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ICMS - São Paulo

Substituição Tributária – Atualização


(Profª. Nadja Lúcia de Carvalho Barreto)

- Nadja Lúcia de Carvalho Barreto


- Advogada, Professora e Especialista do Cenofisco
- Manual Prático da Substituição Tributária (Cenofisco)
(Co-autoria com Rodrigo José de Almeida)
- Ex-Consultora Tributária do Grupo Pão de Açúcar

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SUMÁRIO

1. Substituição Tributária - Conceito ................................................................................ 4


1.1. Conceito de Contribuinte Substituto e Substituído .................................... 4
1.2. Esquema Prático .............................................................................................................. 5
2. Responsabilidade Tributária............................................................................................. 6
2.1. SIMPLES Nacional........................................................................................................... 7
2.2. Saídas Interestaduais .................................................................................................. 8
2.2.1. Funcionamento na prática..................................................................................... 9
2.3. Saídas Internas .............................................................................................................. 10
2.4. Antecipação Tributária – Artigo 426-A – Recebimento de outra
Unidade da Federação sem a Retenção do Imposto.......................................... 10
2.4.1. Armazém Geral........................................................................................................... 11
3. Inaplicabilidade do Regime de Substituição Tributária ................................. 11
3.1. Saídas internas............................................................................................................... 11
3.2. Saídas interestaduais ................................................................................................. 12
3.3. Inaplicabilidade da Antecipação Tributária .................................................. 13
4. Base de cálculo ....................................................................................................................... 13
4.1. Preço autorizado ou Fixado por autoridade competente...................... 15
4.2. Preço Sugerido pelo fabricante ou importador........................................... 15
4.2.1. Produto com Base de Cálculo Fixada por Preço Sugerido –
Cálculo e Emissão da Nota Fiscal .................................................................................. 16
4.3. Média ponderada ........................................................................................................... 18
4.4. Margem de Valor Agregado (MVA) ou Índice de Valor Adicionado –
Setorial (IVA-ST)..................................................................................................................... 18
4.4.1. Produto com Base de Cálculo Determinada por IVA-ST ou MVA –
Cálculo e Emissão da Nota Fiscal .................................................................................. 18
4.4.2. SIMPLES Nacional – Cálculo do Imposto e Emissão da Nota Fiscal
............................................................................................................................................................ 22
4.5. Nota fiscal emitida de contribuinte substituído para outro
substituído .................................................................................................................................. 25
4.6. Nota fiscal emitida de contribuinte substituído para consumidor
final.................................................................................................................................................. 27
4.7. Cálculo da Antecipação Tributária ...................................................................... 29
4.7.1 IVA-ST Ajustado.......................................................................................................... 29
4.7.2. Mercadorias com redução de base de cálculo ......................................... 29
4.7.3. Exemplo: ........................................................................................................................ 30
4.8. Entradas Interestaduais sem Retenção do Imposto Envolvendo
Optantes do SIMPLES Nacional ...................................................................................... 31
4.9. Cálculo - Saídas Interestaduais............................................................................ 31
4.9.1. Destinatário contribuinte consumidor/usuário final - Diferencial
de alíquotas ................................................................................................................................ 32
4.9.2. Destinatário contribuinte comerciante........................................................ 32
5. Recolhimento do imposto................................................................................................. 33
5.1. Prazos especiais – Saídas Internas - Produtos relacionados nos
artigos 313-A a 313-Z20do RICMS-SP ....................................................................... 34

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5.2. Antecipação tributária - Recolhimento do imposto.................................. 34
6. Crédito do Imposto .............................................................................................................. 35
6.1. Impossibilidade.............................................................................................................. 35
6.2. Hipóteses de aproveitamento................................................................................ 35
6.2.1. Mercadoria adquirida para industrialização ............................................. 36
6.2.2. Combustível.................................................................................................................. 36
6.2.3. Ativo imobilizado ...................................................................................................... 36
7. Ressarcimento do Imposto Retido.............................................................................. 36
7.1. Operações interestaduais – Imposto retido ................................................. 38
7.2. Forma de obtenção do ressarcimento .............................................................. 38
8. Devolução de Mercadoria Sujeita a Substituição Tributária ....................... 39
9. Levantamento do Estoque ............................................................................................... 40
9.1. Estabelecimentos desobrigados do levantamento de estoque ......... 41
9.2. Transmissão de arquivo digital ............................................................................ 42
9.2.1. Observações quanto a entrega do arquivo magnético....................... 42
9.3. Cálculo do Imposto ...................................................................................................... 42
9.3.1. Existência de preço final a consumidor....................................................... 43
9.3.2. Saldo credor – Dedução sobre o imposto a pagar ................................ 44
9.4. Recolhimento do Imposto........................................................................................ 45
9.5. Prazo de pagamento – Parcelamento – Lançamento no RAICMS.... 45
10. Segmentos da Economia Paulista Sujeitos ao Regime de Substituição
Tributária ......................................................................................................................................... 46

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1. Substituição Tributária - Conceito
No regime de Substituição Tributária, o Estado atribui a determinado contribuinte, a
responsabilidade pela retenção e recolhimento do ICMS incidente nas operações que vierem
a ser realizadas pelos próximos contribuintes da cadeia de comercialização com a mesma
mercadoria, até que esta chegue ao consumidor final.

Nessa hipótese, o contribuinte eleito como responsável, a quem chamamos de Substituto


Tributário, além de recolher o ICMS da chamada operação própria reterá dos demais
contribuintes o ICMS devido pelos fatos geradores que vierem a ocorrer.

Temos então que Substituição Tributária é a atribuição, por força de dispositivo legal, a
determinado contribuinte do ICMS, da responsabilidade pela retenção e recolhimento do
imposto que, regra geral, somente seria devido nas operações subsequentes.

Essa é a modalidade mais comum, denominada substituição tributária “para frente”, ou “pelas
operações subsequentes” que será objeto de estudo desse curso.

1.1. Conceito de Contribuinte Substituto e Substituído

O regime de substituição tributária tem sido assunto amplamente discutido no âmbito do Estado de
São Paulo em face da instituição do regime para produtos que anteriormente eram tributados pela
regra comum.

Para compreensão das normas pertinentes ao assunto é necessário que o contribuinte tenha
conhecimento em relação a quem é considerado pelo regime como substituto tributário e quem é o
substituído tributário.

Denomina-se substituto tributário ou sujeito passivo por substituição tributária o contribuinte eleito
como responsável pela retenção e recolhimento do ICMS.

Na substituição tributária por antecipação (para frente) o substituto tributário é o contribuinte


responsável pelo cálculo, retenção e recolhimento do imposto incidente em relação às operações
subsequentes com a mesma mercadoria, praticadas pelos demais contribuintes até a operação com
o consumidor final.

Será denominado substituído o contribuinte que sofrer a retenção do imposto, ou seja, que adquirir
mercadorias com o imposto já retido pelo substituto e promover subsequentes operações com a
mesma mercadoria.

Em outras palavras, podemos dizer que o contribuinte substituto “substitui” os demais contribuintes
na obrigatoriedade de recolhimento do imposto por ocasião da saída da mercadoria mediante a
retenção e recolhimento do imposto antecipadamente, razão pela qual aquele que recebe a
mercadoria com o imposto retido é denominado “substituído”.

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1.2. Esquema Prático

A substituição tributária subsequente, também chamada de substituição tributária “para frente”,


consiste na retenção e antecipação do recolhimento do imposto, por um contribuinte denominado
“substituto”, em relação a terceiro por fato gerador ainda não ocorrido, ou seja, pelas operações
subsequentes que serão praticadas pelos demais contribuintes até a operação com o consumidor
final.

O objetivo dessa modalidade de substituição tributária é a facilidade na fiscalização e o recebimento


antecipado do imposto, haja vista que em regra as mercadorias têm pequeno número de fabricantes
e grande número de atacadistas e varejistas.

Essa é a hipótese mais conhecida e refere-se à substituição tributária com retenção do


imposto por antecipação. Nessa modalidade, o primeiro contribuinte da cadeia produtiva
e/ou comercial, fica responsável pela retenção e recolhimento do imposto incidente nas
operações subsequentes com a mesma mercadoria, até que chegue ao consumidor final.

Observe o esquema a seguir:

Indústria Atacadista Varejista Consumidor


2º 3º Final
1º contribuinte contribuinte
contribuinte (substituído) (substituído)
(substituto)

Emite nota fiscal Emite nota fiscal


para o varejista para o
sem destaque consumidor final
do ICMS sem destaque
do ICMS

Recolhe o ICMS devido pela própria operação e retém e recolhe o imposto devido
por antecipação pelo atacadista e pelo varejista

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2. Responsabilidade Tributária
A seguir elaboramos quadro com resumo contendo a obrigatoriedade pela retenção e
recolhimento do imposto envolvendo o contribuinte paulista, inclusive o optante do SIMPLES
Nacional:

Responsabilidade
atribuída ao Base Legal Regra de aplicação
Contribuinte paulista
Saída Interestadual
Convênio ou Protocolo e
Convênio ou Protocolo Legislação do Estado de
De SP para outra UF
destino
Saída Interna
RICMS-SP, Portaria, e
Legislação interna
De SP para SP demais normas correlatas

Recebimento de outra UF
sem a retenção do
imposto Arts. 277 e 426-A do
Legislação interna RICMS-SP e demais
De outra UF para SP normas correlatas

Responsabilidade
atribuída ao
Base Legal Regra de aplicação
Contribuinte de outra
UF
Saída Interestadual Convênio ou Protocolo e
Convênio ou Protocolo Legislação do Estado de
De outra UF para SP São Paulo
Remessa para outra UF
sem a retenção do
imposto Arts. 277 e 426-A do
Inexistência de Convênio
RICMS-SP e demais
ou Protocolo
De outra UF para SP normas correlatas

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2.1. SIMPLES Nacional

Conforme dispõe o art. 13 da Lei Complementar nº 123/06, o estabelecimento optante pelo


SIMPLES Nacional deverá adotar a sistemática prevista na legislação estadual quando
realizar operações sujeitas ao regime da Substituição Tributária, vejamos a descrição do
texto legal:

"Art. 13. O Simples Nacional implica o recolhimento mensal, mediante documento único de
arrecadação, dos seguintes impostos e contribuições:

§ 1º O recolhimento na forma deste artigo não exclui a incidência dos seguintes impostos ou
contribuições, devidos na qualidade de contribuinte ou responsável, em relação aos quais
será observada a legislação aplicável às demais pessoas jurídicas:

XIII – ICMS devido:

a) nas operações ou prestações sujeitas ao regime de substituição tributária;"

g) nas operações com bens ou mercadorias sujeitas ao regime de antecipação do


recolhimento do imposto, nas aquisições em outros Estados e Distrito Federal: (Redação
dada pela Lei Complementar nº 128, de 2008)
1. com encerramento da tributação, observado o disposto no inciso IV do § 4º do art. 18
desta Lei Complementar; (Incluído pela Lei Complementar nº 128, de 2008)
2. sem encerramento da tributação, hipótese em que será cobrada a diferença entre a
alíquota interna e a interestadual, sendo vedada a agregação de qualquer valor; (Incluído
pela Lei Complementar nº 128, de 2008)

As operações ou prestações enquadradas no regime de sujeição passiva por substituição


tributária, destinadas a estabelecimento de contribuinte sujeito às normas do SIMPLES
Nacional, submetem-se regularmente à retenção do imposto incidente sobre as operações
ou prestações subsequentes (art. 263 do RICMS-SP), aplicando-se para a retenção do
imposto a alíquota interna a que estiver submetida a mercadoria ou serviço.

Ou seja, o estabelecimento de contribuinte do ICMS que efetuar saída de mercadoria sujeita


a substituição tributária para estabelecimento também contribuinte do ICMS, porém
enquadrado no regime SIMPLES Nacional, deverá calcular e reter o imposto incidente pelas
operações subsequentes normalmente aplicando-se as regras estabelecidas pelos arts. 41 e
268 do RICMS-SP.

No caso de saída de mercadoria de estabelecimento optante do SIMPLES Nacional o valor


do imposto a ser recolhido a título de sujeição passiva por substituição será calculado,
mediante aplicação da alíquota interna, sobre a base de cálculo da substituição tributária,
submetendo-se o optante deste regime à aplicação da substituição tributária em relação às
operações subsequentes.

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2.2. Saídas Interestaduais

Nas operações interestaduais, para que haja a aplicação da substituição tributária é


necessário que o Estado remetente e o Estado destinatário sejam signatários de Convênio
ou Protocolo.

Alguns contribuintes confundem a aplicação do regime nas operações interestaduais, haja


vista que, mesmo que um Estado participe de Convênio ou Protocolo, para que o remetente
seja obrigado à aplicação do regime o Estado destinatário em alguns casos, terá que dispor
de norma interna para sua aplicação.

O Estado de São Paulo poderá, por exemplo, ser signatário de determinado Protocolo
juntamente com o Estado da Bahia. Contudo, São Paulo poderá não aplicar a substituição
tributária internamente para os produtos constantes do Protocolo, e a Bahia sim.

Isso significa que o contribuinte paulista ao remeter esses produtos para o Estado da Bahia
estará obrigado a reter e antecipar o imposto a favor deste por que:

a) Bahia e São Paulo são signatários do Protocolo;


b) Bahia aplica o regime internamente.

Ao contrário disso, quando um contribuinte baiano estiver remetendo esses produtos para
contribuinte estabelecido no Estado de São Paulo, não será aplicada a substituição tributária
e tributará normalmente a operação de acordo com as regras comuns, haja vista não haver
no Estado de São Paulo regra para a aplicação do regime nas operações internas
praticadas por seus contribuintes, sendo incabível a obrigatoriedade de retenção. Observe
que neste caso:

a) Bahia e São Paulo são signatários do Protocolo;


b) São Paulo não aplica o regime internamente

Portanto, o fato de São Paulo não aplicar o regime internamente não significa que o
contribuinte paulista não deverá observar as regras estabelecidas no Protocolo ao realizar
uma operação interestadual. Antes de realizar a operação, o contribuinte deverá se atentar,
pela ordem, aos seguintes aspectos:

1º) verificar se há Protocolo ou Convênio estabelecendo a aplicação do regime em


operações interestaduais;

2º) havendo Convênio ou Protocolo, verificar se São Paulo e o Estado destinatário são
signatários;

3º) se o Estado destinatário for signatário, deverá verificar a legislação interna deste, a fim
de se certificar sobre a obrigatoriedade de retenção do imposto;

4º) se o Estado destinatário adotar internamente a substituição tributária para o produto, o


remetente paulista estará conseqüentemente obrigado a reter e recolher antecipadamente o
imposto a seu favor.

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Artigo 261 - O contribuinte que realizar operações ou prestações submetidas ao pagamento do
imposto pelo regime jurídico-tributário de sujeição passiva por substituição com retenção do
imposto, sem prejuízo do cumprimento de disciplina complementar estabelecida pela Secretaria da
Fazenda, observará, além de outras cabíveis, as disposições deste capítulo (Convênio ICMS-81/93,
cláusula nona).
Parágrafo único - O contribuinte paulista que, na condição de responsável, retiver imposto em favor
de outro Estado:
1 - deverá observar a disciplina estabelecida pelo Estado de destino da mercadoria;
2 - terá seu estabelecimento, relativamente às operações ou prestações com retenção do imposto,
sujeito a fiscalização pelos Estados de destino das mercadorias ou serviços, cujos agentes, para
tanto, serão previamente credenciados pela Secretaria da Fazenda deste Estado, salvo se a
fiscalização for exercida sem a presença física do agente fiscal no estabelecimento fiscalizado
(Convênio ICMS-81/93, cláusula nona, na redação do Convênio ICMS-16/06).(Redação dada pelo
inciso III do artigo 1º do Decreto 50.769, de 09-05-2006; DOE de 10-05-2006, efeitos a partir de
18-04-206)
Artigo 262 - O disposto no "caput" do artigo anterior aplica-se, também, a contribuinte estabelecido
em outro Estado, quando, na condição de responsável, efetuar retenção do imposto em favor deste
Estado (Convênio ICMS-81/93, cláusula sétima, § 2º).

2.2.1. Funcionamento na prática

Os critérios para aplicação da substituição tributária nas operações interestaduais têm como
escopo a regra comum, aplicável de acordo com a Constituição Federal, a Lei
Complementar 87/96, os Convênios e Protocolos.

Contudo, há que se orientar que, embora um Estado não tenha competência para exigir
imposto ou procedimento de contribuinte localizado fora de seu território, tem sido comum a
detenção de carga em postos de fiscalização de fronteira impedindo a entrada da
mercadoria no território do Estado destinatário sem que haja a antecipação do imposto.

Ocorre que numa situação em que não haja Convênio ou Protocolo estabelecendo a
obrigatoriedade de retenção e recolhimento antecipado do imposto pelo contribuinte
remetente, o Estado destinatário tem competência para exigir o imposto do contribuinte
localizado em seu território (ou seja, o destinatário), e não do remetente.

Percebe-se que o remetente acaba por ser forçado a recolher o imposto antecipadamente a
favor do Estado destinatário muitas vezes sem sequer discutir o aspecto legal da operação.
Isso porque discutir a responsabilidade pela retenção e recolhimento do imposto pode gerar
problemas de ordem comercial como, por exemplo, o cumprimento de prazo de entrega, que
poderá levá-lo inclusive a perder o cliente.

Muitas vezes o contribuinte paulista opta, por meio de acordo comercial com o destinatário,
em recolher o imposto antecipadamente mediante ressarcimento financeiro efetuado pelo
destinatário. Quando isso ocorre o imposto é retido e recolhido antes da saída da
mercadoria por meio de Guia de Recolhimento Interno ou GNRE (quando permitido pelo
Estado destinatário) a favor do Estado de destino, porém a nota fiscal de saída é emitida
mediante aplicação da regra comum, ou seja, tributada de acordo com a regra normal.

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2.3. Saídas Internas

Na saída interna de produtos classificados nas posições da Nomenclatura Brasileira de


Mercadorias - Sistema Harmonizado (NBM/SH) especificadas no RICMS-SP, com destino a
estabelecimento localizado em território paulista, fica atribuída a responsabilidade pela
retenção e pelo pagamento do imposto incidente nas saídas subsequentes:

a) a estabelecimento de fabricante;
b) a estabelecimento de importador;
c) a arrematante de mercadoria importada do exterior e apreendida, localizado no
Estado de São Paulo.

O cálculo do imposto a ser retido e recolhido por substituição tributária atenderá ao disposto
nos arts. 41 e 268 do RICMS-SP.

É importante observar que no caso de importação, o imposto será recolhido normalmente


por ocasião do desembaraço da mercadoria, a substituição tributária somente será cabível
por ocasião da saída da mercadoria do estabelecimento importador. O único produto na qual
o imposto relativo a substituição tributária é devido já no desembaraço é o combustível.

No caso de autopeças a responsabilidade pela retenção e recolhimento do imposto


devido pelas saídas internas cabe também a estabelecimento de fabricante de veículo
automotor que, tendo recebido a mercadoria, não aplicá-la em processo produtivo.

Nota:
O fisco paulista, por meio do Coordenador da Administração Tributária, firmou entendimento publicado na
Decisão Normativa CAT – 12/09, no sentido de que estão sujeitas à substituição tributária as operações com
mercadorias relacionadas no RICMS-SP sendo a aplicação do regime restrita às mercadorias que se
enquadrem, cumulativamente, na descrição e na Classificação Fiscal (NBM/SH) constantes no próprio RICMS-
SP. Ressalte-se ainda que cabe ao contribuinte a responsabilidade pela adequada classificação da mercadoria
nos códigos da NBM/SH, devendo, em caso de dúvida, consultar a Receita Federal do Brasil.

*A Classificação Fiscal de mercadorias pela NBM/SH pode ser consultada na Tabela de Incidência do IPI –
TIPI, aprovada pelo Decreto nº 6.006/2006

2.4. Antecipação Tributária – Artigo 426-A – Recebimento de outra Unidade da


Federação sem a Retenção do Imposto

Os arts. 313-A a 313-Z20 do RICMS-SP, atribuem a responsabilidade por substituição


tributária no recebimento de outra Unidade da Federação de produtos neles relacionados
em alguns casos classificados nas posições da Nomenclatura Brasileira de Mercadorias -
Sistema Harmonizado (NBM/SH) sem retenção antecipada do imposto, a qualquer
estabelecimento localizado em território paulista.

O art. 426-A disciplina a responsabilidade pela antecipação do imposto incidente pela


própria operação de saída e da substituição tributária pelas operações subsequentes ao
contribuinte paulista que receber essas mercadorias de outra Unidade da Federação sem a
retenção e recolhimento antecipado do imposto.

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Portanto, qualquer estabelecimento nessa situação será responsável tributário, observadas
as regras de inaplicabilidade, seja ele atacadista, varejista, industrial (aquisição para
revenda) optante do SIMPLES Nacional ou contribuinte do Regime Periódico de Apuração
do ICMS (RPA).

Nota:
O fisco paulista, por meio do Coordenador da Administração Tributária, firmou entendimento
publicado na Decisão Normativa CAT – 12/09, no sentido de que estão sujeitas à
substituição tributária as operações com mercadorias relacionadas no RICMS-SP sendo a
aplicação do regime restrita às mercadorias que se enquadrem, cumulativamente, na
descrição e na Classificação Fiscal (NBM/SH) constantes no próprio RICMS-SP. Ressalte-
se ainda que cabe ao contribuinte a responsabilidade pela adequada classificação da
mercadoria nos códigos da NBM/SH, devendo, em caso de dúvida, consultar a Receita
Federal do Brasil.

*A Classificação Fiscal de mercadorias pela NBM/SH pode ser consultada na Tabela de Incidência
do IPI – TIPI, aprovada pelo Decreto nº 6.006/2006

2.4.1. Armazém Geral

Quando o estabelecimento que receber a mercadoria for armazém geral e o depositante estiver
localizado em outra unidade da Federação, o armazém geral deverá calcular e pagar o imposto
incidente na operação própria e nas subsequentes de acordo com as normas relativas ao regime
jurídico da substituição tributária previstas no RICMS-SP, no período de apuração em que ocorrer a
saída da mercadoria com destino a outro estabelecimento localizado em território paulista.

3. Inaplicabilidade do Regime de Substituição Tributária


Cabe à legislação estadual determinar a inaplicabilidade do regime de substituição tributária,
em consonância com as normas estabelecidas no convênio ICMS nº 81/93 e nos acordos
celebrados os Estados e o Distrito Federal.

3.1. Saídas internas

As hipóteses de inaplicabilidade da substituição tributária nas saídas internas devem ser


observadas no art. 264 que traz as regras gerais de inaplicabilidade do regime.

Nos termos do disposto no art. 264 do RICMS-SP, aprovado pelo Decreto nº 45.490/00, o
imposto não será retido pelo regime de substituição tributária (para frente), nas hipóteses
que relaciona, conforme texto reproduzido a seguir:

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“Artigo 264 – Salvo disposição em contrário, não se inclui na sujeição passiva por
substituição, subordinando-se às normas comuns da legislação, a saída, promovida por
estabelecimento responsável pela retenção do imposto, de mercadoria destinada a (Lei
6.374/89, art. 66-F, I, na redação da Lei 9.176/95, art. 3º, e Convênio ICMS-81/93, cláusula
quinta):

I – integração ou consumo em processo de industrialização;

II – estabelecimento paulista, quando a operação subsequente estiver amparada por


isenção ou não-incidência; (Redação dada pelo artigo 1º do Decreto 52.104, de 29-08-2007;
DOE 30-08-2007)

III – outro estabelecimento do mesmo titular, desde que não varejista;

IV – outro estabelecimento responsável pelo pagamento do imposto por sujeição


passiva por substituição, em relação à mesma mercadoria ou a outra mercadoria
enquadrada na mesma modalidade de substituição;

V – estabelecimento situado em outro Estado.

§ 1º - Na hipótese do inciso III ou IV, a responsabilidade pela retenção do imposto


será do estabelecimento destinatário, devendo tal circunstância ser indicada no campo
“Informações Complementares” do respectivo documento fiscal. (Redação dada pelo inciso
II do art. 1º do Decreto 45.824 de 25/05/01; DOE 26/05/01; efeitos a partir de 26/05/01)

§ 2º - O disposto nos incisos III e IV não autoriza o estabelecimento destinatário


atacadista a receber, sem a retenção antecipada do imposto, mercadoria de outro
contribuinte responsável por tal retenção.

§ 3º - O disposto no inciso IV não se aplica na hipótese em que o estabelecimento


destinatário da mercadoria tenha a responsabilidade tributária atribuída pela legislação
apenas pelo fato de receber mercadoria de outro Estado. (Acrescentado o § 3º pelo inciso I
do art. 2º do Decreto 45.824 de 25/05/01; DOE 26/05/01; efeitos a partir de 26/05/01)

§ 4º - Na ocorrência de qualquer saída ou evento que descaracterizar situação prevista nos


incisos, o imposto relativo à substituição tributária será exigido do remetente, podendo o
fisco exigi-lo do destinatário.; (Acrescentado o § 4º pelo inciso I do art. 2º do Decreto 45.824
de 25/05/01; DOE 26/05/01; efeitos a partir de 26/05/01)

3.2. Saídas interestaduais

Nas saídas interestaduais, nos termos da cláusula quinta do Convênio ICMS nº 81/93, o
regime de substituição tributária não se aplica:

a) às operações que destinem mercadorias a sujeito passivo por substituição da


mesma mercadoria;
b) às transferências para outro estabelecimento, exceto varejista, do sujeito
passivo por substituição, hipótese em que a responsabilidade pela retenção e
recolhimento do imposto recairá sobre o estabelecimento que promover a saída
da mercadoria com destino a empresa diversa.

Há que se observar ainda a regra estabelecida na legislação interna de cada Estado,


inclusive no que se refere à base de cálculo e alíquota do imposto conforme dispõe o art.
261 do RICMS-SP.

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3.3. Inaplicabilidade da Antecipação Tributária

A obrigatoriedade de antecipação do recolhimento do ICMS na entrada em território paulista


de mercadoria oriunda de outra Unidade da Federação sem a retenção do imposto,
conforme disposto nos §§ 6º e 6º-A do art. 426-A, não se aplica na entrada de mercadoria
destinada a:

a) integração ou consumo em processo de industrialização;

b) estabelecimento responsável pelo pagamento do imposto por sujeição passiva por


substituição, em relação à mesma mercadoria ou a outra mercadoria enquadrada na
mesma modalidade de substituição, hipótese em que a respectiva saída da
mercadoria subordinar-se-á ao regime jurídico da substituição tributária previsto no
RICMS-SP, observando-se que esse procedimento não se aplica ao estabelecimento
atacadista e na hipótese em que o estabelecimento destinatário da mercadoria
tenha a responsabilidade tributária atribuída pela legislação apenas pelo fato de
receber mercadoria de outra unidade da Federação;

c) estabelecimento paulista pertencente ao mesmo titular do estabelecimento remetente,


hipótese na qual a responsabilidade pela retenção do imposto será do
estabelecimento destinatário, que deverá observar as demais normas relativas ao
regime jurídico da substituição tributária previsto neste regulamento, se,
cumulativamente:

c.1) esse estabelecimento não for varejista;

c.2) a mercadoria entrada tiver sido fabricada, importada ou arrematada, quando


importada do exterior e apreendida, por qualquer estabelecimento do mesmo titular.

Na ocorrência de qualquer saída ou evento que descaracterize a situação prevista nas letras
“a” a c.2” o recolhimento do imposto devido por antecipação será exigido do estabelecimento
paulista que recebeu a mercadoria procedente de outra unidade da Federação.

Não sendo aplicável o recolhimento antecipado previsto no artigo 426-A, o imposto devido
na condição de sujeito passivo por substituição deverá ser pago segundo as normas comuns
relativas ao regime jurídico da substituição tributária previstas na legislação (Artigo 426-B do
RICMS-SP).

4. Base de cálculo
A base de cálculo do imposto devido por substituição tributária inclusive com retenção
antecipada poderá ser determinada por preço autorizado ou fixado por autoridade
competente, sugerido pelo fabricante ou importador ou ainda na falta dessas hipóteses,
atender a regra específica para sua formação.

Alguns produtos sujeitos a substituição tributária são beneficiados por redução de base de
cálculo. Nessa hipótese, a redução poderá ser aplicada apenas à operação própria do

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contribuinte, ou em alguns casos alcançará também a base de cálculo da substituição
tributária. Nesse sentido, veja manifestação extra-oficial da SEFAZ-SP.

Pergunta do Contribuinte
BC reduzida

Estabelecimento fabricante de produtos alimentícios (sujeito a retenção do


ICMS), nos termos do art. 313 W do RICMS/00, questiona:
Com a revogação do item “b” do item 1 do § 1º do art. 39 do Anexo II do
RICMS/00, a redução da base de cálculo do ICMS prevista no citado
dispositivo poderá ser aplicada pelo estabelecimento fabricante de SP
substituto na sua operação própria.

Ocorre que alguns fabricantes estão aplicando a referida redução na


formação da base de cálculo do ICMS retido (operações subsequentes), a
dúvida é se a redução pode ser aplicada também na formação da base de
cálculo do retido ou somente na base de cálculo da própria operação?

Resposta da SEFAZ-SP

Prezado(a) Sr.(a)

A redução é prevista apenas para a operação própria do fabricante ou


atacadista.

A retenção deve seguir o disposto nos art. 41 e 268 do RICMS/SP.

BASE de CÁLCULO: o preço praticado pelo sujeito passivo (incluídos os


valores correspondentes a frete, carreto, seguro, impostos e outros encargos
transferíveis ao adquirente) acrescido do valor resultante da aplicação de
percentual de margem de valor agregado estabelecido conforme disposto
pela legislação em cada caso,

ex. teórico: preço (comercial) praticado: R$ 100,00 - MVA (IVA-ST): 40%

Base de Cálculo da substituição tributária = R$ 140,00

Obs.: o preço praticado inclui ("por dentro") o imposto devido pela operação
própria (que poderá ser correspondente ao percentual de 12% [note que a
legislação usa o termo "percentual" e não "alíquota"], em função da redução
de BC, embora a alíquota nominal seja de 18%).

O imposto retido será: BC-ST x alíquota interna (alíquota da mercadoria nas


operações realizadas em território paulista) menos o valor do imposto devido
pela operação própria do remetente (art. 268 do RICMS).

Assim: 140,00 x 18% = 25,20

25,20 - 12,00 = 13,20 :que é o valor do imposto a ser retido.

Obs.: a alíquota é da mercadoria, não da operação. A redução de BC é de


determinadas operações ("saídas internas"). As alíquotas existentes são as
que constam dos artigos 52 a 55 do RICMS.

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A operação própria poderá ser menor já que a carga tributária é menor.
Assim, a MVA sobre uma base menor (preço praticado menor) conduz a uma
retenção menor, mas o cálculo será sempre o indicado acima.

Atenciosamente,
Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo

Nota:
Lembramos que o contribuinte optante pelo SIMPLES Nacional se aproveita das reduções de Base de Cálculo
previstas no anexo II do RICMS/SP, somente quando o benefício for aplicado também às operações sujeitas
ao regime da Substituição Tributária (art. 51 do RICMS-SP).

4.1. Preço autorizado ou Fixado por autoridade competente

A base de cálculo do imposto devido por substituição tributária corresponde, em regra, ao preço final
a consumidor, único ou máximo, autorizado ou fixado por autoridade competente (art. 40-A do
RICMS-SP).

No caso de preço final a consumidor, único ou máximo, autorizado ou fixado por autoridade
competente, ou sugerido pelo fabricante ou importador, aprovado e divulgado pela
Secretaria da Fazenda, o valor do imposto a pagar será obtido mediante a multiplicação do
preço de venda a consumidor pela alíquota interna do produto, deduzindo-se o valor do
imposto cobrado na operação anterior.
No caso de entrada em operação interestadual, o imposto cobrado na operação anterior é o
“IC”, a que se refere o art. 426-A, § 2º, 1, “e” do RICMS-SP.
No caso de saídas internas, o imposto cobrado na operação anterior é o ICMS devido pela
operação própria do contribuinte eleito como Substituto-Tributário.

4.2. Preço Sugerido pelo fabricante ou importador

O fabricante ou o importador poderá sugerir ao fisco o valor correspondente ao preço final a


consumidor que servirá como base de cálculo da substituição tributária por antecipação.

Contudo, a adoção dos preços sugeridos como base de cálculo do imposto devido por
antecipação, fica condicionada a que (parágrafo único do art. 41 do RICMS-SP):

a) a entidade representativa do fabricante ou importador apresente pedido formal, nos


termos de disciplina estabelecida pela Secretaria da Fazenda, devidamente
documentado por cópias de Notas Fiscais e demais elementos que possam
comprovar o preço praticado;
b) na hipótese de deferimento do pedido, o preço sugerido será aplicável somente após
ser editada a legislação correspondente.

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Atenção!!!!

Não se deve confundir preço de venda a consumidor final sugerido pelo fabricante ou
importador com preço de venda autorizado ou fixado a consumidor final por autoridade
competente.

Por exemplo, a base de cálculo de algumas bebidas alcoólicas sujeitas à substituição


tributária prevista no art. 313-C do RICMS-SP é determinada por preço a consumidor final
sugerido pelo fabricante ou importador, ou seja, o fisco paulista divulga por meio de Portaria
CAT o valor em reais da base de cálculo do ICMS substituição tributária por unidade de
mercadoria, com base em levantamento de preços realizado pelos próprios contribuintes.

4.2.1. Produto com Base de Cálculo Fixada por Preço Sugerido – Cálculo e Emissão
da Nota Fiscal

Tomemos como exemplo a bebida denominada “Amarula” cujo preço de venda a


consumidor esteja sugerido em R$ 50,95 (valor hipotético).

Considerando a venda interna de 10 garrafas de “amarula” no valor de R$ 300,00 temos o


seguinte:

a)valor da operação própria do remetente......................................R$ 200,00


b)frete..............................................................................................R$ 30,00
c)outras despesas...........................................................................R$ 70,00
d) alíquota interna............................................................................25%
e) ICMS operação própria................................................................R$ 75,00
f) preço unitário sugerido (hipotético)...............................................R$ 50,95
g) base de cálculo da ST (R$ 50,95 x 10)........................................R$ 509,50

Imposto a pagar por antecipação: 509,50 X 25% - 75,00 = R$ 52,37

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Vejamos como fica a emissão da nota fiscal

NOTA FISCAL N° 000.000


SAÍDA ENTRADA
EMITENTE: 1ª
VIA
Nome / Razão Social: INDÚSTRIA PAULISTA
Endereço: Bairro/Distrito:

Município: SÃO PAULO UF: SP


Fone/Fax: CEP: 01010-000
DESTINATÁRIO/

REMETENTE

CNPJ
Nº DO CNPJ
NATUREZA DA OPERAÇÃO CFOP INSCRIÇÃO ESTADUAL DO SUBSTITUTO INSCRIÇÃO ESTADUAL DATA LIMITE PARA
VENDA DE PRODUÇÃO 5.401 TRIBUTÁRIO EMISSÃO
00.00.00
DESTINATÁRIO REMETENTE
NOME / RAZÃO SOCIAL CNPJ / CPF DATA DA EMISSÃO
ATACADISTA OU VAREJISTA EM SÃO PAULO DO DESTINATÁRIO
ENDEREÇO BAIRRO / DISTRITO CEP DATA DA SAÍDA /
DO DESTINATÁRIO ENTRADA
MUNICÍPIO FONE / FAX UF INSCRIÇÃO ESTADUAL HORA DA SAÍDA
SÃO PAULO SP
DADOS DO PRODUTO
CÓD DESCRIÇÃO DOS CLASSIF SITUAÇÃO VALOR ALÍQUOTAS VALOR
UNIDADE QUANTIDADE VALOR TOTAL
PROD PRODUTOS FISCAL TRIBUTÁRIA UNITÁRIO ICMS IPI DO IPI
MERCADORIA xxxx.xx 010 UN 10 20,00 200,00 25 10 20,00

CÁLCULO DO IMPOSTO
BASE DE CÁLCULO ICMS VALOR DO ICMS BASE DE CÁLCULO ICMS SUBSTITUIÇÃO VALOR DO ICMS SUBSTITUIÇÃO TOTAL DOS PRODUTOS
300,00 75,00 509,50 52,37 200,00
VALOR DO FRETE VALOR SEGURO OUTRAS DESPESAS ACESSÓRIAS VALOR TOTAL DO IPI VALOR TOTAL DA NOTA
30,00 70,00 30,00 382,37
TRANSPORTADOR / VOLUMES TRANSPORTADOS
NOME / RAZÃO SOCIAL FRETE POR CONTA PLACA DO UF CNPJ / CPF
1 EMITENTE VEÍCULO
PREENCHER NA FORMA DO ART. 127, VI, DO RICMS-SP 2 DESTINATÁRIO
ENDEREÇO MUNICÍPIO UF INSCRIÇÃO ESTADUAL

QUANTIDADE ESPÉCIE MARCA NÚMERO PESO BRUTO PESO LÍQUIDO

DADOS ADICIONAIS
“O destinatário deverá, com relação às operações com RESERVADO AO FISCO
mercadoria ou prestações de serviço recebidas com N° DE CONTROLE
imposto retido, escriturar o documento fiscal nos DO FORMULÁRIO
termos do art. 278 do RICMS”
Valores relativos a cada mercadoria
Base de cálculo do ICMS retido R$ 50,95
Valor do ICMS retido R$ 5,23
DADOS DA AIDF E DO IMPRESSOR
RECEBEMOS DE (RAZÃO SOCIAL DO EMITENTE) OS PRODUTOS CONSTANTES DA NOTA FISCAL INDICADA AO LADO NOTA FISCAL
DATA DO IDENTIFICAÇÃO E ASSINATURA DO RECEBEDOR N° 000.000
RECEBIMENTO

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4.3. Média ponderada

A Secretaria da Fazenda poderá fixar como base de cálculo da substituição tributária com
retenção antecipada do imposto, a média ponderada dos preços a consumidor final
usualmente praticados no mercado, apurada por levantamento de preços, ainda que por
amostragem ou por meio de dados fornecidos por entidades representativas dos respectivos
setores. É o caso, por exemplo, dos preços dos combustíveis (art. 43 § 1º do RICMS-SP).

Neste caso o levantamento de preços:

a) deverá apurar, no mínimo, o preço de venda à vista no varejo, incluindo o frete,


seguro e demais despesas cobradas do adquirente;
b) não deverá considerar os preços de promoção, bem como aqueles submetidos a
qualquer tipo de comercialização privilegiada;
c) poderá ser promovido pela Secretaria da Fazenda ou, a seu critério, por
entidade representativa do setor que realiza operações ou prestações sujeitas à
substituição tributária;
d) poderá ser adotado pela Secretaria da Fazenda com base em pesquisas já
realizadas por instituto de pesquisa de mercado de reputação idônea.

4.4. Margem de Valor Agregado (MVA) ou Índice de Valor Adicionado – Setorial (IVA-
ST)

Na falta de preço autorizado ou fixado por autoridade competente ou de preço sugerido pelo
fabricante ou importador, a base de cálculo será obtida pelo preço praticado pelo
contribuinte substituto, incluindo-se os valores do frete carreto, seguro, impostos (IPI) e
outros encargos transferíveis ao adquirente, acrescido do valor resultante da aplicação de
percentual de margem de valor agregado fixado de acordo com o disposto na legislação
para cada mercadoria sujeita à retenção (art. 41, do RICMS-SP).

Para determinação da base de cálculo, o percentual de margem de valor agregado poderá


ser em alguns casos o Índice de Valor Adicionado Setorial - IVA-ST, divulgado pela
Secretaria da Fazenda com base nas informações prestadas pelos contribuintes, conforme a
seguir:

a) IVA-ST – aplicável aos produtos constantes nos arts. 313-A a 313-Z20 do RICMS-SP;

b) MVA – aplicável aos demais produtos.

4.4.1. Produto com Base de Cálculo Determinada por IVA-ST ou MVA – Cálculo e
Emissão da Nota Fiscal

No caso de inexistência de base de cálculo fixada ou preço sugerido, o valor do imposto a


ser recolhido a título de sujeição passiva por substituição é a diferença entre o valor do
imposto calculado, mediante aplicação da alíquota interna, sobre a base de cálculo
acrescida do MVA ou IVA-ST divulgado por meio de Portaria CAT e o valor do imposto
devido pela operação própria do contribuinte.

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Atualizado até 20/07/10
Tomemos como exemplo um estabelecimento paulista fabricante de autopeças, que
efetuará saída de mercadoria de sua própria produção sujeita ao regime, com destino a
outro contribuinte paulista:

a) sobre a base de cálculo relativa a operação própria, aplicará a alíquota interna do


produto, obtendo o valor do ICMS a pagar sobre sua própria operação;
b) sobre o preço de venda incluídas todas as despesas e encargos suportados somar o
IVA-ST previsto na Portaria CAT especifica do produto, obtendo o valor da base de
cálculo do imposto devido por substituição tributária;
c) sobre o valor da base de cálculo da substituição tributária obtida na forma da letra “b”,
aplicar a alíquota interna do produto;
d) do valor obtido na forma da letra “c” subtrair o valor obtido na forma da letra “a”

COMO CALCULAR

a) Valor da mercadoria: 200,00


b) Despesas Acessórias: 20,00
c) Frete: 60,00
d) Base de cálculo operação própria: 280,00 (a+b+c)
e) alíquota do ICMS: 18%
f) Valor do ICMS operação própria: 50,40 (d x e)
g) Alíquota do IPI: 10%
h) Valor do IPI: 28,00 (a + b + c x g)
i) IVA-ST: 40%
j) Base de Cálculo ST: 431,20 (a + b + c + h + i)
k) valor do ICMS retido: 27,22 (j x e – f)
l) preço total praticado pelo substituto: 335,22 (a + b + c + h + k)

COMPOSIÇÃO DA BASE DE CÁLCULO


Operação Própria Substituição Tributária
200,00 + 60,00 + 20,00 + 28,00 (IPI) = 308,00
200,00+60,00+20,00 = 280,00
308,00 + 123,20 (IVA-ST 40,00%) = 431,20
CÁLCULO DO IMPOSTO
Operação Própria Substituição Tributária
431,20 x 18% = 77,616
280,00 x 18% = 50,40 77,616 – 50,40 = ICMS retido
ICMS retido = 27,22
VALOR TOTAL DA NOTA FISCAL: 335,22 [280,00 + 28 (IPI) + 27,22 (ICMS-ST)]

Emissão da nota fiscal

Nos termos do art. 273 do RICMS-SP, o substituto tributário deverá emitir o documento fiscal
contendo, além dos demais requisitos:

a) no campo “Base de Cálculo do ICMS”, a base de cálculo do valor do ICMS incidente


sobre a operação própria:

b) no campo “Valor do ICMS”, o valor do ICMS relativo à operação própria;

c) no campo “Base de Cálculo do ICMS Substituição”, o valor devidamente calculado relativo


à base de cálculo do ICMS devido por substituição tributária;

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Atualizado até 20/07/10
d) no campo “Valor do ICMS Substituição”, o valor do imposto devido por substituição
tributária;

e) no campo “Informações Complementares”, relativamente a cada mercadoria, o valor da


base de cálculo da retenção e o valor do imposto retido;

f) no campo “Informações Complementares”, a expressão “O destinatário deverá, com


relação às operações com mercadoria ou prestações de serviço recebidas com imposto
retido, escriturar o documento fiscal nos termos do art. 278 do RICMS”.

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Atualizado até 20/07/10
NOTA FISCAL N° 000.000
SAÍDA ENTRADA
EMITENTE: 1ª
VIA
Nome / Razão Social: INDÚSTRIA PAULISTA
Endereço: Bairro/Distrito:

Município: SÃO PAULO UF: SP


Fone/Fax: CEP: 01010-000
DESTINATÁRIO/

REMETENTE

CNPJ
Nº DO CNPJ
NATUREZA DA OPERAÇÃO CFOP INSCRIÇÃO ESTADUAL DO SUBSTITUTO INSCRIÇÃO ESTADUAL DATA LIMITE PARA
TRIBUTÁRIO Nº DA INSCRIÇÃO EMISSÃO
00.00.00
VENDA DE PRODUÇÃO 5.401 ESTADUAL
DESTINATÁRIO REMETENTE
NOME / RAZÃO SOCIAL CNPJ / CPF DATA DA EMISSÃO
ATACADISTA OU VAREJISTA EM SÃO PAULO DO DESTINATÁRIO
ENDEREÇO BAIRRO / DISTRITO CEP DATA DA SAÍDA /
DO DESTINATÁRIO ENTRADA

MUNICÍPIO FONE / FAX UF INSCRIÇÃO ESTADUAL HORA DA SAÍDA


SÃO PAULO SP
DADOS DO PRODUTO
CÓD DESCRIÇÃO DOS CLASSIF SITUAÇÃO VALOR ALÍQUOTAS VALOR
UNIDADE QUANTIDADE VALOR TOTAL
PROD PRODUTOS FISCAL TRIBUTÁRIA UNITÁRIO ICMS IPI DO IPI
MERCADORIA xxxx.xx 010 UN 10 20,00 200,00 18 10 20,00

CÁLCULO DO IMPOSTO
BASE DE CÁLCULO ICMS VALOR DO ICMS BASE DE CÁLCULO ICMS SUBSTITUIÇÃO VALOR DO ICMS SUBSTITUIÇÃO TOTAL DOS PRODUTOS
280,00 50,40 431,20 27,22 200,00
VALOR DO FRETE VALOR SEGURO OUTRAS DESPESAS ACESSÓRIAS VALOR TOTAL DO IPI VALOR TOTAL DA NOTA
60,00 20,00 28,00 335,22
TRANSPORTADOR / VOLUMES TRANSPORTADOS
NOME / RAZÃO SOCIAL FRETE POR CONTA PLACA DO UF CNPJ / CPF
1 EMITENTE VEÍCULO
PREENCHER NA FORMA DO ART. 127, VI, DO RICMS-SP 2 DESTINATÁRIO
ENDEREÇO MUNICÍPIO UF INSCRIÇÃO ESTADUAL

QUANTIDADE ESPÉCIE MARCA NÚMERO PESO BRUTO PESO LÍQUIDO

DADOS ADICIONAIS
“O destinatário deverá, com relação às operações com RESERVADO AO FISCO
mercadoria ou prestações de serviço recebidas com N° DE CONTROLE
imposto retido, escriturar o documento fiscal nos DO FORMULÁRIO
termos do art. 278 do RICMS”
Valores relativos a cada mercadoria
Base de cálculo do ICMS retido R$ 43,12
Valor do ICMS retido R$ 2,72
DADOS DA AIDF E DO IMPRESSOR
RECEBEMOS DE (RAZÃO SOCIAL DO EMITENTE) OS PRODUTOS CONSTANTES DA NOTA FISCAL INDICADA AO LADO NOTA FISCAL
DATA DO IDENTIFICAÇÃO E ASSINATURA DO RECEBEDOR N° 000.000
RECEBIMENTO

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Atualizado até 20/07/10
4.4.2. SIMPLES Nacional – Cálculo do Imposto e Emissão da Nota Fiscal

De acordo com o art. 3º parágrafo 8º da Resolução CGSN nº 51/08, a ME ou a EPP optante


pelo Simples Nacional deverá recolher a parcela dos tributos devidos por responsabilidade
tributária diretamente ao ente detentor da respectiva competência tributária que no caso do
ICMS é o Estado.

O Estado de São Paulo reafirma esse procedimento mencionando que as operações ou


prestações enquadradas no regime de substituição tributária, destinadas a estabelecimento
de contribuinte sujeito às normas do “Simples Nacional”, submetem-se regularmente à
retenção do imposto incidente sobre as operações ou prestações subsequentes (art. 263 do
RICMS-SP).

O cálculo do imposto devido por substituição tributária pelo estabelecimento optante do


SIMPLES Nacional se iguala ao do contribuinte RPA pelo fato de que será permitido o
abatimento do imposto pelo montante equivalente à alíquota interna ou interestadual
aplicado sobre o valor relativo à operação própria (art. 3º, § 9º da Resolução CGSN nº
51/08).

Para o cálculo do imposto, as receitas relativas à operação própria decorrentes da revenda


de mercadorias sujeitas à substituição tributária deverão ser segregadas.

Também devem ser segregadas as receitas relativas a venda de mercadorias


industrializadas pela própria empresa, sujeitas à substituição tributária.

O valor do imposto devido por substituição tributária corresponderá à diferença entre (art.
268, parágrafo 2º do RICMS-SP):

a) o valor resultante da aplicação da alíquota interna do ICMS prevista na legislação do


Estado sobre o preço máximo de venda a varejo fixado pela autoridade competente ou
sugerido pelo fabricante, ou sobre o preço a consumidor usualmente praticado; e

b) o valor resultante da aplicação da alíquota interna ou interestadual sobre o valor da


operação ou prestação própria do substituto tributário.

Na hipótese de inexistência dos preços fixados, o valor do ICMS devido por substituição
tributária será calculado da seguinte forma:

Imposto Devido = [base de cálculo x (1,00 + MVA) x alíquota interna] - dedução, onde:

base de cálculo é o valor da operação própria realizada pela ME ou EPP substituta


tributária
MVA é a margem de valor agregado divulgada pelo Estado
alíquota interna é a determinada na legislação do Estado
dedução é o valor resultante da aplicação da alíquota interna ou interestadual
sobre o valor da operação ou prestação própria do substituto tributário

Proibida a reprodução total ou parcial, bem como a produção de apostilas a partir desta. 22
Atualizado até 20/07/10
No cálculo dos tributos devidos no Simples Nacional não será considerado receita de venda
ou revenda de mercadorias o valor do tributo devido a título de substituição tributária.

Assim, para obtenção dos valores para emissão da nota fiscal temos o seguinte exemplo:

Valor da mercadoria: R$ 200,00


Valor do frete: R$ 60,00
Despesas acessórias: R$ 20,00
Alíquota de ICMS: 18%
IVA-ST: 40,00%
Dedução: 18%

Imposto Devido = [base de cálculo x (1,00 + MVA) x alíquota interna] –


dedução

base de cálculo 280,00 (200,00 + 60,00 + 20,00)


MVA 40%
alíquota interna 18%
dedução 18% sobre o valor da operação própria (280,00 x 18% = 50,40)

Imposto Devido = [280,00 x (1,00 + 40%) x 18%] – dedução


Imposto Devido = [280,00 x 1,40 x 18%] – dedução
Imposto Devido = [392,00 x 18%] – 50,40
Imposto Devido = 70,56 – 50,40
Imposto Devido = 20,16
COMPOSIÇÃO DA BASE DE CÁLCULO
Operação Própria Substituição Tributária
200,00 + 60,00 + 20,00 = 280,00
200,00 + 60,00 + 20,00 = 280,00
280,00 + 112,00 (IVA-ST 40,00%) = 392,00

CÁLCULO DO IMPOSTO
Operação Própria Substituição Tributária
280,00 x 18% = 50,40 392,00 x 18% = 70,56
ICMS retido = 20,16
VALOR TOTAL DA NOTA FISCAL: 300,16 (280,00 + 20,16)

Observe-se que o optante do SIMPLES Nacional não debita ICMS relativo a sua própria
operação no documento fiscal.

Nos termos do art. 2º, §§ 2° e 4º da Resolução CGSN nº 10/07 a utilização dos documentos
fiscais fica condicionada à inutilização dos campos destinados à base de cálculo e ao
imposto destacado, de obrigação própria, constando, no campo destinado às informações
complementares ou, em sua falta, no corpo do documento, por qualquer meio gráfico
indelével, as expressões:

a) "DOCUMENTO EMITIDO POR ME OU EPP OPTANTE PELO SIMPLES NACIONAL"; e


b) "NÃO GERA DIREITO A CRÉDITO FISCAL DE IPI".

Proibida a reprodução total ou parcial, bem como a produção de apostilas a partir desta. 23
Atualizado até 20/07/10
O valor da base de cálculo da substituição tributária e o valor do ICMS retido serão
indicados nos campos próprios.

NOTA FISCAL N° 000.000

SAÍDA ENTRADA
EMITENTE: 1ª
VIA
Nome / Razão Social: FABRICANTE PAULISTA
Endereço: Bairro/Distrito:

Município: SÃO PAULO UF: SP


Fone/Fax: CEP: 01010-000
DESTINATÁRIO/

REMETENTE
CNPJ
Nº DO CNPJ
NATUREZA DA OPERAÇÃO CFOP INSCRIÇÃO ESTADUAL DO INSCRIÇÃO ESTADUAL DATA LIMITE PARA
VENDA SUBSTITUTO TRIBUTÁRIO
EMISSÃO
00.00.00
5.401
DESTINATÁRIO REMETENTE
NOME / RAZÃO SOCIAL CNPJ / CPF DATA DA EMISSÃO
ATACADISTA OU VAREJISTA EM SÃO PAULO DO DESTINATÁRIO
ENDEREÇO BAIRRO / DISTRITO CEP DATA DA SAÍDA /
DO DESTINATÁRIO ENTRADA

MUNICÍPIO FONE / FAX UF INSCRIÇÃO ESTADUAL HORA DA SAÍDA


SÃO PAULO SP
DADOS DO PRODUTO
CÓD DESCRIÇÃO DOS CLASSIF SITUAÇÃO VALOR ALÍQUOTAS VALOR
UNIDADE QUANTIDADE VALOR TOTAL
PROD PRODUTOS FISCAL TRIBUTÁRIA UNITÁRIO ICMS IPI DO IPI
MERCADORIA 030 UN 20 10,00 200,00
"DOCUMENTO EMITIDO POR ME OU EPP OPTANTE PELO SIMPLES
NACIONAL"; "NÃO GERA DIREITO A CRÉDITO FISCAL DE IPI".

CÁLCULO DO IMPOSTO
BASE DE CÁLCULO ICMS SUBSTITUIÇÃO VALOR DO ICMS SUBSTITUIÇÃO TOTAL DOS PRODUTOS
392,00 20,16 200,00
VALOR DO FRETE VALOR SEGURO OUTRAS DESPESAS ACESSÓRIAS VALOR TOTAL DO IPI VALOR TOTAL DA NOTA
60,00 20,00 300,16
TRANSPORTADOR / VOLUMES TRANSPORTADOS
NOME / RAZÃO SOCIAL FRETE POR CONTA PLACA DO UF CNPJ / CPF
1 EMITENTE VEÍCULO
PREENCHER NA FORMA DO ART. 127, VI, DO RICMS-SP 2 DESTINATÁRIO
ENDEREÇO MUNICÍPIO UF INSCRIÇÃO ESTADUAL

QUANTIDADE ESPÉCIE MARCA NÚMERO PESO BRUTO PESO LÍQUIDO

DADOS ADICIONAIS
“O destinatário deverá, com relação às operações com RESERVADO AO FISCO
mercadoria ou prestações de serviço recebidas com N° DE CONTROLE
imposto retido, escriturar o documento fiscal nos DO FORMULÁRIO
termos do art. 278 do RICMS”
Valores relativos a cada mercadoria
Base de cálculo do ICMS retido R$ 19,60
Valor do ICMS retido R$ 1,008
DADOS DA AIDF E DO IMPRESSOR
RECEBEMOS DE (RAZÃO SOCIAL DO EMITENTE) OS PRODUTOS CONSTANTES DA NOTA FISCAL INDICADA AO LADO NOTA FISCAL
DATA DO IDENTIFICAÇÃO E ASSINATURA DO RECEBEDOR N° 000.000
RECEBIMENTO

Proibida a reprodução total ou parcial, bem como a produção de apostilas a partir desta. 24
Atualizado até 20/07/10
4.5. Nota fiscal emitida de contribuinte substituído para outro substituído

Na hipótese em que o contribuinte substituído adquirir mercadoria com substituição tributária


e der saída para outro contribuinte também substituído, a nota fiscal será emitida sem
destaque do valor do imposto contendo (art. 274, caput e § 5º do RICMS-SP):

a) no campo “Informações Complementares” do respectivo documento, indicar: “Imposto


Recolhido por Substituição Tributária – Art. .... do RICMS/00”;

b) tratando-se de venda interna destinada à comercialização subsequente, indicar no campo


“Informações Complementares”:

b.1) a Base de Cálculo do ICMS Retido e a Parcela do ICMS Retido cobrável do


destinatário;

b.2) a Base de Cálculo do ICMS Retido e a Parcela do ICMS Retido de cada mercadoria.

Proibida a reprodução total ou parcial, bem como a produção de apostilas a partir desta. 25
Atualizado até 20/07/10
Exemplo:
NOTA FISCAL N° 000.000
SAÍDA ENTRADA
EMITENTE: 1ª
VIA
Nome / Razão Social: ATACADISTA PAULISTA
Endereço: Bairro/Distrito:

Município: SÃO PAULO UF: SP


Fone/Fax: CEP: 01010-000
DESTINATÁRIO/

REMETENTE

CNPJ
Nº DO CNPJ
NATUREZA DA OPERAÇÃO CFOP INSCRIÇÃO ESTADUAL DO SUBSTITUTO INSCRIÇÃO ESTADUAL DATA LIMITE PARA
VENDA 5.405 TRIBUTÁRIO EMISSÃO
00.00.00
DESTINATÁRIO REMETENTE
NOME / RAZÃO SOCIAL CNPJ / CPF DATA DA EMISSÃO
ATACADISTA OU VAREJISTA EM SÃO PAULO DO DESTINATÁRIO
ENDEREÇO BAIRRO / DISTRITO CEP DATA DA SAÍDA /
DO DESTINATÁRIO ENTRADA

MUNICÍPIO FONE / FAX UF INSCRIÇÃO ESTADUAL HORA DA SAÍDA


SÃO PAULO SP
DADOS DO PRODUTO
CÓD DESCRIÇÃO DOS CLASSIF SITUAÇÃO VALOR ALÍQUOTAS VALOR
UNIDADE QUANTIDADE VALOR TOTAL
PROD PRODUTOS FISCAL TRIBUTÁRIA UNITÁRIO ICMS IPI DO IPI
MERCADORIA xx 060 UN 10 40,00 400,00

CÁLCULO DO IMPOSTO
BASE DE CÁLCULO ICMS VALOR DO ICMS BASE DE CÁLCULO ICMS SUBSTITUIÇÃO VALOR DO ICMS SUBSTITUIÇÃO TOTAL DOS PRODUTOS
400,00
VALOR DO FRETE VALOR SEGURO OUTRAS DESPESAS ACESSÓRIAS VALOR TOTAL DO IPI VALOR TOTAL DA NOTA
400,00
TRANSPORTADOR / VOLUMES TRANSPORTADOS
NOME / RAZÃO SOCIAL FRETE POR CONTA PLACA DO UF CNPJ / CPF
1 EMITENTE VEÍCULO
PREENCHER NA FORMA DO ART. 127, VI, DO RICMS-SP 2 DESTINATÁRIO
ENDEREÇO MUNICÍPIO UF INSCRIÇÃO ESTADUAL

QUANTIDADE ESPÉCIE MARCA NÚMERO PESO BRUTO PESO LÍQUIDO


DADOS ADICIONAIS
Imposto recolhido por substituição tributária art. ____do RESERVADO AO FISCO
RICMS-SP N° DE CONTROLE
Base de cálculo do ICMS-ST R$ 431,20 DO FORMULÁRIO
ICMS retido cobrável R$ 5,616
Valores relativos a cada mercadoria
Base de cálculo R$ 43,12
Valor do ICMS retido R$ 0,561
DADOS DA AIDF E DO IMPRESSOR
RECEBEMOS DE (RAZÃO SOCIAL DO EMITENTE) OS PRODUTOS CONSTANTES DA NOTA FISCAL INDICADA AO LADO NOTA FISCAL
DATA DO IDENTIFICAÇÃO E ASSINATURA DO RECEBEDOR N° 000.000
RECEBIMENTO

Proibida a reprodução total ou parcial, bem como a produção de apostilas a partir desta. 26
Atualizado até 20/07/10
c) Retido cobrável do destinatário - Cálculo

A parcela do imposto retido cobrável do destinatário será obtida aplicando-se a alíquota interna
sobre a diferença entre a base de cálculo da retenção e o valor da base de cálculo que seria
atribuída a operação própria do contribuinte substituído se estivesse submetida ao regime comum,
conforme exemplo a seguir:

Base de cálculo da substituição tributária (a) R$ 431,20


Base de cálculo da operação própria (b) R$ 400,00
Base de cálculo do retido cobrável (a-b) R$ 31,20
Valor do ICMS retido cobrável (a-b x alq interna) R$ 5,616

4.6. Nota fiscal emitida de contribuinte substituído para consumidor final

Na hipótese em que o contribuinte substituído adquirir mercadoria com substituição tributária e der
saída para consumidor final, a nota fiscal será emitida sem destaque do valor do imposto contendo,
no campo “Informações Complementares”, a expressão: “Imposto Recolhido por Substituição
Tributária – Art. .... do RICMS/00”.

Proibida a reprodução total ou parcial, bem como a produção de apostilas a partir desta. 27
Atualizado até 20/07/10
EXEMPLO:

NOTA FISCAL N° 000.000


SAÍDA ENTRADA
EMITENTE: 1ª
VIA
Nome / Razão Social: VAREJISTA PAULISTA
Endereço: Bairro/Distrito:

Município: SÃO PAULO UF: SP


Fone/Fax: CEP: 01010-000
DESTINATÁRIO/

REMETENTE

CNPJ
Nº DO CNPJ
NATUREZA DA OPERAÇÃO CFOP INSCRIÇÃO ESTADUAL DO SUBSTITUTO INSCRIÇÃO ESTADUAL DATA LIMITE PARA
VENDA 5.405 TRIBUTÁRIO EMISSÃO
00.00.00
DESTINATÁRIO REMETENTE
NOME / RAZÃO SOCIAL CNPJ / CPF DATA DA EMISSÃO
CONSUMIDOR FINAL CONTRIBUINTE OU NÃO CONTRIBUINTE DO DESTINATÁRIO
ENDEREÇO BAIRRO / DISTRITO CEP DATA DA SAÍDA /
DO DESTINATÁRIO ENTRADA

MUNICÍPIO FONE / FAX UF INSCRIÇÃO ESTADUAL HORA DA SAÍDA


SÃO PAULO SP
DADOS DO PRODUTO
CÓD DESCRIÇÃO DOS CLASSIF SITUAÇÃO VALOR ALÍQUOTAS VALOR
UNIDADE QUANTIDADE VALOR TOTAL
PROD PRODUTOS FISCAL TRIBUTÁRIA UNITÁRIO ICMS IPI DO IPI
MERCADORIA 060 UN 10 43,00 430,00

CÁLCULO DO IMPOSTO
BASE DE CÁLCULO ICMS VALOR DO ICMS BASE DE CÁLCULO ICMS SUBSTITUIÇÃO VALOR DO ICMS SUBSTITUIÇÃO TOTAL DOS PRODUTOS
430,00
VALOR DO FRETE VALOR SEGURO OUTRAS DESPESAS ACESSÓRIAS VALOR TOTAL DO IPI VALOR TOTAL DA NOTA
430,00
TRANSPORTADOR / VOLUMES TRANSPORTADOS
NOME / RAZÃO SOCIAL FRETE POR CONTA PLACA DO UF CNPJ / CPF
1 EMITENTE VEÍCULO
PREENCHER NA FORMA DO ART. 127, VI, DO RICMS-SP 2 DESTINATÁRIO
ENDEREÇO MUNICÍPIO UF INSCRIÇÃO ESTADUAL

QUANTIDADE ESPÉCIE MARCA NÚMERO PESO BRUTO PESO LÍQUIDO

DADOS ADICIONAIS
Imposto recolhido por substituição tributária art. ____do RESERVADO AO FISCO
RICMS-SP N° DE CONTROLE
DO FORMULÁRIO

DADOS DA AIDF E DO IMPRESSOR


RECEBEMOS DE (RAZÃO SOCIAL DO EMITENTE) OS PRODUTOS CONSTANTES DA NOTA FISCAL INDICADA AO LADO NOTA FISCAL
DATA DO IDENTIFICAÇÃO E ASSINATURA DO RECEBEDOR N° 000.000
RECEBIMENTO

Proibida a reprodução total ou parcial, bem como a produção de apostilas a partir desta. 28
Atualizado até 20/07/10
4.7. Cálculo da Antecipação Tributária
No caso de entrada de mercadoria oriunda de outra Unidade da Federação cuja base de cálculo da
substituição tributária seja determinada por IVA-ST, aplicar-se-á a seguinte fórmula:

IA = VA x (1 + IVA-ST) x ALQ – IC
Observe-se que:

IA É o imposto a ser recolhido por antecipação


É o valor constante no documento fiscal relativo à entrada, acrescido dos valores
VA correspondentes a frete, carreto, seguro, impostos e outros encargos suportados pelo
contribuinte
IVA-ST É o índice de valor adicionado
ALQ É a alíquota interna aplicável
IC É o imposto cobrado na operação anterior

4.7.1 IVA-ST Ajustado


No caso de aquisição interestadual de produtos cuja alíquota interna seja superior a 12% o valor do
imposto a pagar antecipadamente por substituição tributária será obtido mediante a utilização do
IVA-ST Ajustado, conforme determinam as Portarias CAT que disciplinam a formação da base de
cálculo do imposto, cuja fórmula reproduzimos a seguir:

IVA-ST Ajustado = [(1 + IVA-ST original) x (1 – ALQ inter) / (1 – ALQ intra)] - 1

Observe-se que:

IVA-ST original É o IVA-ST aplicável na operação interna cujos percentuais estão


indicados em Portaria CAT
ALQ inter É a alíquota interestadual aplicada pelo remetente na operação
interestadual
ALQ intra É a alíquota interna do produto

4.7.2. Mercadorias com redução de base de cálculo

Com o início da exigência do recolhimento antecipado do imposto, por ocasião da entrada no


território deste Estado, de mercadoria proveniente de outra Unidade da Federação, inclusive do
imposto relativo às operações subsequentes com a mercadoria, conforme previsto no art. 426-A do
RICMS-SP estabeleceu-se a dúvida no tocante ao cálculo do imposto, das mercadorias com
previsão de redução de base de cálculo nas saídas internas como, por exemplo, nas hipóteses
previstas nos arts. 33, 34 e 37 do Anexo II do RICMS/00, que contêm expressões análogas a “fica
reduzida a base de cálculo do imposto incidente na saída interna de (...), de forma que a carga
tributária corresponda ao percentual de 12%”.

Isso porque na entrada, no território deste Estado, de mercadoria procedente de outra Unidade da
Federação, sujeita ao recolhimento antecipado do imposto previsto no art. 426-A do RICMS-SP e
cuja saída interna seja tributada com alíquota superior a 12%, o contribuinte destinatário paulista
deverá utilizar o IVA-ST Ajustado para determinar a base de cálculo do ICMS devido por substituição
tributária, relativamente às saídas subsequentes dessa mercadoria.

Visando esclarecer aos contribuintes como proceder ao cálculo do imposto, a Secretaria da Fazenda
publicou no DOE-SP a Decisão Normativa CAT nº 1/08. A Decisão estabelece que, quando a

Proibida a reprodução total ou parcial, bem como a produção de apostilas a partir desta. 29
Atualizado até 20/07/10
operação interestadual for entre contribuintes de forma que, se estivessem ambos localizados em
território paulista, a operação interna seria beneficiada com redução de base de cálculo do imposto,
segundo dispositivo legal que contenha expressões análogas a “de forma que a carga tributária
corresponda ao percentual de 12% ou menor, na fórmula para calcular o IVA-ST Ajustado deverá ser
considerado como “ALQ intra” - “alíquota aplicável à mercadoria neste Estado” - o percentual de
12%.

Da leitura da referida decisão extrai-se o conceito de que, na hipótese em que a mercadoria esteja
beneficiada internamente com redução de base de cálculo cuja carga tributária resulte num
percentual de 12% ou menor, o contribuinte não utilizará no cálculo do imposto o IVA-ST Ajustado,
neste caso utilizará o original, haja vista que substituir a alíquota de 18% ou 25% pela de 12% na
fórmula de cálculo do IVA-ST Ajustado resultará na aplicação do IVA-ST original.

4.7.3. Exemplo:

Tomemos como exemplo a aquisição interestadual de mercadoria cujo IVA-ST aplicável seja
40% e a alíquota interna seja 18%, que nos levará a utilização do IVA-ST Ajustado. O valor
de aquisição será considerado R$ 1.000,00 (considerando inclusos os encargos suportados)
com ICMS destacado de R$ 120,00.

a) primeiro passo: calcular o IVA-ST Ajustado:

IVA-ST Ajustado = [( 1 + IVA-ST original) x (1 – ALQ inter) / (1 – ALQ intra)] - 1

Observe-se que:

IVA-ST original É o IVA-ST aplicável na operação interna cujos percentuais estão


indicados na Portaria CAT específica para o segmento
ALQ inter É a alíquota interestadual aplicada pelo remetente na operação
interestadual
ALQ intra É a alíquota interna do produto

IVA-ST Ajustado = [(1 + IVA-ST original) x (1 – ALQ inter) / (1 – ALQ intra)] - 1

IVA-ST Ajustado = [(1 + 40%) x (1-12%) / (1-18%)] – 1


IVA-ST Ajustado = [1,40 x (0,88 / 0,82)] – 1
IVA-ST Ajustado = [1,40 x 1,0731707] – 1
IVA-ST Ajustado = 1,5024389 – 1 = 0,5024389
IVA-ST Ajustado = 0,5024389 x 100 = 50,24%

b) obtido o IVA-ST Ajustado de 50,24%, o segundo passo é calcular o valor do imposto a ser
antecipado:

IA = VA x (1 + IVA-ST Ajustado) x ALQ – IC

Proibida a reprodução total ou parcial, bem como a produção de apostilas a partir desta. 30
Atualizado até 20/07/10
Observe-se que:

IA É o imposto a ser recolhido por antecipação


É o valor constante no documento fiscal relativo à entrada, acrescido dos valores
VA correspondentes a frete, carreto, seguro, impostos e outros encargos suportados pelo
contribuinte
IVA-ST É o índice de valor adicionado
ALQ É a alíquota interna aplicável
IC É o imposto cobrado na operação anterior

IA = 1.000,00 x (1 + 50,24%) x 18% - 120,00


IA = 1.000,00 x 1,5024 x 18% - 120,00
IA = 1.502,40 x 18% - 120,00
IA = 270,43 – 120,00
IA = 150,43

Imposto a pagar por antecipação = R$ 150,43

4.8. Entradas Interestaduais sem Retenção do Imposto Envolvendo Optantes do


SIMPLES Nacional

As entradas interestaduais que envolvam estabelecimentos optantes pelo regime do SIMPLES


Nacional seja ele remetente estabelecido em outro Estado ou adquirente estabelecido no Estado de
São Paulo, também serão regidas pelo disposto nos arts. 426-A e 277 do RICMS-SP. Isso ocorre por
determinação expressa no art. 13, § 1º, XIII, “a” e “g”, da Lei Complementar nº 123/06.

Fazendo um breve resumo, temos que, nas operações com contribuintes sujeitos às normas do
SIMPLES Nacional (art. 426-A, § 3º, do RICMS-SP):

Permitida a dedução do valor indicado


RPA adquirindo de optante do SIMPLES
em informações complementares para
Nacional
fins de crédito

Permitida a dedução do valor resultante


SIMPLES Nacional adquirindo de
da aplicação da alíquota interestadual
optante do SIMPLES Nacional
sobre o valor da operação do remetente

SIMPLES Nacional adquirindo de Permite-se o abatimento do imposto


contribuinte normal cobrado na operação anterior - “IC”

4.9. Cálculo - Saídas Interestaduais

Será considerado substituto tributário o contribuinte que promover a remessa de mercadoria sujeita
ao regime da substituição tributária com destino a contribuinte localizado em outra Unidade da
Federação.

Diferentemente das operações internas, qualquer contribuinte que remeta para outro Estado
mercadoria sujeita a substituição tributária com destino a contribuinte do imposto será revestido da
qualidade de contribuinte substituto, ou seja, deverá reter e recolher o imposto devido pelos fatos
geradores que vierem a ocorrer com a mesma mercadoria até que esta chegue ao

Proibida a reprodução total ou parcial, bem como a produção de apostilas a partir desta. 31
Atualizado até 20/07/10
consumidor/usuário final. Exceto se o Convênio ou Protocolo determinar especificamente os
responsáveis pela retenção e recolhimento do imposto.

Importante observar que mesmo que o contribuinte tenha recebido mercadoria com o ICMS retido,
ou seja, figure como substituído tributário, na operação de saída interestadual deverá ser feito novo
recolhimento, haja vista o ICMS-ST ser devido ao Estado de consumo final da mercadoria.

4.9.1. Destinatário contribuinte consumidor/usuário final - Diferencial de alíquotas

Numa operação interestadual praticada pelo contribuinte substituto tributário ou pelo contribuinte
substituído com destino a contribuinte usuário final caberá a aplicação da substituição tributária em
relação ao valor do diferencial de alíquotas.

Contudo, somente será cabível quando a legislação assim dispuser, ou seja, quando houver na
legislação dispositivo que mencione a aplicação da substituição tributária quando o produto se
destinar ao ativo ou a uso do destinatário. O cálculo será realizado da seguinte forma:

a)Valor da mercadoria: R$ 200,00


b)Valor do frete: R$ 60,00
c)Despesas acessórias: R$ 20,00
d)Alíquota de IPI: 10%
e)Alíquota Interestadual de ICMS: 7%
f)Margem de Valor Agregado: Não há tendo em vista que o produto se destina a uso final ou ativo.
g)Alíquota interna do Estado destinatário: 17%

COMPOSIÇÃO DA BASE DE CÁLCULO


Operação Própria Substituição Tributária
200,00 + 60,00 + 20,00 + 28,00 (IPI) = 308,00 200,00 + 60,00 + 20,00 + 28,00 (IPI) = 308,00

CÁLCULO DO IMPOSTO
Operação Própria Substituição Tributária
308,00 x 7% = 21,56 308,00 x 17% = 52,36
52,36 – 21,56 (ICMS operação própria) = 30,80
Valor total da nota fiscal: 338,80 (308,00 + 30,80 (ICMS retido))

Nota: o contribuinte optante do SIMPLES Nacional efetuará o cálculo da mesma forma, porém não
calculará o valor do IPI (que será tributado na tabela do Simples) e não destacará a “base de cálculo
da operação própria e nem o ICMS relativo a operação própria” visto que esses campos devem ser
inutilizados no documento.

4.9.2. Destinatário contribuinte comerciante

Nas saídas interestaduais de mercadorias de estabelecimento paulista seja ele substituto tributário
ou substituído com destino a contribuinte cuja aquisição se destine a comercialização caberá a
retenção e recolhimento do imposto incidente pelas operações subsequentes antecipadamente a
favor do Estado destinatário na forma indicada no art. 261 do RICMS-SP bem como na legislação
interna do Estado destinatário. O cálculo será efetuado de modo a se apurar a diferença entre o valor
do imposto calculado, mediante aplicação da alíquota interna vigente no Estado destinatário, sobre a
base de cálculo da substituição tributária e o valor do imposto devido pela operação própria do
remetente, conforme exemplificado a seguir:

Proibida a reprodução total ou parcial, bem como a produção de apostilas a partir desta. 32
Atualizado até 20/07/10
a)Valor da mercadoria: R$ 200,00
b)Valor do frete: R$ 60,00
c)Despesas acessórias: R$ 20,00
d)Alíquota de IPI: 10%
e)Alíquota Interestadual de ICMS: 7%
f)Margem de Valor Agregado: 56,9% (hipotético)
g)Alíquota Interna de ICMS Vigente no Estado Destinatário: 17%

COMPOSIÇÃO DA BASE DE CÁLCULO


Operação Própria Substituição Tributária
200,00 + 60,00 + 20,00 = 280,00 200,00 + 60,00 + 20,00 + 28,00 (IPI) + 175,25 (margem de
valor agregado 56,9%) = 483,25
CÁLCULO DO IMPOSTO
Operação Própria Substituição Tributária
280,00 x 7% = 19,60 483,25 x 17% = 82,15
82,15 – 19,60 (ICMS operação própria) = 62,55
Valor total da nota fiscal: 370,55 (280,00 + 28,00 (IPI) + 62,55 (ICMS retido))
ICMS devido para SP = 19,60
ICMS devido para o Estado destinatário = 62,55

Nota: o contribuinte optante do SIMPLES Nacional efetuará o cálculo da mesma forma, observado,
para fins de abatimento, a aplicação da alíquota prevista para as operações interestaduais sobre o
valor da operação do remetente (de acordo com o Estado de destino da mercadoria), além disso não
calculará o valor do IPI (que será tributado na tabela do Simples) e não destacará a “base de cálculo
da operação própria e nem o ICMS relativo a operação própria” visto que esses campos devem ser
inutilizados no documento.

5. Recolhimento do imposto
O recolhimento do imposto devido será feito segundo o Código de Prazo de Recolhimento – CPR.
Os contribuintes do ICMS serão enquadrados nos CPRs na conformidade do código de Classificação
Nacional de Atividades Econômicas - CNAE em que estiver enquadrado, no seu regime de tributação
do imposto ou no seu porte econômico.

O valor do imposto devido por substituição tributária apurado será recolhido pelo substituto tributário
por meio de GARE-ICMS, código de arrecadação 146-6 (substituição tributária), nos prazos
especificados no Anexo IV do RICMS-SP.

O recolhimento relativo ao ICMS devido pela operação própria do substituto tributário será efetuado
por meio de GARE-ICMS com código de arrecadação 046-2, devendo ser efetuado em GARE
distinta da emitida para fins de recolhimento do ICMS-ST.

O contribuinte optante pelo regime do SIMPLES Nacional fará o recolhimento do ICMS-ST


na qualidade de contribuinte substituto observando o prazo previsto no art. 268, § 2º, item 3,
do RICMS-SP, ou seja, no último dia útil da primeira quinzena do mês subsequente ao da
saída por meio de GARE-ICMS com código de arrecadação 063-2 (recolhimentos
especiais).

Proibida a reprodução total ou parcial, bem como a produção de apostilas a partir desta. 33
Atualizado até 20/07/10
5.1. Prazos especiais – Saídas Internas - Produtos relacionados nos artigos 313-A a
313-Z20do RICMS-SP

O Código de Prazo de Recolhimento (CPR) para os produtos a seguir relacionados é o 1090, cuja
data de recolhimento do ICMS é até o dia 9 do mês subsequente ao da ocorrência do fato gerador:

a) medicamentos e contraceptivos referidos no § 1° do artigo 313-A do RICMS-SP;


b) bebida alcoólica, exceto cerveja e chope referidas no § 1º do artigo 313-C do RICMS-
SP;
c) produtos de perfumaria referidos no § 1° do artigo 313-E do RICMS-SP;
d) produtos de higiene pessoal referidos no § 1° do artigo 313-G do RICMS-SP;
e) ração tipo "pet" para animais domésticos, classificada na posição 23.09 da NBM/SH;
f) produtos de limpeza referidos no § 1° do artigo 313-K do RICMS-SP;
g) produtos fonográficos referidos no § 1° do artigo 313-M do RICMS-SP;
h) autopeças referidos no § 1° do artigo 313-O do RICMS-SP;
i) pilhas e baterias novas, classificadas na posição 85.06 da NBM/SH
j) lâmpadas elétricas referidas no § 1° do artigo 313-S do RICMS-SP;
k) papel referido no § 1° do artigo 313-U do RICMS-SP;
l) produtos da indústria alimentícia relacionados no § 1º do artigo 313-W do RICMS-SP;
m) materiais de construção e congêneres relacionados no § 1º do artigo 313-Y do
RICMS-SP
n) produtos de colchoaria referidos no § 1° do artigo 313-Z1 do RICMS-SP;
o) ferramentas referidas no § 1° do artigo 313-Z3 do RICMS-SP;
p) bicicletas e suas partes, peças e acessórios referidos no § 1° do artigo 313-Z5 do
RICMS-SP;
q) instrumentos musicais referidos no § 1° do artigo 313-Z7 do RICMS-SP;
r) brinquedos referidos no § 1° do artigo 313-Z9 do RICMS-SP;
s) máquinas e aparelhos mecânicos, elétricos, eletromecânicos e automáticos referidos
no § 1° do artigo 313-Z11 do RICMS-SP;
t) produtos de papelaria referidos no § 1° do artigo 313-Z13 do RICMS-SP;
u) artefatos de uso doméstico referidos no § 1° do artigo 313-Z15 do RICMS-SP;
v) materiais elétricos referidos no § 1° do artigo 313-Z17 do RICMS-SP;
w) produtos eletrônicos, eletroeletrônicos e eletrodomésticos referidos no § 1° do artigo
313-Z19 do RICMS-SP

Contudo, deve o contribuinte observar o seguinte:

- nos termos do Decreto nº 55.307/09, relativamente aos fatos geradores ocorridos até
31/12/2010, excepcionalmente fica prorrogado o prazo de recolhimento do imposto para
o último dia do segundo mês subsequente ao do mês de referência da apuração

- esses prazos de recolhimento foram estendidos também ao contribuinte optante pelo regime do
SIMPLES Nacional que fará o recolhimento do ICMS-ST na qualidade de contribuinte substituto
por meio de GARE-ICMS com código de arrecadação 063-2 (recolhimentos especiais).

5.2. Antecipação tributária - Recolhimento do imposto

O imposto calculado na forma indicada no art. 426-A do RICMS-SP deverá ser recolhido na entrada
da mercadoria no território do Estado de São Paulo, inclusive pelo optante do Simples Nacional por
meio de Guia de Arrecadação Estadual (GARE-ICMS), com código de receita 063-2 (outros

Proibida a reprodução total ou parcial, bem como a produção de apostilas a partir desta. 34
Atualizado até 20/07/10
recolhimentos especiais), indicando-se no campo “Informações Complementares” (Portaria CAT nº
16/08):

a) o número da Nota fiscal a que se refere o recolhimento;


b) o CNPJ do estabelecimento remetente

Será admitido o recolhimento por antecipação antes da entrada da mercadoria em território paulista
por meio de Guia Nacional de Recolhimento de Tributos Estaduais (GNRE) contendo além dos
demais requisitos:

a) o código de receita 10008-0 (recolhimentos especiais);


b) o CNPJ e demais dados cadastrais do estabelecimento do contribuinte destinatário
paulista;
c) no campo “Informações Complementares” o número da nota fiscal a que se refere o
recolhimento e o CNPJ do estabelecimento remetente.

Nos termos do § 8° do art. 426-A do RICMS-SP, O estabelecimento remetente da mercadoria,


localizado em outra unidade da Federação, poderá ser autorizado a recolher o imposto, até o dia 15
do mês subsequente ao da saída da mercadoria, mediante regime especial, concedido nos termos
do artigo 489 do RICMS-SP.

Observação importante:
O remetente que optar por recolher o ICMS Antecipado por GNRE e não possuir regime especial no
Estado de São Paulo deverá efetuar o preenchimento da guia em nome do contribuinte paulista.

6. Crédito do Imposto

6.1. Impossibilidade

Em regra, o contribuinte substituído, sendo assim considerado aquele que recebe a mercadoria com
o imposto já retido por substituição tributária cuja finalidade seja a comercialização posterior, não
poderá lançar crédito nas operações de entradas das mercadorias, nem mesmo fará lançamento a
débito, nos respectivos livros fiscais.

Observe-se que o substituído, ao receber produto com ICMS retido por substituição tributária para
revender, não creditará o imposto, porém não debitará ICMS por ocasião da venda, vez que o
responsável tributário já recolheu o imposto incidente pelas operações subsequentes a serem
realizadas no Estado de São Paulo pelos demais contribuintes até a operação com consumidor final.

6.2. Hipóteses de aproveitamento

O contribuinte poderá lançar crédito do ICMS, em sua escrita fiscal, quando adquirir mercadoria com
imposto retido por substituição tributária, somente nas hipóteses previstas na legislação.

Diante de alguma hipótese, o contribuinte substituído encontrará o valor do imposto a creditar,


aplicando sobre o valor da operação a alíquota prevista para a operação interna com a mercadoria
adquirida. O valor encontrado será lançado na coluna de “Operações com crédito do Imposto” no
livro Registro de Entradas ainda que o documento fiscal de aquisição não contenha o destaque do
imposto (art. 272 do RICMS-SP).

Proibida a reprodução total ou parcial, bem como a produção de apostilas a partir desta. 35
Atualizado até 20/07/10
Nota:
A Decisão Normativa CAT nº 1/01 - Dispõe sobre o direito ao crédito ICMS referente a aquisição de
insumos, ativo permanente, energia elétrica, serviços de transporte e de comunicações, combustível
e mercadoria para uso ou consumo, entre outras mercadorias.

6.2.1. Mercadoria adquirida para industrialização

Na hipótese em que uma indústria adquirir de um contribuinte substituído (que já recebeu a


mercadoria com o imposto retido), mercadoria para utilização no processo produtivo e, portanto, sem
o imposto destacado no documento fiscal, poderá calcular o valor do imposto aplicando sobre o valor
da operação a alíquota prevista para a operação interna com a mercadoria adquirida e lançar o
documento fiscal no livro Registro de Entradas com crédito do imposto (art. 272 do RICMS-SP).

No entanto, nos casos em que for adquirir mercadoria para utilização no processo produtivo
diretamente de contribuinte substituto (responsável pela retenção do imposto) deve informá-lo sobre
qual a finalidade da referida aquisição. Isso porque na aquisição de mercadoria para utilização em
processo industrial não cabe a aplicação do regime da substituição tributária, sujeitando a operação
à tributação do imposto pela regra comum, conforme disciplina o art. 264 inciso I do RICMS-SP.

6.2.2. Combustível

Da mesma forma, o combustível pode gerar direito a crédito do ICMS pelo seu adquirente. Sendo o
caso, o crédito será efetuado diretamente no livro Registro de Entradas do contribuinte, respeitando
a norma prevista no citado art. 272 do RICMS.

6.2.3. Ativo imobilizado

O contribuinte paulista ao adquirir ativo imobilizado, com o imposto retido por substituição tributária,
poderá efetuar o crédito do imposto, desde que atenda rigorosamente as regras para aproveitamento
do crédito especificamente disposto no art. 66 § 10 do RICMS-SP, que permite o crédito do imposto
em 48 parcelas.

Embora o imposto não esteja destacado em campo próprio do documento fiscal, o crédito poderá ser
efetuado na forma disciplinada pela Portaria CAT nº 41/03, alterada pela Portaria CAT nº 43/03.

O valor do imposto a ser creditado será encontrado por intermédio da aplicação do disposto no art.
272 do RICMS-SP, ou seja, aplicando sobre o valor da operação a alíquota prevista para a operação
interna com a mercadoria adquirida.

Relativamente ao diferencial de alíquotas recolhido por meio de GNRE em caso de aquisição


interestadual de ativo imobilizado, há entendimento, de que poderá ser efetuado o crédito, desde que
em 48 parcelas e controlado pelo CIAP adotando-se os mesmos procedimentos citados para o
crédito do ativo.

7. Ressarcimento do Imposto Retido


De acordo com o disposto no art. 269 do RICMS-SP, o contribuinte substituído poderá
ressarcir o imposto pago por substituição tributária nas seguintes situações:

a) Valor do imposto retido a maior

O contribuinte substituído poderá se ressarcir do valor do imposto retido a maior, correspondente à


diferença entre o valor que serviu de base à retenção e o valor da operação ou prestação realizada

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com consumidor ou usuário final, apenas na hipótese de a base de cálculo do imposto devido por
substituição tributária ter sido determinada por preço final a consumidor, único ou máximo,
autorizado ou fixado por autoridade competente, nos termos do art. 40-A do RICMS-SP.

No entendimento do fisco, na hipótese em que a base de cálculo do imposto devido por substituição
tributária seja fixada em razão de preço sugerido por fabricante ou importador ou da média
ponderada, apurados por levantamento de preços, este será o valor considerado como sendo o
preço praticado no mercado, não havendo, portanto, que se falar em ressarcimento da diferença
retida a maior do contribuinte.

Dessa forma, tendo em vista que a base de cálculo dos produtos sujeitos a substituição tributária no
Estado de São Paulo é determinada por preço sugerido por fabricante ou importador ou por média
ponderada, apurados por levantamento de preços a consumidor, não caberá ao contribuinte paulista
o direito à restituição do imposto retido a maior quando a venda a consumidor final ocorrer por preço
inferior ao que serviu como base de cálculo do ICMS retido por substituição tributária.

b) fato gerador presumido não realizado

O contribuinte paulista poderá se ressarcir do valor do imposto retido ou da parcela do imposto retido
relativo ao fato gerador presumido não realizado (exemplo: perecimento ou destinação ao ativo/uso).

c) isenção ou não incidência

O contribuinte paulista poderá se ressarcir do valor do imposto retido ou da parcela do imposto retido
relativo ao valor acrescido, referente à saída que promover ou à saída subsequente amparada por
isenção ou não-incidência.

Neste caso o remetente, observado o disposto no artigo 274, acrescentará no campo "Informações
Complementares" do documento fiscal a seguinte indicação: "A Substituição Tributária Não Inclui a
Operação do Destinatário - Art. 269 do RICMS";

d) saída para outra Unidade da Federação

Poderá o contribuinte paulista se ressarcir do valor do imposto retido ou da parcela do imposto retido
em favor deste Estado, referente a operação subsequente, quando promover saída para
estabelecimento de contribuinte situado em outro Estado.

Além das hipóteses citadas anteriormente o valor do imposto a ser ressarcido poderá ainda ser
utilizado para liquidação de débito fiscal do estabelecimento ou de outro do mesmo titular ou do valor
do imposto retido a maior, na hipótese de superveniente redução da carga tributária incidente sobre
a operação ou prestação final com a mercadoria ou serviço. (§ 2º e 3º do art. 270 do RICMS-SP)

Para fins de apuração da parcela do imposto retido, conforme as situações descritas nas letras “b” a
“d” citadas anteriormente, considerar-se-á:

1 - imposto retido, o valor informado pelo remetente, quando a mercadoria tiver sido recebida
diretamente do sujeito passivo por substituição;

2 - parcela do imposto retido:

a) o valor resultante da aplicação da alíquota interna sobre a diferença entre a base de cálculo da
retenção e o valor da base de cálculo que seria atribuída à operação própria do contribuinte
substituído do qual foi recebida a mercadoria, caso estivesse submetida ao regime comum de
tributação;

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b) quando a desoneração por isenção ou não incidência referir-se à saída subsequente, o valor
resultante da aplicação da alíquota interna sobre a diferença entre a base de cálculo da retenção e o
valor da base de cálculo que seria atribuída à operação própria do contribuinte substituído que a
estiver promovendo, caso estivesse submetida ao regime comum de tributação.

Para efeito de ressarcimento do imposto retido, o contribuinte substituído deverá observar as


disposições da Portaria CAT nº 17/99, bem como, adotar o procedimento previsto nos arts.
269 a 271 do RICMS-SP, aprovado pelo Decreto nº 45.490/00.

7.1. Operações interestaduais – Imposto retido

O contribuinte paulista que tendo recebido mercadoria com o imposto retido por substituição
tributária e vier a efetuar a saída da mercadoria para outra unidade da Federação poderá se
ressarcir do valor do imposto retido ou da parcela do imposto retido em favor deste Estado,
referente a operação subsequente, quando promover saída para estabelecimento de
contribuinte situado em outro Estado (art. 269 do RICMS-SP).

O ressarcimento do valor do imposto retido ou da parcela do imposto retido, previsto no


inciso IV do artigo 269 não impedirá o aproveitamento do crédito pelo contribuinte
substituído, quando admitido, do imposto incidente sobre a operação de saída promovida
pelo sujeito passivo por substituição, mediante lançamento no livro Registro de Apuração do
ICMS, no quadro "Crédito do Imposto - Outros Créditos", com a expressão "Crédito Relativo
à Operação Própria do Substituto".

Na hipótese de a mercadoria ter sido recebida de outro contribuinte substituído, o valor do


imposto incidente até a operação anterior será calculado mediante aplicação da alíquota
interna sobre a base de cálculo que seria atribuída à operação própria do remetente, caso
estivesse submetida ao regime comum de tributação.

O valor do crédito a que se refere o parágrafo anterior não poderá ser superior ao resultante
da aplicação da alíquota interna sobre o valor da base de cálculo da retenção efetuada pelo
sujeito passivo por substituição.

7.2. Forma de obtenção do ressarcimento

Para obtenção do ressarcimento o contribuinte poderá adotar as seguintes modalidades:

a) Compensação Escritural: conjuntamente com a apuração relativa às operações


submetidas ao regime comum de tributação, mediante lançamento no livro Registro
de Apuração do ICMS;
b) Nota Fiscal de Ressarcimento: quando a mercadoria tiver sido recebida diretamente
do estabelecimento do sujeito passivo por substituição, mediante emissão de
documento fiscal, que deverá ser previamente visado pela repartição fiscal, indicando
como destinatário o referido estabelecimento e como valor da operação aquele a ser
ressarcido;
c) Pedido de Ressarcimento: mediante requerimento à Secretaria da Fazenda.

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8. Devolução de Mercadoria Sujeita a Substituição Tributária
Em caso de devolução de mercadoria o substituto tributário deverá escriturar o documento
fiscal relativo a devolução no Livro Registro de Entradas em atendimento ao disposto no art.
276 do RICMS/00 da seguinte forma:

a) relativamente a operação própria, registrar o documento com utilização das colunas


próprias inclusive no que se refere ao crédito do imposto;
b) na coluna Observações, na mesma linha do lançamento do documento fiscal de
devolução o valor da base de cálculo e o do imposto Retido Relativos à Devolução,
com utilização de colunas distintas para essas indicações sob o título comum
“Substituição Tributária”

Os valores constantes na coluna relativa ao imposto retido serão totalizados no último dia do
período de apuração para lançamento no livro Registro de Apuração do ICMS na folha
destinada à apuração do ICMS devido por substituição tributária no campo "Por Entradas
Com Crédito do Imposto".

Nos termos da Decisão Normativa CAT nº 04/10, a nota fiscal de devolução emitida pelo
contribuinte substituído para acompanhar a mercadoria até o estabelecimento substituto
tributário será emitida com débito do imposto relativo a operação própria (destacado na nota
fiscal do fornecedor), devendo mencionar no campo destinado a “Informações
Complementares” a situação de que se trata de devolução de mercadoria sujeita a
substituição tributária, indicando o artigo do RICMS que trata da aplicação do regime para o
produto, o valor do imposto retido, e sua base de cálculo, bem como o número e data da
nota fiscal que deu origem à devolução.

Neste caso, tendo em vista que o contribuinte substituído ao dar entrada na mercadoria em
seu estabelecimento não lança crédito de imposto e que a devolução será efetuada com
débito de ICMS relativo a operação própria do substituto com a finalidade de anular os
efeitos da operação anterior e permitir ao contribuinte substituto a recuperação do imposto
debitado por ocasião da saída da mercadoria, o substituído anulará o valor do débito do
imposto efetuando um lançamento a crédito no Livro Registro de Apuração do ICMS no
quadro “Outros Créditos”, correspondente ao valor do imposto destacado na nota fiscal de
devolução. O lançamento a crédito no Livro Registro de Apuração do ICMS e
conseqüentemente na GIA poderá ser fundamentado por meio do art. 59 do RICMS-SP que
assegura ao contribuinte paulista o direito ao crédito do imposto debitado na operação
anterior na hipótese em que a saída da mercadoria seja tributada de ICMS.

Tratando-se de devolução em operações interestaduais, poderá ser emitida nota fiscal


exclusivamente para essa finalidade, em nome do estabelecimento fornecedor que tenha
retido originalmente o imposto, que de posse da NF, visada poderá deduzir o valor do
imposto retido, do próximo recolhimento à unidade federada do contribuinte que tiver direito
ao ressarcimento (Convênio ICMS Nº 81/93, Clausula Quarta).

Em substituição a sistemática prevista nesta cláusula, ficam os Estados e o Distrito Federal


autorizados a estabelecer forma diversa de ressarcimento.

No caso de devolução de contribuinte substituído para outro contribuinte substituído será


emitida nota fiscal de devolução sem destaque do imposto indicando em “Informações

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Complementares” a expressão “Imposto recolhido por substituição tributária – Art. .... do
RICMS/SP” bem como o número e data da nota fiscal que deu origem a devolução.

9. Levantamento do Estoque
O estabelecimento paulista contribuinte do ICMS que possuir em estoque mercadorias
recebidas sem a retenção do imposto deverá no dia imediatamente anterior a entrada em
vigor do regime de substituição tributária efetuar o levantamento do estoque para fins de
apuração e pagamento do valor do imposto devido em razão da aplicação do regime.

Desde 2008 o Estado de São Paulo tem inserido na legislação do ICMS a aplicação do
regime para diversos produtos.

A seguir elaboramos quadro sinótico contendo o histórico dos decretos que incluíram os
produtos no regime de substituição tributária, desde janeiro/2008, com datas de
levantamento, datas de entrega do arquivo magnético e data de recolhimento da última
parcela.

Recolhimento
Data do Envio do
Produtos Decreto da última
levantamento arquivo digital
parcela
1. medicamentos, bebidas 52.665/08 31/01/2008 15/05/2008 31/12/2008
alcoólicas (exceto cerveja e chope)
produtos de perfumaria e de higiene
pessoal relacionados no § 1º itens 1
a 10 do art. 313-G do RICMS-SP
2. produtos de higiene pessoal 52.847/08 31/03/2008 15/05/2008 31/12/2008
relacionados no § 1º itens 11 a 19
do art. 313-g do RICMS-SP ração
animal, produtos de limpeza,
produtos fonográficos, autopeças
(produtos relacionados na forma do
decreto nº 52.920/08), pilhas e
baterias, lâmpadas elétricas, papel,
e contraceptivos classificados na
subposição 3006.60 NBM/SH
3. produtos da indústria alimentícia 52.942/08 30/042008 15/06/2008 30/01/2009
e de materiais de construção e
congêneres
4. autopeças 53.041/08 31/05/2008 15/07/2008 31/12/2008
5. autopeças 53.627/08 31/10/2008 15/12/2008 30/04/2009
6. autopeças 53.745/08 31/11/2008 15/01/2009 30/06/2009
7. tintas, vernizes e outras 53.832/08 31/12/2008 15/02/2009 31/07/2009
mercadorias da indústria química
8. medicamentos, produtos de 53.625/08 28/02/2009 15/04/2009 31/01/2010
higiene pessoal, produtos de
limpeza, produtos da indústria
alimentícia e materiais de
construção e congêneres
9. produtos de colchoaria, 54.169/09 31/03/2009 15/05/2009 28/02/2010
ferramentas, bicicletas e suas

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partes, e instrumentos musicais
10.. brinquedos, máquinas e 54.289/09 30/04/2009 15/06/2009 31/03/2010
aparelhos mecânicos, elétricos,
eletromecânicos e automáticos,
produtos de papelaria, artefatos de
uso doméstico e materiais elétricos
11. produtos eletrônicos, 54.352/09 31/05/2009 15/07/2009 30/04/2010
eletroeletrônicos e eletrodomésticos
12. produtos de higiene pessoal; 54.491/09 16/06/2009 15/08/2009 31/05/2010
produtos de limpeza e lâmpadas
elétricas
13. máquinas e aparelhos 55.380/10 31/12/2009 15/02/2010 30/11/2010
mecânicos, elétricos,
eletromecânicos e automáticos
14. Produtos Eletrônicos, 55.906/10 30/06/2010 15/08/2010 31/05/2011
Eletroeletrônicos e Eletrodomésticos

REGRA COMUM A TODOS OS PRODUTOS

Em todos os casos, o estabelecimento deverá:

a) efetuar a contagem do estoque dessas mercadorias;

b) elaborar relação, indicando, para cada item:

b.1) o valor das mercadorias em estoque e a base de cálculo para fins de incidência do
ICMS, considerando a entrada mais recente da mercadoria;

b.2) a alíquota interna aplicável;

b.3) o valor do imposto devido, calculado conforme o tópico “Cálculo do Imposto”;

b.4) o correspondente código na Nomenclatura Brasileira de Mercadorias - Sistema


Harmonizado (NBM/SH);

9.1. Estabelecimentos desobrigados do levantamento de estoque

O estabelecimento de fabricante ou de importador ou arrematante de mercadoria importada


do exterior e apreendida, localizado no Estado de São Paulo na condição de sujeito passivo
por substituição tributária, ou seja, responsável pela retenção e recolhimento do imposto por
substituição tributária não estará obrigado a efetuar o levantamento de estoque.

Exemplo:

a) Fabricante paulista de autopeças – autopeças de sua produção = não levantar estoque (o


ICMS devido por substituição tributária será calculado e retido por ocasião da saída da
mercadoria).

b) Fabricante paulista de autopeças – autopeças adquiridas de outro Estado = não levantar


o estoque (neste caso a obrigatoriedade de retenção e recolhimento do imposto cabe ao
fabricante por ocasião da saída da mercadoria).

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Atualizado até 20/07/10
9.2. Transmissão de arquivo digital

No caso de estabelecimento sujeito ao Regime Periódico de Apuração (RPA), deverá


transmitir, arquivo digital à Secretaria da Fazenda, conforme leiaute por ela estabelecido
contido na Portaria CAT nº 44/08, contendo a relação de mercadorias, nos prazos
determinados nos respectivos Decretos que estabelecem a obrigatoriedade de sua entrega.

Quando se tratar de estabelecimento sujeito ao regime SIMPLES Nacional, não será


transmitido arquivo digital, basta apenas que a referida relação, seja mantida em arquivo,
pelo prazo de cinco anos, para apresentação ao fisco, quando solicitado.

O arquivo digital deverá (art. 1º, §§ 1º e 2º da Portaria CAT nº 44/08):

a) ser elaborado no formato texto com a extensão ".txt" e campos delimitados pelo
caractere delimitador "|" ("pipe" ou barra vertical: caractere 124 da Tabela ASCII);

b) ser validado e ter a mídia para entrega gerada pelo programa "Validador do Arquivo
dos Estoques", a ser disponibilizado para "download" no endereço eletrônico
http://www.pfe.fazenda.sp.gov.br;

c) após sua validação, ser transmitido à Secretaria da Fazenda, mediante a utilização do


"Programa de Transmissão - TED", versão 3.11.0 ou superior, disponível para
"download" no endereço eletrônico <http://www.pfe.fazenda.sp.gov.br> ou
<http://www.fazenda.sp.gov.br>, na opção Sintegra > Download do Sintegra.

O número do protocolo de transmissão e a data do envio do arquivo digital deverão ser


registrados no Livro de Registro de Utilização de Documentos Fiscais e Termos de
Ocorrência - modelo 6.

9.2.1. Observações quanto a entrega do arquivo magnético

Caso o contribuinte envie o arquivo digital dos estoques com informação errada, poderá
substituí-lo integralmente. Basta enviar outro arquivo digital dos estoques constando no
campo “Código da Finalidade do Arquivo Magnético” o código “2” que se refere à
substituição total do arquivo enviado anteriormente.

Caso o contribuinte envie o arquivo digital dos estoques faltando informações não há a
opção de complementar as informações do arquivo anteriormente enviado. Neste caso terá
que enviar outro arquivo digital com todas as informações dos estoques, constando no
campo “Código da Finalidade do Arquivo Magnético” o código “2” que se refere à
substituição total do arquivo enviado anteriormente.

9.3. Cálculo do Imposto

O valor do imposto devido pela operação própria e pelas subsequentes será calculado com
base no Índice de Valor Adicionado Setorial - IVA-ST divulgado pela Secretaria da Fazenda
por meio de Portarias CAT utilizando-se a seguinte fórmula:

Proibida a reprodução total ou parcial, bem como a produção de apostilas a partir desta. 42
Atualizado até 20/07/10
a) contribuinte sujeito ao Regime Periódico de Apuração - RPA:

Imposto devido = (base de cálculo x alíquota interna) + (base de cálculo x IVA-ST


x alíquota interna)

Exemplo (autopeças):

Base de cálculo 1.000,00


Alíquota interna 18% Imposto devido
IVA-ST 26,50% 227,70

(1.000,00 X 18%) + (1.000,00 X 26,50% X 18%)


180,00 + (265,00 X 18%)
180,00 + 47,70 = 227,70

b) contribuinte sujeito ao “SIMPLES Nacional”:

Imposto devido = (base de cálculo x IVA-ST) x alíquota interna

Exemplo (autopeças):

Base de cálculo 1.000,00


Imposto devido
Alíquota interna 18%
47,70
IVA-ST 26,50%

(1.000,00 X 26,50%) X 18% = 47,70

9.3.1. Existência de preço final a consumidor

Em caso de existir preço final a consumidor divulgado pela Secretaria da Fazenda, o valor
do imposto devido pela operação própria e pelas subsequentes deverá ser calculado
conforme a seguir:

a) em se tratando de contribuinte sujeito ao Regime Periódico de Apuração – RPA,


utilizando-se a seguinte fórmula:

Imposto devido = base de cálculo x alíquota interna

Exemplo (bebida – “amarula”):

Base de cálculo (preço final 1.044,60 (52,23 x 20 – quantidade


ao consumidor fixado pela de mercadoria no estoque) Imposto devido
Sefaz – 52,23) 261,15
Alíquota interna 25%

Proibida a reprodução total ou parcial, bem como a produção de apostilas a partir desta. 43
Atualizado até 20/07/10
1.044,60 X 25% = 261,15
b) em se tratando de contribuinte sujeito ao “Simples Nacional”:

Imposto devido = (base de cálculo da saída - base de cálculo da entrada) x


alíquota interna

Base de cálculo da saída (preço final 1.044,60 (52,23 x 20 -


ao consumidor fixado pela SEFAZ – quantidade de
Imposto devido
52,23) mercadoria no estoque)
61,15
Alíquota interna 25%
Base de cálculo da entrada 800,00

(1.044,60 – 800,00) X 25% = 61,15

A base de cálculo da saída será o preço final a consumidor, divulgado pela Secretaria da
Fazenda.

Em relação ao contribuinte optante do SIMPLES Nacional desconsideram-se os itens em


que a base de cálculo da entrada for igual ou superior à base de cálculo da saída.

Na hipótese de bebidas alcoólicas e produtos alimentícios o optante do regime especial


atribuído às empresas de fornecimento de alimentação ou preparação de refeições coletivas
poderá utilizar a mesma fórmula prevista na letra “b” para calcular o imposto relativo à
substituição tributária desde que cumulativamente atenda aos seguintes requisitos:

a) exerça a atividade econômica de fornecimento de alimentação;


b) seja optante pelo regime especial de tributação instituído pelo Decreto nº 51.597/07;
c) não tenha efetuado o crédito do imposto relativamente à entrada de mercadorias.

Observação:
O Decreto nº 51.597/07 instituiu o regime especial de tributação aplicável ao contribuinte do
ICMS que exerça a atividade de fornecimento de alimentação e empresas preparadoras de
refeições coletivas, desde que utilize Equipamento Emissor de Cupom Fiscal (ECF) ou Nota
Fiscal emitida por sistema eletrônico de processamento de dados. O regime consiste na
apuração do imposto devido mensalmente mediante a aplicação do percentual de 3,2%
sobre a receita bruta auferida no período, em substituição a apuração normal do ICMS.

9.3.2. Saldo credor – Dedução sobre o imposto a pagar

O contribuinte sujeito ao Regime Periódico de Apuração (RPA) detentor de saldo credor na


data estabelecida para o levantamento do estoque, poderá utilizá-lo para deduzir, no todo ou
em parte, o imposto a recolher relativo a substituição tributária, observando-se além das
demais exigências:

a) o valor do saldo credor utilizado para pagar o imposto calculado relativo a substituição
tributária deverá ser discriminado no final da relação a que se refere a letra “b” do
tópico 24;

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b) o montante de saldo credor utilizado para pagamento do imposto devido por
substituição tributária deve ser lançado no Livro Registro de Apuração do ICMS
(RAICMS), na folha destinada à apuração das operações e prestações próprias do
período em que ocorrer o levantamento de estoque, no campo “Estorno de Crédito”
do quadro “Débito do Imposto”, com a indicação da expressão “Liquidação (Parcial ou
Total) do imposto devido por substituição tributária relativo ao estoque existente em
___/___/__- - Decreto __________”.

Ressalte-se que o saldo credor somente poderá ser utilizado para abatimento no pagamento
do imposto devido a título de substituição tributária relativo ao valor apurado no
levantamento de estoque, portanto não poderá ser utilizado para abatimento do imposto
em relação as operações praticadas após a data definida para o levantamento do
estoque.

O valor do saldo credor utilizado deverá ser informado no Registro tipo 3 do Anexo I da
Portaria CAT nº 44/08.

9.4. Recolhimento do Imposto

O recolhimento do valor do imposto devido em razão da operação própria e das


subsequentes deverá ser efetuado por meio de Guia de Arrecadação Estadual (GARE –
ICMS) com o código 063-2 (Recolhimentos Especiais), conforme determina o art. 1º inciso II
da Portaria CAT nº 44/08.

9.5. Prazo de pagamento – Parcelamento – Lançamento no RAICMS

Cada um dos Decretos que estabelecem a obrigatoriedade de levantamento do estoque


trazem também a hipótese de parcelamento do débito, alguns em 6 parcelas e outros em 10
parcelas (veja quadro resumo no tópico 9). Referidas parcelas tem vencimento no último dia
útil de cada mês.

O valor do imposto devido e recolhido deverá ser lançado no livro Registro de Apuração do
ICMS (RAICMS), na folha destinada à apuração das operações e prestações próprias do
período em que ocorrer o efetivo recolhimento, com a correspondente transcrição na GIA,
conforme segue:

a) no campo "Outros Débitos" do quadro "Débito do Imposto", com a expressão


"Imposto devido e recolhido por substituição tributária relativo ao estoque existente
em __/__/__ - Decreto ___.";

b) no campo "Outros Créditos" do quadro "Crédito do Imposto", com a expressão


"Imposto recolhido por substituição tributária relativo ao estoque existente em
__/__/__ - Decreto ___.".

Na hipótese de haver recolhimento parcelado do imposto devido, os lançamentos


mencionados nas letras “a” e “b” deverão ser efetuados no período em que ocorrer o efetivo
recolhimento da parcela, com a indicação do número da parcela na expressão a constar nos
campos "Outros Débitos" e "Outros Créditos".

Proibida a reprodução total ou parcial, bem como a produção de apostilas a partir desta. 45
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10. Segmentos da Economia Paulista Sujeitos ao Regime de Substituição
Tributária
Produtos (segmentos) sujeitos à substituição tributária no Estado de São Paulo,
relacionados nos arts. 313-A a 313-Z20 do RICMS-SP:

Produto Base Legal


1 - Medicamentos e contraceptivos de uso humano Art. 313-A do RICMS-SP
2 - Bebida alcoólica, exceto cerveja e chope Art. 313-C do RICMS-SP
3 - Produtos de perfumaria Art. 313-E do RICMS-SP
4 - Produtos de higiene pessoal Art. 313-G do RICMS-SP
5 - Rações tipo pet Art. 313-I do RICMS-SP
6 - Produtos de limpeza Art. 313-K do RICMS-SP
7 - Fonográficos Art. 313-M do RICMS-SP
8 - Autopeças Art. 313-O do RICMS-SP
9 - Pilhas e baterias Art. 313-Q do RICMS-SP
10 - Lâmpadas e reatores Art. 313-S do RICMS-SP
11 - Papel Art. 313-U do RICMS-SP
12 - Produtos da indústria alimentícia Art. 313-W do RICMS-SP
13 - Materiais de construção Art. 313-Y do RICMS-SP
14.- Produtos de colchoaria Art. 313-Z1 do RICMS-SP
15 - Ferramentas Art. 313-Z3 do RICMS-SP
16 - Bicicletas Art. 313-Z5 do RICMS-SP
17 - Instrumentos musicais Art. 313-Z7 do RICMS-SP
18 - Produtos de papelaria Art. 313-Z13 do RICMS-SP
19 - Produtos eletrônicos, eletroeletrônicos e Art. 313-Z19 do RICMS-SP
eletrodomésticos
20 - Máquinas e aparelhos mecânicos, elétricos, Art. 313-Z11 do RICMS-SP
eletromecânicos e automáticos
21 - Materiais elétricos Art. 313-Z17 do RICMS-SP
22 - Artefatos de uso doméstico Art. 313-Z15 do RICMS-SP
23 - Brinquedos Art. 313-Z9 do RICMS-SP

Produtos (segmentos) sujeitos à substituição tributária no Estado de São Paulo,


relacionados nos demais arts do RICMS-SP:

Produto Base Legal


1 - Cigarros e derivados do fumo Art. 289 do RICMS-SP
2 - Cimento Art. 291 do RICMS-SP
3 Refrigerante, cerveja, chope e água Art. 293 do RICMS-SP
4 - Sorvete Art. 295 do RICMS-SP
5 - Frutas Art. 297 do RICMS-SP
6 - Pneumáticos e afins Art. 310 do RICMS-SP
7 - Tintas, vernizes e outros produtos da indústria Art. 312 do RICMS-SP
química
8 – Veículos Art. 301 do RICMS-SP
9 – Veículos de duas rodas Art. 299 do RICMS-SP
10 - Combustíveis Arts. 411 a , 422 do RICMS-SP

Proibida a reprodução total ou parcial, bem como a produção de apostilas a partir desta. 46
Atualizado até 20/07/10

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