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Apostila Digital Licenciada para Adriano de Souza Barbosa - CPF:018.288.831-23 (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.

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Prefeitura de Senador Canedo/GO

Cargos de Ensino Superior


(Comum a Todos)

VOLUME 1

Língua Portuguesa
Compreensão e interpretação de textos literários e não literários .............................................................................1
Significado contextual de palavras e expressões. ..........................................................................................................6
Níveis de linguagem. ........................................................................................................................................................ 12
Figuras de linguagem. ...................................................................................................................................................... 13
Princípios de coesão e coerência textuais. ................................................................................................................... 17
Tipos de discurso. ............................................................................................................................................................. 26
Funções da linguagem. .................................................................................................................................................... 30
Estrutura e formação de palavras. ................................................................................................................................ 33
Pontuação. ......................................................................................................................................................................... 35
Regência verbal e nominal. ............................................................................................................................................. 39
Concordância verbal e nominal. .................................................................................................................................... 44
Colocação pronominal. .................................................................................................................................................... 47
Uso de crase. ...................................................................................................................................................................... 48
Análise Sintática: Introdução à sintaxe. Termos integrantes e acessórios da oração. Classificação das orações
coordenadas e subordinadas. ......................................................................................................................................... 50

Matemática
Números naturais e operações. .........................................................................................................................................1
Frações. Números decimais. ...............................................................................................................................................2
Expressão numérica e algébrica. .......................................................................................................................................6
Conjuntos. ........................................................................................................................................................................... 10
Equações do 1º e 2º graus. .............................................................................................................................................. 13
Razões e proporções. ........................................................................................................................................................ 16
Regra de três simples e composta. ................................................................................................................................. 18
Porcentagem. ..................................................................................................................................................................... 21
Juros simples e compostos............................................................................................................................................... 22
Progressões. ....................................................................................................................................................................... 25
Análise Combinatória: (Permutação, Arranjos, Combinação). .................................................................................. 27
Probabilidade. .................................................................................................................................................................... 30
Estatística............................................................................................................................................................................ 34
Medidas de Comprimento e Superfície. Medidas de volume e Capacidade. Medida de Massa. .......................... 36
Raciocínio Lógico. .............................................................................................................................................................. 38

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Noções de Informática
Microsoft Windows XP/2000 ou superior: conceito de pastas, diretórios, arquivos e atalhos, área de trabalho,
área de transferência, manipulação de arquivos e pastas, uso dos menus, programas e aplicativos, interação
com o conjunto de aplicativos ...........................................................................................................................................1
Microsoft Office. ...................................................................................................................................................................9
Navegação Internet, conceitos de URL, links, sites, impressão de páginas. ...............................................................9
Uso de correio eletrônico. ............................................................................................................................................... 17
Microsoft Word 2003 ou superior. Estrutura básica dos documentos, edição e formatação de textos,
cabeçalhos, parágrafos, fontes, colunas, marcadores simbólicos e numéricos, e tabelas, impressão, ortografia
e gramática, controle de quebras, numeração de páginas, legendas, índices, inserção de objetos, campos
predefinidos, caixas de texto. .......................................................................................................................................... 19
Microsoft Excel 2003 ou superior. Estrutura básica das planilhas, conceitos de células, linhas, colunas, pastas
e gráficos, elaboração de tabelas e gráficos, uso de fórmulas, funções e macros, impressão, inserção de objetos,
campos predefinidos, controle de quebras, numeração de páginas, obtenção de dados externos, classificação.
.............................................................................................................................................................................................. 25

Conhecimentos Gerais/História e Geografia


Panorama local, nacional e internacional contemporâneo. Panorama da economia nacional e internacional.
Atualidades do Brasil e do mundo. Assuntos ligados ao cotidiano e atualidade nas áreas: educação, econômica,
cientifica, tecnológica, política, cultura, esportiva, saúde, meio ambiente e social do município de Senador
Canedo, de Goiás e do Brasil ...............................................................................................................................................1
Conhecimentos dos aspectos Geográficos e históricos do município de Senador Canedo, de Goiás e do
Brasil..................................................................................................................................................................................142

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LÍNGUA PORTUGUESA

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APOSTILAS OPÇÃO

evitando frases e períodos desconexos. Para perceber a falta


de coesão, a melhor atitude é ler atentamente o seu texto,
procurando estabelecer as possíveis relações entre palavras
que formam a oração e as orações que formam o período e,
finalmente, entre os vários períodos que formam o texto. Um
texto bem trabalhado sintática e semanticamente resulta num
texto coeso.
Compreensão e
interpretação de textos Coerência
literários e não literários A coerência está diretamente ligada à possibilidade de
estabelecer um sentido para o texto, ou seja, ela é que faz com
que o texto tenha sentido para quem lê. Na avaliação da
COMPREENSÃO DO TEXTO coerência será levado em conta o tipo de texto. Em um texto
dissertativo, será avaliada a capacidade de relacionar os
Há duas operações diferentes no entendimento de um argumentos e de organizá-los de forma a extrair deles
texto. A primeira é a apreensão, que é a captação das relações conclusões apropriadas; num texto narrativo, será avaliada
que cada parte mantém com as outras no interior do texto. No sua capacidade de construir personagens e de relacionar ações
entanto, ela não é suficiente para entender o sentido integral. e motivações.
Uma pessoa que conhecesse todas as palavras do texto, mas
não conhecesse o universo dos discursos, não entenderia o Tipos de Composição
significado do mesmo. Por isso, é preciso colocar o texto
dentro do universo discursivo a que ele pertence e no interior Descrição: é representar verbalmente um objeto, uma
do qual ganha sentido. Alguns teóricos chamam o universo pessoa, um lugar, mediante a indicação de aspectos
discursivo de “conhecimento de mundo”, mas chamaremos essa característicos, de pormenores individualizantes. Requer
operação de compreensão. observação cuidadosa, para tornar aquilo que vai ser descrito
E assim teremos: um modelo inconfundível. Não se trata de enumerar uma série
de elementos, mas de captar os traços capazes de transmitir
Apreensão + Compreensão = Entendimento do texto uma impressão autêntica. Descrever é mais que apontar, é
muito mais que fotografar. É pintar, é criar. Por isso, impõe-se
Para ler e entender um texto é preciso atingir dois níveis o uso de palavras específicas, exatas.
de leitura, sendo a primeira a informativa e a segunda à de
reconhecimento. Narração: é um relato organizado de acontecimentos reais
A primeira deve ser feita cuidadosamente por ser o ou imaginários. São seus elementos constitutivos:
primeiro contato com o texto, extraindo-se informações e se personagens, circunstâncias, ação; o seu núcleo é o incidente,
preparando para a leitura interpretativa. Durante a o episódio, e o que a distingue da descrição é a presença de
interpretação grife palavras-chave, passagens importantes; personagens atuantes, que estão quase sempre em conflito. A
tente ligar uma palavra à ideia central de cada parágrafo. narração envolve:
A última fase de interpretação concentra-se nas perguntas - Quem? Personagem;
e opções de respostas. Marque palavras como não, exceto, - Quê? Fatos, enredo;
respectivamente, etc., pois fazem diferença na escolha - Quando? A época em que ocorreram os acontecimentos;
adequada. - Onde? O lugar da ocorrência;
Retorne ao texto mesmo que pareça ser perda de tempo. - Como? O modo como se desenvolveram os
Leia a frase anterior e posterior para ter ideia do sentido global acontecimentos;
proposto pelo autor. - Por quê? A causa dos acontecimentos;
Um texto para ser compreendido deve apresentar ideias
seletas e organizadas, através dos parágrafos que é composto Dissertação: é apresentar ideias, analisá-las, é estabelecer
pela ideia central, argumentação e/ou desenvolvimento e a um ponto de vista baseado em argumentos lógicos; é
conclusão do texto. estabelecer relações de causa e efeito. Aqui não basta expor,
A alusão histórica serve para dividir o texto em pontos narrar ou descrever, é necessário explanar e explicar. O
menores, tendo em vista os diversos enfoques. raciocínio é que deve imperar neste tipo de composição, e
Convencionalmente, o parágrafo é indicado através da quanto maior a fundamentação argumentativa, mais brilhante
mudança de linha e um espaçamento da margem esquerda. será o desempenho.
Uma das partes bem distintas do parágrafo é o tópico
frasal, ou seja, a ideia central extraída de maneira clara e Sentidos Próprio e Figurado
resumida.
Atentando-se para a ideia principal de cada parágrafo, Comumente afirma-se que certas ocorrências de discurso
asseguramos um caminho que nos levará à compreensão do têm sentido próprio e sentido figurado. Geralmente os
texto. exemplos de tais ocorrências são metáforas. Assim, em “Maria
Produzir um texto é semelhante à arte de produzir um é uma flor” diz-se que “flor” tem um sentido próprio e um
tecido, o fio deve ser trabalhado com muito cuidado para que sentido figurado. O sentido próprio é o mesmo do enunciado:
o trabalho não se perca. Por isso se faz necessária a “parte do vegetal que gera a semente”. O sentido figurado é o
compressão da coesão e coerência. mesmo de “Maria, mulher bela, etc.” O sentido próprio, na
acepção tradicional não é próprio ao contexto, mas ao termo.
Coesão O sentido tradicionalmente dito próprio sempre
corresponde ao que definimos aqui como sentido imediato do
É a amarração entre as várias partes do texto. Os principais enunciado. Além disso, alguns autores o julgam como sendo o
elementos de coesão são os conectivos e vocábulos sentido preferencial, o que comumente ocorre.
gramaticais, que estabelecem conexão entre palavras ou
partes de uma frase. O texto deve ser organizado por nexos
adequados, com sequência de ideias encadeadas logicamente,
Língua Portuguesa 1
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APOSTILAS OPÇÃO

O sentido dito figurado é o do enunciado que substitui a conotações, as iconias, os modificadores gestuais, entoativos,
metáfora, e que em leitura imediata leva à mesma mensagem editoriais, etc.
que se obtém pela decifração da metáfora. Na verdade, não existe o leitor absolutamente ingênuo, que
O conceito de sentido próprio nasce do mito da existência se comporte como uma máquina de ler, o que faz do conceito
da leitura ingênua, que ocorre esporadicamente, é verdade, de leitura imediata apenas um pressuposto metodológico. O
mas nunca mais que esporadicamente. que existe são ocorrências eventuais que se aproximam de
Não há muito que criticar na adoção dos conceitos de uma leitura imediata, como quando alguém toma o sentido
sentido próprio e sentido figurado, pois ela abre um caminho literal pelo figurado, quando não capta uma ironia ou fica
de abordagem do fenômeno da metáfora. O que é passível de perplexo diante de um oximoro.
crítica é a atribuição de status diferenciado para cada uma das Há quem chame o discurso que admite leitura imediata de
categorias. Tradicionalmente o sentido próprio carrega uma grau zero da escritura, identificando-a como uma forma mais
conotação de sentido “natural”, sentido “primeiro”. primitiva de expressão. Esse grau zero não tem realidade, é
Invertendo a perspectiva, com os mesmos argumentos, apenas um pressuposto. Os recursos de Retórica são
poderíamos afirmar que “natural”, “primeiro” é o sentido anteriores a ele.
figurado, afinal, é o sentido figurado que possibilita a correta
interpretação do enunciado e não o sentido próprio. Se o Sentido Preferencial
sentido figurado é o “verdadeiro” para o enunciado, por que Para compreender o sentido preferencial é preciso
não chamá-lo de “natural”, “primeiro”? conceber o enunciado descontextualizado ou em contexto de
Pela lógica da Retórica tradicional, essa inversão de dicionário. Quando um enunciado é realizado em contexto
perspectiva não é possível, pois o sentido figurado está muito rarefeito, como é o contexto em que se encontra uma
impregnado de uma conotação desfavorável. O sentido palavra no dicionário, dizemos que ela está
figurado é visto como anormal e o sentido próprio, não. Ele descontextualizada. Nesta situação, o sentido preferencial é o
carrega uma conotação positiva, logo, é natural, primeiro. que, na média, primeiro se impõe para o enunciado. Óbvio, o
A Retórica tradicional é impregnada de moralismo e sentido que primeiro se impõe para um receptor pode não ser
estetização e até a geração de categorias se ressente disso. o mesmo para outro. Por isso a definição tem de considerar o
Essa tendência para atribuir status às categorias é uma resultado médio, o que não impede que pela necessidade
constante do pensamento antigo, cuja índole era momentânea consideremos o significado preferencial para
hierarquizante, sempre buscando uma estrutura piramidal dado indivíduo.
para o conhecimento, o que se estende até hoje em algumas Algumas regularidades podem ser observadas nos
teorias modernas. significados preferenciais. Por exemplo: o sentido preferencial
Ainda hoje, apesar da imparcialidade típica e necessária ao da palavra porco costuma ser: “animal criado em granja para
conhecimento científico, vemos conotações de valor sendo abate”, e nunca o de “indivíduo sem higiene”. Em outras
atribuídas a categorias retóricas a partir de considerações palavras, geralmente o sentido que admite leitura imediata se
totalmente externas a ela. Um exemplo: o retórico que tenha impõe sobre o que teve origem em processos metafóricos,
para si a convicção de que a qualidade de qualquer discurso se alegóricos, metonímicos. Mas esta regra não é geral. Vejamos
fundamenta na sua novidade, originalidade, imprevisibilidade, o seguinte exemplo: “Um caminhão de cimento”. O sentido
tenderá a descrever os recursos retóricos como “desvios da preferencial para a frase dada é o mesmo de “caminhão
normalidade”, pois o que lhe interessa é pôr esses recursos carregado com cimento” e não o de “caminhão construído com
retóricos a serviço de sua concepção estética. cimento”. Neste caso o sentido preferencial é o metonímico, o
que contrapõe a tese que diz que o sentido “figurado” não é o
Sentido Imediato “primeiro significado da palavra”. Também é comum o sentido
mais usado se impor sobre o menos usado.
Sentido imediato é o que resulta de uma leitura imediata Para certos termos é difícil estabelecer o sentido
que, com certa reserva, poderia ser chamada de leitura preferencial. Um exemplo: Qual o sentido preferencial de
ingênua ou leitura de máquina de ler. manga? O de fruto ou de uma parte da roupa?
Uma leitura imediata é aquela em que se supõe a existência
de uma série de premissas que restringem a decodificação tais Questões
como:
- As frases seguem modelos completos de oração da língua. 01. (SEDS/PE - Sargento Polícia Militar -
- O discurso é lógico. MS/CONCURSOS) O preenchimento adequado da manchete:
- Se a forma usada no discurso é a mesma usada para “Pelé afirma que a seleção está bem, ______Portugal e Espanha
estabelecer identidades lógicas ou atribuições, então, tem-se, também estão bem preparadas.” faz parte de um recurso de:
respectivamente, identidade lógica e atribuição.
- Os significados são os encontrados no dicionário. (A) Adequação vocabular.
- Existe concordância entre termos sintáticos. (B) Falta de coesão.
- Abstrai-se a conotação. (C) Incoerência.
- Supõe-se que não há anomalias linguísticas. (D) Coesão.
- Abstrai-se o gestual, o entoativo e editorial enquanto (E) Coerência.
modificadores do código linguístico.
- Supõe-se pertinência ao contexto. 02. (SEDUC/PI - Professor - NUCEP) O sentido da frase:
- Abstrai-se iconias. Equivale dizer, ainda, que nós somos sujeitos de nossa história
- Abstrai-se alegorias, ironias, paráfrases, trocadilhos, etc. e de nossa realidade, considerando-se a palavra destacada,
- Não se concebe a existência de locuções e frases feitas. continuará inalterado, em:
- Supõe-se que o uso do discurso é comunicativo. Abstrai-
se o uso expressivo, cerimonial. (A) Equivale dizer, talvez, que nós somos sujeitos de nossa
história e de nossa realidade.
Admitindo essas premissas, o discurso será indecifrável, (B) Equivale dizer, por outro lado, que nós somos sujeitos
ininteligível ou compreendido parcialmente toda vez que nele de nossa história e de nossa realidade.
surgirem elipses, metáforas, metonímias, oximoros, ironias, (C) Equivale dizer, preferencialmente, que nós somos
alegorias, anomalias, etc. Também passam despercebidas as sujeitos de nossa história e de nossa realidade.

Língua Portuguesa 2
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APOSTILAS OPÇÃO

(D) Equivale dizer, novamente, que nós somos sujeitos de O termo gavião, destacado em sua última ocorrência no
nossa história e de nossa realidade. texto – … pode lhe suceder que ele encontre seu gavião em
(E) Equivale dizer, também, que nós somos sujeitos de outro homem. –, é empregado com sentido:
nossa história e de nossa realidade.
(A) próprio, equivalendo a inspiração.
03. (TJ/SP - Agente de Fiscalização Judiciária - (B) próprio, equivalendo a conquistador.
VUNESP) (C) figurado, equivalendo a ave de rapina.
(D) figurado, equivalendo a alimento.
No fim da década de 90, atormentado pelos chás de cadeira (E) figurado, equivalendo a predador.
que enfrentou no Brasil, Levine resolveu fazer um
levantamento em grandes cidades de 31 países para descobrir Gabarito
como diferentes culturas lidam com a questão do tempo. A 01.D / 02.E / 03.D / 04.E
conclusão foi que os brasileiros estão entre os povos mais
atrasados - do ponto de vista temporal, bem entendido - do Interpretação de texto
mundo. Foram analisadas a velocidade com que as pessoas
percorrem determinada distância a pé no centro da cidade, o Comumente encontrarmos pessoas que se queixam de que
número de relógios corretamente ajustados e a eficiência dos não sabem compreender e interpretar textos. Muitas pessoas
correios. Os brasileiros pontuaram muito mal nos dois se acham incapazes de resolver questões sobre compreensão
primeiros quesitos. No ranking geral, os suíços ocupam o e interpretação de textos.
primeiro lugar. O país dos relógios é, portanto, o que tem o É preciso ler com muita atenção, reler, e na hora de
povo mais pontual. Já as oito últimas posições no ranking são examinar cada alternativa, voltar aos trechos citados para
ocupadas por países pobres. responder com muita confiança.
O estudo de Robert Levine associa a administração do Entender as técnicas de compreensão e interpretação de
tempo aos traços culturais de um país. "Nos Estados Unidos, textos, além de ser importante para responder as questões
por exemplo, a ideia de que tempo é dinheiro tem um alto valor específicas, é fundamental para que você compreenda o
cultural. Os brasileiros, em comparação, dão mais importância enunciado das questões de atualidades, de matemática, de
às relações sociais e são mais dispostos a perdoar atrasos", diz direito e de raciocínio lógico, por exemplo. Muitos candidatos,
o psicólogo. Uma série de entrevistas com cariocas, por embora tenham bastante conhecimentos das matérias que
exemplo, revelou que a maioria considera aceitável que um caem nas provas, erram nas questões, simplesmente porque
convidado chegue mais de duas horas depois do combinado a não entendem o que a banca examinadora está pedindo.
uma festa de aniversário. Pode-se argumentar que os As questões de compreensão e interpretação de textos vêm
brasileiros são obrigados a ser mais flexíveis com os horários ganhando espaço nos concursos públicos. Também é a partir
porque a infraestrutura não ajuda. Como ser pontual se o de textos que as questões normalmente cobram a aplicação
trânsito é um pesadelo e não se pode confiar no transporte das regras gramaticais nos grandes concursos de hoje em dia.
público? Por isso é cada vez mais importante observar os comandos das
(Veja, 2009.) questões. Normalmente o candidato é convidado a:
identificar: Reconhecer elementos fundamentais
Há emprego do sentido figurado das palavras em:
apresentados no texto.
(A) ... os brasileiros estão entre os povos mais atrasados...
comparar: Descobrir as relações de semelhanças ou de
(B) No ranking geral, os suíços ocupam o primeiro lugar.
diferenças entre situações apresentadas no texto.
(C) Os brasileiros ... dão mais importância às relações
comentar: Relacionar o conteúdo apresentado com uma
sociais...
realidade, opinando a respeito.
(D) Como ser pontual se o trânsito é um pesadelo...
resumir: Concentrar as ideias centrais em um só
(E) ... não se pode confiar no serviço público?
parágrafo.
parafrasear: Reescrever o texto com outras palavras.
04. (UNESP - Assistente Administrativo -
continuar: Dar continuidade ao texto apresentado,
VUNESP/2016)
mantendo a mesma linha temática.
Por isso, são condições básicas para o candidato fazer uma
O gavião
correta interpretação de textos: o conhecimento histórico (aí
Gente olhando para o céu: não é mais disco voador. Disco
incluída a prática da leitura), o conhecimento gramatical e
voador perdeu o cartaz com tanto satélite beirando o sol e a
semântico (significado das palavras, aí incluídos homônimos,
lua. Olhamos todos para o céu em busca de algo mais
parônimos, sinônimos, denotação, conotação), e a capacidade
sensacional e comovente – o gavião malvado, que mata
de observação, de síntese e de raciocínio.
pombas.
O centro da cidade do Rio de Janeiro retorna assim à Fonte:
contemplação de um drama bem antigo, e há o partido das http://www.gramaticaparaconcursos.com/2014/03/compreensao-e-
interpretacao-de-textos.html
pombas e o partido do gavião. Os pombistas ou pombeiros
(qualquer palavra é melhor que “columbófilo”) querem matar
Dicas para melhorar a interpretação de textos
o gavião. Os amigos deste dizem que ele não é malvado tal; na
A dificuldade na compreensão e interpretação de textos
verdade come a sua pombinha com a mesma inocência com
deve-se a falta do habito da leitura. Desenvolva o habito da
que a pomba come seu grão de milho.
leitura. Estabeleça uma meta de ler, pelo menos, um livro por
Não tomarei partido; admiro a túrgida inocência das
mês. Leia o que você mais gosta. Veja as dicas:
pombas e também o lance magnífico em que o gavião se
1: Não se assuste com o tamanho do texto.
despenca sobre uma delas. Comer pombas é, como diria Saint-
2: Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do
Exupéry, “a verdade do gavião”, mas matar um gavião no ar
assunto principal. Crie o hábito da leitura e o gosto por ela.
com um belo tiro pode também ser a verdade do caçador.
Quando passamos a gostar de algo, compreendemos melhor
Que o gavião mate a pomba e o homem mate alegremente
seu funcionamento. Nesse caso, as palavras tornam-se
o gavião; ao homem, se não houver outro bicho que o mate,
familiares a nós mesmos. Não se deixe levar pela falsa
pode lhe suceder que ele encontre seu gavião em outro
impressão de que ler não faz diferença.
homem.
(Rubem Braga. Ai de ti, Copacabana, 1999) 3: Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa a

Língua Portuguesa 3
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APOSTILAS OPÇÃO

leitura, vá até o fim, ininterruptamente. Alguns dos motivos pelos quais as pessoas aderem à
4: Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto pelo bicicleta no dia a dia são: a valorização da sustentabilidade,
menos duas vezes pois a primeira impressão pode ser falsa. É pois as bikes não emitem gases nocivos ao ambiente, não
preciso paciência para ler outras vezes. Antes de responder as consomem petróleo e produzem muito menos sucata de
questões, retorne ao texto para sanar as dúvidas. A primeira metais, plásticos e borracha; a diminuição dos
leitura deve ser do tipo informativa, isto é, você deverá buscar congestionamentos por excesso de veículos motorizados, que
as palavras mais importantes de cada parágrafo que atingem principalmente as grandes cidades; o favorecimento
constituem as palavras-chave do texto em torno das quais as da saúde, pois pedalar é um exercício físico muito bom; e a
outras se organizam para dar significação e produzirem economia no combustível, na manutenção, no seguro e, claro,
sentido. Já na segunda leitura, do tipo interpretativa, você nos impostos.
deverá compreender, analisar e sintetizar as informações do No Brasil, está sendo implantado o sistema de
texto. compartilhamento de bicicletas. Em Porto Alegre, por
5: Ler o texto com perspicácia (observando os detalhes), exemplo, o BikePOA é um projeto de sustentabilidade da
sutileza, malícia nas entrelinhas. Atenção ao que se pede. Às Prefeitura, em parceria com o sistema de Bicicletas SAMBA,
vezes, a interpretação está voltada a uma linha do texto e por com quase um ano de operação. Depois de Rio de Janeiro, São
isso você deve voltar ao parágrafo para localizar o que se Paulo, Santos, Sorocaba e outras cidades espalhadas pelo país
afirma. Outras vezes, a questão está voltada à ideia geral do aderirem a esse sistema, mais duas capitais já estão com o
texto. projeto pronto em 2013: Recife e Goiânia. A ideia do
6: Realize uma nova leitura, desta vez sublinhando as compartilhamento é semelhante em todas as cidades. Em
palavras desconhecidas do texto. Porto Alegre, os usuários devem fazer um cadastro pelo site. O
7: Seja curioso, utilize um dicionário e encontre o valor do passe mensal é R$ 10 e o do passe diário, R$ 5,
significado das palavras que você sublinhou no texto. podendo-se utilizar o sistema durante todo o dia, das 6h às
8: Voltar ao texto quantas vezes precisar. 22h, nas duas modalidades. Em todas as cidades que já
9: Não permitir que prevaleçam suas ideias sobre as do aderiram ao projeto, as bicicletas estão espalhadas em pontos
autor. estratégicos.
10: Partir o texto em pedaços (parágrafos ou partes) para A cultura do uso da bicicleta como meio de locomoção não
melhor compreensão. está consolidada em nossa sociedade. Muitos ainda não sabem
11: Centralizar cada questão ao pedaço (parágrafo, parte) que a bicicleta já é considerada um meio de transporte, ou
do texto correspondente. desconhecem as leis que abrangem a bike. Na confusão de um
12: Cuidado com os vocábulos: destoa, não, correta, trânsito caótico numa cidade grande, carros, motocicletas,
incorreta, certa, errada, falsa, verdadeira, exceto, e outras; ônibus e, agora, bicicletas, misturam-se, causando, muitas
palavras que aparecem nas perguntas e que, às vezes, vezes, discussões e acidentes que poderiam ser evitados.
dificultam a entender o que se perguntou e o que se pediu. Ainda são comuns os acidentes que atingem ciclistas. A
13: Quando duas alternativas lhe parecem corretas, verdade é que, quando expostos nas vias públicas, eles estão
procurar a mais exata ou a mais completa. totalmente vulneráveis em cima de suas bicicletas. Por isso é
14: Quando o autor apenas sugerir uma ideia, procurar um tão importante usar capacete e outros itens de segurança. A
fundamento de lógica objetiva. maior parte dos motoristas de carros, ônibus, motocicletas e
15: Não se deve procurar a verdade exata dentro daquela caminhões desconhece as leis que abrangem os direitos dos
resposta, mas a opção que melhor se enquadre no sentido do ciclistas. Mas muitos ciclistas também ignoram seus direitos e
texto. deveres. Alguém que resolve integrar a bike ao seu estilo de
16: Às vezes a etimologia ou a semelhança das palavras vida e usá-la como meio de locomoção precisa compreender
denuncia a resposta. que deverá gastar com alguns apetrechos necessários para
17: Procure estabelecer quais foram as opiniões expostas poder trafegar. De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro,
pelo autor, definindo o tema e a mensagem. as bicicletas devem, obrigatoriamente, ser equipadas com
18: O autor defende ideias e você deve percebê-las. campainha, sinalização noturna dianteira, traseira, lateral e
19: Os adjuntos adverbiais e os predicativos do sujeito são nos pedais, além de espelho retrovisor do lado esquerdo.
importantíssimos na interpretação do texto.
20: Aumente seu vocabulário e sua cultura. Além da leitura (Bárbara Moreira, http://www.eusoufamecos.net. Adaptado)
de textos, um bom exercício para ampliar seu conhecimento
léxico, é fazer palavras cruzadas. 01. De acordo com o texto, o uso da bicicleta como meio de
21: Faça exercícios de palavras sinônimas e antônimas. locomoção nas metrópoles brasileiras
(A) decresce em comparação com Holanda e Inglaterra
Fonte: http://canaldoensino.com.br/blog/21-dicas-para-estudar- devido à falta de regulamentação.
interpretacao-de-textos (B) vem se intensificando paulatinamente e tem sido
incentivado em várias cidades.
Questões (C) tornou-se, rapidamente, um hábito cultivado pela
maioria dos moradores.
O uso da bicicleta no Brasil (D) é uma alternativa dispendiosa em comparação com os
demais meios de transporte.
A utilização da bicicleta como meio de locomoção no Brasil (E) tem sido rejeitado por consistir em uma atividade
ainda conta com poucos adeptos, em comparação com países arriscada e pouco salutar.
como Holanda e Inglaterra, por exemplo, nos quais a bicicleta
é um dos principais veículos nas ruas. Apesar disso, cada vez 02. A partir da leitura, é correto concluir que um dos
mais pessoas começam a acreditar que a bicicleta é, numa objetivos centrais do texto é
comparação entre todos os meios de transporte, um dos que (A) informar o leitor sobre alguns direitos e deveres do
oferecem mais vantagens. ciclista.
A bicicleta já pode ser comparada a carros, motocicletas e (B) convencer o leitor de que circular em uma bicicleta é
a outros veículos que, por lei, devem andar na via e jamais na mais seguro do que dirigir um carro.
calçada. Bicicletas, triciclos e outras variações são todos (C) mostrar que não há legislação acerca do uso da bicicleta
considerados veículos, com direito de circulação pelas ruas e no Brasil.
prioridade sobre os automotores.

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APOSTILAS OPÇÃO

(D) explicar de que maneira o uso da bicicleta como meio clima, acidentes de trânsito e obras nas ruas.
de locomoção se consolidou no Brasil. E com relação a todas as outras pessoas nas ruas? Algumas
(E) defender que, quando circular na calçada, o ciclista não são apenas maus motoristas, sem condições de dirigir, mas
deve dar prioridade ao pedestre. também se engajam num comportamento de risco – algumas
até agem especificamente para irritar o outro motorista ou
03. Considere o cartum de Evandro Alves. impedir que este chegue onde precisa.
Essa é a evolução de pensamento que alguém poderá ter
Afogado no Trânsito antes de passar para a ira de trânsito de fato, levando um
motorista a tomar decisões irracionais.
Dirigir pode ser uma experiência arriscada e emocionante.
Para muitos de nós, os carros são a extensão de nossa
personalidade e podem ser o bem mais valioso que possuímos.
Dirigir pode ser a expressão de liberdade para alguns, mas
também é uma atividade que tende a aumentar os níveis de
estresse, mesmo que não tenhamos consciência disso no
momento.
Dirigir é também uma atividade comunitária. Uma vez que
entra no trânsito, você se junta a uma comunidade de outros
motoristas, todos com seus objetivos, medos e habilidades ao
volante. Os psicólogos Leon James e Diane Nahl dizem que um
dos fatores da ira de trânsito é a tendência de nos
concentrarmos em nós mesmos, descartando o aspecto
(http://iiiconcursodecartumuniversitario.blogspot.com.br) comunitário do ato de dirigir.
Como perito do Congresso em Psicologia do Trânsito, o Dr.
Considerando a relação entre o título e a imagem, é correto James acredita que a causa principal da ira de trânsito não são
concluir que um dos temas diretamente explorados no cartum os congestionamentos ou mais motoristas nas ruas, e sim
é como nossa cultura visualiza a direção agressiva. As crianças
(A) o aumento da circulação de ciclistas nas vias públicas. aprendem que as regras normais em relação ao
(B) a má qualidade da pavimentação em algumas ruas. comportamento e à civilidade não se aplicam quando
(C) a arbitrariedade na definição dos valores das multas. dirigimos um carro. Elas podem ver seus pais envolvidos em
(D) o número excessivo de automóveis nas ruas. comportamentos de disputa ao volante, mudando de faixa
(E) o uso de novas tecnologias no transporte público. continuamente ou dirigindo em alta velocidade, sempre com
pressa para chegar ao destino.
04. Considere o cartum de Douglas Vieira. Para complicar as coisas, por vários anos psicólogos
sugeriam que o melhor meio para aliviar a raiva era
Televisão descarregar a frustração. Estudos mostram, no entanto, que a
descarga de frustrações não ajuda a aliviar a raiva. Em uma
situação de ira de trânsito, a descarga de frustrações pode
transformar um incidente em uma violenta briga.
Com isso em mente, não é surpresa que brigas violentas
aconteçam algumas vezes. A maioria das pessoas está
predisposta a apresentar um comportamento irracional
quando dirige. Dr. James vai ainda além e afirma que a maior
parte das pessoas fica emocionalmente incapacitada quando
dirige. O que deve ser feito, dizem os psicólogos, é estar ciente
de seu estado emocional e fazer as escolhas corretas, mesmo
quando estiver tentado a agir só com a emoção.

(Jonathan Strickland. Disponível em: http://carros.hsw.uol.com.br/furia-


no-transito1 .htm. Acesso em: 01.08.2013. Adaptado)
(http://iiiconcursodecartumuniversitario.blogspot.com.br. Adaptado)

05. Tomando por base as informações contidas no texto, é


É correto concluir que, de acordo com o cartum ,
correto afirmar que
(A) os tipos de entretenimento disponibilizados pelo livro
(A) os comportamentos de disputa ao volante acontecem à
ou pela TV são equivalentes.
medida que os motoristas se envolvem em decisões
(B) o livro, em comparação com a TV, leva a uma
conscientes.
imaginação mais ativa.
(B) segundo psicólogos, as brigas no trânsito são causadas
(C) o indivíduo que prefere ler a assistir televisão é alguém
pela constante preocupação dos motoristas com o aspecto
que não sabe se distrair.
comunitário do ato de dirigir.
(D) a leitura de um bom livro é tão instrutiva quanto
(C) para Dr. James, o grande número de carros nas ruas é o
assistir a um programa de televisão.
principal motivo que provoca, nos motoristas, uma direção
(E) a televisão e o livro estimulam a imaginação de modo
agressiva.
idêntico, embora ler seja mais prazeroso.
(D) o ato de dirigir um carro envolve uma série de
experiências e atividades não só individuais como também
Leia o texto para responder às questões:
sociais.
(E) dirigir mal pode estar associado à falta de controle das
Propensão à ira de trânsito
emoções positivas por parte dos motoristas.
Dirigir um carro é estressante, além de inerentemente
Respostas
perigoso. Mesmo que o indivíduo seja o motorista mais seguro
1. (B) / 2. (A) / 3. (D) / 4. (B) / 5. (D)
do mundo, existem muitas variáveis de risco no trânsito, como

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APOSTILAS OPÇÃO

A antonímia pode originar-se de um prefixo de sentido


Significado contextual de oposto ou negativo.
palavras e expressões Exemplos:
- bendizer/maldizer
- simpático/antipático
SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS - progredir/regredir
- concórdia/discórdia
O significado das palavras1 é estudado pela semântica, a - explícito/implícito
parte da gramática que estuda não só o sentido das palavras - ativo/inativo
como as relações de sentido que as palavras estabelecem entre - esperar/desesperar
si: relações de sinonímia, antonímia, paronímia, homonímia...
Compreender essas relações nos proporciona o Questões
alargamento do nosso universo semântico, contribuindo para
uma maior diversidade vocabular e maior adequação aos 01. (MPE/SP – Biólogo – VUNESP) McLuhan já alertava
diversos contextos e intenções comunicativas. que a aldeia global resultante das mídias eletrônicas não
implica necessariamente harmonia, implica, sim, que cada
Sinônimos participante das novas mídias terá um envolvimento
gigantesco na vida dos demais membros, que terá a chance de
Trata2 de palavras diferentes na forma, mas com sentidos meter o bedelho onde bem quiser e fazer o uso que quiser das
iguais ou aproximados. Tudo depende do contexto e da informações que conseguir. A aclamada transparência da coisa
intenção do falante. pública carrega consigo o risco de fim da privacidade e a
Vale lembrar também que muitas palavras são sinônimas, superexposição de nossas pequenas ou grandes fraquezas
se levarmos em conta as variações geográficas (aipim = morais ao julgamento da comunidade de que escolhemos
macaxeira; mexerica = tangerina; pipa = papagaio; aipo = participar.
salsão...). Não faz sentido falar de dia e noite das redes sociais,
Exemplos de sinônimos: apenas em número de atualizações nas páginas e na
- Brado, grito, clamor. capacidade dos usuários de distinguir essas variações como
- Extinguir, apagar, abolir, suprimir. relevantes no conjunto virtualmente infinito das
- Justo, certo, exato, reto, íntegro, imparcial. possibilidades das redes. Para achar o fio de Ariadne no
labirinto das redes sociais, os usuários precisam ter a
Na maioria das vezes não tem diferença usar um sinônimo habilidade de identificar e estimar parâmetros, aprender a
ou outro. Embora tenham sentido comum, os sinônimos extrair informações relevantes de um conjunto finito de
diferenciam-se, entretanto, uns dos outros, por nuances de observações e reconhecer a organização geral da rede de que
significação e certas propriedades que o escritor não pode participam.
desconhecer. O fluxo de informação que percorre as artérias das redes
Com efeito, estes têm sentido mais amplo, aqueles, mais sociais é um poderoso fármaco viciante. Um dos neologismos
restrito (animal e quadrúpede); uns são próprios da fala recentes vinculados à dependência cada vez maior dos jovens
corrente, vulgar, outros, ao invés, pertencem à esfera da a esses dispositivos é a “nomobofobia” (ou “pavor de ficar sem
linguagem culta, literária, científica ou poética (orador e conexão no telefone celular”), descrito como a ansiedade e o
tribuno, oculista e oftalmologista, cinzento e cinéreo). sentimento de pânico experimentados por um número
Exemplos: crescente de pessoas quando acaba a bateria do dispositivo
- Adversário e antagonista. móvel ou quando ficam sem conexão com a Internet. Essa
- Translúcido e diáfano. informação, como toda nova droga, ao embotar a razão e abrir
- Semicírculo e hemiciclo. os poros da sensibilidade, pode tanto ser um remédio quanto
- Contraveneno e antídoto. um veneno para o espírito.
- Moral e ética. (Vinicius Romanini, Tudo azul no universo das redes.
- Colóquio e diálogo. Revista USP, no 92. Adaptado)
- Transformação e metamorfose.
- Oposição e antítese. As expressões destacadas nos trechos – meter o bedelho
/ estimar parâmetros / embotar a razão – têm sinônimos
O fato linguístico de existirem sinônimos chama-se adequados respectivamente em:
sinonímia, palavra que também designa o emprego de (A) procurar / gostar de / ilustrar
sinônimos. (B) imiscuir-se / avaliar / enfraquecer
(C) interferir / propor / embrutecer
Antônimos (D) intrometer-se / prezar / esclarecer
(E) contrapor-se / consolidar / iluminar
Trata de palavras, expressões ou frases diferentes na
forma e com significações opostas, excludentes. Normalmente 02. (Pref. Itaquitinga/PE – Psicólogo – IDHTEC) A
ocorre por meio de palavras de radicais diferentes, com entrada dos prisioneiros foi comovedora (...) Os combatentes
prefixo negativo ou com prefixos de significação contrária. contemplavam-nos entristecidos. Surpreendiam-se;
Exemplos: comoviam-se. O arraial, in extremis, punhalhes adiante,
- Ordem e anarquia. naquele armistício transitório, uma legião desarmada,
- Soberba e humildade. mutilada faminta e claudicante, num assalto mais duro que o
- Louvar e censurar. das trincheiras em fogo. Custava-lhes admitir que toda aquela
- Mal e bem. gente inútil e frágil saísse tão numerosa ainda dos casebres
bombardeados durante três meses. Contemplando-lhes os
rostos baços, os arcabouços esmirrados e sujos, cujos

1 https://www.normaculta.com.br/significacao-das-palavras/ 2 Pestana, Fernando. A gramática para concursos públicos / Fernando

Pestana. – 1. ed. – Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.

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APOSTILAS OPÇÃO

molambos em tiras não encobriam lanhos, escaras e - Hera (trepadeira), era (época), era (verbo).
escalavros – a vitória tão longamente apetecida decaía de - Caça (ato de caçar), cassa (tecido) e cassa (verbo cassar =
súbito. Repugnava aquele triunfo. Envergonhava. Era, com anular).
efeito, contraproducente compensação a tão luxuosos gastos - Cessão (ato de ceder), seção (divisão, repartição) e sessão
de combates, de reveses e de milhares de vidas, o apresamento (tempo de uma reunião ou espetáculo).
daquela caqueirada humana – do mesmo passo angulhenta e
sinistra, entre trágica e imunda, passando-lhes pelos olhos, Homófonos Homográficos: iguais na escrita e na
num longo enxurro de carcaças e molambos... pronúncia.
Nem um rosto viril, nem um braço capaz de suspender uma - Caminhada (substantivo), caminhada (verbo).
arma, nem um peito resfolegante de campeador domado: - Cedo (verbo), cedo (advérbio).
mulheres, sem-número de mulheres, velhas espectrais, moças - Somem (verbo somar), somem (verbo sumir).
envelhecidas, velhas e moças indistintas na mesma fealdade, - Livre (adjetivo), livre (verbo livrar).
escaveiradas e sujas, filhos escanchados nos quadris - Pomos (substantivo), pomos (verbo pôr).
desnalgados, filhos encarapitados às costas, filhos suspensos - Alude (avalancha), alude (verbo aludir).
aos peitos murchos, filhos arrastados pelos braços, passando;
crianças, sem-número de crianças; velhos, sem-número de Parônimos
velhos; raros homens, enfermos opilados, faces túmidas e
mortas, de cera, bustos dobrados, andar cambaleante. São palavras parecidas na escrita e na pronúncia:
(CUNHA, Euclides da. Os sertões: campanha de Canudos. - coro e couro,
Edição Especial. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1980.) - cesta e sesta,
- eminente e iminente,
Em qual das alternativas abaixo NÃO há um par de - degradar e degredar,
sinônimos? - cético e séptico,
(A) Armistício – destruição - prescrever e proscrever,
(B) Claudicante – manco - descrição e discrição,
(C) Reveses – infortúnios - infligir (aplicar) e infringir (transgredir),
(D) Fealdade – feiura - sede (vontade de beber) e cede (verbo ceder),
(E) Opilados – desnutridos - comprimento e cumprimento,
- deferir (conceder, dar deferimento) e diferir (ser diferente,
Gabarito divergir, adiar),
- ratificar (confirmar) e retificar (tornar reto, corrigir),
01.B / 02.A - vultoso (volumoso, muito grande: soma vultosa) e
vultuoso (congestionado: rosto vultuoso).
Homônimos
Questões
Trata de palavras iguais na pronúncia e/ou na grafia, mas
com significados diferentes. Exemplos: 01. (Pref. Lauro Muller/SC – Auxiliar Administrativo –
- São (sadio), são (forma do verbo ser) e são (santo). FAEPESUL) Atento ao emprego dos Homônimos, analise as
- Aço (substantivo) e asso (verbo). palavras sublinhadas e identifique a alternativa CORRETA:
(A) Ainda vivemos no Brasil a descriminação racial. Isso é
Só o contexto é que determina a significação dos crime!
homônimos. A homonímia pode ser causa de ambiguidade, (B) Com a crise política, a renúncia já parecia eminente.
por isso é considerada uma deficiência dos idiomas. (C) Descobertas as manobras fiscais, os políticos irão
O que chama a atenção nos homônimos é o seu aspecto agora expiar seus crimes.
fônico (som) e o gráfico (grafia). Daí serem divididos em: (D) Em todos os momentos, para agir corretamente, é
preciso o bom censo.
Homógrafos Heterofônicos: iguais na escrita e diferentes (E) Prefiro macarronada com molho, mas sem estrato de
no timbre ou na intensidade das vogais. tomate.
- Rego (substantivo) e rego (verbo).
- Colher (verbo) e colher (substantivo). 02. (Pref. Cruzeiro/SP – Instrutor de Desenho Técnico
- Jogo (substantivo) e jogo (verbo). e Mecânico – Instituto Excelência) Assinale a alternativa em
- Apoio (verbo) e apoio (substantivo). que as palavras podem servir de exemplos de parônimos:
- Para (verbo parar) e para (preposição). (A) Cavaleiro (Homem a cavalo) – Cavalheiro (Homem
- Providência (substantivo) e providencia (verbo). gentil).
- Pelo (substantivo), pelo (verbo) e pelo (contração de (B) São (sadio) – São (Forma reduzida de Santo).
per+o). (C) Acento (sinal gráfico) – Assento (superfície onde se
senta).
Homófonos Heterográficos: iguais na pronúncia e (D) Nenhuma das alternativas.
diferentes na escrita.
- Acender (atear, pôr fogo) e ascender (subir). 03. (Prefeitura de Salvador/BA – Técnico de
- Concertar (harmonizar) e consertar (reparar, emendar). Enfermagem do Trabalho – FGV) Assinale a opção que
- Concerto (harmonia, sessão musical) e conserto (ato de mostra a frase cuja lacuna deve ser preenchida com a primeira
consertar). das formas entre parênteses.
- Cegar (tornar cego) e segar (cortar, ceifar). (A) “__________ é um homem que jamais bate numa mulher
- Apreçar (determinar o preço, avaliar) e apressar sem primeiro tirar o chapéu”. (cavaleiro / cavalheiro)
(acelerar). (B) “A indústria do __________ se beneficia do sexo, ou você
- Cela (pequeno quarto), sela (arreio) e sela (verbo selar). acha que as pessoas andariam com os jeans apertados desse
- Censo (recenseamento) e senso (juízo). jeito se não fosse pela conotação sexual?”.
- Cerrar (fechar) e serrar (cortar). (vestiário/vestuário)
- Paço (palácio) e passo (andar).

Língua Portuguesa 7
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APOSTILAS OPÇÃO

(C) “A diminuição __________ do nível da água dos Polissemia


reservatórios trazia preocupação aos governadores de
Estado”. (eminente/iminente) A palavra polissêmica é aquela que, dependendo do
(D) “As mudanças no Código Penal incluem possibilidades contexto, muda de sentido (mas não muda de classe
de __________ penas mais duras aos criminosos”. gramatical!). Por exemplo, veja os sentidos de “peça”: “peça de
(infligir/infringir) automóvel”, “peça de teatro”, “peça de bronze”, “és uma boa
(E) “As novas medidas presidenciais vieram __________ o peça”, “uma peça de carne” etc.
acerto das votações no Congresso Nacional”. (retificar / Agora, observe mais estes exemplos:
ratificar) Desculpe o bolo que te dei ontem.
Comemos um bolo delicioso na casa da Jéssica.
Gabarito Tenho um bolo de revistas lá em casa.5

01.C / 02.A / 03.D Monossemia é o oposto de polissemia, ou seja, quando a


palavra tem um único significado.
Hiperonímia e Hiponímia
É possível perceber que alguns desses contextos passaram
Partindo do princípio de que as palavras estabelecem a fazer sentido por questões sociais, culturais ou históricas
entre si uma relação de significado, observe este enunciado3: adquiridas ao longo do tempo. Vale ressaltar, no entanto, que
Fomos à feira e compramos maçã, banana, abacaxi, melão... o sentido original descrito no dicionário é o que prevalece,
Nossa! Como estavam baratas, pois são frutas da estação. sendo os demais atribuídos pela analise contextual.
Atenção aos vocábulos “maçã”, “banana”, “abacaxi”,
“melão” e também “frutas”, perguntamo-nos: existe alguma Polissemia e Homonímia
relação entre eles? Toda, não é verdade? Desse modo, ao Não confunda polissemia e homonímia. Polissemia remete
observar o conceito de hiperonímia e hiponímia, chegaremos a uma palavra que apresenta diversos significados que se
à conclusão pretendida. Note: encaixam em diversos contextos, enquanto homonímia refere-
se as duas ou mais palavras que apresentam origens e
Hiperonímia4 - como o próprio prefixo já nos indica, esta significados distintos, mas possuem grafia e fonologia
palavra confere-nos uma ideia de um todo, sendo que deste idênticas.
todo se originam outras ramificações, como é o caso de frutas. Por exemplo, “manga” é uma palavra que representa um
Palavras e expressões de sentido mais geral. caso de homonímia. O termo designa tanto uma fruta quanto
uma parte da camisa. Não se trata de uma polissemia por que
Hiponímia - demarcando o oposto do conceito da palavra os dois significados são próprios da palavra e têm origens
anterior, podemos afirmar que ela representa cada parte, cada diferentes. Por esse motivo, muitos especialistas defendem
item de um todo, no caso: maçã, banana, abacaxi, melão. Sim, que a palavra “manga” deveria possuir duas entradas distintas
essas são palavras hipônimas. Palavras e expressões com no dicionário.
sentido mais restrito, mas estão associadas ao conjunto maior
que são as frutas. Polissemia e Ambiguidade
Tanto a polissemia quanto a ambiguidade são elementos
Questões da linguagem que podem provocar confusões na interpretação
de frases. No caso da ambiguidade, geralmente, o enunciado
01. Os vocábulos destacados em “Na banca da feira da apresenta uma construção de palavras que permite mais de
vinte e cinco, havia cupuaçu, bacuri, taperebá e outras frutas uma interpretação para a frase em questão.
regionais.”, têm relação entre si por possuírem o mesmo Nem sempre se trata de uma palavra que tenha mais de um
campo semântico, isto é, todos são frutas inclusive típicas da significado, mas de como as palavras estão dispostas na frase,
Amazônia. permitindo que as informações sejam interpretadas de mais
Tais termos destacados, em relação à palavra “fruta”, são de uma maneira. Ex. Jorge criticou severamente a prima de sua
designados como: amiga, que frequentava o mesmo clube que ele. Nesse caso, o
(A) hiperônimos. pronome que pode estar referindo-se a amiga ou a prima.
(B) hipônimos. Já no caso da polissemia, por uma mesma palavra possuir
(C) cognatos. mais de um significado, ela pode fazer com que as pessoas não
(D) polissêmicos. compreendam o sentido usado no primeiro contato com a
(E) parônimos. frase e interpretem o enunciado de uma maneira diferente do
que ele era intencionado. Neste caso, para que isso não ocorra,
02. “O caminhão atravessou a pista e bateu na mureta de é importante que fique claro qual é o contexto em que a
proteção, o veículo ficou totalmente destruído”. Na frase acima palavra foi usada.
a palavra “veículo” representa um caso de:
(A) polissemia; Questão
(B) antonímia;
(C) hiponímia; 01. (SANEAGO/GO - Agente de Saneamento - CS/2018)
(D) hiperonímia;
(E) heteronímia. Predestinação

Gabarito Tinha no nome seu destino líquido: mar, rio e lago.


Pois chamava-se Mário Lago.
01.B / 02.D Viu a luz sob o signo de Piscis.
Brilhava no céu a constelação de Aquário.
Veio morar no Rio.

3 https://portugues.uol.com.br/gramatica/hiperonimia-hiponimia.html 5 PESTANA, Fernando. A gramática para concursos. Elsevier. 2013.


4 https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/gramatica/hiperonimia-
hiponimia.htm

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APOSTILAS OPÇÃO

Quando discutia, sempre levava um banho. 03. (SAMAE de Caxias do Sul/RS - Assistente de
Pois era um temperamento transbordante. Planejamento - OBJETIVA/2017)
Sua arte preferida: água-forte.
Seu provérbio predileto: "Quem tem capa, escapa".
Sua piada favorita: "Ser como o rio:
seguir o curso sem deixar o leito".
Pois estudava: engenharia hidráulica.
Quando conheceu uma moça de primeira água.
Foi na onda.
Teve que desistir dos estudos quando
já estava na bica para se formar.
Então arranjou um emprego em Ribeirão das Lajes.
Donde desceu até ser leiteiro.
Encarregado de pôr água no leite.
Ficou noivo e deu à moça uma água-marinha.
Mas ela o traiu com um escafandrista.
E fugiu sem dizer água vai.
Foi aquela água. Considerando-se a representação semântica da palavra
Desde então ele só vivia na chuva “vendo” no contexto da tirinha abaixo, é CORRETO afirmar
Virou pau de água. que ocorre:
Portanto, com hidrofobia. (A) Denotação.
Foi morar numa água-furtada. (B) Conotação.
Deu-lhe água no pulmão. (C) Homonímia.
Rim flutuante. (D) Homofonia.
Água no joelho. (E) Sinonímia.
Hidropsia.
Bolha d’água. 04. (Pref. Videira/SC - Agente Administrativo -
Gota. ASSCONPP/2016) Observe as frases abaixo:
Catarata. I. A mãe vela pelo sono do filho doente.
Morreu afogado. II. O barco à vela foi movido pelo vento.
FERNANDES, Millôr. Trinta anos de mim mesmo. Editora
Círculo do Livro: São Paulo, 1975. A palavra vela presenta vários sentidos, esta propriedade
das palavras é denominada:
O humor do texto é construído por meio do jogo entre (A) Homonímia;
palavras denotativas e conotativas. O principal recurso de (B) Polissemia;
sentido usado, portanto, foi a: (C) Sinonímia;
(A) polissemia. (D) Antonímia;
(B) ironia. (E) Nenhuma das alternativas anteriores.
(C) intertextualidade.
(D) ambiguidade. 05. (Pref. Fronteira/MG - Contador - MÁXIMA/2016)
02. (SEDUC/PI - Professor Temporário - Língua
Portuguesa - NUCEPE/2018)

A mensagem dessa tirinha apoia-se no duplo sentido de


uma palavra através de um recurso:
(A) Vida - homonímia;
(B) Balanço - polissemia;
O efeito de humor, na tirinha, é explorado pelo recurso (C) Balanço - sinonímia;
semântico da: (D) Vida - polissemia.
(A) Sinonímia.
(B) Polissemia Gabarito
(C) Contradição.
(D) Antonímia. 01.D / 02.B / 03.C / 04.B / 05.B
(E) Ambiguidade.
Sentido Próprio e Sentido Figurado

As palavras podem ser empregadas no sentido próprio ou


no sentido figurado. Exemplos:
- Construí um muro de pedra. (Sentido próprio).
- Ênio tem um coração de pedra. (Sentido figurado).
- As águas pingavam da torneira. (Sentido próprio).
- As horas iam pingando lentamente. (Sentido figurado).

Língua Portuguesa 9
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APOSTILAS OPÇÃO

Denotação e Conotação outro livro. O uso de outro pressupõe necessariamente ao


menos um livro além daquele que está sendo autografado.
Denotação é o sentido da palavra interpretada ao pé da
letra, isto é, de acordo com o sentido geral que ela tem na Questões
maioria dos contextos em que ocorre. É o sentido próprio da
palavra, aquele encontrado no dicionário. Exemplo: “Uma 01. (PC/CE – Delegado de Polícia Civil – VUNESP)
pedra no meio da rua foi a causa do acidente.”
A palavra “pedra” aqui está usada em sentido literal, ou A morte do narrador
seja, o objeto mesmo.
Recentemente recebi um e-mail de uma leitora
Conotação é o sentido da palavra desviado do usual, isto é, perguntando a razão de eu ter, segundo ela, uma visão tão dura
aquele que se distancia do sentido próprio e costumeiro. para com os idosos. O motivo da sua pergunta era eu ter dito,
Exemplo: “As pedras atiradas pela boca ferem mais do que as em uma de minhas colunas, que hoje em dia não existiam mais
atiradas pela mão.” vovôs e vovós, porque estavam todos na academia querendo
“Pedras”, nesse contexto, não está indicando o que parecer com seus netos.
usualmente significa, mas um insulto, uma ofensa produzida Claro, minha leitora me entendeu mal. Mas o fato de ela ter
pelas palavras. me entendido mal, o que acontece com frequência quando se
discute o tema da velhice, é comum, principalmente porque o
Ampliação de Sentido próprio termo “velhice" já pede sinônimos politicamente
Fala-se em ampliação de sentido quando a palavra passa a corretos, como “terceira idade", “melhor idade", “maturidade",
designar uma quantidade mais ampla de significado do que o entre outros.
seu original. Uma característica do politicamente correto é que, quando
“Embarcar”, por exemplo, que originariamente era usada ele se manifesta num uso linguístico específico, é porque esse
para designar o ato de viajar em um barco, ampliou uso se refere a um conceito já considerado como algo ruim. A
consideravelmente o sentido e passou a designar a ação de marca essencial do politicamente correto é a hipocrisia
viajar em outros veículos. Hoje se diz, por ampliação de articulada como gesto falso, ideias bem comportadas.
sentido, que um passageiro: Voltando à velhice. Minha leitora entendeu que eu dizia
- embarcou em um trem. que idosos devem se afundar na doença, na solidão e no
- embarcou no ônibus das dez. abandono, e não procurar ser felizes. Mas, quando eu dizia que
- embarcou no avião da força aérea. eles estão fugindo da condição de avós, usava isso como
- embarcou num transatlântico. metáfora da mentira (politicamente correta) quanto ao medo
que temos de afundar na doença, antes de tudo psicológica,
“Alpinista”, na origem, era usado para indicar aquele que devido ao abandono e à solidão, típicos do mundo
escala os Alpes (cadeia montanhosa europeia). Depois, por contemporâneo. Minha crítica era à nossa cultura, e não às
ampliação de sentido, passou a designar qualquer tipo de vítimas dela. Ela cultua a juventude como padrão de vida e está
praticante de escalar montanhas. intimamente associada ao medo do envelhecimento, da dor e
da morte. Sua opção é pela “negação", traço de um dos
Restrição de Sentido sintomas neuróticos descritos por Freud.
Ao lado da ampliação de sentido, existe o movimento Walter Benjamim, filósofo alemão do século XX, dizia que
inverso, isto é, uma palavra passa a designar uma quantidade na modernidade o narrador da vida desapareceu. Isso quer
mais restrita de objetos ou noções do que originariamente. É o dizer que as pessoas encarregadas, antigamente, de narrar a
caso, por exemplo, das palavras que saem da língua geral e vida e propor sentido para ela perderam esse lugar. Hoje os
passam a ser usadas com sentido determinado, dentro de um mais velhos querem “aprender" com os mais jovens (aprender
universo restrito do conhecimento. a amar, se relacionar, comprar, vestir, viajar, estar nas redes
A palavra aglutinação, por exemplo, na nomenclatura sociais). Esse fenômeno, além de cruel com o envelhecimento,
gramatical, é bom exemplo de especialização de sentido. Na é também desorganizador da própria juventude. Ouço
língua geral, ela significa qualquer junção de elementos para cotidianamente, na sala de aula, os alunos demonstrarem seu
formar um todo, porém em Gramática designa apenas um tipo desprezo por pais e mães que querem aprender a viver com
de formação de palavras por composição em que a junção dos eles.
elementos acarreta alteração de pronúncia, como é o caso de Alguns elementos do mundo moderno não ajudam a
pernilongo (perna + longa). combater essa desvalorização dos mais velhos. As ferramentas
Se não houver alteração de pronúncia, já não se diz mais de informação, normalmente mais acessíveis aos jovens,
aglutinação, mas justaposição. A palavra Pernalonga, por aumentam a percepção negativa dos mais velhos diante do
exemplo, que designa uma personagem de desenhos acúmulo de conhecimento posto a serviço dos consumidores,
animados, não se formou por aglutinação, mas por que questionam as “verdades constituídas do passado". A
justaposição. própria estrutura sobre a qual se funda a experiência moderna
Em linguagem científica é muito comum restringir-se o – ciência, técnica, superação de tradição – agrava a
significado das palavras para dar precisão à comunicação. invisibilidade dos mais velhos. Em termos humanos, o passado
A palavra girassol, formada de gira (do verbo girar) + sol, (que “nada" serve ao mundo do progresso) tem um nome:
não pode ser usada para designar, por exemplo, um astro que idoso. Enfim, resta aos vovôs e vovós ir para a academia ou
gira em torno do Sol, seu sentido sofreu restrição, e ela serve para as redes sociais.
para designar apenas um tipo de flor que tem a propriedade (Luiz Felipe Pondé, Somma, agosto 2014, p. 31. Adaptado)
de acompanhar o movimento do Sol.
Há certas palavras que, além do significado explícito, O termo empregado com sentido figurado está em
contêm outros implícitos (ou pressupostos). Os exemplos são destaque na seguinte passagem do texto:
muitos. É o caso do adjetivo outro, por exemplo, que indica (A) Mas o fato de ela ter me entendido mal, o que acontece
certa pessoa ou coisa, pressupondo necessariamente a com frequência quando se discute o tema da velhice…
existência de ao menos uma além daquela indicada. (segundo parágrafo).
Prova disso é que não faz sentido, para um escritor que
nunca lançou um livro, dizer que ele estará autografando seu

Língua Portuguesa 10
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APOSTILAS OPÇÃO

(B) O motivo da sua pergunta era eu ter dito, em uma de 03. (TJ/SP – Escrevente Técnico Judiciário – VUNESP)
minhas colunas, que hoje em dia não existiam mais vovôs e Leia o texto para responder a questão.
vovós… (primeiro parágrafo).
(C) Walter Benjamim, filósofo alemão do século XX, dizia Um pé de milho
que na modernidade o narrador da vida desapareceu.
(Penúltimo parágrafo). Aconteceu que no meu quintal, em um monte de terra
(D) A própria estrutura sobre a qual se funda a experiência trazido pelo jardineiro, nasceu alguma coisa que podia ser um
moderna – ciência, técnica, superação de tradição – agrava a pé de capim – mas descobri que era um pé de milho.
invisibilidade dos mais velhos. (Último parágrafo). Transplantei-o para o exíguo canteiro na frente da casa.
(E) Minha leitora entendeu que eu dizia que idosos devem Secaram as pequenas folhas, pensei que fosse morrer. Mas ele
se afundar na doença, na solidão e no abandono… (quarto reagiu. Quando estava do tamanho de um palmo, veio um
parágrafo). amigo e declarou desdenhosamente que na verdade aquilo era
capim. Quando estava com dois palmos veio outro amigo e
02. (PC/CE – Escrivão de Polícia Civil – VUNESP) afirmou que era cana.
Sou um ignorante, um pobre homem da cidade. Mas eu
Ficção universitária tinha razão. Ele cresceu, está com dois metros, lança as suas
folhas além do muro – e é um esplêndido pé de milho. Já viu o
Os dados do Ranking Universitário publicados em leitor um pé de milho? Eu nunca tinha visto. Tinha visto
setembro de 2013 trazem elementos para que tentemos centenas de milharais – mas é diferente. Um pé de milho
desfazer o mito, que consta da Constituição, de que pesquisa e sozinho, em um anteiro, espremido, junto do portão, numa
ensino são indissociáveis. É claro que universidades que fazem esquina de rua – não é um número numa lavoura, é um ser vivo
pesquisa tendem a reunir a nata dos especialistas, produzir e independente. Suas raízes roxas se agarra mão chão e suas
mais inovação e atrair os alunos mais qualificados, tornando- folhas longas e verdes nunca estão imóveis.
se assim instituições que se destacam também no ensino. Anteontem aconteceu o que era inevitável, mas que nos
O Ranking Universitário mostra essa correlação de forma encantou como se fosse inesperado: meu pé de milho pendoou.
cristalina: das 20 universidades mais bem avaliadas em Há muitas flores belas no mundo, e a flor do meu pé de milho
termos de ensino, 15 lideram no quesito pesquisa (e as demais não será a mais linda. Mas aquele pendão firme, vertical,
estão relativamente bem posicionadas). Das 20 que saem à beijado pelo vento do mar, veio enriquecer nosso canteirinho
frente em inovação, 15 encabeçam também a pesquisa. Daí não vulgar com uma força e uma alegria que fazem bem. É alguma
decorre que só quem pesquisa, atividade estupidamente cara, coisa de vivo que se afirma com ímpeto e certeza. Meu pé de
seja capaz de ensinar. milho é um belo gesto da terra. E eu não sou mais um medíocre
O gasto médio anual por aluno numa das três homem que vive atrás de uma chata máquina de escrever: sou
universidades estaduais paulistas, aí embutidas todas as um rico lavrador da Rua Júlio de Castilhos.
despesas que contribuem direta e indiretamente para a boa (Rubem Braga. 200 crônicas escolhidas, 2001)
pesquisa, incluindo inativos e aportes de Fapesp, CNPq e
Capes, é de R$ 46 mil (dados de 2008). Ora, um aluno do Assinale a alternativa em que, nas duas passagens, há
ProUni custa ao governo algo em torno de R$ 1.000 por ano em termos empregados em sentido figurado.
renúncias fiscais. (A) ... beijado pelo vento do mar... (3º §) / Meu pé de milho
Não é preciso ser um gênio da aritmética para perceber é um belo gesto da terra. (3º §)
que o país não dispõe de recursos para colocar os quase sete (B) Mas ele reagiu. (1º §) / ... na verdade aquilo era capim.
milhões de universitários em instituições com o padrão de (1º §)
investimento das estaduais paulistas. E o Brasil precisa (C) Secaram as pequenas folhas... (1º §) / Sou um
aumentar rapidamente sua população universitária. Nossa ignorante... (2º §)
taxa bruta de escolarização no nível superior beira os 30%, (D) Ele cresceu, está com dois metros... (2º §) / Tinha visto
contra 59% do Chile e 63% do Uruguai. centenas de milharais... (2º §)
Isso para não mencionar países desenvolvidos como EUA (E) ... lança as suas folhas além do muro... (2º §) / Há muitas
(89%) e Finlândia (92%). Em vez de insistir na ficção flores belas no mundo... (3º §)
constitucional de que todas as universidades do país precisam
dedicar-se à pesquisa, faria mais sentido aceitar o mundo 04. (IF/SC – Técnico de Laboratório)
como ele é e distinguir entre instituições de elite voltadas para Assinale a opção em que NÃO há palavra usada em sentido
a produção de conhecimento e as que se destinam a difundi-lo. conotativo.
O Brasil tem necessidade de ambas. (A) Tuas atitudes são o espelho do teu caráter.
(Hélio Schwartsman,: http://www1.folha.uol.com.br, 2013.) (B) Regras podem ser estabelecidas para uma convivência
pacífica.
Assinale a alternativa em que a expressão destacada é (C) Pipocavam palavras no texto, como se fossem rabiscos
empregada em sentido figurado. coloridos do próprio pensamento
(A) ... universidades que fazem pesquisa tendem a reunir a (D) Choviam risadas naquela peça de humor.
nata dos especialistas... (E) A sabedoria abre as portas do conhecimento.
(B) Os dados do Ranking Universitário publicados em
setembro de 2013... 05. (FAPESE - Assistente em Administração -
(C) Não é preciso ser um gênio da aritmética para perceber UFS/2018) No período “Tomara que a revolta que eu e muitos
que o país não dispõe de recursos... sentiram não morra nas redes sociais”, a forma verbal “morra”
(D) ... das 20 universidades mais bem avaliadas em termos (do verbo morrer) é:
de ensino... (A) usada em sentido denotativo;
(E) ... todas as despesas que contribuem direta e (B) 3ª. pessoa do singular do pretérito perfeito, do modo
indiretamente para a boa pesquisa... indicativo;
(C) uma flexão regular da 3ª. pessoa do singular, do
pretérito imperfeito, do modo subjuntivo;

Língua Portuguesa 11
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APOSTILAS OPÇÃO

(D) a flexão de 3ª. pessoa do singular, do futuro do algumas vezes por mímicas, incluindo-se fisionomias. A língua
pretérito, do modo indicativo; escrita não é apenas a representação da língua falada, mas sim
(E) usada em sentido conotativo. um sistema mais disciplinado e rígido, uma vez que não conta
com o jogo fisionômico, as mímicas e o tom de voz do falante.
Gabarito No Brasil, por exemplo, todos falam a língua portuguesa,
mas existem usos diferentes da língua devido a diversos
01.D / 02.A / 03.A / 04.B / 05.E fatores. Dentre eles, destacam-se:

Fatores culturais: o grau de escolarização e a formação


cultural de um indivíduo também são fatores que colaboram
Níveis de linguagem. para os diferentes usos da língua. Uma pessoa escolarizada
utiliza a língua de uma maneira diferente da pessoa que não
teve acesso à escola.
LINGUAGEM Fatores contextuais: nosso modo de falar varia de acordo
com a situação em que nos encontramos, quando conversamos
É a capacidade que possuímos de expressar nossos com nossos amigos, não usamos os termos que usaríamos se
pensamentos, ideias, opiniões e sentimentos. A linguagem está estivéssemos discursando em uma solenidade de formatura.
relacionada a fenômenos comunicativos; onde há Fatores profissionais: o exercício de algumas atividades
comunicação, há linguagem. requer o domínio de certas formas de língua
Podemos usar inúmeros tipos de linguagens para chamadas línguas técnicas. Abundantes em termos
estabelecermos atos de comunicação, tais como: sinais, específicos, essas formas têm uso praticamente restrito ao
símbolos, sons, gestos e regras com sinais convencionais intercâmbio técnico de engenheiros, químicos, profissionais
(linguagem escrita e linguagem mímica, por exemplo). da área de direito, informática, biólogos, médicos, linguistas
Num sentido mais genérico, a linguagem pode ser entre outros especialistas.
classificada como qualquer sistema de sinais que se valem os Fatores naturais: o uso da língua pelos falantes sofre
indivíduos para comunicar-se. Podendo ser dividida em: influência de fatores naturais, como idade e sexo. Uma criança
não utiliza a língua da mesma maneira que um adulto, daí fala-
Linguagem Verbal (falada): aquela que faz uso se em linguagem infantil e linguagem adulta.
das palavras para comunicar algo.
Fala
Linguagem Não Verbal (escrita): aquela que utiliza
outros métodos de comunicação, que não são as palavras. É a utilização oral da língua pelo indivíduo. É um ato
Dentre elas estão a linguagem de sinais, as placas e sinais de individual, pois cada indivíduo, para a manifestação da fala,
trânsito, a linguagem corporal, uma figura, a expressão facial, pode escolher os elementos da língua que lhe convém,
um gesto, etc. conforme seu gosto e sua necessidade, de acordo com a
situação, o contexto, sua personalidade, o ambiente
Língua sociocultural em que vive, etc.
Desse modo, dentro da unidade da língua, há uma grande
É um instrumento de comunicação, sendo composta por diversificação nos mais variados níveis da fala. Cada
regras gramaticais que possibilitam que determinado grupo indivíduo, além de conhecer o que fala, conhece também o que
de falantes consiga produzir enunciados que lhes permitam os outros falam; é por isso que somos capazes de dialogar com
comunicar-se e compreender-se. Como por exemplo, os pessoas dos mais variados graus de cultura, embora nem
falantes da língua portuguesa. sempre a linguagem delas seja exatamente como a nossa.
A língua também possui um caráter social e pertence a um
conjunto de pessoas, as quais podem agir sobre ela. E cada Níveis da Fala
membro da comunidade pode optar por esta ou aquela forma Devido ao caráter individual da fala, é possível observar
de expressão, mas por outro lado, não é possível criar uma alguns níveis:
língua particular e exigir que outros falantes a compreendam.
Dessa forma, cada indivíduo pode usar de maneira particular Nível coloquial-popular: é a fala que a maioria das
a língua comunitária, originando a fala. pessoas utilizam no seu dia a dia, principalmente em situações
A fala está sempre condicionada pelas regras socialmente informais. Esse nível da fala é mais espontâneo, ao utilizá-lo,
estabelecidas da língua, mas é suficientemente ampla para não nos preocupamos em saber se falamos de acordo ou não
permitir um exercício criativo da comunicação. Deste modo com as regras formais estabelecidas pela língua.
um indivíduo pode pronunciar um enunciado das seguintes
maneiras: A família de Regina era paupérrima; ou A família de Nível formal-culto: é o nível da fala normalmente
Regina era muito pobre. utilizado pelas pessoas em situações formais. Caracteriza-se
As diferenças e semelhanças constatadas devem-se às por um cuidado maior com o vocabulário e pela obediência às
diversas manifestações da fala de cada um. Note, além disso, regras gramaticais estabelecidas pela língua.
que essas manifestações devem obedecer às regras gerais da
língua portuguesa, para não correr o risco de produzir Questões
enunciados incompreensíveis, como por exemplo: Família a
paupérrima de era Regina. 01. (CGE/RO - Auditor de Controle Interno -
FUNRIO/2018)
Língua Falada e Língua Escrita
Entrevista de Carlos Heitor Cony
Não devemos confundir língua com escrita, pois são dois
meios de comunicação distintos. A escrita representa um “Hoje, se os Mamonas Assassinas [banda de pop-rock que
estágio posterior de uma língua. A língua falada é mais estourou em 1995, morta em um acidente de avião 1 ano
espontânea, abrange a comunicação linguística em toda sua depois] escreverem um livro sobre a teoria do quanta, não vai
totalidade. Além disso, é acompanhada pelo tom de voz, faltar editor e não vai faltar leitor. (...) A indústria do livro era

Língua Portuguesa 12
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APOSTILAS OPÇÃO

muito elitista naquela época, havia um certo elitismo. O livro Comentários


era considerado um objeto, quase um totem, uma coisa
sagrada. Acho o fenômeno do Paulo Coelho muito útil. É um 01. Resposta: C
homem que vende milhões de exemplares, faz o editor ganhar a) a preferência pela linguagem coloquial. (Um Ex. de como
dinheiro, e esse editor pode investir em outras coisas.” (Em ficaria o nome: Planta que Mata)
entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura). b) a presença da linguagem figurada. (Um Ex. de como
poderia fica: 1 milhão de mamonas (hipérbole) Vítima
O nome de “Mamonas Assassinas” dado à banda de pop- (Antítese - 'ideia oposta")
rock mostra um traço de modernidade, que é: c) a busca de originalidade criativa. (Realmente esse nome
(A) a preferência pela linguagem coloquial. se destaca, chamando atenção, perante os ouvintes de músicas.
(B) a presença da linguagem figurada. d) a utilização de imagens infantis. (A mamona contém
(C) a busca de originalidade criativa. ricina e está entre as plantas mais tóxicas do mundo. Logo tá
(D) a utilização de imagens infantis. mais para a utilização de imagem perigosa)
(E) a falta de coerência, gerando incomunicabilidade. e) a falta de coerência, gerando incomunicabilidade. (Os
conceitos já respondem)
02. (TJ/SP - Escrevente Técnico Judiciário - Coerência - ligação, nexo ou harmonia entre dois fatos ou
VUNESP/2018) Quem assiste a “Tempo de Amar” já reparou duas ideias; relação harmônica, conexão.
no português extremamente culto e correto que é falado pelos Incomunicabilidade - Característica ou condição de quem
personagens da novela. Com frases que parecem retiradas de ou do que está incomunicável; inacessibilidade.
um romance antigo, mesmo nos momentos mais banais, os
personagens se expressam de maneira correta e erudita. 02. Resposta: A
Ao UOL, o autor da novela, Alcides Nogueira, diz que o a) ... então tudo foi pensado para que o público entrasse
linguajar de seus personagens é um ponto que leva a novela a junto com a gente (alguém entra com alguém (conosco) em
se destacar. “Não tenho nada contra a linguagem coloquial, ao algum lugar) nesse túnel do tempo. (Somente nessa alternativa
contrário. Acho que a língua deve ser viva e usada em sintonia existe emprego da linguagem coloquial, ou seja, a que é usada
com o nosso tempo. Mas colocar um português bastante culto diariamente sem emprego de formalismos. Precedidos da
torna a narrativa mais coerente com a época da trama. Fora preposição com, os pronomes nós e vós formam conosco e
isso, é uma oportunidade de o público conhecer um pouco convosco.)
mais dessa sintaxe poucas vezes usada atualmente”.
O escritor, que assina o texto da novela das 18h ao lado de
Bia Corrêa do Lago, conta que a decisão de imprimir um
português erudito à trama foi tomada por ele e apoiada pelo
Figuras de linguagem.
diretor artístico, Jayme Monjardim. Ele revela que toma
diversos cuidados na hora de escrever o texto, utilizando,
inclusive, o dicionário. “Muitas vezes é preciso recorrer às FIGURAS DE LINGUAGEM6
gramáticas. No início, o uso do coloquial era tentador. Aos
poucos, a escrita foi ficando mais fácil”, afirma Nogueira, que Também chamadas de Figuras de Estilo. Podemos
também diz se inspirar em grandes escritores da literatura classificá-las em quatro tipos:
brasileira e portuguesa, como Machado de Assis e Eça de - Figuras de Palavras (ou tropos);
Queiroz. - Figuras de Harmonia;
Para o autor, escutar os personagens falando dessa forma - Figuras de Construção (ou de sintaxe);
ajuda o público a mergulhar na época da trama de modo - Figuras de Pensamento.
profundo e agradável. Compartilhou-lhe o sentimento Jayme
Monjardim, que também explica que a estética delicada da Figuras de Palavra
novela foi pensada para casar com o texto. “É uma novela que
se passa no fim dos anos 1920, então tudo foi pensado para São as que dependem do uso de determinada palavra com
que o público entrasse junto com a gente nesse túnel do tempo. sentido novo ou com sentido incomum. Vejamos:
Acho que isso é importante para que o telespectador consiga
se sentir em outra época”, diz. Metáfora: é um tipo de comparação (mental) sem uso de
(Guilherme Machado. UOL. https://tvefamosos.uol.com.br. 15.11.2017. conectivos comparativos, com utilização de verbo de ligação
Adaptado)
explícito na frase. Exemplo:
“Sua boca era um pássaro escarlate.” (Castro Alves)
No texto, há exemplo de uso coloquial da linguagem na
passagem:
Catacrese: consiste em transferir a uma palavra o sentido
(A) então tudo foi pensado para que o público entrasse
próprio de outra, utilizando-se formas já incorporadas aos
junto com a gente nesse túnel do tempo.
usos da língua. Se a metáfora surpreende pela originalidade da
(B) Com frases que parecem retiradas de um romance
associação de ideias, o mesmo não ocorre com a catacrese, que
antigo, [...] os personagens se expressam de maneira correta e
já não chama a atenção por ser tão repetidamente usada.
erudita.
(C) Quem assiste a “Tempo de Amar” já reparou no
Exemplos:
português extremamente culto e correto...
(D) o autor da novela [...] diz que o linguajar de seus Batata da perna Azulejo vermelho
personagens é um ponto que leva a novela a se destacar. Pé da mesa Cabeça de alho
(E) Ele revela que toma diversos cuidados na hora de
escrever o texto, utilizando, inclusive, o dicionário. Comparação ou Símile: é a comparação entre dois
elementos comuns; semelhantes. Normalmente se emprega
Gabarito uma conjunção comparativa: como, tal qual, assim como, que
01.C / 02.A nem. Exemplo:

6 SCHICAIR. Nelson M. Gramática do Português Instrumental. 2ª. ed Niterói:

Impetus, 2007.

Língua Portuguesa 13
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APOSTILAS OPÇÃO

“Como um anjo caído, fiz questão de esquecer...” (Legião Figuras de Harmonia


Urbana)
São as que reproduzem os efeitos de repetição de sons,
Sinestesia: é a fusão de no mínimo dois dos cinco sentidos ou ainda quando se busca representa-los. São elas:
físicos. Exemplos:
“De amargo e então salgado ficou doce, - Paladar Aliteração: repetição consonantal fonética (som da letra)
Assim que teu cheiro forte e lento - Olfato geralmente no início da palavra.
Fez casa nos meus braços e ainda leve - Tato Exemplo: “Sonhei que estava sonhando um sonho
E forte e cego e tenso fez saber - Visão sonhado...” (Martinho da Vila)
Que ainda era muito e muito pouco.” (Legião Urbana)
Assonância: repetição da mesma vogal no decorrer de um
Antonomásia: quando substituímos um nome próprio verso ou poema. Exemplo:
pela qualidade ou característica que o distingue. Exemplos: “Sou Ana, da cama
O Águia de Haia (= Rui Barbosa) Da cana, fulana bacana
O Pai da Aviação (= Santos Dumont) Sou Ana de Amsterdã.” (Chico Buarque)

Metonímia: troca-se uma palavra por outra com a qual ela Paronomásia: reprodução de sons semelhantes através
se relaciona. Ocorre a metonímia quando substituímos: de palavras de significados diferentes. Exemplos:
- O autor ou criador pela obra. Exemplo: Gosto de ler “Berro pelo aterro pelo desterro
Jorge Amado (observe que o nome do autor está sendo usado Berro por seu berro pelo seu erro
no lugar de suas obras). Quero que você ganhe que você me apanhe
Sou o bezerro gritando mamãe...”
- O efeito pela causa e vice-versa. Exemplo: Ganho a vida (Caetano Veloso)
com o suor do meu rosto. (o suor é o efeito ou resultado e está
sendo usado no lugar da causa, ou seja, o “trabalho”). Figuras de Construção

- O continente pelo conteúdo. Exemplo: Ela comeu uma Dizem respeito aos desvios de padrão de concordância
caixa de doces. (= doces). quer quanto à ordem, omissões ou excessos. Dividem-se em:

- O abstrato pelo concreto e vice-versa. Exemplo: A Omissão


velhice deve ser respeitada. (= pessoas velhas). Assíndeto: ocorre por falta ou supressão de conectivos.
Exemplos:
- O instrumento pela pessoa que o utiliza. Exemplo: Ele "Saí, bebi, enfim, vivi." (Nel de Moraes)
é bom volante. (= piloto ou motorista). "Vim, vi e venci." (Júlio César)
- O lugar pelo produto. Exemplo: Gosto muito de tomar
um Porto. (= a vinho da cidade do Porto). Elipse: supressão de vocábulo(s) que são facilmente
identificável(is). Exemplos:
- O símbolo ou sinal pela coisa significada. Exemplo: Os "(Eu) Queria ser um pássaro dentro da noite."
revolucionários queriam o trono. (= império, o poder). "No céu, (há) estrelas que brilham indômitas."

- A parte pelo todo. Exemplo: Não há teto para os Zeugma: elipse especial que consiste na supressão de um
necessitados. (= a casa). termo já, anteriormente, expresso no contexto. Exemplos:
"Nós nos desejamos e (nós) não nos possuímos."
- O indivíduo pela classe ou espécie. Exemplo: Ele foi o "Foi saqueada a vila, e (foram) assassinados os partidários
judas do grupo. (= espécie dos homens traidores). dos Filipes." (Camilo Castelo Branco)

- O singular pelo plural. Exemplo: O homem é um animal Repetição


racional. (o singular homem está sendo usado no lugar do Anáfora: é a repetição intencional de palavras, no início de
plural homens). um período, frase ou verso. Exemplos:
“Eu quase não saio
- O gênero ou a qualidade pela espécie. Exemplo: Nós Eu quase não tenho amigo
mortais, somos imperfeitos. (= seres humanos). Eu quase não consigo
Ficar na cidade sem viver contrariado."
(Gilberto Gil)
- A matéria pelo objeto. Exemplo: Ele não tem um níquel.
(= moeda).
Polissíndeto: repetição enfática de conjunções
coordenativas (geralmente e). Exemplos:
Observação: os últimos 5 casos recebem também o nome
"E saber, e crescer, e ser, e haver
de Sinédoque.
E perder, e sofrer, e ter horror."
(Vinícius de Morais)
Sinédoque: significa a troca que ocorre por relação de
compreensão e que consiste no uso do todo, pela parte do Pleonasmo: repetição da ideia, isto é, redundância
plural pelo singular, do gênero pela espécie, ou vice-versa. semântica e sintática, divide-se em:
Exemplo: O mundo é violento. (= os homens) a) Gramatical: com objetos direto ou indireto redundantes,
chamam-nos pleonásticos. Exemplos:
Perífrase: é a substituição de um nome por uma expressão "Perdoo-te a ti, meu amor."
que facilita a sua identificação. "O carro velho, eu o vendi ontem."
Exemplo: O país do futebol acredita no seu povo. (país do
futebol = Brasil) b) Vicioso: deve ser evitado por não acrescentar
informação nova ao que já havia sido dito anteriormente.
Exemplos: subir para cima; descer para baixo; repetir de novo;

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APOSTILAS OPÇÃO

hemorragia sanguínea; protagonista principal; monopólio concordância verbal, afinal, esquadrão é palavra de natureza
exclusivo. coletiva (coletivo de aviões) e, mais uma vez por questões
estilísticas, o autor preferiu à regra, na qual se baseia a
Ruptura Gramática Normativa, o livre voar de suas ideias.
Anacoluto: a construção do período deixa um ou mais
termos sem função sintática. Dê atenção especial porque o c) De Pessoa: sujeito e verbo não concordam entre si. Ex.:
anacoluto é parecido com o pleonasmo, ou melhor, na “A gente não sabemos escolher presidente.”
tentativa de um pleonasmo sintático, muitas vezes, acaba-se “A gente não sabemos tomar conta da gente."
por criar a ruptura. Exemplo: (Ultraje a Rigor)
"Os meus vizinhos, não confio mais neles." - a função Nos casos de silepse de pessoa há, por parte do autor, uma
sintática de os meus vizinhos é nula, não há; entretanto, se clara intromissão, característica do discurso indireto livre,
houvesse preposição (Nos meus vizinhos, não confio mais quando, ao informar, o emissor se coloca como parte da ação.
neles), o termo seria objeto indireto, enquanto neles seria o
objeto indireto pleonástico. Figuras de Pensamento

Inversão São recursos de linguagem que se referem ao aspecto


Anástrofe: inversão sintática leve. Exemplos: semântico, ou seja, ao significado dentro de um contexto.
"Tão leve estou que já nem sombra tenho." (ordem
inversa) (Mário Quintana) Antítese: é a aproximação de palavras de sentidos
"Estou tão leve que já não tenho sombra." (ordem direta) contrários, antagônicos. Exemplos:
"Onde queres prazer, sou o que dói
Hipálage: inversão de um adjetivo (uma qualidade que E onde queres tortura, mansidão
pertence a um é atribuída a outro substantivo). Exemplos: Onde, queres um lar, Revolução
“A mulher degustava lânguida cigarrilha.” E onde queres bandido, sou herói."
(Caetano Veloso)
Lânguida = sensual, portanto lânguida é a mulher, e não a
cigarrilha como faz supor.
Paradoxo ou Oximoro: é mais que a aproximação
"Em cada olho um grito castanho de ódio." (Dalton Trevisan)
antitética; é a própria ideia que se contradiz. Exemplos:
Castanhos são os olhos, e não o grito.
"O mito é o nada que é tudo." (Fernando Pessoa)
"Mas tão certo quanto o erro de seu barco a motor é insistir
Hipérbato: inversão complexa de termos da frase.
em usar remos."
Exemplos: (Legião Urbana)
"Enquanto manda as ninfas amorosas grinaldas nas
cabeças pôr de rosas." (Camões) Apóstrofe: é a evocação, o chamamento. Identifica-se
“Enquanto manda as ninfas amorosas pôr grinaldas de facilmente na função sintática do VOCATIVO. Exemplos:
rosas na cabeça.” "Ó lindo mar verdejante,
Sínquise: há uma inversão violenta de distantes partes da tuas ondas entoam cantos,
oração. É um hipérbato "hiperbólico". Exemplos: és tu o dono reinante
“...entre vinhedo e sebe das brancas marés espumantes..."
corre uma linfa e ele no seu de faia (Nel de Moraes)
de ao pé do Alfeu Tarro escultado bebe.”
(Alberto de Oliveira) Perífrase: designação dos objetos, acidentes geográficos,
“Uma linfa corre entre vinhedo e sebe, e ele bebe no seu indivíduos e outros que não queremos simplesmente nomear.
Tarro escultado, de faia, ao pé do Alfeu.” Exemplos:
"Última Flor do Lácio7, inculta e bela,
Quiasmo: inversão de palavras que se repetem. Exemplos: és a um tempo esplendor e sepultura."
"Tinha uma pedra no meio do meu caminho. / No meio do meu (Olavo Bilac)
caminho tinha uma pedra." Cidade Luz [z: Paris)
(G. D. Andrade) Veneza Brasileira (= Recife)
Cidade Maravilhosa (= Rio de Janeiro)
Concordância Ideológica Rei dos Animais (= leão)
Silepse: é a concordância feita pela ideia, e não através das
prerrogativas das classes das palavras. São três: Gradação: é uma sequência de palavras ou ideias que
servem de intensificação numa sequência temporal. Ex.:
a) De Gênero: masculino e feminino não concordam. Ex.: "Dissecou-a a tal ponto, e com tal arte, que ela, rota, baça,
"A vítima era lindo e o carrasco estava temerosa quanto à nojenta, vil."
reação da população." (Raimundo Corrêa)
Perceba que vítima e carrasco não receberam de seus
adjetivos lindo e temerosa a 'atenção' devida, por quê? Isso se Ironia: consiste em dizer o oposto do que se pensa, com
deve à ideia de que os substantivos sobrecomuns designam intenção sarcástica ou depreciativa. Exemplos:
ambos os sexos, e não ambos os gêneros, portanto, por "A excelente Dona lnácia era mestra na arte de judiar de
questões estilísticas, o autor do texto preferiu a ideia à regra criança." (Monteiro Lobato)
gramatical rígida que impõe que adjetivos concordem em "Dona Clotilde, o arcanjo do seu filho quebrou minhas
gênero com o substantivo, não em sexo. vidraças."

b) De Número: singular e plural não concordam entre si. Hipérbole: é a figura do exagero, a fim de proporcionar
Ex.: "O esquadrão sobrevoaram o céu azul daquela manhã uma imagem chocante ou emocionante. Exemplos:
de verão." "Rios te correrão dos olhos, se chorares!" (Olavo Bilac)
Ocorre algo semelhante na silepse de número, apenas se "Existem mil maneiras de preparar Neston."
ressalve que nesses casos o 'desprezo' se dá quanto à

7 Flor do Lácio (= Língua Portuguesa)

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APOSTILAS OPÇÃO

Eufemismo: Figura que atenua ideias desagradáveis ou 03. (Pref. de Itaquitinga/PE - Técnico em Enfermagem
penosas. Exemplos: - IDHTEC/2016)
"E pela paz derradeira que enfim vai nos redimir
Deus lhe pague." (Chico Buarque) MAMÃ NEGRA (Canto de esperança)
Paz derradeira = morte
Tua presença, minha Mãe - drama vivo duma Raça, Drama
"Aquele homem de índole duvidosa apropriou-se (ladrão) de carne e sangue Que a Vida escreveu com a pena dos séculos!
indevidamente dos meus pertences." (roubou) Pelo teu regaço, minha Mãe, Outras gentes embaladas à voz da
ternura ninadas do teu leite alimentadas de bondade e poesia
Disfemismo: expressão grosseira em lugar de outra, de música ritmo e graça... santos poetas e sábios... Outras
suave, branda. Exemplo: gentes... não teus filhos, que estes nascendo alimárias
“Você não passa de um porco ... um pobretão.” semoventes, coisas várias, mais são filhos da desgraça: a
enxada é o seu brinquedo trabalho escravo - folguedo... Pelos
Personificação ou Prosopopeia: Consiste em dar vida a teus olhos, minha Mãe Vejo oceanos de dor Claridades de sol-
seres inanimados. Exemplos: posto, paisagens Roxas paisagens Mas vejo (Oh! se vejo! ...) mas
"O vento beija meus cabelos vejo também que a luz roubada aos teus [olhos, ora esplende
As ondas lambem minhas pernas demoniacamente tentadora - como a Certeza... cintilantemente
O sol abraça o meu corpo." firme - como a Esperança... em nós outros, teus filhos, gerando,
(Lulu Santos - Nelson Motta) formando, anunciando - o dia da humanidade.
(Viriato da Cruz. Poemas, 1961, Lisboa, Casa dos Estudantes do Império)
"Sob o sol respira o mar,
dedilhando as ondas, belo olhar. O poema, Mamã Negra:
Faiscando espumas, lágrimas (A) É uma metáfora para a pátria sendo referência de um
saúdam sereias amantes: país africano que foi colonizado e teve sua população
Te escutam, te amam, te lambem." escravizada.
(Nel de Moraes) (B) É um vocativo e clama pelos efeitos negativos da
escravização dos povos africanos.
Reificação: consiste em 'coisificar' os seres humanos. (C) É a referência resumida a todo o povo que compõe um
Exemplo: "Tia, já botei os candidatos na lista." país libertado depois de séculos de escravidão.
(D) É o sofrimento que acometeu todo o povo que ficou na
Lítotes: consiste em negar por afirmação ou vice-versa. terra e teve seus filhos levados pelo colonizador.
Exemplos: (E) É a figura do colonizador que mesmo exercendo o
"Ela até que não é feia." -logo, é bonita! poder por meio da opressão foi “ninado “ela Mamã Negra.
"Você está exagerando. Não subestime a sua inteligência."
- porque ela é inteligente. 04. (Pref. de Florianópolis/SC - Auxiliar de Sala -
FEPESE/2016) Analise as frases abaixo:
Questões
1. “Calções negros corriam, pulavam durante o jogo.”
01. (IF/PA - Assistente em Administração - 2. A mulher conquistou o seu lugar!
FUNRIO/2016) “Quero um poema ainda não pensado, / que 3. Todo cais é uma saudade de pedra.
inquiete as marés de silêncio da palavra ainda não escrita nem 4. Os microfones foram implacáveis com os novos artistas.
pronunciada, / que vergue o ferruginoso canto do oceano / e
reviva a ruína que são as poças d’água. / Quero um poema para Assinale a alternativa que corresponde correta e
vingar minha insônia.” (Olga Savary, “Insônia”) sequencialmente às figuras de linguagem apresentadas:
(A) metáfora, metonímia, metáfora, metonímia
Nesses versos finais do poema, encontramos as seguintes (B) metonímia, metonímia, metáfora, metáfora
figuras de linguagem: (C) metonímia, metonímia, metáfora, metonímia
(A) silepse e zeugma (D) metonímia, metáfora, metonímia, metáfora
(B) eufemismo e ironia. (E) metáfora, metáfora, metonímia, metáfora
(C) prosopopeia e metáfora.
(D) aliteração e polissíndeto. 05. (COMLURB - Técnico de Segurança do Trabalho -
(E) anástrofe e aposiopese. IBFC/2016) Leia o poema abaixo e assinale a alternativa que
indica a figura de linguagem presente no texto:
02. (IF/PA - Auxiliar em Administração -
FUNRIO/2016) “Eu sou de lá / Onde o Brasil verdeja a alma e Amor é fogo que arde sem se ver
o rio é mar / Eu sou de lá / Terra morena que eu amo tanto, Amor é fogo que arde sem se ver;
meu Pará.” (Pe. Fábio de Melo, “Eu Sou de Lá”) É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
Nesse trecho da canção gravada por Fafá de Belém, É dor que desatina sem doer;
encontramos a seguinte figura de linguagem: (Camões)
(A) antítese.
(B) eufemismo. (A) Onomatopeia
(C) ironia (B) Metáfora
(D) metáfora (C) Personificação
(E) silepse. (D) Pleonasmo

Respostas
01.C / 02.D / 03.A / 04.C / 05.B

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APOSTILAS OPÇÃO

- Os termos que servem para retomar outros são


Princípios de coesão e denominados anafóricos; os que servem para anunciar, para
coerência textuais. antecipar outros são chamados catafóricos. No exemplo a
seguir, desta antecipa abandonar a faculdade no último ano:
“Já viu uma loucura desta, abandonar a faculdade no último
COESÃO ano?”

Uma das propriedades que distinguem um texto de um - São anafóricos ou catafóricos os pronomes
amontoado de frases é a relação existente entre os elementos demonstrativos, os pronomes relativos, certos advérbios ou
que os constituem. A coesão textual é a ligação entre palavras, locuções adverbiais (nesse momento, então, lá), o verbo fazer,
expressões ou frases do texto. Ela manifesta-se por elementos o artigo definido, os pronomes pessoais de 3ª pessoa (ele, o, a,
gramaticais, que servem para estabelecer vínculos entre os os, as, lhe, lhes), os pronomes indefinidos. Exemplos:
componentes do texto. Observe:
- O pronome relativo “quem” retoma o substantivo mestre.
“O iraquiano leu sua declaração num bloquinho comum de “Ele era muito diferente de seu mestre, a quem sucedera na
anotações, que segurava na mão.” cátedra de Sociologia na Universidade de São Paulo.”

Nesse período, o pronome relativo “que” estabelece - O pronome pessoal “elas” recupera o substantivo pessoas;
conexão entre as duas orações. o pronome pessoal “o” retoma o nome Machado de Assis.
Se tivermos: “O iraquiano leu sua declaração num “As pessoas simplificam Machado de Assis; elas o veem como
bloquinho comum de anotações e segurava na mão, retomando um descrente do amor e da amizade.”
na segunda um dos termos da primeira: bloquinho. O pronome
relativo é um elemento coesivo, e a conexão entre as duas - O numeral “ambos” retoma a expressão os dois homens.
orações, um fenômeno de coesão. Leia o texto que segue: “Os dois homens caminhavam pela calçada, ambos trajando
roupa escura.”
Arroz-doce da infância
- O advérbio “lá” recupera a expressão ao cinema.
Ingredientes “Fui ao cinema domingo e, chegando lá, fiquei desanimado
1 litro de leite desnatado com a fila.”
150g de arroz cru lavado
1 pitada de sal - A forma verbal “fará” retoma a perífrase verbal vai
4 colheres (sopa) de açúcar inaugurar e seu complemento.
1 colher (sobremesa) de canela em pó “O governador vai pessoalmente inaugurar a creche dos
funcionários do palácio, e o fará para demonstrar seu apreço
Preparo aos servidores.”
Em uma panela ferva o leite, acrescente o arroz, a pitada de
sal e mexa sem parar até cozinhar o arroz. Adicione o açúcar e - Em princípio, o termo a que “o” anafórico se refere deve
deixe no fogo por mais 2 ou 3 minutos. Despeje em um recipiente, estar presente no texto, senão a coesão fica comprometida,
polvilhe a canela. Sirva. como neste exemplo:
Cozinha Clássica Baixo Colesterol, nº4. São Paulo, InCor, “André é meu grande amigo. Começou a namorá-la há vários
agosto de 1999,. meses.”

Toda receita culinária tem duas partes: lista dos A rigor, não se pode dizer que o pronome “la” seja um
ingredientes e modo de preparar. As informações anafórico, pois não está retomando nenhuma das palavras
apresentadas na primeira são retomadas na segunda. Nesta, os citadas antes. Exatamente por isso, o sentido da frase fica
nomes mencionados pela primeira vez na lista de ingredientes totalmente prejudicado: não há possibilidade de se
vêm precedidos de artigo definido, o qual exerce, entre outras depreender o sentido desse pronome.
funções, a de indicar que o termo determinado por ele se refere Pode ocorrer, no entanto, que o anafórico não se refira a
ao mesmo ser a que uma palavra idêntica já fizera menção. nenhuma palavra citada anteriormente no interior do texto,
No nosso texto, por exemplo, quando se diz que se adiciona mas que possa ser inferida por certos pressupostos típicos da
o açúcar, o artigo relaciona ao açúcar citado na primeira parte. cultura em que se inscreve o texto. É o caso de um exemplo
Se dissesse apenas adicione açúcar, deveria adicionar mais como este:
além do citado anteriormente, pois se trataria de outro açúcar, “O casamento teria sido às 20 horas. O noivo já estava
diverso daquele citado no rol dos ingredientes. desesperado, porque eram 21 horas e ela não havia
Há dois tipos principais de mecanismos de coesão: comparecido.”
retomada ou antecipação de palavras, expressões ou
frases e encadeamento de segmentos. Por dados do contexto cultural, sabe-se que o pronome
“ela” é um anafórico que só pode estar-se referindo à palavra
Retomada ou Antecipação por meio de uma palavra noiva. Num casamento, estando presente o noivo, o desespero
gramatical (pronome, verbos ou advérbios) só pode ser pelo atraso da noiva (representada por “ela” no
exemplo citado).
“No mercado de trabalho brasileiro, ainda hoje não há total
igualdade entre homens e mulheres: estas ainda ganham menos - O artigo indefinido (um, uma, uns, umas) serve
do que aqueles em cargos equivalentes.” geralmente para introduzir informações novas ao texto.
Quando elas forem retomadas, deverão ser precedidas do
Nesse período, o pronome demonstrativo “estas” retoma o artigo definido (o, a, os, as), pois este é que tem a função de
termo mulheres, enquanto “aqueles” recupera a palavra indicar que o termo por ele determinado é idêntico, em termos
homens. de valor referencial, a um termo já mencionado.

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APOSTILAS OPÇÃO

“O encarregado da limpeza encontrou uma carteira na sala Os dois períodos estão relacionados pelo hiperônimo
de espetáculos. Curiosamente, a carteira tinha muito dinheiro astros, que recupera os hipônimos estrelas, planetas, satélites.
dentro, mas nem um documento sequer.”
“Eles (os alquimistas) acreditavam que o organismo do
- Quando, em dado contexto, o anafórico pode referir-se a homem era regido por humores (fluidos orgânicos) que
dois termos distintos, há uma ruptura de coesão, porque percorriam, ou apenas existiam, em maior ou menor intensidade
ocorre uma ambiguidade insolúvel. É preciso que o texto seja em nosso corpo. Eram quatro os humores: o sangue, a fleuma
escrito de tal forma que o leitor possa determinar exatamente (secreção pulmonar), a bile amarela e a bile negra. E eram
qual é a palavra retomada pelo anafórico. também estes quatro fluidos ligados aos quatro elementos
fundamentais: ao Ar (seco), à Água (úmido), ao Fogo (quente) e
- O anafórico “sua” pode estar-se referindo tanto à palavra à Terra (frio), respectivamente.”
ator quanto a diretor. Ziraldo. In: Revista Vozes, nº3, abril de 1970, p.18.
“Durante o ensaio, o ator principal brigou com o diretor por Nesse texto, a ligação entre o segundo e o primeiro
causa da sua arrogância.” períodos se faz pela repetição da palavra humores; entre o
terceiro e o segundo se faz pela utilização do sinônimo fluidos.
- Não se sabe se o anafórico “que” está se referindo ao É preciso manejar com muito cuidado a repetição de
termo amiga ou a ex-namorado no exemplo abaixo. palavras, pois, se ela não for usada para criar um efeito de
Permutando o anafórico “que” por “o qual” ou “a qual”, essa sentido de intensificação, constituirá uma falha de estilo.
ambiguidade seria desfeita. No trecho transcrito a seguir por exemplo, fica claro o uso
“André brigou com o ex-namorado de uma amiga, que da repetição da palavra vice e outras parecidas (vicissitudes,
trabalha na mesma firma.” vicejam, viciem), com a evidente intenção de ridicularizar a
condição secundária que um provável flamenguista atribui ao
Retomada por palavra lexical - (substantivo, adjetivo Vasco e ao seu Vice-presidente:
ou verbo)
“Recebi por esses dias um e-mail com uma série de piadas
Uma palavra pode ser retomada, quer por uma repetição, sobre o pouco simpático Eurico Miranda. Faltam-me provas,
quer por uma substituição por sinônimo, hiperônimo, mas tudo leva a crer que o remetente seja um flamenguista.”
hipônimo ou antonomásia.
Sinônimo: é o nome que se dá a uma palavra que possui o Segundo o texto, Eurico nasceu para ser vice: é vice-
mesmo sentido que outra, ou sentido bastante aproximado: presidente do clube, vice-campeão carioca e bi-vice-campeão
injúria e afronta, alegre e contente. mundial. E isso sem falar do vice no Carioca de futsal, no
Hiperônimo: é um termo que mantém com outro uma Carioca de basquete, no Brasileiro de basquete e na Taça
relação do tipo contém/está contido; Guanabara. São vicissitudes que vicejam. Espero que não
Hipônimo: é uma palavra que mantém com outra uma viciem.
relação do tipo está contido/contém. O significado do termo
rosa está contido no de flor e o de flor contém o de rosa, pois José Roberto Torero. In: Folha de S. Paulo, 2000.
toda rosa é uma flor, mas nem toda flor é uma rosa. Flor é, pois,
hiperônimo de rosa, e esta palavra é hipônimo daquela. A elipse é o apagamento de um segmento de frase que
Antonomásia: é a substituição de um nome próprio por pode ser facilmente recuperado pelo contexto. Também
um nome comum ou de um comum por um próprio. Ela ocorre, constitui um expediente de coesão, pois é o apagamento de um
principalmente, quando uma pessoa célebre é designada por termo que seria repetido, e o preenchimento do vazio deixado
uma característica notória ou quando o nome próprio de uma pelo termo apagado (=elíptico) exige, necessariamente, que se
personagem famosa é usado para designar outras pessoas que faça correlação com outros termos presentes no contexto, ou
possuam a mesma característica que a distingue: referidos na situação em que se desenrola a fala.
Vejamos estes versos do poema “Círculo vicioso”, de
“O rei do futebol (=Pelé) só podia ser um brasileiro.” Machado de Assis:
“O herói de dois mundos (=Garibaldi) foi lembrado numa
recente minissérie de tevê.” (...)
*Referência ao fato notório de Giuseppe Garibaldi haver Mas a lua, fitando o sol, com azedume:
lutado pela liberdade na Europa e na América.
“Mísera! Tivesse eu aquela enorme, aquela
“Ele é um Hércules.” (=um homem muito forte). Claridade imorta, que toda a luz resume!”
*Referência à força física que caracteriza o herói grego Obra completa. Rio de Janeiro, Nova Aguilar, 1979, VIII,
Hércules.
Nesse caso, o verbo dizer, que seria enunciado antes
“Um presidente da República tem uma agenda de trabalho daquilo que disse a lua, isto é, antes das aspas, fica
extremamente carregada. Deve receber ministros, subentendido, é omitido por ser facilmente presumível.
embaixadores, visitantes estrangeiros, parlamentares; precisa a Qualquer segmento da frase pode sofrer elipse. Veja que,
todo o momento tomar graves decisões que afetam a vida de no exemplo abaixo, é o sujeito meu pai que vem elidido (ou
muitas pessoas; necessita acompanhar tudo o que acontece no apagado) antes de sentiu e parou:
Brasil e no mundo. Um presidente deve começar a trabalhar ao
raiar do dia e terminar sua jornada altas horas da noite.” “Meu pai começou a andar novamente, sentiu a pontada no
peito e parou.”
A repetição do termo presidente estabelece a coesão entre
o último período e o que vem antes dele. Pode ocorrer também elipse por antecipação. No exemplo
que segue, aquela promoção é complemento tanto de querer
“Observava as estrelas, os planetas, os satélites. Os astros quanto de desejar, no entanto aparece apenas depois do
sempre o atraíram.” segundo verbo:

Língua Portuguesa 18
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APOSTILAS OPÇÃO

“Ficou muito deprimido com o fato de ter sido preterido. uma escala argumentativa (por exemplo, fazer uma faculdade)
Afinal, queria muito, desejava ardentemente aquela promoção.” e que se está usando o argumento menos forte da escala no
sentido de provar a afirmação anterior; no máximo e quando
Quando se faz essa elipse por antecipação com verbos que muito estabelecem ligação entre argumentos de valor
têm regência diferente, a coesão é rompida. Por exemplo, não depreciativo.
se deve dizer “Conheço e gosto deste livro”, pois o verbo
conhecer rege complemento não introduzido por preposição, e - Conjunção Argumentativa: há operadores que
a elipse retoma o complemento inteiro, portanto teríamos uma assinalam uma conjunção argumentativa, ou seja, ligam um
preposição indevida: “Conheço (deste livro) e gosto deste livro”. conjunto de argumentos orientados em favor de uma dada
Em “Implico e dispenso sem dó os estranhos palpiteiros”, conclusão: e, também, ainda, nem, não só... mas também, tanto...
diferentemente, no complemento em elipse faltaria a como, além de, a par de.
preposição “com” exigida pelo verbo implicar.
Nesses casos, para assegurar a coesão, o recomendável é “Se alguém pode tomar essa decisão é você. Você é o diretor
colocar o complemento junto ao primeiro verbo, respeitando da escola, é muito respeitado pelos funcionários e também é
sua regência, e retomá-lo após o segundo por um anafórico, muito querido pelos alunos.”
acrescentando a preposição devida (Conheço este livro e gosto Arrolam-se três argumentos em favor da tese que é o
dele) ou eliminando a indevida (Implico com estranhos interlocutor quem pode tomar uma dada decisão. O último
palpiteiros e os dispenso sem dó). deles é introduzido por “e também”, que indica um argumento
final na mesma direção argumentativa dos precedentes.
Coesão por Conexão Esses operadores introduzem novos argumentos; não
Há na língua uma série de palavras ou locuções que são significam, em hipótese nenhuma, a repetição do que já foi
responsáveis pela concatenação ou relação entre segmentos dito. Ou seja, só podem ser ligados com conectores de
do texto. Esses elementos denominam-se conectores ou conjunção segmentos que representam uma progressão
operadores discursivos. Por exemplo: visto que, até, ora, no discursiva. É possível dizer “Disfarçou as lágrimas que o
entanto, contudo, ou seja. assaltaram e continuou seu discurso”, porque o segundo
Note-se que eles fazem mais do que ligar partes do texto: segmento indica um desenvolvimento da exposição. Não teria
estabelecem entre elas relações semânticas de diversos tipos, cabimento usar operadores desse tipo para ligar dois
como contrariedade, causa, consequência, condição, segmentos como “Disfarçou as lágrimas que o assaltaram e
conclusão, etc. Essas relações exercem função argumentativa escondeu o choro que tomou conta dele”.
no texto, por isso os operadores discursivos não podem ser
usados indiscriminadamente. - Disjunção Argumentativa: há também operadores que
Na frase “O time apresentou um bom futebol, mas não indicam uma disjunção argumentativa, ou seja, fazem uma
alcançou a vitória”, por exemplo, o conector “mas” está conexão entre segmentos que levam a conclusões opostas, que
adequadamente usado, pois ele liga dois segmentos com têm orientação argumentativa diferente: ou, ou então, quer...
orientação argumentativa contrária. Se fosse utilizado, nesse quer, seja... seja, caso contrário, ao contrário.
caso, o conector “portanto”, o resultado seria um paradoxo
semântico, pois esse operador discursivo liga dois segmentos “Não agredi esse imbecil. Ao contrário, ajudei a separar a
com a mesma orientação argumentativa, sendo o segmento briga, para que ele não apanhasse.”
introduzido por ele a conclusão do anterior.
O argumento introduzido por ao contrário é diretamente
- Gradação: há operadores que marcam uma gradação oposto àquele de que o falante teria agredido alguém.
numa série de argumentos orientados para uma mesma
conclusão. Dividem-se eles, em dois subtipos: os que indicam - Conclusão: existem operadores que marcam uma
o argumento mais forte de uma série: até, mesmo, até mesmo, conclusão em relação ao que foi dito em dois ou mais
inclusive, e os que subentendem uma escala com argumentos enunciados anteriores (geralmente, uma das afirmações de
mais fortes: ao menos, pelo menos, no mínimo, no máximo, que decorre a conclusão fica implícita, por manifestar uma voz
quando muito. geral, uma verdade universalmente aceita): logo, portanto, por
conseguinte, pois (o pois é conclusivo quando não encabeça a
“Ele é um bom conferencista: tem uma voz bonita, é bem oração).
articulado, conhece bem o assunto de que fala e é até sedutor.”
“Essa guerra é uma guerra de conquista, pois visa ao
Toda a série de qualidades está orientada no sentido de controle dos fluxos mundiais de petróleo. Por conseguinte, não é
comprovar que ele é bom conferencista; dentro dessa série, ser moralmente defensável.”
sedutor é considerado o argumento mais forte.
Por conseguinte introduz uma conclusão em relação à
“Ele é ambicioso e tem grande capacidade de trabalho. afirmação exposta no primeiro período.
Chegará a ser pelo menos diretor da empresa.”
- Comparação: outros importantes operadores
Pelo menos introduz um argumento orientado no mesmo discursivos são os que estabelecem uma comparação de
sentido de ser ambicioso e ter grande capacidade de trabalho; igualdade, superioridade ou inferioridade entre dois
por outro lado, subentende que há argumentos mais fortes elementos, com vistas a uma conclusão contrária ou favorável
para comprovar que ele tem as qualidades requeridas dos que a certa ideia: tanto... quanto, tão... como, mais... (do) que.
vão longe (por exemplo, ser presidente da empresa) e que se
está usando o menos forte; ao menos, pelo menos e no mínimo “Os problemas de fuga de presos serão tanto mais graves
ligam argumentos de valor positivo. quanto maior for a corrupção entre os agentes penitenciários.”

“Ele não é bom aluno. No máximo vai terminar o segundo O comparativo de igualdade tem no texto uma função
grau.” argumentativa: mostrar que o problema da fuga de presos
No máximo introduz um argumento orientado no mesmo cresce à medida que aumenta a corrupção entre os agentes
sentido de ter muita dificuldade de aprender; supõe que há penitenciários; por isso, os segmentos podem até ser

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APOSTILAS OPÇÃO

permutáveis do ponto de vista sintático, mas não o são do determinada conclusão, para, em seguida, apresentar um
ponto de vista argumentativo, pois não há igualdade argumento decisivo para uma conclusão contrária.
argumentativa proposta: Com as conjunções concessivas, a orientação
argumentativa que predomina é a do segmento não
“Tanto maior será a corrupção entre os agentes introduzido pela conjunção.
penitenciários quanto mais grave for o problema da fuga de
presos”. “Embora haja conexão entre saber escrever e saber
gramática, trata-se de capacidades diferentes.”
Muitas vezes a permutação dos segmentos leva a
conclusões opostas: Imagine-se, por exemplo, o seguinte A oração iniciada por “embora” apresenta uma orientação
diálogo entre o diretor de um clube esportivo e o técnico de argumentativa no sentido de que saber escrever e saber
futebol: gramática são duas coisas interligadas; a oração principal
conduz à direção argumentativa contrária.
“__Precisamos promover atletas das divisões de base para Quando se utilizam conjunções concessivas, a estratégia
reforçar nosso time. argumentativa é a de introduzir no texto um argumento que,
__Qualquer atleta das divisões de base é tão bom quanto os embora tido como verdadeiro, será anulado por outro mais
do time principal.” forte com orientação contrária.
A diferença entre as adversativas e as concessivas,
Nesse caso, o argumento do técnico é a favor da promoção, portanto, é de estratégia argumentativa. Compare os seguintes
pois ele declara que qualquer atleta das divisões de base tem, períodos:
pelo menos, o mesmo nível dos do time principal, o que
significa que estes não primam exatamente pela excelência em “Por mais que o exército tivesse planejado a operação
relação aos outros. (argumento mais fraco), a realidade mostrou-se mais complexa
Suponhamos, agora, que o técnico tivesse invertido os (argumento mais forte).”
segmentos na sua fala: “O exército planejou minuciosamente a operação
(argumento mais fraco), mas a realidade mostrou-se mais
“__Qualquer atleta do time principal é tão bom quanto os das complexa (argumento mais forte).”
divisões de base.”
- Argumento Decisivo: há operadores discursivos que
Nesse caso, seu argumento seria contra a necessidade da introduzem um argumento decisivo para derrubar a
promoção, pois ele estaria declarando que os atletas do time argumentação contrária, mas apresentando-o como se fosse
principal são tão bons quanto os das divisões de base. um acréscimo, como se fosse apenas algo mais numa série
argumentativa: além do mais, além de tudo, além disso,
- Explicação ou Justificativa: há operadores que ademais.
introduzem uma explicação ou uma justificativa em relação ao
que foi dito anteriormente: porque, já que, que, pois. “Ele está num período muito bom da vida: começou a
namorar a mulher de seus sonhos, foi promovido na empresa,
“Já que os Estados Unidos invadiram o Iraque sem recebeu um prêmio que ambicionava havia muito tempo e, além
autorização da ONU, devem arcar sozinhos com os custos da disso, ganhou uma bolada na loteria.”
guerra.”
O operador discursivo introduz o que se considera a prova
Já que inicia um argumento que dá uma justificativa para a mais forte de que “Ele está num período muito bom da vida”; no
tese de que os Estados Unidos devam arcar sozinhos com o entanto, essa prova é apresentada como se fosse apenas mais
custo da guerra contra o Iraque. uma.

- Contrajunção: os operadores discursivos que assinalam - Generalização ou Amplificação: existem operadores


uma relação de contrajunção, isto é, que ligam enunciados com que assinalam uma generalização ou uma amplificação do que
orientação argumentativa contrária, são as conjunções foi dito antes: de fato, realmente, como aliás, também, é verdade
adversativas (mas, contudo, todavia, no entanto, entretanto, que.
porém) e as concessivas (embora, apesar de, apesar de que,
conquanto, ainda que, posto que, se bem que). “O problema da erradicação da pobreza passa pela geração
Qual é a diferença entre as adversativas e as concessivas, de empregos. De fato, só o crescimento econômico leva ao
se tanto umas como outras ligam enunciados com orientação aumento de renda da população.”
argumentativa contrária?
Nas adversativas, prevalece a orientação do segmento O conector introduz uma amplificação do que foi dito
introduzido pela conjunção. antes.

“O atleta pode cair por causa do impacto, mas se levanta “Ele é um técnico retranqueiro, como aliás o são todos os que
mais decidido a vencer.” atualmente militam no nosso futebol.

Nesse caso, a primeira oração conduz a uma conclusão O conector introduz uma generalização ao que foi
negativa sobre um processo ocorrido com o atleta, enquanto a afirmado: não “ele”, mas todos os técnicos do nosso futebol são
começada pela conjunção “mas” leva a uma conclusão positiva. retranqueiros.
Essa segunda orientação é a mais forte.
Compare-se, por exemplo, “Ela é simpática, mas não é - Especificação ou Exemplificação: também há
bonita” com “Ela não é bonita, mas é simpática”. No primeiro operadores que marcam uma especificação ou uma
caso, o que se quer dizer é que a simpatia é suplantada pela exemplificação do que foi afirmado anteriormente: por
falta de beleza; no segundo, que a falta de beleza perde exemplo, como.
relevância diante da simpatia. Quando se usam as conjunções
adversativas, introduz-se um argumento com vistas à

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APOSTILAS OPÇÃO

“A violência não é um fenômeno que está disseminado de forma ligeira, donde se desdobram até o pavimento
apenas entre as camadas mais pobres da população. Por bambolins de cassa finíssima. (...) Do outro lado, há uma lareira,
exemplo, é crescente o número de jovens da classe média que não de fogo, que o dispensa nosso ameno clima fluminense,
estão envolvidos em toda sorte de delitos, dos menos aos mais ainda na maior força do inverno.”
graves.” José de Alencar. Senhora. São Paulo, FTD, 1992, p. 77.

Por exemplo assinala que o que vem a seguir especifica, - Sequenciadores de Ordem: são os que assinalam a
exemplifica a afirmação de que a violência não é um fenômeno ordem dos assuntos numa exposição: primeiramente, em
adstrito aos membros das “camadas mais pobres da segunda, a seguir, finalmente, etc.
população”.
“Para mostrar os horrores da guerra, falarei, inicialmente,
- Retificação ou Correção: há ainda os que indicam uma das agruras por que passam as populações civis; em seguida,
retificação, uma correção do que foi afirmado antes: ou melhor, discorrerei sobre a vida dos soldados na frente de batalha;
de fato, pelo contrário, ao contrário, isto é, quer dizer, ou seja, finalmente, exporei suas consequências para a economia
em outras palavras. mundial e, portanto, para a vida cotidiana de todos os
habitantes do planeta.”
“Vou-me casar neste final de semana. Ou melhor, vou passar
a viver junto com minha namorada.” - Sequenciadores para Introdução: são os que, na
conversação principalmente, servem para introduzir um tema
O conector inicia um segmento que retifica o que foi dito ou mudar de assunto: a propósito, por falar nisso, mas voltando
antes. ao assunto, fazendo um parêntese, etc.
Esses operadores servem também para marcar um
esclarecimento, um desenvolvimento, uma redefinição do “Joaquim viveu sempre cercado do carinho de muitas
conteúdo enunciado anteriormente. pessoas. A propósito, era um homem que sabia agradar às
mulheres.”
“A última tentativa de proibir a propaganda de cigarros nas
corridas de Fórmula 1 não vingou. De fato, os interesses dos - Operadores discursivos não explicitados: se o texto for
fabricantes mais uma vez prevaleceram sobre os da saúde.” construído sem marcadores de sequenciação, o leitor deverá
inferir, a partir da ordem dos enunciados, os operadores
O conector introduz um esclarecimento sobre o que foi dito discursivos não explicitados na superfície textual. Nesses
antes. casos, os lugares dos diferentes conectores estarão indicados,
Servem ainda para assinalar uma atenuação ou um reforço na escrita, pelos sinais de pontuação: ponto-final, vírgula,
do conteúdo de verdade de um enunciado. ponto-e-vírgula, dois-pontos.

“Quando a atual oposição estava no comando do país, não “A reforma política é indispensável. Sem a existência da
fez o que exige hoje que o governo faça. Ao contrário, suas fidelidade partidária, cada parlamentar vota segundo seus
políticas iam na direção contrária do que prega atualmente. interesses e não de acordo com um programa partidário. Assim,
não há bases governamentais sólidas.”
O conector introduz um argumento que reforça o que foi
dito antes. Esse texto contém três períodos. O segundo indica a causa
de a reforma política ser indispensável. Portanto o ponto-final
- Explicação: há operadores que desencadeiam uma do primeiro período está no lugar de um porque.
explicação, uma confirmação, uma ilustração do que foi
afirmado antes: assim, desse modo, dessa maneira. A língua tem um grande número de conectores e
sequenciadores. Apresentamos os principais e explicamos sua
“O exército inimigo não desejava a paz. Assim, enquanto se função. É preciso ficar atento aos fenômenos de coesão.
processavam as negociações, atacou de surpresa.” Mostramos que o uso inadequado dos conectores e a utilização
inapropriada dos anafóricos ou catafóricos geram rupturas na
O operador introduz uma confirmação do que foi afirmado coesão, o que leva o texto a não ter sentido ou, pelo menos, a
antes. não ter o sentido desejado. Outra falha comum no que tange a
coesão é a falta de partes indispensáveis da oração ou do
Coesão por Justaposição período. Analisemos este exemplo:
É a coesão que se estabelece com base na sequência dos
enunciados, marcada ou não com sequenciadores. “As empresas que anunciaram que apoiariam a campanha
de combate à fome que foi lançada pelo governo federal.”
- Sequenciadores Temporais: são os indicadores de
anterioridade, concomitância ou posterioridade: dois meses O período compõe-se de:
depois, uma semana antes, um pouco mais tarde, etc. (são - As empresas;
utilizados predominantemente nas narrações). - que anunciaram (oração subordinada adjetiva restritiva
da primeira oração);
“Uma semana antes de ser internado gravemente doente, - que apoiariam a campanha de combate à fome (oração
ele esteve conosco. Estava alegre e cheio de planos para o subordinada substantiva objetiva direta da segunda oração);
futuro.” - que foi lançada pelo governo federal (oração subordinada
adjetiva restritiva da terceira oração).
- Sequenciadores Espaciais: são os indicadores de posição
relativa no espaço: à esquerda, à direita, junto de, etc. (são Observe-se que falta o predicado da primeira oração.
usados principalmente nas descrições). Quem escreveu o período começou a encadear orações
subordinadas e “esqueceu-se” de terminar a principal.
“A um lado, duas estatuetas de bronze dourado, Quebras de coesão desse tipo são mais comuns em
representando o amor e a castidade, sustentam uma cúpula oval períodos longos. No entanto, mesmo quando se elaboram

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APOSTILAS OPÇÃO

períodos curtos é preciso cuidar para que sejam 03. (TER/PI – Analista Judiciário – CESPE/2016)
sintaticamente completos e para que suas partes estejam bem
conectadas entre si.
Para que um conjunto de frases constitua um texto, não
basta que elas estejam coesas: se não tiverem unidade de
sentido, mesmo que aparentemente organizadas, elas não
passarão de um amontoado injustificado.

“Vivo há muitos anos em São Paulo. A cidade tem excelentes


restaurantes. Ela tem bairros muito pobres. Também o Rio de
Janeiro tem favelas.”

Todas as frases são coesas. O hiperônimo cidade retoma o Na história em quadrinhos, a coesão e a coerência textuais
substantivo São Paulo, estabelecendo uma relação entre o são estabelecidas por meio
segundo e o primeiro períodos. O pronome “ela” recupera a
palavra cidade, vinculando o terceiro ao segundo período. O (A) da retomada do termo “informação”, no último
operador também realiza uma conjunção argumentativa, quadrinho.
relacionando o quarto período ao terceiro. No entanto, esse (B) da explicitação das formas existentes no mundo que,
conjunto não é um texto, pois não apresenta unidade de em tese, poderiam equivaler a vida.
sentido, isto é, não tem coerência. A coesão, portanto, é (C) do questionamento acerca do que vem a ser vida.
condição necessária, mas não suficiente, para produzir um (D) da resposta ao próprio questionamento do indivíduo
texto. do primeiro quadrinho.
(E) das formas alfabéticas do segundo quadrinho.
Questões
04. (UFMS – Assistente em Administração –
01. (CRP 2º Região PE - Assistente Administrativo - UFMS/2016)
Quadrix/2018)
Concurso marca 400 anos da morte de Shakespeare
Vídeos que melhor mostrarem a atualidade da obra do
dramaturgo inglês serão premiados com viagem ao Reino
Unido e vale-presente

REDAÇÃO 5 de maio de 2016


Passados 400 anos da sua morte, por que William
Shakespeare continua atual? É essa a pergunta que embala o
concurso cultural Shakespeare Hoje, promovido pelo British
Council e parte da programação “Shakespeare Lives”, que vem
celebrando por meio de uma série de eventos, que se
estenderão ao longo do ano, os quatro séculos da morte do
dramaturgo inglês.
Destinado a professores e alunos de escolas públicas e
particulares de todo o Brasil, o concurso pede para que os
participantes produzam um vídeo que mostre a importância e
atualidade da obra shakespeariana.
As produções devem ter, no máximo, quatro minutos e
podem ser feitas em grupos de até cinco alunos que estejam
cursando o Ensino Fundamental II ou Médio e com a
coordenação de um professor.
O material deve abordar textos e personagens de
Shakespeare e pode conter excertos de peças, adaptações ou
conteúdos autorais que sejam inspirados pela obra do autor.
Os melhores vídeos serão premiados com uma viagem
No terceiro quadrinho, a palavra "isso" ajuda a estabelecer, para o Reino Unido e vales-presentes no valor de 1 mil reais.
no texto, um processo de As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas até o dia 28
(A) coesão sequencial. de outubro.
(B) coesão referencial anafórica.
(C) coesão referencial catafórica. (www.cartaeducacao.com.br/agenda/concurso-marca-400-anos-da-morte-
(D) coesão exofórica. de-shakespeare, 2016)
(E) perda de coesão.
Assinale a alternativa INCORRETA no que se refere à
coesão e/ou à coerência do texto lido.
02. (Pref. de Teresina/PI – Professor – Português –
(A) No estabelecimento de coesão lexical no texto, os
NUCEPE/2016) A coerência e a coesão são mecanismo da
nomes “vídeos”, “produções” e “material” são empregados em
textualidade que se estabelecem no texto a partir da:
relação de sinonímia.
(A) conectividade.
(B) No trecho “É essa a pergunta que embala o concurso
(B) intencionalidade.
cultural Shakespeare Hoje[...]” (1º parágrafo), o pronome
(C) aceitabilidade.
demonstrativo “essa” estabelece referência catafórica por se
(D) intertextualidade.
referir ao substantivo “pergunta”.
(E) informatividade.
(C) Em “Passados 400 anos da sua morte, por que William
Shakespeare continua atual?” (1º parágrafo), a sequência

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formada pela preposição “por” e pelo pronome interrogativo (C) “O fotógrafo grego diz que a experiência de ver o
“que” pode ser substituída, sem prejuízo de sentido, pela sofrimento [...]” (4º§)
expressão “por qual motivo”. (D) “[...] onde milhares de refugiados pisam pela primeira
(D) Entre as marcas de coesão referencial do texto, está o vez em território europeu.” (1º§)
uso dos pronomes “sua” em “Passados 400 anos da sua morte”
e “essa” em “É essa a pergunta que embala o concurso”. (1º 06. (Pref. de Niterói/RJ – Administrador –
parágrafo) COSEAC/2016)
(E) Entre as marcas de coesão lexical do texto, está o uso
de “autor” (penúltimo parágrafo) e “dramaturgo inglês” O Brasil é minha morada
(primeiro parágrafo) em referência a “William Shakespeare”.
(1º parágrafo). 1 Permita-me que lhes confesse que o Brasil é a minha
morada. O meu teto quente, a minha sopa fumegante. É casa da
05. (Pref. de Natal/RN – Psicólogo – IDECAN/2016) minha carne e do meu espírito. O alojamento provisório dos
meus mortos. A caixa mágica e inexplicável onde se abrigam e
Conheça Aris, que se divide entre socorrer e se consomem os dias essenciais da minha vida.
fotografar náufragos 2 É a terra onde nascem as bananas da minha infância e as
Profissional da AFP diz que a experiência de documentar o palavras do meu sempre precário vocabulário. Neste país
sofrimento dos refugiados deixou-o mais rígido com as próprias conheci emoções revestidas de opulenta carnalidade que nem
filhas. sempre transportavam no pescoço o sinete da advertência,
justificativa lógica para sua existência.
O grego Aris Messinis é fotógrafo da agência AFP em Atenas. 3 Sem dúvida, o Brasil é o paraíso essencial da minha
Cobriu guerras e os protestos da Primavera Árabe. Nos últimos memória. O que a vida ali fez brotar com abundância, excedeu
meses, tem se dedicado a registrar a onda de refugiados na ao que eu sabia. Pois cada lembrança brasileira corresponde à
Europa. Ele conta em um blog da AFP, ilustrado com muitas memória do mundo, onde esteja o universo resguardado.
fotos, como tem sido o trabalho na ilha de Lesbos, na Grécia, Portanto, ao apresentar-me aqui como brasileira,
onde milhares de refugiados pisam pela primeira vez em automaticamente sou romana, sou egípcia, sou hebraica. Sou
território europeu. Mais de 700.000 refugiados e imigrantes todas as civilizações que aportaram neste acampamento
clandestinos já desembarcaram no litoral grego este ano. As brasileiro.
autoridades locais estão sendo acusadas de não dar apoio 4 Nesta terra, onde plantando-se nascem a traição, a
suficiente aos que chegam pelo mar, e há até a ameaça de sordidez, a banalidade, também afloram a alegria, a
suspender o país do Acordo Schengen, que permite a livre ingenuidade, a esperança, a generosidade, atributos
circulação de pessoas entre os Estados-membros. alimentados pelo feijão bem temperado, o arroz soltinho, o
Messinis diz que o mais chocante do seu trabalho é retratar, bolo de milho, o bife acebolado, e tantos outros anjos feitos
em território pacífico, pessoas que trazem no rosto o com gema de ovo, que deita raízes no mundo árabe, no mundo
sofrimento da guerra. “Só de saber que você não está em uma luso.
zona de guerra torna isso ainda mais emocional. E muito mais 5 Deste país surgiram inesgotáveis sagas, narradores
doloroso”, diz Messinis. Numa guerra, o fotógrafo também astutos, alegres mentirosos. Seres anônimos, heróis de si
corre perigo, então, de certa forma, está em pé de igualdade mesmos, poetas dos sonhos e do sarcasmo, senhores de
com as pessoas que protagonizam as cenas que ele documenta. máscaras venezianas, africanas, ora carnavalescas, ora
Em Lesbos, não é assim. Ele está em absoluta segurança. As mortuárias. Criaturas que, afinadas com a torpeza e as
pessoas que chegam estão lutando por suas vidas. Não são inquietudes do seu tempo, acomodam-se esplêndidas à
poucas as que morrem de hipotermia mesmo depois de pisar sombra da mangueira só pelo prazer de dedilhar as cordas da
em terra firme, por falta de atendimento médico. guitarra e do coração.
Exatamente por causa dessa assimetria entre o 6 Neste litoral, que foi berço de heróis, de marinheiros,
fotojornalista e os protagonistas de suas fotos, muitas vezes onde os saveiros da imaginação cruzavam as águas dos mares
Messinis deixa a câmera de lado e põe-se a ajudá-los. Ele se bravios em busca de peixes, de sereias e da proteção de
impressiona e se preocupa muito com os bebês que chegam Iemanjá, ali se instalaram civilizações feitas das sobras de
nos botes. Obviamente, são os mais vulneráveis aos perigos da outras tantas culturas. Cada qual fincando hábitos, expressões,
travessia. Messinis fotografou os cadáveres de alguns deles nas loucas demências nos nossos peitos.
pedras à beira-mar. 7 Este Brasil que critico, examino, amo, do qual nasceu
O fotógrafo grego diz que a experiência de ver o sofrimento Machado de Assis, cujo determinismo falhou ao não prever a
das crianças refugiadas deixou-o mais rígido com as próprias própria grandeza. Mas como poderia este mulato, este negro,
filhas. As maiores têm 9 e sete anos. A menor, 7 meses. Quando este branco, esta alma miscigenada, sempre pessimista e feroz,
vê o que acontece com as crianças que chegam nos botes, acatar uma existência que contrariava regras, previsões,
Messinis pensa em como suas filhas têm sorte de estarem vivas, fatalidades? Como pôde ele, gênio das Américas, abraçar o
de terem onde morar e de viverem num país em paz. Elas não Brasil, ser sua face, soçobrar com ele e revivê-lo ao mesmo
têm do que reclamar. tempo?
(Por: Diogo Schelp 04/12/2015. 8 Fomos portugueses, espanhóis e holandeses, até sermos
Disponível em: http://veja.abril.com.br/blog/a-boa-e-velha-
reportagem/conheca-aris-que-se-divide-entresocorrer-e-fotografar-naufragos/.)
brasileiros. Uma grei de etnias ávidas e belas, atraída pelas
aventuras terrestres e marítimas. Inventora, cada qual, de uma
Na construção do texto, a coerência e a coesão são de nação foragida da realidade mesquinha, uma espécie de ficção
fundamental importância para que sua compreensão não seja compatível com uma fábula que nos habilite a frequentar com
comprometida. Alguns elementos são empregados de forma desenvoltura o teatro da história.
(PIÑON, Nélida. Aprendiz de Homero. Rio de Janeiro: Editora Record, 2008,
efetiva e explícita com tal propósito. Nos trechos a seguir p. 241-243, fragmento.)
foram destacados alguns elementos cuja função anafórica A leitura correta do texto indica que o elemento de coesão
contribui para a coesão textual, com EXCEÇÃO de: textual destacado em cada fragmento abaixo está
(A) “[...] pessoas que trazem no rosto o sofrimento da ERRONEAMENTE informado na opção:
guerra.” (2º§) (A) “justificativa lógica para SUA existência.” (2º §) /
(B) “Ele conta em um blog da AFP, ilustrado com muitas “emoções revestidas de opulenta carnalidade”.
fotos [...]” (1º§)

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(B) “O que a vida ALI fez brotar com abundância, excedeu coerência não pode ser delimitada, pois o leitor é o
ao que eu sabia.” (3º §) / “o Brasil é o paraíso essencial da responsável pela constituição dos significados do texto.
minha memória.”
(C) “Criaturas que, afinadas com a torpeza e as inquietudes Três princípios básicos são necessários para
do SEU tempo, acomodam-se esplêndidas à sombra da compreendermos melhor o que é coerência textual:
mangueira”. (5º §) / “Criaturas”. 1) Princípio da Não Contradição: um texto deve
(D) “CUJO determinismo falhou ao não prever a própria apresentar situações ou ideias lógicas que em momento algum
grandeza.” (7º §) / “Este Brasil”. se contradigam;
(E) “Como pôde ele, gênio das Américas, abraçar o Brasil, 2) Princípio da Não Tautologia: a tautologia nada mais é
ser sua face, soçobrar com ele e revivê-LO ao mesmo tempo?” do que um vício de linguagem que repete ideias com palavras
(7º §) / “o Brasil”. diferentes ao longo do texto, o que compromete a transmissão
07. (COMPESA – Analista de Gestão – FGV/2016) As opções da informação;
a seguir apresentam pensamentos em que os pronomes 3) Princípio da Relevância: um texto com informações
sublinhados estabelecem coesão com elementos anteriores. fragmentadas torna as ideias incoerentes, ainda que cada
Assinale a frase em que esse referente anterior é uma fragmento apresente certa coerência individual. Se as ideias
oração. não dialogam entre si, então elas são irrelevantes.
(A) “Um diplomata é um sujeito que pensa duas vezes antes
de não dizer nada”. É importante ressaltarmos que o uso adequado dos
(B) “A minha vontade é forte, mas a minha disposição de conectivos também colabora na construção de um texto
obedecer-lhe é fraca”. coerente: a coesão textual é um importante mecanismo de
(C) “Não existe assunto desinteressante, o que existe são estruturação do texto, presente em dois movimentos
pessoas desinteressadas”. essenciais: retrospecção e prospecção. Lembre-se de que a
(D) “A dúvida é uma margarida que jamais termina de se coerência é um princípio de interpretabilidade, portanto, cabe
despetalar”. a você depreender os sentidos do texto.
(E) “Se você pensa que não tem falhas, isso já é uma”.
Tipos de Coerência
08. (SEE-PE – Professor de Matemática – FGV/2016) “O
único consolo que sinto ao pensar na inevitabilidade da minha São seis os tipos de coerência: sintática, semântica,
morte é o mesmo que se sente quando o barco está em perigo: temática, pragmática, estilística e genérica. Conhecê-los
encontramo-nos todos na mesma situação.” contribui para a escrita de uma boa redação.
(Tolstói)
Coerência sintática: está relacionada com a estrutura
Alguns elementos do pensamento de Tolstói se referem a linguística, como termo de ordem dos elementos, seleção
termos anteriores, o que dá coesão ao texto. Assinale a opção lexical etc., e também à coesão. Quando empregada,
em que o termo cujo referente anterior está indicado eliminamos estruturas ambíguas, bem como o uso inadequado
incorretamente. dos conectivos.
(A) “que sinto” / consolo.
(B) “o mesmo” / consolo. Coerência semântica: para que a coerência semântica
(C) “que se sente” / consolo. esteja presente em um texto, é preciso, antes de tudo, que o
(D) “todos” / nos. texto não seja contraditório, mesmo porque a semântica está
(E) “na mesma situação” / inevitabilidade da morte. relacionada com as relações de sentido entre as estruturas.
Para detectar uma incoerência, é preciso que se faça uma
Gabarito leitura cuidadosa, ancorada nos processos de analogia e
inferência.
01.B / 02.A / 03.A / 04.B / 05.C / 06.D / 07.E / 08.E
Coerência temática: todos os enunciados de um texto
COERÊNCIA precisam ser coerentes e relevantes para o tema, com exceção
das inserções explicativas. Os trechos irrelevantes devem ser
A coerência textual8 não está na superfície do texto: a evitados, impedindo assim o comprometimento da coerência
construção de sentidos será feita de acordo com o temática.
conhecimento prévio de cada leitor
Quando você se propõe a escrever um texto, certamente se Coerência pragmática: refere-se ao texto visto como uma
lembra de quem vai ler, não é verdade? Provavelmente, você sequência de atos de fala. Os textos, orais ou escritos, são
também se lembra de que alguns cuidados devem ser tomados exemplos dessas sequências, portanto, devem obedecer às
para que o leitor compreenda o texto. Nessa tentativa de fazer- condições para a sua realização. Se o locutor ordena algo a
se compreendido, você estabelece alguns padrões mentais que alguém, é contraditório que ele faça, ao mesmo tempo, um
diferem o que é coerente daquilo que não faz o menor sentido, pedido. Quando fazemos uma pergunta para alguém,
certo? esperamos receber como resposta uma afirmação ou uma
Pois bem, intuitivamente, você está seguindo um princípio negação, jamais uma sequência de fala desconectada daquilo
básico para uma boa redação, chamado de coerência textual. que foi indagado. Quando essas condições são ignoradas,
Você pode até não conhecer a exata definição desse elemento temos como resultado a incoerência pragmática.
da linguística textual, mas possivelmente evita construções
ininteligíveis em sua redação e recorre aos seus Coerência estilística: diz respeito ao emprego de uma
conhecimentos sociocognitivos. A coerência é uma variedade de língua adequada, que deve ser mantida do início
conformidade entre fatos ou ideias, próprio daquilo que tem ao fim de um texto para garantir a coerência estilística. A
nexo, conexão, portanto, podemos associá-la ao processo de incoerência estilística não provoca prejuízos para a
construção de sentidos do texto e à articulação das ideias. Por interpretabilidade de um texto, contudo, a mistura de registros
serem os sentidos elementos subjetivos, podemos dizer que a - como o uso concomitante da linguagem coloquial e linguagem

8 http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/redacao/coerencia-textual.htm http://portugues.uol.com.br/redacao/tipos-coerencia.html

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APOSTILAS OPÇÃO

formal - deve ser evitada, principalmente nos textos não


literários. Sobre o nível de linguagem adotado por Calvin, podemos
afirmar que se trata, em relação aos tipos de coerência, de uma
Coerência genérica: refere-se à escolha adequada do (A) incoerência pragmática.
gênero textual, que deve estar de acordo com o conteúdo do (B) incoerência genérica.
enunciado. Em um anúncio de classificados, a prática social (C) incoerência estilística.
exige que ele tenha como objetivo ofertar algum serviço, bem (D) incoerência temática.
como vender ou comprar algum produto, e que sua linguagem (E) incoerência semântica.
seja concisa e objetiva, pois essas são as características
essenciais do gênero. Uma ruptura com esse padrão, 03. Observe o discurso de Calvin e responda à questão:
entretanto, é comum nos textos literários, nos quais podemos
encontrar um determinado gênero assumindo a forma de A identificação de elementos textuais como as figuras de
outro. linguagem é essencial para a interpretação de textos.
É importante ressaltar que em alguns tipos de texto,
especialmente nos textos literários, uma ruptura com os tipos A incoerência na fala de Calvin sobre a TV pode ser
de coerência descritos anteriormente pode acontecer. Nos explicada através da seguinte figura de linguagem:
demais textos, a coerência contribui para a construção de (A) Eufemismo.
enunciados cuja significação seja aceitável, ajudando na (B) Hipérbole.
compreensão do leitor ou do interlocutor. Todavia, a coerência (C) Paradoxo.
depende de outros aspectos, como o conhecimento linguístico (D) Ironia.
de quem acessa o conteúdo, a situacionalidade, a (E) Personificação.
informatividade, a intertextualidade e a intencionalidade.
04.
Sendo assim não se esqueça que coerência9 é a relação Oito Anos
semântica que se estabelece entre as diversas partes do texto,
criando uma unidade de sentido. Está ligada ao entendimento, “Por que você é Flamengo
à possibilidade de interpretação daquilo que se ouve ou lê. E meu pai Botafogo
Enquanto a coesão está para os elementos conectores de ideias O que significa
no texto, a coerência está para a harmonia interna do texto e “Impávido colosso”?
sentido. Por que os ossos doem
enquanto a gente dorme
Questões Por que os dentes caem
Por onde os filhos saem
01. Sobre a coerência textual, é incorreto afirmar: Por que os dedos murcham
(A) A coerência é uma conformidade entre fatos ou ideias, quando estou no banho
própria daquilo que tem nexo, conexão, portanto, podemos Por que as ruas enchem
associá-la ao processo de construção de sentidos do texto e à quando está chovendo
articulação das ideias. Quanto é mil trilhões
(B) Por serem os sentidos elementos subjetivos, podemos vezes infinito
dizer que a coerência não pode ser delimitada, pois o leitor é o Quem é Jesus Cristo
responsável pela constituição dos significados do texto. Onde estão meus primos
(C) A coerência é imaterial e não está na superfície textual. Well, well, well
Compreender aquilo que está escrito dependerá dos níveis de Gabriel (...)”.
interação entre o leitor, o autor e o texto. Por esse motivo, um
mesmo texto pode apresentar múltiplas interpretações. (Paula Toller/Dunga. CD Partimpim, de Adriana Calcanhoto, São Paulo,
2004)
(D) A não contradição, a não tautologia e o princípio da
Julgue as seguintes proposições:
relevância são elementos básicos que garantem a coerência
I. Pode-se dizer que se trata de um conjunto de frases
textual.
interrogativas sem ligação entre si, configurando então um
(E) A coerência textual dispensa o uso adequado dos
texto desprovido de coerência.
conectivos, elementos que apenas colaboram para a
II. Embora o texto apresente uma série de interrogações
estruturação do texto sem apresentar relação direta com a
aparentemente sem ligação entre si, existem nele elementos
semântica textual.
linguísticos que nos permitem construir a coerência textual.
III. A letra da canção é constituída por uma “lista” das
02. Observe a tirinha Calvin e Haroldo, de Bill
perguntas que um filho faz para a mãe, e a sequenciação de
Watterson, e responda à questão:
perguntas aparentemente desconexas, na verdade, explicita o
grande número de questionamentos que povoam o imaginário
infantil.
IV. A ausência de elementos sintáticos, como conectivos,
prejudica a construção de sentidos do texto.

(A) Todas estão corretas.


(B) Apenas II e III estão corretas.
(C) Apenas I e IV estão corretas.
(D) Apenas I e III estão corretas.
(E) I, III e IV estão corretas.
Para cada situação interativa existe uma variedade de Gabarito
língua adequada. O falante pode optar pela variedade padrão
ou pela variedade não padrão. 01.E / 02.C / 03.D / 04.B

9 PESTANA, Fernando. A gramática para concursos. Elsevier. 2011.

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APOSTILAS OPÇÃO

que a personagem diz. A fala de Tavares não chega ao leitor


diretamente, mas por via indireta, isto é, por meio das palavras
do narrador. Por essa razão, esse expediente é chamado
Tipos de discurso. discurso indireto.

As principais marcas do discurso indireto são:


DISCURSO DIRETO, INDIRETO E INDIRETO LIVRE - As falas das personagens também vêm introduzidas por
um verbo de dizer;
Num texto, as personagens falam, conversam entre si, - As falas das personagens constituem oração subordinada
expõem ideias. Quando o narrador conta o que elas disseram, substantiva objetiva direta do verbo de dizer e, portanto, são
insere na narrativa uma fala que não é de sua autoria, cita o separadas da fala do narrador por uma partícula introdutória
discurso alheio. Há três maneiras principais de reproduzir a normalmente “que” ou “se”;
fala das personagens: o discurso direto, o discurso indireto e o - Os pronomes pessoais, os tempos verbais e as palavras
discurso indireto livre. que indicam espaço e tempo (como pronomes demonstrativos
e advérbios de lugar e de tempo) são usados em relação ao
Discurso Direto narrador, ao momento em que ele fala e ao espaço em que está.

“Longe do olhos...” Passagem do Discurso Direto para o Discurso Indireto

- Meu pai! Disse João Aguiar com um tom de ressentimento Pedro disse:
que fez pasmar o comendador. - Eu estarei aqui amanhã.
- Que é? Perguntou este.
João Aguiar não respondeu. O comendador arrugou a testa No discurso direto, o personagem Pedro diz “eu”; o “aqui”
e interrogou o roto mudo do filho. Não leu, mas adivinhou é o lugar em que a personagem está; “amanhã” é o dia seguinte
alguma coisa desastrosa; desastrosa, entenda-se, para os ao que ele fala. Se passarmos essa frase para o discurso
cálculos conjunto-políticos ou políticos-conjugais, como melhor indireto ficará assim:
nome haja.
- Dar-se-á caso que... começou a dizer comendador. Pedro disse que estaria lá no dia seguinte.
- Que eu namore? Interrompeu galhofeiramente o filho.
Machado de Assis. Contos. 26ª Ed. São Paulo, Ática, 2002, p. No discurso indireto, o “eu” passa a ele porque há alguém
43. de quem o narrador fala; estaria é futuro do pretérito: é um
tempo relacionado ao pretérito da fala do narrador (disse), e
O narrador introduz a fala das personagens, um pai e um não ao presente da fala do personagem, como estarei; lá é o
filho, e, em seguida, como quem passa a palavra a elas e as espaço em que a personagem (e não o narrador) havia de
deixa falar. Vemos que as partes introdutórias pertencem ao estar; no dia seguinte é o dia que vem após o momento da fala
narrador (por exemplo, disse João Aguiar com um tom de da personagem designada por ele.
ressentimento que faz pasmar o comendador) e as falas, às Na passagem do discurso direto para o indireto, deve-se
personagens, (por exemplo, Meu pai!). observar as frases que no discurso direto tem as formas
O discurso direto é o expediente de citação do discurso interrogativas, exclamativa ou imperativa. Elas convertem-se,
alheio pela qual o narrador introduz o discurso do outro e, no discurso indireto, em orações declarativas.
depois, reproduz literalmente a fala dele.
Ela me perguntou: quem está aí?
As marcas do discurso direto são: Ela me perguntou quem estava lá.
- A fala das personagens é, de princípio, anunciada por um
verbo (disse e interrompeu no caso do filho e perguntou e As interjeições e os vocativos do discurso direto
começou a dizer no caso do pai) denominado “verbo de dizer” desaparecem no discurso indireto ou tem seu valor semântico
(como: recrutar, retorquir, afirmar, declarar e outros do explicitado, isto é, traduz-se o significado que elas expressam.
mesmo tipo), que pode vir antes, no meio ou depois da fala das
personagens (no nosso caso, veio depois); O papagaio disse: Oh! Lá vem a raposa.
- A fala das personagens aparece nitidamente separada da O papagaio disse admirado (explicitação do valor
fala do narrador, por aspas, dois pontos, travessão ou vírgula; semântico da interjeição oh!) que ao longe vinha a raposa.
- Os pronomes pessoais, os tempos verbais e as palavras
que indicam espaço e tempo (por exemplo, pronomes Se o discurso citado (fala da personagem) comporta um
demonstrativos e advérbios de lugar e de tempo) são usados “eu” ou um “tu” que não se encontram entre as pessoas do
em relação à pessoa da personagem, ao momento em que ela discurso citante (fala do narrador), eles são convertidos num
fala diz “eu”, o espaço em que ela se encontra é o aqui e o tempo “ele”, se o discurso citado contém um “aqui” não corresponde
em que fala é o agora. ao lugar em que foi proferido o discurso citante, ele é
convertido num “lá”.
Discurso Indireto
Pedro disse lá em Paris: - Aqui eu me sinto bem.
Observemos um fragmento do mesmo conto de Machado
de Assis: Eu (pessoa do discurso citado que não se encontra no
discurso citante) converte-se em ele; aqui (espaço do discurso
“Um dia, Serafina recebeu uma carta de Tavares dizendo-lhe citado que é diferente do lugar em que foi proferido o discurso
que não voltaria mais à casa de seu pai, por este lhe haver citante) transforma-se em lá:
mostrado má cara nas últimas vezes que ele lá estivera.”
Idem. Ibidem, p. 48.
Nesse caso o narrador para citar que Tavares disse a - Pedro disse que lá ele se sentia bem.
Serafina, usa o outro procedimento: não reproduz literalmente
as palavras de Tavares, mas comunica, com suas palavras, o

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APOSTILAS OPÇÃO

Se a pessoa do discurso citado, isto é, da fala da Para perceber melhor o que é o discurso indireto livre,
personagem (eu, tu, ele) tem um correspondente no discurso confrontemos uma frase do texto com a correspondente em
citante, ela ocupa o estatuto que tem nesse último. discurso direto e indireto:

Maria declarou-me: - Eu te amo. - Discurso Indireto Livre


Estava direito aquilo?
O “te” do discurso citado corresponde ao “me” do citante.
Por isso, “te” passa a “me”: - Discurso Direto
- Maria declarou-me que me amava. Fabiano perguntou: - Está direito isto?

No que se refere aos tempos, o mais comum é o que o verbo - Discurso Indireto
de dizer esteja no presente ou no pretérito perfeito. Quando o Fabiano perguntou se aquilo estava direito
verbo de dizer estiver no presente e o da fala da personagem Essa forma de citação do discurso alheio tem
estiver no presente, pretérito ou futuro do presente, os tempos características próprias que são tanto do discurso direto
mantêm-se na passagem do discurso direto para o indireto. Se quanto do indireto. As características do discurso indireto
o verbo de dizer estiver no pretérito perfeito, as alterações que livre são:
ocorrerão na fala da personagem são as seguintes: - Não há verbos de dizer anunciando as falas das
personagens;
Discurso Direto – Discurso Indireto - Estas não são introduzidas por partículas como “que” e
Presente – Pretérito Imperfeito “se” nem separadas por sinais de pontuação;
Pretérito Perfeito – Pretérito mais-que-perfeito - O discurso indireto livre contém, como o discurso direto,
Futuro do Presente – Futuro do Pretérito orações interrogativas, imperativas e exclamativas, bem como
interjeições e outros elementos expressivos;
Joaquim disse: - Compro tudo isso. - Os pronomes pessoais e demonstrativos, as palavras
- Joaquim disse que comprava tudo isso. indicadoras de espaço e de tempo são usadas da mesma forma
que no discurso indireto. Por isso, o verbo estar, do exemplo
Joaquim disse: - Comprei tudo isso. acima, ocorre no pretérito imperfeito, e não no presente (está),
- Joaquim disse que comprara tudo isso. como no discurso direto. Da mesma forma o pronome
demonstrativo ocorre na forma aquilo, como no discurso
Joaquim disse: - Comprarei tudo isso. indireto.
- Joaquim disse que compraria tudo isso.
Funções dos diferentes modos de citar o discurso do
Discurso Indireto Livre outro
O discurso direto cria um efeito de sentido de verdade. Isso
“(...) No dia seguinte Fabiano voltou à cidade, mas ao fechar porque o leitor ou ouvinte tem a impressão de que quem cita
o negócio notou que as operações de Sinhá Vitória, como de preservou a integridade do discurso citado, ou seja, o que ele
costume, diferiam das do patrão. Reclamou e obteve a reproduziu é autêntico. É como se ouvisse a pessoa citada com
explicação habitual: a diferença era proveniente de juros. suas próprias palavras e, portanto, com a mesma carga de
Não se conformou: devia haver engano. Ele era bruto, sim subjetividade.
senhor, via-se perfeitamente que era bruto, mas a mulher tinha Essa modalidade de citação permite, por exemplo, que se
miolo. Com certeza havia um erro no papel do branco. Não se use variante linguística da personagem como forma de
descobriu o erro, e Fabiano perdeu os estribos. Passar a vida fornecer pistas para caracterizá-la. Sirva de exemplo o trecho
inteira assim no toco, entregando o que era dele de mão beijada! que segue um diálogo entre personagens do meio rural, um
Estava direito aquilo? Trabalhar como negro e nunca arranjar farmacêutico e um agricultor, cuja fala é transcrita em discurso
carta de alforria!” direto pelo narrador:
Graciliano Ramos. Vidas secas. 28ª Ed. São Paulo, Martins, 1971, p. 136.
Um velho brônzeo apontou, em farrapos, à janela aberta o
Nesse texto, duas vozes estão misturadas: a do narrador e azul.
a de Fabiano. Não há indicadores que delimitem muito bem - Como vai, Elesbão?
onde começa a fala do narrador e onde se inicia a da - Sua bênção...
personagem. Não se tem dúvida de que no período inicial está - Cheio de doenças?
traduzida a fala do narrador. - Sim sinhô.
A bem verdade, até não se conformou (início do segundo - De dores, de dificuldades?
parágrafo), é a voz do narrador que está comandando a - Sim sinhô.
narrativa. Na oração devia haver engano, já começa haver uma - De desgraças...
mistura de vozes: sob o ponto de vista das marcas gramaticais, O farmacêutico riu com um tímpano desmesurado. Você é
não há nenhuma pista para se concluir, que a voz de Fabiano é o Brasil. Depois indagou:
que esteja sendo citada; sob o ponto de vista do significado, - O que você quer Elesbão?
porém, pode-se pensar numa reclamação atribuída a ele. - To precisando de uns dinheirinho e duns gênor. Meu
Tomemos agora esse trecho: “Ele era bruto, sim senhor, via- arroizinho tá bão, tá encanando bem. Preciso de uns
se perfeitamente que era bruto, mas a mulher tinha miolo. Com mantimento pra coiêta. O sinhô pode me arranjá com Nhô
certeza havia um erro no papel do branco.” Pelo conteúdo de Salim. Depois eu vendo o arroiz pra ele mermo.
verdade é pelo modo de dizer, tudo nos induz a vislumbrar aí - Você é sério, Elesbão?
a voz de Fabiano ecoando por meio do discurso do narrador. - Sô sim sinhô!
É como se o narrador, sem abandonar as marcas - Quanto é que você deve pro Nhô Salim?
linguísticas próprias de sua fala, estivesse incorporando as - Um tiquinho.
reclamações e suspeitas da personagem, a cuja linguagem Oswaldo de Andrade. Marco Zero. 2ª Ed. Rio de Janeiro, Civilização
pertencem expressões do tipo bruto, sim senhor e a mulher Brasileira, 1974, p. 7-8.
tinha miolo. Até a repetição de palavras e certa entonação Quanto ao discurso indireto, pode ser de dois tipos e cada
presumivelmente exclamativa confirmam essa inferência. um deles cria um efeito de sentido diverso.

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APOSTILAS OPÇÃO
Laranja-da-china. In: Novelas Paulistanas.1ª Ed. Belo Horizonte, Itatiaia/
São Paulo, Edusp, 1998..
- Discurso Indireto que analisa o conteúdo: elimina os
elementos emocionais ou afetivos presentes no discurso
Questões
direto, assim como as interrogações, exclamações ou formas
imperativas, por isso produz um efeito de sentido de
01. (MPE/AL - Técnico do Ministério Público)
objetividade analítica.
Com efeito, nele o narrador revela somente o conteúdo do
Não faltou só espinafre
discurso da personagem, e não o modo como ela diz. Com isso
A crise não trouxe apenas danos sociais e econômicos.
estabelece uma distância entre sua posição e a da personagem,
Mostrou também danos morais.
abrindo caminho para a réplica e o comentário.
Esse tipo de discurso indireto despersonaliza o discurso
Aconteceu num mercadinho de bairro em São Paulo. A
citado em nome de uma objetividade analítica. Cria, assim, a
dona, diligente, havia conseguido algumas verduras e avisou à
impressão de que o narrador analisa o discurso citado de
clientela. Formaram-se uma pequena fila e uma grande
maneira racional e isenta de envolvimento emocional.
discussão. Uma senhora havia arrematado todos os dez maços
O discurso indireto, nesse caso, não se interessa pela
de espinafre. No caixa, outras freguesas perguntaram se ela
individualidade do falante no modo como ele diz as coisas. Por
tinha restaurante. Não tinha. Observaram que a verdura
isso é a forma preferida nos textos de natureza filosófica,
acabaria estragada. Ela explicou que ia cozinhar e congelar.
científica, política, etc., quando se expõe as opiniões dos outros
Então, foram ao ponto: caramba, havia outras pessoas na fila,
com finalidade de criticá-las, rejeitá-las ou acolhê-las.
ela não poderia levar só o que consumiria de imediato?
“Não, estou pagando e cheguei primeiro”, foi a resposta.
- Discurso Indireto que analisa a expressão: serve para
Compras exageradas nos supermercados, estoques
destacar mais o modo de dizer do que o que se diz; por
domésticos, filas nervosas nos postos de combustível – teve
exemplo, as palavras típicas do vocabulário da personagem
muito comportamento na base de cada um por si.
citada, a sua maneira de pronunciá-las, etc. Nesse caso, as
Cabem nessa categoria as greves e manifestações
palavras ou expressões ressaltadas aparecem entre aspas. Veja
oportunistas. Governo, cedendo, também vou buscar o meu –
esse exemplo de Eça de Queirós:
tal foi o comportamento de muita gente.
Carlos A. Sardenberg, in O Globo, 31/05/2018.
...descobrira de repente, uma manhã, eu não devia trair
Amaro, “porque era papá do seu Carlinhos”. E disse-o ao abade;
No segmento a seguir, a pergunta é feita em discurso
fez corar os sessenta e quatro anos do bom velho (...).
indireto.
O crime do Padre Amaro. Porto, Lello e Irmão, s.d., vol. I.
“No caixa, outras freguesas perguntaram se ela tinha
restaurante.”
Imagine-se ainda que uma pessoa, querendo denunciar a
forma deselegante com que fora atendida por um
Assinale a opção que apresenta a forma dessa pergunta em
representante de uma empresa, tenha dito o seguinte:
discurso direto.
(A) A senhora tinha restaurante?
A certa altura, ele me respondeu que, se eu não estivesse
(B) A senhora tinha tido restaurante?
satisfeito, que fosse reclamar “para o bispo” e que ele já não
(C) A senhora teria restaurante?
estava “nem aí” com “tipinhos” como eu.
(D) A senhora teve restaurante?
(E) A senhora tem restaurante?
Em ambos os casos, as aspas são utilizadas para dar
destaque a certas formas de dizer típicas das personagens
02. (TJ/SC - Técnico Judiciário Auxiliar - FGV/2018)
citadas e para mostrar o modo como o narrador as interpreta.
No exemplo de Eça de Queirós, “porque era o papá de seu
Garoto das Meias Vermelhas (Carlos Heitor Cony)
Carlinhos” contém uma expressão da personagem Amélia e
mostra certa dose de ironia e malícia do narrador. No segundo
Ele era um garoto triste. Procurava estudar muito.
exemplo, as aspas destacam a insatisfação do narrador com a
Na hora do recreio ficava afastado dos colegas, como se
deselegância e o desprezo do funcionário para com os clientes.
estivesse procurando alguma coisa.
O discurso indireto livre fica a meio caminho da
Todos os outros meninos zombavam dele, por causa das
subjetividade e da objetividade. Tem muitas funções, por
suas meias vermelhas. Um dia, o cercaram e lhe perguntaram
exemplo, dá verossimilhança a um texto que pretende
porque ele só usava meias vermelhas.
manifestar pensamentos, desejos, enfim, a vida interior de
Ele falou, com simplicidade: "No ano passado, quando fiz
uma personagem.
aniversário, minha mãe me levou ao circo. Colocou em mim
Em síntese, demonstra um envolvimento tal do narrador
essas meias vermelhas. Eu reclamei. Comecei a chorar. Disse
com a personagem, que as vozes de ambos se misturam como
que todo mundo ia rir de mim, por causa das meias vermelhas.
se eles fossem um só ou, falando de outro modo, como se o
Mas ela disse que tinha um motivo muito forte para me
narrador tivesse vestido completamente a máscara da
colocar as meias vermelhas. Disse que se eu me perdesse,
personagem, aproximando-a do leitor sem a marca da sua
bastaria ela olhar para o chão e quando visse um menino de
intermediação.
meias vermelhas, saberia que o filho era dela."
Veja-se como, neste trecho: “O tímido José”, de Antônio de
"Ora", disseram os garotos, "mas você não está num circo.
Alcântara Machado, o narrador, valendo-se do discurso
Por que não tira essas meias vermelhas e as joga fora?"
indireto livre, leva o leitor a partilhar do constrangimento da
O menino das meias vermelhas olhou para os próprios pés,
personagem, simulando estar contaminado por ele:
talvez para disfarçar o olhar lacrimoso e explicou:
"É que a minha mãe abandonou a nossa casa e foi embora.
(...) Mais depressa não podia andar. Garoar, garoava sempre.
Por isso eu continuo usando essas meias vermelhas. Quando
Mas ali o nevoeiro já não era tanto felizmente. Decidiu. Iria indo
ela passar por mim, em qualquer lugar em que eu esteja, ela
no caminho da Lapa. Se encontrasse a mulher bem. Se não
vai me encontrar e me levará com ela."
encontrasse paciência. Não iria procurar. Iria é para casa. Afinal
Carlos Heitor Cony, Crônicas (adaptado)
de contas era mesmo um trouxa. Quando podia não quis. Agora
“Disse que todo mundo ia rir de mim, por causa das meias
que era difícil queria.
vermelhas”.

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APOSTILAS OPÇÃO

(E) dissertação - discurso direto e indireto - dinamizar -


Esse segmento do texto 1 está em discurso indireto; a frase protagonizar - em que.
correspondente em discurso direto é:
(A) todo mundo vai rir de mim, por causa das meias 06. Faça a associação entre os tipos de discurso e assinale
vermelhas; a sequência correta.
(B) todo mundo riu de mim, por causa das meias 1- Reprodução fiel da fala da personagem, é demarcado
vermelhas; pelo uso de travessão, aspas ou dois pontos. Nesse tipo de
(C) todo mundo rirá de mim, por causa das meias discurso, as falas vêm acompanhadas por um verbo de
vermelhas; elocução, responsável por indicar a fala da personagem.
(D) todo mundo irá rir de mim, por causa das meias 2- Ocorre quando o narrador utiliza as próprias palavras
vermelhas; para reproduzir a fala de um personagem.
(E) todo mundo ria de mim, por causa das meias 3- Tipo de discurso misto no qual são associadas as
vermelhas. características de dois discursos para a produção de outro.
Nele a fala da personagem é inserida de maneira discreta no
03. (DPE/RS - Defensor Público - FCC/2018) discurso do narrador.
( ) discurso indireto
eu disse: sou um nômada ( ) discurso indireto livre
tu disseste: tens a febre do deserto ( ) discurso direto
eu disse: tenho uma vontade de ir
tu disseste: do deserto conheces as (A) 3, 2 e 1.
miragens (B) 2, 3 e 1.
eu disse: e a lonjura que dentro de mim (C) 1, 2 e 3.
vai (D) 3, 1 e 2.
tu disseste: em ti quero viajar
(SOUSA, Emanuel de. Eurídice. Lisboa, Quetzal Editores, 07. "Impossível dar cabo daquela praga. Estirou os olhos
1989) pela campina, achou-se isolado. Sozinho num mundo coberto
de penas, de aves que iam comê-lo. Pensou na mulher e
Os dois primeiros versos do poema encontram-se suspirou. Coitada de Sinhá Vitória, novamente nos
transpostos para o discurso indireto, com clareza e correção, descampados, transportando o baú de folha."
em:
(A) Dizendo que sou um nômada, respondeu-lhe que tinha O narrador desse texto mistura-se de tal forma à
a febre do deserto. personagem que dá a impressão de que não há diferença entre
(B) Eu lhe disse que era um nômada, ao que respondeu-me eles. A personagem fala misturada à narração. Esse discurso é
que tenho a febre do deserto. chamado:
(C) Ao dizer-te que sou um nômada, respondes-me que (A) discurso indireto livre
tens a febre do deserto. (B) discurso direto
(D) Quando te digo que sou um nômada, me respondeste (C) discurso indireto
que tenho a febre do deserto. (D) discurso implícito
(E) Disse-lhe que era um nômada, e sua resposta foi que (E) discurso explícito
tinhas a febre do deserto.
Gabarito
04. Sobre o discurso indireto é correto afirmar, EXCETO:
(A) No discurso indireto, o narrador utiliza suas próprias 01.E / 02.A / 03.B / 04.D / 05.C / 06.B / 07.A
palavras para reproduzir a fala de um personagem.
(B) O narrador é o porta-voz das falas e dos pensamentos Comentários
das personagens.
(C) Normalmente é escrito na terceira pessoa. As falas são 01. Resposta: E
iniciadas com o sujeito, mais o verbo de elocução seguido da Na forma direta temos: sujeito - verbo - complemento. No
fala da personagem. caso, o verbo passou para o tempo presente do modo
(D) No discurso indireto as personagens são conhecidas indicativo.
através de seu próprio discurso, ou seja, através de suas
próprias palavras. 02. Resposta: A
Claramente a fala é do menino e não da mãe: Eu reclamei.
05. Assinale a alternativa que melhor complete o seguinte (eu) Comecei a chorar. (eu) Disse que todo mundo ia rir de
trecho: mim, por causa das meias vermelhas.
Essa fala é claramente do menino direcionada aos colegas
No plano expressivo, a força da _____ em ____ provém (com referência ao que o menino teria dito para a mãe), não da
essencialmente de sua capacidade de ____o episódio, fazendo mãe direcionada ao menino.
_____ da situação a personagem, tornando-a viva para o
ouvinte, à maneira de uma cena de teatro ____ o narrador 03. Resposta: B
desempenha a mera função de indicador de falas. FCC pegou pesado nessa questão e incorporou os
(A) narração - discurso indireto - enfatizar - ressurgir – ensinamentos de grandes gramáticos, a exemplo de Bechara:
onde; na colocação pronominal, o que decide se está correta ou não
(B) narração - discurso onisciente - vivificar - demonstrar- é a EUFONIA. Ou seja, nem sempre a próclise é obrigatória
se – donde; havendo palavra atrativa, se, por uma questão de bom som, a
(C) narração - discurso direto - atualizar - emergir - em ênclise ficar correta. Vale dizer, se soar bem, tá valendo.
que; Aqui a FCC fez justamente isso, relativizou as regras de
(D) narração - discurso indireto livre - humanizar - imergir colocação pronominal e mostrou que o caminho é, diante das
- na qual; alternativas, buscar a que está mais de acordo com o
enunciado (no caso, a passagem para o discurso indireto e a

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correção gramatical) e que não tenha erros grosseiros como Observação: a função referencial da linguagem tem
nas demais. importância central na vida das pessoas, consideradas
individualmente ou como grupo social. Para cada indivíduo,
04. Resposta: D ela permite conhecer o mundo; para o grupo social, possibilita
Apenas no discurso direto as personagens ganham voz. o acúmulo de conhecimentos e a transferência de experiências.
Para construirmos um discurso direto, devemos utilizar o Por meio dessa função, a linguagem modela o intelecto.
travessão e os chamados verbos de elocução, ou seja, verbos É a função referencial que permite a realização do trabalho
que indicam o que as personagens falaram. coletivo e operar bem essa função da linguagem possibilita que
Exemplo de verbo de elocução: cada indivíduo continue sempre a aprender.
– Muita fome! – Lucas respondeu, passando sua mão pela A função referencial também costuma ser chamada de
barriga. função denotativa ou informativa, pois seu principal propósito
No exemplo acima, o verbo “respondeu” é o verbo de é fazer com que as palavras revelem, da maneira mais clara
elocução. possível, as coisas ou os eventos a que fazem referência.

05. Resposta: C 2) Função Conativa: a linguagem que serve para


influenciar e ser influenciado.
06. Resposta: B - O receptor é o centro da mensagem, na qual ele é
estimulado, provocado, seduzido, amparado etc.
07. Resposta: A - Normalmente o interlocutor é conduzido a adotar uma
O discurso indireto livre é um tipo de discurso misto, em determinada postura.
que se associam as características do discurso direto e do - É um texto normalmente claro e objetivo que visa à
indireto. persuasão.
- Algumas marcas gramaticais: verbos e pronomes de 2ª
pessoa (ou 3ª pessoa - você), vocativos, imperativos,
perguntas ao interlocutor etc.
Funções da linguagem. - É a linguagem das músicas e dos poemas românticos, das
propagandas e afins.
Ex. “Vem pra Caixa você também.”
FUNÇÕES DA LINGUAGEM
3) Função Emotiva: a linguagem que serve para expressar
A linguagem vai muito além do que imaginamos, pois a subjetividade.
apresenta determinadas funções dentro do processo - Centro da mensagem é o “eu”, aparece os sentimentos.
comunicativo. - Expressão de emoções, sentimentos, atitudes.
As funções da linguagem tratam do relevo dado a um dos - Pessoalidade e subjetividade.
elementos da comunicação, ao qual compõe: - Verbos e pronomes de 1ª pessoa, exclamação,
- Emissor: o que emite a mensagem. interjeições, vocativos, reticências.
- Receptor: o que recebe a mensagem. - Linguagem romântica e poemas.
- Mensagem: o conjunto de informações transmitidas. Ex. “Eu fico possesso com isso!”
- Código: a combinação de signos utilizados na transmissão
de uma mensagem. A comunicação só se concretizará, se o 4) Função Fática: a linguagem que serve para criar e
receptor souber decodificar a mensagem. manter laços sociais.
- Canal de Comunicação: por onde a mensagem é - Centro da mensagem (contato).
transmitida: TV, rádio, jornal, revista, cordas vocais, ar… - Estabelece ou encerra o contato entre o emissor e o
- Contexto: a situação a que a mensagem se refere, também receptor (cumprimentos, saudações, etc.).
chamado de referente. - Ocorre interação verbal.
Podendo variar de acordo com a proposta ou intento do - Marcas linguísticas: “Boa tarde. Oi. Tudo bem. Tchau”.
texto. É certo também que um texto pode apresentar mais de
uma função da linguagem, que é o concorre com a função 5) Função Metalinguística: a linguagem que serve para
predominante. Assim organizamos a linguagem de tal modo a falar sobre a própria linguagem:
atender nossa finalidade. E lembramos que para cada - Comunicação é o centro da mensagem, usa-se um signo
elemento da comunicação, há uma função da linguagem.10 para explicar a si próprio, ele é instrumento de explicação.
- Esclarecedora, reflexiva, discute o processo discursivo,
Tipos de Funções da Linguagem usa-se a linguagem para falar sobre ela própria.
- Encontramos em poemas que falam sobre o fazer poético
O linguista russo chamado Roman Jakobson caracterizou (metapoema), sambas que abordam esse gênero musical,
as seis funções de linguagem, ligadas ao ato da comunicação: filmes que discutem o cinema, palavras usadas para explicar
outras em dicionários, narradores que refletem sobre a arte de
1) Função Referencial: a linguagem que serve para narrar (metanarração) etc.
informar. Exemplo:
- O referente é o centro da mensagem. – “Samba, / Eterno delírio do compositor / Que nasce da
- O assunto da mensagem é o objeto, sempre de forma clara alma, sem pele, sem cor (...)”
(Fundo de Quintal)
e objetiva.
- Marcas gramaticais e discursivas, impessoalidade,
6) Função Poética: a linguagem que serve como fonte de
denotação, frases declarativas, e uso da 3ª pessoa.
prazer:
- Esta função é encontrada em textos jornalísticos,
- Destaque na forma construída, criativa e inusitadamente.
científicos, didáticos. Ex.: “Estados Unidos invadem o Iraque”,
- Utiliza vários recursos gramaticais: figuras de linguagem,
no qual tem como finalidade informa-nos sobre um
conotação, neologismos, construções estruturais não
acontecimento do mundo.

10 PESTANA, Fernando. A gramática para concursos. Elsevier.2011.

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convencionais, polissemia etc.


conjunto de signos usado na transmissão e
- É a linguagem dos poemas e prosas poéticas (literária), Código
recepção da mensagem
da publicidade criativa e afins.11
Neste tipo de função brincamos com as palavras. Os jogos
Referente contexto relacionado a emissor e receptor
com o sentido e os sons são formas de tornar a linguagem um
lugar de prazer. Assim divertimo-nos com eles. Manipulamos
as palavras para delas extrairmos satisfação. Canal meio pelo qual circula a mensagem
Oswald de Andrade, em seu “Manifesto antropófago”, diz
“Tupi or not tupi”; trata-se de um jogo com a frase Porém, com recentes estudos linguísticos, tal teoria sofreu
shakespeariana “To be or not to be”. certa modificação, pois, chegou-se à conclusão de que ao se
Conta-se que o poeta Emílio de Menezes, quando soube tratar da parole (sentido individual da língua), entende-se que
que uma mulher muito gorda se sentara no banco de um é um veículo democrático (observe a função fática), assim,
ônibus e este quebrara, fez o seguinte trocadilho: “É a primeira admite-se um novo formato de locução, ou, interlocução
vez que vejo um banco quebrar por excesso de fundos”. (diálogo interativo):
A palavra banco está usada em dois sentidos: “móvel
comprido para sentar-se” e “casa bancária”. Também está
empregado em dois sentidos o termo fundos: “nádegas” e Locutor quem fala (e responde)
“capital”, “dinheiro”.
Observe-se o uso do verbo bater, em expressões diversas, Locutário quem ouve e responde
com significados diferentes, nesta frase do deputado Virgílio
Guimarães: Interlocução diálogo
“ACM bate boca porque está acostumado a bater: bateu
continência para os militares, bateu palmas para o Collor e quer As respostas, dos “interlocutores” podem ser gestuais,
bater chapa em 2002. Mas o que falta é que lhe bata uma dor de faciais etc. Por isso a mudança (aprimoração) na teoria.
consciência e bata em retirada.” As atitudes e reações dos comunicantes são também
(Folha de S. Paulo) referentes e exercem influência sobre a comunicação.

Observe então que a linguagem pode ser usada Lembramo-nos:


utilitariamente ou esteticamente. No primeiro caso, ela é
utilizada para informar, para influenciar, para manter os laços - Emotiva (ou expressiva): a mensagem centra-se no “eu”
sociais, etc. No segundo, para produzir um efeito prazeroso de do emissor, é carregada de subjetividade. Ligada a esta função
descoberta de sentidos. Em função estética, o mais importante está, por norma, a poesia lírica.
é como se diz, pois o sentido também é criado pelo ritmo, pelo - Função apelativa (imperativa): com este tipo de
arranjo dos sons, pela disposição das palavras, etc. mensagem, o emissor atua sobre o receptor, afim de que este
Na estrofe abaixo, retirada do poema “A Cavalgada”, de assuma determinado comportamento; há frequente uso do
Raimundo Correia, a sucessão dos sons oclusivos /p/, /t/, /k/, vocativo e do imperativo. Esta função da linguagem é
/b/, /d/, /g/ sugere o patear dos cavalos: frequentemente usada por oradores e agentes de publicidade.
- Função metalinguística: função usada quando a língua
E o bosque estala, move-se, estremece... explica a própria linguagem (exemplo: quando, na análise de
Da cavalgada o estrépito que aumenta um texto, investigamos os seus aspectos morfo-sintáticos e/ou
Perde-se após no centro da montanha... semânticos).
Apud: Lêdo Ivo. Raimundo Correia: Poesia. 4ª ed. - Função informativa (ou referencial): função usada
Rio de Janeiro, Agir, p. 29. Coleção Nossos Clássicos .
quando o emissor informa objetivamente o receptor de uma
realidade, ou acontecimento.
Observe-se que a maior concentração de sons oclusivos - Função fática: pretende conseguir e manter a atenção
ocorre no segundo verso, quando se afirma que o barulho dos dos interlocutores, muito usada em discursos políticos e textos
cavalos aumenta. publicitários (centra-se no canal de comunicação).
Quando se usam recursos da própria língua para - Função poética: embeleza, enriquecendo a mensagem
acrescentar sentidos ao conteúdo transmitido por ela, diz-se com figuras de estilo, palavras belas, expressivas, ritmos
que estamos usando a linguagem em sua função poética. agradáveis, etc.
No entanto para a melhor compreensão das funções de Também podemos pensar que as primeiras falas
linguagem, torna-se necessário o estudo dos elementos da conscientes da raça humana ocorreram quando os sons
comunicação. emitidos evoluíram para o que podemos reconhecer como
Antigamente, tinha-se a ideia que o diálogo era “interjeições”. As primeiras ferramentas da fala humana.
desenvolvido de maneira “sistematizada” (alguém pergunta -
alguém espera ouvir a pergunta, daí responde, enquanto outro A função biológica e cerebral da linguagem é aquilo que
escuta em silêncio, etc.). Exemplo; mais profundamente distingue o homem dos outros animais.
Podemos considerar que o desenvolvimento desta função
cerebral ocorre em estreita ligação com a bipedia e a libertação
ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO
da mão, que permitiram o aumento do volume do cérebro, a
par do desenvolvimento de órgãos fonadores e da mímica
Emissor emite, codifica a mensagem facial.
Devido a estas capacidades, para além da linguagem falada
Receptor recebe, decodifica a mensagem e escrita, o homem, aprendendo pela observação de animais,
desenvolveu a língua de sinais adaptada pelos surdos em
Mensagem conteúdo transmitido pelo emissor diferentes países, não só para melhorar a comunicação entre
surdos, mas também para utilizar em situações especiais,

11 Idem, 1.

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como no teatro e entre navios ou pessoas e não animais que se (A) nas diferenças entre o cronista e o ficcionista.
encontram fora do alcance do ouvido, mas que se podem (B) nos elementos que servem de inspiração ao cronista.
observar entre si. (C) nos assuntos que podem ser tratados em uma crônica.
(D) no papel da vida do cronista no processo de escrita da
Questões crônica.
(E) nas dificuldades de se escrever uma crônica por meio
01. de uma crônica.
Alô, alô, Marciano
Aqui quem fala é da Terra 04. Sempre que há comunicação há uma intenção, o que
Pra variar, estamos em guerra determina que a linguagem varie, assumindo funções. A função
Você não imagina a loucura da linguagem predominante no texto com a respectiva
O ser humano tá na maior fissura porque característica está expressa em:
Tá cada vez mais down o high society [...] (A) referencial - presença de termos científicos e técnicos.
(LEE, Rita. CARVALHO, Roberto) (B) expressiva - predominância da 1ª pessoa do singular.
(C) fática - uso de cumprimentos e saudações.
Os dois primeiros versos do texto fazem referência à (D) apelativa - emprego de verbos flexionados no
função da linguagem cujo objetivo dos emissores é apenas imperativo.
estabelecer ou manter contato de comunicação com seus
receptores. Nesses versos, a linguagem está empregada em Gabarito
função 01.E / 02.B / 03.E / 04.D
(A) expressiva.
(B) apelativa. Comentários
(C) referencial.
(D) poética. 01. E
(E) fática. Função Fática (centralizada no Canal): Representa um
diálogo; demonstra querer chamar a atenção. Ex: Alô! Psiu!
02. Ruídos.
SONETO DE MAIO
Suavemente Maio se insinua 02. B
Por entre os véus de Abril, o mês cruel A função da linguagem utilizada nos poemas, geralmente,
E lava o ar de anil, alegra a rua é a poética – valorização da mensagem em si, revelando um
Alumbra os astros e aproxima o céu. cuidado especial com o ritmo das frases, com a sonoridade das
Até a lua, a casta e branca lua palavras, com o jogo de ideias. Mas, como não há tal opção nas
Esquecido o pudor, baixa o dossel alternativas, a que mais se relaciona com o poema é a emotiva
E em seu leito de plumas fica nua - valorização do “eu”; a linguagem está centrada no próprio
A destilar seu luminoso mel. emissor, revelando seus sentimentos, suas emoções.
Raia a aurora tão tímida e tão frágil
Que através do seu corpo transparente 03. E
Dir-se-ia poder-se ver o rosto Sem dúvida, Vinícius ao falar sobre as dificuldades de se
Carregado de inveja e de presságio escrever uma crônica, faz, ele também uma crônica, uma vez
Dos irmãos Junho e Julho, friamente que esta é um gênero narrativo, no qual o narrador aborda um
Preparando as catástrofes de Agosto... tema cotidiano e atual sob um olhar diferente.
(Vinícius de Moraes)

04. D
Em um poema, é possível afirmar que a função de
A alternativa “D” é a correta porque a “função apelativa”
linguagem está centrada na:
chama a atenção do leitor. A ênfase está diretamente vinculada
(A) Função fática.
ao receptor, na qual o discurso visa persuadi-lo, conduzindo-o
(B) Função emotiva ou expressiva.
a assumir um determinado comportamento. A presente
(C) Função conativa ou apelativa.
modalidade encontra-se presente na linguagem publicitária de
(D) Função denotativa ou referencial.
uma forma geral e traz como característica principal, o
emprego dos verbos no modo imperativo.
03. O exercício da crônica
Na “A” “função referencial” - Ocorre quando o objetivo do
Escrever prosa é uma arte ingrata. Eu digo prosa fiada,
emissor é traduzir a realidade visando à informação. Sua
como faz um cronista; não a prosa de um ficcionista, na qual
predominância atém-se a textos científicos, técnicos ou
este é levado meio a tapas pelas personagens e situações que,
didáticos, alguns gêneros do cotidiano jornalístico,
azar dele, criou porque quis. Com um prosador do cotidiano, a
documentos oficiais e correspondências comerciais. A
coisa fia mais fino. Senta-se ele diante de sua máquina, olha
linguagem neste caso é essencialmente objetiva, razão pela
através da janela e busca fundo em sua imaginação um fato
qual os verbos são retratados na 3ª pessoa do singular,
qualquer, de preferência colhido no noticiário matutino, ou da
conferindo-lhe total impessoalidade por parte do emissor.
véspera, em que, com as suas artimanhas peculiares, possa
Na “B” “função expressiva” - há um envolvimento pessoal
injetar um sangue novo. Se nada houver, resta-lhe o recurso de
do emissor, que comunica seus sentimentos, emoções,
olhar em torno e esperar que, através de um processo
inquietações e opiniões centradas na expressão do próprio
associativo, surja-lhe de repente a crônica, provinda dos fatos
“eu”, levando em consideração o seu mundo interior. Para tal,
e feitos de sua vida emocionalmente despertados pela
são utilizados verbos e pronomes em 1ª pessoa, muitas vezes
concentração. Ou então, em última instância, recorrer ao
acompanhados de sinais de pontuação, como reticências,
assunto da falta de assunto, já bastante gasto, mas do qual, no
pontos de exclamação, bem como o uso de onomatopeias e
ato de escrever, pode surgir o inesperado.
MORAES, V. Para viver um grande amor: crônicas e poemas. São Paulo: Cia.
interjeições.
das Letras, 1991. Na “C” – “função fática” - O objetivo do emissor é
Predomina nesse texto a função da linguagem que se estabelecer o contato, verificar se o receptor está recebendo a
constitui mensagem de forma autêntica, ou ainda visando prolongar o

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contato. Há o predomínio de expressões usadas nos a) Desinências nominais: indicam o gênero e o número
cumprimentos como: bom dia, Oi!. Ao telefone (Pronto! Alô!) e dos nomes. Para a indicação de gênero, o português costuma
em outras situações em que se testa o canal de comunicação opor as desinências -o/-a: garoto/garota; menino/menina.
(Está me ouvindo?). Para a indicação de número, costuma-se utilizar o
morfema –s, que indica o plural em oposição à ausência de
morfema, que indica o singular: garoto/garotos;
Estrutura e formação de garota/garotas; menino/meninos; menina/meninas.
palavras. No caso dos nomes terminados em –r e– z, a desinência de
plural assume a forma -es:
mar/mares;
ESTRUTURA E FORMAÇÃO DAS PALAVRAS revólver/revólveres;
cruz/cruzes.
Observe as seguintes palavras:
escol-a b) Desinências verbais: em nossa língua, as desinências
escol-ar verbais pertencem a dois tipos distintos. Há aqueles que
escol-arização indicam o modo e o tempo (desinências modo-temporais) e
escol-arizar aquelas que indicam o número e a pessoa dos verbos
sub-escol-arização (desinência número-pessoais):
cant-á-va-mos
Percebemos12 que há um elemento comum a todas elas: a cant-á-sse-is
forma escol-. Além disso, em todas há elementos destacáveis, cant: radical
responsáveis por algum detalhe de significação. Compare, por cant: radical
exemplo, escola e escolar: partindo de escola, formou-se -á-: vogal temática
escolar pelo acréscimo do elemento destacável: ar. -á-: vogal temática
Por meio desse trabalho de comparação entre as diversas
palavras que selecionamos, podemos depreender a existência -va-: desinência modo-temporal(caracteriza o pretérito
de diferentes elementos formadores. Cada um desses imperfeito do indicativo).
elementos formadores é uma unidade mínima de significação, -sse-: desinência modo-temporal (caracteriza o pretérito
um elemento significativo indecomponível, a que damos o imperfeito do subjuntivo).
nome de morfema. -mos: desinência número-pessoal (caracteriza a primeira
pessoa do plural).
Classificação dos Morfemas -is: desinência número-pessoal (caracteriza a segunda
pessoa do plural).
Radical: há um morfema comum a todas as palavras que
estamos analisando: escol-. Vogal Temática: observe que, entre o radical cant- e as
É esse morfema comum - o radical - que faz com que as desinências verbais, surge sempre o morfema– a.
consideremos palavras de uma mesma família de significação. Esse morfema, que liga o radical às desinências, é chamado
- Nos cognatos o radical é a parte da palavra responsável de vogal temática. Sua função é ligar-se ao radical,
por sua significação principal. constituindo o chamado tema. É ao tema (radical + vogal
temática) que se acrescentam as desinências. Tanto os verbos
Afixos: como vimos, o acréscimo do morfema - ar - cria como os nomes apresentam vogais temáticas.
uma nova palavra a partir de escola. De maneira semelhante, o
acréscimo dos morfemas sub e arização à forma escol Vogais Temáticas Nominais: são -a, -e, e -o, quando
criou subescolarização. Esses morfemas recebem o nome de átonas finais, como em mesa, artista, busca, perda, escola,
afixos. triste, base, combate. Nesses casos, não poderíamos pensar que
Quando são colocados antes do radical, como acontece essas terminações são desinências indicadoras de gênero, pois
com sub, os afixos recebem o nome de prefixos. Quando, como a mesa, a escola, por exemplo, não sofrem esse tipo de flexão.
arização, surgem depois do radical os afixos são chamados É a essas vogais temáticas que se liga a desinência indicadora
de sufixos. de plural:
- Prefixos e Sufixos, além de operar mudança de classe mesa-s, escola-s, perda-s. Os nomes terminados em vogais
gramatical, são capazes de introduzir modificações de tônicas (sofá, café, cipó, caqui, por exemplo) não apresentam
significado no radical a que são acrescentados. vogal temática.

Desinências: quando se conjuga o verbo amar, obtêm-se Vogais temáticas verbais: são -a, -e e- i, que caracterizam
formas como amava, amavas, amava, amávamos, amáveis, três grupos de verbos a que se dá o nome de conjugações.
amavam. Essas modificações ocorrem à medida que o verbo Assim, os verbos cuja vogal temática é -a pertencem à primeira
vai sendo flexionado em número (singular e plural) e pessoa conjugação; aqueles cuja vogal temática é -e pertencem à
(primeira, segunda ou terceira). Também ocorrem se segunda conjugação e os que têm vogal temática -i pertencem
modificarmos o tempo e o modo do verbo (amava, amara, à terceira conjugação.
amasse, por exemplo).
Assim, podemos concluir, que existem morfemas que primeira conj. segunda conj. terceira conj.
indicam as flexões das palavras. Esses morfemas sempre govern-a-va estabelec-e-sse defin-i-ra
surgem no fim das palavras variáveis e recebem o nome de atac-a-va cr-e-ra imped-i-sse
desinências, no qual podem ser divididos em: realiz-a-sse mex-e-rá g-i-mos

Vogal ou consoante de ligação: as vogais ou consoantes


de ligação são morfemas que surgem por motivos eufônicos,

12 http://www.brasilescola.com/gramatica/estrutura-e-formacao-de-

palavras-i.htm

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APOSTILAS OPÇÃO

ou seja, para facilitar ou mesmo possibilitar a leitura de uma Outros processos de formação de palavras
determinada palavra. Temos um exemplo de vogal de ligação - Hibridismo: é a palavra formada com elementos
na palavra escolaridade: o - i - entre os sufixos- ar- e -dade oriundos de línguas diferentes.
facilita a emissão vocal da palavra. Outros exemplos: automóvel (auto: grego; móvel: latim)
gasômetro, alvinegro, tecnocracia, paulada, cafeteira, chaleira, sociologia (socio: latim; logia: grego)
tricota. sambódromo (samba: dialeto africano; dromo: grego)

Processos de Formação de Palavras - Abreviação vocabular: cujo traço peculiar manifesta-se


por meio da eliminação de um segmento de uma palavra no
Composição intuito de se obter uma forma mais reduzida, geralmente
Haverá composição quando se juntarem dois ou mais aquelas mais longas. Vejamos alguns exemplos:
radicais para formar nova palavra. Há dois tipos de metropolitano – metrô
composição: justaposição e aglutinação. extraordinário – extra
a) Justaposição: ocorre quando os elementos que formam otorrinolaringologista – otorrino
o composto são postos lado a lado, ou seja, justapostos. Por telefone – fone
exemplo: Corre-corre, guarda-roupa, segunda-feira, girassol. pneumático – pneu

b) Aglutinação: ocorre quando os elementos que formam - Onomatopeia: consiste em criar palavras, tentando
o composto se aglutinam e pelo menos um deles perde sua imitar sons da natureza ou sons repetidos. Por exemplo: zum-
integridade sonora. Por exemplo: Aguardente (água + zum, cri-cri, tique-taque, pingue-pongue, blá-blá-blá.
ardente), planalto (plano + alto), pernalta (perna + alta),
vinagre (vinho + acre) - Siglas: as siglas são formadas pela combinação das letras
iniciais de uma sequência de palavras que constitui um nome.
Derivação por Acréscimo de Afixos Por exemplo: IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e
É o processo pelo qual se obtêm palavras novas Estatística); IPTU (Imposto Predial, Territorial e Urbano).
(derivadas) pela anexação de afixos à palavra primitiva. A As siglas escrevem-se com todas as letras maiúsculas, a não
derivação pode ser: prefixal, sufixal e parassintética. ser que haja mais de três letras e a sigla seja
pronunciável sílaba por sílaba.
a) Prefixal (ou prefixação): a palavra nova é obtida por Por exemplo: Unicamp, Petrobras.
acréscimo de prefixo.
In------ --feliz des----------leal Questões
Prefixo radical prefixo radical 01. Assinale a opção em que todas as palavras se formam
pelo mesmo processo:
b) Sufixal (ou sufixação): a palavra nova é obtida por A) ajoelhar / antebraço / assinatura
acréscimo de sufixo. B) atraso / embarque / pesca
Feliz---- mente leal------dade C) o jota / o sim / o tropeço
Radical sufixo radical sufixo D) entrega / estupidez / sobreviver
E) antepor / exportação / sanguessuga
c) Parassintética: a palavra nova é obtida pelo acréscimo
simultâneo de prefixo e sufixo (não posso retirar o prefixo nem 02. A palavra “aguardente” formou-se por:
o sufixo que estão ligados ao radical, pois a palavra não A) hibridismo
“existiria”). Por parassíntese formam-se principalmente B) aglutinação
verbos. C) justaposição
En-- -----trist- ----ecer D) parassíntese
Prefixo radical sufixo E) derivação regressiva

en----- ---tard--- --ecer 03. Que item contém somente palavras formadas por
prefixo radical sufixo justaposição?
A) desagradável - complemente
Outros Tipos de Derivação B) vaga-lume - pé-de-cabra
Há dois casos em que a palavra derivada é formada sem C) encruzilhada - estremeceu
que haja a presença de afixos. São eles: a derivação regressiva D) supersticiosa - valiosas
e a derivação imprópria. E) desatarraxou - estremeceu

a) Derivação regressiva: a palavra nova é obtida por 04. “Sarampo” é:


redução da palavra primitiva. Ocorre, sobretudo, na formação A) forma primitiva
de substantivos derivados de verbos. B) formado por derivação parassintética
Por exemplo: A pesca está proibida. (pescar). Proibida a C) formado por derivação regressiva
caça. (caçar) D) formado por derivação imprópria
E) formado por onomatopeia
b) Derivação imprópria: a palavra nova (derivada) é
obtida pela mudança de categoria gramatical da palavra 05. As palavras são formadas através de derivação
primitiva. Não ocorre, pois, alteração na forma, mas tão parassintética em
somente na classe gramatical. Por exemplo: A)infelizmente, desleal, boteco, barraco.
Não entendi o porquê da briga. (o substantivo porquê B)ajoelhar, anoitecer, entristecer, entardecer.
deriva da conjunção porque) C)caça, pesca, choro, combate.
Seu olhar me fascina! (o verbo olhar tornou-se, aqui, D)ajoelhar, pesca, choro, entristecer.
substantivo)
Gabarito
01.B / 02.B / 03.B / 04.C / 05.B

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APOSTILAS OPÇÃO

6° Omissões de Termos
- elipse: A praça deserta, ninguém àquela hora na rua.
Pontuação. (Omitiu-se o verbo “estava” após o vocábulo “ninguém”, ou
seja, ocorreu elipse do verbo estava)
- zeugma: Na classe, alguns alunos são interessados;
PONTUAÇÃO outros, (são) relapsos. (Supressão do verbo “são” antes do
vocábulo “relapsos”)
Para a elaboração de um texto escrito deve-se considerar o
uso adequado dos sinais de pontuação como: espaços, 7° Termos Repetidos. Ex.: Nada, nada há de me derrotar.
pontos, vírgula, ponto e vírgula, dois pontos, travessão,
parênteses, reticências, aspas etc. 8° Sequência de Adjuntos Adverbiais. Ex.: Saíram do
Tais sinais têm papéis variados no texto escrito e, se museu, ontem, por voltas das 17h.
utilizados corretamente, facilitam a compreensão e
entendimento do texto. Dois Pontos

Vírgula Os dois-pontos marcam uma supressão de voz em frase


ainda não concluída. Em termos práticos, este sinal é usado
Algumas pessoas colocam vírgulas por causa de pausas para:
feitas na fala.13 A vírgula, na escrita, não necessariamente é
uma pausa na fala, tampouco é usada para pausar quando se lê - Antes de enumerações. Ex.: Compre três frutas hoje:
um trecho virgulado. maçã, uva e laranja.
Assim, vale dizer que o importante é, primeiro, saber em
que situações gerais não se usa a vírgula. - Iniciando citações. Ex.: “Segundo o folclórico Vicente
Mateus: ‘Quem está na chuva é para se queimar’”15.
Cuidado!
Em orações substantivas com função de sujeito iniciadas - Antes de orações que explicam o enunciado anterior.
por quem, a vírgula entre tal oração e o verbo da principal é Ex.: Não foi explicado o que deveríamos fazer: o que nos deixa
facultativa, segundo Luiz A. Sacconi: “Quem lê sabe mais.” ou insatisfeitos.
“Quem lê, sabe mais”. Os demais gramáticos nada falam sobre
isso, logo deduzimos que não pode haver vírgula entre sujeito - Depois de verbos que introduzem a fala. Ex.: “(...) e
e verbo. disse: aqui não podemos ficar!”

Não se separa por vírgula: Ponto e Vírgula


- sujeito de predicado;
- objeto de verbo; O ponto e vírgula é usado para marcar uma pausa maior do
- adjunto adnominal de nome; que a da vírgula. Seu objetivo é colaborar com a clareza do
- complemento nominal de nome; texto. Exemplos:
- oração principal da subordinada substantiva (desde que
esta não seja apositiva nem apareça na ordem inversa). Os dois rapazes estavam desesperados por dinheiro;
Ernesto não tinha dinheiro nem crédito. (pausa longa)
Aplicação da Vírgula
A vírgula marca uma breve pausa e é obrigatória nos Sonhava em comprar todos os sapatos da loja; comprei,
seguintes casos: porém, apenas um par. (separação da oração adversativa na
qual a conjunção - porém - aparece no meio da oração)
1° Inversão de Termos. Ex.: Ontem, à medida que eles
corrigiam as questões, eu me preocupava com o resultado da Enumeração com explicitação - Comprei alguns livros:
prova. de matemática, para estudar para o concurso; um romance,
para me distrair nas horas vagas; e um dicionário, para
2° Intercalações de Termos. Ex.: A distância, que tudo enriquecer meu vocabulário.
apaga, há de me fazer esquecê-lo.
Enumeração com ponto e vírgula, mas sem vírgula,
3° Inspeção de Simples Juízo. Ex.: “Esse homem é para marcar distribuição - Comprei os produtos no
suspeito”, dizia a vizinhança. supermercado: farinha para um bolo; tomates para o molho; e
pão para o café da manhã.
4° Enumerações
- sem gradação: Coleciono livros, revistas, jornais, Parênteses
discos.14
- com gradação: Não compreendo o ciúme, a saudade, a Os parênteses, muito semelhantes aos travessões e às
dor da despedida. vírgulas, são empregados para:

5° Vocativos e Apostos - Isolar datas. Ex.: Refiro-me aos soldados da Primeira


- vocativos: Queridos ouvintes, nossa programação Guerra Mundial (1914-1918).
passará por pequenas mudanças.
- apostos: É aqui, nesta querida escola, que nos - Isolar siglas. Ex.: A taxa de desemprego subiu para 5,3%
encontramos. da população economicamente ativa (PEA)...

13 SCHOCAIR. Nelson M. Gramática do Português Instrumental. 2ª. ed Niteroi: 15 SCHOCAIR, Nelson Maia. Gramática Moderna da Língua Portuguesa: Teoria

Impetus, 2007. e prática. 6ª ed. Rio de janeiro, 2012, p.488.


14 SCHOCAIR, Nelson M. Gramática Moderna da Língua Portuguesa: Teoria e

prática. 6ª ed. Rio de janeiro, 2012, p.488.

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APOSTILAS OPÇÃO

- Isolar explicações ou retificações. Ex.: Eu expliquei Ponto


uma vez (ou duas vezes) o motivo de minha preocupação.
Emprega-se o ponto, basicamente, para indicar o fim de
Reticências uma frase declarativa de um período simples ou composto.
Pode substituir a vírgula quando o autor quer realçar,
As reticências são empregadas para: enfatizar o que vem após (evita-se isso em linguagem formal).
– Posso ouvir o vento assoprar com força. Derrubando
- Indicar a interrupção de uma frase, deixando-a com tudo!
sentido incompleto. Ex.: Não consegui falar com a Laura....
Quem sabe se eu ligar mais tarde... O ponto é também usado em quase todas as abreviaturas:
fev. = fevereiro, hab.= habitante, rod. = rodovia, etc. =
- Sugerir prolongamento de ideias. Ex.: “Sua tez, alva e etecetera.
pura como um floco de algodão, tingia-se nas faces duns longes
cor-de-rosa...” (José de Alencar) O ponto do etc. termina o período, logo não pode haver
outro ponto: “..., feijão, arroz, etc..”. Absurdo também é usar etc.
- Indicar dúvida ou hesitação. Ex.: Não sei... Acho que... seguido de reticências: “... feijão, arroz, etc....”.
Não quero ir hoje.
Chama-se ponto parágrafo aquele que encerra um período
- Indicar omissão de palavras ou frases no período. Ex.: e a ele se segue outro período em linha diferente. Esse último
“Se o lindo semblante não se impregnasse constantemente, (...) ponto agora (antes do Esse) é chamado de ponto continuativo,
ninguém veria nela a verdadeira fisionomia de Aurélia, e sim a pois a ele se segue outro período no mesmo parágrafo. Ponto
máscara de alguma profunda decepção.” (José de Alencar) final é este que virá agora.

Travessão Obs.: Estilisticamente, podemos usar o ponto para, em


períodos curtos, empregar dinamicidade, velocidade à leitura
O travessão é um sinal bastante usado na narração, na do texto: “Era um garoto pobre. Mas tinha vontade de crescer
descrição, na dissertação e no diálogo, portanto, figura na vida. Estudou. Subiu. Foi subindo mais. Hoje é juiz do
repetida em qualquer prova; é um instrumento eficaz em uma Supremo.”. Usa-se muito em narrações em geral.
redação. Pode vir em dupla, se vier intercalado na frase. Veja
seus usos: Ponto de Interrogação

- Nos diálogos, para marcar a fala das personagens. Ex.: O ponto de interrogação marca uma entoação ascendente
As meninas gritaram: - Venham nos buscar! (elevação da voz) com tom questionador. Usa-se neste caso:

- No meio de sentenças, para dar ênfase em - Em perguntas diretas: Como você se chama?
informações. Ex.: O garçom - creio que já lhe falei - está muito - Às vezes, juntamente com o ponto de exclamação:
bem no novo serviço - é o que ouvi dizer. Quem ganhou na loteria? Você. Eu?!

Ponto de Exclamação Parágrafo

O ponto de exclamação é empregado para marcar o fim de Constitui cada uma das secções de frases de um escritor;
qualquer frase com entonação exclamativa, indicando começa por letra maiúscula, um pouco além do ponto em que
altissonância, exaltação de espírito. começam as outras linhas.

- Após vocativos. Ex.: Vem, Fabiano! Colchetes

- Após imperativos. Ex.: Corram! Utilizados na linguagem científica.

- Após interjeição. Ex.: Ai! / Ufa! Asterisco

- Após expressões ou frases de caráter emocional. Ex.: Empregado para chamar a atenção do leitor para alguma
Quantas pessoas! nota (observação).

Aspas Barra

As aspas são usadas comumente em citações, mas também Aplicada nas abreviações das datas e em algumas
há outras funções bem interessantes. Atualmente o negrito e o abreviaturas.
itálico vêm substituindo frequentemente o uso das aspas.
Resumindo, elas são empregadas: Hífen
- Isolam termos distantes da norma culta, como gírias,
neologismos, arcaísmos, expressões populares entre Usado para ligar elementos de palavras compostas e para
outros. Ex.: Eles tocaram “flashback”, “tipo assim” anos 70 e unir pronomes átonos a verbos. Exemplo: guarda-roupa.
80. Foi um verdadeiro “show”.
Questões
- Delimitam transcrições ou citações textuais. Ex.:
Segundo Rui Barbosa: “A política afina o espírito.” 01. (IFTO - Auditor) Marque a alternativa em que a
ausência de vírgula não altera o sentido do enunciado.
- Isolam estrangeirismos. Ex.: Os restaurantes “fast food” (A) O professor espera um, sim.
têm reinado na cidade. (B) Recebo, obrigada.
(C) Não, vá ao estacionamento do campus.

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APOSTILAS OPÇÃO

(D) Não, quero abandonar minhas funções no trabalho. A supressão da vírgula altera significativamente o sentido
(E) Hoje, podem ser adquiridas as impressoras licitadas. da seguinte frase:
(A) Frequentemente, as pessoas enaltecem seus hábitos
02. (MPE/GO - Secretário Auxiliar) Assinale a alternativa passados.
correta quanto ao uso da pontuação. (B) As pessoas gostam de enaltecer seus hábitos antigos,
(A) Os motoristas, devem saber, que os carros podem ser quase sempre sem muita discrição.
uma extensão de nossa personalidade. (C) Não se conhece a origem das frases feitas, nem por que
(B) Os congestionamentos e o número de motoristas na adquiriram tanta força.
rua, são as principais causas da ira de trânsito. (D) O autor do texto busca mostrar-se imparcial, diante
(C) A ira de trânsito pode ocasionar, acidentes e; aumentar desse tema controverso.
os níveis de estresse em alguns motoristas. (E) Trata-se aqui das pessoas mais velhas, que se apegam
(D) Dirigir pode aumentar, nosso nível de estresse, porque a seus hábitos passados.
você está junto; com os outros motoristas cujos
comportamentos, são desconhecidos. 05. (MPE/AL - Analista do Ministério Público -
(E) Segundo alguns psicólogos, é possível, em certas FGV/2018)
circunstâncias, ceder à frustração para que a raiva seja
aliviada. OPORTUNISMO À DIREITA E À ESQUERDA

03. (SEGEP/MA - Analista Ambiental - FCC) A frase Numa democracia, é livre a expressão, estão garantidos o
escrita com correção é: direito de reunião e de greve, entre outros, obedecidas leis e
(A) Humberto de Campos, jornalista, critico, contista, e regras, lastreadas na Constituição. Em um regime de
memorialista nasceu, em Miritiba, hoje Humberto de Campos liberdades, há sempre o risco de excessos, a serem
no Maranhão, em 1886, e falesceu, no Rio de Janeiro em 1934. devidamente contidos e seus responsáveis, punidos, conforme
(B) O escritor Humberto de Campos, em 1933, publicou o estabelecido na legislação.
livro que veio à ser considerado, o mais celebre de sua obra: É o que precisa acontecer no rescaldo da greve dos
Memórias, crônica dos começos de sua vida. caminhoneiros, concluídas as investigações, por exemplo, da
(C) Em 1912, Humberto de Campos, transferiu-se para o ajuda ilegal de patrões ao movimento, interessados em se
Rio de Janeiro, e entrou para O Imparcial, na fase em que ali beneficiar do barateamento do combustível.
encontrava-se um grupo de eximios escritores. Sempre há, também, o oportunismo político-ideológico
(D) De infância pobre e orfão de pai aos seis anos; para se aproveitar da crise. Inclusive, neste ano de eleição, com
Humberto de Campos, começou a trabalhar cedo no comércio, o objetivo de obter apoio a candidatos. Não faltam, também, os
como meio de subsistencia. arautos do quanto pior, melhor, para desgastar governantes e
(E) Humberto de Campos publicou seu primeiro livro em reforçar seus projetos de poder, por mais delirantes que sejam.
1910, a coletânea de versos intitulada Poeira; em 1920, já Também aqui vale o que está delimitado pelo estado
membro da Academia Brasileira de Letras, foi eleito deputado democrático de direito, defendido pelos diversos
federal pelo Maranhão. instrumentos institucionais de que conta o Estado – Polícia,
Justiça, Ministério Público, Forças Armadas etc.
04. (TRT 2ª Região/SP - Analista Judiciário - A greve atravessou vários sinais ao estrangular as vias de
FCC/2018) suprimento que mantêm o sistema produtivo funcionando, do
qual depende a sobrevivência física da população. Isso não
De cabeça pra baixo pode ser esquecido e serve de alerta para que as autoridades
desenvolvam planos de contingência.
− Esse mundo está ficando de cabeça pra baixo! O Globo, 31/05/2018.
É uma conhecida frase, que sucessivas gerações vêm
frequentando. Ela logo surge a propósito de qualquer coisa que “Numa democracia, (1) é livre a expressão, estão
se considere uma novidade despropositada, irritante: modelo garantidos o direito de reunião e de greve, (2) entre outros,
de roupa mais ousada, último grande sucesso musical, obedecidas leis e regras, (3) lastreadas na Constituição. Em um
aumento milionário no salário de um jogador de futebol, a regime de liberdades, (4) há sempre o risco de excessos, (5) a
longa estiagem na estação chuvosa, a avalanche de crimes no serem devidamente contidos e seus responsáveis, punidos,
jornal... A ideia é sempre demonstrar que a vida e o mundo já conforme estabelecido na legislação”.
foram muito melhores, que a passagem do tempo leva
inexoravelmente à perversão ou ao desmoronamento dos Nesse segmento inicial do texto, a vírgula que tem caráter
valores autênticos, que uma geração construiu e que a seguinte optativo é a indicada pelo número
apagou. (A) (1).
Parece que na história da humanidade o fenômeno é (B) (2).
comum e cíclico: as pessoas enaltecem seus hábitos passados (C) (3).
e condenam os presentes. “Ah, no meu tempo...” é uma (D) (4).
expressão que vale um suspiro e uma acusação. Algo de muito (E) (5).
melhor ficou para trás e se perdeu. A missão dessa juventude
de hoje é desviar-se da Civilização.... 06. (TCM/RJ - Técnico de Controle Externo - IBFC)
A ironia é que justamente nesses “desvios” e por conta Assinale a alternativa cuja frase está corretamente pontuada.
deles a História caminha, ainda que não se saiba para onde. (A) O bolo que estava sobre a mesa, sumiu.
Fosse tudo uma repetição conservadora, nenhuma descoberta (B) Ele, apressadamente se retirou, quando ouviu um
jamais se daria, sem contar que os mais velhos já não teriam barulho estranho.
do que se queixar e a quem imputar a culpa por todos os (C) Confessou-lhe tudo; ciúme, ódio, inveja.
desassossegos que assaltam todas as gerações humanas, desde (D) Paulo pretende cursar Medicina; Márcia, Odontologia.
que existimos.
(Romildo Pacheco, inédito) 07. (MPE/GO - Secretário Auxiliar – MPE/GO) O período
abaixo foi escrito por Machado de Assis em seu Conto de

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APOSTILAS OPÇÃO

Escola. A alternativa que apresenta a pontuação de acordo com As aspas ao longo texto são usadas para:
a norma culta é: 1. Indicar a escrita de outra pessoa que não o autor do
(A) Compreende-se que o ponto da lição era difícil e que o texto.
Raimundo, não o tendo aprendido, recorria a um meio que lhe 2. Exemplificar o emprego incorreto da norma gramatical.
pareceu útil: para escapar ao castigo do pai. 3. Marcar o uso de termos em sentido figurado.
(B) Compreende-se que o ponto da lição era difícil, e que o 4. Enfatizar a gravidade do problema de mau uso da
Raimundo, não o tendo aprendido, recorria a um meio que lhe vírgula.
pareceu útil para escapar ao castigo do pai. 5. Indicar o uso metalinguístico (em que a língua aponta
(C) Compreende-se que o ponto da lição era difícil e que o para si mesma).
Raimundo não o tendo aprendido, recorria a um meio que lhe
pareceu útil: para escapar ao castigo do pai. Estão corretos os itens:
(D) Compreende-se que o ponto da lição era difícil e que, o (A) 1 e 3 apenas.
Raimundo, não o tendo aprendido, recorria; a um meio que, lhe (B) 1, 2 e 4 apenas.
pareceu útil, para escapar ao castigo do pai. (C) 1, 3 e 5 apenas.
(E) Compreende-se que: o ponto da lição era difícil e que o (D) 2, 3, 4 e 5 apenas.
Raimundo, não o tendo aprendido, recorria; a um meio que lhe (E) 1, 2, 3, 4 e 5.
pareceu útil: para escapar ao castigo do pai.
10. (SEGEP/MA - Analista Ambiental - Pedagogo - FCC)
08. (UNEMAT - Técnico em Enfermagem - Será que a internet está a matar a democracia? Vyacheslav W.
UNEMAT/2018) Polonski, um acadêmico da Universidade de Oxford, faz essa
pergunta na revista Newsweek. E oferece argumentos a
respeito que desaguam em águas tenebrosas.
A internet oferece palco político para os mais motivados (e
despreparados). Antigamente, o cidadão revoltado podia ter
as suas opiniões sobre os assuntos do mundo. Mas, tirando o
boteco, ou o bairro, ou até o jornal do bairro, essas opiniões
nasciam e morriam no anonimato.
Hoje, é possível arregimentar dezenas, ou centenas, ou
https://oglobo.globo.com/cultura/megazine/contestador- milhares de "seguidores" que rapidamente espalham a
armandinhoganha-fama-no-facebook-8027174 mensagem por dezenas, ou centenas, ou milhares de novos
Em Pai, o que é “machismo”? e em Não se mete, Fê!, a "seguidores". Quanto mais radical a mensagem, maior será o
vírgula foi usada para sucesso cibernauta.
(A) marcar anteposição do predicativo. Mas a internet não é apenas um paraíso para os
(B) separar elementos de uma enumeração. politicamente motivados (e despreparados). Ela tende a
(C) separar o pleonasmo. radicalizar qualquer opinião sobre qualquer assunto.
(D) isolar o vocativo. A ideia de que as redes sociais são uma espécie de "ágora
(E) isolar expressões explicativas. moderna", onde existem discussões mais flexíveis e
pluralistas, não passa de uma fantasia. A internet não cria
09. (UFPR - Contador - 2018) debate. Ela cria trincheiras entre exércitos inimigos.
(Adaptado de: COUTINHO, João Pereira. Disponível em:
A não menos nobre vírgula http://www1.folha.uol.com.br/colunas/joaopereiracoutinho/2016/08/1801611)

[...] Jacob mandou esta questão: “Sempre aprendi que o Atente para as afirmações abaixo a respeito do 1 o
advérbio deveria vir entre vírgulas, mesmo que, às vezes, a parágrafo do texto.
frase fique truncada. I. O ponto de interrogação pode ser excluído, sem prejuízo
Quando vi que não colocou os advérbios entre vírgulas, para a correção e o sentido, por se tratar de pergunta retórica.
senti que há uma esperança de me libertar dessas verdadeiras II. As vírgulas isolam o aposto.
amarras dos tempos escolares. Como pontuar, afinal, nesses III. Na última frase do parágrafo, o pronome “que” retoma
casos?”. "argumentos".
O leitor acertou na mosca quando se referiu a “essas IV. No contexto, o verbo “desaguar” está empregado em
verdadeiras amarras escolares”. Tomemos como exemplo o sentido figurado.
próprio texto do leitor, que na passagem “...mesmo que, às
vezes, a frase fique truncada” optou por pôr entre vírgulas a Está correto o que se afirma APENAS em:
expressão adverbial “às vezes”, que vem entre a locução (A) I e II.
conjuntiva “mesmo que” e “a frase”, sujeito da oração (B) II, III e IV.
introduzida por “mesmo que”. (C) II e III.
Vamos lá. Teria sido perfeitamente possível deixar “livre” (D) I e IV.
a expressão adverbial “às vezes”, ou seja, teria sido possível
não empregar as duas vírgulas (“...mesmo que às vezes a frase Gabarito
fique truncada”). É bom que se diga que, com as duas vírgulas,
a expressão “às vezes” ganha ênfase, o que não ocorreria se não 01.E / 02.E / 03.E / 04.E / 05.A / 06.D / 07.B / 08.D /
fossem empregadas as vírgulas. 09.C / 10.B
O que não se pode fazer de jeito nenhum nesses casos é
empregar a chamada “vírgula solteira”, que é aquela que perde Comentários
o par no meio do caminho. Tradução: ou se escreve “...mesmo
que, às vezes, a frase fique truncada” ou se escreve “...mesmo 01. Resposta: E
que às vezes a frase fique truncada”. [...] a) O professor espera um, sim. O prof. esta esperando um
(Pasquale Cipro Neto, publicado em: algo, quando tiro a virgula ele fica ''esperando um sim''.
<https://www1.folha.uol.com.br/colunas/pasquale/2016/11/1831039-a-nao- b) Recebo, obrigada. A pessoa recebe e diz obrigado,
menos-nobre-virgula.shtml>
Acesso em 24/03/18. Adaptado)
quando tiro a virgula ele passa a receber é um obrigado.

Língua Portuguesa 38
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APOSTILAS OPÇÃO

c) Não, vá ao estacionamento do campus. ''Vá ao 08. Resposta: D


estacionamento'', quando tiro a virgula passa a ''não vá ao O vocativo é o termo que tem a função de chamar, invocar
estacioname...'' ou interpelar dentro da oração.
d) Não, quero abandonar minha funções no trabalho. Eu
quero abandonar, quando tiro a virgula fica negado ''não 09. Resposta: C
quero...'' 1- “Sempre aprendi que o advérbio deveria vir entre
Todas mudaram de sentido, menos a última. vírgulas, mesmo que, às vezes, a frase fique truncada.
Quando vi que não colocou os advérbios entre vírgulas,
02. Resposta: E senti que há uma esperança de me libertar dessas verdadeiras
Conferindo as demais: amarras dos tempos escolares. Como pontuar, afinal, nesses
a) Os motoristas, devem saber, que os carros podem ser casos?”
uma extensão de nossa personalidade. 3- “vírgula solteira”
Não se separa sujeito do predicado por vírgula. 5- “...mesmo que, às vezes, a frase fique truncada”
b) Os congestionamentos e o número de motoristas na rua,
são as principais causas da ira de trânsito. 10. Resposta: B
Não se separa sujeito do predicado por vírgula. Item I = ERRADO.
c) A ira de trânsito pode ocasionar, acidentes e; aumentar Caso o ponto de interrogação for excluído, a frase (Será que
os níveis de estresse em alguns motoristas. a internet está a matar a democracia?) perde o caráter de
Não se separa por vírgula verbo de seu complemento pergunta, de reflexão e passa a ser uma afirmação. A correção
(no caso 'ocasionar' sendo VTD e acidentes OD) vai se prejudicar.
d) Dirigir pode aumentar, nosso nível de estresse, porque Item II = CERTO. As vírgulas isolam o aposto.
você está junto; com os outros motoristas cujos Aposto é um termo que se junta a outro de valor
comportamentos, são desconhecidos. substantivo ou pronominal para explicá-lo ou especificá-lo
Não se separa por vírgula verbo de seu complemento melhor. Vem separado dos demais termos da oração por
e) Segundo alguns psicólogos, é possível, em certas vírgula, dois-pontos ou travessão.
circunstâncias, ceder à frustração para que a raiva seja O aposto se revela na seguinte passagem: Vyacheslav W.
aliviada. (Correta) Polonski, um acadêmico da Universidade de Oxford, faz essa
pergunta na revista Newsweek.
03. Resposta: E Item III = CERTO. Na última frase do parágrafo, o pronome
a) Humberto de Campos, jornalista, critico, contista, e “que” retoma "argumentos".
memorialista nasceu, em Miritiba, hoje Humberto de Campos A finalidade do pronome relativo é evitar a repetição do
no Maranhão, em 1886, e FALECEU, no Rio de Janeiro em termo antecedente na oração em que ocorre.
1934. Item IV = CERTO. No contexto, o verbo “desaguar” está
b) O escritor Humberto de Campos, em 1933, publicou o empregado em sentido figurado.
livro que veio à ser considerado, o mais celebre de sua obra: Desaguar = Drenar, Enxugar, Lançar as águas em (falando
Memórias, crônica DO COMEÇO de sua vida. do curso dos rios).
c) Em 1912, Humberto de Campos, transferiu-se para o Rio
de Janeiro, e entrou para O Imparcial, na fase em que ali
encontrava-se um grupo de exÍmios escritores.
d) De infância pobre e orfão de pai aos seis anos; Humberto Regência verbal e nominal.
de Campos, começou a trabalhar cedo no comércio, como meio
de subsistÊncia.
REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL
04. Resposta: E
Trata-se aqui das pessoas mais velhas, que se apegam a Regência Verbal
seus hábitos passados. --> Natureza EXPLICATIVA (Oração
Subordinada Adjetiva Explicativa) A regência verbal estuda a relação que se estabelece entre
Trata-se aqui das pessoas mais velhas que se apegam a os verbos e os termos que os complementam (objetos diretos
seus hábitos passados. --> Natureza RESTRITIVA (Oração e objetos indiretos) ou caracterizam (adjuntos adverbiais).
Subordinada Adjetiva Restritiva) O estudo da regência verbal permite-nos ampliar nossa
capacidade expressiva, pois oferece oportunidade de
05. Resposta: A conhecermos as diversas significações que um verbo pode
Adjunto adverbial deslocado tradicional até três palavras, assumir com a simples mudança ou retirada de uma
vírgula opcional preposição.
Observe:
06. Resposta: D A mãe agrada o filho. -> agradar significa acariciar,
a) A vírgula não pode separar o sujeito (o bolo...) do verbo contentar.
(sumiu). Incorreta. A mãe agrada ao filho. -> agradar significa "causar agrado
b) Há vírgula entre o sujeito (ele) e o verbo (retirou). ou prazer", satisfazer.
Incorreta.
c) O ponto e vírgula está separando um aposto explicativo, Logo, conclui-se que "agradar alguém" é diferente de
quando na verdade deveria haver um sinal de dois-pontos. "agradar a alguém".
d) Essa é a vírgula que marca termo omitido (Zeugma).
Paulo pretende cursar Medicina; Márcia, Odontologia. Saiba que:
(Pretende cursar) O conhecimento do uso adequado das preposições é um
dos aspectos fundamentais do estudo da regência verbal (e
07. Resposta: B também nominal). As preposições são capazes de modificar
A alternativa A tem dois pontos que não deveriam aparecer completamente o sentido do que se está sendo dito. Veja os
na oração. exemplos:
Cheguei ao metrô.

Língua Portuguesa 39
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APOSTILAS OPÇÃO

Cheguei no metrô. pronomes pessoais do caso oblíquo de terceira pessoa que


podem atuar como objetos indiretos são o "lhe", o "lhes", para
No primeiro caso, o metrô é o lugar a que vou; no segundo substituir pessoas. Não se utilizam os pronomes o, os, a,
caso, é o meio de transporte por mim utilizado. A oração as como complementos de verbos transitivos indiretos. Com
"Cheguei no metrô", popularmente usada a fim de indicar o os objetos indiretos que não representam pessoas, usam-se
lugar a que se vai, possui, no padrão culto da língua, pronomes oblíquos tônicos de terceira pessoa (ele, ela) em
sentido diferente. Aliás, é muito comum existirem lugar dos pronomes átonos lhe, lhes.
divergências entre a regência coloquial, cotidiana de alguns Os verbos transitivos indiretos são os seguintes:
verbos, e a regência culta. a) Consistir - tem complemento introduzido pela
preposição "em".
Para estudar a regência verbal, agruparemos os verbos de A modernidade verdadeira consiste em direitos iguais para
acordo com sua transitividade. A transitividade, porém, não é todos.
um fato absoluto: um mesmo verbo pode atuar de diferentes
formas em frases distintas. b) Obedecer e Desobedecer - possuem seus complementos
introduzidos pela preposição "a".
Verbos Intransitivos Devemos obedecer aos nossos princípios e ideais.
Os verbos intransitivos não possuem complemento. É Eles desobedeceram às leis do trânsito.
importante, no entanto, destacar alguns detalhes relativos
aos adjuntos adverbiais que costumam acompanhá-los. c) Responder - tem complemento introduzido pela
a) Chegar, Ir; preposição "a". Esse verbo pede objeto indireto para indicar "a
Normalmente vêm acompanhados de adjuntos adverbiais quem" ou "ao que" se responde.
de lugar. Na língua culta, as preposições usadas para Respondi ao meu patrão.
indicar destino ou direção são: a, para. Respondemos às perguntas.
Fui ao teatro. Respondeu-lhe à altura.
Adjunto Adverbial de Lugar Obs.: o verbo responder, apesar de transitivo indireto
quando exprime aquilo a que se responde, admite voz passiva
Ricardo foi para a Espanha. analítica. Veja: O questionário foi respondido corretamente. /
Adjunto Adverbial de Lugar Todas as perguntas foram respondidas satisfatoriamente.

b) Comparecer; d) Simpatizar e Antipatizar - Possuem seus complementos


O adjunto adverbial de lugar pode ser introduzido introduzidos pela preposição "com".
por em ou a. Antipatizo com aquela apresentadora.
Comparecemos ao estádio (ou no estádio) para ver o último Simpatizo com os que condenam os políticos que governam
jogo. para uma minoria privilegiada.

Verbos Transitivos Diretos Verbos Transitivos Diretos e Indiretos


Os verbos transitivos diretos são complementados por Os verbos transitivos diretos e indiretos são
objetos diretos. Isso significa que não exigem preposição para acompanhados de um objeto direto e um indireto. Merecem
o estabelecimento da relação de regência. Ao empregar esses destaque, nesse grupo:
verbos, devemos lembrar que os pronomes oblíquos o, a, os,
as atuam como objetos diretos. Esses pronomes podem Agradecer, Perdoar e Pagar
assumir as formas lo, los, la, las (após formas verbais São verbos que apresentam objeto direto
terminadas em -r, -s ou -z) ou no, na, nos, nas (após formas relacionado a coisas e objeto indireto relacionado a pessoas.
verbais terminadas em sons nasais), enquanto lhe e lhes são, Veja os exemplos:
quando complementos verbais, objetos indiretos. Agradeço aos ouvintes a audiência.
São verbos transitivos diretos: abandonar, abençoar, Objeto Indireto Objeto Direto
aborrecer, abraçar, acompanhar, acusar, admirar, adorar,
alegrar, ameaçar, amolar, amparar, auxiliar, castigar, Cristo ensina que é preciso perdoar o pecado ao pecador.
condenar, conhecer, conservar, convidar, defender, eleger, Objeto Direto Objeto Indireto
estimar, humilhar, namorar, ouvir, prejudicar, prezar, Paguei o débito ao cobrador.
proteger, respeitar, socorrer, suportar, ver, visitar, dentre Objeto Direto Objeto Indireto
outros.
Na língua culta, esses verbos funcionam exatamente como - O uso dos pronomes oblíquos átonos deve ser feito com
o verbo amar: particular cuidado. Observe:
Amo aquele rapaz. / Amo-o. Agradeci o presente. / Agradeci-o.
Amo aquela moça. / Amo-a. Agradeço a você. / Agradeço-lhe.
Amam aquele rapaz. / Amam-no. Perdoei a ofensa. / Perdoei-a.
Ele deve amar aquela mulher. / Ele deve amá-la. Perdoei ao agressor. / Perdoei-lhe.
Paguei minhas contas. / Paguei-as.
Obs.: os pronomes lhe, lhes só acompanham esses verbos Paguei aos meus credores. / Paguei-lhes.
para indicar posse (caso em que atuam como adjuntos
adnominais). Informar
Quero beijar-lhe o rosto. (= beijar seu rosto) - Apresenta objeto direto ao se referir a coisas e objeto
Prejudicaram-lhe a carreira. (= prejudicaram sua carreira) indireto ao se referir a pessoas, ou vice-versa.
Conheço-lhe o mau humor! (= conheço seu mau humor) Informe os novos preços aos clientes.
Informe os clientes dos novos preços. (ou sobre os novos
Verbos Transitivos Indiretos preços)
Os verbos transitivos indiretos são complementados por
objetos indiretos. Isso significa que esses verbos exigem uma - Na utilização de pronomes como complementos, veja as
preposição para o estabelecimento da relação de regência. Os construções:

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APOSTILAS OPÇÃO

Informei-os aos clientes. / Informei-lhes os novos preços. O cantor não lhes agradou.
Informe-os dos novos preços. / Informe-os deles. (ou sobre
eles) Aspirar
- Aspirar é transitivo direto no sentido de sorver, inspirar
Obs.: a mesma regência do verbo informar é usada para os (o ar), inalar.
seguintes: avisar, certificar, notificar, cientificar, prevenir. Aspirava o suave aroma. (Aspirava-o)
- Aspirar é transitivo indireto no sentido de desejar, ter
Comparar como ambição.
Quando seguido de dois objetos, esse verbo admite as Aspirávamos a melhores condições de vida. (Aspirávamos a
preposições "a" ou "com" para introduzir o complemento elas)
indireto. Obs.: como o objeto direto do verbo "aspirar" não é
Comparei seu comportamento ao (ou com o) de uma pessoa, mas coisa, não se usam as formas pronominais átonas
criança. "lhe" e "lhes" e sim as formas tônicas "a ele (s)", " a ela (s)". Veja
o exemplo:
Pedir Aspiravam a uma existência melhor. (= Aspiravam a ela)
Esse verbo pede objeto direto de coisa (geralmente na
forma de oração subordinada substantiva) e indireto de Assistir
pessoa. - Assistir é transitivo direto no sentido de ajudar, prestar
Pedi-lhe favores. assistência a, auxiliar. Por Exemplo:
Objeto Indireto Objeto Direto As empresas de saúde negam-se a assistir os idosos.
As empresas de saúde negam-se a assisti-los.
Pedi-lhe que mantivesse em silêncio. - Assistir é transitivo indireto no sentido de ver,
Objeto Indireto Oração Subordinada Substantiva presenciar, estar presente, caber, pertencer.
Objetiva Direta

Exemplos:
Saiba que:
Assistimos ao documentário.
1) A construção "pedir para", muito comum na linguagem
Não assisti às últimas sessões.
cotidiana, deve ter emprego muito limitado na língua culta. No
Essa lei assiste ao inquilino.
entanto, é considerada correta quando a
Obs.: no sentido de morar, residir, o verbo "assistir" é
palavra licença estiver subentendida.
intransitivo, sendo acompanhado de adjunto adverbial de
lugar introduzido pela preposição "em".
Peço (licença) para ir entregar-lhe os catálogos em casa.
Assistimos numa conturbada cidade.
Observe que, nesse caso, a preposição "para" introduz uma
Chamar
oração subordinada adverbial final reduzida de infinitivo
- Chamar é transitivo direto no sentido de convocar,
(para ir entregar-lhe os catálogos em casa).
solicitar a atenção ou a presença de.
Por gentileza, vá chamar sua prima. / Por favor, vá chamá-
2) A construção "dizer para", também muito usada
la.
popularmente, é igualmente considerada incorreta.
Chamei você várias vezes. / Chamei-o várias vezes.
- Chamar no sentido de denominar, apelidar pode
Preferir
apresentar objeto direto e indireto, ao qual se refere
Na língua culta, esse verbo deve apresentar objeto
predicativo preposicionado ou não.
indireto introduzido pela preposição "a". Por Exemplo:
A torcida chamou o jogador mercenário.
Prefiro qualquer coisa a abrir mão de meus ideais.
A torcida chamou ao jogador mercenário.
Prefiro trem a ônibus.
A torcida chamou o jogador de mercenário.
Obs.: na língua culta, o verbo "preferir" deve ser usado
A torcida chamou ao jogador de mercenário.
sem termos intensificadores, tais como: muito, antes, mil vezes,
um milhão de vezes, mais. A ênfase já é dada pelo prefixo
Custar
existente no próprio verbo (pre).
- Custar é intransitivo no sentido de ter determinado valor
ou preço, sendo acompanhado de adjunto adverbial.
Mudança de Transitividade versus Mudança de
Frutas e verduras não deveriam custar muito.
Significado
- No sentido de ser difícil, penoso, pode ser intransitivo ou
Há verbos que, de acordo com a mudança de
transitivo indireto.
transitividade, apresentam mudança de significado. O
conhecimento das diferentes regências desses verbos é um
Muito custa viver tão longe da família.
recurso linguístico muito importante, pois além de permitir a Verbo Oração Subordinada Substantiva Subjetiva
correta interpretação de passagens escritas, oferece Intransitivo Reduzida de Infinitivo
possibilidades expressivas a quem fala ou escreve. Dentre os
principais, estão: Custa-me (a mim) crer que tomou realmente aquela
atitude.
Agradar Objeto Indireto Oração Subordinada Substantiva -
- Agradar é transitivo direto no sentido de fazer carinhos, Subjetiva Reduzida de Infinitivo
acariciar.
Sempre agrada o filho quando o revê. / Sempre o agrada Obs.: a Gramática Normativa condena as construções que
quando o revê. atribuem ao verbo "custar" um sujeito representado por
Cláudia não perde oportunidade de agradar o gato. / pessoa. Observe o exemplo abaixo:
Cláudia não perde oportunidade de agradá-lo. Custei para entender o problema.
- Agradar é transitivo indireto no sentido de causar agrado Forma correta: Custou-me entender o problema.
a, satisfazer, ser agradável a. Rege complemento introduzido
pela preposição "a". Implicar
O cantor não agradou aos presentes. - Como transitivo direto, esse verbo tem dois sentidos:

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APOSTILAS OPÇÃO

a) dar a entender, fazer supor, pressupor Substantivos


Suas atitudes implicavam um firme propósito. Admiração a, por
b) Ter como consequência, trazer como consequência, Devoção a, para, com, por
acarretar, provocar Medo a, de
Liberdade de escolha implica amadurecimento político de Aversão a, para, por
um povo. Doutor em
Obediência a
- Como transitivo direto e indireto, significa comprometer, Atentado a, contra
envolver Dúvida acerca de, em, sobre
Implicaram aquele jornalista em questões econômicas. Ojeriza a, por
Obs.: no sentido de antipatizar, ter implicância, é transitivo Bacharel em
indireto e rege com preposição "com". Horror a
Implicava com quem não trabalhasse arduamente. Proeminência sobre
Capacidade de, para
Proceder Impaciência com
- Proceder é intransitivo no sentido de ser decisivo, ter Respeito a, com, para com, por
cabimento, ter fundamento ou portar-se, comportar-se,
agir. Nessa segunda acepção, vem sempre acompanhado de Adjetivos
adjunto adverbial de modo. Acessível a
As afirmações da testemunha procediam, não havia como Diferente de
refutá-las. Necessário a
Você procede muito mal. Acostumado a, com
- Nos sentidos de ter origem, derivar-se (rege a Entendido em
preposição" de") e fazer, executar (rege complemento Nocivo a
introduzido pela preposição "a") é transitivo indireto. Afável com, para com
O avião procede de Maceió. Equivalente a
Procedeu-se aos exames. Paralelo a
O delegado procederá ao inquérito. Agradável a
Escasso de
Querer Parco em, de
- Querer é transitivo direto no sentido de desejar, ter Alheio a, de
vontade de, cobiçar. Essencial a, para
Querem melhor atendimento. Passível de
Queremos um país melhor. Análogo a
- Querer é transitivo indireto no sentido de ter afeição, Fácil de
estimar, amar. Preferível a
Quero muito aos meus amigos. Ansioso de, para, por
Ele quer bem à linda menina. Fanático por
Despede-se o filho que muito lhe quer. Prejudicial a
Apto a, para
Visar Favorável a
- Como transitivo direto, apresenta os sentidos de mirar, Prestes a
fazer pontaria e de pôr visto, rubricar. Ávido de
O homem visou o alvo. Generoso com
O gerente não quis visar o cheque. Propício a
- No sentido de ter em vista, ter como meta, ter como Benéfico a
objetivo, é transitivo indireto e rege a preposição "a". Grato a, por
O ensino deve sempre visar ao progresso social. Próximo a
Prometeram tomar medidas que visassem ao bem-estar Capaz de, para
público. Hábil em
Relacionado com
Regência Nominal Compatível com
Habituado a
É o nome da relação existente entre Relativo a
um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio) e os termos Contemporâneo a, de
regidos por esse nome. Essa relação é sempre intermediada Idêntico a
por uma preposição. No estudo da regência nominal, é preciso Satisfeito com, de, em, por
levar em conta que vários nomes apresentam exatamente o Contíguo a
mesmo regime dos verbos de que derivam. Conhecer o regime Impróprio para
de um verbo significa, nesses casos, conhecer o regime dos Semelhante a
nomes cognatos. Observe o exemplo: Verbo obedecer e os Contrário a
nomes correspondentes: todos regem complementos Indeciso em
introduzidos pela preposição "a". Veja: Sensível a
Obedecer a algo/ a alguém. Curioso de, por
Obediente a algo/ a alguém. Insensível a
Sito em
Apresentamos a seguir vários nomes acompanhados da Descontente com
preposição ou preposições que os regem. Observe-os Liberal com
atentamente e procure, sempre que possível, associar esses Suspeito de
nomes entre si ou a algum verbo cuja regência você conhece. Desejoso de

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APOSTILAS OPÇÃO

Natural de 05. Leia a tira a seguir.


Vazio de

Advérbios
- Longe de;
- Perto de.

Obs.: os advérbios terminados em -mente tendem a seguir


o regime dos adjetivos de que são formados: paralela à;
paralelamente a; relativa a; relativamente a.16

Questões

01. (Administrador - FCC)


... a que ponto a astronomia facilitou a obra das outras
ciências ...
O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o
grifado acima está empregado em:
(A) ...astros que ficam tão distantes...
(B) ...que a astronomia é uma das ciências...
(C) ...que nos proporcionou um espírito... Considerando as regras de regência da norma-padrão da
(D) ...cuja importância ninguém ignora... língua portuguesa, a frase do primeiro quadrinho está
(E) ...onde seu corpo não passa de um ponto obscuro... corretamente reescrita, e sem alteração de sentido, em:
(A) Ter amigos ajuda contra o combate pela depressão.
02. (Agente de Apoio Administrativo - FCC) (B) Ter amigos ajuda o combate sob a depressão.
...pediu ao delegado do bairro que desse um jeito nos filhos (C) Ter amigos ajuda do combate com a depressão.
do sueco. (D) Ter amigos ajuda ao combate na depressão.
O verbo que exige, no contexto, o mesmo tipo de (E) Ter amigos ajuda no combate à depressão.
complementos que o grifado acima está empregado em:
(A) ...que existe uma coisa chamada EXÉRCITO... 06. (Escrevente TJ SP - VUNESP) Assinale a alternativa
(B) ...como se isso aqui fosse casa da sogra? em que o período, adaptado da revista Pesquisa Fapesp de
(C) ...compareceu em companhia da mulher à delegacia... junho de 2012, está correto quanto à regência nominal e à
(D) Eu ensino o senhor a cumprir a lei, ali no duro... pontuação.
(E) O delegado apenas olhou-a espantado com o (A) Não há dúvida que as mulheres ampliam, rapidamente,
atrevimento. seu espaço na carreira científica ainda que o avanço seja mais
notável em alguns países, o Brasil é um exemplo, do que em
03. (Agente de Defensoria Pública - FCC) outros.
... constava simplesmente de uma vareta quebrada em partes (B) Não há dúvida de que, as mulheres, ampliam
desiguais... rapidamente seu espaço na carreira científica; ainda que o
O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o avanço seja mais notável, em alguns países, o Brasil é um
grifado acima está empregado em: exemplo!, do que em outros.
(A) Em campos extensos, chegavam em alguns casos a (C) Não há dúvida de que as mulheres, ampliam
extremos de sutileza. rapidamente seu espaço, na carreira científica, ainda que o
(B) ...eram comumente assinalados a golpes de machado nos avanço seja mais notável, em alguns países: o Brasil é um
troncos mais robustos. exemplo, do que em outros.
(C) Os toscos desenhos e os nomes estropiados desorientam, (D) Não há dúvida de que as mulheres ampliam
não raro, quem... rapidamente seu espaço na carreira científica, ainda que o
(D) Koch-Grünberg viu uma dessas marcas de caminho na avanço seja mais notável em alguns países - o Brasil é um
serra de Tunuí... exemplo - do que em outros.
(E) ...em que tão bem se revelam suas afinidades com o (E) Não há dúvida que as mulheres ampliam rapidamente,
gentio, mestre e colaborador... seu espaço na carreira científica, ainda que, o avanço seja mais
notável em alguns países (o Brasil é um exemplo) do que em
04. (Agente Técnico - FCC) outros.
... para lidar com as múltiplas vertentes da justiça...
O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o da 07. (Papiloscopista Policial - VUNESP) Assinale a
frase acima se encontra em: alternativa correta quanto à regência dos termos em destaque.
(A) A palavra direito, em português, vem de directum, do (A) Ele tentava convencer duas senhoras a assumir a
verbo latino dirigere... responsabilidade pelo problema.
(B) ...o Direito tem uma complexa função de gestão das (B) A menina tinha o receio a levar uma bronca por ter se
sociedades... perdido.
(C) ...o de que o Direito [...] esteja permeado e regulado pela (C) A garota tinha apenas a lembrança pelo desenho de
justiça. um índio na porta do prédio.
(D) Essa problematicidade não afasta a força das aspirações (D) A menina não tinha orgulho sob o fato de ter se
da justiça... perdido de sua família.
(E) Na dinâmica dessa tensão tem papel relevante o (E) A família toda se organizou para realizar a procura à
sentimento de justiça. garotinha.

16 www.soportugues.com.br/secoes/sint/sint61.php

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APOSTILAS OPÇÃO

08. (Analista de Sistemas - VUNESP) Assinale a 2- Substantivos de gêneros diferentes: vai para o
alternativa que completa, correta e respectivamente, as plural masculino ou concorda com o substantivo mais
lacunas do texto, de acordo com as regras de regência. próximo.
Os estudos _______ quais a pesquisadora se reportou já Ela tem pai e mãe louros. / Ela tem pai e mãe loura.
assinalavam uma relação entre os distúrbios da imagem
corporal e a exposição a imagens idealizadas pela mídia. 3- Adjetivo funciona como predicativo: vai
A pesquisa faz um alerta ______ influência negativa que a obrigatoriamente para o plural.
mídia pode exercer sobre os jovens. O homem e o menino estavam perdidos. / O homem e sua
(A) dos … na esposa estiveram hospedados aqui.
(B) nos … entre a
(C) aos … para a b) Um adjetivo anteposto a vários substantivos
(D) sobre os … pela 1- Adjetivo anteposto normalmente concorda com o mais
(E) pelos … sob a próximo.
Comi delicioso almoço e sobremesa. / Provei deliciosa fruta
09. (Analista em Planejamento, Orçamento e Finanças e suco.
Públicas - VUNESP) Considerando a norma-padrão da língua, 2- Adjetivo anteposto funcionando como predicativo:
assinale a alternativa em que os trechos destacados estão concorda com o mais próximo ou vai para o plural.
corretos quanto à regência, verbal ou nominal. Estavam feridos o pai e os filhos. / Estava ferido o pai e os
(A) O prédio que o taxista mostrou dispunha de mais de filhos.
dez mil tomadas.
(B) O autor fez conjecturas sob a possibilidade de haver c) Um substantivo e mais de um adjetivo
um homem que estaria ouvindo as notas de um oboé. 1- antecede todos os adjetivos com um artigo. Falava
(C) Centenas de trabalhadores estão empenhados de criar fluentemente a língua inglesa e a espanhola.
logotipos e negociar. 2- coloca o substantivo no plural. Falava fluentemente as
(D) O taxista levou o autor a indagar no número de línguas inglesa e espanhola.
tomadas do edifício.
(E) A corrida com o taxista possibilitou que o autor d) Pronomes de tratamento
reparasse a um prédio na marginal. Sempre concordam com a 3ª pessoa. Vossa Santidade
esteve no Brasil.
10. (Assistente de Informática II - VUNESP) Assinale a
alternativa que substitui a expressão destacada na frase, e) Anexo, incluso, próprio, obrigado
conforme as regras de regência da norma-padrão da língua e Concordam com o substantivo a que se referem.
sem alteração de sentido. As cartas estão anexas. / A bebida está inclusa.
Muitas organizações lutaram a favor da igualdade de
direitos dos trabalhadores domésticos. f) Um(a) e outro(a), num(a) e noutro(a)
(A) da Após essas expressões o substantivo fica sempre no
(B) na singular e o adjetivo no plural.
(C) pela Renato advogou um e outro caso fáceis. / Pusemos numa e
(D) sob a noutra bandeja rasas o peixe.
E) sobre a
g) É bom, é necessario, é proibido
Respostas Essas expressões não variam se o sujeito não vier
1.D / 2.D / 3.A / 4.A / 5.E / 6.D / 7.A / 8.C / 9.A / 10.C precedido de artigo ou outro determinante.
É necessário sua presença. / É necessária a sua presença.
É proibido entrada de pessoas não autorizadas. / A entrada
Concordância verbal e é proibida.
nominal.
h) Muito, pouco, caro
1- Como adjetivos: seguem a regra geral.
CONCORDÂNCIA NOMINAL Comi muitas frutas durante a viagem. / Pouco arroz é
suficiente para mim.
Concordância nominal é que o ajuste que fazemos aos
demais termos da oração para que concordem em gênero e 2- Como advérbios: são invariáveis.
número com o substantivo. Teremos que alterar, portanto, o Comi muito durante a viagem. / Pouco lutei, por isso perdi
artigo, o adjetivo, o numeral e o pronome. Além disso, temos a batalha.
também o verbo, que se flexionará à sua maneira.
i) Mesmo, bastante
Regra geral: o artigo, o adjetivo, o numeral e o pronome 1- Como advérbios: invariáveis
concordam em gênero e número com o substantivo. Preciso mesmo da sua ajuda.
A pequena criança é uma gracinha. / O garoto que encontrei Fiquei bastante contente com a proposta de emprego.
era muito gentil e simpático.
2- Como pronomes: seguem a regra geral.
Casos especiais: veremos alguns casos que fogem à regra Seus argumentos foram bastantes para me convencer.
geral mostrada acima. Os mesmos argumentos que eu usei, você copiou.

a) Um adjetivo após vários substantivos j) Menos, alerta


1- Substantivos de mesmo gênero: adjetivo vai para o Em todas as ocasiões são invariáveis.
plural ou concorda com o substantivo mais próximo. Preciso de menos comida para perder peso. / Estamos alerta
Irmão e primo recém-chegado estiveram aqui. / Irmão para com suas chamadas.
e primo recém-chegados estiveram aqui.

Língua Portuguesa 44
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APOSTILAS OPÇÃO

k) Tal Qual (B) Quero que todos fiquem ____. (alerta/ alertas)
“Tal” concorda com o antecedente, “qual” concorda com o (C) Houve ____ razões para eu não voltar lá. (bastante/
consequente. bastantes)
As garotas são vaidosas tais qual a tia. / Os pais vieram (D) Encontrei ____ a sala e os quartos. (vazia/vazios)
fantasiados tais quais os filhos. (E) A dona do imóvel ficou ____ desiludida com o inquilino.
(meio/ meia)
l) Possível
Quando vem acompanhado de “mais”, “menos”, “melhor” ou 05. Quanto à concordância nominal, verifica-se ERRO em:
“pior”, acompanha o artigo que precede as expressões. (A) O texto fala de uma época e de um assunto polêmicos.
A mais possível das alternativas é a que você expôs. (B) Tornou-se clara para o leitor a posição do autor sobre
Os melhores cargos possíveis estão neste setor da empresa. o assunto.
As piores situações possíveis são encontradas nas favelas da (C) Constata-se hoje a existência de homem, mulher e
cidade. criança viciadas.
(D) Não será permitido visita de amigos, apenas a de
m) Meio parentes.
1- Como advérbio: invariável.
Estou meio (um pouco) insegura. Respostas
01.D / 02.D / 03.B / 04. a) necessária b) alerta c)
2- Como numeral: segue a regra geral. bastantes d) vazia e) meio / 05. C
Comi meia (metade) laranja pela manhã.
CONCORDÂNCIA VERBAL
n) Só
1- apenas, somente (advérbio): invariável. Ao falarmos sobre a concordância verbal, estamos nos
Só consegui comprar uma passagem. referindo à relação de dependência estabelecida entre um
termo e outro mediante um contexto oracional.
2- sozinho (adjetivo): variável.
Estiveram sós durante horas. Casos Referentes a Sujeito Simples
1) Sujeito simples, o verbo concorda com o núcleo em
Questões número e pessoa: O aluno chegou atrasado.

01. Indique o uso INCORRETO da concordância verbal ou 2) O verbo concorda no singular com o sujeito coletivo do
nominal: singular, o verbo permanece na terceira pessoa do
(A) Será descontada em folha sua contribuição sindical. singular: A multidão, apavorada, saiu aos gritos.
(B) Na última reunião, ficou acordado que se realizariam Observação: no caso de o coletivo aparecer seguido de
encontros semanais com os diversos interessados no assunto. adjunto adnominal no plural, o verbo permanecerá no singular
(C) Alguma solução é necessária, e logo! ou poderá ir para o plural: Uma multidão de pessoas saiu aos
(D) Embora tenha ficado demonstrado cabalmente a gritos. / Uma multidão de pessoas saíram aos gritos.
ocorrência de simulação na transferência do imóvel, o pedido
não pode prosperar. 3) Quando o sujeito é representado por expressões
(E) A liberdade comercial da colônia, somada ao fato de D. partitivas, representadas por “a maioria de, a maior parte de, a
João VI ter também elevado sua colônia americana à condição metade de, uma porção de, entre outras”, o verbo tanto pode
de Reino Unido a Portugal e Algarves, possibilitou ao Brasil concordar com o núcleo dessas expressões quanto com o
obter certa autonomia econômica. substantivo que a segue: A maioria dos alunos resolveu ficar.
/ A maioria dos alunos resolveram ficar.
02. Aponte a alternativa em que NÃO ocorre silepse (de
gênero, número ou pessoa): 4) No caso de o sujeito ser representado por expressões
(A) “A gente é feito daquele tipo de talento capaz de fazer aproximativas, representadas por “cerca de, perto de”, o verbo
a diferença.” concorda com o substantivo determinado por elas: Cerca de
(B) Todos sabemos que a solução não é fácil. vinte candidatos se inscreveram no concurso de piadas.
(C) Essa gente trabalhadora merecia mais, pois acordam às
cinco horas para chegar ao trabalho às oito da manhã. 5) Em casos em que o sujeito é representado pela
(D) Todos os brasileiros sabem que esse problema vem de expressão “mais de um”, o verbo permanece no singular: Mais
longe... de um candidato se inscreveu no concurso de piadas.
(E) Senhor diretor, espero que Vossa Senhoria seja mais Observação: no caso da referida expressão aparecer
compreensivo. repetida ou associada a um verbo que exprime reciprocidade,
o verbo, necessariamente, deverá permanecer no plural: Mais
03. A concordância nominal está INCORRETA em: de um aluno, mais de um professor contribuíram na campanha
(A) A mídia julgou desnecessária a campanha e o de doação de alimentos. / Mais de um formando se
envolvimento da empresa. abraçaram durante as solenidades de formatura.
(B) A mídia julgou a campanha e a atuação da empresa
desnecessária. 6) O sujeito for composto da expressão “um dos que”, o
(C) A mídia julgou desnecessário o envolvimento da verbo permanecerá no plural: Paulo é um dos que mais
empresa e a campanha. trabalhar.
(D) A mídia julgou a campanha e a atuação da empresa
desnecessárias. 7) Quanto aos relativos à concordância com locuções
pronominais, representadas por “algum de nós, qual de vós,
04. Complete os espaços com um dos nomes colocados nos quais de vós, alguns de nós”, entre outras, faz-se necessário
parênteses. nos atermos a duas questões básicas:
(A) Será que é ____ essa confusão toda? (necessário/ - No caso de o primeiro pronome estar expresso no plural,
necessária) o verbo poderá com ele concordar, como poderá também

Língua Portuguesa 45
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APOSTILAS OPÇÃO

concordar com o pronome pessoal: Alguns 4) Nos casos relacionados a sujeito simples, porém com
de nós o receberemos. / Alguns de nós o receberão. mais de um núcleo, o verbo deverá permanecer no singular:
- Quando o primeiro pronome da locução estiver expresso Meu esposo e grande companheiro merece toda a felicidade do
no singular, o verbo também permanecerá no singular: Algum mundo.
de nós o receberá.
5) Casos relativos a sujeito composto de palavras
8) No caso de o sujeito aparecer representado pelo sinônimas ou ordenado por elementos em gradação, o verbo
pronome “quem”, o verbo permanecerá na terceira pessoa do poderá permanecer no singular ou ir para o plural: Minha
singular ou poderá concordar com o antecedente desse vitória, minha conquista, minha premiação são frutos de meu
pronome: Fomos nós quem contou toda a verdade para ela. / esforço. / Minha vitória, minha conquista, minha premiação é
Fomos nós quem contamos toda a verdade para ela. fruto de meu esforço.

9) Em casos nos quais o sujeito aparece realçado pela Questões


palavra “que”, o verbo deverá concordar com o termo que
antecede essa palavra: Nesta empresa somos nós 01. A concordância realizou-se adequadamente em qual
que tomamos as decisões. / Em casa sou eu que decido tudo. alternativa?
(A) Os Estados Unidos é considerado, hoje, a maior
10) No caso de o sujeito aparecer representado por potência econômica do planeta, mas há quem aposte que a
expressões que indicam porcentagens, o verbo concordará China, em breve, o ultrapassará.
com o numeral ou com o substantivo a que se refere essa (B) Em razão das fortes chuvas haverão muitos candidatos
porcentagem: 50% dos funcionários aprovaram a decisão da que chegarão atrasados, tenho certeza disso.
diretoria. / 50% do eleitorado apoiou a decisão. (C) Naquela barraca vendem-se tapiocas fresquinhas, pode
Observações: comê-las sem receio!
- Caso o verbo aparecer anteposto à expressão de (D) A multidão gritaram quando a cantora apareceu na
porcentagem, esse deverá concordar com o numeral: janela do hotel!
Aprovaram a decisão da diretoria 50% dos funcionários.
- Em casos relativos a 1%, o verbo permanecerá no 02. Uma pergunta
singular: 1% dos funcionários não aprovou a decisão da
diretoria. Frequentemente cabe aos detentores de cargos de
- Em casos em que o numeral estiver acompanhado de responsabilidade tomar decisões difíceis, de graves
determinantes no plural, o verbo permanecerá no plural: Os consequências. Haveria algum critério básico, essencial, para
50% dos funcionários apoiaram a decisão da diretoria. amparar tais escolhas? Antonio Gramsci, notável pensador e
político italiano, propôs que se pergunte, antes de tomar a
11) Quando o sujeito estiver representado por pronomes decisão: - Quem sofrerá?
de tratamento, o verbo deverá ser empregado na terceira Para um humanista, a dor humana é sempre prioridade a
pessoa do singular ou do plural: Vossas se considerar.
Majestades gostaram das homenagens. Vossas Excelência agiu (Salvador Nicola, inédito)
com inteligência.
O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se no
12) Casos relativos a sujeito representado por substantivo singular para preencher adequadamente a lacuna da frase:
próprio no plural se encontram relacionados a alguns aspectos (A) A nenhuma de nossas escolhas ...... (poder) deixar de
que os determinam: corresponder nossos valores éticos mais rigorosos.
- Diante de nomes de obras no plural, seguidos do verbo (B) Não se ...... (poupar) os que governam de refletir sobre
ser, este permanece no singular, contanto que o predicativo o peso de suas mais graves decisões.
também esteja no singular: Memórias póstumas de Brás (C) Aos governantes mais responsáveis não ...... (ocorrer)
Cubas é uma criação de Machado de Assis. tomar decisões sem medir suas consequências.
- Nos casos de artigo expresso no plural, o verbo também (D) A toda decisão tomada precipitadamente ......
permanece no plural: Os Estados Unidos são uma potência (costumar) sobrevir consequências imprevistas e injustas.
mundial. (E) Diante de uma escolha, ...... (ganhar) prioridade,
- Casos em que o artigo figura no singular ou em que ele recomenda Gramsci, os critérios que levam em conta a dor
nem aparece, o verbo permanece no singular: Estados Unidos humana.
é uma potência mundial.
03. Em um belo artigo, o físico Marcelo Gleiser, analisando
Casos Referentes a Sujeito Composto a constatação do satélite Kepler de que existem muitos
1) Nos casos relativos a sujeito composto de pessoas planetas com características físicas semelhantes ao nosso,
gramaticais diferentes, o verbo deverá ir para o plural, estando reafirmou sua fé na hipótese da Terra rara, isto é, a tese de que
relacionado a dois pressupostos básicos: a vida complexa (animal) é um fenômeno não tão comum no
- Quando houver a 1ª pessoa, esta prevalecerá sobre as Universo.
demais: Eu, tu e ele faremos um lindo passeio. Gleiser retoma as ideias de Peter Ward expostas de modo
- Quando houver a 2ª pessoa, o verbo poderá flexionar na persuasivo em “Terra Rara”. Ali, o autor sugere que a vida
2ª ou na 3ª pessoa: Tu e ele sois primos. / Tu e ele são primos. microbiana deve ser um fenômeno trivial, podendo pipocar até
em mundos inóspitos; já o surgimento de vida multicelular na
2) Nos casos em que o sujeito composto aparecer Terra dependeu de muitas outras variáveis físicas e históricas,
anteposto (antes) ao verbo, este permanecerá no plural: O pai o que, se não permite estimar o número de civilizações extra
e seus dois filhos compareceram ao evento. terráqueas, ao menos faz com que reduzamos nossas
expectativas.
3) No caso em que o sujeito aparecer posposto (depois) ao Uma questão análoga só arranhada por Ward é a da
verbo, este poderá concordar com o núcleo mais próximo ou inexorabilidade da inteligência. A evolução de organismos
permanecer no plural: Compareceram ao evento o pai e seus complexos leva necessariamente à consciência e à
dois filhos. Compareceu ao evento o pai e seus dois filhos. inteligência?

Língua Portuguesa 46
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APOSTILAS OPÇÃO

Robert Wright diz que sim, mas seu argumento é mais 3. Mesóclise: pronome no meio do verbo.
matemático do que biológico: complexidade engendra
complexidade, levando a uma corrida armamentista entre Próclise
espécies cujo subproduto é a inteligência. A próclise é aplicada antes do verbo quando temos:
Stephen J. Gould e Steven Pinker apostam que não. Para - Palavras com sentido negativo: Nada me faz querer sair
eles, é apenas devido a uma sucessão de pré-adaptações e dessa cama. / Não se trata de nenhuma novidade.
coincidências que alguns animais transformaram a capacidade
de resolver problemas em estratégia de sobrevivência. Se - Advérbios: Nesta casa se fala alemão. / Naquele dia me
rebobinássemos o filme da evolução e reencenássemos o falaram que a professora não veio.
processo mudando alguns detalhes do início, seriam grandes
as chances de não chegarmos a nada parecido com a - Pronomes relativos: A aluna que me mostrou a tarefa não
inteligência. veio hoje. / Não vou deixar de estudar os conteúdos que me
falaram.
(Hélio Schwartsman. Folha de S. Paulo, 2012.)

- Pronomes indefinidos: Quem me disse isso? / Todos se


A frase em que as regras de concordância estão
comoveram durante o discurso de despedida.
plenamente respeitadas é:
(A) Podem haver estudos que comprovem que, no passado,
- Pronomes demonstrativos: Isso me deixa muito feliz! /
as formas mais complexas de vida - cujo habitat eram oceanos
Aquilo me incentivou a mudar de atitude!
ricos em nutrientes - se alimentavam por osmose.
(B) Cada um dos organismos simples que vivem na
- Preposição seguida de gerúndio: Em se tratando de
natureza sobrevivem de forma quase automática, sem se
qualidade, o Brasil Escola é o site mais indicado à pesquisa
valerem de criatividade e planejamento.
escolar.
(C) Desde que observe cuidados básicos, como obter
energia por meio de alimentos, os organismos simples podem
- Conjunção subordinativa: Vamos estabelecer critérios,
preservar a vida ao longo do tempo com relativa facilidade.
conforme lhe avisaram.
(D) Alguns animais tem de se adaptar a um ambiente cheio
de dificuldades para obter a energia necessária a sua
Ênclise
sobrevivência e nesse processo expõe- se a inúmeras ameaças.
A ênclise é empregada depois do verbo. A norma culta não
(E) A maioria dos organismos mais complexos possui um
aceita orações iniciadas com pronomes oblíquos átonos. A
sistema nervoso muito desenvolvido, capaz de se adaptar a
ênclise vai acontecer quando:
mudanças ambientais, como alterações na temperatura.
- O verbo estiver no imperativo afirmativo: Amem-se uns
04. De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa,
aos outros. / Sigam-me e não terão derrotas.
a concordância verbal está correta em:
(A) Ela não pode usar o celular e chamar um taxista, pois
- O verbo iniciar a oração: Diga-lhe que está tudo bem. /
acabou os créditos.
Chamaram-me para ser sócio.
(B) Esta empresa mantêm contato com uma rede de táxis
que executa diversos serviços para os clientes.
- O verbo estiver no infinitivo impessoal regido da
(C) À porta do aeroporto, havia muitos táxis disponíveis
preposição “a”: Naquele instante os dois passaram a odiar-se.
para os passageiros que chegavam à cidade.
/ Passaram a cumprimentar-se mutuamente.
(D) Passou anos, mas a atriz não se esqueceu das calorosas
lembranças que seu tio lhe deixou.
- O verbo estiver no gerúndio: Não quis saber o que
(E) Deve existir passageiros que aproveitam a corrida de
aconteceu, fazendo-se de despreocupada. Despediu-se,
táxi para bater um papo com o motorista.
beijando-me a face.
Respostas
- Houver vírgula ou pausa antes do verbo: Se passar no
01.C / 02.C / 03.E / 04.C
vestibular em outra cidade, mudo-me no mesmo instante. / Se
não tiver outro jeito, alisto-me nas forças armadas.

Colocação pronominal. Mesóclise


A mesóclise acontece quando o verbo está flexionado no
futuro do presente ou no futuro do pretérito:
A prova realizar-se-á neste domingo pela manhã. (= ela se
COLOCAÇÃO DOS PRONOMES OBLÍQUOS realizará).
ÁTONOS Far-lhe-ei uma proposta irrecusável. (= eu farei uma
proposta a você).
De acordo com as autoras Rose Jordão e Clenir Bellezi 17, a
colocação pronominal é a posição que os pronomes pessoais Questões
oblíquos átonos ocupam na frase em relação ao verbo a que se
referem. 01. Considerada a norma culta escrita, há correta
São pronomes oblíquos átonos: me, te, se, o, os, a, as, lhe, substituição de estrutura nominal por pronome em:
lhes, nos e vos. (A) Agradeço antecipadamente sua Resposta // Agradeço-
O pronome oblíquo átono pode assumir três posições na lhes antecipadamente.
oração em relação ao verbo: (B) do verbo fabricar se extraiu o substantivo fábrica. // do
1. Próclise: pronome antes do verbo; verbo fabricar se extraiu-lhe.
2. Ênclise: pronome depois do verbo; (C) não faltam lexicógrafos // não faltam-os.

17http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf42.php
http://www.brasilescola.com/gramatica/colocacao-pronominal.htm

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APOSTILAS OPÇÃO

(D) Gostaria de conhecer suas considerações // Gostaria verificar a ocorrência simultânea de uma preposição e um
de conhecê-las. artigo ou pronome.18 Observe:
(E) incluindo a palavra ‘aguardo’ // incluindo ela. Vou a + a igreja.
Vou à igreja.
02. Caso fosse necessário substituir o termo destacado em
“Basta apresentar um documento” por um pronome, de acordo No exemplo acima, temos a ocorrência da preposição “a”,
com a norma-padrão, a nova redação deveria ser exigida pelo verbo ir (ir a algum lugar) e a ocorrência do artigo
(A) Basta apresenta-lo. “a” que está determinando o substantivo feminino igreja.
(B) Basta apresentar-lhe. Quando ocorre esse encontro das duas vogais e elas se unem,
(C) Basta apresenta-lhe. a união delas é indicada pelo acento grave. Observe outros
(D) Basta apresentá-la. exemplos:
(E) Basta apresentá-lo. Conheço a aluna.
Refiro-me à aluna.
03. Em qual período, o pronome átono que substitui o
sintagma em destaque tem sua colocação de acordo com a No primeiro exemplo, o verbo é transitivo direto (conhecer
norma-padrão? algo ou alguém), logo não exige preposição e a crase não pode
(A) O porteiro não conhecia o portador do embrulho – ocorrer. No segundo exemplo, o verbo é transitivo indireto
conhecia-o (referir-se a algo ou a alguém) e exige a preposição “a”.
(B) Meu pai tinha encontrado um marinheiro na praça Portanto, a crase é possível, desde que o termo seguinte seja
Mauá – tinha encontrado-o. feminino e admita o artigo feminino “a” ou um dos pronomes
(C) As pessoas relatarão as suas histórias para o registro já especificados.
no Museu – relatá-las-ão.
(D) Quem explicou às crianças as histórias de seus Casos em que a crase NÃO ocorre
antepassados? – explicou-lhes.
(E) Vinham perguntando às pessoas se aceitavam a ideia 1) Diante de substantivos masculinos:
de um museu virtual – Lhes vinham perguntando. Andamos a cavalo.
Fomos a pé.
04. De acordo com a norma-padrão e as questões
gramaticais que envolvem o trecho “Frustrei-me por não ver o 2) Diante de verbos no infinitivo:
Escola”, é correto afirmar que A criança começou a falar.
(A) “me” poderia ser deslocado para antes do verbo que Ela não tem nada a dizer.
acompanha.
(B) “me” deveria obrigatoriamente ser deslocado para Obs.: como os verbos não admitem artigos, o “a” dos
antes do verbo que acompanha. exemplos acima é apenas preposição, logo não ocorrerá crase.
(C) a enclise em “Frustrei-me” e facultativa.
(D) a inclusao do adverbio Nao, no inıcio da oraçao 3) Diante da maioria dos pronomes e das expressões de
“Frustrei-me”, tornaria a proclise obrigatoria. tratamento, com exceção das formas senhora, senhorita e
(E) a enclise em “Frustrei-me” e obrigatoria. dona:
Diga a ela que não estarei em casa amanhã.
05. A substituição do elemento grifado pelo pronome Entreguei a todos os documentos necessários.
correspondente foi realizada de modo INCORRETO em: Ele fez referência a Vossa Excelência no discurso de ontem.
(A) que permitiu à civilização = que lhe permitiu
(B) envolveu diferentes fatores = envolveu-os Os poucos casos em que ocorre crase diante dos pronomes
(C) para fazer a dragagem = para fazê-la podem ser identificados pelo método: troque a palavra
(D) que desviava a água = que lhe desviava feminina por uma masculina, caso na nova construção surgir a
(E) supriam a necessidade = supriam-na forma ao, ocorrerá crase. Por exemplo:
Refiro-me à mesma pessoa.
Respostas (Refiro-me ao mesmo indivíduo.)
Informei o ocorrido à senhora.
01.D/02.E/03.C/04.D/05.D (Informei o ocorrido ao senhor.)
Peça à própria Cláudia para sair mais cedo.
(Peça ao próprio Cláudio para sair mais cedo.)
Uso de crase. 4) Diante de numerais cardinais:
Chegou a duzentos o número de feridos
Daqui a uma semana começa o campeonato.
CRASE
Casos em que a crase SEMPRE ocorre
É de grande importância a crase da preposição “a” com o
artigo feminino “a” (s), com o “a” inicial dos pronomes 1) Diante de palavras femininas:
aquele(s), aquela (s), aquilo e com o “a” do relativo a qual (as Amanhã iremos à festa de aniversário de minha colega.
quais). Sempre vamos à praia no verão.
Na escrita, utilizamos o acento grave ( ` ) para indicar a Ela disse à irmã o que havia escutado pelos corredores.
crase. O uso apropriado do acento grave depende da
compreensão da fusão das duas vogais. É fundamental 2) Diante da palavra “moda”, com o sentido de “à moda de”
também, para o entendimento da crase, dominar a regência (mesmo que a expressão moda de fique subentendida:
dos verbos e nomes que exigem a preposição “a”. O jogador fez um gol à (moda de) Pelé.
Aprender a usar a crase, portanto, consiste em aprender a Usava sapatos à (moda de) Luís XV.

18 www.soportugues.com.br/secoes/sint/sint76.php

Língua Portuguesa 48
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APOSTILAS OPÇÃO

O menino resolveu vestir-se à (moda de) Fidel Castro. O verbo “alugar” é transitivo direto (alugar algo) e não
exige preposição. Logo, a crase não ocorre nesse caso.
3) Na indicação de horas:
Acordei às sete horas da manhã. Crase com os Pronomes Relativos (A Qual, As Quais)
Elas chegaram às dez horas. A ocorrência da crase com os pronomes relativos a qual e
Foram dormir à meia-noite. as quais depende do verbo. Se o verbo que rege esses
pronomes exigir a preposição a, haverá crase.
4) Em locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas de É possível detectar a ocorrência da crase nesses casos
que participam palavras femininas. Por exemplo: utilizando a substituição do termo regido feminino por um
termo regido masculino. Por exemplo:
à tarde às ocultas às pressas à medida que
A igreja à qual me refiro fica no centro da cidade.
à noite às claras às escondidas à força O monumento ao qual me refiro fica no centro da cidade
à vontade à beça à larga à escuta
Caso surja a forma ao com a troca do termo, ocorrerá a
às avessas à revelia à exceção de à imitação de crase. Veja outros exemplos:
São normas às quais todos os alunos devem obedecer.
à esquerda às turras às vezes à chave Esta foi a conclusão à qual ele chegou.

à direita à procura à deriva à toa Crase com o Pronome Demonstrativo (a)


A ocorrência da crase com o pronome demonstrativo “a”
à luz à sombra de à frente de à proporção que
também pode ser detectada através da substituição do termo
à semelhança de às ordens à beira de regente feminino por um termo regido masculino. Veja:
Minha revolta é ligada à do meu país.
Meu luto é ligado ao do meu país.
Crase diante de Nomes de Lugar As orações são semelhantes às de antes.
Os exemplos são semelhantes aos de antes.
Alguns nomes de lugar não admitem a anteposição do
artigo “a”. Outros, entretanto, admitem o artigo de modo que Crase com a Palavra Distância
diante deles haverá crase, desde que o termo regente exija a - Se a palavra distância estiver especificada ou
preposição “a”. Para saber se um nome de lugar admite ou não determinada, a crase deve ocorrer. Por exemplo:
a anteposição do artigo feminino “a”, deve-se substituir o Sua casa fica à distância de 100 Km daqui. (A palavra está
termo regente por um verbo que peça a preposição “de” ou determinada)
“em”. A ocorrência da contração “da” ou “na” prova que esse Todos devem ficar à distância de 50 metros do palco. (A
nome de lugar aceita o artigo e, por isso, haverá crase. Por palavra está especificada.)
exemplo:
- Se a palavra distância não estiver especificada, a crase
Vou à França. (Vim da[ de+a] França. Estou na[ em+a] não pode ocorrer. Por exemplo:
França.) Os militares ficaram a distância.
Cheguei à Grécia. (Vim da Grécia. Estou na Grécia.) Gostava de fotografar a distância.
Retornarei à Itália. (Vim da Itália. Estou na Itália) Ensinou a distância.
Vou a Porto Alegre. (Vim de Porto Alegre. Estou em Porto
Alegre.) Observação: por motivo de clareza, para evitar
ambiguidade, pode-se usar a crase. Veja:
- Minha dica: use a regrinha “Vou A volto DA, crase HÁ; vou Gostava de fotografar à distância.
A volto DE, crase PRA QUÊ?” Ensinou à distância.
Ex.: Vou a Campinas. = Volto de Campinas. Dizem que aquele médico cura à distância.
Vou à praia. = Volto da praia.
Casos em que a ocorrência da crase é FACULTATIVA
- ATENÇÃO: quando o nome de lugar estiver especificado,
ocorrerá crase. Veja: 1) Diante de nomes próprios femininos: é facultativo o uso
Retornarei à São Paulo dos bandeirantes. = mesmo que, da crase porque é facultativo o uso do artigo. Observe:
pela regrinha acima, seja a do “VOLTO DE”. Paula é muito bonita; ou A Paula é muito bonita.
Laura é minha amiga; ou A Laura é minha amiga.
Crase diante dos Pronomes Demonstrativos (Aquele (s),
Aquela (s), Aquilo) Como podemos constatar, é facultativo o uso do artigo
Haverá crase diante desses pronomes sempre que o termo feminino diante de nomes próprios femininos, então podemos
regente exigir a preposição “a”. Por exemplo: escrever as frases abaixo das seguintes formas:
Entreguei o cartão a Paula; ou Entreguei o cartão à Paula.
Refiro-me a + aquele atentado. Entreguei o cartão a Roberto; ou Entreguei o cartão ao
Roberto.
Preposição Pronome
2) Diante de pronome possessivo feminino: é facultativo o
Refiro-me àquele atentado. uso da crase porque é facultativo o uso do artigo. Observe:
O termo regente do exemplo acima é o verbo transitivo Minha avó tem setenta anos; ou A minha avó tem setenta
indireto referir (referir-se a algo ou alguém) e exige anos.
preposição, portanto, ocorre a crase. Minha irmã está esperando por você; ou A minha irmã está
esperando por você.
Observe este outro exemplo:
Aluguei aquela casa. Sendo facultativo o uso do artigo feminino diante de

Língua Portuguesa 49
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APOSTILAS OPÇÃO

pronomes possessivos femininos, então podemos escrever as que não me estou referindo a essa vulgar comunicação festiva
frases abaixo das seguintes formas: e efervescente.
Cedi o lugar a minha avó; ou Cedi o lugar à minha avó. Porque o autor escreve, antes de tudo, para expressar-se.
Cedi o lugar a meu avô; ou Cedi o lugar ao meu avô. Sua comunicação com o leitor decorre unicamente daí. Por
afinidades. É como, na vida, se faz um amigo.
3) Depois da preposição até: E o sonho do escritor, do poeta, é individualizar cada
Fui até a praia; ou Fui até à praia. formiga num formigueiro, cada ovelha num rebanho - para que
Acompanhe-o até a porta; ou Acompanhe-o até à porta. sejamos humanos e não uma infinidade de xerox infinitamente
A palestra vai até as cinco horas da tarde; ou A palestra vai reproduzidos uns dos outros.
até às cinco horas da tarde. Mas acontece que há também autores xerox, que nos
invadem com aqueles seus best-sellers...
Questões Será tudo isto uma causa ou um efeito?
Tristes interrogações para se fazerem num mundo que já
01. No Brasil, as discussões sobre drogas parecem limitar- foi civilizado.
se ______aspectos jurídicos ou policiais. É como se suas únicas
consequências estivessem em legalismos, tecnicalidades e (Mário Quintana. Poesia completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1. ed.,
2005.)
estatísticas criminais. Raro ler ____respeito envolvendo
questões de saúde pública como programas de esclarecimento
Claro que não me estou referindo a essa vulgar comunicação
e prevenção, de tratamento para dependentes e de
festiva e efervescente.
reintegração desses____ vida. Quantos de nós sabemos o nome
O vocábulo a deverá receber o sinal indicativo de crase se
de um médico ou clínica ____quem tentar encaminhar um
o segmento grifado for substituído por:
drogado da nossa própria família?
(Ruy Castro, Da nossa própria família. Folha de S.Paulo, 2012) (A) leitura apressada e sem profundidade.
(B) cada um de nós neste formigueiro.
As lacunas do texto devem ser preenchidas, correta e (C) exemplo de obras publicadas recentemente.
respectivamente, com: (D) uma comunicação festiva e virtual.
(A) aos … à … a … a (E) respeito de autores reconhecidos pelo público.
(B) aos … a … à … a
(C) a … a … à … à 05. O Instituto Nacional de Administração Prisional (INAP)
(D) à … à … à … à também desenvolve atividades lúdicas de apoio______
(E) a … a … a … a ressocialização do indivíduo preso, com o objetivo de prepará-
lo para o retorno______ sociedade. Dessa forma, quando em
02. Leia o texto a seguir. liberdade, ele estará capacitado______ ter uma profissão e uma
Foi por esse tempo que Rita, desconfiada e medrosa, correu vida digna.
(www.metropolitana.com.br. 2012)
______ cartomante para consultá-la sobre a verdadeira causa do
procedimento de Camilo. Vimos que ______ cartomante restituiu-
Assinale a alternativa que preenche, correta e
lhe ______ confiança, e que o rapaz repreendeu-a por ter feito o
respectivamente, as lacunas do texto, de acordo com a norma-
que fez.
(Machado de Assis. A cartomante. In: Várias histórias. Rio de Janeiro: Globo, padrão da língua portuguesa.
1997,) (A) à … à … à
(B) a … a … à
Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na (C) a … à … à
ordem dada: (D) à … à ... a
(A) à – a – a (E) a … à … a
(B) a – a – à
(C) à – a – à Gabarito
(D) à – à – a
(E) a – à – à 1.B / 2.A / 3.B / 4.A / 5.D

03 “Nesta oportunidade, volto ___ referir-me ___ problemas


já expostos ___ V. Sª ___ alguns dias”. Análise Sintática:
(A) à - àqueles - a - há
(B) a - àqueles - a - há Introdução à sintaxe. Termos
(C) a - aqueles - à - a integrantes e acessórios da
(D) à - àqueles - a - a oração. Classificação das
(E) a - aqueles - à - há
orações coordenadas e
04. Leia o texto a seguir. subordinadas.
Comunicação
SINTAXE
O público ledor (existe mesmo!) é sensorial: quer ter um
autor ao vivo, em carne e osso. Quando este morre, há uma
Sintaxe19 é a parte da gramática que estuda a disposição
queda de popularidade em termos de venda. Ou, quando
das palavras nos períodos, bem como a relação lógica entre
teatrólogo, em termos de espetáculo. Um exemplo: G. B. Shaw.
elas.
E, entre nós, o suave fantasma de Cecília Meireles recém está
De maneira geral, podemos dizer que a sintaxe é o conjunto
se materializando, tantos anos depois.
das regras que determinam as diferentes possibilidades de
Isto apenas vem provar que a leitura é um remédio para a
solidão em que vive cada um de nós neste formigueiro. Claro

19 https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/gramatica/sintaxe.htm

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associação entre as palavras da língua para a formação de Exclamativas: expressa uma admiração, surpresa,
enunciados verbais. arrependimento e etc.
Para que a comunicação/interação verbal ocorra de Como ela é inteligente!
maneira eficiente e organizada entre os falantes, as línguas Não acertaram mais!
possuem não somente um léxico composto por milhares de
palavras, mas também algumas regras que determinam o Optativas: exprimir um desejo.
modo como as palavras podem combinar-se para formar os Deus te acompanhe!
enunciados a partir de uma relação lógica. Essas regras são Que você consiga passar no concurso.
aquilo que definem a sintaxe das línguas.
Imprecativas: uma imprecação (lançar uma praga,
Funções e Relações Sintáticas maldição).
Não conseguindo atingir seu intento, dirigiu maldições
O enunciado20 se encaixa em uma contra seu desafeto.
organização/estruturação específica prevista na língua. Essa Maldito seja quem encontrar você.
organização é sempre regulada pela sintaxe, a qual define as
sequências possíveis no interior dessas estruturas. Atenção: Algumas frases só podem ser entendidas quando
compreendemos o contexto em que são empregadas, como por
Funções Sintáticas exemplo em frases que contém ironia, sarcasmo, deboche e
Consiste na função específica de cada elemento na escárnio. Pois estas as vezes acabam expressando o contrário
sentença ao se relacionar com outros elementos que também do que aparentemente se diz.
compõem o enunciado.
Questões
Relações Sintáticas
Consiste nas relações estabelecidas entre as palavras que 01. Marque apenas as frases nominais:
definem as estruturas possíveis na sintaxe das línguas. (A) Que voz estranha!
(B) A lanterna produzia boa claridade.
ANÁLISE SINTÁTICA (C) As risadas não eram normais.
(D) Luisinho, não!
A Análise Sintática examina a estrutura do período, divide
e classifica as orações que o constituem e reconhece a função 02. Classifique as frases em declarativa, interrogativa,
sintática dos termos de cada oração. exclamativa, optativa ou imperativa.
(A) Você está bem?
Frase (B) Não olhe; não olhe, Luisinho!
(C) Que alívio!
É todo enunciado suficiente por si mesmo para estabelecer (D) Tomara que Luisinho não fique impressionado!
comunicação. Pode expressar um juízo, indicar uma ação, (E) Você se machucou?
estado ou fenômeno, transmitir um apelo, uma ordem ou (F) A luz jorrou na caverna.
exteriorizar emoções21. São exemplos de frases22: (G) Agora suma, seu monstro!
(H) O túnel ficava cada vez mais escuro.
“Por favor!”
“Bom dia, tudo bem com você?” 03. Transforme a frase declarativa em imperativa. Siga o
modelo:
Os sinais de pontuação são as pausas especiais nas frases, Luisinho ficou pra trás. (declarativa)
e quando ocorre a inversão do sujeito + predicado, a sua Lusinho, fique para trás. (imperativa)
compreensão depende do contexto.
(A) Eugênio e Marcelo caminhavam juntos.
Chamam-se frases nominais as que se apresentam sem o (B) Luisinho procurou os fósforos no bolso.
verbo ou seja frases constituídas apenas por nomes, (C) Os meninos olharam à sua volta.
substantivo, adjetivo e pronome.
Exemplo: Cada louco com sua mania. 04. Sabemos que frases verbais são aquelas que têm
verbos. Assinale, pois, as frases verbais:
Tipos de Frases (A) Deus te guarde!
Declarativas: anuncia algo de forma afirmativa ou (B) As risadas não eram normais.
negativa, ou juízo acerca de alguma coisa ou alguém: (C) Que ideia absurda!
Pedro estuda muito. (afirmativa) (D) O fósforo quebrou – se em três pedacinhos.
Jamais comprarei aquele carro. (negativa) (E) Tão preta como o túnel!
(F) Quem bom!
Interrogativas: pergunta alguma coisa (com ponto de (G) As ovelhas são mansas e pacientes.
interrogação) ou de forma indireta (sem o ponto de (H) Que espírito irônico e livre!
interrogação).
Por que quebraste o vidro? Respostas
Gostaria de comprar uma casa.
01. “a” e “d”
Imperativas: expressa uma ordem, pedido, pode ser
afirmativa ou negativa. 02. a) interrogativa; b) imperativa; c) exclamativa; d)
“Silêncio! Respeite o professor.” (afirmativa) optativa; e) interrogativa; f) declarativa; g) imperativa; h)
Não faça loucuras. (negativa) declarativa

20https://portugues.uol.com.br/gramatica/sintaxe.html
21 OTHON, Garcia, Comunicação em Prosa Moderna. FGV.2011.

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APOSTILAS OPÇÃO

03. a) Eugênio e Marcelo, caminhem juntos!; b) Luisinho, Banco: núcleo do sujeito - nome masculino singular.
procure os fósforos no bolso!; c) Meninos, olhem à sua volta!
No interior de uma sentença, o sujeito é o termo
04. a = guarde / b = eram / d = quebrou / g = são determinante, ao passo que o predicado é o termo
determinado. Essa posição de determinante do sujeito em
Oração relação ao predicado adquire sentido com o fato de ser
possível, na língua portuguesa, uma sentença sem sujeito, mas
É todo enunciado linguístico dotado de sentido, porém há, nunca uma sentença sem predicado. Exemplos:
necessariamente, a presença do verbo. A oração encerra uma
frase (ou segmento de frase), várias frases ou um período, As formigas invadiram minha casa.
completando um pensamento e concluindo o enunciado as formigas: sujeito = termo determinante.
através de ponto final, interrogação, exclamação e, em alguns invadiram minha casa: predicado = termo determinado.
casos, através de reticências.
Em toda oração há um verbo ou locução verbal (às vezes Há formigas na minha casa.
elípticos - ocultos). há formigas na minha casa: predicado = termo
Não têm estrutura sintática, portanto não são orações, determinado.
assim não podem ser analisadas sintaticamente frases como: sujeito: inexistente.

Socorro! O sujeito sempre se manifesta em termos de sintagma


Com licença! nominal, isto é, seu núcleo é sempre um nome. Quando esse
Que rapaz impertinente! nome se refere a objetos da primeira e segunda pessoa, o
sujeito é representado por um pronome pessoal do caso reto
Na oração as palavras estão relacionadas entre si, como (eu, tu, ele, etc.).
partes de um conjunto harmônico: elas formam os termos ou Se o sujeito se refere a um objeto da terceira pessoa, sua
as unidades sintáticas da oração. Cada termo da oração representação pode ser feita através de um substantivo, de um
desempenha uma função sintática. pronome substantivo ou de qualquer conjunto de palavras,
cujo núcleo funcione, na sentença, como um substantivo.
Os termos da oração na língua portuguesa são classificados Exemplos:
em três grandes níveis:
- Termos Essenciais da Oração: Sujeito e Predicado. Eu acompanho você até o guichê.
- Termos Integrantes da Oração: Complemento Nominal e eu: sujeito = pronome pessoal de primeira pessoa.
Complementos Verbais (Objeto Direto, Objeto indireto e
Agente da Passiva). Vocês disseram alguma coisa?
- Termos Acessórios da Oração: Adjunto Adnominal, vocês: sujeito = pronome pessoal de segunda pessoa (tu)
Adjunto Adverbial, Aposto e Vocativo.
Marcos tem um fã-clube no seu bairro.
Termos Essenciais da Oração Marcos: sujeito = substantivo próprio.
Dois termos fundamentais da oração: sujeito e predicado.
Ninguém entra na sala agora.
Sujeito Predicado ninguém: sujeito = pronome substantivo.
Felicidade é estar satisfeito.
Os jovens compraram os doces. O andar deve ser uma atividade diária.
o andar: sujeito = núcleo: verbo substantivado nessa
Um carro tombou nas ruas. oração.
forte
Além dessas formas, o sujeito também pode se constituir
Sujeito: é equivocado dizer que o sujeito é aquele que de uma oração inteira. Nesse caso, a oração recebe o nome de
pratica uma ação ou é aquele (ou aquilo) do qual se diz alguma oração substantiva subjetiva:
coisa. Ao fazer tal afirmação estamos considerando o aspecto
semântico do sujeito (agente de uma ação) ou o seu aspecto É difícil optar por esse ou aquele doce...
estilístico (o tópico da sentença). É difícil: oração principal.
Já que o sujeito é depreendido de uma análise sintática, optar por esse ou aquele doce: oração substantiva
vamos restringir a definição apenas ao seu papel sintático na subjetiva.
sentença: aquele que estabelece concordância com o núcleo do
predicado. O sujeito é constituído por um substantivo ou pronome, ou
Quando se trata de predicado verbal, o núcleo é sempre um por uma palavra ou expressão substantivada. Exemplos:
verbo; sendo um predicado nominal, o núcleo é sempre um
nome. 23Tendo assim por características básicas: O sino era grande.
- Estabelecer concordância com o núcleo do predicado; Ela tem uma educação fina.
- Apresentar-se como elemento determinante em relação Vossa Excelência agiu com imparcialidade.
ao predicado;
- Constituir-se de um substantivo, ou pronome substantivo O núcleo (isto é, a palavra base) do sujeito é, pois, um
ou, ainda, qualquer palavra substantivada. Exemplo: substantivo ou pronome. Em torno do núcleo podem aparecer
palavras secundárias (artigos, adjetivos, locuções adjetivas,
O banco está interditado hoje. etc.). Exemplo: “Todos os ligeiros rumores da mata tinham
está interditado hoje: predicado nominal. uma voz para a selvagem filha do sertão.” (José de Alencar)
interditado: nome adjetivo = núcleo do predicado.
O banco: sujeito.

23 www.portalsaofrancisco.com.br/portugues/sujeito

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Classificação dos Sujeitos Victor conhece os amigos do rei.


Simples - tem um só núcleo, no singular ou plural: O sujeito: Victor = termo determinante.
cachorro tem uma casinha linda. predicado: conhece os amigos do rei = termo determinado.
Composto - apresenta mais de um núcleo: O garoto e a
menina brincavam alegremente. No predicado o núcleo pode ser de dois tipos: um nome,
Expresso - está explícito, enunciado: Eu trabalharei quase sempre um atributo que se refere ao sujeito da oração,
amanhã. ou um verbo (ou locução verbal).
Oculto (ou elíptico) - está implícito, não está expresso, Predicado nominal - (seu núcleo significativo é um nome,
funciona como algo que não está claro, porém, no texto está o substantivo, adjetivo, pronome, ligado ao sujeito por um verbo
significado dele: Trabalharei amanhã. (se deduz “eu” a partir de ligação).
da desinência do verbo). Predicado verbal - (seu núcleo é um verbo, seguido, ou
Agente - ação expressa pelo verbo da voz ativa: O garoto não, de complemento(s) ou termos acessórios). Quando, num
chutou a bola. mesmo segmento o nome e o verbo são de igual importância,
Paciente - recebe os efeitos da ação expressa pelo verbo ambos constituem o núcleo do predicado e resultam no tipo de
passivo: A bola é chutada pelo menino. Construíram-se predicado verbo-nominal (tem dois núcleos significativos:
açudes. (= Açudes foram construídos.) um verbo e um nome). Exemplos:
Agente e Paciente - quando o sujeito realiza a ação
expressa por um verbo reflexivo e ele mesmo sofre ou recebe Victor era jogador.
os efeitos dessa ação: O operário feriu-se durante o trabalho; predicado: era jogador.
Regina trancou-se no quarto. núcleo do predicado: jogador = atributo do sujeito.
Indeterminado - quando não se indica o agente da ação tipo de predicado: nominal.
verbal: Atropelaram uma senhora na esquina. (Quem
atropelou a senhora? Não se diz, não se sabe quem a A prefeitura comprou várias coisas na licitação.
atropelou.); Come-se bem naquele restaurante (quem come).24 predicado: comprou várias coisas na licitação.
núcleo do predicado: comprou = nova informação sobre o
Observações: sujeito
- Não confunda sujeito indeterminado com sujeito oculto. tipo de predicado: verbal
- Sujeito formado por pronome indefinido não é
indeterminado, mas expresso: Ninguém lhe telefonou. Os meninos jogavam bola contentes.
- Assinala-se a indeterminação do sujeito usando-se o predicado: jogavam bola contentes.
verbo na 3ª pessoa do plural, sem referência a qualquer agente núcleos do predicado: jogavam = nova informação sobre o
já expresso nas orações anteriores: Na rua olhavam-no com sujeito; contentes = atributo do sujeito.
admiração. “De qualquer modo, foi uma judiação matarem a tipo de predicado: verbo-nominal.
moça”.
- Assinala-se a indeterminação do sujeito com um verbo Nos predicados verbais e verbo-nominais o verbo é
ativo na 3ª pessoa do singular, acompanhado do pronome se. responsável também por definir os tipos de elementos que
O pronome se, neste caso, é índice de indeterminação do aparecerão no segmento. Em alguns casos o verbo sozinho
sujeito. Pode ser omitido junto de infinitivos. Exemplos: basta para compor o predicado (verbo intransitivo).
Aqui paga-se bem. Em outros casos é necessário um complemento que,
Devagar se vai ao longe. juntamente com o verbo, constituem a nova informação sobre
Quando se é jovem, a vida é vigorosa. o sujeito. De qualquer forma, esses complementos do verbo
não interferem na tipologia do predicado.
- O verbo no infinitivo impessoal, ocorre a indeterminação Entretanto, é muito comum a elipse (ou omissão) do verbo,
do sujeito. Exemplo: É legal assistir a estes filmes clássicos. quando este puder ser facilmente subentendido, em geral por
estar expresso ou implícito na oração anterior. Exemplos:
Normalmente, o sujeito antecede o predicado; todavia, a
posposição do sujeito ao verbo é fato corriqueiro em nossa “A fraqueza de Pilatos é enorme, a ferocidade dos algozes
língua. Exemplo: Da casa próxima apareceu aquela moça. / É inexcedível.” (Machado de Assis) (Está subentendido o verbo
difícil esta situação. é depois de algozes)
“Mas o sal está no Norte, o peixe, no Sul” (Paulo Moreira da
Sem Sujeito - são enunciados através do predicado, o Silva) (Subentende-se o verbo está depois de peixe)
verbo não é atribuído a nenhum sujeito. Construídas com
verbos impessoais na 3ª pessoa do singular: Havia gatos na Predicativo do sujeito - é o nome dado ao núcleo do
sala. / Choveu durante a festa. predicado nominal, é atribuído uma qualidade ou
característica ao sujeito. Os verbos de ligação (ser, estar,
São verbos impessoais: Haver (nos sentidos de existir, parecer, etc.) são a ligação entre o sujeito e o predicado.
acontecer, realizar-se, decorrer). Exemplo: A atriz é talentosa.
Fazer, passar, ser e estar, com referência ao tempo. Sujeito – A atriz
Chover, ventar, nevar, gear, relampejar, amanhecer, Verbo de ligação - é
anoitecer e outros que exprimem fenômenos meteorológicos. Predicativo - talentosa

Predicado - é a soma de todos os termos da oração, exceto Predicação verbal - tem como núcleo um verbo que
o sujeito e o vocativo. É tudo o que se declara na oração transmite ideia de ação, pode ser uma locução verbal (dois
referindo-se ao sujeito (quando há sujeito). Sempre apresenta verbos). Alguns verbos, por natureza, têm sentido completo,
um verbo.25 Exemplo: podendo, por si mesmos, constituir o predicado: são os verbos
de predicação completa denominados intransitivos.
Exemplos: A planta nasceu. / Os meninos correm.

24 CEGALLA, Paschoal. Minigramática Língua Portuguesa. Nacional. 2004. 25 PESTANA, Fernando. Gramática para concursos. Elsevier.2011.

Língua Portuguesa 53
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APOSTILAS OPÇÃO

Outros verbos, que tem predicação incompleta (sentido Podem ser construídos acidentalmente com preposição, a
incompleto) conhecido como transitivos (precisam de qual lhes acrescenta novo sentido: arrancar da espada; puxar
complemento) Exemplos: Paulo comprou cinco pães. / A casa da faca; pegar de uma ferramenta; tomar do lápis; cumprir
pertence ao Júlio. com o dever;
Alguns verbos transitivos diretos: abençoar, achar, colher,
Observe que, sem os seus complementos, os verbos avisar, abraçar, comprar, castigar, contrariar, convidar,
“comprou” e “pertence” não transmitiriam informações desculpar, dizer, estimar, elogiar, entristecer, encontrar, ferir,
completas, pois ainda fica a dúvida: Comprou o quê? Pertence imitar, levar, perseguir, prejudicar, receber, saldar, socorrer,
a quem? ter, unir, ver, etc.

Os verbos de predicação completa denominam-se de Transitivos Indiretos: são os que reclamam um


intransitivos e os de predicação incompleta de transitivos. complemento regido de preposição, chamado objeto indireto.
Os verbos transitivos subdividem-se em: transitivos Exemplos:
diretos, transitivos indiretos e transitivos diretos e “Ninguém perdoa ao quarentão que se apaixona por uma
indiretos (bitransitivos). adolescente.” (Ciro dos Anjos)
“Populares assistiam à cena aparentemente apáticos e
Além dos verbos transitivos e intransitivos, que encerram neutros.” (Érico Veríssimo)
uma noção definida ou conteúdo significativo, ainda existem
os de ligação, verbos que entram na formação do predicado Observações: Entre os verbos transitivos indiretos
nominal, relacionando o predicativo com o sujeito. importa distinguir os que se constroem com os pronomes
objetivos lhe, lhes. Em geral são verbos que exigem a
Quanto à predicação classificam-se, pois os verbos em: preposição a: agradar-lhe, agradeço-lhe, apraz-lhe, bate-lhe,
Intransitivos: são os que não precisam de complemento, desagrada-lhe, desobedecem-lhe, etc.
pois têm sentido completo. Exemplo: “Três contos bastavam, Entre os verbos transitivos indiretos importa distinguir os
insistiu ele.” (Machado de Assis) que não admitem para objeto indireto as formas oblíquas lhe,
lhes, construindo-se com os pronomes retos precedidos de
Observações: Os verbos intransitivos podem vir preposição: aludir a ele, anuir a ele, assistir a ela, atentar nele,
acompanhados de um adjunto adverbial e mesmo de um depender dele, investir contra ele, não ligar para ele, etc.
predicativo (qualidade, características). Exemplos:
Em princípio, verbos transitivos indiretos não comportam
Fui cedo; Passeamos pela cidade; Cheguei atrasado; a forma passiva. Excetuam-se pagar, perdoar, obedecer, e
Entrei em casa aborrecido. pouco mais, usados também como transitivos diretos.
Exemplos:
As orações formadas com verbos intransitivos não podem João paga (perdoa, obedece) o médico.
“transitar” (= passar) para a voz passiva. 26 O médico é pago (perdoado, obedecido) por João.
Verbos intransitivos passam, ocasionalmente, a transitivos
quando construídos com o objeto direto ou indireto. Exemplo: Há verbos transitivos indiretos, como atirar, investir,
contentar-se, etc., que admitem mais de uma preposição, sem
“Inutilmente a minha alma o chora!” (Cabral do mudança de sentido. Outros mudam de sentido com a troca da
Nascimento) preposição. Exemplos:
“Depois me deitei e dormi um sono pesado.” (Luís Trate de sua vida. (tratar=cuidar).
Jardim) É desagradável tratar com gente grosseira. (tratar=lidar).
“Morrerás morte vil da mão de um forte.” (Gonçalves
Dias) Verbos como aspirar, assistir, dispor, servir, etc., variam de
“Inútil tentativa de viajar o passado, penetrar no mundo significação conforme sejam usados como transitivos diretos
que já morreu...” (Ciro dos Anjos) ou indiretos.

Alguns verbos essencialmente intransitivos: anoitecer, Transitivos Diretos e Indiretos: utilizam com dois
crescer, brilhar, ir, agir, sair, nascer, latir, rir, tremer, brincar, objetos: um direto, outro indireto, ao mesmo tempo.
chegar, vir, mentir, suar, adoecer, etc. Exemplos:
A jornalista fornece informações para os concorrentes.
Transitivos Diretos: pedem um objeto direto, ou seja, Oferecemos rosas a nossa amiga.
sempre um complemento sem preposição. Alguns verbos Ceda o carro para sua mãe.
deste grupo: julgar, chamar, nomear, eleger, proclamar,
designar, considerar, declarar, adotar, ter, fazer, etc. Exemplos: De Ligação: ligam ao sujeito o predicativo, uma palavra.
Comprei um terreno e construí a casa. Esses verbos, formam o predicado nominal. Exemplos:
“Trabalho honesto produz riqueza honrada.” (Marquês de A casa é feia.
Maricá) A carroça está torta.
A menina anda (=está) alegre.
Dentre os verbos transitivos diretos merecem destaque os A vizinha parecia uma mulher virtuosa.
que formam o predicado verbo nominal e se constrói com o
complemento acompanhado de predicativo. Exemplos: Observações: os verbos de ligação não servem apenas de
Consideramos a situação difícil. anexo, mas exprimem ainda os diversos aspectos sob os quais
Fernando trazia os documentos. se considera a qualidade atribuída ao sujeito. O verbo ser, por
Em geral, os verbos transitivos diretos são usados na voz exemplo, traduz aspecto permanente e o verbo estar, aspecto
passiva. transitório. Exemplos:
Podem receber como objeto direto, os pronomes o, a, os, Ele é doente. (aspecto permanente)
as: convido-o, encontro-os, incomodo-a, conheço-as. Ele está doente. (aspecto transitório).

26 CEGALLA, Paschoal. Minigramática Língua Portuguesa. Nacional. 2004.

Língua Portuguesa 54
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Muito desses verbos passam à categoria dos intransitivos - Completa a significação dos verbos transitivos diretos;
em frases como por exemplo: Era = existia) uma vez uma - Normalmente, não vem regido de preposição;
princesa.; - Traduz o ser sobre o qual recai a ação expressa por um
Eu não estava em casa. / Fiquei à sombra. / Anda com verbo ativo. Ex. Caim matou Abel.
dificuldades. / Parece que vai chover.27 - Torna-se sujeito da oração na voz passiva. Ex. Abel foi
morto por Caim.
Os verbos, relativamente à predicação, não fixos. Variam
conforme apresentado na frase, a sua regência e sentido O objeto direto pode ser constituído:
podem pertencer a outro grupo. Exemplos: - Por um substantivo ou expressão substantivada: O
O homem anda. (intransitivo) lavrador cultiva a terra; Unimos o útil ao agradável.
O homem anda triste. (de ligação) - Pelos pronomes oblíquos o, a, os, as, me, te, se, nos, vos:
Espero-o na estação; Estimo-os muito; Sílvia olhou-se ao
O cego não vê. (intransitivo) espelho; Não me convidas?; Ela nos chama.; Avisamo-lo a
O cego não vê o obstáculo. (transitivo direto) tempo.; Procuram-na em toda parte.; Meu Deus, eu vos amo.;
“Marchei resolutamente para a maluca e intimei-a a ficar
Predicativo: expressa estado, qualidade ou condição do quieta.”; “Vós haveis de crescer, perder-vos-ei de vista.”
ser ao qual se refere, ou seja, é um atributo. Dois predicativos - Por qualquer pronome substantivo: Não vi ninguém na
são apontados. loja; A árvore que plantei floresceu. (que: objeto direto de
plantei); Onde foi que você achou isso? Quando vira as folhas
Predicativo do Sujeito: exprime um atributo, estado ou do livro, ela o faz com cuidado; “Que teria o homem percebido
modo de ser do sujeito, aparece como verbo de ligação, no nos meus escritos?”
predicado nominal. Exemplos:
O aluno é estudioso e exemplar. Frequentemente transitivam-se verbos intransitivos,
A casa era toda feita de pedras raras. dando-se-lhes por objeto direto uma palavra cognata ou da
mesma esfera semântica. Exemlos:
Outro tipo de predicativo, aparece no predicado verbo- “Viveu José Joaquim Alves vida tranquila e patriarcal.”
nominal. Exemplos: (Vivaldo Coaraci)
José chegou cansado. “Pela primeira vez chorou o choro da tristeza.” (Aníbal
Os meninos chegaram cansados. Machado)
“Nenhum de nós pelejou a batalha de Salamina.”
O predicativo subjetivo pode estar preposicionado; E pode (Machado de Assis)
o predicativo ser antes do sujeito e do verbo. Exemplo: Em tais construções é de rigor que o objeto venha
São horríveis essas coisas! acompanhado de um adjunto.28
Que linda estava Amélia!
Completamente feliz ninguém é. Objeto Direto Preposicionado: antecipado por preposição
não obrigatória. Exemplos:
Predicativo do Objeto: é o termo que se refere ao objeto Identifiquei a vocês todos naquela foto (quem identifica,
de um verbo transitivo. Exemplos: identifica a algo, o verbo não pede preposição).
As paixões tornam os homens felizes.
Nós julgamos o fato estranho. Em certos casos, o objeto direto, vem precedido de
preposição, e ocorrerá:
Observações: O predicativo objetivo, pode estar regido de - Quando o objeto direto é um pronome pessoal tônico:
preposição. É facultativo, as vezes. E o predicativo objetivo em Deste modo, prejudicas a ti e a ela; “Mas dona Carolina amava
geral se refere ao objeto direto. Em casos especiais, pode mais a ele do que aos outros filhos.”; “Pareceu-me que Roberto
referir-se ao objeto indireto do verbo chamar. Exemplo: hostilizava antes a mim do que à ideia.”; “Ricardina lastimava
Chamavam-lhe poeta. o seu amigo como a si própria.”; “Amava-a tanto como a nós”.
Podemos também antepor o predicativo a seu objeto como - Quando o objeto é o pronome relativo quem: “Pedro
por exemplo: O advogado considerava indiscutíveis os Severiano tinha um filho a quem idolatrava.”; “Abraçou a
direitos da herdeira. / Julgo inoportuna essa viagem. / “E até todos; deu um beijo em Adelaide, a quem felicitou pelo
embriagado o vi muitas vezes.” / “Tinha estendida a seus pés desenvolvimento das suas graças.”; “Agora sabia que podia
uma planta rústica da cidade.” / “Sentia ainda muito abertos manobrar com ele, com aquele homem a quem na realidade
os ferimentos que aquele choque com o mundo me causara.” também temia, como todos ali”.
- Quando precisamos assegurar a clareza da frase, evitando
Termos Integrantes da Oração que o objeto direto seja tomado como sujeito, impedindo
Complementam o sentido de certos verbos e nomes para construções ambíguas: Convence, enfim, ao pai o filho amado;
que a oração fique completa, são chamados de: “Vence o mal ao remédio.”; “Tratava-me sem cerimônia, como
a um irmão.”; A qual delas iria homenagear o cavaleiro?
- Complemento Verbais (Objeto Direto e Objeto Indireto); - Em expressões de reciprocidade, para garantir a clareza
- Complemento Nominal; e a eufonia da frase: “Os tigres despedaçam-se uns aos
- Agente da Passiva. outros.”; “As companheiras convidavam-se umas às outras.”;
“Era o abraço de duas criaturas que só tinham uma à outra”.
Objeto Direto: complementa o sentido de um verbo - Com nomes próprios ou comuns, referentes a pessoas,
transitivo direto, não regido por preposição. Dica: faça as principalmente na expressão dos sentimentos ou por amor da
perguntas “o quê?” ou “quem?”. Exemplos: eufonia da frase: Judas traiu a Cristo; Amemos a Deus sobre
O menino matou o passarinho. (o menino matou quem ?) todas as coisas. “Provavelmente, enganavam é a Pedro.”; “O
Geraldo ama Andressa. (Geraldo ama o quê?) estrangeiro foi quem ofendeu a Tupã”.
- Em construções enfáticas, nas quais antecipamos o objeto
Características do objeto direto: direto para dar-lhe realce: A você é que não enganam!; Ao

27 CEGALLA, Paschoal. Minigramática Língua Portuguesa. Nacional. 2004. 28 PESTANA, Fernando. Gramática para concursos. Elsevier.2011.

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APOSTILAS OPÇÃO

médico, confessor e letrado nunca enganes.; “A este objetivos indiretos (átonos) me, te, se, lhe, nos, vos, lhes.
confrade conheço desde os seus mais tenros anos”. Exemplos: Obedece-me. (=Obedece a mim.); Isto te pertence.
- Sendo objeto direto o numeral ambos(as): “O aguaceiro (=Isto pertence a ti.); Rogo-lhe que fique. (=Rogo a você...);
caiu, molhou a ambos.”; “Se eu previsse que os matava a Peço-vos isto. (=Peço isto a vós.). Nos demais casos a
ambos...”. preposição é expressa, como característica do objeto indireto:
- Com certos pronomes indefinidos, sobretudo referentes Recorro a Deus; Dê isto a (ou para) ele.; Contenta-se com
a pessoas: Se todos são teus irmãos, por que amas a uns e pouco.; Ele só pensa em si.; Esperei por ti.; Falou contra nós.;
odeias a outros?; Aumente a sua felicidade, tornando felizes Conto com você.; Não preciso disto.; O filme a que assisti
também aos outros.; A quantos a vida ilude!. agradou ao público.; Assisti ao desenrolar da luta.; A coisa de
- Em certas construções enfáticas, como puxar (ou que mais gosto é pescar.; A pessoa a quem me refiro você a
arrancar) da espada, pegar da pena, cumprir com o dever, conhece.; Os obstáculos contra os quais luto são muitos.; As
atirar com os livros sobre a mesa, etc.: “Arrancam das espadas pessoas com quem conto são poucas.
de aço fino...”; “Chegou a costureira, pegou do pano, pegou da
agulha, pegou da linha, enfiou a linha na agulha e entrou a Como atestam os exemplos acima, o objeto indireto é
coser.”; “Imagina-se a consternação de Itaguaí, quando soube representado pelos substantivos (ou expressões substantivas)
do caso.” ou pelos pronomes. As preposições que o ligam ao verbo são:
a, com, contra, de, em, para e por.
Observações: Nos quatro primeiros casos estudados a
preposição é de rigor, nos cinco outros, facultativo; A Objeto Indireto Pleonástico: sempre representado por
substituição do objeto direto preposicionado pelo pronome um pronome oblíquo átono para dar ênfase a um objeto
oblíquo átono, quando possível, se faz com as formas o(s), a(s) indireto que já tem na frase. Exemplos:
e não lhe, lhes: amar a Deus (amá-lo); convencer ao amigo A mim o que me deu foi pena.”; “Que me importa a mim o
(convencê-lo); O objeto direto preposicionado, é obvio, só destino de uma mulher tísica...? “E, aos brigões, incapazes de
ocorre com verbo transitivo direto; Podem resumir-se em três se moverem, basta-lhes xingarem-se a distância.”
as razões ou finalidades do emprego do objeto direto
preposicionado: a clareza da frase; a harmonia da frase; a Complemento Nominal: completa o sentido de um (nome)
ênfase ou a força da expressão. substantivo, de um adjetivo e um advérbio, sempre regido por
preposição. Exemplos: A defesa da pátria; “O ódio ao mal é
Objeto Direto Pleonástico: aquele que se repete na amor do bem, e a ira contra o mal, entusiasmo divino.”; “Ah,
sequência da frase. Quando queremos dar destaque ou ênfase não fosse ele surdo à minha voz!”
à ideia contida no objeto direto, colocamo-lo no início da frase
e depois o repetimos ou reforçamos por meio do pronome Observações: O complemento nominal representa o
oblíquo. A esse objeto repetido sob forma pronominal chama- recebedor, o paciente, o alvo da declaração expressa por um
se pleonástico, enfático ou redundante. Exemplos: nome: amor a Deus, a condenação da violência, o medo de
O pão, Paulo o trazia dentro da sacola. assaltos, a remessa de cartas, útil ao homem, compositor de
Seus cachorros, ele os cuidava em amor. músicas, etc. É regido pelas mesmas preposições usadas no
objeto indireto. Difere deste apenas porque, em vez de
Objeto Indireto: por meio de uma preposição obrigatória, complementar verbos, complementa nomes (substantivos,
completa o sentido de um verbo transitivo indireto. Dica: faça adjetivos) e alguns advérbios em –mente. Os nomes que
às perguntas “para quê, em quê, de quê, ou preposição mais requerem complemento nominal correspondem, geralmente,
quem?” a verbos de mesmo radical: amor ao próximo, amar o
Exemplos:Meu irmão cuidava de toda a sua casa. (cuidava próximo ;perdão das injúrias, perdoar as injúrias; obediente
de quê ?) João gosta de goiaba. (gosta do quê ?) aos pais, obedecer aos pais; regresso à pátria, regressar à
pátria; etc.29
- Transitivos Indiretos: Assisti ao filme; Assistimos à
festa e à folia; Aludiu ao fato; Aspiro a uma casa boa. Agente da Passiva: complementa um verbo na voz
passiva. Sempre representa quem pratica a ação expressa pelo
- Transitivos Diretos e Indiretos (na voz ativa ou verbo passivo. Vem regido na maioria das vezes pela
passiva): Dou graças a Deus; Dedicou sua vida aos doentes e preposição por, e menos frequentemente pela preposição de:
aos pobres; Disse-lhe a verdade. (Disse a verdade ao moço.) O vencedor foi escolhido pelos jurados.
O menino estava cercado pelo seu pai e mãe.
O objeto indireto pode ainda acompanhar verbos de outras
categorias, os quais, no caso, são considerados acidentalmente O agente da passiva pode ser expresso pelos substantivos
transitivos indiretos: A bom entendedor meia palavra basta; ou pelos pronomes:
Sobram-lhe qualidades e recursos. (lhe=a ele); Isto não lhe O cão foi atropelado pelo carro.
convém; A proposta pareceu-lhe aceitável. Este caderno foi rabiscado por mim.

Observações: Há verbos que podem construir-se com dois O agente da passiva corresponde ao sujeito da oração na
objetos indiretos, regidos de preposições diferentes: Rogue a voz ativa:
Deus por nós; Ela queixou-se de mim a seu pai.; Pedirei para A menina foi penteada pela mãe. (voz passiva)
ti a meu senhor um rico presente; Não confundir o objeto A mãe penteou a menina. (voz ativa)
direto com o complemento nominal nem com o adjunto Ele será acompanhado por ti. (voz passiva)
adverbial; Em frases como “Para mim tudo eram alegrias”,
“Para ele nada é impossível”, os pronomes em destaque Observações: Frase de forma passiva analítica sem
podem ser considerados adjuntos adverbiais. complemento agente expresso, ao passar para a ativa, terá
sujeito indeterminado e o verbo na 3ª pessoa do plural: Ele foi
O objeto indireto é sempre regido de preposição, expressa expulso da cidade. (Expulsaram-no da cidade.); As florestas
ou implícita. A preposição está implícita nos pronomes são devastadas. (Devastam as florestas.); Na passiva

29 CEGALLA, Paschoal. Minigramática Língua Portuguesa. Nacional. 2004.

Língua Portuguesa 56
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APOSTILAS OPÇÃO

pronominal não se declara o agente: Nas ruas assobiavam-se do mar (compl. nom.).
as canções dele pelos pedestres. (errado); Nas ruas eram
assobiadas as canções dele pelos pedestres. (certo); Aposto: um termo ou expressão que associa a um nome
Assobiavam-se as canções dele nas ruas. (certo) anterior, e explica ou esclarece o sentido desse nome.
Geralmente, separado dos outros termos da oração por dois
Termos Acessórios da Oração pontos, travessão e vírgula.
São os que desempenham na oração uma função Exemplos:
secundária, qual seja a de caracterizar um ser, determinar os Ontem, segunda-feira, passei o dia com dor de estômago.
substantivos, exprimir alguma circunstância. São três os “Nicanor, ascensorista, expôs-me seu caso de consciência.”
termos acessórios da oração: adjunto adnominal, adjunto (Carlos Drummond de Andrade)
adverbial e aposto.
O núcleo do aposto pode ser expresso por um substantivo
Adjunto adnominal: é o termo (expressão) que se junta a ou por um pronome substantivo. Exemplo:
um nome para melhor função especificar, detalhar ou Os responsáveis pelo projeto, tu e a arquiteta, não podem
caracterizar o sentido desse nome (substantivos).30 Exemplo: se ausentar.
Meu irmão veste roupas vistosas. (Meu determina o
substantivo irmão: é um adjunto adnominal – vistosas O aposto não pode ser formado por adjetivos. Nas frases
caracteriza o substantivo roupas: é também adjunto seguintes, por exemplo, não há aposto, mas predicativo do
adnominal). sujeito. Ex.
O adjunto adnominal pode ser expresso: Pelos adjetivos: Audaciosos, os dois surfistas atiraram-se às ondas.
água fresca, animal feroz; Pelos artigos: o mundo, as ruas; As borboletas, leves e graciosas, esvoaçavam num balé de
Pelos pronomes adjetivos: nosso tio, este lugar, pouco sal, cores.
muitas rãs ,país cuja história conheço, que rua? Pelos
numerais: dois pés ,quinto ano; Pelas locuções ou expressões Os apostos, em geral, têm pausas, indicadas, na escrita, por
adjetivas que exprimem qualidade, posse, origem, fim ou outra vírgulas, dois pontos ou travessões. Não havendo pausa, não
especificação: haverá vírgula, como nestes exemplos:
- presente de rei (=régio): qualidade O romance Tróia; o rio Amazonas; a Rua Osvaldo Cruz; o
- livro do mestre, as mãos dele: posse, pertença Colégio Tiradentes, etc.
- água da fonte, filho de fazendeiros: origem “Onde estariam os descendentes de Amaro vaqueiro?”
- fio de aço, casa de madeira: matéria (Graciliano Ramos)
- casa de ensino, aulas de inglês: fim, especialidade
O aposto pode preceder o termo a que se refere, o qual, às
Observações: Não confundir o adjunto adnominal vezes, está elíptico. Exemplos:
formado por locução adjetiva com complemento nominal. Este Rapaz impulsivo, Mário não se conteve.
representa o alvo da ação expressa por um nome transitivo: a Mensageira da ideia, a palavra é a mais bela expressão da
eleição do presidente, aviso de perigo, declaração de guerra, alma humana.
empréstimo de dinheiro, plantio de árvores, colheita de
trigo, destruidor de matas, descoberta de petróleo, amor ao O aposto, às vezes, refere-se a toda uma oração. Exemplos:
próximo, etc. O adjunto adnominal formado por locução Nuvens escuras borravam os espaços silenciosos, sinal de
adjetiva representa o agente da ação, ou a origem, pertença, tempestade iminente.
qualidade de alguém ou de alguma coisa: o discurso do O espaço é incomensurável, fato que me deixa atônito.
presidente, aviso de amigo, declaração do ministro,
empréstimo do banco, a casa do fazendeiro, folhas de Um aposto refere a outro aposto, às vezes:
árvores, farinha de trigo, beleza das matas, cheiro de “Serafim Gonçalves casou-se com Lígia Tavares, filha do
petróleo, amor de mãe.31 velho coronel Tavares, senhor de engenho.” (Ledo Ivo)

Adjunto adverbial: termo que exprime uma circunstância O aposto pode vir antecedido das expressões explicativas,
(de tempo, lugar, modo, etc.) ou, em outras palavras, que ou da preposição acidental como:
modifica o sentido de um verbo, adjetivo ou advérbio.
Exemplo: “Meninas numa tarde brincavam de roda na Dois países sul-americanos, isto é, a Colômbia e o Chile,
praça”. O adjunto adverbial é expresso: Pelos advérbios: não são banhados pelo mar.
Cheguei tarde; Maria é mais alta; Não durma na cabana; Ele
fala bem, fala corretamente; Talvez esteja enganado.; Pelas O aposto que se refere a objeto indireto, complemento
locuções ou expressões adverbiais: Compreendo sem nominal ou adjunto adverbial vem precedido de preposição:
esforço.; Saí com meu pai.; Paulo reside em São Paulo.; O rei perdoou aos dois: ao fidalgo e ao criado.
Escureceu de repente. “Acho que adoeci disso, de beleza, da intensidade das
coisas.” (Raquel Jardim)
Observações: Pode ocorrer a elipse da preposição antes
de adjuntos adverbiais de tempo e modo: Aquela noite, não Vocativo: termo que exprime um nome, título, apelido,
dormi. (=Naquela noite...); Domingo que vem não sairei. (=No usado para chamar o interlocutor.
domingo...); Ouvidos atentos, aproximei-me da porta. (=De
ouvidos atentos...); Os adjuntos adverbiais classificam-se de “Elesbão? Ó Elesbão! Venha ajudar-nos, por favor!” (Maria
acordo com as circunstâncias que exprimem: adjunto de Lourdes Teixeira)
adverbial de lugar, modo, tempo, intensidade, causa, “A ordem, meus amigos, é a base do governo.” (Machado
companhia, meio, assunto, negação, etc. É importante saber de Assis)
distinguir adjunto adverbial de adjunto adnominal, de objeto “Correi, correi, ó lágrimas saudosas!” (Fagundes Varela)
indireto e de complemento nominal: sair do mar (ad. adv.);
água do mar (adj. adn.); gosta do mar (obj. indir.); ter medo Observação: Profere-se o vocativo com entoação

30 AMARAL, Emília. Novas Palavras. Editora FTD.2016. 31 CEGALLA, Paschoal. Minigramática Língua Portuguesa. Nacional. 2004.

Língua Portuguesa 57
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APOSTILAS OPÇÃO

exclamativa. Na escrita é separado por vírgula(s). No exemplo Período


inicial, os pontos interrogativo e exclamativo indicam um
chamado alto e prolongado. O vocativo se refere sempre à 2ª Toda frase com uma ou mais orações constitui um período,
pessoa do discurso, que pode ser uma pessoa, um animal, uma que se encerra com ponto de exclamação, interrogação ou
coisa real ou entidade abstrata personificada. Podemos reticências.
antepor-lhe uma interjeição de apelo (ó, olá, eh!): O período de uma oração pode ser: simples quando só traz
uma oração, também conhecida como oração absoluta; ou
“Tem compaixão de nós, ó Cristo!” (Alexandre Herculano) composto quando traz mais de uma oração. Exemplo:
“Ó Dr. Nogueira, mande-me cá o Padilha, amanhã!” Pegou fogo no prédio. (Período simples, oração absoluta.)
(Graciliano Ramos) Quero que você aprenda. (Período composto.)
“Esconde-te, ó sol de maio ,ó alegria do mundo!” (Camilo
Castelo Branco) Existe uma maneira prática de saber quantas orações há
O vocativo é um tempo à parte. Não pertence à estrutura num período, e para isso basta contar os verbos ou locuções
da oração, por isso não se anexa ao sujeito nem ao predicado.32 verbais. Num período haverá tantas orações quantos forem os
verbos ou as locuções verbais neles existentes. Exemplos:
Questões
Pegou fogo no prédio. (um verbo, uma oração)
01. O termo em destaque é adjunto adverbial de Quero que você aprenda. (dois verbos, duas orações)
intensidade em: Está pegando fogo no prédio. (uma locução verbal, uma
(A) pode aprender e assimilar MUITA coisa oração)
(B) enfrentamos MUITAS novidades Deves estudar para poderes vencer na vida. (duas
(C) precisa de um parceiro com MUITO caráter locuções verbais, duas orações)
(D) não gostam de mulheres MUITO inteligentes
(E) assumimos MUITO conflito e confusão Há três tipos de período composto: por coordenação, por
subordinação e por coordenação e subordinação ao mesmo
02. Assinale a alternativa correta: “para todos os males, há tempo (também chamada de período misto).
dois remédios: o tempo e o silêncio”, os termos grifados são
respectivamente: Período Composto por Coordenação – Orações
(A) sujeito – objeto direto; Coordenadas
(B) sujeito – aposto;
(C) objeto direto – aposto; Considere, por exemplo, este período composto:
(D) objeto direto – objeto direto; Passeamos pela praia, / brincamos, / recordamos os
(E) objeto direto – complemento nominal. tempos de infância.
1ª oração: Passeamos pela praia
03. Assinale a alternativa em que o termo destacado é 2ª oração: brincamos
objeto indireto. 3ª oração: recordamos os tempos de infância
(A) “Quem faz um poema abre uma janela.” (Mário As três orações que compõem esse período têm sentido
Quintana) próprio e não mantêm entre si nenhuma dependência
(B) “Toda gente que eu conheço e que fala comigo / Nunca sintática: elas são independentes. Há entre elas, é claro, uma
teve um ato ridículo / Nunca sofreu enxovalho (...)” relação de sentido, mas, como já dissemos, uma não depende
(Fernando Pessoa) da outra sintaticamente.
(C) “Quando Ismália enlouqueceu / Pôs-se na torre a As orações independentes de um período são chamadas de
sonhar / Viu uma lua no céu, / Viu uma lua no mar.” orações coordenadas (OC), e o período formado só de
(Alphonsus de Guimarães) orações coordenadas é chamado de período composto por
(D) “Mas, quando responderam a Nhô Augusto: ‘– É a coordenação.
jagunçada de seu Joãozinho Bem-Bem, que está descendo para
a Bahia.’ – ele, de alegre, não se pôde conter.” (Guimarães As orações coordenadas são classificadas em assindéticas
Rosa) e sindéticas.
- As orações coordenadas são assindéticas (OCA) quando
04. “Recebeu o prêmio o jogador que fez o gol”. Nessa frase não vêm introduzidas por conjunção. Exemplo:
o sujeito de “fez”? Os torcedores gritaram, / sofreram, / vibraram.
(A) o prêmio; OCA OCA OCA
(B) o jogador;
(C) que; “Inclinei-me, apanhei o embrulho e segui.” (Machado de
(D) o gol; Assis)
(E) recebeu. “A noite avança, há uma paz profunda na casa deserta.”
(Antônio Olavo Pereira)
05. Assinale a alternativa correspondente ao período onde “O ferro mata apenas; o ouro infama, avilta, desonra.”
há predicativo do sujeito: (Coelho Neto)
(A) como o povo anda tristonho!
(B) agradou ao chefe o novo funcionário; - As orações coordenadas são sindéticas (OCS) quando
(C) ele nos garantiu que viria; vêm introduzidas por conjunção coordenativa. Exemplo:
(D) no Rio não faltam diversões; O homem saiu do carro / e entrou na casa.
(E) o aluno ficou sabendo hoje cedo de sua aprovação. OCA OCS

Gabarito As orações coordenadas sindéticas são classificadas de


01.D \ 02.C \ 03.D \ 04.C \ 05.A acordo com o sentido expresso pelas conjunções
coordenativas que as introduzem. E podem ser:

32 CEGALLA, Paschoal. Minigramática Língua Portuguesa. Nacional. 2004.

Língua Portuguesa 58
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APOSTILAS OPÇÃO

- Orações coordenadas sindéticas aditivas: e, nem, não Questões


só... mas também, não só... mas ainda.
Saí da escola / e fui à lanchonete. 01. Relacione as orações coordenadas por meio de
OCA OCS Aditiva conjunções:
(A) Ouviu-se o som da bateria. Os primeiros foliões
Observe que a 2ª oração vem introduzida por uma surgiram.
conjunção que expressa ideia de acréscimo ou adição com (B) Não durma sem cobertor. A noite está fria.
referência à oração anterior, ou seja, por uma conjunção (C) Quero desculpar-me. Não consigo encontrá-los.
coordenativa aditiva.
02. Em: “... ouviam-se amplos bocejos, fortes como o
O menino comprou pães e um leite. marulhar das ondas...” a partícula como expressa uma ideia de:
As crianças não gritavam e nem choravam. (A) causa
Os celulares não somente instruem mas também (B) explicação
divertem. (C) conclusão
(D) proporção
- Orações coordenadas sindéticas adversativas: mas, (E) comparação
porém, todavia, contudo, entretanto, no entanto.
03. “Entrando na faculdade, procurarei emprego”, oração
Estudei bastante / mas não passei no teste. sublinhada pode indicar uma ideia de:
OCA OCS Adversativa (A) concessão
(B) oposição
Observe que a 2ª oração vem introduzida por uma (C) condição
conjunção que expressa ideia de oposição à oração anterior, ou (D) lugar
seja, por uma conjunção coordenativa adversativa. (E) consequência

O aluno é estudioso, porém, suas notas são baixas. 04. Assinale a sequência de conjunções que estabelecem,
“É dura a vida, mas aceitam-na.” (Cecília Meireles) entre as orações de cada item, uma correta relação de sentido.
1. Correu demais, ... caiu.
- Orações coordenadas sindéticas conclusivas: portanto, 2. Dormiu mal, ... os sonhos não o deixaram em paz.
por isso, pois, logo. 3. A matéria perece, ... a alma é imortal.
4. Leu o livro, ... é capaz de descrever as personagens com
Ele me ajudou muito, / portanto merece minha gratidão. detalhes.
OCA OCS Conclusiva 5. Guarde seus pertences, ... podem servir mais tarde.

Observe que a 2ª oração vem introduzida por uma (A) porque, todavia, portanto, logo, entretanto
conjunção que expressa ideia de conclusão de um fato (B) por isso, porque, mas, portanto, que
enunciado na oração anterior, ou seja, por uma conjunção (C) logo, porém, pois, porque, mas
coordenativa conclusiva. (D) porém, pois, logo, todavia, porque
(E) entretanto, que, porque, pois, portanto
Vives mentindo; logo, não mereces fé.
Não tenho dinheiro, portanto não posso pagar. 05. Reúna as três orações em um período composto por
coordenação, usando conjunções adequadas.
- Orações coordenadas sindéticas alternativas: ou... ou,
ora... ora, seja... seja, quer... quer. Os dias já eram quentes.
A água do mar ainda estava fria.
Seja mais educado / ou retire-se da reunião! As praias permaneciam desertas.
OCA OCS Alternativa
Respostas
Observe que a 2ª oração vem introduzida por uma
conjunção que estabelece uma relação de alternância ou 01. Ouviu-se o som da bateria e os primeiros foliões
escolha com referência à oração anterior, ou seja, por uma surgiram.
conjunção coordenativa alternativa. Não durma sem cobertor, pois a noite está fria.
Quero desculpar-me, mas consigo encontrá-los.
Cale-se agora ou nunca mais fale.
Ora colocava a luca, ora a retirava. 02. E\03. C\04. B

- Orações coordenadas sindéticas explicativas: que, 05. Os dias já eram quentes, mas a água do mar ainda
porque, pois, porquanto. estava fria, por isso as praias permaneciam desertas.
Vamos andar depressa / que estamos atrasados.
OCA OCS Explicativa Período Composto por Subordinação
Observe que a 2ª oração é introduzida por uma conjunção Observe os termos destacados em cada uma destas
que expressa ideia de explicação, de justificativa em relação à orações:
oração anterior, ou seja, por uma conjunção coordenativa Vi uma cena triste. (adjunto adnominal)
explicativa. Todos querem sua participação. (objeto direto)
Não pude sair por causa da chuva. (adjunto adverbial de
Não comprei o carro, porque estava muito caro. causa)
Cumprimente-a, pois hoje é o seu aniversário.
Veja, agora, como podemos transformar esses termos em
orações com a mesma função sintática:
Vi uma cena / que me entristeceu. (oração subordinada

Língua Portuguesa 59
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APOSTILAS OPÇÃO

com função de adjunto adnominal) informação.


Todos querem / que você participe. (oração subordinada
com função de objeto direto) - Temporais: acrescentam uma circunstância de tempo ao
Não pude sair / porque estava chovendo. (oração que foi expresso na oração principal. Conjunções: quando,
subordinada com função de adjunto adverbial de causa) assim que, logo que, enquanto, sempre que, depois que, mal
(=assim que).
Em todos esses períodos, a segunda oração exerce uma Ele saiu da sala / assim que eu cheguei.
certa função sintática em relação à primeira, sendo, portanto, OP OSA Temporal
subordinada a ela. Quando um período é constituído de pelo
menos um conjunto de duas orações em que uma delas (a Formiga, quando quer se perder, cria asas.
subordinada) depende sintaticamente da outra (principal), ele “Lá pelas sete da noite, quando escurecia, as casas se
é classificado como período composto por subordinação. esvaziam.” (Carlos Povina Cavalcânti)
As orações subordinadas são classificadas de acordo com a “Quando os tiranos caem, os povos se levantam.”
função que exercem: adverbiais, substantivas e adjetivas. (Marquês de Maricá)
Enquanto foi rico, todos o procuravam.
Orações Subordinadas Adverbiais (OSA)
São aquelas que exercem a função de adjunto adverbial da - Finais: expressam a finalidade ou o objetivo do que foi
oração principal (OP). São classificadas de acordo com a enunciado na oração principal. Conjunções: para que, a fim de
conjunção subordinativa que as introduz: que, porque (=para que), que.
Abri a porta do salão / para que todos pudessem entrar.
- Causais: expressam a causa do fato enunciado na oração OP OSA Final
principal. Conjunções: porque, que, como (= porque), pois que,
visto que. “O futuro se nos oculta para que nós o imaginemos.”
Não fui à escola / porque fiquei doente. (Marquês de Maricá)
OP OSA Causal Aproximei-me dele a fim de que me ouvisse melhor.
“Fiz-lhe sinal que se calasse.” (Machado de Assis) (que =
O tambor soa porque é oco. para que)
Como não me atendessem, repreendi-os severamente. “Instara muito comigo não deixasse de frequentar as
Como ele estava armado, ninguém ousou reagir. recepções da mulher.” (Machado de Assis) (não deixasse =
“Faltou à reunião, visto que esteve doente.” (Arlindo de para que não deixasse)
Sousa)
- Consecutivas: expressam a consequência do que foi
- Condicionais: expressam hipóteses ou condição para a enunciado na oração principal. Conjunções: porque, que, como
ocorrência do que foi enunciado na principal. Conjunções: se, (= porque), pois que, visto que.
contanto que, a menos que, a não ser que, desde que. A chuva foi tão forte / que inundou a cidade.
Irei à sua casa / se não chover. OP OSA Consecutiva
OP OSA Condicional
Fazia tanto frio que meus dedos estavam endurecidos.
Deus só nos perdoará se perdoarmos aos nossos “A fumaça era tanta que eu mal podia abrir os olhos.”
ofensores. (José J. Veiga)
Se o conhecesses, não o condenarias. De tal sorte a cidade crescera que não a reconhecia mais.
“Que diria o pai se soubesse disso?” (Carlos Drummond As notícias de casa eram boas, de maneira que pude
de Andrade) prolongar minha viagem.
A cápsula do satélite será recuperada, caso a experiência
tenha êxito. - Comparativas: expressam ideia de comparação com
referência à oração principal. Conjunções: como, assim como,
- Concessivas: expressam ideia ou fato contrário ao da tal como, (tão)... como, tanto como, tal qual, que (combinado
oração principal, sem, no entanto, impedir sua realização. com menos ou mais).
Conjunções: embora, ainda que, apesar de, se bem que, por mais Ela é bonita / como a mãe.
que, mesmo que. OP OSA Comparativa
Ela saiu à noite / embora estivesse doente.
OP OSA Concessiva A preguiça gasta a vida como a ferrugem consome o
Admirava-o muito, embora (ou conquanto ou posto que ferro.” (Marquês de Maricá)
ou se bem que) não o conhecesse pessoalmente. Ela o atraía irresistivelmente, como o imã atrai o ferro.
Embora não possuísse informações seguras, ainda Os retirantes deixaram a cidade tão pobres como vieram.
assim arriscou uma opinião. Como a flor se abre ao Sol, assim minha alma se abriu à
Cumpriremos nosso dever, ainda que (ou mesmo luz daquele olhar.
quando ou ainda quando ou mesmo que) todos nos
critiquem. Obs.: As orações comparativas nem sempre apresentam
Por mais que gritasse, não me ouviram. claramente o verbo, como no exemplo acima, em que está
subentendido o verbo ser (como a mãe é).
- Conformativas: expressam a conformidade de um fato
com outro. Conjunções: conforme, como (=conforme), segundo. - Proporcionais: expressam uma ideia que se relaciona
O trabalho foi feito / conforme havíamos planejado. proporcionalmente ao que foi enunciado na principal.
OP OSA Conformativa Conjunções: à medida que, à proporção que, ao passo que,
quanto mais, quanto menos.
O homem age conforme pensa. Quanto mais reclamava / menos atenção recebia.
Relatei os fatos como (ou conforme) os ouvi. OSA Proporcional OP
Como diz o povo, tristezas não pagam dívidas.
O jornal, como sabemos, é um grande veículo de

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APOSTILAS OPÇÃO

À medida que se vive, mais se aprende. “Fabiano tinha a certeza de que não se acabaria tão
À proporção que avançávamos, as casas iam rareando. cedo.” (Graciliano Ramos)
O valor do salário, ao passo que os preços sobem, vai
diminuindo. - Oração Subordinada Substantiva Predicativa: é
aquela que exerce a função de predicativo do sujeito da oração
Orações Subordinadas Substantivas principal, vindo sempre depois do verbo ser. Observe: O
As orações subordinadas substantivas (OSS) são importante é sua felicidade. (predicativo)
aquelas que, num período, exercem funções sintáticas O importante é / que você seja feliz.
próprias de substantivos, geralmente são introduzidas pelas OP OSS Predicativa
conjunções integrantes que e se. Elas podem ser: Seu receio era que chovesse. (Seu receio era a chuva.)
Minha esperança era que ele desistisse.
- Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta: é Meu maior desejo agora é que me deixem em paz.
aquela que exerce a função de objeto direto do verbo da oração Não sou quem você pensa.
principal. Observe: O grupo quer a sua ajuda. (objeto direto)
O grupo quer / que você ajude. - Oração Subordinada Substantiva Apositiva: É aquela
OP OSS Objetiva Direta que exerce a função de aposto de um termo da oração
principal. Observe: Ele tinha um sonho a união de todos em
O mestre exigia que todos estivessem presentes. (= O benefício do país. (aposto)
mestre exigia a presença de todos.) Ele tinha um sonho / que todos se unissem em benefício
Mariana esperou que o marido voltasse. do país.
Ninguém pode dizer: Desta água não beberei. OP OSS Apositiva
O fiscal verificou se tudo estava em ordem.
Só desejo uma coisa: que vivam felizes. (Só desejo uma
- Oração Subordinada Substantiva Objetiva Indireta: é coisa: a sua felicidade)
aquela que exerce a função de objeto indireto do verbo da Só lhe peço isto: honre o nosso nome.
oração principal. Observe: Necessito de sua ajuda. (objeto “Talvez o que eu houvesse sentido fosse o presságio disto:
indireto) de que virias a morrer...” (Osmã Lins)
Necessito / de que você me ajude. “Mas diga-me uma cousa, essa proposta traz algum
OP OSS Objetiva Indireta motivo oculto?” (Machado de Assis)
As orações apositivas vêm geralmente antecedidas de
Não me oponho a que você viaje. (= Não me oponho à sua dois-pontos. Podem vir, também, entre vírgulas, intercaladas à
viagem.) oração principal. Exemplo: Seu desejo, que o filho
Aconselha-o a que trabalhe mais. recuperasse a saúde, tornou-se realidade.
Daremos o prêmio a quem o merecer.
Lembre-se de que a vida é breve. Observação: Além das conjunções integrantes que e se, as
orações substantivas podem ser introduzidas por outros
- Oração Subordinada Substantiva Subjetiva: é aquela conectivos, tais como quando, como, quanto, etc. Exemplos:
que exerce a função de sujeito do verbo da oração principal. Não sei quando ele chegou.
Observe :É importante sua colaboração. (sujeito) Diga-me como resolver esse problema.
É importante / que você colabore.
OP OSS Subjetiva Orações Subordinadas Adjetivas
As orações subordinadas Adjetivas (OSA) exercem a
A oração subjetiva geralmente vem: função de adjunto adnominal de algum termo da oração
- Depois de um verbo de ligação + predicativo, em principal. Observe como podemos transformar um adjunto
construções do tipo é bom ,é útil ,é certo ,é conveniente, etc. adnominal em oração subordinada adjetiva:
Ex.: É certo que ele voltará amanhã. Desejamos uma paz duradoura. (adjunto adnominal)
- Depois de expressões na voz passiva, como sabe-se, conta- Desejamos uma paz / que dure. (oração subordinada
se, diz-se, etc. Ex.: Sabe-se que ele saiu da cidade. adjetiva)
- Depois de verbos como convir, cumprir, constar, urgir,
ocorrer, quando empregados na 3ª pessoa do singular e As orações subordinadas adjetivas são sempre
seguidos das conjunções que ou se. Ex.: Convém que todos introduzidas por um pronome relativo (que , qual, cujo, quem,
participem da reunião. etc.) e podem ser classificadas em:

É necessário que você colabore. (= Sua colaboração é - Subordinadas Adjetivas Restritivas: são restritivas
necessária.) quando restringem ou especificam o sentido da palavra a que
Parece que a situação melhorou. se referem. Exemplo:
Aconteceu que não o encontrei em casa. O público aplaudiu o cantor / que ganhou o 1º lugar.
Importa que saibas isso bem. OP OSA Restritiva

- Oração Subordinada Substantiva Completiva Nesse exemplo, a oração que ganhou o 1º lugar especifica
Nominal: É aquela que exerce a função de complemento o sentido do substantivo cantor, indicando que o público não
nominal de um termo da oração principal. Observe: Estou aplaudiu qualquer cantor mas sim aquele que ganhou o 1º
convencido de sua inocência. (complemento nominal) lugar. Exemplo:
Estou convencido / de que ele é inocente.
OP OSS Completiva Nominal Pedra que rola não cria limo.
Os animais que se alimentam de carne chamam-se
Sou favorável a que o prendam. (= Sou favorável à prisão carnívoros.
dele.) Rubem Braga é um dos cronistas que mais belas páginas
Estava ansioso por que voltasses. escreveram.
Sê grato a quem te ensina. “Há saudades que a gente nunca esquece.” (Olegário

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APOSTILAS OPÇÃO

Mariano) Exemplos:
Preciso terminar este exercício.
- Subordinadas Adjetivas Explicativas: são explicativas Ele está jantando na sala.
quando apenas acrescentam uma qualidade à palavra a que se Essa casa foi construída por meu pai.
referem, esclarecendo um pouco mais seu sentido, mas sem - Uma oração coordenada também pode vir sob a forma
restringi-lo ou especificá-lo. Exemplo: reduzida. Exemplo:
O escritor Jorge Amado, / que mora na Bahia, / lançou um O homem fechou a porta, saindo depressa de casa.
novo livro. O homem fechou a porta e saiu depressa de casa. (oração
OP OSA Explicativa OP coordenada sindética aditiva)
Saindo depressa de casa: oração coordenada reduzida de
Deus, que é nosso pai, nos salvará. gerúndio.
Valério, que nasceu rico, acabou na miséria. Qual é a diferença entre as orações coordenadas
Ele tem amor às plantas, que cultiva com carinho. explicativas e as orações subordinadas causais, já que ambas
Alguém, que passe por ali à noite, poderá ser assaltado. podem ser iniciadas por que e porquê? Às vezes não é fácil
Observação: As explicativas são isoladas por pausas, que estabelecer a diferença entre explicativas e causais, mas como
na escrita se indicam por vírgulas.33 o próprio nome indica, as causais sempre trazem a causa de
algo que se revela na oração principal, que traz o efeito.
Orações Reduzidas Note-se também que há pausa (vírgula, na escrita) entre a
Observe que as orações subordinadas eram sempre oração explicativa e a precedente e que esta é, muitas vezes,
introduzidas por uma conjunção ou pronome relativo e imperativa, o que não acontece com a oração adverbial causal.
apresentavam o verbo na forma do indicativo ou do Essa noção de causa e efeito não existe no período
subjuntivo. Além desse tipo de orações subordinadas há composto por coordenação. Exemplo:
outras que se apresentam com o verbo numa das formas Rosa chorou porque levou uma surra. Está claro que a
nominais (infinitivo, gerúndio e particípio). Exemplos: oração iniciada pela conjunção é causal, visto que a surra foi
sem dúvida a causa do choro, que é efeito.
Ao entrar na escola, encontrei o professor de inglês. Rosa chorou, porque seus olhos estão vermelhos. O
(infinitivo) período agora é composto por coordenação, pois a oração
Precisando de ajuda, telefone-me. (gerúndio) iniciada pela conjunção traz a explicação daquilo que se
Acabado o treino, os jogadores foram para o vestiário. revelou na coordena anterior. Não existe aí relação de causa e
(particípio) efeito: o fato de os olhos de Elisa estarem vermelhos não é
causa de ela ter chorado.
As orações subordinadas que apresentam o verbo numa
das formas nominais são chamadas de reduzidas. Ela fala / como falaria / se entendesse do assunto.
Para classificar a oração que está sob a forma reduzida, OP OSA Comparativa OSA Condicional
devemos procurar desenvolvê-la do seguinte modo:
colocamos a conjunção ou o pronome relativo adequado ao Questões
sentido e passamos o verbo para uma forma do indicativo ou
subjuntivo, conforme o caso. A oração reduzida terá a mesma 01. Na frase: “Maria do Carmo tinha a certeza de que
classificação da oração desenvolvida. estava para ser mãe”, a oração destacada é:
(A) subordinada substantiva objetiva indireta
Ao entrar na escola, encontrei o professor de inglês. (B) subordinada substantiva completiva nominal
Quando entrei na escola, / encontrei o professor de (C) subordinada substantiva predicativa
inglês. (D) coordenada sindética conclusiva
OSA Temporal (E) coordenada sindética explicativa
Ao entrar na escola: oração subordinada adverbial
temporal, reduzida de infinitivo. 02. “Na ‘Partida Monção’, não há uma atitude inventada. Há
reconstituição de uma cena como ela devia ter sido na
Precisando de ajuda, telefone-me. realidade.” A oração sublinhada é:
Se precisar de ajuda, / telefone-me. (A) adverbial conformativa
OSA Condicional (B) adjetiva
Precisando de ajuda: oração subordinada adverbial (C) adverbial consecutiva
condicional, reduzida de gerúndio. (D) adverbial proporcional
(E) adverbial causal
Acabado o treino, os jogadores foram para o vestiário.
Assim que acabou o treino, / os jogadores foram para o 03. “Esses produtos podem ser encontrados nos
vestiário. supermercados com rótulos como ‘sênior’ e com
OSA Temporal características adaptadas às dificuldades para mastigar e para
Acabado o treino: oração subordinada adverbial temporal, engolir dos mais velhos, e preparados para se encaixar em seus
reduzida de particípio. hábitos de consumo”. O segmento “para se encaixar” pode ter
sua forma verbal reduzida adequadamente desenvolvida em
Observações: (A) para se encaixarem.
- Há orações reduzidas que permitem mais de um tipo de (B) para seu encaixotamento.
desenvolvimento. Há casos também de orações reduzidas (C) para que se encaixassem.
fixas, isto é, orações reduzidas que não são passíveis de (D) para que se encaixem.
desenvolvimento. Exemplo: Tenho vontade de visitar essa (E) para que se encaixariam.
cidade.
- O infinitivo, o gerúndio e o particípio não constituem 04. A palavra “se” é conjunção integrante (por introduzir
orações reduzidas quando fazem parte de uma locução verbal. oração subordinada substantiva objetiva direta) em qual das

33 CEGALLA, Paschoal. Minigramática Língua Portuguesa. Nacional. 2004.

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APOSTILAS OPÇÃO

orações seguintes?
(A) Ele se mordia de ciúmes pelo patrão.
(B) A Federação arroga-se o direito de cancelar o jogo.
(C) O aluno fez-se passar por doutor.
(D) Precisa-se de operários.
(E) Não sei se o vinho está bom.

05. “Lembro-me de que ele só usava camisas brancas.” A


oração sublinhada é:
(A) subordinada substantiva completiva nominal
(B) subordinada substantiva objetiva indireta
(C) subordinada substantiva predicativa
(D) subordinada substantiva subjetiva
(E) subordinada substantiva objetiva direta

Respostas

01.B \ 02.A \ 03.D \ 04.E \ 05.B

Anotações

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MATEMÁTICA

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APOSTILAS OPÇÃO

da adição. A operação de subtração só é válida nos naturais


quando subtraímos o maior número do menor, ou seja quando
a - b tal que a ≥ 𝑏. Exemplo:
254 – 193 = 61, onde 254 é o minuendo, o 193
subtraendo e 61 a diferença.

Obs.: o minuendo também é conhecido como aditivo e o


subtraendo como subtrativo.
Números naturais e - Multiplicação de Números Naturais: tem por
operações. finalidade adicionar o primeiro número denominado
multiplicando ou parcela, tantas vezes quantas são as
unidades do segundo número denominadas multiplicador.
O surgimento do Conjunto dos Números Naturais, deveu- Exemplo:
se à necessidade de se contarem objetos. Embora o zero não 2 x 5 = 10, onde 2 e 5 são os fatores e o 10 produto.
seja um número natural no sentido que tenha sido proveniente
de objetos de contagens naturais, iremos considerá-lo como Fique Atento!!!
um número natural uma vez que ele tem as mesmas 2 vezes 5 é somar o número 2 cinco vezes:
propriedades algébricas que estes números. 2 x 5 = 2 + 2 + 2 + 2 + 2 = 10.
Podemos no lugar do “x” (vezes) utilizar o ponto (.), para
indicar a multiplicação.

Subconjuntos notáveis em N: - Divisão de Números Naturais: dados dois números


1 – Números Naturais não nulos naturais, às vezes necessitamos saber quantas vezes o segundo
N* ={1,2,3,4,...,n,...}; N* = N-{0} está contido no primeiro. O primeiro número que é o maior é
denominado dividendo (D) e o outro número que é menor é o
2 – Números Naturais pares divisor (d). O resultado da divisão é chamado quociente (Q). Se
Np = {0,2,4,6,...,2n,...}; com n ∈ N multiplicarmos o divisor pelo quociente obteremos o
dividendo. Muitas divisões não são exatas, logo temos um resto
3 - Números Naturais ímpares (R) maior que zero.
Ni = {1,3,5,7,...,2n+1,...} com n ∈ N

4 - Números primos
P = {2,3,5,7,11,13...}
Fique Atento!!!
A construção dos Números Naturais - Em uma divisão exata de números naturais, o divisor
- Todo número natural dado tem um sucessor (número que deve ser menor do que o dividendo.
vem depois do número dado), considerando também o zero. 35 : 7 = 5
- Todo número natural dado N, exceto o zero, tem um - Em uma divisão exata de números naturais, o
antecessor (número que vem antes do número dado). dividendo é o produto do divisor pelo quociente.
Exemplo: 35 = 5 x 7

- A divisão de um número natural n por zero não é


possível pois, se admitíssemos que o quociente fosse q,
então poderíamos escrever: n ÷ 0 = q e isto significaria que:
n = 0 x q = 0 o que não é correto! Assim, a divisão de n por
0 não tem sentido ou ainda é dita impossível.
- Se um número natural é sucessor de outro, então os dois
números juntos são chamados números consecutivos. Propriedades da Adição e da Multiplicação dos
Exemplos: números Naturais
a) 1 e 2 são números consecutivos. Para todo a, b e c ∈ 𝑁
b) 7 e 8 são números consecutivos. 1) Associativa da adição: (a + b) + c = a + (b + c)
2) Comutativa da adição: a + b = b + a
O conjunto abaixo é conhecido como o conjunto dos 3) Elemento neutro da adição: a + 0 = a
números naturais pares. P = {0, 2, 4, 6, 8, 10, 12, ...} 4) Associativa da multiplicação: (a.b).c = a. (b.c)
O conjunto abaixo é conhecido como o conjunto dos 5) Comutativa da multiplicação: a.b = b.a
números naturais ímpares. I = {1, 3, 5, 7, 9, 11, 13, ...} 6) Elemento neutro da multiplicação: a.1 = a
7) Distributiva da multiplicação relativamente à adição:
a.(b +c ) = ab + ac
Operações com Números Naturais
8) Distributiva da multiplicação relativamente à
As quatro principais operações no conjunto dos números subtração: a .(b –c) = ab –ac
naturais são: a adição, multiplicação, subtração e divisão. 9) Fechamento: tanto a adição como a multiplicação de um
número natural por outro número natural, continuam como
- Adição de Números Naturais: tem por finalidade reunir resultado um número natural.
em um só número, todas as unidades de dois ou mais números.
Exemplo: Referências
5 + 4 = 9, onde 5 e 4 são as parcelas e 9 soma ou total IEZZI, Gelson – Matemática - Volume Único
IEZZI, Gelson - Fundamentos da Matemática – Volume 01 – Conjuntos e
Funções
- Subtração de Números Naturais: é usada quando
precisamos tirar uma quantia de outra, é a operação inversa

Matemática 1
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APOSTILAS OPÇÃO

Questões 03. Resposta: A.


Sabemos que:
01. (UFSBA – Técnico em Tecnologia da Informação – - Todo número par é terminado em um dos seguintes (0,
UFMT/2017) O esquema abaixo representa a subtração de 2, 4,6,8).
dois números inteiros, na qual alguns algarismos foram - Todo número ímpar é terminado em um dos
substituídos pelas letras A, B, H e I. seguintes (1, 3, 5, ,9).
Portanto: O número que NÃO é PAR acima é 123

Obtido o resultado correto, a sequência BAHIA representa Frações. Números decimais.


o número:
(A) 69579
(B) 96756
(C) 75695 NÚMEROS FRACIONÁRIOS
(D) 57697
Quando um todo ou uma unidade é dividido em partes
02. (Câmara de Sumaré/SP – Escriturário – iguais, uma dessas partes ou a reunião de várias, formam o que
VUNESP/2017) Se, numa divisão, o divisor e o quociente são chamamos de fração do todo. Para se representar uma fração
iguais, e o resto é 10, sendo esse resto o maior possível, então são, portanto, necessários dois números inteiros1.
o dividendo é O primeiro, para indicar em quantas partes iguais foi
(A) 131. dividida a unidade (ou todo) e que dá nome a cada parte e, por
(B) 121. essa razão, chama-se denominador da fração;
(C) 120. O segundo, que indica o número de partes que foram
(D) 110. reunidas ou tomadas da unidade e, por isso, chama-se
(E) 101. numerador da fração. O numerador e o denominador
constituem o que chamamos de termos da fração.
03. (Prefeitura de Canavieira/PI- Auxiliar de serviços Observe a figura abaixo:
gerais -IMA) São números pares, EXCETO:
(A)123
(B)106
(C)782
(D)988

Comentários

01. Resposta: D.
Sabemos que o minuendo é maior que o subtraendo, pois
temos como resultado um número natural positivo.
Fazendo cada número temos:
8–2=H⇾H=6 A primeira nota dó é 14/14 ou 1 inteiro, pois representa a
A -4=3⇾A=3+4⇾A=7 fração cheia; a ré é 12/14 e assim sucessivamente.
3–1=2
B – A = 8, como já sabemos que A = 7; B – 7 = 8 ⇾ B = 8 – 7 Nomenclaturas das Frações
= 15, sabemos que só podemos ter número de 0 a 9, logo 15 –
10 = 5, então B = 5. Aqui neste caso o número 5 não tem como Numerador → Indica
subtrair de 7, e pede 1 “emprestado” ao do lado. quantas partes
Sabemos que o I deve ser acrescido de 1, já que tomamos do total
“emprestou” um para o lado. I – 4 = 4 ⇾ logo I = 4 + 4 = 8 , que foi dividida a
acrescido de 1 = 9 unidade.
B A H I A
5 7 6 9 7 Denominador →
Indica quantas partes
02. Resposta: A. iguais foi dividida a
Como o resto é o maior possível e sabemos que R < d, temos unidade.
que: 10 < d. Logo podemos sugerir que d seja igual a 11.
D = 11 . 11 + R ⇾ D = 121 + 10 = 131 Na figura, lê-se: três oitavos.
Também podemos montar a equação através do
enunciado: Frações com denominadores de 1 a 10: meios, terços,
D = d. Q +R quartos, quintos, sextos, sétimos, oitavos, nonos e décimos.
d=Q Frações com denominadores potências de 10: décimos,
R = 10 centésimos, milésimos, décimos de milésimos, centésimos de
D = d. d + 10 ⇾ D = d² + 10 ⇾ D – 10 = x². Observando as milésimos, etc.
respostas, temos que o resultado que torna a equação possível Denominadores diferentes dos citados anteriormente:
é 131. 131 – 10 = x² ⇾ 121 = x² ⇾ x = 11 Enuncia-se o numerador e, em seguida, o denominador
seguido da palavra “avos”.

1 CABRAL, Luiz Claudio; NUNES, Mauro César. Matemática básica explicada passo
a passo. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.

Matemática 2
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APOSTILAS OPÇÃO

Exemplos Comparação e simplificação de frações


8
𝑙ê − 𝑠𝑒 ∶ 𝑜𝑖𝑡𝑜 𝑣𝑖𝑛𝑡𝑒 𝑐𝑖𝑛𝑐𝑜 𝑎𝑣𝑜𝑠
25 Comparação: quando duas frações tem o mesmo
denominador, a maior será aquela que possuir o maior
2 numerador.
𝑙ê − 𝑠𝑒 ∶ 𝑑𝑜𝑖𝑠 𝑐𝑒𝑛𝑡é𝑠𝑖𝑚𝑜𝑠
100 Exemplo
5/7 >3/7
Tipos de Frações
Quando os denominadores são diferentes, devemos
Frações Próprias: Numerador é menor que o reduzi-lo ao mesmo denominador.
denominador. Exemplo
Exemplos 7/6 e 3/7
1 5 3
; ; ;…
6 8 4 Fazer o mmc dos denominadores → mmc(6,7) = 42
Divide pelo debaixo e multiplica pelo de cima.
Frações Impróprias: Numerador é maior ou igual ao 7.7 3.6 49 18
denominador. 𝑒 → 𝑒
42 42 42 42
Exemplos 2º - Compararmos as frações:
6 8 4
; ; ;… 49/42 > 18/42.
5 5 3

Frações aparentes: Numerador é múltiplo do Simplificação: É dividir os termos por um mesmo número
denominador. As mesmas pertencem também ao grupo das até obtermos termos menores que os iniciais. Com isso
frações impróprias. formamos frações equivalentes a primeira.
Exemplos Exemplo
6 8 4 4: 4 1
; ; ;… =
1 4 2 8: 4 2
Frações particulares: Para formamos uma fração de uma Operações com frações
grandeza, dividimos esta pelo denominador e multiplicamos
pelo numerador. Adição e Subtração
Exemplos Com mesmo denominador: Conserva-se o denominador
1 – Se o numerador é igual a zero, a fração é igual a zero: e soma-se ou subtrai-se os numeradores.
0 0
= = 0.
6 5
2- Se o denominador é 1, a fração é igual ao numerador:
25 325
= 25; = 325
1 1

- Quando o denominador é zero, a fração não tem sentido,


pois a divisão por zero é impossível.
- Quando o numerador e denominador são iguais, o Com denominadores diferentes: Reduz-se ao mesmo
resultado da divisão é sempre 1. denominador através do mmc entre os denominadores.
O processo é valido tanto para adição quanto para
Números mistos: Números compostos de uma parte subtração.
inteira e outra fracionária. Podemos transformar uma fração
imprópria na forma mista e vice e versa.
Exemplos

Frações equivalentes: Duas ou mais frações que


apresentam a mesma parte da unidade.
Exemplo
4: 4 1 4: 2 2 2: 2 1
= ; 𝑜𝑢 = ; 𝑜𝑢 =
8: 4 2 8: 2 4 4: 2 2 Multiplicação e Divisão
4 2 1
Multiplicação: É produto dos numerados dados e dos
As frações , e são equivalentes. denominadores dados.
8 4 2
Exemplo
Frações irredutíveis: Frações onde o numerador e o
denominador são primos entre si.
Exemplo: 5/11 ; 17/29; 5/3

Podemos ainda simplificar a fração resultante:


288: 2 144
=
10: 2 5

Matemática 3
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APOSTILAS OPÇÃO

Divisão: O quociente de uma fração é igual a primeira * 1º filho:


𝟑
.
𝟐
=𝟏
fração multiplicada pelo inverso da segunda fração. 𝟐 𝟑

Exemplo 𝟑 𝟑
* 2º filho: .𝟏 =
𝟐 𝟐

𝟑 𝟑 𝟗
* 3º filho: . =
𝟐 𝟐 𝟒
Simplificando a fração resultante:
168: 8 21 * 4º filho:
𝟑
.
𝟗
=
𝟐𝟕
= 𝟐 𝟒 𝟖
24: 8 3
𝟐 𝟑 𝟗 𝟐𝟕
Questões +𝟏+ + +
𝟑 𝟐 𝟒 𝟖

01. (Pref. Maranguape/CE – Prof. de educação básica – 𝟏𝟔 + 𝟐𝟒 + 𝟑𝟔 + 𝟓𝟒 + 𝟖𝟏


=
𝟐𝟏𝟏
=𝟖.
𝟐𝟒
+
𝟏𝟗
=𝟖+
𝟏𝟗
Matemática – GR Consultoria e Assessoria) João gastou R$ 𝟐𝟒 𝟐𝟒 𝟐𝟒 𝟐𝟒 𝟐𝟒

23,00, equivalente a terça parte de 3/5 de sua mesada. Desse


Ou seja, eles comeram 8 tortas, mais 19/24 de uma torta.
modo, a metade do valor da mesada de João é igual a:
Por fim, a fração de uma torta que sobrou foi:
(A) R$ 57,50;
(B) R$ 115,00; 𝟐𝟒 𝟏𝟗 𝟓
(C) R$ 172,50; − =
𝟐𝟒 𝟐𝟒 𝟐𝟒
(D) R$ 68,50;
NÚMEROS DECIMAIS
02. (EBSERH/ HUSM – UFSM/RS – Analista
Administrativo – Administração – AOCP) Uma revista O sistema de numeração decimal2 apresenta ordem
1
perdeu dos seus 200.000 leitores. posicional: unidades, dezenas, centenas, etc.
5
Quantos leitores essa revista perdeu?
Leitura e escrita dos números decimais
(A) 40.000.
(B) 50.000.
(C) 75.000.
(D) 95.000.
(E) 100.000.

03. (METRÔ – Assistente Administrativo Júnior – FCC)


Dona Amélia e seus quatro filhos foram a uma doceria comer
tortas. Dona Amélia comeu 2 / 3 de uma torta. O 1º filho comeu
3 / 2 do que sua mãe havia comido. O 2º filho comeu 3 / 2 do
que o 1º filho havia comido. O 3º filho comeu 3 / 2 do que o 2º Lê-se: Quinhentos e setenta e nove mil, trezentos e
filho havia comido e o 4º filho comeu 3 / 2 do que o 3º filho sessenta e oito inteiros e quatrocentos e treze milésimos.
havia comido. Eles compraram a menor quantidade de tortas 0,9 → nove décimos.
inteiras necessárias para atender a todos. Assim, é possível 5,6 → cinco inteiros e seis décimos.
calcular corretamente que a fração de uma torta que sobrou 472,1256 → quatrocentos e setenta e dois inteiros e mil,
foi duzentos, cinquenta e seis décimos-milésimos.
(A) 5 / 6.
(B) 5 / 9. Transformação de frações ordinárias em decimais e
(C) 7 / 8. vice-versa
(D) 2 / 3.
(E) 5 / 24. A quantidade de zeros corresponde ao número de casas
decimais após a vírgula e vice-versa (transformar para
Comentários fração).

01. Resposta: A
Vamos chamar de x a mesada.
Como ele gastou a terça parte 1/3 de 3/5 da mesada que
equivale a 23,00. Podemos escrever da seguinte maneira:
1 3 𝑥
. 𝑥 = = 23 → 𝑥 = 23.5 → 𝑥 = 115
3 5 5

Logo a metade de 115 = 115/2 = 57,50

02. Resposta: A
1
Para resolver esse exercício, basta calcular . 200000 =
5
40000, logo a resposta correta é a alternativa A.

03. Resposta: E
Vamos chamar a quantidade de tortas de (x). Assim: Operações com números decimais
𝟐 𝟐 Adição e Subtração
* Dona Amélia: . 𝟏 = Na prática, a adição e a subtração de números decimais são
𝟑 𝟑
obtidas de acordo com a seguinte regra:

2 CABRAL, Luiz Claudio; NUNES, Mauro César. Matemática básica explicada passo
a passo. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.

Matemática 4
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APOSTILAS OPÇÃO

- Igualamos o número de casas decimais, acrescentando 3) 0,14 : 28


zeros. Disposição prática:
- Colocamos os números um abaixo do outro, deixando
vírgula embaixo de vírgula.
- Somamos ou subtraímos os números decimais como se
eles fossem números naturais. 4) 2 : 16
- Na resposta colocamos a vírgula alinhada com a vírgula Disposição prática:
dos números dados.

Exemplos

Questões

Multiplicação 01. (IF/PA - Técnico de Tecnologia da Informação -


Na prática, a multiplicação de números decimais é obtida IFPA/2019) Em 2014, na cidade de São Borja – RS, surgiu uma
de acordo com as seguintes regras: melancia cujo tamanho era 7 vezes maior do que uma melancia
- Multiplicamos os números decimais como se eles fossem normal. O técnico em agrícola que avaliou a melancia gigante
números naturais. afirmou que uma melancia normal pesa, em torno, de 10 kg a
- No resultado, colocamos tantas casas decimais quantas 12 kg. Considerando que o valor, por quilo, de melancia estava
forem as do primeiro fator somadas às dos outros fatores. custando R$ 0,49, então o preço médio da melancia gigante
Exemplos seria, aproximadamente, de:
1) 652,2 x 2,03 (A) R$ 25,15.
Disposição prática: (B) R$ 37,73.
(C) R$ 38,50.
(D) R$ 43,69.
(E) R$ 75,46.

02. (Pref. de Pacujá/CE - Fiscal de Tributos -


CETREDE/2019) Qual o resultado do cálculo a seguir?

2) 3,49 x 2,5 (A) 1/2.


Disposição prática: (B) -1/2.
(C) 1.
(D) 0,15/31.
(E) 15/13.

03. (Pref. de Recife/PE – Assistente de Gestão Pública –


FCC/2019) Para uma festa infantil, calculou-se serem
necessários 600 ml de suco por criança e 200 ml de água por
Divisão criança. Se o litro de suco custa R$ 5,00 e a garrafa de 1,5 litro
Na prática, a divisão entre números decimais é obtida de de água custa R$ 2,30, para uma festa com 60 crianças, o custo,
acordo com as seguintes regras: em reais, dessas bebidas será de
- Igualamos o número de casas decimais do dividendo e do (A) 240,00.
divisor. (B) 198,40.
- Cortamos as vírgulas e efetuamos a divisão como se os (C) 73,60.
números fossem naturais. (D) 207,60.
(E) 110,40.
Exemplos
1) 24 : 0,5 Comentários
Disposição prática:
01. Resposta: B
Para encontrar o valor da melancia basta multiplicar o
tamanho dessa melancia por 0,49 centavos, mas para isso
precisamos encontrar o tamanho médio, como uma normal
possui entre 10 e 12 kg a média seria 11kg, multiplicando por
Nesse caso, o resto da divisão é igual a zero. Assim sendo, 7 seria 77kg, agora encontrando o valor em reais seria 77x0,49
a divisão é chamada de divisão exata e o quociente é exato. = 37,73 reais.
2) 31,775 : 15,5 02. Resposta: B
Disposição prática: Vamos primeiramente resolver o numerador e o
denominador separadamente.
0,3x0,15 – 0,2 = 0,045 – 0,2 = - 0,155.
O denominador:
0,4x0,8 – 0,01 = 0,32 – 0,01 = 0,31

Matemática 5
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APOSTILAS OPÇÃO

Temos a fração: Exemplos:


−0,155 155 1 A) {100 – 413 x (20 – 5 x 4) + 25} : 5 → Inicialmente
− =−
0,31 310 2 devemos resolver os parênteses, mas como dentro dos
parênteses há subtração e multiplicação, vamos resolver a
03. Resposta: B multiplicação primeiro, em seguida, resolvemos a subtração.
Vamos calcular o total gasto pelas 60 crianças com água e {100 – 413 x (20 – 5 x 4) + 25} : 5
suco: {100 – 413 x (20 – 20) + 25} : 5
Suco: 600 x 60 = 36000ml = 36 litros {100 – 413 x 0 + 25} : 5
Água: 200ml x 60 = 12000ml = 12 litros Eliminado os parênteses, vamos resolver as chaves,
Calculando em dinheiro, mas antes devemos analisar o fato efetuando as operações seguindo a ordem.
da água vir com 1,5l, assim 12 : 1,5 = 8 “embalagens” que custa {100 – 413 x 0 + 25} : 5
2,30 cada, portanto: {100 – 0 + 25} : 5
Suco: 36 x 5 = 180 reais {100 + 25} : 5
Água: 8 x 2,30 = 18,40 125 : 5
Totalizando 180 + 18,40 = 198,40. 25

B) – 62 : (– 5 + 3) – [– 2 . (– 1 + 3 – 1)² – 16 : (– 1 + 3)²] →
Expressão numérica e elimine os parênteses.
– 62 : (– 2) – [– 2 . (2 – 1)² – 16 : 2²] → continue eliminando
algébrica. os parênteses.
– 62 : (– 2) – [– 2 . 1 – 16 : 2²] → resolva as potências dentro
do colchetes.
EXPRESSÕES NÚMERICAS – 62 : (– 2) – [– 2 . 1 – 16 : 4] → resolva as operações de
multiplicação e divisão nos colchetes.
Expressões numéricas são todas sentenças matemáticas – 62 : (– 2) – [– 2 – 4] =
formadas por números, suas operações (adições, subtrações, – 62 : (– 2) – [– 6] = elimine o colchete.
multiplicações, divisões, potenciações e radiciações) e também – 62 : (– 2) + 6 = efetue a potência.
por símbolos chamados de sinais de associação, que podem 31 + 6 = 37
aparecer em uma única expressão.
C) [(5² - 6.2²).3 + (13 – 7)² : 3] : 5
Para resolvermos devemos estar atentos a alguns [(25 – 6.4).3 + 6² : 3] : 5 =
procedimentos: [(25 – 24).3 + 36 : 3 ] : 5 =
[1.3 + 12] : 5 =
1º) Nas expressões que aparecem as operações numéricas, [3 + 12 ] : 5 =
devemos resolver as potenciações e/ou radiciações 15 : 5 = 3
primeiramente, na ordem que elas aparecem e somente depois
as multiplicações e/ou divisões (na ordem que aparecem) e 𝟑
D) [(𝟏𝟎 − √𝟏𝟐𝟓)𝟐 + (𝟑 + 𝟐𝟑 : 𝟒)]𝟐
por último as adições e subtrações também na ordem que [(10 - 5)2 + (3 + 8 : 4)]2
aparecem. [5² + (3+2)]2
Exemplos: [25 + 5]2
A) 10 + 12 – 6 + 7→ primeiro resolvemos a adição e 302
subtração em qualquer ordem 900
22 – 6 + 7
16 + 7 Expressões Numéricas com Frações
23 A ordem das operações para se resolver uma expressão
numérica com fração, são as mesmas para expressões
numéricas com números reais. Você também precisará
B) 15 x 2 – 30 ÷ 3 + 7 → primeiro resolveremos a dominar as principais operações com frações: adição,
multiplicação e a divisão, em qualquer ordem. subtração, multiplicação, divisão, potenciação e radiciação.
30 – 10 + 7 → Agora resolveremos a adição e subtração, Um ponto que deve ser levado em conta é o m.m.c (mínimo
também em qualquer ordem. múltiplo comum) entre os denominadores das frações, através
27 da fatoração numérica.

2º) Quando aparecem os sinais de associações os mesmos Exemplos:


tem uma ordem a ser seguida. Primeiro, resolvemos os 1) Qual o valor da expressão abaixo?
parênteses ( ), quando acabarem os cálculos dentro dos 1 3 1 3
( ) + .
parênteses, resolvemos os colchetes [ ]; e quando não houver 2 2 4
mais o que calcular dentro dos colchetes { }, resolvemos as
chaves. A) 7/16
B) 13/24
→ Quando o sinal de adição (+) anteceder um parêntese, C) 1/2
colchetes ou chaves, deveremos eliminar o parêntese, o D) 21/24
colchete ou chaves, na ordem de resolução, reescrevendo os Resolvendo temos:
números internos com o seus sinais originais.
1º passo resolver as operações entre parênteses, depois a
→ Quando o sinal de subtração (-) anteceder um parêntese, multiplicação:
colchetes ou chaves, deveremos eliminar o parêntese, o
colchete ou chaves, na ordem de resolução, reescrevendo os 1 3
+ , 𝑐𝑜𝑚𝑜 𝑜 𝑑𝑒𝑛𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑑𝑜𝑟 é 𝑜 𝑚𝑒𝑠𝑚𝑜,
números internos com o seus sinais invertidos. 8 8

Matemática 6
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APOSTILAS OPÇÃO

4 1 03. (Pref. Tanguá/RJ – Agente Administrativo – MS


𝑒𝑓𝑒𝑡𝑢𝑎𝑚𝑜𝑠 𝑎 𝑎𝑑𝑖çã𝑜: , 𝑝𝑜𝑑𝑒𝑚𝑜𝑠 𝑠𝑖𝑚𝑝𝑙𝑖𝑓𝑖𝑐𝑎𝑟:
8 2 CONCURSOS/2017) Com base nas operações e propriedades
dos números reais, resolva a expressão abaixo:
Resposta: C 1 3 2 1 1
x = 10010 + ( + ) + 13 .1002
2 6
9 2 2 4
2) O resultado da expressão 3. − {[( ) + 2] : √ }, em
4 3 9
Qual é o valor correto de x?
sua forma mais simples é: (A) 12
A) 6/37 (B) 10
B) 37/12 (C) 1002
C) 27/4 (D) 102
D) 22/6
Resolvendo: 04. (UNESP – Assistente Administrativo –
Vamos resolver a multiplicação do início, a potenciação VUNESP/2017) Considere a seguinte expressão numérica:
que está entre parênteses e a radiciação do final: (112 – 102 ) ÷ (3·2·5 – 32 ) ÷ 3
27 4 2
− {[ + 2] : }, O resultado correto é
4 9 3 (A) 5/3
(B) 4/3
Na sequência vamos resolver a operação entre colchetes: (C) 1
(D) 2/3
27 4 + 18 2
− {[ ] : } , 𝑜 𝑚𝑚𝑐 é 9, (E) 1/3
4 9 3
27 22 2
𝑎𝑔𝑜𝑟𝑎 𝑣𝑎𝑚𝑜𝑠 𝑒𝑓𝑒𝑡𝑢𝑎𝑟 𝑎 𝑠𝑜𝑚𝑎: − {[ ] : } 05. (UFSCAR – Assistente em Administração –
4 9 3 UFSCAR/2017) Considerando as expressões matemáticas
27 22 3 apresentadas a seguir, qual das seguintes igualdades é
𝑟𝑒𝑠𝑜𝑙𝑣𝑒𝑛𝑑𝑜 𝑎 𝑑𝑖𝑣𝑖𝑠ã𝑜, 𝑡𝑒𝑟𝑒𝑚𝑜𝑠: − { . }, verdadeira?
4 9 2 (A) -22 × 3-1 + 1 ÷ 3 = -1
(B) 3 - 3 ÷ 3 + 3 × 3 - 3 = 6
Lembrando que na divisão com frações conservamos a 1ª
(C) 48 ÷ 2 ÷ 2 × 3 = 4
fração e multiplicamos pelo inverso da 2ª, podemos também
(D) (-17 + 26) ÷ 9 × 2 = 1/2
simplificar o resultado:
27 11 (E) 7 + 2 × 3 - 5 × (-2) = 17
− { }.
4 3
Respostas
27 11
− , 𝑓𝑎𝑧𝑒𝑛𝑑𝑜 𝑜 𝑚𝑚𝑐(4,3) = 12, 01. Resposta: A.
4 3
Resolvendo as expressões temos:
3.27 − 4.11 81 − 44 37 (a) 2 + [(5 - 3) + 4] x 2 + 3 ⇾ 2 + [2 + 4] x 2 + 3
= = 2 + [6] x 2 + 3 ⇾ 2 + 12 + 3 = 17
12 12 12
(b) 13 - [5 x (2 - 1) + 4 x 2] ⇾ 13 - [5 x (1) + 8]
Resposta: B. 13 - [5 + 8] ⇾ 13 -13 = 0
(c) 6 + 4 x 2 x (5 - 1) – 7 ⇾ 6 + 8 x (4) - 7
Referências 6 + 32 – 7 ⇾ 31
http://quimsigaud.tripod.com/expnumericas Colocando em ordem crescente: 0 < 17 < 31, que é b < a < c

Questões 02. Resposta: E.


Vamos resolver cada expressão separadamente:
01. (Pref. Tramandaí/RS – Auxiliar Administrativo – 1 1 1 1 1 16 + 8 + 4 + 2 + 1 31
OBJETIVA) Dadas as três expressões numéricas abaixo, é 𝐴= + + + + = =
2 4 8 16 32 32 32
CORRETO afirmar que:
(a) 2 + [(5 - 3) + 4] x 2 + 3 1 1 1 1 1
(b) 13 - [5 x (2 - 1) + 4 x 2] 𝐵= + + + +
3 9 27 81 243
(c) 6 + 4 x 2 x (5 - 1) - 7
81 + 27 + 9 + 3 + 1 121
(A) b < a < c =
243 243
(B) a < b < c
(C) c < a < b 31 121 243.31 + 32.121
A+B = + =
(D) c < b < a 32 243 7776

02. (MANAUSPREV – Analista Previdenciário – 7533 + 3872 11405


= = 1,466 ≅ 1,5
Administrativa – FCC) Considere as expressões numéricas, 7776 7776
abaixo.
A = 1/2 + 1/4+ 1/8 + 1/16 + 1/32 e B = 1/3
+ 1/9 + 1/27 + 1/81 + 1/243 03. Resposta: A.
Resolvendo cada termo em partes temos:
O valor, aproximado, da soma entre A e B é 10010 = 1
(A) 2 1 3 2 3+3 2
(B) 3 ( + ) =( ) = (1)2 = 1
2 6 6
(C) 1
(D) 2,5 3
11/3 = √1 = 1
(E) 1,5 1001/2 = √100 = 10

Matemática 7
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APOSTILAS OPÇÃO

Montando a expressão temos: 1 + 1 + 1. 10 ⇾ 2 + 10 = 12 2) (6x³ - 8x) ÷ 2x = 3x² - 4


3) =
04. Resposta: E. Resolução:
Resolvendo por partes temos:
(121 – 100) ÷ (30 – 9) ÷ 3 ⇾ (21) ÷ (21) ÷ 3 ⇾ 1 ÷ 3 ou
1/3

05. Resposta: A.
(a) -4 x 1/3 + 1/3 = -1 ⇾ -4/3 + 1/3 = -1 ⇾ -3/3 = -1 ⇾ -1
= -1 (V)
(b) 3 – 1 + 9 – 3 = 6 ⇾ 2 + 6 = 6 ⇾ 8 = 6 (F)
(c) 24 ÷ 2 x 3 = 4 ⇾ 12 x 3 = 4 ⇾ 36 = 4 (F)
(d) 7 + 6 + 10 = 17 ⇾ 23 = 17 (F) Para iniciarmos as operações devemos saber o que são
termos semelhantes. Dizemos que um termo é semelhante do
EXPRESSÕES ALGÉBRICAS OU CÁLCULO ALGÉBRICO outro quando suas partes literais são idênticas.

Expressões Algébricas: São aquelas que contêm números Veja:


e letras. 5x2 e 42x são dois termos, as suas partes literais são x2 e x,
Ex.: 2ax² + bx as letras são iguais, mas o expoente não, então esses termos
não são semelhantes.
Variáveis: São as letras das expressões algébricas que 7ab2 e 20ab2 são dois termos, suas partes literais são ab2 e
representam um número real e que de princípio não possuem ab2, observamos que elas são idênticas, então podemos dizer
um valor definido. que são semelhantes.

Valor numérico de uma expressão algébrica é o número Adição e subtração de monômios


que obtemos substituindo as variáveis por números e Só podemos efetuar a adição e subtração de monômios
efetuamos suas operações. entre termos semelhantes. E quando os termos envolvidos na
operação de adição ou subtração não forem semelhantes,
Ex: Sendo x = 1 e y = 2, calcule o valor numérico (VN) da deixamos apenas a operação indicada.
expressão:
x² + y → 1² + 2 = 3; Portando o valor numérico da Veja:
expressão é 3. Dado os termos 5xy2, 20xy2, como os dois termos são
semelhantes eu posso efetuar a adição e a subtração deles.
Monômio: Os números e letras estão ligados apenas por 5xy2 + 20xy2 devemos somar apenas os coeficientes e
produtos. conservar a parte literal.
Ex: 4x 25 xy2

Polinômio: É a soma ou subtração de monômios. 5xy2 - 20xy2 devemos subtrair apenas os coeficientes e
Ex: 4x + 2y conservar a parte literal.
- 15 xy2
Termos semelhantes: São aqueles que possuem partes
literais iguais (variáveis) Veja alguns exemplos:
Ex: 2 x³ y² z e 3 x³ y² z → são termos semelhantes pois - x2 - 2x2 + x2 como os coeficientes são frações devemos
possuem a mesma parte literal. tirar o mmc de 6 e 9.

Adição e Subtração de expressões algébricas 3x2 - 4 x2 + 18 x2


Para determinarmos a soma ou subtração de expressões 18
algébricas, basta somar ou subtrair os termos semelhantes. 17x2
Assim: 2 x³ y² z + 3x³ y² z = 5x³ y² z ou 18
2 x³ y² z - 3x³ y² z = -x³ y² z
- 4x2 + 12y3 – 7y3 – 5x2 devemos primeiro unir os termos
Convém lembrar-se dos jogos de sinais. semelhantes: 12y3 – 7y3 + 4x2 – 5x2 agora efetuamos a soma e
Na expressão (x³ + 2 y² + 1) – (y ² - 2) = x³ +2 y² + 1 – y² + a subtração.
2 = x³ + y² +3 5y3 – x2 como os dois termos restantes não são
semelhantes, devemos deixar apenas indicado à operação dos
Multiplicação e Divisão de expressões algébricas monômios.
Na multiplicação e divisão de expressões algébricas,
devemos usar a propriedade distributiva. Reduza os termos semelhantes na expressão 4x2 – 5x -3x +
Exemplos: 2x2. Depois calcule o seu valor numérico da expressão. 4x2 – 5x
1) a (x + y) = ax + ay - 3x + 2x2 reduzindo os termos semelhantes. 4x2 + 2x2 – 5x - 3x
2) (a + b).(x + y) = ax + ay + bx + by 6x2 - 8x os termos estão reduzidos, agora vamos achar o
3) x (x² + y) = x³ + xy valor numérico dessa expressão.
Para calcularmos o valor numérico de uma expressão
Obs.: Para multiplicarmos potências de mesma base, devemos ter o valor de sua incógnita, que no caso do exercício
conservamos a base e somamos os expoentes. é a letra x.
Na divisão de potências devemos conservar a base e Vamos supor que x = - 2, então substituindo no lugar do x
subtrair os expoentes o -2 termos:

Exemplos: 6x2 - 8x =
1) 4x² ÷ 2x = 2x = 6 . (-2)2 – 8 . (-2) =

Matemática 8
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APOSTILAS OPÇÃO

= 6 . 4 + 16 = 02. (Pref. de Cipotânea/MG – Auxiliar Administrativo –


= 24 + 16 = REIS&REIS) Subtraia os polinômios abaixo:
= 40 (-12ab + 6a) – (-13ab + 5a) =
(A) 2ab + a
Multiplicação de monômios (B) a + b
Para multiplicarmos monômios não é necessário que eles (C) ab + a
sejam semelhantes, basta multiplicarmos coeficiente com (D) ab + 2a
coeficiente e parte literal com parte literal. Sendo que quando (E) -14ab
multiplicamos as partes literais devemos usar a propriedade
da potência que diz: am . an = am + n (bases iguais na 03. (Pref. de Trindade/GO – Auxiliar Administrativo –
multiplicação repetimos a base e somamos os expoentes). FUNRIO) Um aluno dividiu o polinômio (x2 − 5x + 6) pelo
(3a2b).(- 5ab3) na multiplicação dos dois monômios, binômio (x − 3) e obteve, corretamente, resto igual zero e
devemos multiplicar os coeficientes 3 . (-5) e na parte literal quociente (ax + b). O valor de (a − b) é igual a:
multiplicamos as que têm mesma base para que possamos (A) 0
usar a propriedade am . an = am + n. (B) 1
3 . ( - 5) . a2 . a . b . b3 = (C) 2
= - 15 a2 +1 b1 + 3 = (D) 3
= - 15 a3b4 (E) 4

Divisão de monômios 04. Se A = x² - 2x + 3 e B = 3x² - 8x + 5, então o valor de 2A


Para dividirmos os monômios não é necessário que eles – 3B é:
sejam semelhantes, basta dividirmos coeficiente com (A) -7x² + 20x -9
coeficiente e parte literal com parte literal. Sendo que quando (B) -7x² + 20x -15
dividirmos as partes literais devemos usar a propriedade da (C) -9x² + 10x -9
potência que diz: am ÷ an = am - n (bases iguais na divisão (D) x² + 20x -9
repetimos a base e diminuímos os expoentes), sendo que a ≠ 0. (E) 4x² - 10x + 8
(-20x2y3) ÷ (- 4xy3) na divisão dos dois monômios,
devemos dividir os coeficientes -20 e -4 e na parte literal Comentários
dividirmos as que têm mesma base para que possamos usar a
propriedade am ÷ an = am – n. 01. Resposta: C.
- 20 ÷ (– 4) . x2 ÷ x . y3 ÷ y3 = 2x (5x + 7y) + 9x(2y)
= 5 x2 – 1 y3 – 3 = 10x² + 14xy + 18xy
= 5x1y0 = 10x² + 32xy
= 5x
02. Resposta: C.
Potenciação de monômios (-12ab + 6a) – (-13ab + 5a)
Na potenciação de monômios devemos novamente utilizar = -12ab + 6a +13ab - 5a
uma propriedade da potenciação: = ab + a

I - (a . b)m = am . bm 03. Resposta: D.


II - (am)n = am . n

Veja alguns exemplos:


(-5x2b6)2 aplicando a propriedade

I - (-5)2 . (x2)2 . (b6)2 aplicando a propriedade


II - 25 . x4 . b12 25x4b12 O Polinômio "x² -5x +6" é dividido por "x - 3" gerando o
resultado de "x - 2", o termo que acompanha o "x" será o "a" e
Radiciação de monômios o que está sozinho será o "b", então:
Na radicação de monômios retiramos a raiz do coeficiente Se o quociente é (ax+b), temos que o quociente da nossa
numérico e também de cada um de seus fatores, em resumo questão é x-2, como a questão pede (a-b), que será a=1 e b= -
isso equivale a dividirmos cada expoente dos fatores pelo 2 --> (1 - (-2)) = 1+2 = 3
índice da raiz.
Exemplo: 04. Resposta: A.
A raiz de √9x4y6z² Se A = x² - 2x + 3 e B = 3x² - 8x + 5
√9𝑥 4 𝑦 6 𝑧 2 → √9. √𝑥 4 . √𝑦 6 . √𝑧 2 → 3. 𝑥 4:2 . 𝑦 6:2 . 𝑧 2:2 → 3𝑥 2 𝑦 3 𝑧 Então,
2A = 2.( x² - 2x + 3) = 2x² - 4x + 6
Questões 3B = 3.(3x² - 8x + 5) = 9x² - 24x + 15.
Assim 2A – 3B =
01. (Pref. de Terra de Areia/RS – Agente 2x² - 4x + 6 – (9x² - 24x + 15)
Administrativo – OBJETIVA) Assinalar a alternativa que 2x² - 4x + 6 –9x² + 24x – 15 =
apresenta o resultado do polinômio abaixo: -7x² + 20x -9
2x(5x + 7y) + 9x(2y)
(A) 10x + 14xy + 18yx
(B) 6x² + 21xy
(C) 10x² + 32xy
(D) 10x² + 9y
(E) 22x + 9y

Matemática 9
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APOSTILAS OPÇÃO

- Se B = {0, 1, 2, 3 }, então
Conjuntos.

Os conceitos de conjunto, elemento e pertinência são


primitivos, ou seja, não são definidos.
Esses objetos podem ser de qualquer natureza. Podemos
falar em conjunto de casas, de alunos, de logotipos, de figuras
geométricas, de números etc. Conjunto Vazio
Conjuntos, como usualmente são concebidos, têm Conjunto vazio é aquele que não possui elementos.
elementos. Um conjunto geralmente é indicado por uma letra Representa-se pela letra do alfabeto norueguês Ø ou,
maiúscula do alfabeto. simplesmente { }.
Os objetos que compõem um conjunto são chamados
elementos. Convém frisar que um conjunto pode ele mesmo Exemplos
ser elemento de algum outro conjunto. - Ø= {x : x é um número inteiro e 3x = 1}
Em geral indicaremos os conjuntos pelas letras maiúsculas - Ø= {x | x é um número natural e 3 – x = 4}
A, B, C, ..., X, e os elementos pelas letras minúsculas a, b, c, ..., x, - Ø= {x | x ≠ x}
y, ..., embora não exista essa obrigatoriedade.
Outro conceito fundamental é o de relação de pertinência Subconjunto
que nos dá um relacionamento entre um elemento e um Sejam A e B dois conjuntos. Se todo elemento de A é
conjunto. também elemento de B, dizemos que A é um subconjunto de B
Se x é um elemento de um conjunto A, escreveremos x∈A ou A é a parte de B ou, ainda, A está contido em B e indicamos
Lê-se: x é elemento de A ou x pertence a A. por A ⊂ B.
Se x não é um elemento de um conjunto A, escreveremos
x∉A Portanto, A ⊄B significa que A não é um subconjunto de B
Lê-se x não é elemento de A ou x não pertence a A. ou A não é parte de B ou, ainda, A não está contido em B.
Por outro lado, A ⊄ B se, e somente se, existe, pelo menos,
Como representar um conjunto um elemento de A que não é elemento de B.
Pela designação de seus elementos: Escrevemos os
elementos entre chaves, separando os por vírgula. Exemplos
- {2, 4} ⊂{2, 3, 4}, pois 2 ∈ {2, 3, 4} e 4 ∈ {2, 3, 4}
Exemplos
{3, 6, 7, 8} indica o conjunto formado pelos elementos 3, 6, - {2, 3, 4}  {2, 4}, pois 3 ∉{2, 4}
7 e 8. - {5, 6} ⊂ {5, 6}, pois 5 ∈{5, 6} e 6 ∈{5, 6}
{a; b; m} indica o conjunto constituído pelos elementos a,
b, m. Inclusão e pertinência
Pela propriedade de seus elementos: Conhecida uma A definição de subconjunto estabelece um relacionamento
propriedade P que caracteriza os elementos de um conjunto A, entre dois conjuntos e recebe o nome de relação de inclusão
este fica bem determinado. (⊂).
P termo “propriedade P que caracteriza os elementos de A relação de pertinência (∈) estabelece um relacionamento
um conjunto A” significa que, dado um elemento x qualquer entre um elemento e um conjunto e, portanto, é diferente da
temos: relação de inclusão.
Assim sendo, o conjunto dos elementos x que possuem a
propriedade P é indicado por: Exemplo
{x, tal que x tem a propriedade P} {1, 3} ⊂{1, 3, 4}
Uma vez que “tal que” pode ser denotado por t.q. ou | ou 2 ∈ {2, 3, 4}
ainda :, podemos indicar o mesmo conjunto por:
{x, t . q . x tem a propriedade P} ou, ainda, Igualdade
{x : x tem a propriedade P} Sejam A e B dois conjuntos. Dizemos que A é igual a B e
indicamos por A = B se, e somente se, A é subconjunto de B e B
Exemplos é também subconjunto de A.
- { x, t.q. x é vogal } é o mesmo que {a, e, i, o, u} Demonstrar que dois conjuntos A e B são iguais equivale,
- {x | x é um número natural menor que 4 } é o mesmo que segundo a definição, a demonstrar que A ⊂ B e B ⊂ A.
{0, 1, 2, 3} Segue da definição que dois conjuntos são iguais se, e
- {x : x em um número inteiro e x² = x } é o mesmo que {0, somente se, possuem os mesmos elementos.
1} Portanto A ≠ B significa que A é diferente de B. Portanto A
≠ B se, e somente se, A não é subconjunto de B ou B não é
Pelo diagrama de Venn-Euler: O diagrama de Venn-Euler subconjunto de A.
consiste em representar o conjunto através de um “círculo” de
tal forma que seus elementos e somente eles estejam no Exemplos
“círculo”. - {2, 4} = {4, 2}, pois {2, 4} ⊂ {4, 2} e {4, 2}⊂ {2, 4}. Isto nos
mostra que a ordem dos elementos de um conjunto não deve
Exemplos ser levada em consideração. Em outras palavras, um conjunto
- Se A = {a, e, i, o, u} então fica determinado pelos elementos que o mesmo possui e não
pela ordem em que esses elementos são descritos.
- {2, 2, 2, 4} = {2, 4}, pois {2, 2, 2, 4} ⊂ {2, 4} e {2, 4} ⊂ {2, 2,
2, 4}. Isto nos mostra que a repetição de elementos é
desnecessária.
- {a, a} = {a}

Matemática 10
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APOSTILAS OPÇÃO

- {a, b} = {a} ↔ a= b Se A tem n elementos então A possui 2n subconjuntos e,


- {1, 2} = {x, y} ↔ (x = 1 e y = 2) ou (x = 2 e y = 1) portanto, P(A) possui 2n elementos.

Número de Elementos da União e da Intersecção de União de conjuntos


Conjuntos A união (ou reunião) dos conjuntos A e B é o conjunto
Dados dois conjuntos A e B, como vemos na figura abaixo, formado por todos os elementos que pertencem a A ou a B.
podemos estabelecer uma relação entre os respectivos Representa-se por A∪B.
números de elementos. Simbolicamente: A∪B = {X | X∈A ou X∈B}

𝑛(𝐴 ∪ 𝐵) = 𝑛(𝐴) + 𝑛(𝐵) − 𝑛(𝐴 ∩ 𝐵)

Note que ao subtrairmos os elementos comuns (𝑛(𝐴 ∩ 𝐵))


Exemplos
evitamos que eles sejam contados duas vezes. - {2, 3}∪{4, 5, 6}={2, 3, 4, 5, 6}
- {2, 3, 4}∪{3, 4, 5}={2, 3, 4, 5}
Observações: - {2, 3}∪{1, 2, 3, 4}={1, 2, 3, 4}
a) Se os conjuntos A e B forem disjuntos ou se mesmo um - {a, b}∪{a, b}
deles estiver contido no outro, ainda assim a relação dada será
verdadeira. Intersecção de conjuntos
b) Podemos ampliar a relação do número de elementos A intersecção dos conjuntos A e B é o conjunto formado por
para três ou mais conjuntos com a mesma eficiência. todos os elementos que pertencem, simultaneamente, a A e a
B. Representa-se por A∩B. Simbolicamente: A∩B = {X | X∈A e
Observe o diagrama e comprove. X∈B}

Exemplos
- {2, 3, 4}∩{3, 5}={3}
- {1, 2, 3}∩{2, 3, 4}={2, 3}
- {2, 3}∩{1, 2, 3, 5}={2, 3}
𝑛(𝐴 ∪ 𝐵 ∪ 𝐶) = 𝑛(𝐴) + 𝑛(𝐵) + 𝑛(𝐶) − 𝑛(𝐴 ∩ 𝐵) −
- {2, 4}∩{3, 5, 7}=Ø
−𝑛(𝐴 ∩ 𝐶) − 𝑛(𝐵 ∩ 𝐶) + 𝑛(𝐴 ∩ 𝐵 ∩ 𝐶)
Observação: Se A∩B=Ø, dizemos que A e B são conjuntos
disjuntos.
Conjunto das partes
Dado um conjunto A podemos construir um novo conjunto
formado por todos os subconjuntos (partes) de A. Esse novo
conjunto chama-se conjunto dos subconjuntos (ou das partes)
de A e é indicado por P(A).

Exemplos
a) = {2, 4, 6}
P(A) = {Ø, {2}, {4}, {6}, {2,4}, {2,6}, {4,6}, A} Subtração
A diferença entre os conjuntos A e B é o conjunto formado
b) = {3,5} por todos os elementos que pertencem a A e não pertencem a
P(B) = {Ø, {3}, {5}, B} B. Representa-se por A – B. Simbolicamente: A – B = {X | X ∈A
e X∉B}
c) = {8}
P(C) = {Ø, C}

d) = Ø
P(D) = {Ø}

Propriedades
Seja A um conjunto qualquer e Ø o conjunto vazio. Valem
as seguintes propriedades:
O conjunto A – B é também chamado de conjunto
Ø≠(Ø) Ø∉Ø Ø⊂Ø Ø∈{Ø} complementar de B em relação a A, representado por CAB.
Simbolicamente: CAB = A – B = {X | X∈A e X∉B}
Ø⊂A ↔ Ø ∈ P(A) A ⊂ A ↔ A ∈ P(A)

Matemática 11
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APOSTILAS OPÇÃO

Exemplos
A = {0, 1, 2, 3} e B = {0, 2}
CAB = A – B = {1, 3} e CBA = B – A =Ø
A = {1, 2, 3} e B = {2, 3, 4}
CAB = A – B = {1} e CBA = B – A = {14}

A = {0, 2, 4} e B = {1 ,3 ,5}
CAB = A – B = {0, 2, 4} e CBA = B – A = {1, 3, 5}

Observações: Alguns autores preferem utilizar o conceito


A análise adequada do diagrama permite concluir
de completar de B em relação a A somente nos casos em que B
corretamente que o número de medalhas conquistadas por
⊂ A.
esse país nessa edição dos jogos universitários foi de:
- Se B ⊂ A representa-se por ̅B o conjunto complementar
(A) 15.
de B em relação a A. Simbolicamente: B ⊂ A ↔ ̅B= A – B = CAB´
(B) 29.
(C) 52.
(D) 46.
(E) 40.

04. (Pref. de Camaçari/BA – Téc. Vigilância em Saúde


NM – AOCP) Qual é o número de elementos que formam o
conjunto dos múltiplos estritamente positivos do número 3,
menores que 31?
(A) 9
(B) 10
(C) 11
Exemplos (D) 12
Seja S = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6}. Então: (E) 13
a) A = {2, 3, 4} → A ̅ = {0, 1, 5, 6}
b) B = {3, 4, 5, 6 } → B̅ = {0, 1, 2} 05. (Pref. de Camaçari/BA – Téc. Vigilância em Saúde
c) C = Ø→ C̅ = S NM – AOCP) Considere dois conjuntos A e B, sabendo que 𝐴 ∩
𝐵 = {3}, 𝐴 ∪ 𝐵 = {0; 1; 2; 3; 5} 𝑒 𝐴 − 𝐵 = {1; 2}, assinale a
Número de elementos de um conjunto alternativa que apresenta o conjunto B.
Sendo X um conjunto com um número finito de elementos, (A) {1;2;3}
representa-se por n(X) o número de elementos de X. Sendo, (B) {0;3}
ainda, A e B dois conjuntos quaisquer, com número finito de (C) {0;1;2;3;5}
elementos temos: (D) {3;5}
n(A ∪ B) = n(A) + n(B) - n(A ∩ B) (E) {0;3;5}
A ∩ B = Ø → n(A ∪ B) = n(A) + n(B)
n(A - B) = n(A) - n(A ∩ B) 06. (Metrô/SP – Engenheiro Segurança Do Trabalho –
B ⊂ A → n(A - B) = n(A) - n(B) FCC) Uma pesquisa, com 200 pessoas, investigou como eram
utilizadas as três linhas: A, B e C do Metrô de uma cidade.
Questões Verificou-se que 92 pessoas utilizam a linha A; 94 pessoas
utilizam a linha B e 110 pessoas utilizam a linha C. Utilizam as
01. (MGS- Nível Fundamental Incompleto-IBFC) A linhas A e B um total de 38 pessoas, as linhas A e C um total de
união entre os conjuntos A ={ 0,1,2,3,4,5} e B = {1,2,3,5,6,7,8} 42 pessoas e as linhas B e C um total de 60 pessoas; 26 pessoas
é: que não se utilizam dessas linhas. Desta maneira, conclui-se
(A){0,1,2,3,5,6,7,8} corretamente que o número de entrevistados que utilizam as
(B){0,1,2,3,4,5,6,7,8} linhas A e B e C é igual a:
(C){1,2,3,4,5,6,7,8} (A) 50.
(D){0,1,2,3,4,5,6,8} (B) 26.
(C) 56.
02. (Pref. de Maria Helena/PR - Professor - Ensino (D) 10.
Fundamental - FAFIPA) Considere os conjuntos A= (E) 18.
{3,6,11,13,21} e B= {2,3,4,6,9,11,13,19,21,23,26}. Sobre os
conjuntos A e B podemos afirmar que: Comentários
(A)A ⊂ B
(B)9 ∉ B 01. Resposta: B.
(C)17 ∈ A A ={0,1,2,3,4,5} e B = {1,2,3,5,6,7,8}
(D)A ⊃ B A união entre conjunto é juntar A e B:
{0,1,2,3,4,5,6,7,8}
03. (Metrô/SP – Oficial Logística –Almoxarifado I –
FCC) O diagrama indica a distribuição de atletas da delegação 02. Resposta: A.
de um país nos jogos universitários por medalha conquistada. A "está contido em" B ou seja todos os números do
Sabe-se que esse país conquistou medalhas apenas em conjunto A estão no conjunto B.
modalidades individuais. Sabe-se ainda que cada atleta da ⊂ = A está contido em
delegação desse país que ganhou uma ou mais medalhas não ∉ = não pertence
ganhou mais de uma medalha do mesmo tipo (ouro, prata, ∈ = Pertence
bronze). De acordo com o diagrama, por exemplo, 2 atletas da
delegação desse país ganharam, cada um, apenas uma medalha
de ouro.

Matemática 12
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APOSTILAS OPÇÃO

03. Resposta: D. ax = - b
Pelo diagrama verifica-se o número de atletas que x=-−
𝒃

ganharam medalhas. 𝒂

No caso das intersecções, devemos multiplicar por 2 (por


Termos da equação do 1º grau
ser 2 medalhas )e na intersecção das três medalhas
3x + 2 = x - 4
(multiplica-se por 3).
Nesta equação cada membro possui dois termos:
Intersecções:
1º membro composto por 3x e 2
6 ∙ 2 = 12
2º membro composto pelo termo x e -4
1∙2=2
4∙2=8
Resolução da equação do 1º grau
3∙3=9
O método que usamos para resolver a equação de 1º grau
Somando as outras:
(encontrar sua raiz) é isolando a incógnita, isto é, deixar a
2+5+8+12+2+8+9=46
incógnita sozinha em um dos lados da igualdade. O método
mais utilizado para isto é invertermos as operações. Vejamos:
04. Resposta: B.
Resolvendo a equação 2x + 600 = x + 750, devemos
A={3,6,9,12,15,18,21,24,27,30}
“passar” os termos que tem x para um lado e os números para
10 elementos
o outro invertendo as operações.
2x – x = 750 – 600, com isso podemos resolver a equação e
05. Resposta: E.
encontrar x = 150.
Como a intersecção dos dois conjuntos, mostra que 3 é
elemento de B.
Exemplo
A-B são os elementos que tem em A e não em B.
Resolução da equação 3x – 2 = 16, invertendo operações.
Então de AB, tiramos que B={0;3;5}.
Procedimento e justificativa: Se 3x – 2 dá 16, conclui-se
06. Resposta: E.
que 3x dá 16 + 2, isto é, 18 (invertemos a subtração). Se 3x é
igual a 18, é claro que x é igual a 18: 3, ou seja, 6 (invertemos a
multiplicação por 3).
Registro:
3x – 2 = 16
3x = 16 + 2
3x = 18
18
x=
3
x=6

Resumindo:
92-38+x-x-42+x+94-38+x-x-60+x+110-42+x-x-60+x+38- Se a + b = c, conclui-se que a = c – b.
x+x+42-x+60-x+26=200
X=200-182 Na primeira igualdade, a parcela b aparece somando no
X=18 lado esquerdo; na segunda, a parcela b aparece subtraindo no
lado direito da igualdade.
- Se a . b = c, conclui-se que a = c : b, desde que b ≠ 0.

Equações do 1º e 2º graus. Na primeira igualdade, o número b aparece multiplicando


no lado esquerdo; na segunda, ele aparece dividindo no lado
direito da igualdade.

EQUAÇÃO DO 1º GRAU OU LINEAR Exemplos


01. O triplo de um número menos 21 é igual a 6, quem é
Equação é uma sentença matemática expressa por uma esse número?
igualdade em que há pelo menos uma letra que representa um Como não sabemos quem é este número, chamaremos ele
número desconhecido, chamada de incógnita. de “x”, assim, o triplo de um número é 3x, menos 21 é – 21,
ficará então:
Exemplos 3x – 21 = 6
2x + 8 = 0 3x = 6 + 21
5x – 4 = 6x + 8 3x = 27
27
x=
3
Não são equações
x=9
4 + 8 = 7 + 5 (Não é uma sentença aberta)
x – 5 < 3 (Não é igualdade)
02. A soma de três números consecutivos é 126. Quais são
5 ≠ 7 (não é sentença aberta, nem igualdade)
esses números?
Como não sabemos quem são estes números e eles são
Termo Geral da equação do 1º grau
consecutivos, vamos enumerá-los a partir do primeiro,
Onde a e b são números conhecidos e “a” diferente de 0, se
chamando ele de “x”, o consecutivo será “x + 1”, e o consecutivo
resolve de maneira simples: subtraindo b dos dois lados
de “x + 1” será “x + 2”, equacionando, teremos:
obtemos (adiante apresentaremos uma outra forma de
x + x + 1 + x + 2 = 126
resolução, mais simples):
3x + 3 = 126
ax + b = 0
3x = 126 – 3
ax + b - b = 0 – b
3x = 123

Matemática 13
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APOSTILAS OPÇÃO

x=
123 Sabendo que esse time marcou, durante esse torneio, um
3
total de 28 gols, então, o número de jogos em que foram
x = 41
marcados 2 gols é:
Assim os números serão 41, 42 e 43.
(A) 3.
(B) 4.
03. Encontre a solução para a equação: 2.(9x – 4) – 7 + (6 –
(C) 5.
5x).3 = 18
(D) 6.
(E) 7.
Temos a equação, mas para iniciar devemos aplicar a
propriedade distributiva.
05. (PRODAM/AM - Auxiliar de Motorista - FUNCAB)
2.(9x – 4) – 7 + (6 – 5x).3 = 18
Um grupo formado por 16 motoristas organizou um churrasco
18x – 8 – 7 + 18 – 15x = 18
para suas famílias. Na semana do evento, seis deles desistiram
Agora é deixar letra para um lado e número para o outro,
de participar. Para manter o churrasco, cada um dos
lembre-se de inverter a operação.
motoristas restantes pagou R$ 57,00 a mais.
18x – 15x = 18 + 8 + 7 – 18
O valor total pago por eles, pelo churrasco, foi:
3x = 15
15 (A) R$ 570,00
x= (B) R$ 980,50
3
x=5 (C) R$ 1.350,00
(D) R$ 1.480,00
Questões (E) R$ 1.520,00

01. (UFG/GO - Técnico de Tecnologia da Informação - Comentários


UFG/2018) Um feirante vende pamonhas na feira e tem um
custo inicial de R$ 250,00, além de um custo médio para 01. Resposta: C
produzir cada pamonha de R$ 3,20. Em um dia de feira, o seu Custo inicial: 250
custo total foi de R$ 973,20. Nessas condições, nesse dia, ele Custo por pamonha: 3,20
produziu quantas pamonhas? Custo total: 973,20
Como não sabemos a quantidade de pamonhas vendidas,
(A) 196 chamaremos de x.
(B) 218 Assim a fórmula será: 3,20x + 250 = 973,20
(C) 226 3,20x = 973,20 – 250
(D) 244 3,20x = 723,20
723,20
x= = 226 pamonhas
02. (AFAP - Assistente Administrativo de Fomento - 3,20

FCC/2019) A soma de três números pares, positivos e


consecutivos é 330. O maior número dessa sequência é o 02. Resposta: D
número Como não sabemos quem são esses valores chamaremos o
(A) 116. primeiro de x, o consecutivo de x + 2 e o próximo x + 4, pois
(B) 108. são consecutivos e pares, assim:
(C) 100. x + x + 2 + x + 4 = 330
(D) 112. 3x = 330 – 6
(E) 110. 3x = 324
324
x= = 108.
3
03. (IFES - Assistente em Administração - IFES/2019) Assim os números são 108, 110 e 112
Dois amigos alugaram dois carros (um carro cada um), da
mesma categoria, em duas locadoras diferentes. A Locadora A 03. Resposta: B
cobra uma diária de R$ 100,00, acrescida de um valor de R$ Vamos aos dados: Locadora A: 100 + 0,50x.
0,50 por km rodado; enquanto a Locadora B cobra uma diária Locadora B: 70 + 0,80x.
de R$ 70,00, acrescida de R$ 0,80 por km rodado. Sabe-se que Como eles pagaram o mesmo valor podemos igualar A = B.
os dois entregaram os carros no final do dia e que pagaram o 100 + 0,50x = 70 + 0,80x
mesmo valor pela locação dos veículos. Pode-se afirmar que o 100 – 70 = 0,80x – 0,50x
valor pago e a quilometragem percorrida por cada um foram, 30 = 0,30x
respectivamente, iguais a: x=
30
= 100km, assim o valor pago será:
(A) R$ 100,00 e 150 km 0,30

(B) R$ 150,00 e 100 km A: 100 + 0,50.100 = 100 + 50 = 150 reais (Poderíamos ter
(C) R$ 160,00 e 180 km feito em B, daria o mesmo resultado).
(D) R$ 180,00 e 160 km R$150,00 e 100km.
(E) R$ 200,00 e 200 km
04. Resposta: E
04. (PM/SP - Oficial Administrativo - VUNESP) O gráfico Devemos multiplicar o número de jogos pelo número de
mostra o número de gols marcados, por jogo, de um gols e somar e igualando a 28.
determinado time de futebol, durante um torneio. 0.2 + 1.8 + 2.x + 3.2 = 28
0 + 8 + 2x + 6 = 28 → 2x = 28 – 14 → x = 14 / 2
x=7

05. Resposta: E
Vamos chamar de ( x ) o valor para cada motorista. Assim:
16 . x = Total
Total = 10 . (x + 57) (pois 6 desistiram)
Combinando as duas equações, temos:
16.x = 10.x + 570 → 16.x – 10.x = 570

Matemática 14
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APOSTILAS OPÇÃO

6.x = 570 → x = 570 / 6 → x = 95


O valor total é: 16 . 95 = R$ 1520,00.

EQUAÇÃO DO 2º GRAU

Equação é toda sentença matemática que possui incógnitas


(letras), coeficientes (números) e um sinal de igualdade (=). As Nesta fórmula, o fato de x ser ou não número real vai
equações do 2° grau3 ou equações quadráticas, são aquelas depender do discriminante Δ; temos então, três casos a
onde temos uma variável cujo maior grau deverá ser 2, pode estudar.
ser escrita da seguinte forma:
Duas raízes reais
distintas.

Em que a, b, c são números reais e a ≠ 0. −b+ 


1º caso
Δ>0 x' =
Nas equações de 2° grau com uma incógnita, os números (Positivo) 2.a
reais expressos por a, b, c são chamados coeficientes da −b− 
equação. x '' =
2.a
Equação completa e incompleta: Duas raízes reais iguais.
Quando b ≠ 0 e c ≠ 0, a equação do 2º grau se diz completa. Δ=0 −b
2º caso x’ = x” =
(Nulo)
Exemplos 2a
x2 - 5x + 6 = 0= 0 é uma equação completa (a = 1, b = – 5, c Δ<0 Não temos raízes reais.
= 6). 3º caso
(Negativo)
-3y2 + 2y - 15 = 0 é uma equação completa (a = -3, b = 2, c
= -15).
A existência ou não de raízes reais e o fato de elas serem
Quando b = 0 ou c = 0 ou b = c = 0, a equação do 2º grau se duas ou uma única dependem, exclusivamente, do
diz incompleta. discriminante Δ = b2 – 4.a.c; daí o nome que se dá a essa
Todas essas equações estão escritas na forma ax2 + bx + c expressão.
= 0, que é denominada forma normal ou forma reduzida de
uma equação do 2º grau com uma incógnita. Exemplo
1) Resolver a equação 3x2 + 7x + 9 = 0 no conjunto R.
Raízes de uma equação do 2º grau Temos: a = 3, b = 7 e c = 9
Raiz é o número real que, ao substituir a incógnita de uma
equação, transforma-a numa sentença verdadeira. As raízes
formam o conjunto verdade ou solução de uma equação.

Resolução das equações incompletas do 2º grau com


uma incógnita.
−7 ± √−59
Primeiramente devemos saber duas importantes 𝑥=
propriedades dos números Reais que é o nosso conjunto 6
Universo.
Como Δ < 0, a equação não tem raízes reais.
Então: S = ᴓ
1º) Se x ϵ R, y ϵ R e x.y=0, então x= 0 ou y=0
2º) Se x ϵ R, y ϵ R e x2=y, então x= √𝑦 ou x=-√𝑦 Relação entre os coeficientes e as raízes
As equações do 2º grau possuem duas relações entre suas
1º Caso) A equação é da forma ax2 + bx = 0. raízes, são as chamadas relações de Girard, que são a Soma (S)
x2 – 9x = 0  colocamos x em evidência e o Produto (P).
x . (x – 9) = 0 , aplicando a 1º propriedade dos reais temos:
x=0 ou x–9=0 1) Soma das raízes é dada por: 𝑺 = 𝒙𝟏 + 𝒙𝟐 = −
𝒃
x=9 𝒂
Logo, S = {0, 9} e os números 0 e 9 são as raízes da equação. 𝒄
2) Produto das raízes é dada por: 𝑷 = 𝒙𝟏 . 𝒙𝟐 =
𝒂
2º Caso) A equação é da forma ax2 + c = 0.
x2 – 16 = 0 Logo podemos reescrever a equação da seguinte forma:
x2 = 16
x2 = ±√16 x2 – Sx + P=0
x = ± 4, (aplicando a segunda propriedade).
Logo, S = {–4, 4}. Exemplo
Determine uma equação do 2º grau cujas raízes sejam os
Resolução das equações completas do 2º grau com números 2 e 7.
uma incógnita. Resolução:
Para este tipo de equação utilizaremos a Fórmula de Pela relação acima temos:
Bháskara. Essa fórmula é chamada fórmula resolutiva ou S = 2+7 = 9 e P = 2.7 = 14 → Com esses valores montamos
fórmula de Bháskara. a equação: x2 -9x +14 =0

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Matemática 15
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APOSTILAS OPÇÃO

Questões a = 1, b = - 7, c = 12
∆= (−7)2 − 4. (1). (12) ⇒ 49 − 48 = 1
01. Para que a equação (3m-9)x²-7x+6=0 seja uma −(−7) ± √1 7±1
equação de segundo grau, o valor de m deverá, 𝑥= ⇒𝑥=
2.1 2
necessariamente, ser diferente de:
(A) 1. 𝑥1 =
7+1 8
= =4
(B) 2. 2 2
(C) 3. 7−1 6
(D) 0. 𝑥2 = = =3
2 2
(E) 9. Como ele quer saber a raiz quadrada de x1² + x2², 4²+3³ =
16 + 9 = 25.
02. (SEDUC/SP - Agente de Organização Escolar - √25 = 5
VUNESP/2018) As quantidades de vagas de carros e motos na
garagem de uma casa são dadas pelas raízes da equação -x² + 04. Resposta: B
6x = 5. Sabendo que há mais vagas de carros do que de motos, x²-6x+8=0
a quantidade de vagas de moto nesta garagem é de: ∆= (−6)2 − 4.1.8 ⇒ 36 − 32 = 4
(A) 1.
(B) 2. −(−6)±√4 6±2
(C) 3. 𝑥= ⇒𝑥=
2.1 2
(D) 4.
6+2
(E) 5. 𝑥1 = =4
2

03. (Pref. de Quixeré/CE - Professor PEB II - 6−2


𝑥2 = =2
CETREDE/2018) Sejam x1 e x2 as raízes da equação x² – 7x 2
+12 = 0. Então a raiz quadrada do número x1² + x2² é:
(A) 10. Dobro da menor raiz: 22=4
(B) 5.
(C) 15.
(D) –25.
(E) 125. Razões e proporções.
04. O dobro da menor raiz da equação de 2º grau dada por
x²-6x=-8 é:
(A) 2 RAZÃO
(B) 4
(C) 8 Razão4 nada mais é que o quociente entre dois números
(D) 12 (quantidades, medidas, grandezas).
Sendo a e b dois números, chama-se razão de a para b:
Comentários
𝑎
𝑜𝑢 𝑎: 𝑏 , 𝑐𝑜𝑚 𝑏 ≠ 0
01. Resposta: C 𝑏
Neste caso o valor de a ≠ 0, 𝑙𝑜𝑔𝑜: Onde:
3m - 9 ≠ 0, resolvendo: letra para um lado e número para o
outro.
3m ≠ 9
m≠3
Exemplo
02. Resposta: A Em um vestibular para o curso de marketing, participaram
Precisamos resolver a equação do 2° grau -x² + 6x = 5, para 3600 candidatos para 150 vagas. A razão entre o número de
isso vamos igualar a 0. vagas e o número de candidatos, nessa ordem, foi de
-x² + 6x – 5 = 0.
a = - 1, b = + 6, c = - 5 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑣𝑎𝑔𝑎𝑠 150 1
∆= (6)2 − 4. (−1). (−5) ⇒ 36 − 20 = 16 = =
𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑛𝑑𝑖𝑑𝑎𝑡𝑜𝑠 3600 24
−(+6) ± √16 −6 ± 4
𝑥= ⇒𝑥= Lemos a fração como: Um vinte e quatro avós.
2. (−1) −2

𝑥1 =
−6+4
=
−2
=1 - Quando a e b forem medidas de uma mesma grandeza,
−2 −2 essas devem ser expressas na mesma unidade.
−6−4 −10
𝑥2 = = =5 Razões Especiais
−2 −2
Como há mais vagas de carros do que de motos temos que Escala: Muitas vezes precisamos ilustrar distâncias muito
carros = 5 e motos = 1 grandes de forma reduzida, então utilizamos a escala, que é a
razão da medida no mapa com a medida real (ambas na mesma
03. Resposta: B unidade).
Vamos encontrar as raízes da equação do 2° grau x² – 7x 𝑚𝑒𝑑𝑖𝑑𝑎 𝑛𝑜 𝑚𝑎𝑝𝑎
𝐸=
+12 = 0. 𝑚𝑒𝑑𝑖𝑑𝑎 𝑟𝑒𝑎𝑙
x² – 7x +12 = 0

4
IEZZI, Gelson. et al. Fundamentos da Matemática: Financeira e Estatística
Descritiva. São Paulo. Editora Atual. 2011.

Matemática 16
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APOSTILAS OPÇÃO

Velocidade média: É a razão entre a distância percorrida e D) 2/7


o tempo total de percurso. As unidades utilizadas são km/h, E) 6/7
m/s, entre outras.
𝑑𝑖𝑠𝑡â𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑝𝑒𝑐𝑜𝑟𝑟𝑖𝑑𝑎 Resolução:
𝑉=
𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙

Densidade: É a razão entre a massa de um corpo e o seu Resposta “B”.


volume. As unidades utilizadas são g/cm³, kg/m³, entre outras.
𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑜 𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 Questões
𝐷=
𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑜 𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜
01. (UNESP - Agente de Desenvolvimento Infantil -
PROPORÇÃO UNESP/2019) A razão entre os professores e os demais
servidores de uma universidade é de 5 para 4. Se o total de
Bem resumido, temos que proporção5 é uma igualdade trabalhadores dessa universidade é 108, é correto afirmar
entre duas razões. que:
(A) A universidade possui 69 professores e 39
𝑎 𝑐 𝑎 𝑐
Dada as razões e , à setença de igualdade = chama- servidores.
𝑏 𝑑 𝑏 𝑑
se proporção. (B) A universidade possui 58 professores e 50
Onde: servidores.
(C) Trabalham nessa universidade 48 professores.
(D) O número de professores dessa universidade supera
o número de servidores da mesma instituição em 12
unidades.
Propriedades da Proporção (E) O número de professores excede o número de
servidores da universidade em 22 unidades.
1. Propriedade Fundamental
O produto dos meios é igual ao produto dos extremos, isto 02. (Câmara de Serrana/SP - Técnico Legislativo -
é, a . d = b . c. VUNESP/2019) Em determinada secretaria municipal, a
razão entre o número de servidores com até 5 anos de
Exemplo serviços prestados àquele município e o número de
45 9 servidores com mais de 5 anos de serviços prestados pode
Na proporção = (lê-se: “45 está para 30 , assim como
30 6 ser representada por 3/5. Sabendo-se que, no total, 104
9 está para 6.), aplicando a propriedade fundamental , temos: servidores prestam serviços naquela secretaria, a diferença
45.6 = 30.9 = 270 entre os números de servidores com mais tempo e menos
tempo de serviço prestados ao município em questão é igual
2. A soma dos dois primeiros termos está para o primeiro a
(ou para o segundo termo), assim como a soma dos dois (A) 25.
últimos está para o terceiro (ou para o quarto termo). (B) 26.
𝑎 𝑐 𝑎+𝑏 𝑐+𝑑 𝑎+𝑏 𝑐+𝑑 (C) 27.
= → = 𝑜𝑢 =
𝑏 𝑑 𝑎 𝑐 𝑏 𝑑 (D) 28.
(E) 29.
3. A diferença entre os dois primeiros termos está para o
primeiro (ou para o segundo termo), assim como a diferença 03. (MPE/GO – Auxiliar Administrativo – MPE/2019)
entre os dois últimos está para o terceiro (ou para o quarto Com a liberação da posse de arma de fogo recentemente
termo). concedida pelo governo federal, João ingressa num curso de
𝑎 𝑐 𝑎−𝑏 𝑐−𝑑 𝑎−𝑏 𝑐−𝑑 tiro de precisão com o intuito de adquirir o artefato. Na
= → = 𝑜𝑢 =
𝑏 𝑑 𝑎 𝑐 𝑏 𝑑 primeira tentativa, João acertou o alvo 15 vezes e errou 5.
A razão entre o número de acertos e o número de tiros
4. A soma dos antecedentes está para a soma dos dados é?
consequentes, assim como cada antecedente está para o seu
consequente. (A) 1\4.
𝑎 𝑐 𝑎+𝑐 𝑎 𝑎+𝑐 𝑐
= → = 𝑜𝑢 = (B) 3\4.
𝑏 𝑑 𝑏+𝑑 𝑏 𝑏+𝑑 𝑑 (C) 5\4.
(D) 7\4.
5. A diferença dos antecedentes está para a diferença dos
(E) 9\4.
consequentes, assim como cada antecedente está para o seu
consequente.
𝑎 𝑐 𝑎−𝑐 𝑎 𝑎−𝑐 𝑐 04. Foram construídos dois reservatórios de água. A razão
= → = 𝑜𝑢 = entre os volumes internos do primeiro e do segundo é de 2
𝑏 𝑑 𝑏−𝑑 𝑏 𝑏−𝑑 𝑑
para 5, e a soma desses volumes é 14m³. Assim, o valor
Exemplo envolvendo Razão e Proporção absoluto da diferença entre as capacidades desses dois
Em um concurso participaram 3000 pessoas e foram reservatórios, em litros, é igual a
aprovadas 1800. A razão do número de candidatos aprovados (A) 8000.
para o total de candidatos participantes do concurso é: (B) 6000.
A) 2/3 (C) 4000.
B) 3/5 (D) 6500.
C) 5/10 (E) 9000.

5
IEZZI, Gelson. et al. Matemática Volume Único. São Paulo. Editora Atual. 2011. www.educacao.globo.com

Matemática 17
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APOSTILAS OPÇÃO

Comentários
Regra de três simples e
01. Resposta: D
Pelo que foi dito no enunciado vamos aos fatos:
composta.
Chamaremos professor de “p” e servidor de “s”, assim
𝑝 5
= REGRA DE TRÊS SIMPLES
𝑠 4
Temos também que p + s = 108, portanto p = 108 – s, logo
Os problemas que envolvem duas grandezas diretamente
𝑝 5 ou inversamente proporcionais podem ser resolvidos através
= ,
𝑠 4 de um processo prático, chamado regra de três simples.
108 − 𝑠 5 Vejamos a tabela abaixo:
=
𝑠 4
Multiplicando em cruz: Grandezas Relação Descrição
5s = 4.108-4s Nº de MAIS funcionários
5s + 4s = 432 funcionário x Direta contratados demanda MAIS
9s = 432 serviço serviço produzido
432
s= = 48 Nº de MAIS funcionários
9
e p = 108 – 48 = 60 funcionário x Inversa contratados exigem MENOS
Assim o número de professores dessa universidade tempo tempo de trabalho
supera o número de servidores em 12 unidades. Nº de MAIS eficiência (dos
funcionário x Inversa funcionários) exige MENOS
02. Resposta: B eficiência funcionários contratados
Temos duas etapas, chamaremos de A aqueles com até 5 Nº de Quanto MAIOR o grau de
anos e de B aqueles com mais de 5 anos. funcionário x dificuldade de um serviço,
Direta
𝐴 3 grau MAIS funcionários deverão
= dificuldade ser contratados
𝐵 5
E também A + B = 104, logo A = 104 – B. MAIS serviço a ser produzido
Serviço x
Mas Direta exige MAIS tempo para
tempo
𝐴 3 realiza-lo
=
𝐵 5 Quanto MAIOR for a
104 − 𝐵 3 Serviço x
Direta eficiência dos funcionários,
= eficiência
𝐵 5 MAIS serviço será produzido
3B = 104.5 – 5B Quanto MAIOR for o grau de
3B + 5B = 520 Serviço x grau dificuldade de um serviço,
8B = 520 Inversa
de dificuldade MENOS serviços serão
520
B= = 65 produzidos
8
A = 104 – 65 = 39 Quanto MAIOR for a
Como é pedido a diferença, iremos fazer 65 – 39 = 26 eficiência dos funcionários,
Tempo x
Inversa MENOS tempo será
eficiência
03. Resposta: B necessário para realizar um
Vamos analisar as informações contidas no enunciado. determinado serviço
João Acertar o alvo: 15 Quanto MAIOR for o grau de
João Errar o alvo: 5 dificuldade de um serviço,
Tempo x grau
Podemos concluir a partir disto que ele atirou 20 vezes Direta MAIS tempo será necessário
de dificuldade
Como devemos encontrar a razão entre o número de para realizar determinado
acertos e o número de tiros dados, devemos fazer uma fração serviço
onde o numerador será 15 e o denominador 20, ou seja,
15 5 Exemplos:
= 1) Um carro faz 180 km com 15L de álcool. Quantos litros
20 4
de álcool esse carro gastaria para percorrer 210 km?
04. Resposta: B O problema envolve duas grandezas: distância e litros de
Vamos resolver esta questão de uma outra forma, diferente álcool.
das anteriores, iremos resolver através de uma constante de Indiquemos por x o número de litros de álcool a ser
proporcionalidade que chamaremos de “k”. consumido.
Primeiro: 2k Coloquemos as grandezas de mesma espécie em uma
Segundo: 5k mesma coluna e as grandezas de espécies diferentes que se
2k + 5k = 14 → 7k = 14 → k = 2 correspondem em uma mesma linha:
Primeiro: 2.2 = 4
Segundo: 5.2=10 Distância (km) Litros de álcool
Diferença: 10 – 4 = 6 m³ 180 ---- 15
Mas a resposta precisa ser em litros, assim, se 1m³ = 1000l, 210 ---- x
6m³ será 6x1000 = 6000l.
Na coluna em que aparece a variável x (“litros de álcool”),
vamos colocar uma flecha:

Observe que, se duplicarmos a distância, o consumo de


álcool também duplica. Então, as grandezas distância e litros

Matemática 18
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APOSTILAS OPÇÃO

de álcool são diretamente proporcionais. No esquema que Vamos representar pela letra x o tempo procurado.
estamos montando, indicamos esse fato colocando uma flecha Estamos relacionando dois valores da grandeza velocidade
na coluna “distância” no mesmo sentido da flecha da coluna (180 km/h e 300 km/h) com dois valores da grandeza tempo
“litros de álcool”: (20 s e x s).
Queremos determinar um desses valores, conhecidos os
outros três.

Armando a proporção pela orientação das flechas, temos: Se duplicarmos a velocidade inicial do carro, o tempo gasto
para fazer o percurso cairá para a metade; logo, as grandezas
180 15 são inversamente proporcionais. Assim, os números 180 e 300
=
210 𝑥 são inversamente proporcionais aos números 20 e x.
→ 𝑜𝑚𝑜 180 𝑒 210 𝑝𝑜𝑑𝑒𝑚 𝑠𝑒𝑟 𝑠𝑖𝑚𝑝𝑙𝑖𝑓𝑖𝑐𝑎𝑑𝑜𝑠 𝑝𝑜𝑟 30, 𝑡𝑒𝑚𝑜𝑠: Daí temos:
180: 30 15 1806 15 3600
= = 180.20 = 300. 𝑥 → 300𝑥 = 3600 → 𝑥 =
210: 30 𝑥 2107 𝑥 300
𝑥 = 12
→ 𝑚𝑢𝑙𝑡𝑖𝑝𝑙𝑖𝑐𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑐𝑟𝑢𝑧𝑎𝑑𝑜(𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜 𝑑𝑜 𝑚𝑒𝑖𝑜 𝑝𝑒𝑙𝑜𝑠 𝑒𝑥𝑡𝑟𝑒𝑚𝑜𝑠) Conclui-se, então, que se o competidor tivesse andando em
105 300 km/h, teria gasto 12 segundos para realizar o percurso.
→ 6𝑥 = 7.156𝑥 = 105 → 𝑥 = = 𝟏𝟕, 𝟓
6
Resposta: O carro gastaria 17,5 L de álcool. Questões

2) Viajando de automóvel, à velocidade de 50 km/h, eu 01. (PM/SP – Oficial Administrativo – VUNESP) Em 3 de


gastaria 7 h para fazer certo percurso. Aumentando a maio de 2014, o jornal Folha de S. Paulo publicou a seguinte
velocidade para 80 km/h, em quanto tempo farei esse informação sobre o número de casos de dengue na cidade de
percurso? Campinas.

Indicando por x o número de horas e colocando as


grandezas de mesma espécie em uma mesma coluna e as
grandezas de espécies diferentes que se correspondem em
uma mesma linha, temos:

Velocidade (km/h) Tempo (h)


50 ---- 7
80 ---- x

Na coluna em que aparece a variável x (“tempo”), vamos


colocar uma flecha:

Observe que, se duplicarmos a velocidade, o tempo fica


reduzido à metade. Isso significa que as grandezas velocidade
e tempo são inversamente proporcionais. No nosso
De acordo com essas informações, o número de casos
esquema, esse fato é indicado colocando-se na coluna
registrados na cidade de Campinas, até 28 de abril de 2014,
“velocidade” uma flecha em sentido contrário ao da flecha da
teve um aumento em relação ao número de casos registrados
coluna “tempo”:
em 2007, aproximadamente, de
(A) 70%.
(B) 65%.
(C) 60%.
(D) 55%.
(E) 50%.
Na montagem da proporção devemos seguir o sentido das
flechas. Assim, temos: 02. (FUNDUNESP – Assistente Administrativo –
7 80 7 808 VUNESP) Um título foi pago com 10% de desconto sobre o
= , 𝑖𝑛𝑣𝑒𝑟𝑡𝑒𝑚𝑜𝑠 𝑒𝑠𝑡𝑒 𝑙𝑎𝑑𝑜 → = 5 → 7.5 = 8. 𝑥
𝑥 50 𝑥 50 valor total. Sabendo-se que o valor pago foi de R$ 315,00, é
correto afirmar que o valor total desse título era de
35 (A) R$ 345,00.
𝑥= → 𝑥 = 4,375 ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠
8 (B) R$ 346,50.
(C) R$ 350,00.
Como 0,375 corresponde 22 minutos (0,375 x 60 minutos), (D) R$ 358,50.
então o percurso será feito em 4 horas e 22 minutos (E) R$ 360,00.
aproximadamente.
03. (PREF. IMARUÍ – AGENTE EDUCADOR – PREF.
3) Ao participar de um treino de fórmula Indy, um IMARUÍ) Manoel vendeu seu carro por R$27.000,00(vinte e
competidor, imprimindo a velocidade média de 180 km/h, faz sete mil reais) e teve um prejuízo de 10%(dez por cento) sobre
o percurso em 20 segundos. Se a sua velocidade fosse de 300 o valor de custo do tal veículo, por quanto Manoel adquiriu o
km/h, que tempo teria gasto no percurso? carro em questão?

Matemática 19
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APOSTILAS OPÇÃO

(A) R$24.300,00 de dias fica reduzido à metade). No nosso esquema isso será
(B) R$29.700,00 indicado colocando-se na coluna (máquinas) uma flecha no
(C) R$30.000,00 sentido contrário ao da flecha da coluna “dias”:
(D)R$33.000,00
(E) R$36.000,00

Respostas

01. Resposta: E. Agora vamos montar a proporção, igualando a razão que


Utilizaremos uma regra de três simples:
ano % 4
contém o x, que é , com o produto das outras razões, obtidas
11442 ------- 100 x
17136 ------- x
11442.x = 17136 . 100 x = 1713600 / 11442 = 149,8%  6 160 
segundo a orientação das flechas  . :
(aproximado)  8 300 
149,8% – 100% = 49,8%
Aproximando o valor, teremos 50%

02. Resposta: C.
Se R$ 315,00 já está com o desconto de 10%, então R$
315,00 equivale a 90% (100% - 10%). Simplificando as proporções obtemos:
Utilizaremos uma regra de três simples: 4 2 4.5
= → 2𝑥 = 4.5 → 𝑥 = → 𝑥 = 10
$ % 𝑥 5 2
315 ------- 90
x ------- 100 Resposta: Em 10 dias.
90.x = 315 . 100 x = 31500 / 90 = R$ 350,00
2) Uma empreiteira contratou 210 pessoas para
03. Resposta: C. pavimentar uma estrada de 300 km em 1 ano. Após 4 meses de
Como ele teve um prejuízo de 10%, quer dizer 27000 é serviço, apenas 75 km estavam pavimentados. Quantos
90% do valor total. empregados ainda devem ser contratados para que a obra seja
Valor % concluída no tempo previsto?
27000 ------ 90
X ------- 100 Comparemos cada grandeza com aquela em que está o x.
As grandezas “pessoas” e “tempo” são inversamente
27000 909 27000 9 proporcionais (duplicando o número de pessoas, o tempo fica
= 10 → = → 9.x = 27000.10 → 9x = 270000 reduzido à metade). No nosso esquema isso será indicado
𝑥 100 𝑥 10
→ x = 30000. colocando-se na coluna “tempo” uma flecha no sentido
contrário ao da flecha da coluna “pessoas”:
REGRA DE TRÊS COMPOSTA

O processo usado para resolver problemas que envolvem


mais de duas grandezas, diretamente ou inversamente
proporcionais, é chamado regra de três composta.
As grandezas “pessoas” e “estrada” são diretamente
Exemplos:
proporcionais. No nosso esquema isso será indicado
1) Em 4 dias 8 máquinas produziram 160 peças. Em
colocando-se na coluna “estrada” uma flecha no mesmo
quanto tempo 6 máquinas iguais às primeiras produziriam
sentido da flecha da coluna “pessoas”:
300 dessas peças?
Indiquemos o número de dias por x. Coloquemos as
grandezas de mesma espécie em uma só coluna e as grandezas
de espécies diferentes que se correspondem em uma mesma
linha. Na coluna em que aparece a variável x (“dias”),
coloquemos uma flecha:

Como já haviam 210 pessoas trabalhando, logo 315 – 210


Comparemos cada grandeza com aquela em que está o x. = 105 pessoas.
Reposta: Devem ser contratados 105 pessoas.
As grandezas peças e dias são diretamente proporcionais.
No nosso esquema isso será indicado colocando-se na coluna Referências
“peças” uma flecha no mesmo sentido da flecha da coluna MARIANO, Fabrício – Matemática Financeira para Concursos – 3ª Edição –
Rio de Janeiro: Elsevier,2013.
“dias”:
Questões

01. (CÂMARA DE SÃO PAULO/SP – TÉCNICO


ADMINISTRATIVO – FCC) O trabalho de varrição de 6.000 m²
de calçada é feita em um dia de trabalho por 18 varredores
As grandezas máquinas e dias são inversamente trabalhando 5 horas por dia. Mantendo-se as mesmas
proporcionais (duplicando o número de máquinas, o número

Matemática 20
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APOSTILAS OPÇÃO

proporções, 15 varredores varrerão 7.500 m² de calçadas, em Funcionários horas dias


um dia, trabalhando por dia, o tempo de 10---------------8--------------27
(A) 8 horas e 15 minutos. 8----------------9-------------- x
(B) 9 horas. Quanto menos funcionários, mais dias devem ser
(C) 7 horas e 45 minutos. trabalhados (inversamente proporcionais).
(D) 7 horas e 30 minutos. Quanto mais horas por dia, menos dias devem ser
(E) 5 horas e 30 minutos. trabalhados (inversamente proporcionais).
Funcionários horas dias
02. (PREF. CORBÉLIA/PR – CONTADOR – FAUEL) Uma 8---------------9-------------- 27
equipe constituída por 20 operários, trabalhando 8 horas por 10----------------8----------------x
dia durante 60 dias, realiza o calçamento de uma área igual a
4800 m². Se essa equipe fosse constituída por 15 operários, 27
=
8

9
→ x.8.9 = 27.10.8 → 72x = 2160 → x = 30 dias.
trabalhando 10 horas por dia, durante 80 dias, faria o 𝑥 10 8

calçamento de uma área igual a:


(A) 4500 m²
(B) 5000 m² Porcentagem.
(C) 5200 m²
(D) 6000 m²
(E) 6200 m²
Razões de denominador 100 que são chamadas de
03. (PC/SP – OFICIAL ADMINISTRATIVO – VUNESP) Dez razões centesimais ou taxas percentuais ou simplesmente de
funcionários de uma repartição trabalham 8 horas por dia, porcentagem. Servem para representar de uma
durante 27 dias, para atender certo número de pessoas. Se um maneira prática o "quanto" de um "todo" se está
funcionário doente foi afastado por tempo indeterminado e referenciando.
outro se aposentou, o total de dias que os funcionários Costumam ser indicadas pelo numerador seguido do
restantes levarão para atender o mesmo número de pessoas, símbolo % (Lê-se: “por cento”).
trabalhando uma hora a mais por dia, no mesmo ritmo de 𝒙
trabalho, será: 𝒙% =
(A) 29. 𝟏𝟎𝟎
(B) 30.
Exemplo:
(C) 33.
Em uma classe com 30 alunos, 18 são rapazes e 12 são
(D) 28.
moças. Qual é a taxa percentual de rapazes na classe?
(E) 31.
Resolução: A razão entre o número de rapazes e o total de
18
Respostas alunos é . Devemos expressar essa razão na forma
30
centesimal, isto é, precisamos encontrar x tal que:
01. Resposta: D.
Comparando- se cada grandeza com aquela onde esta o x. 18 𝑥
= ⟹ 𝑥 = 60
M² varredores horas 30 100
6000--------------18-------------- 5
7500--------------15--------------- x E a taxa percentual de rapazes é 60%. Poderíamos ter
Quanto mais a área, mais horas (diretamente divido 18 por 30, obtendo:
proporcionais)
Quanto menos trabalhadores, mais horas (inversamente 18
= 0,60(. 100%) = 60%
proporcionais) 30
5 6000 15
= ∙ - Lucro e Prejuízo
𝑥 7500 18
É a diferença entre o preço de venda e o preço de custo.
6000 ∙ 15 ∙ 𝑥 = 5 ∙ 7500 ∙ 18 Caso a diferença seja positiva, temos o lucro(L), caso seja
90000𝑥 = 675000 negativa, temos prejuízo(P).
𝑥 = 7,5 ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠
Como 0,5 h equivale a 30 minutos, logo o tempo será de 7 Lucro (L) = Preço de Venda (V) – Preço de Custo (C).
horas e 30 minutos.
Podemos ainda escrever:
02. Resposta: D. C + L = V ou L = V - C
Operários horas dias área P = C – V ou V = C - P
20-----------------8-------------60-------4800
15----------------10------------80-------- x A forma percentual é:
Todas as grandezas são diretamente proporcionais, logo:

4800 20 8 60
= ∙ ∙
𝑥 15 10 80
20 ∙ 8 ∙ 60 ∙ 𝑥 = 4800 ∙ 15 ∙ 10 ∙ 80
9600𝑥 = 57600000
𝑥 = 6000𝑚² Exemplo:
Um objeto custa R$ 75,00 e é vendido por R$ 100,00.
03. Resposta: B. Determinar:
Temos 10 funcionários inicialmente, com os afastamento a) a porcentagem de lucro em relação ao preço de custo;
esse número passou para 8. Se eles trabalham 8 horas por dia, b) a porcentagem de lucro em relação ao preço de venda.
passarão a trabalhar uma hora a mais perfazendo um total de
9 horas, nesta condições temos:

Matemática 21
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APOSTILAS OPÇÃO

Resolução: Questões
Preço de custo + lucro = preço de venda → 75 + lucro =100 →
Lucro = R$ 25,00 01. Marcos comprou um produto e pagou R$ 108,00, já
inclusos 20% de juros. Se tivesse comprado o produto, com
𝑙𝑢𝑐𝑟𝑜 25% de desconto, então, Marcos pagaria o valor de:
𝑎) . 100% ≅ 33,33%
𝑝𝑟𝑒ç𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑢𝑠𝑡𝑜 (A) R$ 67,50
(B) R$ 90,00
𝑙𝑢𝑐𝑟𝑜 (C) R$ 75,00
𝑏) . 100% = 25% (D) R$ 72,50
𝑝𝑟𝑒ç𝑜 𝑑𝑒 𝑣𝑒𝑛𝑑𝑎

- Aumento e Desconto Percentuais 02. O departamento de Contabilidade de uma empresa tem


A) Aumentar um valor V em p%, equivale a multiplicá-lo 20 funcionários, sendo que 15% deles são estagiários. O
por (𝟏 +
𝒑
).V . departamento de Recursos Humanos tem 10 funcionários,
𝟏𝟎𝟎 sendo 20% estagiários. Em relação ao total de funcionários
Logo: desses dois departamentos, a fração de estagiários é igual a
𝒑
VA = (𝟏 + ).V (A) 1/5.
𝟏𝟎𝟎
(B) 1/6.
Exemplo: (C) 2/5.
1 - Aumentar um valor V de 20%, equivale a multiplicá-lo (D) 2/9.
por 1,20, pois: (E) 3/5.
20
(1 + ).V = (1+0,20).V = 1,20.V
100
03. Quando calculamos 15% de 1.130, obtemos, como
B) Diminuir um valor V em p%, equivale a multiplicá-lo resultado
𝒑 (A) 150
por (𝟏 − ).V.
𝟏𝟎𝟎 (B) 159,50;
Logo: (C) 165,60;
𝒑
V D = (𝟏 − ).V (D) 169,50.
𝟏𝟎𝟎

Exemplo: Comentários
Diminuir um valor V de 40%, equivale a multiplicá-lo por
0,60, pois: 01. Resposta: A.
40
(1 − ). V = (1-0,40). V = 0, 60.V Como o produto já está acrescido de 20% juros sobre o seu
100 preço original, temos que:
𝒑 𝒑 100% + 20% = 120%
A esse valor final de (𝟏 + ) ou (𝟏 − ), é o que Precisamos encontrar o preço original (100%) da
𝟏𝟎𝟎 𝟏𝟎𝟎
chamamos de fator de multiplicação, muito útil para mercadoria para podermos aplicarmos o desconto.
resolução de cálculos de porcentagem. O mesmo pode ser um Utilizaremos uma regra de 3 simples para encontrarmos:
acréscimo ou decréscimo no valor do produto. R$ %
108 ---- 120
- Aumentos e Descontos Sucessivos X ----- 100
São valores que aumentam ou diminuem sucessivamente. 120x = 108.100 → 120x = 10800 → x = 10800/120 → x =
Para efetuar os respectivos descontos ou aumentos, fazemos 90,00
uso dos fatores de multiplicação. O produto sem o juros, preço original, vale R$ 90,00 e
representa 100%. Logo se receber um desconto de 25%,
Vejamos alguns exemplos: significa ele pagará 75% (100 – 25 = 75%) → 90. 0,75 = 67,50
1) Dois aumentos sucessivos de 10% equivalem a um Então Marcos pagou R$ 67,50.
único aumento de...?
𝑝
Utilizando VA = (1 + ).V → V. 1,1 , como são dois de 02. Resposta: B.
100 15 30
10% temos → V. 1,1 . 1,1 → V. 1,21 Analisando o fator de * Dep. Contabilidade: . 20 = = 3 → 3 (estagiários)
100 10
multiplicação 1,21; concluímos que esses dois aumentos
significam um único aumento de 21%. * Dep. R.H.:
20
. 10 =
200
= 2 → 2 (estagiários)
Observe que: esses dois aumentos de 10% equivalem a 100 100
21% e não a 20%.
𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜𝑠 𝑒𝑠𝑡𝑎𝑔𝑖á𝑟𝑖𝑜𝑠 5 1
∗ 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = = =
2) Dois descontos sucessivos de 20% equivalem a um 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑓𝑢𝑛𝑐𝑖𝑜𝑛á𝑟𝑖𝑜𝑠 30 6
único desconto de:
𝑝
Utilizando VD = (1 − ).V → V. 0,8 . 0,8 → V. 0,64 . . 03. Resposta: D.
100 15% de 1130 = 1130.0,15 ou 1130.15/100 → 169,50
Analisando o fator de multiplicação 0,64, observamos que
esse percentual não representa o valor do desconto, mas sim
o valor pago com o desconto. Para sabermos o valor que
representa o desconto é só fazermos o seguinte cálculo: Juros simples e compostos.
100% - 64% = 36%
Observe que: esses dois descontos de 20% equivalem a
36% e não a 40%.
JUROS
Referências
IEZZI, Gelson – Fundamentos da Matemática – Vol. 11 – Financeira e A Matemática Financeira é um ramo da Matemática
Estatística Descritiva
IEZZI, Gelson – Matemática Volume Único
Aplicada que estuda as operações financeiras de uma forma
http://www.porcentagem.org geral, analisando seus diferentes fluxos de caixa ao longo do
http://www.infoescola.com

Matemática 22
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APOSTILAS OPÇÃO

tempo, muito utilizada hoje para programar a vida financeira 3) A taxa i e o tempo t devem ser expressos na mesma
não só de empresas mais também dos indivíduos. unidade.
Existe também o que chamamos de Regime de 4) Nessa fórmula, a taxa i deve ser expressa na forma
Capitalização, que é a maneira pelo qual será pago o juro por decimal.
um capital aplicado ou tomado emprestado. 5) Chamamos de montante (M) ou FV (valor futuro) a
soma do capital com os juros, ou seja:
Elementos Básicos: Na fórmula J= C . i . t, temos quatro variáveis. Se três delas
- Valor Presente ou Capital Inicial ou Principal (PV, P forem valores conhecidos, podemos calcular o 4º valor.
ou C): termo proveniente do inglês “Present Value”, sendo
caracterizado como a quantidade inicial de moeda que uma M = C + J → M = C. (1+i.t)
pessoa tem em disponibilidade e concorda em ceder a outra
pessoa, por um determinado período, mediante o pagamento Exemplo:
de determinada remuneração. Qual o valor dos juros correspondentes a um empréstimo
de R$ 10.000,00, pelo prazo de 15 meses, sabendo-se que a
- Taxa de Juros (i): termo proveniente do inglês “Interest taxa cobrada é de 3% a m.?
Rate” (taxa de juros) e relacionado à sua maneira de Dados:
incidência. Salientamos que a taxa pode ser mensal, anual, PV = 10.000,00
semestral, bimestral, diária, entre outras. n = 15 meses
i = 3% a.m = 0,03
- Juros (J): é o que pagamos pelo aluguel de determinada J=?
quantia por um dado período, ou seja, é a nomenclatura dada Solução:
à remuneração paga para que um indivíduo ceda J = PV.i.n → J = 10.000 x 0,03 x 15 → J = 4.500,00
temporariamente o capital que dispõe.
Para não esquecer!!!
- Montante ou Valor Futuro (FV ou M): termo Só podemos efetuar operações algébricas com valores
proveniente do inglês “Future Value”, sendo caracterizado em referenciados na mesma unidade, ou seja, se apresentarmos
termos matemáticos como a soma do capital inicial mais os a taxa de juros como a anual, o prazo em questão também
juros capitalizados durante o período. Em outras palavras, é a deve ser referenciado em anos. Ou seja, as unidades de tempo
quantidade de moeda (ou dinheiro) que poderá ser usufruída referentes à taxa de juros (i) e do período (t), tem de ser
no futuro. Em símbolos, escrevemos FV = PV + J. necessariamente iguais. Este é um detalhe importantíssimo,
que não pode ser esquecido!
- Tempo ou período de capitalização (n ou t): nada mais
é do que a duração da operação financeira, ou seja, o horizonte Questões
da operação financeira em questão. O prazo pode ser descrito
em dias, meses, anos, semestres, entre outros. 01. Uma aplicação de R$ 1.000.000,00 resultou em um
montante de R$ 1.240.000,00 após 12 meses. Dentro do
JUROS SIMPLES regime de Juros Simples, a que taxa o capital foi aplicado?
(A) 1,5% ao mês.
Em regime linear de juros (ou juros simples), o juro é (B) 4% ao trimestre.
determinado tomando como base de cálculo o capital da (C) 20% ao ano.
operação, e o total do juro é devido ao credor (aquele que (D) 2,5% ao bimestre.
empresta) no final da operação. As operações aqui são de (E) 12% ao semestre.
curtíssimo prazo, exemplo: desconto simples de duplicata,
“Hot Money” entre outras. 02. Mirtes aplicou um capital de R$ 670,00 à taxa de juros
No juros simples o juro de cada intervalo de tempo sempre simples, por um período de 16 meses. Após esse período, o
é calculado sobre o capital inicial emprestado ou aplicado. montante retirado foi de R$ 766,48. A taxa de juros praticada
nessa transação foi de:
Chamamos de simples os juros que são somados ao capital (A) 9% a.a.
inicial no final da aplicação. (B) 10,8% a.a.
(C) 12,5% a.a.
Devemos sempre relacionar taxa e tempo numa mesma (D) 15% a.a.
unidade:
Taxa anual Tempo em anos 03. Qual o valor do capital que aplicado por um ano e meio,
Taxa mensal Tempo em meses a uma taxa de 1,3% ao mês, em regime de juros simples resulta
Taxa diária Tempo em dias em um montante de R$ 68.610,40 no final do período?
E assim sucessivamente (A) R$ 45.600,00
(B) R$ 36.600,00
Podemos definir o Juros como: (C) R$ 55.600,00
J=C.i.t (D) R$ 60.600,00
Onde:
J = Juros Comentários

C = Capital 01. Resposta: E


i = taxa C = 1.000.000,00
t = tempo M = 1.240.000,00
t = 12 meses
1) O capital cresce linearmente com o tempo; i=?
2) O capital cresce a uma progressão aritmética de razão: J M = C.(1+it) → 1240000 = 1000000(1 + 12i) → 1 + 12i =
= C.i 1240000 / 1000000 → 1 + 12i = 1,24 → 12i = 1,24 – 1 → 12i =
0,24 → i = 0,24 / 12 → i = 0,02 → i = 0,02x100 → i = 2% a.m

Matemática 23
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APOSTILAS OPÇÃO

Como não encontramos esta resposta nas alternativas,


vamos transformar, uma vez que sabemos a taxa mensal:
Um bimestre tem 2 meses → 2 x 2 = 4% a.b.
Um trimestre tem 3 meses → 2 x 3 = 6% a.t.
Um semestre tem 6 meses → 2 x 6 = 12% a.s.
Um ano tem 1 ano 12 meses → 2 x 12 = 24% a.a.

02. Resposta: B
Pelo enunciado temos:
C = 670
i=?
n = 16 meses
M = 766,48
Aplicando a fórmula temos: M = C.(1+in) → 766,48 = 670
- O montante no 1º tempo é igual tanto para o regime de
(1+16i) → 1 + 16i = 766,48 / 670 →1 + 16i = 1,144 → 16i =
juros simples como para juros compostos;
1,144 – 1 → 16i = 0,144 → i = 0,144 / 16 → i = 0,009 x 100 → i
- Antes do 1º tempo o montante seria maior no regime de
= 0,9% a.m.
juros simples;
Observe que as taxas das alternativas são dadas em ano,
- Depois do 1º tempo o montante seria maior no regime
logo como 1 ano tem 12 meses: 0,9 x 12 = 10,8% a.a.
de juros compostos.
03. Resposta: C
Juros Compostos e Logaritmos
C=?
Para resolução de algumas questões que envolvam juros
n = 1 ano e meio = 12 + 6 = 18 meses
compostos, precisamos ter conhecimento de conceitos de
i = 1,3% a.m = 0,013
logaritmos, principalmente aquelas as quais precisamos achar
M = 68610,40
o tempo/prazo. É muito comum ver em provas o valor dado do
Aplicando a fórmula: M = C (1+in) → 68610,40 = C
logaritmo para que possamos achar a resolução da questão.
(1+0,013.18) → 68610,40 = C (1+0,234) → C = 68610,40 =
C.1,234 → C = 68610,40 / 1,234 → C = 55600,00.
Exemplo:
Expresse o número de períodos t de uma aplicação, em
função do montante M e da taxa de aplicação i por período.
JUROS COMPOSTOS
Solução:
Temos M = C(1+i)t
No regime exponencial de juros (ou juros compostos) é
Logo, M/C = (1+i)t
incorporado ao capital não somente os juros referentes a cada
Pelo que já conhecemos de logaritmos, poderemos
período, mas também os juros sobre os juros acumulados até
escrever:
o momento anterior. Pode-se falar que é um comportamento
t = log (1+ i ) (M/C) . Portanto, usando logaritmo decimal
equivalente a uma progressão geométrica (PG), pela qual os
(base 10), vem:
juros incidem sempre sobre o saldo apurado no início do
período correspondente (e não unicamente sobre o capital
𝐥𝐨𝐠⟨𝑴|𝑪⟩ 𝐥𝐨𝐠 𝑴 − 𝐥𝐨𝐠 𝑪
inicial). É o que chamamos no linguajar habitual de “juros 𝒕= =
sobre juros”. 𝐥𝐨𝐠(𝟏 + 𝒊) 𝐥𝐨𝐠(𝟏 + 𝒊)
Na prática, as empresas, órgãos governamentais e
investidores particulares costumam reinvestir as quantias Temos também da expressão acima que: t.log(1 + i) = logM
geradas pelas aplicações financeiras, o que justifica o emprego – logC
mais comum de juros compostos na Economia. Na verdade, o
uso de juros simples não se justifica em estudos econômicos. Deste exemplo, dá para perceber que o estudo dos juros
De uma forma genérica, teremos para um capital C, compostos é uma aplicação prática do estudo dos logaritmos.
aplicado a uma taxa de juros compostos (i) durante o período
(t): Fica a dica!!!
M = C (1 + i)t - Em juros simples quando a taxa de juros(i) estiver em
unidade diferente do tempo(t), pode-se colocar na mesma
Saiba mais!!! unidade de (i) ou (t).
(1+i)t ou (1+i)n é conhecido como fator de - Em juros compostos é preferível colocar o (t) na
acumulação de capital (FC) e o seu inverso, mesma unidade da taxa (i).
1/(1+i)n é o fator de atualização de capital (FA).
Referências
Graficamente temos, que o crescimento do MARIANO, Fabrício – Matemática Financeira para Concursos – 3ª Edição –
principal(capital) segundo juros simples é LINEAR, Rio de Janeiro: Elsevier,2013.
CONSTANTE enquanto que o crescimento segundo juros SAMANEZ, Carlos P. Matemática Financeira: aplicações à análise de
investimentos. 4 Edição. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006.
compostos é EXPONENCIAL, GEOMÉTRICO e, portanto tem um
crescimento muito mais "rápido".
Questões

01. Um capital foi aplicado por um período de 3 anos, com


taxa de juros compostos de 10% ao ano. É correto afirmar que
essa aplicação rendeu juros que corresponderam a,
exatamente:
(A) 30% do capital aplicado.
(B) 31,20% do capital aplicado.
(C) 32% do capital aplicado.
(D) 33,10% do capital aplicado.

Matemática 24
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APOSTILAS OPÇÃO

02. José Luiz aplicou R$60.000,00 num fundo de


investimento, em regime de juros compostos, com taxa de 2%
ao mês. Após 3 meses, o montante que José Luiz poderá sacar Progressões.
é
(A) R$63.600,00.
(B) R$63.672,48. PROGRESSÃO ARITMÉTICA (P.A.)
(C) R$63.854,58.
(D) R$62.425,00. Definição: é uma sequência numérica em que cada termo,
(E) R$62.400,00. a partir do segundo termo, é igual ao termo anterior somado
com uma constante que é chamada de razão (r).
03. Pretendendo aplicar em um fundo que rende juros Como em qualquer sequência os termos são chamados de
compostos, um investidor fez uma simulação. Na simulação a1, a2, a3, a4,.......,an,....
feita, se ele aplicar hoje R$ 10.000,00 e R$ 20.000,00 daqui a
um ano, e não fizer nenhuma retirada, o saldo daqui a dois anos Cálculo da razão: a razão de uma P.A. é dada pela
será de R$ 38.400,00. Desse modo, é correto afirmar que a taxa diferença de um termo qualquer pelo termo imediatamente
anual de juros considerada nessa simulação foi de anterior a ele.
(A) 12%. r = a2 – a1 = a3 – a2 = a4 – a3 = a5 – a4 = .......... = an – an – 1
(B) 15%.
(C) 18%. Exemplo:
(D) 20%. - (5, 9, 13, 17, 21, 25,......) é uma P.A. onde a1 = 5 e razão r =
(E) 21%. 4

Comentários Classificação: uma P.A. é classificada de acordo com a


razão.
01. Resposta: D
10% = 0,1 1- Se r > 0 ⇒ a P.A. é crescente.
𝑀 = 𝐶 . (1 + 𝑖)𝑡 2- Se r < 0 ⇒ a P.A. é decrescente.
𝑀 = 𝐶 . (1 + 0,1)3 3- Se r = 0 ⇒ a P.A. é constante.
𝑀 = 𝐶 . (1,1)3
𝑀 = 1,331. 𝐶 Fórmula do Termo Geral
Como, M = C + j , ou seja , j = M – C , temos: Em toda P.A., cada termo é o anterior somado com a razão,
j = 1,331.C – C = 0,331 . C então temos:
0,331 = 33,10 / 100 = 33,10% 1° termo: a1
2° termo: a2 = a1 + r
02. Resposta: B 3° termo: a3 = a2 + r = a1 + r + r = a1 + 2r
C=60.000 ; i = 2% a.m = 0,02 ; t = 3m 4° termo: a4 = a3 + r = a1 + 2r + r = a1 + 3r
𝑀 = 𝐶(1 + 𝑖)𝑡 ⇒ 𝑀 = 60000(1 + 0,02)3 ⇒ 𝑀 5° termo: a5 = a4 + r = a1 + 3r + r = a1 + 4r
= 60000(1,02)3 ⇒ 𝑀 = 63672,48 6° termo: a6 = a5 + r = a1 + 4r + r = a1 + 5r
. . . . . .
O montante a ser sacado será de R$ 63.672,48. . . . . . .
. . . . . .
03. Resposta: D n° termo é:
C1º ano = 10.000 ; C2º ano = 20.000 𝐚𝐧 = 𝐚𝟏 + (𝐧 − 𝟏). 𝐫
𝑀1 = 𝐶(1 + 𝑖)𝑡
𝑀1 = 10000(1 + 𝑖)2 𝑀2 = 20000(1 + 𝑖)1 Fórmula da soma dos n primeiros termos:
M1+M2 = 38400
38400 = 10000(1 + 𝑖)2 + 20000(1 + 𝑖) (: 400) (𝐚𝟏 + 𝐚𝐧 ). 𝐧
96 = 25(1 + 2𝑖 + 𝑖 2 ) + 50 + 50𝑖 𝐒𝐧 =
96 = 25 + 50𝑖 + 25𝑖 2 + 50 + 50𝑖 𝟐
25𝑖 2 + 100𝑖 − 21 = 0
Propriedades:
Têm se uma equação do segundo grau, usa-se então a
1- Numa P.A. a soma dos termos equidistantes dos
fórmula de Bháskara:
extremos é igual à soma dos extremos.
∆= 1002 − 4 ∙ 25 ∙ (−21) = 12100
−100±110 Exemplo: (2, 8, 14, 20, 26, 32, 38,......)
𝑖=
50
−100+110 10
𝑖1 = = = 0,2
50 50
−100−110
𝑖2 = = −4,4 (𝑛ã𝑜 𝑐𝑜𝑛𝑣é𝑚)
50

É correto afirmar que a taxa é de 20%

- como podemos observar neste exemplo, temos um


número ímpar de termos. Neste caso sobrou um termo no
meio (20) que é chamado de termo médio e é igual a metade
da soma dos extremos. Porém, só existe termos médio se
houver um número ímpar de termos.

Matemática 25
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APOSTILAS OPÇÃO

P.G. – PROGRESSÃO GEOMETRICA 3,75 + 0,125 = 3,875


3,875 + 0,0625 = 3,9375
Definição: é uma sequência numérica em que cada termo, 3,9375 + 0,03125 = 3,96875
a partir do segundo termo, é igual ao termo anterior .
multiplicado por uma constante que é chamada de razão (q). .
Como em qualquer sequência os termos são chamados de .
a1, a2, a3, a4,.......,an,.... Como podemos observar o número somado vai ficando
cada vez menor e a soma tende a um certo limite. Então temos
Cálculo da razão: a razão de uma P.G. é dada pelo a seguinte fórmula:
quociente de um termo qualquer pelo termo imediatamente
anterior a ele. 𝐚𝟏
𝑎 𝑎 𝑎
𝑞 = 2 = 3 = 4 = ⋯……… = 𝑛
𝑎 𝐒= → −𝟏 < 𝐪 < 𝟏
𝑎1 𝑎2 𝑎3 𝑎𝑛−1 𝟏−𝐪
2 2
Exemplos: Utilizando no exemplo acima: 𝑆 = 1 = 1 = 4, logo
1−
- (3, 6, 12, 24, 48,...) é uma PG de primeiro termo a 1 = 3 e 2 2

razão q = 2 dizemos que esta P.G. tem um limite que tenda a 4.


−9 −9
- (-36, -18, -9, , ,...) é uma PG de primeiro termo a1 = -
2 4 Produto da soma de n termos
1
36 e razão q =
5 5
2
- (15, 5, , ,...) é uma PG de primeiro termo a1 = 15 e razão
|𝐏𝐧 | = √(𝐚𝟏 . 𝐚𝐧 )𝐧
3 9
1
q=
3
Temos as seguintes regras para o produto, já que esta
- (- 2, - 6, -18, - 54, ...) é uma PG de primeiro termo a1 = - 2
fórmula está em módulo:
e razão q = 3
1- O produto de n números positivos é sempre positivo.
2- No produto de n números negativos:
Classificação: uma P.G. é classificada de acordo com o
a) se n é par: o produto é positivo.
primeiro termo e a razão.
b) se n é ímpar: o produto é negativo.
1- Crescente: quando cada termo é maior que o anterior.
Isto ocorre quando a1 > 0 e q > 1 ou quando a1 < 0 e 0 < q < 1.
Propriedades
2- Decrescente: quando cada termo é menor que o
1- Numa P.G., com n termos, o produto de dois termos
anterior. Isto ocorre quando a1 > 0 e 0 < q < 1 ou quando a1 <
equidistantes dos extremos é igual ao produto destes
0 e q > 1.
extremos.
3- Alternante: quando cada termo apresenta sinal
Exemplo: (1, 2, 4, 8, 16, 32, 64,....)
contrário ao do anterior. Isto ocorre quando q < 0.
4- Constante: quando todos os termos são iguais. Isto
ocorre quando q = 1. Uma PG constante é também uma PA de
razão r = 0. A PG constante é também chamada de PG
estacionaria.
5- Singular: quando zero é um dos seus termos. Isto ocorre
quando a1 = 0 ou q = 0. - como podemos observar neste exemplo, temos um
número ímpar de termos. Neste caso sobrou um termo no
Fórmula do termo geral meio (8) que é chamado de termo médio e é igual a raiz
Em toda P.G. cada termo é o anterior multiplicado pela quadrada do produto dos extremos. Porém, só existe
razão, então temos: termos médio se houver um número ímpar de termos.
1° termo: a1
2° termo: a2 = a1.q Questões
3° termo: a3 = a2.q = a1.q.q = a1q2
4° termo: a4 = a3.q = a1.q2.q = a1.q3 01. Descubra o 99º termo da P.A. (45, 48, 51,...)
5° termo: a5 = a4.q = a1.q3.q = a1.q4 (A) 339
. . . . . (B) 337
. . . . . (C) 333
. . . . . (D) 331

n° termo é: 02. Uma sequência inicia-se com o número 0,3. A partir do


an = a1.qn – 1 2º termo, a regra de obtenção dos novos termos é o termo
anterior menos 0,07. Dessa maneira o número que
Soma dos n primeiros termos: corresponde à soma do 4º e do 7º termos dessa sequência é
(A) –6,7.
𝐚𝟏 . (𝐪𝐧 − 𝟏) (B) 0,23.
𝐒𝐧 =
𝐪−𝟏 (C) –3,1.
(D) –0,03.
Soma dos infinitos termos (ou Limite da soma) (E) –0,23.
Vamos ver um exemplo:
Seja a P.G. (2, 1, ½, ¼, 1/8, 1/16, 1/32,.....) de a1 = 2 e q =
1 03. Os termos da sequência (10; 8; 11; 9; 12; 10; 13; …)
2
obedecem a uma lei de formação. Se an, em que n pertence a
se colocarmos na forma decimal, temos
N*, é o termo de ordem n dessa sequência, então a30 + a55 é
(2; 1; 0,5; 0,25; 0,125; 0,0625; 0,03125;.....) se efetuarmos
igual a:
a somas destes termos:
(A) 58
2+1=3
(B) 59
3 + 0,5 = 3,5
(C) 60
3,5 + 0,25 = 3,75

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APOSTILAS OPÇÃO

(D) 61 PRINCÍPIO ADITIVO E MULTIPLICATIVO (PRINCÍPIO


(E) 62 FUNDAMENTAL DA CONTAGEM-PFC)

04. A soma dos elementos da sequência numérica infinita O princípio aditivo é quando tendo possibilidades distintas
(3; 0,9; 0,09; 0,009; …) é: as quais precisamos adicionar as possibilidades. Vejamos o
(A) 3,1 exemplo:
(B) 3,9
(C) 3,99
(D) 3, 999
(E) 4
Respostas

01. Resposta: A.
r = 48 – 45 = 3
𝑎1 = 45
𝑎𝑛 = 𝑎1 + (𝑛 − 1)𝑟
𝑎99 = 45 + 98 ∙ 3 = 339

02. Resposta: D.
O cardápio de determinada escola é constituído de uma
𝑎𝑛 = 𝑎1 − (𝑛 − 1)𝑟
fruta e uma bebida. De quantas maneiras podemos escolher
𝑎4 = 0,3 − 3.0,07 = 0,09
apenas um elemento?
𝑎7 = 0,3 − 6.0,07 = −0,12
Para as frutas temos... 5
𝑆 = 𝑎4 + 𝑎7 = 0,09 − 0,12 = −0,03
Bebidas........................2
Como precisamos escolher apenas um elemento, teremos
03. Resposta: B.
que somar as possibilidades.
Primeiro, observe que os termos ímpares da sequência é
5+2=7
uma PA de razão 1 e primeiro termo 10 - (10; 11; 12; 13; …).
Da mesma forma os termos pares é uma PA de razão 1 e
O princípio multiplicativo ou fundamental da
primeiro termo igual a 8 - (8; 9; 10; 11; …).
contagem constitui a ferramenta básica para resolver
Assim, as duas PA têm como termo geral o seguinte
problemas de contagem sem que seja necessário enumerar
formato:
seus elementos, através das possibilidades dadas.
(1) ai = a1 + (i - 1).1 = a1 + i – 1
Para determinar a30 + a55 precisamos estabelecer a regra
Exemplos
geral de formação da sequência, que está intrinsecamente
1) Imagine que, na cantina de sua escola, existem cinco
relacionada às duas progressões da seguinte forma:
opções de suco de frutas: pêssego, maçã, morango, caju e
- Se n (índice da sucessão) é ímpar temos que n = 2i - 1, ou
mamão. Você deseja escolher apenas um desses sucos, mas
seja, i = (n + 1)/2;
deverá decidir também se o suco será produzido com água ou
- Se n é par temos n = 2i ou i = n/2.
leite. Escolhendo apenas uma das frutas e apenas um dos
Daqui e de (1) obtemos que:
acompanhamentos, de quantas maneiras poderá pedir o suco?
an = 10 + [(n + 1)/2] - 1 se n é ímpar
an = 8 + (n/2) - 1 se n é par
Logo:
a30 = 8 + (30/2) - 1 = 8 + 15 - 1 = 22 e
a55 = 10 + [(55 + 1)/2] - 1 = 37
E, portanto:
a30 + a55 = 22 + 37 = 59.

04. Resposta: E.
Sejam S as somas dos elementos da sequência e S1 a soma
da PG infinita (0,9; 0,09; 0,009;…) de razão q = 0,09/0,9 = 0,1.
Assim:
S = 3 + S1
Como -1 < q < 1 podemos aplicar a fórmula da soma de uma Assim teremos 5 opções de frutas e 2 opções de bebida,
PG infinita para obter S1: logo teremos 5 x 2 = 10 possibilidades de escolha
S1 = 0,9/(1 - 0,1) = 0,9/0,9 = 1 → S = 3 + 1 = 4
2) Para ir da sua casa (cidade A) até a casa do seu de um
amigo Pedro (que mora na cidade C) João precisa pegar duas
Análise Combinatória: conduções: A1 ou A2 ou A3 que saem da sua cidade até a B e
(Permutação, Arranjos, B1 ou B2 que o leva até o destino final C. Vamos montar o
Combinação). diagrama da árvore para avaliarmos todas as possibilidades:

A Análise Combinatória6 é a área da Matemática que


desenvolve análises de possibilidades e de combinações,
possibilitando formar conjuntos finitos de elementos sob
certas circunstâncias estudando os princípios de contagem.

6 IEZZI, Gelson. Matemática. Volume Único. Atual. São Paulo. 2015. BOSQUILHA, Alessandra. Minimanual compacto de matemática: teoria e prática:
FILHO, Begnino Barreto; SILVA., Claudio Xavier da. Matemática – Volume Único. ensino médio / Alessandra Bosquilha. 2. ed. rev. Rideel. São Paulo. 2003.
FTD.

Matemática 27
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APOSTILAS OPÇÃO

Exemplo
Dados o conjunto S formado pelos números S= {1,2,3,4,5,6}
quantos números de 3 algarismos podemos formar com este
conjunto?

De forma resumida, e rápida podemos também montar


através do princípio multiplicativo o número de
possibilidades: Observe que 123 é diferente de 321 e assim
sucessivamente, logo utilizaremos um Arranjo.
Se fossemos montar todos os números levaríamos muito
tempo, para facilitar os cálculos vamos utilizar a fórmula do
arranjo.
Pela definição temos: An,p (Lê-se: arranjo de n elementos
tomados p a p).
Então:
𝒏!
𝑨𝒏, 𝒑 =
(𝒏 − 𝒑)!
3) De sua casa ao trabalho, Silvia pode ir a pé, de ônibus ou
de metrô. Do trabalho à faculdade, ela pode ir de ônibus, metrô,
Utilizando a fórmula:
trem ou pegar uma carona com um colega.
Onde n = 6 e p = 3
De quantos modos distintos Silvia pode, no mesmo dia, ir
de casa ao trabalho e de lá para a faculdade?

Vejamos, o trajeto é a junção de duas etapas:


1º) Casa → Trabalho: ao qual temos 3 possibilidades Então podemos formar com o conjunto S, 120 números
2º) Trabalho → Faculdade: 4 possibilidades. com 3 algarismos.
Multiplicando todas as possibilidades (pelo PFC), teremos:
3 x 4 = 12. Permutação Simples
No total Silvia tem 12 maneiras de fazer o trajeto casa –
trabalho – faculdade. São sequências ordenadas de n elementos distintos
(arranjo), ao qual utilizamos todos os elementos disponíveis,
OBS.: Podemos dizer que, um evento B pode ser diferenciando entre eles apenas a ordem.
feito de n maneiras, então, existem m • n maneiras de Pn! = n!
fazer e executar o evento B.
Exemplo
Quantos anagramas podemos formar com a palavra CALO?
Fatorial

Produtos em que os fatores chegam sucessivamente até a


unidade são chamados fatoriais.
Matematicamente:
Dado um número natural n, sendo n є N e n ≥ 2, temos:
n! = n. (n – 1 ). (n – 2). ... . 1
Onde:
n! é o produto de todos os números naturais de 1 até n (lê-
se: “n fatorial”) Utilizando a fórmula da permutação temos:
Por convenção temos que: n = 4 (letras)
0! = 1 P4! = 4! = 4 . 3 . 2 . 1 = 24 anagramas
1! = 1
Combinação Simples
Exemplo
De quantas maneiras podemos organizar 8 alunos em uma São agrupamento de n elementos distintos, tomados p a p,
fila. sendo p ≤ n.
Observe que vamos utilizar a mesma quantidade de alunos
na fila nas mais variadas posições: ATENÇÃO: O que diferencia a Combinação do Arranjo é
que na combinação, a ordem dos elementos não é importante,
ou seja, na escolha de dois meninos para participar de um
Temos que 8! = 8.7.6.5.4.3.2.1 = 40320 campeonato, se escolhermos Carlos e depois João, é igual a
escolher João e Depois Carlos.
Arranjo Simples
São agrupamentos simples de n elementos distintos Exemplos
tomados (agrupados) p a p. Aqui a ordem dos seus elementos 1) Uma escola tem 7 professores de Matemática. Quatro
é o que diferencia. deles deverão representar a escola em um congresso. Quantos
grupos de 4 professores são possíveis ser formados?

Matemática 28
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APOSTILAS OPÇÃO

Exemplo
Quantos são os anagramas da palavra ARARA?
n=5
α = 3 (temos 3 vezes a letra A)
β = 2 (temos 2 vezes a letra R)

Equacionando temos:
𝒏! 𝟓! 𝟓. 𝟒. 𝟑! 𝟓. 𝟒
Observe que sendo 7 professores, se invertermos um deles 𝑷𝒏(∝,𝜷,𝜸,… ) = … → 𝑷𝟓(𝟑,𝟐) = = =
𝜶! 𝜷! 𝜸! 𝟑! 𝟐! 𝟑! 𝟐! 𝟐. 𝟏
de posição não alteramos o grupo formado, os grupos
formados são equivalentes. Para o exemplo acima temos ainda 𝟐𝟎
as seguintes possibilidades que podemos considerar sendo = = 𝟏𝟎 𝒂𝒏𝒂𝒈𝒓𝒂𝒎𝒂𝒔
𝟐
como grupo equivalentes.
P1, P2, P4, P3 = P2, P1, P3, P4 = P3, P1, P2, P4 = P2, P4, P3, Permutação Circular
P4 = P4, P3, P1, P2 ...
Pode ser generalizada através da seguinte forma:
Com isso percebemos que a ordem não é importante!
Vamos então utilizar a fórmula para agilizar nossos 𝑷𝒄𝒏 = (𝒏 − 𝟏)!
cálculos:
𝑨𝒏, 𝒑 𝒏! Exemplo
𝑪𝒏, 𝒑 = → 𝑪𝒏, 𝒑 =
𝒑! (𝒏 − 𝒑)! 𝒑! De quantas maneiras 5 meninas que brincam de roda
podem formá-la?
Aqui dividimos novamente por p, para desconsiderar Fazendo um esquema, observamos que são posições
todas as sequências repetidas (P1, P2, P3, P4 = P4, P2, P1, P3= iguais:
P3, P2, P4, P1=...).
Aplicando a fórmula:

210 210
= = = 35 grupos de professores
3.2.1 6
O total de posições é 5! Porém se cada uma delas mover um
2) Considerando dez pontos sobre uma circunferência, lugar para direita (por exemplo) não irá alterar a ordem, assim
quantas cordas podem ser construídas com extremidades em teremos 5 movimentos de todas sem alterar a ordem. Logo, o
dois desses pontos? total de permutações circulares será dado por:
𝑃𝑐 5 = (5 − 1)! = 4! = 4.3.2.1 = 24 maneiras.

Questões

01. (CRESS/SC - Assistente Administrativo Jr -


Quadrix/2019) Um anagrama (do grego ana = voltar ou
repetir + graphein = escrever) é uma espécie de jogo de
palavras que resulta do rearranjo das letras de uma palavra ou
expressão para produzir outras palavras ou expressões,
utilizando todas as letras originais exatamente uma vez. Um
exemplo conhecido é a personagem Iracema, anagrama de
América, no romance de José de Alencar. Com base nessas
Uma corda fica determinada quando escolhemos dois informações, julgue o item a respeito do princípio da
pontos entre os dez. contagem, de permutações, de combinações e do cálculo de
Escolher (A,D) é o mesmo que escolher (D,A), então probabilidade.
sabemos que se trata de uma combinação. Há mais de 160.000 anagramas possíveis de serem obtidos
Aqui temos então a combinação de 10 elementos tomados a partir da palavra “ASSISTENTE”.
2 a 2. ( )Certo ( )Errado
n! 10! 10! 10.9.8! 90
C10,2 = = =
(n − p)! p! (10 − 2)! 2! 8! 2!
= = 02. (Pref. do Rio de Janeiro/RJ - Agente de
8! 2! 2
Administração - Pref. do Rio de Janeiro) Seja N a quantidade
máxima de números inteiros de quatro algarismos distintos,
45 cordas
maiores do que 4000, que podem ser escritos utilizando-se
apenas os algarismos 0, 1, 2, 3, 4, 5 e 6.
Permutação com Repetição
O valor de N é:
(A) 120
Como o próprio nome indica, as repetições são permitidas
(B) 240
e podemos estabelecer uma fórmula que relacione o número
(C) 360
de elementos, n, e as vezes em que o mesmo elemento aparece.
𝒏! (D) 480
𝑷𝒏(∝,𝜷,𝜸,… ) = …
𝜶! 𝜷! 𝜸!
03. (Pref. de Lagoa da Confusão/TO – Todos os cargos
– IDECAN) Renato é mais velho que Jorge de forma que a razão
entre o número de anagramas de seus nomes representa a
Com α + β + γ + ... ≤ n
diferença entre suas idades. Se Jorge tem 20 anos, a idade de
Renato é

Matemática 29
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APOSTILAS OPÇÃO

(A) 24. 04. Resposta: B


(B) 25. Como possui 2 letras e 4 números, porém nem as letras
(C) 26. nem os números podem se repetir, daí, teremos o seguinte:
(D) 27. __ __ __ __ __ __
(E) 28. 26.25. 10. 9. 8. 7 = 3.276.000
Mas as letras podem ir para as outras posições sempre
04. (DETRAN/PA - Agente de fiscalização de Transito – juntas, conforme mostrou a figura, portanto teremos 5 formas
FADESP/2019) Em um fictício país K, a identificação das iguais a esta que fizemos acima, totalizando então:
placas dos veículos é constituída por duas das 26 letras do 3.276.000 x 5 = 16.380.000.
alfabeto e quatro algarismos de zero a nove, sendo que as duas
letras devem sempre estar juntas, como nos exemplos abaixo. 05. Resposta: C
Basta fazermos o total de possibilidades menos as
possibilidades onde as 2 estarão.
A quantidade máxima de placas do país K que não possuem Total:
letras repetidas nem algarismos repetidos é igual a Como é uma comissão e a ordem não importa, é uma
(A) 33.800.000. combinação.
(B) 16.380.000. C7,3 =
7!
=
7.6.5.4!
= 7.5 = 35
(C) 10.280.000. 3!.4! 3.2.1.4!
(D) 6.760.000. Agora vamos pensar nas comissões em que Ana e Beatriz
(E) 3.276.000. estão.
O total de pessoas é 7, assim temos outras 5 pessoas fora
05. (BANRISUL – Escriturário – FCC/2019) Ana e Beatriz elas duas, então se a comissão tem 3 pessoas e 2 vagas são
são as únicas mulheres que fazem parte de um grupo de 7 ocupadas por elas, a terceira vaga será de uma das outras 5
pessoas. O número de comissões de 3 pessoas que poderão ser pessoas, assim:
formadas com essas 7 pessoas, de maneira que Ana e Beatriz Ana, Beatriz, pessoa 1;
não estejam juntas em qualquer comissão formada, é igual a Ana, Beatriz, pessoa 2;
(A) 20. Ana, Beatriz, pessoa 3;
(B) 15. Ana, Beatriz, pessoa 4;
(C) 30. Ana, Beatriz, pessoa 5.
(D) 18. Total de 5 possibilidades.
(E) 25. Para finalizar basta subtrair 35 – 5 = 30.

Comentários
Probabilidade.
01. Resposta: Errado
Nesta questão temos que utilizar permutação com
repetição pois a palavra ASSISTENTE repete algumas letras,
assim: O estudo da probabilidade vem da necessidade de em
S: 3 vezes; certas situações, prevermos a possibilidade de ocorrência de
E: 2 vezes; determinados fatos.
T: 2 vezes. A teoria da probabilidade é o ramo da Matemática que
10! 10.9.8.7.6.5.4.3! cria e desenvolve modelos matemáticos para estudar os
𝑃10 (3,2,2) = = = 10.9.8.7.6.5 = 151200
3!2!2! 3!2.2 experimentos aleatórios. Alguns elementos são necessários
que é menor de 160000 para efetuarmos os cálculos probabilísticos.

02. Resposta: C Experimentos aleatórios são fenômenos que apresentam


Pelo enunciado precisa ser um número maior que 4000, resultados imprevisíveis quando repetidos, mesmo que as
logo para o primeiro algarismo só podemos usar os números condições sejam semelhantes.
4,5 e 6 (3 possibilidades). Como se trata de números distintos
para o segundo algarismo poderemos usar os números (0,1,2,3 Exemplos
e também 4,5 e 6 dependo da primeira casa) logo teremos 7 – a) lançamento de 3 moedas e a observação das suas faces
1 = 6 possibilidades. Para o terceiro algarismos teremos 5 voltadas para cima
possibilidades e para o último, o quarto algarismo, teremos 4 b) jogar 2 dados e observar o número das suas faces
possibilidades, montando temos: c) abrir 1 livro ao acaso e observar o número das suas
páginas.

Basta multiplicarmos todas as possibilidades: 3 x 6 x 5 x 4 Espaço amostral é o conjunto de todos os resultados


= 360. possíveis de ocorrer em um determinado experimento
Logo N é 360. aleatório. Indicamos esse conjunto por uma letra maiúscula: U,
S , A, Ω ... variando de acordo com a bibliografia estudada.
03. Resposta: C
Anagramas de RENATO Exemplo
______ a) quando lançamos 3 moedas e observamos suas faces
6.5.4.3.2.1=720 voltadas para cima, sendo as faces da moeda cara (c) e coroa
Anagramas de JORGE (k), o espaço amostral deste experimento é:
_____ S = {(c,c,c); (c,c,k); (c,k,k); (c,k,c); (k,k,k,); (k,c,k); (k,c,c);
5.4.3.2.1=120 (k,k,c)}, onde o número de elementos do espaço amostral n(A)
=8
720
Razão dos anagramas: =6
120
Se Jorge tem 20 anos, Renato tem 20+6=26 anos

Matemática 30
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APOSTILAS OPÇÃO

Evento é qualquer subconjunto de um espaço amostral Eventos mutuamente exclusivos, dois ou mais eventos
(S); muitas vezes um evento pode ser caracterizado por um são mutuamente exclusivos quando a ocorrência de um deles
fato. Indicamos pela letra E. implica a não ocorrência do outro. Se A e B são eventos
mutuamente exclusivos, então: A ∩ B = Ø.
Sejam os eventos:
A: quando lançamos um dado, o número na face voltada
para cima é par.
A = {2,4,6}
B: quando lançamos um dado, o número da face voltada
para cima é divisível por 5.
Exemplo B = {5}
a) no lançamento de 3 moedas: Os eventos A e B são mutuamente exclusivos, pois A ∩ B =
E1→ aparecer faces iguais Ø.
E1 = {(c,c,c);(k,k,k)}
O número de elementos deste evento E1 é n(E1) = 2 Probabilidade em espaços equiprováveis
Considerando um espaço amostral S, não vazio, e um
E2→ aparecer coroa em pelo menos 1 face evento E, sendo E ⊂ S, a probabilidade de ocorrer o evento E é
E2 = {(c,c,k); (c,k,k); (c,k,c); (k,k,k,); (k,c,k); (k,c,c); (k,k,c)} o número real P (E), tal que:
Logo n(E2) = 7
𝐧(𝐄)
𝐏(𝐄) =
Veremos agora alguns eventos particulares: 𝐧(𝐒)

Evento certo é aquele que possui os mesmos elementos do Sendo 0 ≤ P(E) ≤ 1 e S um conjunto equiprovável, ou seja,
espaço amostral (todo conjunto é subconjunto de si mesmo); todos os elementos têm a mesma “chance de acontecer.
E = S. Onde:
n(E) = número de elementos do evento E.
Exemplo n(S) = número de elementos do espaço amostral S.
A soma dos resultados nos 2 dados ser menor ou igual a 12.
Exemplo
Evento impossível é um evento igual ao conjunto vazio Lançando-se um dado, a probabilidade de sair um número
(Ø). ímpar na face voltada para cima é obtida da seguinte forma:
S = {1, 2, 3, 4, 5, 6} n(S) = 6
Exemplo E = {1, 3, 5} n(E) = 3
O número de uma das faces de um dado ser 7.
E: Ø n(E) 3 1
P(E) = = = = 0,5 𝑜𝑢 50%
n(S) 6 2
Evento simples é um evento que possui um único
elemento. Probabilidade da união de dois eventos
Vamos considerar A e B dois eventos contidos em um
Exemplo mesmo espaço amostral A, o número de elementos da reunião
A soma do resultado de dois dados ser igual a 12. de A com B é igual ao número de elementos do evento A
E: {(6,6)} somado ao número de elementos do evento B, subtraindo o
número de elementos da intersecção de A com B.
Evento complementar, se E é um evento do espaço
amostral S, o evento complementar de E indicado por C tal que
C = S – E. Ou seja, o evento complementar é quando E não
ocorre.
E1: o primeiro número, no lançamento de 2 dados, ser
menor ou igual a 2.
E2: o primeiro número, no lançamento de 2 dados, ser
maior que 2.
S: espaço amostral é dado na tabela abaixo: Sendo n(S) o número de elementos do espaço amostral,
vamos dividir os dois membros da equação por n(S) a fim de
obter a probabilidade P (A U B).
𝑛(𝐴 ∪ 𝐵) 𝑛(𝐴) 𝑛(𝐵) 𝑛(𝐴 ∩ 𝐵)
= + −
𝑛(𝑆) 𝑛(𝑆) 𝑛(𝑆) 𝑛(𝑆)

P (A U B) = P(A) + P(B)
– P (A ∩ B)
E1: {(1,1), (1,2), (1,3), (1,4), (1,5), (1,6), (2,1), (2,2), (2,3)
(2,4), (2,5), (2,6)}
Como, C = S – E1
C = {(3,1), (3,2), (3,3), (3,4), (3,5), (3,6), (4,1), (4,2), (4,3),
(4,4), (4,5), (4,6), (5,1), (5,2), (5,3), (5,4), (5,5), (5,6), (6,1),
(6,2), (6,3), (6,4), (6,5), (6,6)}

Matemática 31
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APOSTILAS OPÇÃO

Para eventos mutuamente exclusivos, onde A ∩ B = Ø, a dois eventos simultâneos (ou sucessivos), que é P (A ∩ B), é
equação será: preciso multiplicar a probabilidade de ocorrer um deles P(B)
pela probabilidade de ocorrer o outro, sabendo que o primeiro
já ocorreu P (A | B).
Sendo:
P (A U B) = P(A) + 𝐏(𝐀|𝐁). 𝐏(𝐁) = 𝐏(𝐀 ∩ 𝐁)𝐨𝐮 𝐏(𝐁|𝐀). 𝐏(𝐀) = 𝐏(𝐀 ∩ 𝐁)
P(B)
𝐏(𝐀 ∩ 𝐁) 𝐏(𝐀 ∩ 𝐁)
𝐏(𝐀|𝐁) = 𝐨𝐮 𝐏(𝐁|𝐀) =
𝐏(𝐁) 𝐏(𝐀)

Exemplo Eventos independentes, dois eventos A e B de um espaço


A probabilidade de que a população atual de um país seja amostral S são independentes quando P(A|B) = P(A) ou P(B|A)
de 110 milhões ou mais é de 95%. A probabilidade de ser 110 = P(B). Sendo os eventos A e B independentes, temos:
milhões ou menos é de 8%. Calcule a probabilidade de ser 110
milhões. P (A ∩ B) = P(A). P(B)
Sendo P(A) a probabilidade de ser 110 milhões ou mais:
P(A) = 95% = 0,95 Exemplo
Sendo P(B) a probabilidade de ser 110 milhões ou menos: Lançando-se simultaneamente um dado e uma moeda,
P(B) = 8% = 0,08 determine a probabilidade de se obter 3 ou 5 no dado e cara
P (A ∩ B) = a probabilidade de ser 110 milhões: P (A ∩ B) na moeda.
=? Sendo, c = coroa e k = cara.
P (A U B) = 100% = 1
Utilizando a regra da união de dois eventos, temos: S = {(1,c), (1,k), (2,c), (2,k), (3,c), (3,k), (4,c), (4,k), (5,c),
P (A U B) = P(A) + P(B) – P (A ∩ B) (5,k), (6,c), (6,k)}
1 = 0,95 + 0,08 - P (A ∩ B) Evento A: 3 ou 5 no dado
P (A ∩ B) = 0,95 + 0,08 - 1 A = {(3,c), (3,k), (5,c), (5,k)}
4 1
P (A ∩ B) = 0,03 = 3% 𝑃(𝐴) = =
12 3
Probabilidade condicional
Vamos considerar os eventos A e B de um espaço amostral Evento B: cara na moeda
S, definimos como probabilidade condicional do evento A, B = {(1,k), (2,k), (3,k), (4,k), (5,k), (6,k)}
𝐴 6 1
tendo ocorrido o evento B e indicado por P(A | B) ou 𝑃 ( ), a 𝑃(𝐵) = =
𝐵 12 2
razão:
Os eventos são independentes, pois o fato de ocorrer o
𝒏(𝑨 ∩ 𝑩) 𝑷(𝑨 ∩ 𝑩) evento A não modifica a probabilidade de ocorrer o evento B.
𝑷(𝑨|𝑩) = = Com isso temos:
𝒏(𝑩) 𝑷(𝑩)
P (A ∩ B) = P(A). P(B)
Lemos P (A | B) como: a probabilidade de A “dado que” ou 1 1 1
𝑃(𝐴 ∩ 𝐵) = . =
“sabendo que” a probabilidade de B. 3 2 6

Exemplo Observamos que A ∩ B = {(3,k), (5,k)} e a P (A ∩ B) poder


No lançamento de 2 dados, observando as faces de cima, ser calculada também por:
para calcular a probabilidade de sair o número 5 no primeiro 𝑛(𝐴 ∩ 𝐵) 2 1
𝑃(𝐴 ∩ 𝐵) = = =
dado, sabendo que a soma dos 2 números é maior que 7. 𝑛(𝑆) 12 6
Montando temos: No entanto nem sempre chegar ao n(A ∩ B) é fácil, depende
S = {(1,1), (1,2), (1,3), (1,4), (1,5), (1,6), (2,1), (2,2), (2,3), do nosso espaço amostral.
(2,4), (2,5), (2,6), (3,1), (3,2), (3,3), (3,4), (3,5), (3,6), (4,1),
(4,2), (4,3), (4,4), (4,5), (4,6), (5,1), (5,2), (5,3), (5,4), (5,5), Lei Binomial de probabilidade
(5,6), (6,1), (6,2), (6,3), (6,4), (6,5), (6,6)} Vamos considerar um experimento que se repete “n” vezes.
Evento A: o número 5 no primeiro dado. Em cada um deles temos:
A = {(5,1), (5,2), (5,3), (5,4), (5,5), (5,6)} P(E) = p, que chamamos de probabilidade de ocorrer o
evento E com sucesso.
Evento B: a soma dos dois números é maior que 7. P(𝐸̅ ) = 1 – p , probabilidade de ocorrer o evento E com
B = {(2,6), (3,5), (3,6), (4,4), (4,5), (4,6), (5,3), (5,4), (5,5), insucesso (fracasso).
(5,6), (6,2), (6,3), (6,4), (6,5), (6,6)}
A probabilidade do evento E ocorrer k vezes, das n que o
A ∩ B = {(5,3), (5,4), (5,5), (5,6)} experimento se repete é dado por uma lei binomial.
P (A ∩ B) = 4/36
P(B) = 15/36
Logo:
4
𝑃(𝐴 ∩ 𝐵) 36 4 36 4
𝑃(𝐴|𝐵) = = = . =
𝑃(𝐵) 15 36 15 15
36

Probabilidade de dois eventos simultâneos (ou


sucessivos) A probabilidade de ocorrer k vezes o evento E e (n - k) vezes o
A probabilidade de ocorrer P (A ∩ B) é igual ao produto de evento 𝐸̅ é o produto: pk . (1 – p)n - k
um deles pela probabilidade do outro em relação ao primeiro.
Isto significa que, para se avaliar a probabilidade de ocorrem

Matemática 32
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APOSTILAS OPÇÃO

As k vezes do evento E e as (n – k) vezes do evento 𝐸̅ podem (C) 54%


ocupar qualquer ordem. Então, precisamos considerar uma (D) 11%
permutação de n elementos dos quais há repetição de k (E) 89%
elementos e de (n – k) elementos, em outras palavras isso
significa: 02. (CBM/MT – Aspirante ao Corpo de Bombeiros –
UNEMAT) Em uma caixa estão acondicionados uma dúzia e
𝑃𝑛 [𝑘,(𝑛−𝑘)] =
𝑛!
= (𝑛𝑘), logo a probabilidade de ocorrer k meia de ovos. Sabe-se, porém, que três deles estão impróprios
𝑘.(𝑛−𝑘)!
para o consumo.
vezes o evento E no n experimentos é dada: Se forem escolhidos dois ovos ao acaso, qual a
𝒏 probabilidade de ambos estarem estragados?
𝒑 = ( ) . 𝒑𝒌 . 𝒒𝒏−𝒌 (A) 2/153
𝒌
(B) 1/9
A lei binomial deve ser aplicada nas seguintes condições: (C) 1/51
(D) 1/3
- O experimento deve ser repetido nas mesmas condições (E) 4/3
as n vezes.
- Em cada experimento devem ocorrer os eventos E e 𝐸̅ . 03. (PM/SP – Aspirante da Polícia Militar – VUNESP) O
- A probabilidade do E deve ser constante em todas as n policiamento de um grande evento musical deteve 100
vezes. pessoas. Sabe-se que 50 pessoas foram detidas por furto de
- Cada experimento é independente dos demais. celulares, que 25 pessoas detidas são mulheres, e que 20
mulheres foram detidas por furto de celulares. Para a
elaboração do relatório, o PM Jurandir montou uma tabela e
Exemplo:
inseriu esses dados, para depois completá-la.
Lançando-se uma moeda 4 vezes, qual a probabilidade de
ocorrência 3 caras?
Furto de Outros Total
Está implícito que ocorrerem 3 caras deve ocorrer uma
Celulares Motivos
coroa. Umas das possíveis situações, que satisfaz o problema,
pode ser: Sexo Feminino 20 25
Sexo Masculino
Total 50 100

Tomando-se ao acaso uma das pessoas detidas por outros


Temos que: motivos, a probabilidade de que ela seja do sexo masculino é
n=4 de
k=3 (A) 90%.
1 1 (B) 75%.
̅̅̅ = 1 −
𝑃(𝐸) = , 𝑃(𝐸)
2 2 (C) 50%.
(D) 45%.
Logo a probabilidade de que essa situação ocorra é dada (E) 30%.
por:
1 3 1 1 04 (PC/SP – Desenhista Técnico Pericial – VUNESP) A
( ) . (1 − ) , como essa não é a única situação de ocorre
2 2 tabela a seguir apresenta dados dos ingressantes em uma
3 caras e 1 coroa. Vejamos: universidade, com informações sobre área de estudo e classe
socioeconômica.

4! 4
𝑃4 3!.1! = =( )=4
3! .1! 3

Podemos também resolver da seguinte forma: (43)


1 3 1 1 Se um aluno ingressante é aleatoriamente escolhido, é
maneiras de ocorrer o produto ( ) . (1 − ) , portanto:
2 2 verdade que a probabilidade de ele
4 1 3 1 1 1 1 1 (A) pertencer à classe B é de 40%.
𝑃(𝐸) = ( ) . ( ) . (1 − ) = 4. . =
3 2 2 8 2 4 (B) estudar na área de Biológicas é de 40%.
(C) pertencer à classe B e estudar na área de Biológicas é
de 25%.
Questões (D) pertencer à classe B é de 20%.
(E) estudar na área de Biológicas é de 22,5%.
01. (CBM/MT – Aspirante ao Corpo de Bombeiros –
UNEMAT) Uma loja de eletrodoméstico tem uma venda 05. (BNDES – Profissional Administrativo –
mensal de sessenta ventiladores. Sabe-se que, desse total, seis CESGRANRIO) Suponha que no banco em que Ricardo
apresentam algum tipo de problema nos primeiros seis meses trabalha, ele faça parte de um grupo de quatro
e precisam ser levados para o conserto em um serviço administradores e que no mesmo banco existam também cinco
autorizado. economistas. Será formado um comitê composto por três
Um cliente comprou dois ventiladores. A probabilidade de administradores e três economistas, todos escolhidos
que ambos não apresentem problemas nos seis primeiros aleatoriamente. Qual é a probabilidade de o comitê formado
meses é de aproximadamente: ter Ricardo como um dos componentes?
(A) 90% (A) 0
(B) 81% (B) 0,25

Matemática 33
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APOSTILAS OPÇÃO

(C) 0,50
(D) 0,75
(E) 1 Estatística.

Comentários
Todas as ciências têm suas raízes na história do homem.
01. Resposta: B A estatística não se limita somente a compilar tabelas de
6
é a probabilidade de ter problema, assim de não ter dados e os ilustrar graficamente. Ela é, hoje em dia, um
60
problema será
54
no primeiro, e no segundo será
53
pois o instrumento útil e, em alguns casos, indispensável para
60 59 tomadas de decisão em diversos campos: científico,
primeiro escolhido não apresentou problema.
econômico, social, político...
A probabilidade de que ambos não apresentem problemas
Todavia, antes de chegarmos à parte de interpretação para
nos seis primeiros meses será:
54 53 tomadas de decisão, há que proceder a um indispensável
. = 0,8081 que é aproximadamente 81% trabalho de recolha e organização de dados, sendo elas feitas
60 59
através de recenseamentos (ou censos ou levantamentos
02 Resposta: C estatísticos) ou sondagens.
Uma dúzia e meia = 12 + 6 = 18 ovos, mas 3 estão Em linhas gerais a Estatística fornece métodos que
impróprios para o consumo. Como ele quer saber a auxiliam o processo de tomada de decisão através da análise
probabilidade de escolher dois e ambos estarem estragados dos dados que possuímos.
devemos fazer: Podemos ainda dizer que a Estatística é:
3 2 6 1
𝑃= . = =
18 17 306 51 É a ciência que se ocupa de coletar, organizar, analisar e
interpretar dados para que se tomem decisões.
03. Resposta: A
Vamos completar a tabela:
Furto de Outros Total
Celulares Motivos
Sexo Feminino 20 5 25
Sexo Masculino 30 45 75
Total 50 50 100 Divisão da estatística
Ele quer encontrar uma das pessoas detidas por outros - Estatística Descritiva: coleta, organização e descrição
motivos, desde que ela seja do sexo masculino, assim, a dos dados. Ela preocupa-se com a forma pela qual podemos
45
probabilidade é de: = 0,90 = 90% apresentar um conjunto de dados em tabelas e gráficos, e
50 também resumir as informações contidas nestes dados
mediante a utilização de medidas estatísticas.
04. Resposta: B
O Total de alunos é: - Estatística Indutiva ou Inferencial: análise e
* Exatas: 300 + 200 + 150 = 650 alunos interpretação desses dados. A inferência estatística baseia-se
* Humanas: 250 + 150 + 150 = 550 alunos na teoria das probabilidades para estabelecer conclusões
* Biológicas: 450 + 250 + 100 = 800 alunos sobre todo um grupo (chamado população), quando se
* TOTAL Geral: 650 + 550 + 800 = 2000 alunos observou apenas uma parte (amostra) representativa desta
Agora, vamos analisar cada alternativa: população.
(A) Classe B: 200 + 150 + 250 = 600 alunos
600
𝑃= = 0,3 = 30% Método Estatístico
2000
(B) Área de Biológicas: 800 alunos Atualmente quase todo acréscimo de conhecimento
𝑃=
800
= 0,4 = 40% resulta da observação e do estudo. A verdade é que
2000
desenvolvemos processos científicos para seu estudo e para
(C) Classe B e estudar na área de Biológicas: = 250
250 adquirirmos tais conhecimentos, ou seja, desenvolvemos
𝑃= = 0,125 = 12,5% maneiras ou métodos para tais fins.
2000
(D) Vide item “A”
(E) Vide item “B” Método é um conjunto de meios dispostos convenientemente
para se chegar a um fim que se deseja.
05. Resposta: D
Administradores Podemos destacar dois métodos:
4! - Método experimental: consiste em manter constantes
𝐶4,3 = =4
1! 3! todas as causas (fatores), menos uma, e variar esta causa de
Economistas modo que o pesquisador possa descobrir seus efeitos, caso
5! existam. Muito utilizado no estudo da Física, da Química, etc.
𝐶5,3 = = 10
2! 3!
Total de possibilidades: 4.10=40 - Método estatístico: diante da impossibilidade de manter
Com Ricardo presente na comissão, sobra 3 as causas constantes, admite todas essas causas presentes
administradores para 2 cargos variando-as, registrando essas variações e procurando
3! determinar, no resultado final, que influências cabem a cada
𝐶3,2 = =3
1! 2! uma delas.
Economistas tem as mesmas possibilidades
Total: 3.10=30 Fases do método estatístico
30 - Coleta de dados: após cuidadoso planejamento e a
𝑃= = 0,75
40 devida determinação das características mensuráveis do
fenômeno que se quer pesquisar, damos início à coleta de
dados numéricos necessários à sua descrição.

Matemática 34
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APOSTILAS OPÇÃO

A coleta pode ser: perfeitamente definidas. É necessário existir um critério de


Direta: quando é feita sobre elementos informativos de constituição da população, válido para qualquer pessoa, no
registro obrigatório (nascimento, casamentos e óbitos, tempo ou no espaço.
importação e exportação de mercadorias), dados coletados
pelo próprio pesquisador através de inquéritos e - Amostra: é um subconjunto finito de uma população.
questionários, como por exemplo o censo demográfico. A
coleta direta de dados pode ser classificada em fator do tempo:
(I) contínua (registro) – quando feita continuamente.
(II) periódica – quando feita em intervalos constantes de
tempo (exemplo o censo de 10 em 10 anos, etc.).
(III) ocasional – quando feita extemporaneamente, a fim
de atender uma conjuntura ou a uma emergência (caso de
epidemias).
NOTA: A Estatística Indutiva tem por objetivo tirar conclusões
sobre as populações, com base em resultados verificados em
Indireta: quando é indeferida de elementos conhecidos
amostras retiradas dessa população. É preciso garantir que a
(coleta direta) e/ou de conhecimento de outros fenômenos
amostra possua as mesmas características da população, no
relacionados com o fenômeno estudado. Exemplo: pesquisas
que diz respeito ao fenômeno que desejamos pesquisar.
de mortalidade infantil, que é feita através de dados colhidos
por uma coleta direta (número de nascimentos versus
Censo: é uma avaliação direta de um parâmetro,
números de obtidos de crianças).
utilizando-se todos os componentes da população.
Principais propriedades:
- Crítica dos dados: depois de obtidos os dados, os
- Admite erros processual zero e tem 100% de
mesmos devem ser cuidadosamente criticados, à procura de
confiabilidade;
possíveis falhas e imperfeições, a fim de não incorrermos em
- É caro;
erros grosseiros ou de certo vulto, que possam influir
- É lento;
sensivelmente nos resultados.
- É quase sempre desatualizado (visto que se realizam em
A crítica é externa quando visa às causas dos erros por
períodos de 10 em 10 anos);
parte do informante, por distração ou má interpretação das
- Nem sempre é viável.
perguntas que lhe foram feitas.
A crítica é interna quando visa observar os elementos
Estimação: é uma avaliação indireta de um parâmetro,
originais dos dados da coleta.
com base em um estimador através do cálculo de
probabilidades.
- Apuração dos dados: soma e processamento dos dados
Principais propriedades:
obtidos e a disposição mediante critérios de classificação, que
- Admite erro processual positivo e tem confiabilidade
pode ser manual, eletromecânica ou eletrônica.
menor que 100%.
- É barata.
- Exposição ou apresentação de dados: os dados devem
- É rápida.
ser apresentados sob forma adequada (tabelas ou gráficos),
- É atualizada.
tornando mais fácil o exame daquilo que está sendo objeto de
- É sempre viável.
tratamento estatístico.
Dados brutos: é uma sequência de valores numéricos não
- Análise dos resultados: realizadas anteriormente
organizados, obtidos diretamente da observação de um
(Estatística Descritiva), fazemos uma análise dos resultados
fenômeno coletivo. Quando observamos ou fazemos n
obtidos, através dos métodos da Estatística Indutiva ou
perguntas as quais nos dão n dados ou respostas, obtemos uma
Inferencial, que tem por base a indução ou inferência, e
sequência de n valores numéricos.
tiramos desses resultados conclusões e previsões.
Rol: é uma sequência ordenada dos dados brutos.
Outros conceitos
Exemplo: Um aluno obteve as seguintes notas no ano letivo
Mais alguns conceitos devem ser aprendidos para darmos
em Matemática: 5,5; 7; 6,5; 9.
continuidade ao nosso entendimento sobre Estatística.
Os dados brutos é a sequência descrita acima
Rol: 5,5 – 6,5 – 7 – 9 (ordenação crescente das notas).
- Variáveis: conjunto de resultados possíveis de um
fenômeno. Referências
As variáveis podem ser: CRESPO, Antônio Arnot – Estatística fácil – 18ª edição – São Paulo - Editora
1) Qualitativas – quando seus valores são expressos por Saraiva: 2002
SILVA, Ermes Medeiros, Elio Medeiros...- Estatística para os cursos de:
atributos: sexo (masculino ou feminino), cor da pele, entre Economia, Administração, Ciências Contábeis - 3ª edição – São Paulo – Editora
outros. Dizemos que estamos qualificando. Atlas S. A: 1999
2) Quantitativas – quando seus valores são expressos em TAVARES, Prof. Marcelo – Estatística Aplicada à Administração – Sistema
números (salários dos operários, idade dos alunos, etc.). Uma Universidade Aberta do Brasil- 2007
Reis, Marcelo Menezes - Estatística aplicada à administração / Marcelo
variável quantitativa que pode assumir qualquer valor entre Menezes Reis. –Florianópolis: Departamento de Ciências da Administração
dois limites recebe o nome de variável contínua; e uma /UFSC, 2008.
variável que só pode assumir valores pertencentes a um
conjunto enumerável recebe o nome de variável discreta. Questões

- População estatística ou universo estatístico: 01. (Câmara Munic. Itatiba/SP – Analista de Recursos
conjunto de entes portadores de, pelo menos, uma Humanos – VUNESP) Em estatística, a técnica que nos
característica comum. Exemplos: estudantes (os que permite fazer inferências sobre uma população, a partir da
estudam), concurseiros (os que prestam concursos), ... análise de uma parte dela, denomina-se
Podemos ainda pesquisar uma ou mais características dos (A) dedução.
elementos de alguma população, as quais devem ser (B) amostragem.

Matemática 35
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APOSTILAS OPÇÃO

(C) probabilidade. 04. Resposta: C.


(D) descrição. A estatística descritiva preocupa-se com a forma pela qual
(E) extração. podemos apresentar um conjunto de dados em tabelas e
gráficos, e também resumir as informações contidas nestes
02. (EBSERH – Analista Administrativo – Estatística dados mediante a utilização de medidas estatísticas.
(HE-UFSCAR) – INSTITUTO AOCP) Que parte da estatística se
preocupa apenas em descrever determinada característica da
população? Medidas de Comprimento e
(A) Regressão estatística.
(B) Estatística contínua. Superfície. Medidas de volume
(C) Estatística descritiva. e Capacidade. Medida de
(D) Estatística amostral. Massa.
(E) Estatística inferencial.

03. (EBSERH – Médico do Trabalho – IADES) “Costuma


ser encontrada com maior frequência em jornais, revistas ou Sistema de Medidas Decimais
relatórios. Essa parte da estatística utiliza números para Um sistema de medidas é um conjunto de unidades de
descrever fatos. Seu foco é a representação gráfica e o resumo medida que mantém algumas relações entre si. O sistema
e organização de um conjunto de dados, com a finalidade de métrico decimal é hoje o mais conhecido e usado no mundo
simplificar informações.” O texto faz referência à: todo. Na tabela seguinte, listamos as unidades de medida de
(A) Estatística inferencial comprimento do sistema métrico. A unidade fundamental é o
(B) Estatística de probabilidade metro, porque dele derivam as demais.
(C) Estatística por amostragem
(D) Estatística descritiva
(E) Média aritmética

04. (ANS – Ativ. Téc. de Complexidade Intelectual -


Administração – FUNCAB) A estatística descritiva:
(A) permite descrever os fenômenos aleatórios, ou seja,
Há, de fato, unidades quase sem uso prático, mas elas têm
aqueles em que está presente a incerteza; estuda as técnicas
uma função. Servem para que o sistema tenha um padrão: cada
que possibilitam a extrapolação, a um grande conjunto de
unidade vale sempre 10 vezes a unidade menor seguinte.
dados, das informações e conclusões obtidas a partir da
Por isso, o sistema é chamado decimal.
amostra.
(B) é um conjunto de técnicas que permite, de forma
E há mais um detalhe: embora o decímetro não seja útil na
sistemática, organizar, descrever, analisar e interpretar dados
prática, o decímetro cúbico é muito usado com o nome popular
oriundos de estudos ou experimentos, realizados em qualquer
de litro.
área do conhecimento.
As unidades de área do sistema métrico correspondem às
(C) é a etapa inicial da análise, utilizada para descrever e
unidades de comprimento da tabela anterior.
resumir os dados, que foi revigorada pela disponibilidade de
São elas: quilômetro quadrado (km2), hectômetro
uma grande quantidade de dados e de métodos
quadrado (hm2), etc. As mais usadas, na prática, são o
computacionais muito eficientes.
quilômetro quadrado, o metro quadrado e o hectômetro
(D) é a etapa conclusiva da análise, utilizada para
quadrado, este muito importante nas atividades rurais com o
descrever e resumir os dados e permite descrever os
nome de hectare (há): 1 hm2 = 1 há.
fenômenos aleatórios ou seja, aqueles em que está presente a
No caso das unidades de área, o padrão muda: uma
incerteza.
unidade é 100 vezes a menor seguinte e não 10 vezes, como
(E) é a etapa inicial da análise, utilizada para descrever e
nos comprimentos. Entretanto, consideramos que o sistema
resumir dados; estuda as técnicas que possibilitam a
continua decimal, porque 100 = 102.
extrapolação, a um grande conjunto de dados, das informações
Existem outras unidades de medida mas que não
e conclusões obtidas a partir da amostra.
pertencem ao sistema métrico decimal. Vejamos as relações
entre algumas essas unidades e as do sistema métrico
Gabarito
decimal (valores aproximados):
1 polegada = 25 milímetros
01.B / 02.C / 03.D / 04.C
1 milha = 1 609 metros
1 légua = 5 555 metros
Comentários
1 pé = 30 centímetros
01. Resposta: B.
A Estatística Indutiva tem por objetivo tirar conclusões
sobre as populações, com base em resultados verificados em
AMOSTRAS retiradas dessa população. Logo a técnica é
AMOSTRAGEM.

02. Resposta: C.
Estatística Descritiva: coleta, organização e descrição dos
dados. A nomenclatura é a mesma das unidades de comprimento
acrescidas de quadrado.
03. Resposta: D. Agora, vejamos as unidades de volume. De novo, temos a
Idem resposta 02. lista: quilômetro cúbico (km3), hectômetro cúbico (hm3), etc.
Na prática, são muitos usados o metro cúbico(m3) e o
centímetro cúbico(cm3).

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APOSTILAS OPÇÃO

Nas unidades de volume, há um novo padrão: cada unidade 02. Em uma casa há um filtro de barro que contém, no
vale 1000 vezes a unidade menor seguinte. Como 1000 = 103, início da manhã, 4 litros de água. Desse filtro foram retirados
o sistema continua sendo decimal. 800 mL para o preparo da comida e meio litro para consumo
próprio. No início da tarde, foram colocados 700 mL de água
dentro desse filtro e, até o final do dia, mais 1,2 litros foram
utilizados para consumo próprio. Em relação à quantidade de
água que havia no filtro no início da manhã, pode-se concluir
que a água que restou dentro dele, no final do dia, corresponde
a uma porcentagem de
(A) 60%.
(B) 55%.
A noção de capacidade relaciona-se com a de volume. Se o (C) 50%.
volume da água que enche um tanque é de 7.000 litros, (D) 45%.
dizemos que essa é a capacidade do tanque. A unidade (E) 40%.
fundamental para medir capacidade é o litro (l); 1l equivale a
1 dm3. 03. Admita que cada pessoa use, semanalmente, 4 bolsas
Cada unidade vale 10 vezes a unidade menor seguinte. plásticas para embrulhar suas compras, e que cada bolsa é
composta de 3 g de plástico. Em um país com 200 milhões de
pessoas, quanto plástico será utilizado pela população em um
ano, para embrulhar suas compras? Dado: admita que o ano é
formado por 52 semanas. Indique o valor mais próximo do
obtido.
(A) 108 toneladas
O sistema métrico decimal inclui ainda unidades de (B) 107 toneladas
medidas de massa. A unidade fundamental é o grama(g). (C) 106 toneladas
(D) 105 toneladas
Unidades de Massa e suas Transformações (E) 104 toneladas

Respostas

01. Resposta: B.
Dessas unidades, só têm uso prático o quilograma, o grama Vamos chamar de x a capacidade total da jarra. Assim:
3 1
e o miligrama. No dia-a-dia, usa-se ainda a tonelada (t). . 𝑥 − 495 = . 𝑥
4 5
Medidas Especiais:
1 Tonelada(t) = 1000 Kg 3
.𝑥 −
1
. 𝑥 = 495
1 Arroba = 15 Kg 4 5

1 Quilate = 0,2 g 5.3.𝑥 − 4.𝑥=20.495


20
Relações entre unidades:
15x – 4x = 9900
11x = 9900
x = 9900 / 11
x = 900 mL (capacidade total)
Como havia 1/5 do total (1/5 . 900 = 180 mL), a quantidade
adicionada foi de 900 – 180 = 720 mL

02. Resposta: B.
Temos que: 4 litros = 4000 ml; 1,2 litros = 1200 ml; meio litro = 500
1 kg = 1l = 1 dm3 ml
1 hm2 = 1 ha = 10.000m2 4000 – 800 – 500 + 700 – 1200 = 2200 ml (final do dia)
1 m3 = 1000 l Utilizaremos uma regra de três simples:
ml %
Questões 4000 ------- 100
2200 ------- x
3
01. O suco existente em uma jarra preenchia da sua 4000.x = 2200 . 100 x = 220000 / 4000 = 55%
4
capacidade total. Após o consumo de 495 mL, a quantidade de
1 03. Resposta: D.
suco restante na jarra passou a preencher da sua capacidade
5 4 . 3 . 200000000 . 52 = 1,248 . 1011 g = 1,248 . 105 t
total. Em seguida, foi adicionada certa quantidade de suco na
jarra, que ficou completamente cheia. Nessas condições, é MEDIDAS DE TEMPO
correto afirmar que a quantidade de suco adicionada foi igual,
em mililitros, a Não Decimais
(A) 580.
(B) 720. Medidas de Tempo (Hora) e suas Transformações
(C) 900.
(D) 660.
(E) 840.

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APOSTILAS OPÇÃO

Desse grupo, o sistema hora – minuto – segundo, que mede (C) 88 minutos.
intervalos de tempo, é o mais conhecido. A unidade utilizada (D) 91 minutos.
como padrão no Sistema Internacional (SI) é o segundo. (E) 94 minutos.

1h → 60 minutos → 3 600 segundos 02. A tabela a seguir mostra o tempo, aproximado, que um
professor leva para elaborar cada questão de matemática.
Para passar de uma unidade para a menor seguinte,
multiplica-se por 60. Questão (dificuldade) Tempo (minutos)
Fácil 8
Exemplo: Média 10
0,3h não indica 30 minutos nem 3 minutos, quantos Difícil 15
minutos indica 0,3 horas? Muito difícil 20

O gráfico a seguir mostra o número de questões de


Efetuando temos: 0,3 . 60 = 1. x → x = 18 minutos. matemática que ele elaborou.
Concluímos que 0,3horas = 18 minutos.

- Adição e Subtração de Medida de tempo


Ao adicionarmos ou subtrairmos medidas de tempo,
precisamos estar atentos as unidades. Vejamos os exemplos:

A) 1 h 50 min + 30 min

O tempo, aproximado, gasto na elaboração dessas questões


foi
Observe que ao somar 50 + 30, obtemos 80 minutos, como
(A) 4h e 48min.
sabemos que 1 hora tem 60 minutos, temos, então
acrescentamos a hora +1, e subtraímos 80 – 60 = 20 minutos, (B) 5h e 12min.
é o que resta nos minutos: (C) 5h e 28min.
(D) 5h e 42min.
(E) 6h e 08min.

03. Para obter um bom acabamento, um pintor precisa dar


duas demãos de tinta em cada parede que pinta. Sr. Luís utiliza
uma tinta de secagem rápida, que permite que a segunda
demão seja aplicada 50 minutos após a primeira. Ao terminar
a aplicação da primeira demão nas paredes de uma sala, Sr.
Logo o valor encontrado é de 2 h 20 min. Luís pensou: “a segunda demão poderá ser aplicada a partir
das 15h 40min.”
B) 2 h 20 min – 1 h 30 min Se a aplicação da primeira demão demorou 2 horas e 15
minutos, que horas eram quando Sr. Luís iniciou o serviço?
(A) 12h 25 min
(B) 12h 35 min
(C) 12h 45 min
Observe que não podemos subtrair 20 min de 30 min,
(D) 13h 15 min
então devemos passar uma hora (+1) dos 2 para a coluna
(E) 13h 25 min
minutos.
Respostas

01. Resposta: C.

Então teremos novos valores para fazermos nossa


subtração, 20 + 60 = 80: Como 1h tem 60 minutos.
Então a diferença entre as duas é de 60+28=88 minutos.

02. Resposta: D.
T = 8 . 4 + 10 . 6 + 15 . 10 + 20 . 5 =
Logo o valor encontrado é de 50 min. = 32 + 60 + 150 + 100 = 342 min
Fazendo: 342 / 60 = 5 h, com 42 min (resto)
Questões
03. Resposta: B.
01. Joana levou 3 horas e 53 minutos para resolver uma 15 h 40 – 2 h 15 – 50 min = 12 h 35min
prova de concurso, já Ana levou 2 horas e 25 minutos para
resolver a mesma prova. Comparando o tempo das duas
candidatas, qual foi a diferença encontrada?
(A) 67 minutos.
(B) 75 minutos.

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APOSTILAS OPÇÃO

Raciocínio Lógico.

Caro (a) candidato (a), Raciocínio Lógico ou Lógica, é um


conceito amplo abordado, assim sendo, nosso conteúdo
abordará tudo o que você irá precisar, estude:
- Raciocínio Lógico (Tipos de Raciocínio);
- Conceitos Básicos;
- Raciocínio Analítico.
Solução: 4 em romanos é IV e 1 em inglês é ONE, logo
Raciocínio lógico é um processo de estruturação do juntando os dois temos: IVONE.
pensamento de acordo com as normas da lógica que permite
chegar a uma determinada conclusão ou resolver um CONCEITOS LÓGICOS
problema. É aquele que se desvincula das relações entre os
objetos e procede da própria elaboração do indivíduo. Surge A lógica a qual conhecemos hoje foi definida por
através da coordenação das relações previamente criadas Aristóteles, constituindo-a como uma ciência autônoma que se
entre os objetos. dedica ao estudo dos atos do pensamento (Conceito, Juízo,
Raciocínio, Demonstração) do ponto de vista da sua estrutura
Um raciocínio lógico requer consciência e capacidade de ou forma lógica, sem ter em conta qualquer conteúdo material.
organização do pensamento. É possível resolver problemas Falar de Lógica durante séculos, era o mesmo que falar da
usando o raciocínio lógico. No entanto, ele não pode ser lógica aristotélica. Apesar dos enormes avanços da lógica,
ensinado diretamente, mas pode ser desenvolvido através da sobretudo a partir do século XIX, a matriz aristotélica persiste
resolução de exercícios lógicos que contribuem para a até aos nossos dias. A lógica de Aristóteles tinha objetivo
evolução de algumas habilidades mentais. metodológico, a qual tratava de mostrar o caminho correto
Muitas empresas utilizam exercícios de raciocínio lógico para a investigação, o conhecimento e a demonstração
para testarem a capacidade dos candidatos. científica. O método científico que ele preconizava assentava
nas seguintes fases:
Raciocínio lógico matemático ou quantitativo 1. Observação de fenômenos particulares;
O raciocínio lógico matemático ou quantitativo é o 2. Intuição dos princípios gerais (universais) a que os
raciocínio usado para a resolução de alguns problemas e mesmos obedeciam;
exercícios matemáticos. Esses exercícios são 3. Dedução a partir deles das causas dos fenômenos
frequentemente usados no âmbito escolar, através de particulares.
problemas matriciais, geométricos e aritméticos, para que
os alunos desenvolvam determinadas aptidões. Este tipo de Por este e outros motivos Aristóteles é considerado o pai
raciocínio é bastante usado em áreas como a análise da Lógica Formal.
combinatória. A lógica matemática (ou lógica formal) estuda a lógica
segundo a sua estrutura ou forma. A lógica matemática
- Raciocínio analítico (crítico) ou Lógica informal - é a consiste em um sistema dedutivo de enunciados que tem como
capacidade de raciocinar rapidamente através da percepção. objetivo criar um grupo de leis e regras para determinar a
Em concursos exigem bastante senso crítico do candidato e validade dos raciocínios. Assim, um raciocínio é considerado
capacidade de interpretação, portanto exigem mecanismos válido se é possível alcançar uma conclusão verdadeira a partir
próprios para a resolução das questões. O raciocínio analítico de premissas verdadeiras.
nada mais é que a avaliação de situações através de Em sentido mais amplo podemos dizer que a Lógica está
interpretação lógica de textos. relacionado a maneira específica de raciocinar de forma
acertada, isto é, a capacidade do indivíduo de resolver
Tipos de Raciocínio problemas complexos que envolvem questões matemáticas, as
sequências de números, palavras, entre outros e de
desenvolver essa capacidade de chegar a validade do seu
Raciocínio Raciocínio Raciocínio raciocínio.
verbal - consiste espacial - remete abstrato -
na capacidade de para a aptidão para responsável pelo Exemplos
apreensão e criar e manipular pensamento
estruturação de representações abstrato e a 01. (Câmara de Aracruz/ES – Agente Administrativo e
elementos mentais visuais. Está capacidade para Legislativo – IDECAN) Analise a lógica envolvida nas figuras
verbais, relacionada com a determinar a seguir.
culminando na capacidade de ligações
formação de visualização e de abstratas entre
significados e uma raciocinar em três conceitos através
ordem e relação dimensões. de ideias
entre eles. inovadoras.

Vejamos um exemplo que roda pela internet e redes sociais, os A letra que substitui o sinal “?” é:
quais são chamados de Desafios, os mesmos envolvem o (A) O.
“raciocínio” para chegarmos ao resultado: (B) R.
(C) T.
(D) W.

Matemática 39
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APOSTILAS OPÇÃO

Substituindo as letras pelas posições no alfabeto: doação, é possível que Marcelo e Paulo fiquem,
C - 3º posição do alfabeto / E - 5º posição do alfabeto / H - respectivamente, com as seguintes quantidades de figurinhas:
8ºposição do alfabeto (A) 82 e 53
L- 12º posição do alfabeto / G- 7º posição do alfabeto / S- (B) 74 e 62
19º posição do alfabeto (C) 68 e 68
I - 9º posição do alfabeto / K - 11º posição do alfabeto / (D) 66 e 69
Qual será a letra? (E) 56 e 89

Após a substituição observamos que a 1ª letra é a diferença 03. (SESAU-RO – Farmacêutico – FUNRIO/2017) A soma
das outras duas: de 10 números é 400. Um desses números é o 44. Assim, avalie
C (3) E (5) H (8) se as seguintes afirmativas são falsas (F) ou verdadeiras (V):
L (12) G (7) S (19) Ao menos um dos demais 9 números é menor do que 40.
I (9) K (11) ? Ao menos três números são menores ou iguais a 39.
Ao menos um dos números é menor do que 37.
8–5=3 As afirmativas são respectivamente:
19 – 7 = 12 (A) F, V e V.
? – 11 = 9 → ? = 9 + 11 → ? = 20 = T. (B) V, F e V.
Resposta: C. (C) V, F e F.
(D) F, V e F.
02. (Pref. Barbacena/MG – Advogado – FCM) Maria tem (E) F, F e F.
três filhos, Bianca, Celi e João, e seis netos, Ana, André, Beth,
Cláudia, Fernando e Paula. Sabe-se que: 04. (SESAU-RO – Técnico em Informática –
Bianca tem três filhos(as). FUNRIO/2017) Capitu é mais baixa que Marilu e é mais alta
Celi tem dois filhos(as). que Lulu. Lulu é mais alta que Babalu mas é mais baixa que
João tem um(a) filho(a). Analu. Marilu é mais baixa que Analu. Assim, a mais alta das
Cláudia não tem irmãos. cinco é:
Beth é irmã de Paula. (A) Analu.
André não tem irmãs. (B) Babalu.
Com essas informações, pode-se afirmar que Ana é (C) Capitu.
(A) filha de Celi. (D) Lulu.
(B) prima de Beth. (E) Marilu.
(C) prima de Paula.
(D) filha de Bianca. 05. Um terreno retangular será cercado com arames e
estacas. Quantas estacas serão necessárias se em cada lado
Partindo das informações temos: terá de haver 20 delas?
(A) 80 estacas.
Filhos (3) Netos (6) (B) 78 estacas.
Bianca (3 filhos(as)) (C) 76 estacas.
Maria
Celi (2 filhos (as)) (D) 74 estacas.
João (1 filho (a)) (E) 72 estacas.

Netos: André e Fernando (2) Respostas


Netas: Ana, Beth, Claudia, Paula (4)
- A resposta mais direta é a de Claudia que não tem irmãos, 01. Resposta: B
logo é filha única e só pode ser filha de João. O sinônimo de "Continuidade" é "Frequência".
- Depois temos que André não tem irmãs. Logo ele pode ter
irmão, como só tem 2 meninos. André e Fernando são filhos de 02.Resposta: D
Celi. Se Marcelo doou figurinhas, então ele ficou com uma
- Observe que sobrou Ana, Beth e Paula que só podem ser quantidade inferior a que ele possuía, assim sendo considere a
filhas de Bianca. alternativa D como a correta. Pois se Marcelo ficou com 66,
Analisando as alternativas a única correta é a D. significa que ele doou 11, e Paulo recebeu 11, logo 58 + 11 =
69.
Referências 03. Resposta: C
ALENCAR FILHO, Edgar de – Iniciação a lógica matemática – São Paulo:
Nobel – 2002.
Se um dos números é 44, os outros nove somam 356.
CABRAL, Luiz Cláudio Durão; NUNES, Mauro César de Abreu - Raciocínio Dividindo 356 por 9, temos 39,555.... Logo, podemos ver
lógico passo a passo – Rio de Janeiro: Elsevier, 2013. que não importa quais são os números, um necessariamente
http://conceito.de/raciocinio-logico será menor que 40. Por isso, a afirmativa I é Verdadeira.
http://www.significados.com.br/raciocinio-logico
É possível que menos de 3 números seja menor maior que
39. Por exemplo, 100 + 100 + 100 + 40 + 10 + 2 + 2 + 1 + 1 =
Questões
356. Logo, afirmativa II é Falsa.
Como vimos, é possível que os 9 números restantes sejam
01. "Abaixar" está para "Curvar" assim como
iguais a 39,999... ou seja, afirmação III é Falsa.
"Continuidade" está para:
Gabarito: V, F e F.
(A) Intervalo
(B) Frequência
04. Resposta: A
(C) Intermitência
Seja A= Analu, B= Babalu, C= Capitu, L= Lulu e M= Marilu.
(D) Interrupção
Pelo enunciado temos:
(E) Suspensão
M>L
L>B
02. Marcelo tinha 77 figurinhas e Paulo tinha 58. Marcelo
A>L
deu algumas de suas figurinhas para Paulo. Depois dessa

Matemática 40
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APOSTILAS OPÇÃO

A>M.
Portanto a maior de todas é A= Analu. I – PRINCÍPIO DA IDENTIDADE: uma proposição
verdadeira é verdadeira; uma proposição falsa é falsa.
05. Resposta: C
Se em cada lado deverá haver 20 estacas, nos quatro lados II – PRINCÍPIO DA NÃO CONTRADIÇÃO: uma
do terreno deverá ter 4x20 – 4 = 76 estacas. proposição não pode ser verdadeira E falsa ao mesmo
Diminuímos 4 porque contando 20 em cada lado as que tempo.
estão no canto (vértices) foram contadas duas vezes.
III – PRINCÍPIO DO TERCEIRO EXCLUÍDO: toda
ESTRUTURAS LÓGICAS proposição OU é verdadeira OU é falsa, verificamos sempre
um desses casos, NUNCA existindo um terceiro caso.
Em uma primeira aproximação, a lógica pode ser
entendida como a ciência que estuda os princípios e o métodos
que permitem estabelecer as condições de validade e Se esses princípios acimas não puderem ser aplicados,
invalidade dos argumentos. Um argumento é uma parte do NÃO podemos classificar uma frase como proposição.
discurso no qual localizamos um conjunto de uma ou mais
sentenças denominadas premissas e uma sentença Valores lógicos das proposições
denominada conclusão. Chamamos de valor lógico de uma proposição a verdade,
Em diversas provas de concursos são empregados toda se a proposição é verdadeira (V), e a falsidade, se a proposição
sorte de argumentos com os mais variados conteúdos: político, é falsa (F).
religioso, moral e etc. Pode-se pensar na lógica como o estudo Consideremos as seguintes proposições e os seus
da validade dos argumentos, focalizando a atenção não no respectivos valores lógicos:
conteúdo, mas sim na sua forma ou na sua estrutura. a) Brasília é a capital do Brasil. (V)
b) Terra é o maior planeta do sistema Solar. (F)
Conceito de proposição
Chama-se proposição a todo conjunto de palavras ou A maioria das proposições são proposições contingenciais,
símbolos que expressam um pensamento ou uma ideia de ou seja, dependem do contexto para sua análise. Assim, por
sentido completo. Assim, as proposições transmitem exemplo, se considerarmos a proposição simples:
pensamentos, isto é, afirmam, declaram fatos ou exprimem
juízos que formamos a respeito de determinados conceitos ou “Existe vida após a morte”, ela poderá ser verdadeira (do
entes. ponto de vista da religião espírita) ou falsa (do ponto de vista
Elas devem possuir além disso: da religião católica); mesmo assim, em ambos os casos, seu valor
- um sujeito e um predicado; lógico é único — ou verdadeiro ou falso.
- e por último, deve sempre ser possível atribuir um valor
lógico: verdadeiro (V) ou falso (F). Classificação das proposições
Preenchendo esses requisitos estamos diante de uma As proposições podem ser classificadas em:
proposição. 1) Proposições simples (ou atômicas): são formadas por
Vejamos alguns exemplos: um única oração, sem conectivos, ou seja, elementos de
A) Terra é o maior planeta do sistema Solar ligação. Representamos por letras minusculas: p, q, r,... .
B) Brasília é a capital do Brasil.
C) Todos os músicos são românticos. Exemplos:
O céu é azul.
A todas as frases podemos atribuir um valor lógico (V ou Hoje é sábado.
F).
TOME NOTA!!! 2) Proposições compostas (ou moleculares): possuem
Uma forma de identificarmos se uma frase simples é ou elementos de ligação (conectivos) que ligam as orações,
não considerada frase lógica, ou sentença, ou ainda podendo ser duas, três, e assim por diante. Representamos por
proposição, é pela presença de: letras maiusculas: P, Q, R, ... .
- sujeito simples: "Carlos é médico";
- sujeito composto: "Rui e Nathan são irmãos"; Exemplos:
- sujeito inexistente: "Choveu" O ceu é azul ou cinza.
- verbo, que representa a ação praticada por esse sujeito, Se hoje é sábado, então vou a praia.
e estar sujeita à apreciação de julgamento de ser verdadeira
(V) ou falsa (F), caso contrário, não será considerada Observação: os termos em destaque são alguns dos
proposição. conectivos (termos de ligação) que utilizamos em lógica
matemática.
Atenção: orações que não tem sujeito, NÃO são
consideradas proposições lógicas. 3) Sentença aberta: quando não se pode atribuir um
valor lógico verdadeiro ou falso para ela (ou valorar a
Princípios fundamentais da lógica proposição!), portanto, não é considerada frase lógica. São
A Lógica matemática adota como regra fundamental três consideradas sentenças abertas:
princípios7 (ou axiomas): a) Frases interrogativas: Quando será prova? - Estudou
ontem? – Fez Sol ontem?
b) Frases exclamativas: Gol! – Que maravilhoso!
c) Frase imperativas: Estude e leia com atenção. – Desligue
a televisão.
d) Frases sem sentido lógico (expressões vagas,
paradoxais, ambíguas, ...): “esta frase é verdadeira” (expressão

7 Algumas bibliografias consideram apenas dois axiomas o II e o III.

Matemática 41
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APOSTILAS OPÇÃO

paradoxal) – O cavalo do meu vizinho morreu (expressão Respostas


ambígua) – 2 + 3 + 7
01. Resposta: D.
4) Proposição (sentença) fechada: quando a proposição Analisando as alternativas temos:
admitir um único valor lógico, seja ele verdadeiro ou falso, (A) Frases interrogativas não são consideradas
nesse caso, será considerada uma frase, proposição ou proposições.
sentença lógica. (B) O sujeito aqui é indeterminado, logo não podemos
definir quem é ele.
Observe os exemplos: (C) Trata-se de uma proposição composta
(D) É uma frase declarativa onde podemos identificar o
Frase Sujeito Verbo Conclusão sujeito da frase e atribuir a mesma um valor lógico.
Maria é Maria É (ser) É uma frase
baiana (simples) lógica 02. Resposta: E.
Lia e Maria Lia e Maria Têm (ter) É uma frase Analisando as alternativas temos:
têm dois (composto) lógica (A) Não é uma oração composta de sujeito e predicado.
irmãos (B) É uma frase imperativa/exclamativa, logo não é
Ventou Inexistente Ventou É uma frase proposição.
hoje (ventar) lógica (C) É uma frase que expressa ordem, logo não é proposição.
Um lindo Um lindo Frase sem NÂO é uma (D) É uma frase interrogativa.
livro de livro verbo frase lógica (E) Composta de sujeito e predicado, é uma frase
literatura declarativa e podemos atribuir a ela valores lógicos.
Manobrar Frase sem Manobrar NÂO é uma
esse carro sujeito frase lógica 03. Resposta: B.
Existe vida Vida Existir É uma frase Analisemos cada alternativa:
em Marte lógica (A) “A frase dentro destas aspas é uma mentira”, não
podemos atribuir valores lógicos a ela, logo não é uma
Sentenças representadas por variáveis sentença lógica.
a) x + 4 > 5; (B) A expressão x + y é positiva, não temos como atribuir
b) Se x > 1, então x + 5 < 7; valores lógicos, logo não é sentença lógica.
c) x = 3 se, e somente se, x + y = 15. (C) O valor de √4 + 3 = 7; é uma sentença lógica pois
podemos atribuir valores lógicos, independente do resultado
Observação: Os termos “atômicos” e “moleculares” que tenhamos
referem-se à quantidade de verbos presentes na frase. (D) Pelé marcou dez gols para a seleção brasileira, também
Consideremos uma frase com apenas um verbo, então ela será podemos atribuir valores lógicos (não estamos considerando
dita atômica, pois se refere a apenas um único átomo (1 verbo a quantidade certa de gols, apenas se podemos atribuir um
= 1 átomo); consideremos, agora, uma frase com mais de um valor de V ou F a sentença).
verbo, então ela será dita molecular, pois se refere a mais de (E) O que é isto? - como vemos não podemos atribuir
um átomo (mais de um átomo = uma molécula). valores lógicos por se tratar de uma frase interrogativa.

Questões CONCEITO DE TABELA VERDADE

01. (Pref. Tanguá/RJ- Fiscal de Tributos – MS Sabemos que tabela verdade é toda tabela que atribui,
CONCURSOS/2017) Qual das seguintes sentenças é previamente, os possíveis valores lógicos que as proposições
classificada como uma proposição simples? simples podem assumir, como sendo verdadeiras (V) ou
(A) Será que vou ser aprovado no concurso? falsas (F), e, por consequência, permite definir a solução de
(B) Ele é goleiro do Bangu. uma determinada fórmula (proposição composta).
(C) João fez 18 anos e não tirou carta de motorista. De acordo com o Princípio do Terceiro Excluído, toda
(D) Bashar al-Assad é presidente dos Estados Unidos. proposição simples “p” é verdadeira ou falsa, ou seja, possui o
valor lógico V (verdade) ou o valor lógico F (falsidade).
02. (IF/PA- Auxiliar de Assuntos Educacionais – Em se tratando de uma proposição composta, a
IF/PA/2016) Qual sentença a seguir é considerada uma determinação de seu valor lógico, conhecidos os valores
proposição? lógicos das proposições simples componentes, se faz com base
(A) O copo de plástico. no seguinte princípio, vamos relembrar:
(B) Feliz Natal!
(C) Pegue suas coisas.
(D) Onde está o livro? O valor lógico de qualquer proposição composta
(E) Francisco não tomou o remédio. depende UNICAMENTE dos valores lógicos das
proposições simples componentes, ficando por eles
03. (Cespe/UNB) Na lista de frases apresentadas a seguir: UNIVOCAMENTE determinados.
• “A frase dentro destas aspas é uma mentira.”
• A expressão x + y é positiva.
• O valor de √4 + 3 = 7. Para determinarmos esses valores recorremos a um
• Pelé marcou dez gols para a seleção brasileira. dispositivo prático que é o objeto do nosso estudo: A tabela
• O que é isto? verdade. Em que figuram todos os possíveis valores lógicos da
Há exatamente: proposição composta (sua solução) correspondente a todas as
(A) uma proposição; possíveis atribuições de valores lógicos às proposições
(B) duas proposições; simples componentes.
(C) três proposições;
(D) quatro proposições;
(E) todas são proposições.

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APOSTILAS OPÇÃO

Número de linhas de uma Tabela Verdade Vejamos alguns exemplos:


O número de linhas de uma proposição composta depende
do número de proposições simples que a integram, sendo dado 01. (FCC) Com relação à proposição: “Se ando e bebo,
pelo seguinte teorema: então caio, mas não durmo ou não bebo”. O número de linhas
da tabela-verdade da proposição composta anterior é igual a:
“A tabela verdade de uma proposição composta com n* (A) 2;
proposições simples componentes contém 2n linhas.” (* (B) 4;
Algumas bibliografias utilizam o “p” no lugar do “n”) (C) 8;
Os valores lógicos “V” e “F” se alteram de dois em dois para (D) 16;
a primeira proposição “p” e de um em um para a segunda (E) 32.
proposição “q”, em suas respectivas colunas, e, além disso, VV,
VF, FV e FF, em cada linha, são todos os arranjos binários com Vamos contar o número de verbos para termos a
repetição dos dois elementos “V” e “F”, segundo ensina a quantidade de proposições simples e distintas contidas na
Análise Combinatória. proposição composta. Temos os verbos “andar’, “beber”, “cair”
e “dormir”. Aplicando a fórmula do número de linhas temos:
Construção da tabela verdade de uma proposição Número de linhas = 2n = 24 = 16 linhas.
composta Resposta D.
Para sua construção começamos contando o número de
proposições simples que a integram. Se há n proposições 02. (Cespe/UnB) Se “A”, “B”, “C” e “D” forem proposições
simples componentes, então temos 2n linhas. Feito isso, simples e distintas, então o número de linhas da tabela-
atribuimos a 1ª proposição simples “p1” 2n / 2 = 2n -1 valores verdade da proposição (A → B) ↔ (C → D) será igual a:
V , seguidos de 2n – 1 valores F, e assim por diante. (A) 2;
(B) 4;
Exemplos (C) 8;
1) Se tivermos 2 proposições temos que 2n =22 = 4 linhas e (D) 16;
2n – 1 = 22 - 1 = 2, temos para a 1ª proposição 2 valores V e 2 (E) 32.
valores F se alternam de 2 em 2 , para a 2ª proposição temos
que os valores se alternam de 1 em 1 (ou seja metade dos Veja que podemos aplicar a mesma linha do raciocínio
valores da 1ª proposição). Observe a ilustração, a primeira acima, então teremos:
parte dela corresponde a árvore de possibilidades e a segunda Número de linhas = 2n = 24 = 16 linhas.
a tabela propriamente dita. Resposta D.

Estudo dos Operadores e Operações Lógicas


Quando efetuamos certas operações sobre proposições
chamadas operações lógicas, efetuamos cálculos
proposicionais, semelhantes a aritmética sobre números, de
forma a determinarmos os valores das proposições.

1) Negação ( ~ ): chamamos de negação de uma


proposição representada por “não p” cujo valor lógico é
verdade (V) quando p é falsa e falsidade (F) quando p é
verdadeira. Assim “não p” tem valor lógico oposto daquele de
p.
(Fonte: http://www.colegioweb.com.br/nocoes-de-logica/tabela-verdade.html) Pela tabela verdade temos:

2) Neste caso temos 3 proposições simples, fazendo os


cálculos temos: 2n =23 = 8 linhas e 2n – 1 = 23 - 1 = 4, temos para
a 1ª proposição 4 valores V e 4 valores F se alternam de 4 em
4 , para a 2ª proposição temos que os valores se alternam de 2
em 2 (metade da 1ª proposição) e para a 3ª proposição temos Simbolicamente temos:
valores que se alternam de 1 em 1(metade da 2ª proposição). ~V = F ; ~F = V
V(~p) = ~V(p)

Exemplos
Proposição Negação: ~p
(afirmações): p
Carlos é médico Carlos NÃO é médico
Juliana é carioca Juliana NÃO é carioca
Nicolas está de férias Nicolas NÃO está de férias
Norberto foi NÃO É VERDADE QUE
trabalhar Norberto foi trabalhar

A primeira parte da tabela todas as afirmações são


verdadeiras, logo ao negarmos temos passam a ter como valor
lógico a falsidade.
(Fonte: http://www.colegioweb.com.br/nocoes-de-logica/tabela-verdade.html)
- Dupla negação (Teoria da Involução): vamos
considerar as seguintes proposições primitivas, p:” Netuno é o
planeta mais distante do Sol”; sendo seu valor verdadeiro ao
negarmos “p”, vamos obter a seguinte proposição ~p: “Netuno

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APOSTILAS OPÇÃO

NÂO é o planeta mais distante do Sol” e negando novamente a 3) Disjunção inclusiva – soma lógica – disjunção
proposição “~p” teremos ~(~p): “NÃO É VERDADE que Netuno simples (v): chama-se de disjunção inclusiva de duas
NÃO é o planeta mais distante do Sol”, sendo seu valor lógico proposições p e q a proposição representada por “p ou q”, cujo
verdadeiro (V). Logo a dupla negação equivale a termos de valor lógico é verdade (V) quando pelo menos uma das
valores lógicos a sua proposição primitiva. proposições, p e q, é verdadeira e falsidade (F) quando
ambas são falsas.
p ≡ ~(~p) Simbolicamente: “p v q” (lê-se: “p OU q”).
Pela tabela verdade temos:
Observação: O termo “equivalente” está associado aos
“valores lógicos” de duas fórmulas lógicas, sendo iguais pela
natureza de seus valores lógicos.
Exemplo:
1. Saturno é um planeta do sistema solar.
2. Sete é um número real maior que cinco.

Sabendo-se da realidade dos valores lógicos das


proposições “Saturno é um planeta do sistema solar” e “Sete é Exemplos
um número rela maior que cinco”, que são ambos verdadeiros (a)
(V), conclui-se que essas proposições são equivalentes, em p: A neve é branca. (V)
termos de valores lógicos, entre si. q: 3 < 5. (V)
V(p v q) = V(p) v V(q) = V v V = V
2) Conjunção – produto lógico (^): chama-se de
conjunção de duas proposições p e q a proposição (b)
representada por “p e q”, cujo valor lógico é verdade (V) p: A neve é azul. (F)
quando as proposições, p e q, são ambas verdadeiras e q: 6 < 5. (F)
falsidade (F) nos demais casos. V(p v q) = V(p) v V(q) = F v F = F
Simbolicamente temos: “p ^ q” (lê-se: “p E q”).
Pela tabela verdade temos: (c)
p: Pelé é jogador de futebol. (V)
q: A seleção brasileira é octacampeã. (F)
V(p v q) = V(p) v V(q) = V v F = V

(d)
p: A neve é azul. (F)
q: 7 é número ímpar. (V)
Exemplos V(p v q) = V(p) v V(q) = F v V = V
(a)
p: A neve é branca. (V) 4) Disjunção exclusiva ( v ): chama-se disjunção
q: 3 < 5. (V) exclusiva de duas proposições p e q, cujo valor lógico é
V(p ^ q ) = V(p) ^ V(q) = V ^ V = V verdade (V) somente quando p é verdadeira ou q é
verdadeira, mas não quando p e q são ambas verdadeiras
(b) e a falsidade (F) quando p e q são ambas verdadeiras ou
p: A neve é azul. (F) ambas falsas.
q: 6 < 5. (F) Simbolicamente: “p v q” (lê-se; “OU p OU q”; “OU p OU q,
V(p ^ q ) = V(p) ^ V(q) = F ^ F = F MAS NÃO AMBOS”).
Pela tabela verdade temos:
(c)
p: Pelé é jogador de futebol. (V)
q: A seleção brasileira é octacampeã. (F)
V(p ^ q ) = V(p) ^ V(q) = V ^ F = F

(d)
p: A neve é azul. (F)
q: 7 é número ímpar. (V) Para entender melhor vamos analisar o exemplo.
V(p ^ q ) = V(p) ^ V(q) = F ^ V = F p: Nathan é médico ou professor. (Ambas podem ser
verdadeiras, ele pode ser as duas coisas ao mesmo tempo, uma
- O valor lógico de uma proposição simples “p” é indicado condição não exclui a outra – disjunção inclusiva).
por V(p). Assim, exprime-se que “p” é verdadeira (V), Podemos escrever:
escrevendo: Nathan é médico ^ Nathan é professor
V(p) = V
q: Mario é carioca ou paulista (aqui temos que se Mario é
- Analogamente, exprime-se que “p” é falsa (F), carioca implica que ele não pode ser paulista, as duas coisas
escrevendo: não podem acontecer ao mesmo tempo – disjunção exclusiva).
V(p) = F Reescrevendo:
Mario é carioca v Mario é paulista.
- As proposições compostas, representadas, por exemplo,
pelas letras maiúsculas “P”, “Q”, “R”, “S” e “T”, terão seus Exemplos
respectivos valores lógicos representados por: a) Plínio pula ou Lucas corre, mas não ambos.
V(P), V(Q), V(R), V(S) e V(T). b) Ou Plínio pula ou Lucas corre.

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5) Implicação lógica ou condicional (→): chama-se q: 7 é número ímpar. (V)


proposição condicional ou apenas condicional representada V(p ↔ q) = V(p) ↔ V(q) = F ↔ V = F
por “se p então q”, cujo valor lógico é falsidade (F) no caso em
que p é verdade e q é falsa e a verdade (V) nos demais Transformação da linguagem corrente para a
casos. simbólica
Este é um dos tópicos mais vistos em diversas provas e por
Simbolicamente: “p → q” (lê-se: p é condição suficiente isso vamos aqui detalhar de forma a sermos capazes de
para q; q é condição necessária para p). resolver questões deste tipo.
p é o antecedente e q o consequente e “→” é chamado de
símbolo de implicação. Sejam as seguintes proposições simples denotadas por “p”,
Pela tabela verdade temos: “q” e “r” representadas por:
p: Luciana estuda.
q: João bebe.
r: Carlos dança.

Sejam, agora, as seguintes proposições compostas


denotadas por: “P ”, “Q ”, “R ”, “S ”, “T ”, “U ”, “V ” e “X ”
representadas por:
Exemplos P: Se Luciana estuda e João bebe, então Carlos não dança.
(a) Q: É falso que João bebe ou Carlos dança, mas Luciana não
p: A neve é branca. (V) estuda.
q: 3 < 5. (V) R: Ou Luciana estuda ou Carlos dança se, e somente se,
V(p → q) = V(p) → V(q) = V → V = V João não bebe.

(b) O primeiro passo é destacarmos os operadores lógicos


p: A neve é azul. (F) (modificadores e conectivos) e as proposições. Depois
q: 6 < 5. (F) reescrevermos de forma simbólica, vajamos:
V(p → q) = V(p) → V(q) = F → F = V

(c)
p: Pelé é jogador de futebol. (V)
Juntando as informações temos que, P: (p ^ q) → ~r
q: A seleção brasileira é octacampeã. (F)
V(p → q) = V(p) → V(q) = V → F = F
Continuando:
(d)
Q: É falso que João bebe ou Carlos dança, mas Luciana
p: A neve é azul. (F)
estuda.
q: 7 é número ímpar. (V)
V(p → q) = V(p) → V(q) = F → V = V

6) Dupla implicação ou bicondicional (↔):chama-se


proposição bicondicional ou apenas bicondicional
representada por “p se e somente se q”, cujo valor lógico é
verdade (V) quando p e q são ambas verdadeiras ou falsas Simbolicamente temos: Q: ~ (q v r ^ ~p).
e a falsidade (F) nos demais casos.
Simbolicamente: “p ↔ q” (lê-se: p é condição necessária e R: Ou Luciana estuda ou Carlos dança se, e somente se,
suficiente para q; q é condição necessária e suficiente para p). João não bebe.
Pela tabela verdade temos: (p v r) ↔ ~q

Observação: os termos “É falso que”, “Não é verdade que”,


“É mentira que” e “É uma falácia que”, quando iniciam as
frases negam, por completo, as frases subsequentes.
Exemplos
(a) - O uso de parêntesis
p: A neve é branca. (V) A necessidade de usar parêntesis na simbolização das
q: 3 < 5. (V) proposições se deve a evitar qualquer tipo de ambiguidade,
V(p ↔ q) = V(p) ↔ V(q) = V ↔ V = V assim na proposição, por exemplo, p ^ q v r, nos dá a seguinte
proposições:
(b)
p: A neve é azul. (F) (I) (p ^ q) v r - Conectivo principal é da disjunção.
q: 6 < 5. (F) (II) p ^ (q v r) - Conectivo principal é da conjunção.
V(p ↔ q) = V(p) ↔ V(q) = F ↔ F = V
As quais apresentam significados diferentes, pois os
(c) conectivos principais de cada proposição composta dá valores
p: Pelé é jogador de futebol. (V) lógicos diferentes como conclusão.
q: A seleção brasileira é octacampeã. (F) Agora observe a expressão: p ^ q → r v s, dá lugar,
V(p ↔ q) = V(p) ↔ V(q) = V ↔ F = F colocando parêntesis as seguintes proposições:
a) ((p ^ q) → r) v s
(d) b) p ^ ((q → r) v s)
p: A neve é azul. (F) c) (p ^ (q → r)) v s

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APOSTILAS OPÇÃO

d) p ^ (q → (r v s)) p q ~q p ^~q ~ (p ^ ~q)


e) (p ^ q) → (r v s) V V F F V
V F V V F
Aqui duas quaisquer delas não tem o mesmo significado. F V F F V
Porém existem muitos casos que os parêntesis são suprimidos, F F V F V
a fim de simplificar as proposições simbolizadas, desde que,
naturalmente, ambiguidade alguma venha a aparecer. Para 2ª Resolução) Vamos montar primeiro as colunas
isso a supressão do uso de parêntesis se faz mediante a correspondentes a proposições simples p e q , depois traçar
algumas convenções, das quais duas são particularmente colunas para cada uma dessas proposições e para cada um dos
importantes: conectivos que compõem a proposição composta.
p q ~ (p ^ ~ q)
1ª) A “ordem de precedência” para os conectivos é: V V
(I) ~ (negação) V F
(II) ^, v (conjunção ou disjunção têm a mesma F V
precedência, operando-se o que ocorrer primeiro, da esquerda F F
para direita).
(III) → (condicional) Depois completamos, em uma determinada ordem as
(IV) ↔ (bicondicional) colunas escrevendo em cada uma delas os valores lógicos.
Portanto o mais “fraco” é “~” e o mais “forte” é “↔”. p q ~ (p ^ ~ q)
V V V V
Logo: Os símbolos → e ↔ têm preferência sobre ^ e v. V F V F
F V F V
Exemplo F F F F
p → q ↔ s ^ r , é uma bicondicional e nunca uma 1 1
condicional ou uma conjunção. Para convertê-la numa
condicional há que se usar parêntesis: p q ~ (p ^ ~ q)
p →( q ↔ s ^ r )
V V V F V
E para convertê-la em uma conjunção:
V F V V F
(p → q ↔ s) ^ r
F V F F V
F F F V F
2ª) Quando um mesmo conectivo aparece
sucessivamente repetido, suprimem-se os parêntesis, 1 2 1
fazendo-se a associação a partir da esquerda.
p q ~ (p ^ ~ q)
V V V F F V
Segundo estas duas convenções, as duas seguintes
V F V V V F
proposições se escrevem:
F V F F F V
F F F F V F
Proposição Nova forma de escrever 1 3 2 1
a proposição
((~(~(p ^ q))) v (~p)) ~~ (p ^ q) v ~p p q ~ (p ^ ~ q)
((~p) → (q → (~(p v r)))) ~p→ (q → ~(p v r)) V V V V F F V
V F F V V V F
- Outros símbolos para os conectivos (operadores lógicos): F V V F F F V
“¬” (cantoneira) para negação (~). F F V F F V F
“●” e “&” para conjunção (^). 4 1 3 2 1
“‫( ”ﬤ‬ferradura) para a condicional (→).
Observe que vamos preenchendo a tabela com os valores
Em síntese temos a tabela verdade das proposições que lógicos (V e F), depois resolvemos os operadores lógicos
facilitará na resolução de diversas questões (modificadores e conectivos) e obtemos em 4 os valores
lógicos da proposição que correspondem a todas possíveis
atribuições de p e q de modo que:

P(V V) = V, P(V F) = F, P(F V) = V, P(F F) = V

A proposição P(p,q) associa a cada um dos elementos do


(Fonte: http://www laifi.com.) conjunto U – {VV, VF, FV, FF} com um ÚNICO elemento do
conjunto {V,F}, isto é, P(p,q) outra coisa não é que uma função
Exemplo de U em {V,F}
Vamos construir a tabela verdade da proposição:
P(p,q) = ~ (p ^ ~q) P(p,q): U → {V,F} , cuja representação gráfica por um
diagrama sagital é a seguinte:
1ª Resolução) Vamos formar o par de colunas
correspondentes as duas proposições simples p e q. Em
seguida a coluna para ~q , depois a coluna para p ^ ~q e a
útima contento toda a proposição ~ (p ^ ~q), atribuindo todos
os valores lógicos possíveis de acordo com os operadores
lógicos.

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3ª Resolução) Resulta em suprimir a tabela verdade Propriedades da Disjunção: Sendo as proposições p, q e


anterior as duas primeiras da esquerda relativas às r simples, quaisquer que sejam t e w, proposições também
proposições simples componentes p e q. Obtermos então a simples, cujos valores lógicos respectivos são V (verdade) e
seguinte tabela verdade simplificada: F(falsidade), temos as seguintes propriedades:

~ (p ^ ~ q) 1) Idempotente: p v p ⇔ p
V V F F V A tabela verdade de p v p e p, são idênticas, ou seja, a
F V V V F bicondicional p v p ↔ p é tautológica.
V F F F V
V F F V F p pvp pvp↔p
4 1 3 2 1 V V V
F F V
Referências
CABRAL, Luiz Cláudio Durão; NUNES, Mauro César de Abreu - Raciocínio 2) Comutativa: p v q ⇔ q v p
lógico passo a passo – Rio de Janeiro: Elsevier, 2013. A tabela verdade de p v q e q v p são idênticas, ou seja, a
ALENCAR FILHO, Edgar de – Iniciação a lógica matemática – São Paulo:
bicondicional p v q ↔ q v p é tautológica.
Nobel – 2002.

ÁLGEBRA DAS PROPOSIÇÕES p q pvq qvp pvq↔qvp


V V V V V
Propriedades da Conjunção: Sendo as proposições p, q e V F V V V
r simples, quaisquer que sejam t e w, proposições também F V V V V
simples, cujos valores lógicos respectivos são V (verdade) e F F F F V
F(falsidade), temos as seguintes propriedades:
3) Associativa: (p v q) v r ⇔ p v (q v r)
1) Idempotente: p ^ p ⇔ p (o símbolo “⇔” representa A tabela verdade de (p v q) v r e p v (q v r) são idênticas, ou
equivalência). seja, a bicondicional (p v q) v r ↔ p v (q v r) é tautológica.
A tabela verdade de p ^ p e p, são idênticas, ou seja, a
bicondicional p ^ p ↔ p é tautológica. p q r pvq (p v q) v r qvr p v (q v r)
V V V V V V V
p p^p p^p↔p V V F V V V V
V V V V F V V V V V
F F V V F F V V F V
F V V V V V V
2) Comutativa: p ^ q ⇔ q ^ p F V F V V V V
A tabela verdade de p ^ q e q ^ p são idênticas, ou seja, a F F V F V V V
bicondicional p ^ q ↔ q ^ p é tautológica. F F F F F F F

p q p^q q^p p^q↔q^p 4) Identidade: p v t ⇔ t e p v w ⇔ p


V V V V V A tabela verdade de p v t e p, e p v w e w são idênticas, ou
V F F F V seja, a bicondicional p v t ↔ t e p v w ↔ p são tautológicas.
F V F F V
F F F F V p t w pvt pvw pvt↔t pvw↔p
V V F V V V V
3) Associativa: (p ^ q) ^ r ⇔ p ^ (q ^ r) F V F V F V V
A tabela verdade de (p ^ q) ^ r e p ^ (q ^ r) são idênticas,
ou seja, a bicondicional (p ^ q) ^ r ↔ p ^ (q ^ r) é tautológica. Estas propriedades exprimem que t e w são
respectivamente elemento absorvente e elemento neutro da
p q r p^q (p ^ q) ^ r q^r p ^ (q ^ r) disjunção.
V V V V V V V
V V F V F F F Propriedades da Conjunção e Disjunção: Sejam p, q e r
V F V F F F F proposições simples quaisquer.
V F F F F F F 1) Distributiva:
F V V F F V F - p ^ (q v r) ⇔ (p ^ q) v (p ^ r)
F V F F F F F - p v (q ^ r) ⇔ (p v q) ^ (p v r)
F F V F F F F
F F F F F F F A tabela verdade das proposições p ^ (q v r) e (p v q) ^ (p
v r) são idênticas, e observamos que a bicondicional p ^ (q v r)
4) Identidade: p ^ t ⇔ p e p ^ w ⇔ w ↔ (p ^ q) v (p ^ r) é tautológica.
A tabela verdade de p ^ t e p, e p ^ w e w são idênticas, ou
seja, a bicondicional p ^ t ↔ p e p ^ w ↔ w são tautológicas. p q r qvr p ^ (q v p^q p^ (p ^ q) v (p ^
r) r r)
p t w p^t p^w p^t↔p p^w↔w V V V V V V V V
V V F V F V V V V F V V V F V
F V F F F V V V F V V V F V V
V F F F F F F F
Estas propriedades exprimem que t e w são F V V V F F F F
respectivamente elemento neutro e elemento absorvente da F V F V F F F F
conjunção. F F V V F F F F
F F F F F F F F

Matemática 47
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APOSTILAS OPÇÃO

Analogamente temos ainda que a tabela verdade das


proposições p v (q ^ r) e (p v q) ^ (p v r) são idênticas e sua
bicondicional p v (q ^ r) ↔ (p v q) ^ (p v r) é tautológica.
( ) Certo ( ) Errado
A equivalência p ^ (q v r) ↔ (p ^ q) v (p ^ r), exprime que a
conjunção é distributiva em relação à disjunção e a
02. (BRDE-Analista de Sistemas, Desenvolvimento de
equivalência p v (q ^ r) ↔ (p v q) ^ (p v r), exprime que a
Sistemas – FUNDATEC) Qual operação lógica descreve a
disjunção é distributiva em relação à conjunção.
tabela verdade da função Z abaixo cujo operandos são A e B?
Exemplo:
Considere que V significa Verdadeiro, e F, Falso.
“Carlos estuda E Jorge trabalha OU viaja” é equivalente à
seguinte proposição:
“Carlos estuda E Jorge trabalha” OU “Carlos estuda E Jorge
viaja”.

2) Absorção:
- p ^ (p v q) ⇔ p
- p v (p ^ q) ⇔ p

A tabela verdade das proposições p ^ (p v q) e p, ou seja, a (A) Ou.


bicondicional p ^ (p v q) ↔ p é tautológica. (B) E.
(C) Ou exclusivo.
p q pvq p ^ (p v q) p ^ (p v q) ↔ p (D) Implicação (se...então).
V V V V V (E) Bicondicional (se e somente se).
V F V V V
F V V F V 03. (EBSERH – Técnico em Citopatologia – INSTITUTO
F F F F V AOCP) Considerando a proposição composta ( p ∨ r ) , é
correto afirmar que
Analogamente temos ainda que a tabela verdade das (A) a proposição composta é falsa se apenas p for falsa.
proposições p v (p ^ q) e p são idênticas, ou seja a bicondicional (B) a proposição composta é falsa se apenas r for falsa.
p v (p ^ q) ↔ p é tautológica. (C) para que a proposição composta seja verdadeira é
necessário que ambas, p e r sejam verdadeiras.
p q p^q p v (p ^ q) p v (p ^ q) ↔ p (D) para que a proposição composta seja verdadeira é
V V V V V necessário que ambas, p e r sejam falsas.
V F F V V (E) para que a proposição composta seja falsa é necessário
F V F F V que ambas, p e r sejam falsas.
F F F F V
04. (CRM/DF – Assistente Administrativo –
Referências QUADRIX/2018) Considerando que Mário seja assistente de
CABRAL, Luiz Cláudio Durão; NUNES, Mauro César de Abreu - Raciocínio tecnologia da informação de determinado Conselho Regional
lógico passo a passo – Rio de Janeiro: Elsevier, 2013. de Medicina (CRM) e a seguinte proposição a respeito das
ALENCAR FILHO, Edgar de – Iniciação a lógica matemática – São Paulo:
Nobel – 2002. atividades de Mário no referido órgão: P: “Mário dá suporte às
salas de treinamento e executa scripts de atualização do banco
Questões de dados.”, julgue o item a seguir.

01. (MEC – Conhecimentos básicos para os Postos Simbolizando-se P por A∧B, a negação da proposição P
9,10,11 e 16 – CESPE) será a proposição R: “Mário não dá suporte às salas de
treinamento nem executa scripts de atualização do banco de
dados.”, cuja tabela-verdade é a apresentada abaixo.

A figura acima apresenta as colunas iniciais de uma tabela- ( )Certo ( )Errado


verdade, em que P, Q e R representam proposições lógicas, e V Respostas
e F correspondem, respectivamente, aos valores lógicos
verdadeiro e falso. 01. Resposta: Certo.
Com base nessas informações e utilizando os conectivos P v (Q↔R), montando a tabela verdade temos:
lógicos usuais, julgue o item subsecutivo.
A última coluna da tabela-verdade referente à proposição R Q P [P v (Q ↔ R) ]
lógica P v (Q↔R) quando representada na posição horizontal V V V V V V V V
é igual a V V F F V V V V
V F V V V F F V
V F F F F F F V

Matemática 48
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APOSTILAS OPÇÃO

F V V V V V F F podemos fazer um julgamento preliminar desse argumento. O


F V F F F V F F seu senso crítico não deve ter deixado que você fique
inteiramente convencido da ideia que estava sendo defendida
F F V V V F V F
pelo texto. Isto porque, de fato, essa fala apresenta alguns
F F F F V F V F erros de argumentação que são as falácias.
Observe que:
02. Resposta: D.
Observe novamente a tabela abaixo, considere A = p, B = q Premissa 1: todas as pessoas com câncer que eu conheço
e Z = condicional. bebiam café
Quantas pessoas de fato a pessoa que faz tal afirmação
conhecia? 100? 200? O fato que isto não significa generalizar é
afirmar que TODO mundo que bebe café vai morrer de câncer.

Premissa 2: uma médica bastante conhecida parou de


ingerir este alimento para evitar a doença
03. Resposta: E. Será essa médica especialista em oncologia (especialidade
Como já foi visto, a disjunção só é falsa quando as duas médica que se dedica ao estudo e tratamento da neoplasia,
proposições são falsas. incluindo sua etiologia e desenvolvimento)? Ou será ela
pediatra? Aqui a pessoa que escreve este texto baseou suas
04. Resposta: Errado. informações prestadas por uma médica que ele conhecia, nem
Temos que montar a tabela verdade de P = A∧B, assim sabemos de fato a especialidade desta médica.

A B P = A∧B Premissa 3: o número de casos de câncer tem aumentado,


V V V assim como o consumo de café
V F F Uma informação não pode afirmar a correlação entre as
F V F mesmas. Há estudos que comprovem isso? Este fato é isolado
F F F a uma região?

Assim a negação de P será: Logo a conclusão não pode ser aceita como válida ou como
~P = R uma verdade, pois nossos questionamentos nos levam a crer
F que este argumento não é dito como válido. Pois podem existir
V pessoas com câncer que não bebem café e pessoas que bebem
V café e não tem câncer.
V
Se na prova perguntasse: “Qual das informações abaixo, se
RACIOCÍNIO ANALÍTICO OU VERDADES E MENTIRAS for verdadeira, mais enfraquece o argumento apresentado?”
(A) O autor do texto conhece 100 pessoas com câncer.
Raciocínio Analítico trabalha com uma área da lógica (B) a médica referida pelo autor é pediatra, só tendo
conhecida como “lógica informal”. Ao contrário da lógica estudado oncologia brevemente durante a faculdade há 20
formal, onde os argumentos são classificados como V ou F, a anos.
“lógica informal” possui uma série de possibilidades: um (C) as regiões do país onde o aumento do consumo de café
argumento pode ser mais sólido ou menos sólido, uma tem sido maior nos últimos anos também são as regiões que
premissa pode reforçar ou enfraquecer um argumento, uma têm registrado os maiores aumentos na incidência de câncer.
conclusão pode ser mais provável ou menos provável… (D) todos os conhecidos do autor bebem café.
Você verá que as questões de Raciocínio Analítico exigem
bastante senso crítico, bastante capacidade de interpretação, Resolução: (“enfraquecer” o argumento é aquela afirmação
observe o exemplo citado abaixo. que deixa a conclusão mais longe da sua validade) repare que
Vejamos: duas das alternativas de resposta não enfraquecem o
argumento, mas sim o reforçam: A e C. As outras duas
“Beber café causa câncer. Afinal, todas as pessoas com alternativas enfraquecem o argumento, como vimos acima.
câncer que eu conheço bebiam café. Além disso, uma médica Mas preste atenção na pergunta feita no enunciado: nós
bastante conhecida parou de ingerir este alimento para evitar a devemos marcar aquela informação que MAIS enfraquece o
doença. É bom lembrar também que o número de casos de argumento. Com base na análise que fizemos acima, creio que
câncer tem aumentado, assim como o consumo de café”. você não tenha dificuldade de marcar a alternativa D. Afinal,
na alternativa B, o mero fato de a médica ter estudado
Aqui temos as premissas e as conclusões na qual podemos oncologia por um curto período e há muito tempo atrás não
montar a estrutura deste argumento, para assim analisa-lo. invalida totalmente a opinião dela, embora realmente
Premissa 1: todas as pessoas com câncer que eu conheço enfraqueça um pouco a argumentação do autor do texto.
bebiam café
Premissa 2: uma médica bastante conhecida parou de Mais alguns exemplos:
ingerir este alimento para evitar a doença
Premissa 3: o número de casos de câncer tem aumentado, 1) Cinco aldeões foram trazidos à presença de um velho
assim como o consumo de café rei, acusados de haver roubado laranjas do pomar real. Abelim,
Conclusão: Beber café causa câncer o primeiro a falar, falou tão baixo que o rei que era um pouco
surdo não ouviu o que ele disse. Os outros quatro acusados
A conclusão deste argumento está logo no início do texto. disseram: Bebelim: Cebelim é inocente, Cebelim: Dedelim é
inocente, Dedelim: Ebelim é culpado, Ebelim: Abelim é
Conforme dito no início ao estudar Raciocínio Analítico, culpado.
estamos no campo da “lógica informal”, que é menos O mago Merlim, que vira o roubo das laranjas e ouvira as
rigorosa/extremista. De qualquer forma, a uma primeira vista declarações dos cinco acusados, disse então ao rei: Majestade,

Matemática 49
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APOSTILAS OPÇÃO

apenas um dos cinco acusados é culpado e ele disse a verdade; garante que os alunos aprendam os conteúdos de maneira
os outros quatro são inocentes e todos os quatro mentiram. O mais profunda, elevando a média das avaliações.
velho rei, que embora um pouco surdo era muito sábio, logo
concluiu corretamente que o culpado era: Resolução: antes de avaliar as alternativas, repare que um
(A) Abelim aumento de 70% significa que, se a nota média dos alunos
(B) Bebelim anteriormente era 6 (em 10 pontos), após o aumento a nota
(C) Cebelim média passou a ser 10 (nota máxima!). Isto é, estamos diante
(D) Dedelim de um aumento muito expressivo das notas.
(E) Ebelim (A) ERRADO. Pode até ser que alunos melhores tenham
sido atraídos pelo processo mais rigoroso de avaliação dos
Resolução: se quatro dos inocentes mentiram e somente docentes, mas é improvável que isto justifique um aumento tão
um culpado disse a verdade temos no quadro abaixo duas grande nas notas. Seriam necessários alunos MUITO
informações conflitantes: as duas primeiras pois se ambas melhores.
mentem não poderia haver dois culpados!!!. Então somente (B) ERRADO. Note que a medida foi implementada há
um dos dois que disseram que são inocentes está correto. apenas 4 semestres (2 anos), e são necessários pelo menos 3
Desta forma se acha o culpado! Como consequência os outros semestres completos para que os professores mal avaliados
últimos estão mentindo pois há 4 inocentes que mentem. começassem a ser demitidos. Isto é, é improvável acreditar que
Testemos quem é o culpado: os efeitos da substituição de professores estivessem sendo
sentidos de maneira tão intensa em tão pouco tempo.
Dica: Não poderá ter dois inocentes que mentem pois só (C) ERRADO. Se de fato houve aumento da cola, é provável
pode ter um culpado. que isso tenha influenciado um aumento das notas, mas um
aumento tão expressivo como o citado no item A (de 6 para 10
Para hipótese 1 temos: Supondo que quem diz a verdade pontos) exigiria um aumento massivo da cola.
é B e disse que Cebelim é inocente (e que pela questão todo (D) CORRETO. É possível acreditar que uma redução na
inocente mente) conclui-se que Dedelim é culpado (Cebelim dificuldade das provas seja capaz de gerar um aumento
mente). Na terceira linha vemos que Dedelim mente (veja a expressivo nas notas dos alunos. Basta cobrar os tópicos mais
coluna da hipótese 1). Isto não pode acontecer (dizer que D é básicos e/ou mais intuitivos de cada disciplina. Esta tese é
culpado e a tabela na hipótese dizer que mente). mais crível que as demais.
(E) ERRADO. Ainda que os professores, com medo da
Para a hipótese 2 temos: Bebelim mente e C é culpado demissão, tenham melhorado a qualidade de suas aulas, é
(que diz a verdade sempre), desta forma pela segunda linha da improvável que está melhoria de qualidade seja responsável
tabela D é inocente. Se D é inocente e mente então E é inocente por uma variação tão expressiva nas notas.
e se E é inocente e mete então A é inocente. Sendo assim, o Resposta: D.
culpado é C (Cebelim).
Questões

01. Ana, Bete e Ciça conversam sobre suas idades dizendo:


Ana: − Tenho 22 anos, dois a menos do que Bete, e um ano
a mais do que Ciça.
Ciça: − Tenho 27 anos, Ana tem 22 anos, e Bete tem 28
anos.
Bete: − Ciça tem 7/8 da minha idade, a mais velha de nós
tem 4 anos a mais do que a mais nova; Ciça disse apenas uma
mentira.

Sabendo que Ana sempre diz a verdade, é correto afirmar


Resposta C. que
(A) Ciça disse apenas uma mentira.
2) Há 2 anos, a Universidade Delta implantou um processo (B) Ciça disse três mentiras.
em que os alunos da graduação realizam uma avaliação da (C) Bete disse três mentiras.
qualidade didática de todos os seus professores ao final do (D) Bete disse apenas verdades.
semestre letivo. Os professores mal avaliados pelos alunos em (E) Bete disse apenas uma verdade.
três semestres consecutivos são demitidos da instituição.
Desde então, as notas dos alunos têm aumentado: a média das 02. (Prefeitura de Teresina/PI – Técnico em
notas atuais é 70% maior do que a média de 2 anos atrás. A Saneamento- FCC/2016) Paulo, Francisco, Carlos, Henrique
causa mais provável para o aumento de 70% nas notas é: e Alexandre são irmãos, sendo que apenas um deles quebrou
(A) a melhoria da qualidade dos alunos que entraram na um vaso na sala de casa. Ao investigar o ocorrido, a mãe dos
Universidade Delta nos últimos 2 anos, atraídos pelo processo cinco ouviu de cada um as seguintes afirmações:
de avaliação dos docentes. Paulo: − Fui eu quem quebrou o vaso.
(B) a demissão dos professores mal avaliados, que são Francisco: − Eu não quebrei o vaso.
substituídos por professores mais jovens, com mais energia Carlos: − Foi Alexandre quem quebrou o vaso.
para motivar os alunos para o estudo. Henrique: − Francisco está mentindo.
(C) o aumento da cola durante as avaliações, fenômeno que Alexandre: − Não foi Carlos quem quebrou o vaso.
tem sido observado, nos Se apenas um dos cinco irmãos disse a verdade, quem
últimos anos, nas principais instituições educacionais quebrou o vaso foi:
brasileiras.
(D) uma diminuição no nível de dificuldade das avaliações (A) Henrique.
elaboradas pelos professores, receosos de serem mal (B) Francisco.
avaliados pelos alunos caso sejam exigentes. (C) Paulo.
(E) a melhoria da qualidade das aulas em geral, o que

Matemática 50
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APOSTILAS OPÇÃO

(D) Carlos.
(E) Alexandre.

03. (Prefeitura de Fortaleza/CE – Analista de


Planejamento e Gestão – Prefeitura de Fortaleza – 2016)
Quatro pessoas estão conversando. Sabe-se que exatamente
uma delas fala a verdade e as demais mentem. A conversa é
descrita abaixo.
- Ana diz: “Todos aqui falam a verdade”.
- Maria diz: “Ana fala a verdade”.
- João diz: “Maria mente”.
- José diz: “João mente”.

Quem falou a verdade?


(A) Ana.
(B) Maria.
(C) João.
(D) José.

Respostas

01. Resposta: E.
Como a Ana fala a verdade:
Ana: 22 anos
Bete: 24 anos
Ciça: 21 anos

Portanto Ciça diz 2 mentiras (que ela tem 27 anos e que


Bete tem 28 anos)
Bete diz que Ciça tem 7/8 da sua idade:

Portanto, verdade.
A mais velha é Bete que tem 24 anos e a mais Nova é Ciça
com 21 anos, portanto são 3 anos de diferença e não 4.
E Ciça disse 2 mentiras.
Ou seja, Bete também disse 2 mentiras (a diferença de
idade e que Ciça disse apenas uma mentira).

Ana: 3 verdades
Ciça: 2 mentiras e 1 verdade
Bete: 2 mentiras e 1 verdade

02. Resposta: D.
Francisco dizendo a verdade é a única afirmação que não
conflita com as outras proposições, as outras têm contradições
que não chegam a um argumento valido. Logo, Carlos quebrou
o vaso.

03. Resposta: C.
Se João fala a verdade, então ele diz que Maria mente
quando ela diz que Ana fala a verdade. Se analisarmos a fala de
Ana, por sua vez diz que todos falam a verdade. Porém, o
enunciado da questão diz que apenas uma pessoa fala a
verdade e as demais mentem. Logo, a afirmação de Ana é falsa
e João está certo.

Anotações

Matemática 51
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

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APOSTILAS OPÇÃO

Área de trabalho.

Microsoft Windows
Área de trabalho do Windows XP
XP/2000 ou superior:
conceito de pastas, diretórios, Local usado para armazenar itens que necessitem de
arquivos e atalhos, área de acesso rápido, que são representados por ícones, no exemplo
abaixo temos acesso apenas a lixeira, esta é configuração
trabalho, área de inicial do Windows XP. Quando instalamos novos programas
transferência, manipulação de no computador sempre é sugerida a criação de um atalho para
arquivos e pastas, uso dos o mesmo, que vai aparecer na área de trabalho, também é
possível criar atalhos ou pastas. Não é recomendado que sejam
menus, programas e criadas pastas na área de trabalho, pois quanto mais pastas e
aplicativos, interação com o arquivos existirem na área de trabalho, mais lenta se tornara a
conjunto de aplicativos inicialização de seu sistema operacional.
O ícone que visualizamos na área de trabalho permite
acessar a lixeira, a lixeira é o local onde ficam armazenados os
arquivos ou pastas que foram excluídos.
WINDOWS XP. A pasta que armazena os arquivos da lixeira fica oculta, o
ícone que aparece na área de trabalho é um atalho e mesmo
O Windows XP é um sistema operacional da Microsoft que que você o selecione e aperte o botão delete a lixeira não será
foi lançado no ano de 2001, em abril de 2014 a Microsoft apagada. Para acessá-la basta clicar duas vezes com o mouse
encerrou o suporte técnico para este sistema operacional, o sobre o ícone, em seguida uma janela vai se abrir mostrando o
que significa que ele não irá mais receber atualizações de conteúdo da lixeira. Quando clicamos duas vezes no ícone de
proteção ou falhas de segurança do código do sistema. uma pasta a mesma é exibida em uma janela e dentro dela
O sistema operacional continua funcionando, hoje mesmo todos seus arquivos e pastas que possam existir dentro dela.
com o fim do suporte e muitas empresas e órgãos do governo Ao clicar duas vezes sobre o ícone de um atalho podem ocorrer
ainda utilizam o Windows XP, a recomendação da Microsoft é duas situações, se o atalho for de uma pasta, uma janela será
para que as pessoas que tem esta versão do Windows no iniciada com o conteúdo da mesma, caso o atalho seja de um
computador migre para o Windows 8. As principais versões programa o mesmo será iniciado.
são a Home voltada para o uso doméstico e a Professional para
empresas e usuários com conhecimentos avançados.

Tela inicial do Windows XP.

A tela inicial do Windows XP é iniciada ao ligar o


computador, através dela podemos acessar todos os
componentes do sistema operacional. Ela é composta pela área Janela que é iniciada ao clicar duas vezes no ícone da lixeira.
de trabalho, botão iniciar, a barra de tarefas e a área de
notificação. Note que não há nada na lixeira, isto significa que nada foi
excluído até o momento.
Observação:

Para excluir um arquivo ou pasta basta selecioná-lo e


pressionar o botão delete, em seguida uma mensagem de
confirmação será exibida, confirmando o arquivo será excluído
e vai para a lixeira, também existe a opção de excluir um
arquivo sem que ele seja enviado para a lixeira, é só pressionar
o botão (Shift + Delete), assim também vai aparecer uma
mensagem de confirmação, porem se você excluir este arquivo
ele não vai para a lixeira e não será possível recupera-lo.
Área de trabalho do Windows XP.

Noções de Informática 1
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APOSTILAS OPÇÃO

Atalho de programa:
Permite abrir o
programa Internet
Explorer, o
navegador padrão do
Windows XP. Note
que o desenho deste
atalho é o mesmo do
Mensagem de confirmação que é exibida antes de enviar um arquivo para a programa,
lixeira. geralmente cada
programa possui um
ícone diferente.

Atalho de pasta:
Permite acessar a
pasta sem ter de ir até
o local original da
mesma.

Mensagem de confirmação que é exibida antes de excluir um arquivo


definitivamente.
Documento de texto:
Arquivos de texto no
É possível restaurar um documento que está na lixeira, formato .TXT, por
selecionando o arquivo e clicando na opção restaurar item, ao padrão abre com o
realizar esta ação o documento irá voltar ao local de origem. bloco de notas.

Documento RTF:
Arquivos de texto no