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Teoria Musical
Aplicada ao violão ou à guitarra

Índice
1- O Princípio Binário
2- O Pulso Básico
3- As Notas Musicais
4- Princípios Básicos da Notação Musical
5- Figuras Rítmicas
6- Intervalos
7- Os Acordes
8- Cifragem
9- Compassos
10 Fórmulas de Compassos
11- Procedimentos para Montagem de Acordes
12- Funções Harmônicas
13- O Sistema Tonal
14- Ciclos Simétricos
Atrium Escola de Música 2

Rua do Rosário 683, Centro, Resende –
www.atriumescolademusica.com Tel: (24)21091596 / 988599325
 O Princípio Binário
O princípio binário é o princípio básico de organização do texto musical tonal. Podemos

dizer que assim como uma “conversa” a música tonal é organizada em “pedaços”. O
sentido musical se dá a partir da organização desses pedaços de música, aos quais
chamamos de UNIDADES ESTRUTURAIS. Esses “pedaços” se agrupam, geralmente de
dois em dois, formando outras UNIDADES ESTRUTURAIS ainda maiores. Dentre as
principais UNIDADES ESTRUTURAIS, destacamos: a FRASE, formada por PROPOSTA E
RESPOSTA; as PARTES, formadas por duas ou mais frases. Esse princípio é responsável
pela coerência do discurso musical tonal.
Exercício:
Observar e apontar as FRASES e PARTES em uma canção qualquer.
 O Pulso Básico
Entendemos por pulsação a interrupção de um estado inerte por eventos ocorridos em

espaços de tempo regulares. Por exemplo: ao escutarmos nosso coração bater
percebemos que ele o faz de forma regular, interrompendo seu estado de repouso e
contraíndo-se, bombeando o sangue pelo nosso corpo. O pulso básico na música atua
da mesma maneira, interrompendo uma situação de inércia e convergindo os
movimentos sonoros a um mesmo momento. A cada um desses momentos de
convergência damos o nome de PULSO BÁSICO e à sucessão de pulsos damos o nome
de PULSAÇÃO. À velocidade que os pulsos se sucedem damos o nome de ANDAMENTO.
Exercício:
Perceber e articular com palmas a pulsação de três canções quaisquer.

 As Notas Musicais
Utilizamos no ocidente 12 notas musicais, distantes 1 semitom* uma da outra e

dispostas da seguinte maneira (do mais grave para o mais agudo):
DO - do#/reb - RE - re#/mib - MI - FA - fa#/solb - SOL - sol#/lab - LA - la#/sib - SI
Chamamos de “GRAUS CONJUNTOS” as notas que estão colocadas imediatamente ao
lado uma da outra. Exemplos: re/mi; fa#/sol; do/re ; sib/la.
“GRAUS DISJUNTOS” são aqueles separados por uma ou mais notas.
Exemplos: do/fa; re/si; sol/mi; la/do#.
* Ver definição de “semitom” no capítulo Intervalos
 Princípios Básicos de Notação Musical
Para representar graficamente o som musical utilizamos a pauta de cinco linhas ou

“pentagrama”. As notas musicais são representadas no pentagrama na forma de
pequenos círculos, que ocupam sua posição na pauta sobre as linhas e dentro dos
espaços:
Exemplo:
Podemos também utilizar as linhas e espaços suplementares:

Quanto mais abaixo no pentagrama estiver posicionada uma determinada nota, mais
grave ela será, e quanto mais alta, mais aguda.
Exemplo:
No piano utilizamos as claves de Sol e Fa, e a relação entre elas é a seguinte:
No violão utilizamos a clave de sol, soando uma oitava abaixo:

Exercício:
1) Escrever graus conjuntos ascendentes e descendentes na pauta musical:
2) Escrever o nome das notas:
a)
b)

Distribuição das Notas Musicais no teclado do Piano
* A distância entre as teclas do piano é de 1 semitom, contando com as teclas pretas e brancas.
Distância entre as Notas Naturais (teclas brancas)

Distribuição das Notas Musicais no braço do Violão
* A distância entre as casas no braço do violão, em uma mesma corda, é de 1 semitom.
Afinação das cordas soltas do Violão

* Relembrando: o violão soa uma oitava abaixo da altura escrita na pauta:
Altura do Violão (o que se lê) Altura Real (o que se escuta)

 Figuras Rítmicas
As figuras rítmicas indicam as durações de cada nota em relação ao Pulso Básico

(unidade de tempo). Qualquer figura rítmica pode ser adotada como unidade de tempo,
sendo assim, o valor das figuras rítmicas é RELATIVO.
Unidades de Tempo Figuras Rítmicas (subdivisão binária) Pausas

Exercício:
Cantar as seqüências rítmicas, adotando como pulso básico a semínima:

Exercícios:
1) Tocar as Notas Naturais (teclas brancas do piano) em cada uma das cordas, até
completar uma oitava, ascendente e descendentemente.
2) Tocar a seqüência Do-Re- Mi-Fa-Sol, ascendente e descendentemente, começando

com o dedo 2:
a) Fundamental na 6a corda: b) Fundamental na 5a corda:
c) Fundamental na 4a corda: d)Fundamental na 3a corda:
3) Tocar a seqüência Do-Re- Mi-Fa-Sol, ascendente e descendentemente começando

com o dedo 4:
c) Fundamental na 4a corda: d) Fundamental na 3a corda:

4) Tocar a seqüência Do-Re- Mi-Fa-Sol, La, Si, Do (Escala Maior Natural de Do)
ascendente e descendentemente, começando com o dedo 2:
c) Fundamental na 4a corda: d) Fundamental na 3a corda:
5) Tocar Escala Maior Natural de Do, ascendente e descendentemente, começando com

o dedo 4:
c) Fundamental na 4a corda:
* Os exercícios devem ser feitos tocando e falando o nome das notas.

Figuras rítmicas (subdivisão ternária) Pausas

Exercício:
Cantar as seqüências rítmicas, adotando como pulso básico a semínima pontuada:

 Intervalos
Intervalo musical é o nome que damos à “distância” entre as notas musicais. A unidade
de medida do intervalo é o SEMITOM. Na música tonal utilizamos o sistema de
temperamento igual, onde o intervalo de OITAVA JUSTA - 8J - (distância entre duas
notas com o mesmo nome, separadas por 11 notas) é dividido em 12 SEMITONS IGUAIS.
Toda medida de intervalo é uma PROPORÇÃO entre freqüências. Por exemplo: imaginemos um som de freqüência ( f )
= 50 hz, e outro de freqüência = 100 hz. Adotando o primeiro som como som de referência (fundamental do intervalo),
podemos dizer que a relação entre os dois sons é de 2/1, ou seja o segundo som tem o dobro da freqüência do
primeiro. Imaginemos outros dois sons, tendo o primeiro f = 100hz e o segundo f =200hz. A proporção entre os dois
continua sendo 2/1, ou seja, trata-se do mesmo intervalo musical. O que o nosso ouvido percebe é a proporção entre
as freqüências, reconhecendo um mesmo intervalo independentemente do valor das freqüências dos sons que o
compõe.
Exemplo:
Intervalos na Escala Maior Natural:
Classificação dos intervalos: Medida dos intervalos da escala maior natural:

M = Maior 2M = 1 tom
m = Menor 3M = 2 tons
J = Justo 4J = 2,5 tons
° = Diminuto 5J = 3,5 tons
+ = Aumentado 6M = 4,5 tons
Sinais de alteração (acidentes): 7M = 5,5 tons
# - sustenido: torna a nota um semitom mais 8J = 6 tons
aguda; b - bemol: torna a nota um semitom mais
grave

Quadro geral de intervalos a partir da nota fundamental DO:

Exercícios:
1) Classificar e tocar os intervalos, observando o quadro-referência acima e adotando

como fundamental do intervalo a nota mais grave:
2) Construir e tocar os intervalos a partir das seguintes fundamentais:

 Acordes
Os acordes são grupos de notas tocadas simultaneamente e, no idioma tonal, são

SEMPRE construídos sobrepondo-se intervalos de TERÇA. As principais categorias de
acordes são as TRÍADES (acordes de 3 sons) e TÉTRADES (acordes de 4 sons). Os
diferentes tipos de acorde resultam da disposição dos intervalos que o compõe.
 Cifragem
A cifragem é o procedimento de representação dos acordes por meio de letras, sinais e

números. Os componentes da cifra são: a) uma letra MAIÚSCULA, indicando a nota
fundamental do acorde; b) um sinal ou letra indicando o tipo de tríade; c) os algarismos
“6”, “7” ou “7M”, no caso das tétrades. A TRÍADE MAIOR é indicada somente por uma
letra MAIÚSCULA.
Exemplo:
X - (tríade maior)
Xm - (tríade menor)
X+ - (tríade aumentada)
X° - (tríade diminuta)
Letras correspondentes às notas musicais:
A - La
B - Si
C - Do
D - Re
E - Mi
F - Fa
G – Sol

Tipos de Tríade:
* exemplos de tríades formadas sobre a fundamental Do
Maior - Fundamental + Terça Maior + Quinta Justa (F - 3M - 5J)
intervalos internos: terça maior + terça menor
Menor - Fundamental + Terça Menor + Quinta Justa (F - 3m - 5J)
intervalos internos: terça menor + terça maior
Aumentada - Fundamental + Terça Maior + Quinta Aumentada (F - 3M - 5+)
Intervalos internos: terça maior + terça maior
Diminuta - Fundamental + Terça Menor + Quinta Diminuta (F - 3m - 5°)
Intervalos internos: terça menor + terça menor

Exercícios:
1) Classificar as tríades:
a) e)
Mi Maior
b) f)
c) g)
d) h)

2) Construir as tríades:
a) D e) C
re maior do maior
b) Em f) Bb
mi menor si bemol maior
c) F+ g) Ebm
fa aumentado mi bemol menor
d) Gm h) Am
la menor
sol menor

Principais Montagens de Tríades no Violão
Fundamental na 6a corda:
* Exemplos em Do.
Maior Menor
(F, 5J, F, 3M, (5J, F)) (F, 5J,F, 3m,(5J, F))
Aumentada Diminuta
(F, 5+, F, 3M) (F, 5°, F, 3m)
Maior Menor
(F, 5J, F, 3M, (5J)) (F 5J,F, 3m,(5J))

Aumentada Diminuta
(F, 5+, F, 3M) (F, 5°, F, 3m)
Maior Menor
(F, 5J, F, 3M) (F 5J,F, 3m)
Aumentada Diminuta
(F, 5+, F,3m) (F, 5°, F, 3m)

Tipos de Tétrade:
* exemplos de tétrades formadas sobre a fundamental Do
Maior com Sétima Maior - F - 3M - 5J - 7M
intervalos internos: terça maior + terça menor + terça maior

Maior com Sétima - F - 3M - 5J - 7m
intervalos internos: terça maior + terça menor + terça menor

Aumentada com Sétima Maior - F - 3M - 5+ - 7M
intervalos internos: terça maior + terça maior + terça menor

Aumentada com Sétima - F - 3M - 5+ - 7m
intervalos internos: terça maior + terça maior + terça diminuta

Menor com Sétima Maior - F - 3m - 5J - 7M
intervalos internos: terça menor + terça maior + terça maior

Menor com Sétima - F - 3m - 5J - 7m
intervalos internos: terça menor + terça maior + terça menor

Menor com Sétima e Quinta Diminuta - F - 3m - 5° - 7m
intervalos internos: terça menor + terça menor + terça maior

Diminuta - F - 3m - 5° - 7°
intervalos internos: terça menor + terça menor + terça menor

Exercícios:
1) Classificar as tétrades:
a) G7 e)
Sol com sétima
b) f)
g)
c)
d) h)

2) Construir as tétrades:
a) E7M e) Cm7(5°)
mi com sétima maior do menor com sétima e quinta diminuta
b) F7 f) Abm7
fa com sétima la bemol menor com sétima
c) Gm7 g) C#m7
sol menor com sétima do sustenido menor com sétima
d) Bb7M h) D+7
si bemol com sétima maior re aumentado com sétima

Principais Montagens de Tétrades no Violão
Fundamental na 6a corda
* Exemplos em Do
Maior com Sétima Maior Menor com Sétima

(F ,7M, 3M, 5J) (F, 7m, 3m, 5J)
Maior com Sétima Menor com Sétima e Quinta Diminuta

(F,7m, 3M, 5J) (F, 7m, 3m, 5°)
Maior com Sétima Maior Maior com Sétima

(F , 5J,7M, 3M) (F, 5J 7m, 3M )

Menor com Sétima Menor com Sétima e Quinta Diminuta
(F, 5J, 7m, 3m ) (F, 5°, 7m, 3m)
Maior com Sétima Maior Menor com Sétima

(F , 5J,7M, 3M) (F, 5J, 7m, 3m )
Maior com Sétima Menor com Sétima e Quinta Diminuta

(F, 5J 7m, 3M) (F, 5°, 7m, 3m)

 Compassos
Damos o nome de COMPASSOS aos ciclos formados por pulsos fracos e fortes. O que
diferencia o pulso fraco do pulso forte é a “quantidade” de eventos que acontecem
sobre o mesmo pulso. Por exemplo, podemos verificar que os instrumentos que
executam a música têm “padrões” de comportamento. Quando a bateria, por exemplo,
executa uma célula rítmica que se repete a cada 4 pulsos básicos e, ao mesmo tempo, o
acorde que está sendo tocado muda a cada 4 pulsos básicos, as frases melódicas se
concluem a cada 4 pulsos básicos, criamos uma determinada expectativa, de que
sempre algo acontece a cada 4 pulsos básicos. Chamamos de COMPASSOS essa
organização cíclica de pulsos básicos. Os COMPASSOS se organizam da seguinte
maneira:
Compasso Binário Simples

* Pulso = semínima
Formado por 2 pulsos de subdivisão binária:
Compasso Binário Composto

*Pulso = semínima pontuada
Formado por 2 pulsos de subdivisão ternária:

Compasso Ternário Simples
* Pulso = semínima
Compasso Ternário Composto

Compasso Quaternário Simples

* Pulso = semínima
Compasso Quaternário Composto

Compasso Misto
Formado pela combinação dos demais.

 Formulas de Compasso
Exemplo:
Compasso Binário Simples: Compasso Binário Composto:
Compasso Ternário Simples: Compasso Ternário Composto:
Compasso Quaternário Simples: Compasso Quaternário Composto:
As unidades de tempo compostas (figuras pontuadas) não possuem um algarismo para representá-las,
sendo assim, a fórmula de compasso dos compassos compostos tem como representação da unidade de
tempo a SUBDIVISÃO da unidade. Exemplo: um compasso binário composto cuja unidade de tempo é a
semínima pontuada é representado levando-se em conta a quantidade de colcheias que nele estão contidas:

Ritmos de acompanhamento
Compasso Binário Simples:
Compasso Binário Composto:

Compasso Ternário Simples
Compasso Ternário Composto:
Compasso Quaternário Simples:
Compasso Quaternário Composto:

Exercícios:
1) Colocar as barras de compasso:
2) Colocar as fórmulas de compasso:

 Procedimentos de Montagem de Acordes
Um mesmo acorde pode ser montado de várias maneiras, variando-se a posição das
notas que o compõe. Os critérios para a escolha de um determinado procedimento de
montagem ou outro, variam de acordo com as características e limitações de cada e ao
gosto do executante.
Exemplos:
Tríades:
podemos tocar o acorde Do Maior em posição fechada;
podemos elevar a segunda nota (do grave para o agudo) em uma oitava justa;
podemos elevar a segunda e a terceira nota em uma oitava justa;
e, por fim, podemos elevar as três notas em uma oitava, mantendo a fundamental na
altura original.

Tétrades:
podemos tocar o acorde Do com Sétima Maior em posição fechada;
podemos elevar a segunda nota (do grave para o agudo) em uma oitava justa;
podemos elevar a segunda e a terceira nota em uma oitava justa;
e, por fim, podemos elevar as três notas em uma oitava, mantendo a fundamental na
altura original.

Exercícios:
1) Tocar as cadências* abaixo (II m7 – V 7 – I 7M):
a)
b)
c)
* Ver definição de “cadência” em Funções Harmônicas

Exercícios:
Tocar as cadências abaixo (II m7(5°) – V 7 – I m7):
a)
b)
c)

 Funções Harmônicas:
FUNÇÃO HARMÔNICA é o nome que damos ao papel desempenhado por um

determinado acorde em relação a outro. Podemos perceber que os acordes de uma
determinada música têm “papéis” diferentes, exercem funções diferentes: alguns
fazem a música “repousar”, ou seja, têm função conclusiva; outros deixam a música em
“suspenso”, criando uma expectativa, que faz com que tenhamos a certeza de que a
música ainda não terminou. É o caso dos acordes suspensivos. À mudança entre a
“tensão” e o “repouso”, ou seja, mudança de FUNÇÃO HARMÔNICA, damos o nome de
CADÊNCIA. A música tonal está construída sobre a relação entre tensão e relaxamento,
como um jogo, onde o compositor “brinca” com a nossa expectativa, equilibrando o
“esperado” e o “inesperado”.
Observemos esse trecho de Asa Branca, onde o acorde mi com sétima exerce uma
função de preparação em relação ao acorde la maior:

Podemos perceber em outra canção, É Preciso Saber Viver, a tensão crescente que
acontece sobre o acorde re maior, até torná-lo instável a ponto de “atrair” o acorde sol
maior:
 O Sistema Tonal
O TONALISMO, ou SISTEMA TONAL é um sistema formado por acordes que se

relacionam com um centro de convergência comum, chamado TÔNICA. As relações
tonais são estabelecidas pela proximidade/afinidade entre as notas e acordes gerados a
partir de uma mesma escala e de suas derivações.
Observemos ao cantar a Escala Maior Natural, a “necessidade” que sentimos de
completarmos a oitava (Do-Do), devido à expectativa causada em nossos ouvidos pela
disposição dos intervalos desta escala:
Escala de Do Maior Natural
Podemos dizer que a nota Do, no âmbito da escala de Do Maior Natural, exerce a
função TÔNICA.

Ao montarmos um acorde sobre cada uma das notas da Escala Maior Natural, geramos
uma “família” de acordes, que assim como as notas da escala, têm índices de
estabilidade ou instabilidade diferenciados, ou seja exercem funções diferenciadas. Os
acordes gerados a partir das notas de uma mesma escala são chamados ACORDES
DIATÔNICOS.
Acordes Diatônicos na Tonalidade Maior

* Exemplo na tonalidade de Do Maior
As funções desempenhadas pelos acordes diatônicos são chamadas FUNÇÕES

DIATÔNICAS e podem ser resumidas da seguinte maneira:
Principais Funções Harmônicas

Tônica (T) – Sensação de repouso, estabilidade;
Subdominante (S) – Sensação de movimento, afastamento;
Dominante (D) – Sensação de aproximação, instabilidade.
Quadro geral de funções dos Acordes (tríades) Diatônicos da Tonalidade Maior

* Exemplo na tonalidade de Do Maior

Assim como a Tonalidade Maior é gerada a partir da Escala Maior Natural, a Tonalidade
Menor é gerada por uma escala: a Escala Menor Harmônica, que foi criada para garantir
que a escala Menor Natural gerasse também um tonalidade. A alteração efetuada na
escala Menor Natural foi sobre o 7o grau, tornando-o Nota Sensível da Tonalidade
Menor :
Escala de Do Menor Harmônica
* Relação de intervalos da Escala Menor Natural: 2M, 3m, 4J, 5J, 6m, 7m
* Relação de intervalos da Escala Menor Harmônica: 2M, 3m, 4J, 5J, 6m, 7M
Acordes Diatônicos da Tonalidade Menor

* Exemplo na tonalidade de Do Menor
Quadro geral de funções dos Acordes (tríades) Diatônicos da Tonalidade Menor

* Exemplo na tonalidade de Do Menor
* As tétrades utilizadas Tonalidade Menor são provenientes da Escala Menor Natural, exeto a tétrade
montada sobre o 5° grau.

Ciclos Simétricos
Damos o nome de CICLOS SIMÉTRICOS aos ciclos formados pela sobreposição de um

mesmo intervalo, até o fechamento de uma oitava justa. Por exemplo, ao sobrepormos
o intervalo de terça maior por três vezes consecutivas, retornamos à mesma nota que
começamos:
Quando sobrepomos o intervalo de terça menor, fechamos a oitava justa após 4

sobreposições:

O ciclo de intervalos mais importante é o CICLO DAS QUINTAS JUSTAS. Este ciclo passa
pelas doze notas até completar a oitava justa*.
* Ao sobrepormos a quinta justa 12 vezes consecutivas, retornamos à nota de mesmo nome da nota
inicial posicionada 7 oitavas acima.

Exercícios:
1) Escrever e tocar as escalas de Do Maior Natural, Sol Maior Natural, Re Maior Natural,
La Maior Natural, Mi Maior Natural, Si Maior Natural, Fa# Maior Natural e Do# Maior
Natural (quintas justas ascendentes):

2) Escrever e tocar as escalas de Do Maior Natural, Fa Maior Natural, Sib Maior Natural,
Mib Maior Natural, Lab Maior Natural, Reb Maior Natural, Solb Maior Natural e Dob
Maior Natural (quintas justas descendentes):

3) Escrever e tocar os acordes diatônicos (tétrades) de:

4) Escrever e tocar os acordes diatônicos (tétrades) de:

5) Tocar as cadências abaixo, limitando a utilização do braço do violão primeiramente
até a 6a casa e posteriormente a partir da 5a casa:
a) Cadência “II m7 – V 7 – I 7M” em quintas ascendentes:

b) Cadência “II m7 – V 7 – I 7M” em quintas descendentes:

c) Cadência “II m7(5°) – V 7 – I m7” em quintas ascendentes:

d) Cadência “II m7(5°) – V 7 – I m7” em quintas descendentes:


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O princípio binário é o princípio básico de organização do texto musical tonal. Podemos

Entendemos por pulsação a interrupção de um estado inerte por eventos ocorridos em

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Utilizamos no ocidente 12 notas musicais, distantes 1 semitom* uma da outra e

* Ver definição de “semitom” no capítulo Intervalos

 Princípios Básicos de Notação Musical

Para representar graficamente o som musical utilizamos a pauta de cinco linhas ou

Podemos também utilizar as linhas e espaços suplementares:

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No piano utilizamos as claves de Sol e Fa, e a relação entre elas é a seguinte:

No violão utilizamos a clave de sol, soando uma oitava abaixo:

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1) Escrever graus conjuntos ascendentes e descendentes na pauta musical:

2) Escrever o nome das notas:

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Distância entre as Notas Naturais (teclas brancas)

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* A distância entre as casas no braço do violão, em uma mesma corda, é de 1 semitom.

Afinação das cordas soltas do Violão

Altura do Violão (o que se lê) Altura Real (o que se escuta)

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As figuras rítmicas indicam as durações de cada nota em relação ao Pulso Básico

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Cantar as seqüências rítmicas, adotando como pulso básico a semínima:

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2) Tocar a seqüência Do-Re- Mi-Fa-Sol, ascendente e descendentemente, começando

a) Fundamental na 6a corda: b) Fundamental na 5a corda:

c) Fundamental na 4a corda: d)Fundamental na 3a corda:

3) Tocar a seqüência Do-Re- Mi-Fa-Sol, ascendente e descendentemente começando

a) Fundamental na 6a corda: b) Fundamental na 5a corda:

c) Fundamental na 4a corda: d) Fundamental na 3a corda:

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a) Fundamental na 6a corda: b) Fundamental na 5a corda:

c) Fundamental na 4a corda: d) Fundamental na 3a corda:

5) Tocar Escala Maior Natural de Do, ascendente e descendentemente, começando com

a) Fundamental na 6a corda: b) Fundamental na 5a corda:

* Os exercícios devem ser feitos tocando e falando o nome das notas.

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Cantar as seqüências rítmicas, adotando como pulso básico a semínima pontuada:

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Intervalos na Escala Maior Natural:

Classificação dos intervalos: Medida dos intervalos da escala maior natural:

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1) Classificar e tocar os intervalos, observando o quadro-referência acima e adotando

2) Construir e tocar os intervalos a partir das seguintes fundamentais:

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Os acordes são grupos de notas tocadas simultaneamente e, no idioma tonal, são

A cifragem é o procedimento de representação dos acordes por meio de letras, sinais e

Letras correspondentes às notas musicais:

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Maior - Fundamental + Terça Maior + Quinta Justa (F - 3M - 5J)

intervalos internos: terça maior + terça menor

Menor - Fundamental + Terça Menor + Quinta Justa (F - 3m - 5J)

intervalos internos: terça menor + terça maior

Aumentada - Fundamental + Terça Maior + Quinta Aumentada (F - 3M - 5+)

Intervalos internos: terça maior + terça maior

Diminuta - Fundamental + Terça Menor + Quinta Diminuta (F - 3m - 5°)

Intervalos internos: terça menor + terça menor