternativa
de governo, de acordo com as diretrizes e os contratos correta.
definidos.
D) espaços coletivos, tanto dos gestores, trabalhadores da A) Delibera sobre os critérios para a definição de padrões
saúde, quanto dos usuários, onde há discussão e assistenciais.
tomada de decisões no seu campo de ação de governo, B) Decide sobre o credenciamento de instituições de
de acordo com as diretrizes e os contratos definidos. saúde que se candidatem a realizar pesquisas em seres
E) espaços destinados aos usuários, onde há discussão e humanos.
tomada de decisões no seu campo de ação de governo, C) Deve ser representado por 50% de usuários, 25% de
de acordo com as diretrizes e os contratos definidos. trabalhadores de saúde e 25% de prestadores de
serviço (público e privado).
06. Prova: UNIUV - 2011 - Prefeitura de Assaí/PR - D) Opina sobre a criação de novos cursos superiores na
Enfermeiro Questão QEF1082 - Disciplina: SUS - área da saúde em articulação com o Ministério da
Sistema Único de Saúde Assinale a opção que Educação.
apresenta o mecanismo de controle social no Sistema E) Acompanha e controla as atividades das instituições
Único de Saúde: privadas de saúde
07. (EBSERH – 2012) Em relação ao Controle Social no SUS A) Pela Lei nº6.259/1975 da Vigilância Epidemiológica.
– Sistema Único de Saúde – e ao CNS – Conselho B) Em função do Pacto pela Saúde – 2006.
Nacional de Saúde, julgue os itens a seguir. C) Pela Lei nº8.142/1990 da participação na Gestão do
SUS.
I- O CNS é a instância máxima de deliberação do SUS. D) Pelas Diretrizes Operacionais do Pacto pela Vida.
II - O CNS não está vinculado ao Ministério da Saúde, uma E) Através das competências gerais da ANVISA.
vez que o governo, enquanto gestor da saúde, não
possui membros dentre os conselheiros. 10. Prova: PUC/PR - 2012 - Enfermeiro (Urgência)
III - Um dos documentos mais importantes para o Controle Questão QEF596 - Disciplina: SUS - Sistema Único de
Social no SUS é o Plano Nacional de Saúde, aprovado Saúde O Conselho de Saúde é um órgão colegiado,
pelo CNS a cada 4 anos. deliberativo e permanente do Sistema Único de Saúde,
IV - Um dos maiores problemas da atuação do CNS frente que atua na formulação e proposição de estratégias e
ao Controle Social no SUS é a ausência de deliberação no controle da execução das Políticas de Saúde,
do Sistema Único de Saúde sobre as questões de inclusive nos seus aspectos econômicos e financeiros.
aprovação e execução orçamentária da saúde. Sobre a criação e a organização dos Conselhos de
Saúde, considere as afirmações a seguir:
A quantidade de itens certos é igual a
I. A criação dos Conselhos de Saúde é estabelecida por
A) 0. lei municipal, estadual ou federal, com base na Lei n.
B) 1. 8.142/90.
C) 2. II. O número de conselheiros será indicado pelos
D) 3. Plenários dos Conselhos de Saúde e das Conferências
E) 4. de Saúde, devendo ser definido em lei.
III. As vagas do Conselho de Saúde deverão ser
distribuídas da seguinte forma: 50% de entidades de
usuários; 25% de entidades dos trabalhadores de
saúde; e 25% de representação de governo, de
prestadores de serviços privados conveniados, ou sem
fins lucrativos.
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determinantes sociais que explicam porque determinados A missão da Comissão Nacional sobre DSS
grupos da população são mais susceptíveis do que outros
Para atuar nessas diversas frentes foi criada em 13
para contrair a tuberculose.
de março de 2006, por Decreto Presidencial, a Comissão
O que são Determinantes Sociais da Saúde (DSS)? Nacional sobre Determinantes Sociais da Saúde (CNDSS).
Como não podia deixar de ser, dada a complexidade da
Os Determinantes Sociais da Saúde incluem as
tarefa, a Comissão está integrada por 16
condições mais gerais socioeconômicas, culturais e
personalidades oriundas dos mais diversos setores da vida
ambientais de uma sociedade, e relacionam-se com
social, econômica, cultural e científica do país.
as condições de vida e trabalho de seus membros, como
habitação, saneamento, ambiente de trabalho, serviços de A cerimônia de lançamento da CNDSS ocorreu no
saúde e educação, incluindo também a trama de redes dia 15 de março de 2006, na sede da Organização
sociais e comunitárias. Panamericana de Saúde, com a presença do então Ministro
da Saúde, Dr. José Saraiva Felipe.
Esses determinantes influenciam os estilos de vida,
As principais linhas de atuação da Comissão são:
já que as decisões relativas, por exemplo, ao hábito de
fumar, praticar exercícios, hábitos dietéticos e outras estão - Produzir conhecimentos e informações sobre as
também condicionadas pelos DSS. relações entre os determinantes sociais e a situação de
saúde, particularmente as iniqüidades de saúde;
Sabe-se hoje, também, que a percepção de
pertencer a grupos sociais excluídos da maioria dos - Promover e avaliar políticas, programas e
benefícios da sociedade gera sofrimento e sentimentos de intervenções governamentais e não-governamentais
inferioridade e discriminação, e isso contribui na realizadas em nível local, regional e nacional relacionadas
determinação dos padrões de saúde dos indivíduos. aos DSS;
Os pesquisadores Dahlgren e Whitehead propõem - Atuar junto a diversos setores da sociedade civil
um esquema que permite visualizar as relações hierárquicas para promover uma tomada de consciência sobre a
entres os diversos determinantes da saúde. importância das relações entre saúde e condições de vida e
sobre as possibilidades de atuação para diminuição das
iniqüidades de saúde.
Há muito se reconhece que os principais expectativa de vida do mundo por ser o país mais rico ou
determinantes dessas iniqüidades estão relacionados às porque os japoneses fumam menos ou fazem mais
formas como se organiza a vida social. Já em meados exercício, mas porque é um dos países mais igualitários do
do século XIX, Virchow entendia que a “ciência médica é mundo.
intrínseca e essencialmente uma ciência social”, que as Estudos vêm demonstrando que o principal
condições econômicas e sociais exercem um efeito mecanismo através do qual as iniqüidades de renda
importante sobre a saúde e a doença e que tais relações produzem um impacto negativo na situação de saúde é o
devem submeter-se à pesquisa científica. Entendia também desgaste do chamado capital social, ou seja, das relações de
que o próprio termo “saúde pública” expressa seu caráter solidariedade e confiança entre pessoas e grupos. Segundo
político e que sua prática deve conduzir necessariamente à vários autores, o desgaste do capital social em sociedades
intervenção na vida política e social para indicar e eliminar ineqüitativas explicaria em grande medida porque sua
os obstáculos que dificultam asaúde da população. situação de saúde é inferior à de sociedades onde as
Desde então muito se avançou na construção de relações de solidariedade são mais desenvolvidas. A
modelos explicativos que analisam as relações entre a forma debilidade dos laços de coesão social ocasionada pelas
como se organiza e se desenvolve uma determinada iniqüidades de renda corresponde a baixos níveis de capital
sociedade e a situação de saúde de sua população. Um dos social e de participação política. Países com grandes
principais desafios destes modelos explicativos é o iniqüidades de renda, escassos níveis de coesão social e
estabelecimento de uma hierarquia de determinações entre baixa participação política são os que menos investem em
os fatores mais globais de natureza social, econômica, capital humano e em redes de apoio social que são
política e as mediações através das quais estes fatores fundamentais para a promoção e proteção da saúde
incidem sobre a situação de saúde de grupos e pessoas. É individual e coletiva.
este complexo de mediações que permite entender porque No caso do Brasil o fardo é duplo, pois além de
não há uma correlação constante entre os macro- apresentar graves iniqüidades na distribuição da riqueza há
indicadores da riqueza de uma sociedade, como o PIB, com grandes setores de sua população vivendo em condições de
os indicadores de saúde. Evidentemente o volume de pobreza que não lhes permite ter acesso a mínimas
riqueza gerado por uma sociedade é um elemento condições e bens essenciais à saúde. Além da renda dos 20%
fundamental para proporcionar melhores condições de vida mais ricos ser 26 vezes maior que a renda dos 20% mais
e de saúde, mas há inúmeros exemplos de países com PIB pobres, 24% da população economicamente ativa possui
total ou PIB per capita bem superior a outros que, apesar rendimentos menores que 2 dólares por dia. O tema da
disso, possuem indicadores de saúde muito mais pobreza também vem chamando a atenção de muitos
satisfatórios. autores, o que vem gerando uma mudança na maneira
como a entendemos e nas formas para combatê-la. Para
Nos últimos anos, aumentaram também em
estes autores, a pobreza não é somente a falta de acesso a
quantidade e qualidade os estudos sobre as relações entre a
bens materiais, mas é também a falta de oportunidades e de
saúde das populações, as desigualdades nas condições de
possibilidades de opção entre diferentes alternativas.
vida e o grau de desenvolvimento da trama de vínculos e Pobreza é também a falta de voz frente às instituições do
associações entre indivíduos e grupos. Estes estudos Estado e da sociedade e uma grande vulnerabilidade frente
permitem constatar que uma vez superado um determinado a imprevistos. Nesta situação a capacidade dos pobres de
limite de crescimento econômico de um país, um atuar em favor de sua saúde e da coletividade está bastante
crescimento adicional da riqueza não se traduz em diminuída.
melhorias significativas das condições de saúde. A partir
desse nível o fator mais importante para explicar a situação Para ser coerente com esta nova maneira de
geral de saúde de um país não é sua riqueza total, mas a entender a pobreza, as estratégias para combatê-la devem
maneira como ela se distribui. incluir tanto a geração oportunidades econômicas, como
medidas que favoreçam a construção de redes de apoio e o
Em outras palavras, a desigualdade na distribuição aumento das capacidades desses grupos para melhor
de renda não é prejudicial à saúde somente dos grupos mais conhecer os problemas locais e globais, para estreitar suas
pobres, mas é também prejudicial para a saúde da relações com outros grupos, para fortalecer sua organização
sociedade em seu conjunto. Grupos de renda média em um e participação em ações coletivas, para constituir-se enfim
país com alto grau de iniqüidade de renda possuem uma em atores sociais e ativos participantes das decisões da vida
situação de saúde pior que a de grupos com renda inferior, social.
mas que vivem em uma sociedade mais eqüitativa. Um
estudo comparativo entre os estados dos Estados Unidos da Infelizmente estes e outros importantes avanços no
América revelou que os indivíduos que vivem em estados conhecimento dos determinantes sociais das condições de
com grandes diferenças de renda possuem pior saúde que a saúde e em particular das iniqüidades de saúde,
daqueles com ingressos equivalentes, mas que vivem em encontrados na literatura científica brasileira e
estados mais igualitários. O Japão não é o país com maior internacional, não se acompanham de um correspondente
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avanço na utilização desse conhecimento para a definição A CDSS-OMS é um fórum estratégico mundial
de políticas de saúde no país. formado por lideranças políticas, científicas e da sociedade
civil organizada. A Comissão tem como meta global a busca
Isto se deve em grande medida à debilidade das
de eqüidade em saúde e lidera um processo mundial de
relações entre o processo de produção do conhecimento e o
organização do conhecimento sobre os determinantes
processo de tomada de decisão sobre políticas e programas
sociais em saúde com vistas a fortalecer as práticas e as
de saúde, o qual deveria basear-se em conhecimentos e
políticas voltadas para a diminuição das iniqüidades em
evidencias. Ambos processos costumam desenvolver-se por
saúde.
separado, com lógicas, agentes e espaços institucionais
específicos. Por outro lado, a aproximação entre pesquisa Entre os objetivos da CDSS-OMS, merecem
em saúde e políticas de saúde com vistas à promoção da destaque:
equidade não significa a despolitização das decisões sobre
- a sistematização de evidências sobre
políticas em nome de uma racionalidade centralizadora
experiências e formulação de políticas que enfocam os
baseada em evidencia científica.
determinantes sociais em saúde;
Em geral não há prescrições categóricas de políticas
- o fomento do debate junto à sociedade, para
baseadas em resultados objetivos de pesquisas. Em geral a
a implantação de ações de enfrentamento dos
ciência ajuda a delimitar um leque de opções, mas a seleção
determinantes sociais em saúde;
entre elas se faz através de um processo que é essencialmente
político, envolvendo diversos atores, com interesses - a definição de compromissos de médio e
diferenciados e eventualmente contraditórios. Para que haja longo prazo com vistas a incorporar as desigualdades em
uma maior utilização de resultados de investigação para a saúde como tema central da agenda da OMS.
definição de políticas é necessário instrumentar a atuação
Em julho de 2005, a Organização Pan-americana da
desses diferentes atores, particularmente dos que usualmente
Saúde reuniu, em Washington, os países da região das
estão excluídos do processo de decisão, buscando diminuir as
Américas e apresentou a proposta da CDSS-OMS,
enormes iniqüidades de acesso a informações e
despertando o interesse dos países sobre a temática. Após
conhecimentos.
essa reunião, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a
Não há, portanto nenhuma contradição entre, por Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) do Ministério da
um lado, a promoção de políticas baseadas em evidencia e, Saúde lideraram o processo para a definição de uma agenda
por outro, a ampliação da participação social na definição de atividades no Brasil, buscando respostas sociais
das mesmas. Na realidade, para que as políticas de saúde se organizadas para o enfrentamento dos determinantes
consolidem como políticas públicas voltadas a atender ao sociais em saúde no País.
interesse público e à promoção da equidade, é necessário o
Em março de 2006, ao completar tão somente um
fortalecimento do processo democrático de definição destas
ano da criação da Comissão mundial, apressa-se o Brasil a
políticas, multiplicando os atores envolvidos, os espaços e
participar desta iniciativa, com o lançamento da CNDSS
oportunidades de interação entre eles e instrumentando
brasileira.
sua participação com o acesso eqüitativo a informações e
conhecimentos pertinentes. A CNDSS é fruto de um processo de construção da
Reforma Sanitária que já dura pelo menos quatro décadas e
A Comissão Nacional de Determinantes Sociais em Saúde –
que teve como um de seus pontos culminantes haver
CNDSS
logrado que a Constituição Federal do Brasil, aprovada em
Preocupado com as iniqüidades que se verificam 1988, incorporasse o artigo 196 determinando que “a saúde
nas condições de saúde da população e no acesso aos é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante
serviços de saúde e a outros serviços públicos que políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco
influenciam na situação de saúde, o Governo Brasileiro de doença e de outros agravos e ao acesso universal e
decidiu criar a Comissão Nacional sobre Determinantes igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção
Sociais em Saúde (CNDSS), no bojo de um movimento e recuperação”.
mundial em torno deste tema, proposto pela Organização
Apesar deste e de outros avanços alcançados nas
Mundial da Saúde (OMS).
últimas décadas, constatados pela melhoria de alguns
Na Assembléia Mundial da Saúde de 2004, o índices de desenvolvimento social e pela criação de um
Diretor Geral da Organização Mundial Saúde (OMS), Lee Sistema Único de Saúde, baseado nos princípios de
Jong-Wook, propôs a criação de uma comissão para solidariedade e universalidade da assistência, grandes
recomendar políticas públicas de saúde e externas ao setor parcelas da população brasileira ainda sofrem de problemas
saúde, assim como intervenções que visem à melhoria das geradores de importantes iniqüidades de saúde como o
condições de saúde e à diminuição das iniqüidades. A desemprego, a falta de acesso à moradia digna, ao sistema
Comissão de Determinantes Sociais em Saúde (CDSS-OMS) de saneamento básico, a serviços de saúde e de educação
foi criada em março de 2005 e terá 3 anos de existência. de qualidade e a um meio ambiente protegido.
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III - fomentar debate social amplo e atuar para que o Poder Art. 6o Os serviços prestados pelos membros da CNDSS e do
Público, as organizações da sociedade civil e agências Grupo de Trabalho, considerados de relevante interesse
internacionais relacionadas implementem políticas para público, não serão remunerados.
intervir sobre os determinantes sociais que condicionam o
Art. 7o A CNDSS terá prazo de dois anos para conclusão de
nível de saúde; e
seus trabalhos, com apresentação de relatório final ao
IV - elaborar programa de ação a médio e longo prazo para Ministro de Estado da Saúde.
incorporar as suas recomendações às políticas, planos e
Art. 8o Este Decreto entra em vigor na data de sua
programas relacionados com a saúde, bem como para
publicação. Brasília, 13 de março de 2006; 185o da
promover a sua implementação no âmbito da União, dos
Independência e 118o da República.
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
Art. 4o Para promover a articulação com as áreas de
governo e prestar apoio técnico aos trabalhos da CNDSS, A Comissão Nacional de Determinantes Sociais em Saúde –
fica constituído Grupo de Trabalho, cujos membros serão CNDSS
designados pelo Ministro de Estado da Saúde, mediante
Preocupado com as iniqüidades que se verificam
indicação do respectivo representante pelos dirigentes
nas condições de saúde da população e no acesso aos
máximos das seguintes instituições:
serviços de saúde e a outros serviços públicos que
I - Casa Civil da Presidência da República; influenciam a situação de saúde, o governo brasileiro
decidiu criar a Comissão Nacional sobre Determinantes
II - Ministério da Saúde;
Sociais da Saúde (CNDSS), no bojo de um movimento
III - Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão; mundial em torno deste tema, proposto pela Organização
Mundial da Saúde (OMS).
IV - Ministério da Fazenda;
Na Assembléia Mundial da Saúde de 2004, o então
V - Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à
Diretor Geral da OMS, Lee Jong-Wook, propôs a criação de
Fome;
uma comissão para recomendar políticas públicas de saúde
VI - Ministério da Educação; e externas ao setor, assim como intervenções que visem a
melhoria das condições de saúde e a diminuição das
VII - Ministério da Ciência e Tecnologia;
iniqüidades. A Comissão sobre Determinantes Sociais da
VIII - Ministério da Cultura; Saúde (CSDH-OMS) foi criada em março de 2005, com
vigência de 3 anos.
IX - Ministério do Esporte;
X - Ministério das Cidades;
A CSDH-OMS é um fórum estratégico mundial
XI - Ministério do Meio Ambiente;
formado por lideranças políticas, científicas e da sociedade
XII - Ministério do Trabalho e Emprego; civil organizada. A Comissão tem como meta global a busca
de eqüidade em saúde. Lidera um processo mundial de
XIII - Ministério da Previdência Social;
organização do conhecimento sobre os determinantes
XIV - Ministério do Desenvolvimento Agrário; sociais em saúde, com vistas a fortalecer as práticas e as
políticas voltadas para a diminuição das iniqüidades.
XV - Secretaria Especial de Políticas de Promoção da
Igualdade Racial da Presidência da República; Entre os objetivos da CSDH-OMS, merecem destaque:
XVI - Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, da - a sistematização de evidências sobre experiências e
Presidência da República; formulação de políticas que enfocam os determinantes
sociais em saúde;
XVII - Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS);
- o fomento do debate junto à sociedade, para a
XVIII - Conselho Nacional de Secretários Municipais de
implantação de ações de enfrentamento dos determinantes
Saúde (CONASEMS); e
sociais em saúde;
XIX - Conselho Nacional de Saúde.
- a definição de compromissos de médio e longo prazo, com
Parágrafo único. A Organização Pan-Americana da Saúde no vistas a incorporar as desigualdades em saúde como tema
Brasil - OPAS poderá indicar representante para integrar o central da agenda da OMS.
Grupo de Trabalho de que trata este artigo.
Em julho de 2005, a Organização Pan-americana da
Art. 5o A CNDSS, no prazo de até trinta dias após a sua Saúde (OPAS) reuniu, em Washington, os países da região
primeira reunião, submeterá à aprovação do Ministro de das Américas e apresentou a proposta da CSDH-OMS,
Estado da Saúde proposta de seu regimento interno, que despertando o interesse dos países sobre a temática. Após
disporá sobre o seu funcionamento. essa reunião, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a
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Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), do Ministério da - mobilizar a sociedade civil para a defesa do princípio da
Saúde, lideraram o processo para a definição de uma eqüidade na execução das políticas públicas pertinentes;
agenda de atividades no Brasil, buscando respostas sociais
- criar instrumentos que possibilitem a circulação, na
organizadas para o enfrentamento dos determinantes
sociedade, dos conhecimentos e direitos relativos aos
sociais em saúde no país.
determinantes sociais da saúde;
Em março de 2006, ao completar tão somente um
- criar fóruns intersetoriais para o debate do tema e
ano da criação da Comissão mundial, apressa-se o Brasil a
estabelecimento de compromissos pactuados de
participar desta iniciativa, com o lançamento da Comissão
enfrentamento do problema, incluindo a discussão de
Nacional sobre Determinantes Sociais da Saúde (CNDSS) no
modelos de políticas de curto, médio e longo prazo;
país.
- estimular a produção de conhecimentos sobre os
A CNDSS é fruto de um processo de construção da
determinantes sociais em saúde através de linhas
Reforma Sanitária, que já dura pelo menos quatro décadas,
específicas de financiamento à pesquisa e de apoio à
e que teve como um de seus pontos culminantes a
formação de investigadores;
incorporação pela Constituição Federal do Brasil, aprovada
em 1988, do artigo 196, determinando que “a saúde é - incluir metas para redução das desigualdades sociais em
direito de todos e dever do Estado, garantido mediante saúde, de maneira explícita, nas políticas sociais;
políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco
- articular-se com outras iniciativas de políticas públicas de
de doença e de outros agravos e ao acesso universal e
redução da pobreza e de riscos à saúde, a exemplo do
igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção
Conselho Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
e recuperação”.
(CNDES), Fome Zero, Conselho Nacional de Segurança
Apesar deste e de outros avanços alcançados nas Alimentar (CONSEA) e outros;
últimas décadas, constatados pela
- promover a defesa e indução de ações para o
melhoria de alguns índices de desenvolvimento social e pela enfrentamento das desigualdades sociais em saúde, no
criação do Sistema Único de Saúde (SUS), baseado nos Brasil, junto as três esferas de governo, nos âmbitos
princípios de solidariedade e universalidade da assistência, executivo e legislativo;
grandes parcelas da população brasileira ainda sofrem
- garantir a inclusão e a execução, refletidas nos orçamentos
problemas geradores de importantes iniqüidades em saúde,
públicos das três esferas de governo, de ações dirigidas à
como o desemprego, a falta de acesso à moradia digna, ao
redução das iniqüidades em saúde.
sistema de saneamento básico, a serviços de saúde e de
educação de qualidade e a um meio ambiente protegido.
O monitoramento dessas iniqüidades e o estudo sistemático CNDSS
e aprofundado de seus determinantes deverão permitir
INTRODUÇÃO
identificar pontos mais vulneráveis ao impacto de políticas
públicas que buscam combatê-las. Para que essas políticas Em março de 2005, a Organização Mundial da Saúde (OMS)
sejam mais efetivas, é necessário, portanto, por um lado, criou a Comissão sobre Determinantes Sociais da Saúde
aumentar os conhecimentos sobre determinantes sociais (Commission on Social Determinants of Health - CSDH), com
em saúde, suas hierarquias e mediações e, por outro lado, o objetivo de promover, em âmbito internacional, uma
facilitar a incorporação desses conhecimentos na definição e tomada de consciência sobre a importância dos
implantação das políticas. São estes os mais importantes determinantes sociais na situação de saúde de indivíduos e
desafios que a CNDSS se propõe a enfrentar, com vistas a populações e sobre a necessidade do combate às
colaborar na construção de uma sociedade mais justa, iniqüidades em saúde por eles geradas.
igualitária e humana.
Um ano depois, em 13 março de 2006, por meio de Decreto
Serão suas principais linhas de atuação: Presidencial, foi criada, no
- estimular a melhoria da qualidade e completude das Brasil, a Comissão Nacional sobre Determinantes Sociais da
informações sociodemográficas nos sistemas de informação Saúde (CNDSS), com um
oficiais da saúde, de forma a permitir o monitoramento das
mandato de dois anos. A CNDSS esteve integrada por
desigualdades sociais em saúde;
dezesseis expressivas lideranças de nossa vida social,
- introduzir a temática dos determinantes sociais da saúde e cultural, científica e empresarial. Sua constituição
das consequências das desigualdades na formação dos diversificada é uma expressão do reconhecimento de que a
profissionais de saúde; saúde é um bem público, construído com a participação
solidária de todos os setores da sociedade brasileira.
- fomentar e mobilizar os profissionais e gestores de saúde
em prol de políticas públicas focadas, explicitamente, na
busca da eqüidade em saúde;
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Os objetivos da CNDSS podem ser assim resumidos: 03. O conceito de determinação social da saúde deve
abranger, por exemplo, o estudo de como as
- gerar informações e conhecimentos sobre os
necessidades e as práticas de saúde são socialmente
determinantes sociais da saúde no Brasil;
criadas e reforçadas pelo capitalismo avançado.
- contribuir para a formulação de políticas que promovam a ( ) Certo ( ) Errado
eqüidade em saúde e;
04. A saúde está socialmente determinada por aquilo que
- mobilizar diferentes instâncias do governo e da sociedade
a sociedade já faz por sua própria saúde,
civil sobre este tema.
independentemente de haver uma maior ou menor
Para alcançar seus objetivos a CNDSS se apoia em três participação do estado,
compromissos básicos: ( ) Certo ( ) Errado
Compromisso com a Eqüidade: apesar dos importantes
05. A respeito dos Determinantes Sociais da Saúde (DSS),
avanços dos últimos anos na melhoria do valor médio de
assinale a alternativa correta.
seus indicadores de saúde, o Brasil está entre os países com
maiores iniqüidades em saúde, ou seja, desigualdades de
A) Os DSS são exclusivamente ligados ao setor da saúde.
saúde entre grupos populacionais que além de sistemáticas
B) Os determinantes sociais levam em consideração,
e relevantes são também evitáveis, injustas e
exclusivamente, o enfoque médico-biológico do
desnecessárias.
processo de saúde e doença.
O compromisso da CNDSS com a eqüidade, visando C) O encontro do agente etiológico e do suscetível no
assegurar o direito universal à saúde, não é apenas uma meio ambiente é o fator determinante que explica
decisão racional, mas, fundamentalmente, um compromisso todos os casos de doenças não transmissíveis na
ético e uma posição política. sociedade.
D) Os DSS não são promotores da iniquidade.
Compromisso com a evidência: a CNDSS procura
E) Os DSS envolvem as condições de vida e de trabalho
fundamentar suas análises e recomendações em sólidas
dos indivíduos.
evidências científicas, pois são estas que permitem, por um
lado, entender como operam os determinantes sociais na
06. A transmissão do vírus da dengue em determinada
geração das iniqüidades em saúde m e, por outro, como e
comunidade depende de um conjunto de fatores,
onde devem incidir as intervenções para combatê-las e que
macro e microdeterminantes. Aspectos ligados ao
resultados podem ser esperados em termos de efetividade e
vetor, como abundância e tipos de criadouros do
eficiência.
mosquito transmissor, são exemplos de fatores
Compromisso com a ação: o compromisso maior da macrodeterminantes. E os relativos ao ambiente, como
Comissão e que dá sentido à sua existência é o combate às temperatura e umidade elevadas, alta densidade
iniqüidades em saúde por meio da atuação sobre os populacional e coleta de resíduos sólidos domiciliares,
determinantes sociais que as geraram, os quais, sendo estão entre os microdeterminantes.
produto da ação humana, podem e devem ser modificados ( ) Certo ( ) Errado
pela ação humana. O compromisso com a ação está
alicerçado, por um lado, nas evidências científicas, conforme 07. A transmissão do vírus da dengue em determinada
já assinalado, e por outro, numa ampla base de sustentação comunidade depende de um conjunto de fatores,
política, produto da conscientização e mobilização de macro e microdeterminantes. Aspectos ligados ao
diversos setores da sociedade. vetor, como abundância e tipos de criadouros do
mosquito transmissor, são exemplos de fatores
macrodeterminantes. E os relativos ao ambiente, como
QUESTÕES temperatura e umidade elevadas, alta densidade
populacional e coleta de resíduos sólidos domiciliares,
01. Os Determinantes Sociais da Saúde, ao serem estão entre os microdeterminantes
convertidos em fatores, perdem sua dimensão de ( ) Certo ( ) Errado
processos sócio históricos, expressão de formas
específicas de relações entre as pessoas e destas com a 08. A análise dos fatores determinantes envolve a
natureza, aplicação do método epidemiológico ao estudo de
( ) Certo ( ) Errado possíveis associações entre um ou mais fatores
suspeitos e um estado característico de ausência de
02. O conceito estreito de determinantes sociais é saúde, definido como doença
puramente empírico e afasta a possibilidade de ( ) Certo ( ) Errado
compreensão da saúde como um fenômeno social e
humano, 09. O grande desafio da saúde pública brasileira é garantir
( ) Certo ( ) Errado o acesso da população aos serviços de saúde num país
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cuja história é marcada por desigualdades de todos os Verifica-se que estão corretas
tipos. Certamente, a educação e a informação são as
melhores formas de prevenção da doença e da A) apenas I e II.
garantia da saúde. Entretanto, só a partir da análise de B) apenas III e IV.
determinantes sociais da saúde, é fundamental C) apenas I, II e III.
garantir a saúde através de: D) apenas I, III e IV.
E) I, II, III e IV.
A) elaboração e implementação da distribuição de
remédios para evitar que as pessoas adoeçam com 12. O modelo de Dahlgren e Whitehead está disposto em
muita frequência. camadas mais próximas e mais distais dos
B) implantação de redes de assistência curativa às determinantes individuais de saúde, permitindo a
pessoas menos favorecidas. identificação dos pontos para intervenções de
C) elaboração e implementação de políticas públicas políticas, no sentido de minimizar os diferenciais de
saudáveis e consequentes. DSS originados pela posição social dos indivíduos e
D) garantia que uma reforma administrativa atenda às grupos. Qual o nível que as intervenções não estão
especificidades. relacionadas corretamente?
E) implementação da regulação do Estado sobre o
modelo de atenção à saúde. A) O terceiro nível se refere à atuação das políticas sobre
as condições materiais e psicossociais nas quais as
10. Quais os compromissos que vêm orientando a atuação pessoas vivem e trabalham, buscando assegurar
da Comissão Nacional sobre os Determinantes Sociais melhor acesso à água limpa, esgoto, habitação
da Saúde (CNDSS)? adequada, alimentos saudáveis e nutritivos, emprego
seguro e realizador, ambientes de trabalho saudáveis,
A) Compromisso com a ação, com a equidade e com as serviços de saúde e deeducação de qualidade e outros.
estratégias de implantação dos serviços. B) O primeiro nível, relacionado aos fatores
B) Compromisso com a ação, com iniquidades em saúde e comportamentais e de estilos de vida, indica que estes
com a evidência. estão fortemente influenciados pelos DSS, pois é muito
C) Compromisso com as políticas e programas de difícil mudar comportamentos de risco sem mudar as
intervenção, com a equidade e com a evidência. normas culturais que os influenciam.
D) Compromisso com a ação e com a evidência. C) O quarto nível de atuação se refere à atuação ao nível
E) Compromisso com a ação, com a equidade e com a dos microdeterminantes, através de políticas
evidência. microeconômicas e de mercado de trabalho, de
proteção ambiental e de promoção de uma cultura de
11. Estudos identificam o desgaste do chamado “capital paz.
social”, ou seja, das relações de solidariedade e D) No segundo nível, se incluem-se políticas que buscam
confiança entre pessoas e grupos, com enfoques que estabelecer redes de apoio e fortalecer a organização e
buscam analisar as relações entre a saúde das participação das pessoas e das comunidades,
populações, as desigualdades nas condições de vida e especialmente dos grupos vulneráveis, em ações
o grau de desenvolvimento da trama de vínculos e coletivas para a melhoria de suas condições de saúde e
associações entre indivíduos e grupos. Assim, dadas as bem-estar, e para que se constituam em atores sociais
assertivas seguintes, e participantes ativos das decisões da vida social.
E) No primeiro nível, são necessárias políticas de
I. Estudos também procuram mostrar que as sociedades abrangência populacional que promovam mudanças de
mais ricas são as que possuem melhores níveis de comportamento, através de programas educativos,
saúde e alta coesão social. comunicação social, acesso facilitado a alimentos
II. As relações de solidariedade e confiança impactam saudáveis, criação de espaços públicos para a prática
negativamente na situação de saúde entre pessoas e de esportes e exercícios físicos, bem como proibição à
grupos, não colaborando para a diminuição das propaganda do tabaco e do álcool em todas as suas
iniquidades na saúde. formas.
III. Países com frágeis laços de coesão social, ocasionados
pelas iniquidades de renda, são os que menos 13. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS),
investem em capital humano e em redes de apoio define-se saúde como:
social, fundamentais para a promoção e proteção da A) Completo estado de saúde mental
saúde individual e coletiva. B) Estado de completo bem-estar físico, mental e social
IV. Estudos também procuram mostrar por que não são as C) Ausência de doenças ou enfermidades
sociedades mais ricas as que possuem melhores níveis D) Prestação global de assistência ao doente acamado
de saúde, mas as que são mais igualitárias e com alta E) Direito de todas as raças, independente de sexo,
coesão social. religião ou cor
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17. Com a simples medida de introdução de água de rede Dependem da concepção apresentada pelo Sistema de
de abastecimento, ocorre a imediata melhora do Informação em Saúde (SIS), e sua sensibilidade para captar
seguinte indicador de saúde: o mais precocemente possível as alterações que podem
ocorrer no perfil de morbimortalidade de uma área, e
A) Mortalidade materna também da organização e cobertura das atividades
B) Morbidade por sarampo desenvolvidas pela vigilância epidemiológica.
C) Mortalidade infantil
D) Letalidade por hanseníase Entende-se sistema como o “conjunto integrado de
E) Morbidade por difteria partes que se articulam para uma finalidade comum.”
Parasistema de informação existem várias definições, tais
como:
• “conjunto de unidades de produção, análise e
Gabarito divulgação de dados que atuam integradas e
articuladamente com o propósito de atender às
01 02 03 04 05 06 07 demandas para o qual foi concebido”;
C E C E E E C
08 09 10 11 12 13 • “reunião de pessoas e máquinas, com vistas à obtenção
e processamento de dados que atendam à necessidade
C C E B C B
de informação da instituição que o implementa”;
• “conjunto de estruturas administrativas e unidades de
produção, perfeitamente articuladas, com vistas à
Sistemas de Informação em Saúde obtenção de dados mediante o seu registro, coleta,
processamento, análise, transformação em informação e
oportuna divulgação”.
A informação é instrumento essencial para a tomada
Em síntese, um sistema de informação deve
de decisões. Nesta perspectiva, representa imprescindível
disponibilizar o suporte necessário para que o
ferramenta à vigilância epidemiológica, por constituir fator
planejamento, decisões e ações dos gestores, em
desencadeador do processo “informação-decisão-ação”,
determinado nível decisório (municipal, estadual e federal),
tríade que sintetiza a dinâmica de suas atividades que, como
não se baseie em dados subjetivos, conhecimentos
se sabe, devem ser iniciadas a partir da informação de um
ultrapassados ou conjecturas.
indício ou suspeita de caso de alguma doença ou agravo.
O SIS é parte dos sistemas de saúde; como tal,
Dado - é definido como “um valor quantitativo
integra suas estruturas organizacionais e contribui para sua
referente a um fato ou circunstância”, “o número bruto que
missão. É constituído por vários sub-sistemas e tem como
ainda não sofreu qualquer espécie de tratamento
propósito geral facilitar a formulação e avaliação das
estatístico”, ou “a matéria-prima da produção de
políticas, planos e programas de saúde, subsidiando o
informação”.
processo de tomada de decisões. Para tanto, deve contar
Informação - é entendida como “o conhecimento com os requisitos técnicos e profissionais necessários ao
obtido a partir dos dados”, “o dado trabalhado” ou “o planejamento, coordenação e supervisão das atividades
resultado da análise e combinação de vários dados”, o que relativas à coleta, registro, processamento, análise,
implica em interpretação, por parte do usuário. É “uma apresentação e difusão de dados e geração de informações.
descrição de uma situação real, associada a um referencial Um de seus objetivos básicos, na concepção do
explicativo sistemático”. Sistema Único de Saúde (SUS), é possibilitar a análise da
Não se deve perder de vista que a informação em situação de saúde no nível local tomando como referencial
saúde é o esteio para a gestão dos serviços, pois orienta a microrregiões homogêneas e considerando,
implantação, acompanhamento e avaliação dos modelos de necessariamente, as condições de vida da população na
atenção à saúde e das ações de prevenção e controle de determinação do processo saúde-doença. O nível local tem,
doenças. São também de interesse dados/informações então, responsabilidade não apenas com a alimentação do
produzidos extra-setorialmente, cabendo aos gestores do sistema de informação em saúde, mas também com sua
Sistema a articulação com os diversos órgãos que os organização e gestão. Deste modo, outro aspecto de
produzem, de modo a complementar e estabelecer um fluxo particular importância é a concepção do sistema de
regular de informação em cada nível do setor saúde. informação, que deve ser hierarquizado e cujo fluxo
ascendente dos dados ocorra de modo inversamente
Oportunidade, atualidade, disponibilidade e proporcional à agregação geográfica, ou seja, no nível local
cobertura são características que determinam a qualidade faz-se necessário dispor, para as análises epidemiológicas,
da informação, fundamentais para que todo o Sistema de de maior número de variáveis.
Vigilância Epidemiológica apresente bom desempenho.
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Felizmente, os atuais recursos do processamento A notificação de surtos também deve ser feita por
eletrônico estão sendo amplamente utilizados pelos esse instrumento, obedecendo os seguintes critérios:
sistemas de informação em saúde, aumentando sua
• casos epidemiologicamente vinculados de agravos
eficiência na medida em que possibilitam a obtenção e
inusitados. Sua notificação deve estar consoante com a
processamento de um volume de dados cada vez maior,
abordagem sindrômica, de acordo com as seguintes
além de permitirem a articulação entre diferentes
categorias: síndrome diarréica aguda, síndrome ictérica
subsistemas.
aguda, síndrome hemorrágica febril aguda, síndrome
Entre os sistemas nacionais de informação em saúde respiratória aguda, síndrome neurológica aguda e
existentes, alguns se destacam em razão de sua maior síndrome da insuficiência renal aguda, dentre outras;
relevância para a vigilância epidemiológica:
• casos agregados, constituindo uma situação epidêmica
de doenças não constantes da lista de notificação
compulsória;
SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE AGRAVOS DE NOTIFICAÇÃO
(SINAN) • casos agregados das doenças constantes da lista de
notificação compulsória, mas cujo volume de
O mais importante sistema para a vigilância
notificações operacionalmente inviabiliza o seu registro
epidemiológica foi desenvolvido entre 1990 e 1993, visando
individualizado.
sanar as dificuldades do Sistema de Notificação Compulsória
de Doenças (SNCD) e substituí-lo, tendo em vista o razoável A Figura 1 traz o fluxo de informação definido pelo
grau de informatização disponível no país. O Sinan foi Ministério da Saúde. Após o preenchimento dos referidos
concebido pelo Centro Nacional de Epidemiologia, com o formulários, as fontes notificadoras deverão encaminhá-los
apoio técnico do Datasus e da Prefeitura Municipal de Belo para o primeiro nível informatizado. A partir daí, os dados
Horizonte para ser operado a partir das unidades de saúde, serão enviados para os níveis hierárquicos superiores por
considerando o objetivo de coletar e processar dados sobre meio magnético (arquivos de transferência gerados pelo
agravos de notificação em todo o território nacional, desde Sistema).
o nível local. Mesmo que o município não disponha de
Figura 1: Fluxo de informação do Sinan.
microcomputadores em suas unidades, os instrumentos
deste sistema são preenchidos neste nível e o
processamento eletrônico é feito nos níveis centrais das
secretarias municipais de saúde (SMS), regional ou
secretarias estaduais (SES). É alimentado, principalmente,
pela notificação e investigação de casos de doenças e
agravos constantes da lista nacional de doenças de
notificação compulsória, mas é facultado a estados e
municípios incluir outros problemas de saúde regionalmente
importantes. Por isso, o número de doenças e agravos
contemplados pelo Sinan, vem aumentando
progressivamente desde seu processo de implementação,
em 1993, sem relação direta com a compulsoriedade
nacional da notificação, expressando as diferenças regionais
de perfis de morbidade registradas no Sistema.
No Sinan, a entrada de dados ocorre pela utilização Os agravos e doenças relacionados no Quadro
de alguns formulários padronizados: 1 devem ser prontamente notificados às Secretarias
Estaduais de Saúde, as quais deverão informar tal fato
Ficha Individual de Notificação (FIN) - é preenchida imediatamente à Secretaria de Vigilância em Saúde, por
para cada paciente, quando da suspeita de problema de
meio do correio eletrônico notifica@saude.gov.br ou às
saúde de notificação compulsória (Portaria GM nº 2.325, de
áreas técnicas do Ministério da Saúde responsáveis por seu
8 de dezembro de 2003) ou de interesse nacional, estadual acompanhamento, sem prejuízo do registro das notificações
ou municipal, e encaminhada pelas unidades assistenciais
pelos procedimentos rotineiros do Sinan.
aos serviços responsáveis pela informação e/ou vigilância
epidemiológica. É também utilizada para a notificação Propõe-se, de maneira geral, que as fichas individuais
negativa. de notificação sejam preenchidas pelos profissionais de
saúde nas unidades assistenciais, as quais devem manter
Notificação negativa - é a notificação da não-
uma segunda via arquivada pois a original é remetida para o
ocorrência de doenças de notificação compulsória na área
serviço de vigilância epidemiológica responsável pelo
de abrangência da unidade de saúde. Indica que os desencadeamento das medidas de controle necessárias.
profissionais e o sistema de vigilância da área estão alertas Este, por sua vez, além dessa incumbência, deve
para a ocorrência de tais eventos.
encaminhar os formulários para o setor de digitação das
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secretarias municipais, para que posteriormente os arquivos O SIM constitui importante elemento para o Sistema
de transferência sejam enviados por meio magnético às Nacional de Vigilância Epidemiológica, tanto como fonte
secretarias estaduais e, em seguida, ao Ministério da Saúde, principal de dados, quando há falhas de registro de casos no
conforme periodicidade definida na Figura 2. Sinan, quanto como fonte complementar, por também
dispor de informações sobre as características de pessoa,
Figura 2: Periodicidade para envio dos arquivos de
tempo e lugar, assistência prestada ao paciente, causas
transferência do Sinan.
básicas e associadas de óbito, extremamente relevantes e
muito utilizadas no diagnóstico da situação de saúde da
população.
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médico que fornecer a DO deverá levar a primeira e terceira SISTEMA DE INFORMAÇÕES SOBRE NASCIDOS VIVOS
vias para a SMS, entregando a segunda para os familiares do (SINASC)
falecido. Nos casos de óbitos de causas naturais, sem
O número de nascidos vivos constitui relevante
assistência médica, em locais que disponham de Serviço de
informação para o campo da saúde pública, pois possibilita a
Verificação de Óbitos (SVO), estes serão responsáveis pela
constituição de indicadores voltados para a avaliação de
emissão da DO, obedecendo o mesmo fluxo dos hospitais.
riscos à saúde do segmento materno-infantil, a exemplo dos
Em lugares onde não exista SVO, um médico da localidade
coeficientes de mortalidade infantil e materna, nos quais
deverá preencher a DO obedecendo o fluxo anteriormente
representa o denominador. Antes da implantação do Sinasc,
referido para óbitos ocorridos fora do estabelecimento de
em 1990, esta informação só era conhecida no Brasil por
saúde, com assistência médica. Nos óbitos por causas
estimativas realizadas a partir da informação censitária.
naturais em localidades sem médicos, o responsável pelo
Atualmente, são disponibilizados pela SVS, no
falecido, acompanhado de duas testemunhas, comparecerá
site www.datasus.gov.br, dados do Sinasc referentes aos
ao Cartório de Registro Civil onde será preenchida a DO. A
anos de 1994 em diante. Entretanto, até o presente
segunda via deste documento ficará retida no cartório e a
momento, só pode ser utilizado como denominador, no
primeira e terceira vias serão recolhidas pela secretaria
cálculo de alguns indicadores, em regiões onde sua
municipal de saúde. Nos óbitos por causas acidentais ou
cobertura é ampla, substituindo deste modo as estimativas
violentas, o médico legista do Instituto Médico-Legal (IML)
censitárias.
deverá preencher a DO (nos locais onde não exista IML um
perito é designado para tal finalidade), seguindo-se o O Sinasc tem como instrumento padronizado de
mesmo fluxo adotado para os hospitais. coleta de dados a Declaração de Nascido Vivo (DN), cuja
emissão, a exemplo da DO, é de competência exclusiva do
As SMS realizarão a busca ativa dessas vias em todos
Ministério da Saúde. Tanto a emissão da DN como o seu
os hospitais e cartórios, evitando a perda de registro de
registro em cartório serão realizados no município de
óbitos no SIM, com conseqüente perfil irreal da mortalidade
ocorrência do nascimento. Deve ser preenchida nos
da sua área de abrangência. Nas SMS, as primeiras vias são
hospitais e outras instituições de saúde que realizam parto,
digitadas e enviadas em disquetes para as Regionais, que
e nos Cartórios de Registro Civil, na presença de duas
fazem o consolidado de sua área e o enviam para as
testemunhas, quando o nascimento ocorre em domicílio
secretarias estaduais de saúde, que consolidam os dados
sem assistência de profissional de saúde. Desde 1992 sua
estaduais e os repassam para o Ministério da Saúde.
implantação ocorre de forma gradual. Atualmente, vem
Em todos os níveis, sobretudo no municipal, que apresentando em muitos municípios um volume maior de
está mais próximo do evento, deve ser realizada a crítica dos registros do que o publicado nos anuários do IBGE, com
dados, buscando a existência de inconsistências como, por base nos dados dos Cartórios de Registro Civil.
exemplo, causas de óbito exclusivas de um sexo sendo
registradas em outro, causas perinatais em adultos, registro A DN deve ser preenchida para todos os nascidos
de óbitos fetais com causas compatíveis apenas com vivos no país, o que, segundo conceito definido pela OMS,
nascidos vivos e idade incompatível com a doença. corresponde a “todo produto da concepção que,
independentemente do tempo de gestação ou peso ao
A análise dos dados do SIM permite a construção de nascer, depois de expulso ou extraído do corpo da mãe,
importantes indicadores para o delineamento do perfil de respire ou apresente outro sinal de vida tal como batimento
saúde de uma região. Assim, a partir das informações cardíaco, pulsação do cordão umbilical ou movimentos
contidas nesse Sistema, pode-se obter a mortalidade efetivos dos músculos de contração voluntária, estando ou
proporcional por causas, faixa etária, sexo, local de não desprendida a placenta”. A obrigatoriedade desse
ocorrência e residência e letalidade de agravos dos quais se registro é também dada pela Lei n° 6.015/73. No caso de
conheça a incidência, bem como taxas de mortalidade geral, gravidez múltipla, deve ser preenchida uma DN para cada
infantil, materna ou por qualquer outra variável contida na criança nascida viva.
DO, uma vez que são disponibilizadas várias formas de
cruzamento dos dados. Entretanto, em muitas áreas, o uso É sabida a ocorrência de uma proporção razoável de
dessa rica fonte de dados é prejudicada pelo não subnotificação de nascimentos, estimada em até 35% para
preenchimento correto das DO, com omissão de dados alguns estados, em 1999, particularmente nas regiões Norte
como, por exemplo, estado gestacional ou puerperal, ou e Nordeste - que nesse ano apresentaram cobertura média
pelo registro excessivo de causas mal definidas, em torno de 80% do número de nascidos vivos estimado
prejudicando o uso dessas informações nas diversas para cada região, motivo que levou as áreas responsáveis
instâncias do sistema de saúde. Estas análises devem ser pelas estatísticas vitais a realizarem uma busca ativa nas
realizadas em todos os níveis do sistema, sendo subsídios unidades emissoras de DNs. Entretanto, nesse mesmo
fundamentais para o planejamento de ações dos gestores. período, a captação de nascimentos pelo Sinasc encontrava-
se igual ou superior a 100% em relação às estimativas
demográficas nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, com
índices mínimos de 87%, 90% e 96% em três estados. Tais
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dados revelam progressiva melhoria da cobertura desse da Declaração de Nascido Vivo ou da digitação de dados.
sistema, o que favorece sua utilização como fonte de dados Sua validação é feita pelo cruzamento de variáveis para
para a confecção de alguns indicadores. verificação de consistência, como, por exemplo, o peso do
bebê com o tempo de gestação ou a idade da mãe com a
Igualmente à DO, os formulários de Declaração de
paridade.
Nascido vivo são pré-numerados, impressos em três vias
coloridas e distribuídos às SES pela SVS/MS. As SES A utilização dos dados deste sistema para o
encarregavam-se, até recentemente, e sua distribuição aos planejamento e tomada de decisões nas três esferas de
estabelecimentos de saúde e cartórios. Apesar da governo ainda é incipiente. Na maioria das vezes, como
preconização de que as SMS devem assumir esse encargo, denominador para o cálculo de taxas como as de
isto ainda não está acontecendo em todo o território mortalidade infantil e materna, por exemplo. Apesar disso,
nacional. alguns indicadores vêm sendo propostos - a grande maioria
voltada à avaliação de risco da mortalidade infantil e a
O fluxo recomendado pelo Ministério da Saúde para
qualidade da rede de atenção à gravidez e ao parto.
a DN (Figura 4) tem a mesma lógica que orienta o da DO.
Entre os indicadores de interesse para a atenção à
saúde materno-infantil, são imprescindíveis as informações
Figura 4: Fluxo da declaração de nascido vivo. contidas na DN: proporção de nascidos vivos de baixo peso,
proporção de nascimentos prematuros, proporção de partos
hospitalares, proporção de nascidos vivos por faixa etária da
mãe, valores do índice Apgar no primeiro e quinto minutos,
número de consultas pré-natal realizadas para cada
nascido vivo, dentre outros. Além desses, podem ainda ser
calculados indicadores clássicos voltados à caracterização
geral de uma população, como a taxa bruta de natalidade e
a taxa de fecundidade geral.
Fonte: SVS/MS, Portaria nº 20, de 3 de outubro de 2003 SISTEMA DE INFORMAÇÕES HOSPITALARES (SIH/SUS)
O SIH/SUS, que possui dados informatizados desde
1984, não foi concebido sob a lógica epidemiológica, mas
Nos partos ocorridos em estabelecimentos de saúde, sim com o propósito de operar o sistema de pagamento de
a primeira via (branca) da DN preenchida será para a SMS; a internação dos hospitais contratados pelo Ministério da
segunda (amarela) deverá ser entregue ao responsável pela Previdência. Posteriormente, foi estendido aos hospitais
criança, para a obtenção da Certidão de Nascimento no filantrópicos, universitários e de ensino e aos hospitais
Cartório de Registro Civil, onde ficará retida; a terceira públicos municipais, estaduais e federais. Nesse último caso,
(rosa) será arquivada no prontuário da puérpera. Para os somente aos da administração indireta e de outros
partos domiciliares com assistência médica, a primeira via ministérios.
deverá ser enviada para a SMS e a segunda e terceira vias
entregues ao responsável, que utilizará a segunda via para Reúne informações de cerca de 70% dos
registro do nascimento em cartório e a terceira para internamentos hospitalares realizados no país, tratando-se,
apresentação em unidade de saúde onde realizar a primeira portanto, de grande fonte das enfermidades que requerem
consulta da criança. Nos partos domiciliares sem assistência internação, importante para o conhecimento da situação de
médica, a DN será preenchida no Cartório de Registro Civil, saúde e gestão de serviços. Ressalte-se sua gradativa
que reterá a primeira via, a ser recolhida pela SMS, e a incorporação à rotina de análise e informações de alguns
segunda, para seus arquivos. A terceira via será entregue ao órgãos de vigilância epidemiológica de estados e municípios.
responsável, que a destinará à unidade de saúde do Seu instrumento de coleta de dados é a Autorização
primeiro atendimento da criança. de Internação Hospitalar (AIH), atualmente emitida pelos
Também nesses casos as primeiras vias da DN estados a partir de uma série numérica única definida
deverão ser recolhidas ativamente pelas secretarias anualmente em portaria ministerial. Este formulário
municipais de saúde, que após digitá-las envia o consolidado contém, entre outros, os dados de atendimento, com os
para as SES, onde os dados são processados e distribuídos diagnósticos de internamento e alta (codificados de acordo
segundo o município de residência e, a seguir, enviados para com a CID), informações relativas às características de
o MS, que os reagrupa por estados de residência, sendo pessoa (idade e sexo), tempo e lugar (procedência do
disponibilizados pela SVS através do paciente) das internações, procedimentos realizados,
site www.datasus.gov.br e em CD-ROM. Em todos os níveis valores pagos e dados cadastrais das unidades de saúde,
do sistema, os dados deverão ser criticados. As críticas que permitem sua utilização para fins epidemiológicos.
realizadas visam detectar possíveis erros de preenchimento
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As séries numéricas de AIHs são mensalmente O SIH/SUS foi desenvolvido para propiciar a
fornecidas pelo Ministério da Saúde às secretarias estaduais elaboração de alguns indicadores de avaliação de
de saúde (Figura 5), de acordo com o quantitativo anual desempenho de unidades, além do acompanhamento dos
estipulado para o estado, que desde o início de 1995 é números absolutos relacionados à freqüência de AIHs e que
equivalente ao máximo de 9% da população residente vêm sendo cada vez mais utilizados pelos gestores para uma
(estimada pelo IBGE). Quando se trata de município em primeira aproximação da avaliação de cobertura de sua rede
gestão plena do sistema, a cota de AIH definida pela hospitalar, e até para a priorização de ações de caráter
Programação Pactuada e Integrada (PPI) é repassada preventivo.
diretamente pelo Ministério da Saúde para o município. O
Entre suas limitações encontram-se a cobertura dos
banco de dados do prestador envia as informações para o
dados (que depende do grau de utilização e acesso da
Datasus, com cópia para a secretaria estadual de saúde. Nos
população aos serviços da rede pública própria, contratada
municípios em gestão plena de atenção básica, é o estado
e conveniada ao SUS), ausência de críticas informatizadas,
que faz a gestão da rede hospitalar.
possibilidade das informações pouco confiáveis sobre o
Figura 5: Fluxo básico de Autorização de Internação endereço do paciente, distorções decorrentes de falsos
Hospitalar (AIH). diagnósticos e menor número de internamentos que o
necessário, em função das restrições de recursos federais –
problemas que podem resultar em vieses nas estimativas.
Contudo, ao contrário do que ocorre nos bancos de
dados dos sistemas descritos anteriormente, os dados do
SIH/SUS, não podem ser corrigidos após terem sido
enviados, mesmo após investigados e confirmados erros de
digitação, codificação ou diagnóstico. O Sistema também
não identifica reinternações e transferências de outros
hospitais, o que, eventualmente leva a duplas ou triplas
contagens de um mesmo paciente.
Apesar de todas as restrições, essa base de dados é
de extrema importância para o conhecimento do perfil dos
atendimentos na rede hospitalar. Adicionalmente, não pode
ser desprezada a agilidade do Sistema. Os dados por ele
aportados tornam-se disponíveis aos gestores em menos de
um mês, e cerca de dois meses para a disponibilização do
consolidado Brasil. Para a vigilância epidemiológica,
avaliação e controle de ações, esta é uma importante
qualidade para o estímulo à sua análise rotineira.
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permitem delinear os perfis de morbidade da população, a residem cerca de 150 famílias), área de abrangência da
não ser pela inferência a partir dos serviços utilizados. equipe de Saúde da Família (território onde residem
aproximadamente mil famílias), segmento, zonas urbana e
Entretanto, como sua unidade de registro de
rural, município, estado, regiões e país. Assim, o Sistema
informações é o procedimento ambulatorial realizado,
possibilita a microlocalização de problemas de saúde como,
desagregado em atos profissionais, outros indicadores
por exemplo, a identificação de áreas com baixas coberturas
operacionais podem ser importantes como complemento
vacinais ou altas taxas de prevalência de doenças (como
das análises epidemiológicas, por exemplo: número de
tuberculose e hipertensão), permitindo a espacialização das
consultas médicas por habitante/ano; número de consultas
necessidades e respostas sociais e constituindo-se em
médicas por consultório; número de exames/terapias
importante ferramenta para o planejamento e avaliação das
realizados pelo quantitativo de consultas médicas.
ações de vigilância da saúde.
Desde julho de 1994 as informações relacionadas a
Sistema de Informações de Vigilância Alimentar e
esse sistema estão disponíveis no site www.datasus.gov.br e
Nutricional (Sisvan)
por CD-ROM.
Instrumento de políticas federais, focalizadas e
Ressalte-se como importante módulo o
compensatórias. Atualmente, encontra-se implantado em
cadastramento de unidades ambulatoriais contratadas,
aproximadamente 1.600 municípios considerados de risco
conveniadas e da rede pública própria dos estados e para a mortalidade infantil. Disponibiliza informações sobre
municípios, bem como as informações sobre profissionais
o programa de recuperação de crianças desnutridas e
por especialidade.
gestantes sob risco nutricional.
Quando da análise de seus dados, deve-se atentar Sistema de Informações do Programa Nacional de
para as questões relativas à cobertura, acesso, procedência Imunização (SI-PNI)
e fluxo dos usuários dos serviços de saúde.
Implantado em todos os municípios brasileiros,
fornece dados relativos à cobertura vacinal de rotina e, em
OUTRAS IMPORTANTES FONTES DE DADOS campanhas, taxa de abandono e controle do envio de
boletins de imunização. Além do módulo de avaliação do
A depender das necessidades dos programas de PNI, este Sistema dispõe de um subsistema de estoque e
controle de algumas doenças, outros sistemas de distribuição de imunobiológicos para fins gerenciais.
informação complementares foram desenvolvidos pelo
Cenepi, tais como o FAD (Sistema de informação da febre Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da
amarela e dengue), que registra dados de infestação Água para Consumo Humano (Siságua)
pelo Aedes aegypti, a nível municipal, e outros dados Fornece informações sobre a qualidade da água para
operacionais do programa. consumo humano, proveniente dos sistemas público e
Outros sistemas de informação que também podem privado, e soluções alternativas de abastecimento. Objetiva
ser úteis à vigilância epidemiológica, embora restritos a uma coletar, transmitir e disseminar dados gerados
área de atuação muito específica, quer por não terem uma rotineiramente, de forma a produzir informações
abrangência nacional ou por não serem utilizados em todos necessárias à prática da vigilância da qualidade da água de
os níveis de gestão, são: consumo humano (avaliação da problemática da qualidade
da água e definição de estratégias para prevenir e controlar
Sistema de Informação da Atenção Básica (Siab) os processos de sua deterioração e transmissão de
Sistema de informação territorializado que coleta enfermidades) por parte das secretarias municipais e
dados que possibilitam a construção de indicadores estaduais de saúde, em cumprimento à Portaria nº 36/90,
populacionais referentes a áreas de abrangência bem do Ministério da Saúde.
delimitadas, cobertas pelo Programa de Agentes Além das informações decorrentes dos sistemas
Comunitários de Saúde e Programa Saúde da Família. descritos existem outras grandes bases de dados de
Sua base de dados possui três blocos: o interesse para o setor saúde, com padronização e
cadastramento familiar (indicadores sociodemográficos dos abrangência nacionais. Entre elas destacam-se: Cadernos de
indivíduos e de saneamento básico dos domicílios); o Saúde e Rede Interagencial de Informação para a
acompanhamento de grupos de risco (menores de dois Saúde/Ripsa, da qual um dos produtos é o IDB/Indicadores e
anos, gestantes, hipertensos, diabéticos, pessoas com Dados Básicos para a Saúde (acesso
tuberculose e pessoas com hanseníase); e o registro de via www.datasus.gov.br ou www.saude.gov.br), além
atividades, procedimentos e notificações (produção e daquelas disponibilizadas pelo IBGE (particularmente no que
cobertura de ações e serviços básicos, notificação de se refere ao Censo Demográfico, à Pesquisa Brasileira por
agravos, óbitos e hospitalizações). Amostragem de Domicílios – Pnad e Pesquisa Nacional de
Saneamento Básico 2000). É também importante verificar
Os níveis de agregação do SIAB são: microárea de outros bancos de dados de interesse à área da saúde, como
atuação do agente comunitário de saúde (território onde
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os do Ministério do Trabalho (Relação Anual de Informações sistemas assume valor inestimável como instrumento de
Sociais/Rais) e os do Sistema Federal de Inspeção do suporte ao controle social, prática que deve ser estimulada
Trabalho (informações sobre riscos ocupacionais por e apoiada em todos os níveis e que deve definir os
atividade econômica), bem como fontes de dados instrumentos de informação, tanto para os profissionais de
resultantes de estudos e pesquisas realizados por saúde como para a comunidade.
instituições como o Ipea e relatórios e outras publicações de
associações de empresas que atuam no setor médico
supletivo (medicina de grupo, seguradoras, autogestão e PERSPECTIVAS ATUAIS
planos de administração).
Desde 1992, a SVS vem desenvolvendo, de forma
A maioria dos sistemas de informação ora descentralizada, uma política de estímulo ao uso da
apresentados possui manual instrucional e modelos dos informação e da informática como subsídio à implantação
instrumentos de coleta (fichas e declarações) para do SUS no país. Para isso, adotou iniciativas junto aos
implantação e utilização em computador – disponibilizados estados e municípios, visando a descentralização do uso do
pela Secretaria de Vigilância em Saúde. SIM, Sinan e Sinasc, financiou cursos de informação,
epidemiologia e informática, e divulgou os programas EPI-
A utilização dos sistemas de informações de saúde e
Info e Epimap.
de outras fontes de dados, pelos serviços de saúde e
instituições de ensino e pesquisa, dentre outras, pode ser Este processo vem avançando, particularmente, a
viabilizada via Internet, propiciando o acesso a dados nas partir da implantação da Norma Operacional Básica do
seguintes áreas: Sistema Único de Saúde (NOB 01/96) e da instituição da
transferência de recursos, fundo a fundo, para o
• demografia – informações sobre população,
desenvolvimento de atividades na área de epidemiologia
mortalidade e natalidade;
(Portaria MS nº 1.399/99).
• morbidade – morbidade hospitalar e ambulatorial,
registros especiais, seguro social, acidentes de trânsito,
de trabalho, etc.; meio ambiente: saneamento básico, CONSIDERAÇÕES FINAIS
abastecimento de água, destino dos dejetos e lixo,
A compatibilidade das principais bases de dados dos
poluição ambiental, condições de habitação, estudo de
diversos sistemas de informações em saúde, com vistas à
vetores;
sua utilização conjunta, é meta há algum tempo buscada
• recursos de saúde e produção de serviços – recursos pelos profissionais que trabalham com a informação no
físicos, humanos, financeiros, produção na rede de setor saúde. A uniformização de conceitos e definições do
serviços básicos de saúde e em outras instituições de Sinan, Sinasc e SIM é exemplo das iniciativas adotadas no
saúde, vigilância sanitária; no âmbito documental e sentido de obter a compatibilização destes sistemas que,
administrativo: legislação médico-sanitária, referências entretanto, até o momento ainda não foi totalmente
bibliográficas e sistemas administrativos. atingida.
Existem outros dados necessários ao município e A necessidade de integração dos bancos de dados,
não coletados regularmente, que podem ser obtidos para maior dinamização das ações de vigilância
mediante de inquéritos e estudos especiais, de forma epidemiológica por meio da utilização dos sistemas
eventual e localizada. Contudo, é preciso haver nacionais de informações descritos, apresenta-se como pré-
racionalidade na definição dos dados a serem coletados, requisito para o melhor desenvolvimento de uma política de
processados e analisados no SIS, para evitar desperdício de informação e informática para o SUS.
tempo, recursos e descrédito no sistema de informação,
tanto pela população como pelos técnicos.
Questões
01. Nos caminhos do direito à saúde, o movimento que
DIVULGAÇÃO DAS INFORMAÇÕES
assegurou a universalização do acesso aos serviços de
A retroalimentação dos sistemas deve ser saúde, a integração das ações e a unificação dos
considerada um dos aspectos fundamentais para o contínuo serviços concretizaram-se através:
processo de aperfeiçoamento, gerência e controle da
qualidade dos dados. Tal prática deve ocorrer nos seus A) Sistema Único de Saúde - SUS
diversos níveis, de forma sistemática, com periodicidade B) Ações Integradas de Saúde - AIS
previamente definida, de modo a permitir a utilização das C) Sistema Único Descentralizado da Saúde - SUDS
informações quando da tomada de decisão e nas atividades D) Programa Nacional de Serviços Básicos da Saúde -
de planejamento, definição de prioridades, alocação de PREV-Saúde
recursos e avaliação dos programas desenvolvidos. E) Conselho Nacional de Administração da Saúde
Adicionalmente, a divulgação das informações geradas pelos Previdenciária – CONASP
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02. (FUNCAB – SES GOIÁS – 2010) O acompanhamento Das doenças descritas abaixo, assinale a alternativa das
pré-natal tem como objetivo verificar e diagnosticar que devem ser notificadas.
doenças e alterações que possam comprometer a
saúde materna e fetal. Diversos estudos brasileiros A) Cólera, Tuberculose, Hanseníase, Dengue, Febre
constataram que o número de consultas realizadas no Amarela.
pré-natal tem relação direta com o grau de B) Varíola, Coqueluche, Febre Maculosa, Caxumba, Aids.
escolaridade das mães. Com relação a estes estudos, as C) Hantavirose, Hepatite A, B e C, Malária, Meningite.
variáveis analisadas foram obtidas de que sistema de D) Doença de Chagas, Esquistossomose, Caxumba,
informação? Hepatite A e C.
A) Ficha Individual de Notificação (FIN). A) O Sistema de Informação da Atenção Básica (SIAB) foi
B) Autorização de Internação Hospitalar (AIH). implantado para o acompanhamento das ações e dos
C) Declaração de Nascidos Vivos ( DNV). resultados das atividades realizadas pelas equipes do
D) Declaração de Óbito (DO). Programa Saúde da Família (PSF).
E) Boletim de Produção Ambulatorial (BPA). B) O Programa Nacional da Infância (PNI) permite o
gerenciamento do processo de vacinação infantil.
04. Prova: INSTITUTO CIDADES - 2010 - C) O Sistema de Cadastro de Mortalidade (SISCAM)
Enfermeiro Questão QEF170 - Disciplina: SUS - objetiva dar suporte ao controle de mortalidade no
Sistema Único de Saúde - A avaliação dos serviços de Brasil.
saúde prestados à população, a análise da situação da D) O Sistema de Cadastramento e Acompanhamento de
saúde no País, a avaliação da gestão municipal e a Pacientes Portadores de AIDS (HIPERDIA) destina-se ao
comparação dos dados de cada município são cadastramento e ao acompanhamento de pacientes
baseadas em bancos de dados nacionais de HIV positivo atendidos na rede ambulatorial do SUS,
alimentação obrigatória por parte dos municípios permitindo a geração de informação para aquisição,
habilitados, tais como, EXCETO: dispensação e distribuição de medicamentos, de forma
regular e sistemática, a todos os pacientes
A) SIA – Sistema de Informações Ambulatoriais cadastrados.
B) SIM – Sistema de Informação sobre Mortalidade. E) O Sistema de Acompanhamento do Recém-nascido
C) SINAN – Sistema de Informação sobre Agravos de (SISPRENATAL) permite o cadastramento e o
Notificação. acompanhamento de todos os recém-nascidos no
D) SISVAN – Sistema de Vigilância de Agravos aos âmbito do SUS.
Nascidos vivos.
Questões Ebserh
05. Prova: CONSESP - 2012 - Prefeitura de Batatais/SP -
Enfermeiro Questão QEF1525 - Disciplina: Saúde 08. O documento de entrada do Sistema de Informações
Pública/ Saúde da Família - O SINAN (Sistema Nacional sobre Nascidos Vivos é:
de Agravos de Notificação) é o Sistema de Informação A) Certidão de Nascimento.
utilizado pelo Ministério da Saúde no armazenamento B) Resumo de alta hospitalar do binômio mãe/recém
e processamento de dados referentes às doenças de nato.
Notificação Compulsória. C) Notificação de parto
D) Declaração de Nascido Vivo.
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I- Os Sistemas de Informação em Saúde são aplicativos 04. O Conselho de Saúde, tem caráter permanente e
de Tecnologia da Informação, destinados a fornecer deliberativo.
informações e estatísticas de interesse médico ( ) Certo ( ) Errado
hospitalar, médico ambulatorial, medicina pública,
medicina investigativa (pesquisa e desenvolvimento), 05. O Conselho de Saúde é um órgão colegiado composto
dentre outras. por representantes do governo, prestadores de
II- Necessariamente, são banco de dados que serviço, profissionais de saúde e usuários.
armazenam textos, dados quantitativos e imagens, ( ) Certo ( ) Errado
com capacidade de geração rápida de relatórios e
interação com internet, intranet, extranet, chats, O conselho de saúde, em cada nível de governo, é um
fóruns, bibliotecas, enciclopédias digitais. órgão colegiado, de caráter permanente. Com
III- Os Sistemas de Informação em Saúde podem ser referencia aos conselhos de saúde no Brasil, julgue os
desenvolvidos para uso somente macroeconômico seguintes itens.
tais como Ministérios, Secretarias de Estado ou
Prefeituras (neste caso condensando informações de 06. Todos têm caráter deliberativo.
outros subsistemas ou redes locais). ( ) Certo ( ) Errado
IV- Os Sistemas de Informação em Saúde não podem ser
interligados a outros Sistemas. 07. Na composição desses conselhos não participam os
prestadores de serviço da saúde.
( ) Certo ( ) Errado
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Durante uma conversa relativa ao Sistema Único de 22. As ações de saúde do trabalhador estão excluídas do
Saúde (SUS) entre dois profissionais médicos, um dos campo de atuação do SUS.
interlocutores emitiu uma série de comentários sobre ( ) Certo ( ) Errado
os conselhos municipais de saúde. Julgue esses
comentários, que estão contidos nos itens a seguir. 23. Os objetivos do SUS incluem a coordenação das ações
de saneamento básico.
14. Os conselhos municipais de saúde representam ( ) Certo ( ) Errado
instâncias com características basicamente consultivas.
( ) Certo ( ) Errado 24. É de responsabilidade do SUS a formulação e execução
da política de sangue e seus derivados.
15. Por lei, o conselho municipal de saúde deve ser ( ) Certo ( ) Errado
constituído por, no máximo, 4 membros: um
representante do governo municipal, dos prestadores No Brasil, as ações e serviços públicos de saúde e os
de serviço, dos profissionais de saúde e dos usuários. serviços privados (conveniados e contratados) que
( ) Certo ( ) Errado integram o SUS obedecem a princípios organizativos e
doutrinários. Acerca desses princípios, julgue os itens a
seguir.
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25. A legislação do SUS determina a universalidade de 33. A lei em questão definiu que todos os municípios
acesso aos serviços de saúde em todos os níveis de implantassem, no prazo previsto de dois anos, o plano
assistência e em todo o território nacional. de carreira, cargos e salários para os trabalhadores do
( ) Certo ( ) Errado SUS, condicionando a essa exigência o repasse de
recursos financeiros da União.
26. O princípio do acesso universal às ações e aos serviços ( ) Certo ( ) Errado
de saúde no Brasil se traduz na Constituição Federal,
quando o texto desta afirma que a saúde é direito de 34. Segundo a lei em apreço, a representação dos
todos e dever do Estado. prestadores de serviços nas conferências de saúde
( ) Certo ( ) Errado deve ser paritária em relação ao conjunto dos demais
segmentos.
27. A diretriz da descentralização político-administrativa ( ) Certo ( ) Errado
do SUS contribuiu para o atual grau de
municipalização, regionalização e hierarquização da A criação do Sistema Único de Saúde (SUS)
rede de serviços de saúde no Brasil. representou, em termos de sua legislação, uma
( ) Certo ( ) Errado afirmação política do compromisso do Estado
brasileiro para com os direitos de seus cidadãos. Em
28. O SUS tem direção única em cada esfera de governo, relação ao arcabouço legal do SUS, julgue os itens
pressupondo a conjugação dos recursos financeiros, seguintes.
tecnológicos, materiais e humanos da União, dos
estados, do DF e dos municípios na prestação dos 35. As ações e serviços de saúde foram definidos pela
serviços de saúde à população. Constituição Federal como de relevância pública,
( ) Certo ( ) Errado cabendo ao poder público e ao setor privado dispor
acerca da sua regulamentação, fiscalização e controle.
29. De acordo com a Constituição Federal, a saúde deve ( ) Certo ( ) Errado
ser garantida mediante políticas econômicas e sociais
que visem à redução do risco de adoecer e morrer da 36. A direção do SUS é exercida no âmbito da União pelo
população. Por isso, os recursos financeiros específicos Ministério da Saúde, e, no âmbito dos estados, do
do SUS podem, na esfera municipal, ser aplicados em Distrito Federal (DF) e dos municípios, pelas
ações de saneamento básico, incluindo a coleta pública respectivas secretarias de saúde ou órgãos
regular do lixo urbano. equivalentes.
( ) Certo ( ) Errado ( ) Certo ( ) Errado
Com relação à Lei n.º 8.142/1990, que dispõe acerca 37. A Lei n.o 8.080/1990, em consonância com a
da participação da comunidade na gestão do SUS e das Constituição Federal, regula em todo o território
transferências intergovernamentais de recursos nacional as ações e serviços de saúde executados
financeiros na área da saúde, julgue os próximos itens. isolada ou conjuntamente, em caráter permanente ou
eventual, por pessoas naturais ou jurídicas, de direito
30. O SUS conta, em cada esfera de governo, com as público ou privado.
seguintes instâncias colegiadas de participação da ( ) Certo ( ) Errado
sociedade: comissão intergestora bipartite, consórcio
intermunicipal de saúde e conferência de saúde. 38. Devem ser observados os princípios éticos e as normas
( ) Certo ( ) Errado expedidos pelo órgão de direção do SUS quanto às
condições para o funcionamento dos serviços privados
31. A conferência nacional de saúde, realizada a cada de assistência a saúde.
quatro anos com representação de vários segmentos ( ) Certo ( ) Errado
sociais, avalia e altera, se necessário, em caráter
permanente e deliberativo, a legislação da saúde no 39. Segundo mandamento constitucional, o SUS é
Brasil. financiado com recursos do orçamento da seguridade
( ) Certo ( ) Errado social em 50%, da União em 25% e dos estados em
25%.
32. Para o recebimento de recursos financeiros do Fundo ( ) Certo ( ) Errado
Nacional de Saúde, os municípios, os estados e o DF
deverão definir nos seus respectivos orçamentos suas No Brasil, as ações e os serviços públicos de saúde
contrapartidas de recursos financeiros para a saúde. integram uma rede regionalizada e hierarquizada e
( ) Certo ( ) Errado constituem o Sistema Único de Saúde (SUS). Acerca
desse sistema, julgue os itens que se seguem.
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40. Os serviços de saúde privados podem participar do SUS 47. A Lei n.º 8.080/1990 não prevê, no rol de
em caráter complementar. competências do SUS, a fiscalização e o controle das
( ) Certo ( ) Errado condições de produção e extração de substâncias de
produtos que apresentam riscos à saúde do
41. Compete ao SUS coordenar a formulação da política de trabalhador.
saneamento básico e a execução das ações nela ( ) Certo ( ) Errado
previstas.
( ) Certo ( ) Errado 48. Conforme disposto na CF, a direção do SUS é exercida,
no âmbito dos estados e do Distrito Federal, pelo
42. Cabem à direção estadual do SUS o estabelecimento Ministério da Saúde e, no âmbito dos municípios, pelas
de normas e a execução da vigilância sanitária de secretarias municipais de saúde ou órgãos
portos, aeroportos e fronteiras. equivalentes.
( ) Certo ( ) Errado ( ) Certo ( ) Errado
43. A Programação Pactuada Integrada (PPI) é um 49. É previsto na CF e na Lei n.º 8.080/1990 que a política
instrumento de gestão do SUS, elaborado pelo de recursos humanos na área de saúde será
Ministério da Saúde e aprovado pelos conselhos formalizada e executada pelo governo e cumprirá o
municipais e estaduais de saúde. objetivo de organização de um sistema de formação de
Com referência à gestão financeira do SUS, julgue os recursos humanos em todos os níveis de ensino e o de
itens a seguir. elaboração de programas de permanente
( ) Certo ( ) Errado aperfeiçoamento de pessoal.
( ) Certo ( ) Errado
44. Para receberem os recursos destinados à cobertura das
ações e dos serviços de saúde, municípios, estados e 50. O Pacto de Gestão do SUS prioriza, de forma
Distrito Federal não precisam contar necessariamente inequívoca, a responsabilidade sanitária de cada
com conselhos de saúde. instância gestora do SUS e estabelece diretrizes com
( ) Certo ( ) Errado ênfase na descentralização, regionalização,
financiamento, programação pactuada e integrada,
45. Os municípios habilitados em gestão plena da atenção controle social, regulação, participação e controle
básica ampliada estão também habilitados em gestão social, planejamento, gestão de trabalho e educação
plena do sistema municipal. na saúde.
( ) Certo ( ) Errado ( ) Certo ( ) Errado
A Lei n.º 8.080/1990 estabelece as disposições legais A seguridade social compreende um conjunto
para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a integrado de ações de iniciativa dos poderes públicos e
organização e o funcionamento dos serviços. A Lei n.º da sociedade destinado a assegurar o direito à saúde.
8.142/1990 dispõe acerca da participação da Com respeito a essa rede de proteção social, julgue os
comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde itens que se seguem.
(SUS) e acerca das transferências intergovernamentais
de recursos financeiros na área da saúde. Essas leis 54. Um dos objetivos da seguridade social é a garantia de
regulamentam determinações da Constituição Federal universalidade do atendimento de saúde.
(CF), a respeito da descentralização das ações e dos ( ) Certo ( ) Errado
serviços de saúde. O SUS é considerado um sólido
sistema de saúde, que ao longo de sua história teve 55. Na legislação brasileira, as ações e os serviços de saúde
muitos avanços e desafios. Com o objetivo de superar não são considerados de relevância pública.
as dificuldades financeiras, em 2006, os gestores de ( ) Certo ( ) Errado
saúde elaboraram o Pacto pela Saúde, que, ao longo
dos anos, será revisado com base nos princípios do 56. Segundo a Constituição Federal, as políticas
SUS, dando ênfase às necessidades de saúde da econômicas devem garantir redução de riscos de
população. agravos à saúde.
Tendo como referência inicial o texto acima, julgue os ( ) Certo ( ) Errado
itens a seguir.
Quanto às competências dos diferentes níveis de
46. De acordo com o capítulo I da Lei n.º 8.080/1990, o direção do SUS, julgue os itens seguintes.
campo de atuação do SUS, no que se refere à execução
de ações, inclui as ações de vigilância sanitária, de
vigilância epidemiológica e de saúde do trabalhador.
( ) Certo ( ) Errado
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57. Cabem à direção estadual estabelecer normas e recursos mínimos a serem aplicados pela União, pelos
executar a vigilância sanitária de portos, aeroportos e estados e pelos municípios em ações e serviços
fronteiras. públicos de saúde, assim como as normas de cálculo do
( ) Certo ( ) Errado montante a ser aplicado pela União, dispensando a
formulação de lei complementar para esse fim.
58. Cabe à direção municipal controlar e fiscalizar os ( ) Certo ( ) Errado
procedimentos dos serviços privados de saúde.
( ) Certo ( ) Errado O Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS)
e o PSF desafiaram os municípios quanto às formas
59. Cabe à direção municipal executar ações de mais adequadas de contratação de seus agentes. Com
saneamento básico. base na legislação vigente e considerando
( ) Certo ( ) Errado especialmente a emenda constitucional que trata da
questão, julgue os itens de 66 a 70.
60. Não cabe à direção municipal formar consórcios
administrativos intermunicipais. 66. A legislação vigente permite aos gestores locais do SUS
( ) Certo ( ) Errado contratar agentes comunitários de saúde (ACS) e
agentes de combate às endemias, desde que
Em relação ao financiamento de ações e serviços do aprovados em processos seletivos públicos, salvo em
Sistema Único de Saúde (SUS), julgue os itens que se situações especiais dispostas em lei.
seguem. ( ) Certo ( ) Errado
61. O texto constitucional definiu diretrizes para o 67. O texto constitucional, que dispõe sobre a contratação
estabelecimento dos recursos mínimos a serem dos ACS, ordenou a substituição imediata de todos os
aplicados pela União, pelos estados, pelo Distrito agentes contratados anteriormente à data de sua
Federal (DF) e pelos municípios em ações e serviços promulgação, o que impediu o aproveitamento
públicos de saúde, comprometendo efetivamente as inclusive daqueles que já atuavam nos municípios,
três esferas do governo com o financiamento do setor ainda que tivessem sido submetidos a processos
saúde. seletivos públicos antes da contratação.
( ) Certo ( ) Errado ( ) Certo ( ) Errado
62. A não-observância da aplicação do mínimo exigido da 68. Aos gestores locais do SUS foi permitida e
receita resultante de impostos estaduais nas ações e regulamentada a contratação direta (pelo regime
serviços públicos de saúde autoriza a União a intervir estatutário ou celetista) e, em situações especiais, a
nos estados e no DF. contratação indireta (por meio de organizações não-
( ) Certo ( ) Errado governamentais, cooperativas ou associações de
moradores de bairro) dos ACS e agentes de combate às
63. A atuação efetiva do conselho de saúde no endemias, prática esta já instituída em larga escala
acompanhamento e na fiscalização dos recursos pelos municípios brasileiros mesmo anteriormente à
destinados às ações e serviços de saúde visa lei.
comprovar a legalidade e avaliar os resultados da ( ) Certo ( ) Errado
gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos
diferentes níveis do SUS, imputando as penalidades 69. O texto constitucional prevê que lei federal disporá
que couberem, prescindindo da atuação dos Poderes sobre o regime jurídico e a regulamentação das
Legislativo e Judiciário. atividades de ACS e agente de combate às endemias.
( ) Certo ( ) Errado ( ) Certo ( ) Errado
64. Segundo o texto constitucional, os recursos dos 70. Especialmente em relação ao servidor que exerça
estados, do DF e dos municípios, além daqueles funções equivalentes às de ACS ou de agente de
transferidos pela União, destinados ao financiamento combate às endemias, o texto constitucional prevê a
de ações e serviços públicos de saúde, deverão ser perda de cargo em caso de descumprimento dos
aplicados por meio de contas específicas de cada requisitos específicos, fixados em lei, para o seu
programa de saúde, a exemplo do Programa de Saúde exercício, além das demais hipóteses previstas em lei
da Família (PSF), programas de controle de endemias e para perda de cargo no caso de servidor público
programa de prevenção do câncer de colo uterino. estável em geral.
( ) Certo ( ) Errado ( ) Certo ( ) Errado
65. O texto constitucional regulamentou os valores O sistema de saúde brasileiro está constituído por um
percentuais que devem ser usados para o cálculo dos amplo conjunto de instituições gestoras e prestadoras
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de serviços do setor público de saúde, mantido pelas integração das várias formas de repasse dos recursos
três esferas de governo, e ampliado com a participação federais aos estados e municípios.
do setor privado contratado. Em relação ao SUS, julgue ( ) Certo ( ) Errado
os itens seguintes.
78. Constituem os principais instrumentos do
71. A legislação permite, de maneira ampla, que a planejamento da regionalização, entendida como uma
assistência à saúde seja livre à iniciativa privada, porém diretriz do Pacto pela Saúde: o Plano Diretor para a
estabelece que a contratação de serviços privados de Racionalização de Recursos (PDR), o Plano Diretor de
saúde pelo SUS, em caráter complementar, deverá Informação em Saúde (PDIS) e a Programação de
considerar de forma preferencial as entidades Expansão da Estratégia de Saúde da Família (PROESF).
filantrópicas e as sem fins lucrativos. ( ) Certo ( ) Errado
( ) Certo ( ) Errado
79. Com relação à programação pactuada integrada os
72. Compete ao Ministério da Educação ordenar a municípios devem explicitar os recursos que serão
formação dos recursos humanos de todas as áreas, destinados à assistência à saúde de sua própria
incluindo a área da saúde, podendo, no entanto, população e da população referenciada de outros
sempre que necessário, convocar o SUS para participar municípios, de acordo com o pactuado.
e emitir parecer a respeito de cada processo. ( ) Certo ( ) Errado
( ) Certo ( ) Errado
80. A responsabilidade pela atenção básica e pelas ações
73. Pessoas que sejam proprietárias, administradores ou básicas de vigilância em saúde constitui, nas diretrizes
dirigentes de entidades ou serviços contratados pelo operacionais do Pacto pela Saúde, o conjunto de
SUS estão impedidas de exercerem cargos de chefia no responsabilidades não compartilhadas, ou seja, elas
âmbito do próprio SUS. devem ser assumidas em cada município do país.
( ) Certo ( ) Errado ( ) Certo ( ) Errado