CARDIOLOGIA
PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA .............................................................................................. 33
VENTILAÇÃO MECÂNICA............................................................................................................. 65
SEPSE ............................................................................................................................................ 73
HEMOTRANSFUSÃO .................................................................................................................... 97
NEFROLOGIA
DISTÚRBIOS DO SÓDIO ............................................................................................................. 103
INFECTOLOGIA
PNEUMOLOGIA ENDOCARDITE INFECCIOSA......................................................................................................499
PNEUMONIA BACTERIANA........................................................................................................283
HIPERTIREOIDISMO.................................................................................................................... 397
ONCOLOGIA
GASTROENTEROLOGIA RASTREAMENTO DE CÂNCER.....................................................................................................577
ASCITE.......................................................................................................................................... 421
LUPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO ............................................................................................721 Porque ele é diferente? Cada detalhe foi pensado:
Representa a conduta, o tópico mais imediato ou emergencial, o qual não pode ser jamais
negligenciado ou deixado de ser feito naquele momento!
A decisão complementar, os exames a serem solicitados e as informações sobre o quadro clíni-
co das patologias.
As classificações das doenças, os fatores de risco e classificações de estratificação.
Eles foram elaborados pensando-se numa atuação passo-a-passo, ou seja, na assistência se-
quencial e continua do médico diante do paciente. Portanto, não é um mero resumo de informa-
A PRESCRIÇÃO MÉDICA
ções mas sim um fluxo a ser utilizado na assistência, emergências e ambulatórios.
A sua disposição e formato são mais uma inovação. Os bulários ficam ao fim de cada capítulo,
CONCEITOS INCIAIS
facilitando o acesso imediato e contextualizado. Constam apenas de informações úteis e práticas:
A receita médica é definida como uma prescrição escrita de medicamento, contendo orientação de uso para
diluição das drogas, dose inicial, dose máxima, uso na gravidez, principais nomes comerciais, ajus-
o paciente, efetuada por profissional legalmente habilitado, quer seja de formulação magistral ou de produto
tes, contraindicações e principais efeitos adversos. industrializado.
Saber prescrever de forma correta é o resultado de um acúmulo de habilidades, conhecimento e sabedoria neces-
Nós, autores e editores, desejamos que este livro consiga cumprir o papel a que se propõe, pro- sários ao bom exercício da medicina.
movendo o acesso rápido à informação e melhorando a qualidade da atuação médica.
PRESCRIÇÃO RACIONAL DE MEDICAMENTOS
O uso racional de medicamentos ocorre quando se prescreve o remédio necessário, na dose correta, por um
tempo adequado e no menor custo para ele e para a comunidade.
O médico deverá ser preciso e ter um grau de certeza do diagnóstico de forma etiológica,
DIAGNÓSTICO anatômica e funcional, ou apenas um diagnóstico sindrômico. É importante saber também
se o diagnóstico é único ou prioritário.
Saber qual é a gravidade, o prognóstico e as repercussões físicas, emocionais e sociais da
DOENÇA doença são fatores importantes. Também se há possibilidade de cura ou apenas de contro-
le além dos fatores agravantes e precipitantes.
Conhecer a realidade econômica, social e cultural da família. Notar o nível de instrução
do paciente, capacidade de entender e seguir as orientações e prescrições. Além disso,
PACIENTE
informar-se sobre alergias e intolerâncias, e evitar tratamentos que possam piorar a doença
do paciente.
Considerar a especificidade, contraindicações e efeitos colaterais. Se o tratamento será
TRATAMENTO curativo ou apenas sindrômico, como também a variedade e disponibilidade de alternati-
vas. E a natureza do tratamento: se clínico ou cirúrgico.
Se ambulatorial: notar a capacidade do paciente e sua família na diferenciação, manejo,
LOCAL DE
administração dos medicamentos e capacidade de identificar possíveis efeitos adversos. Se
TRATAMENTO
hospitalar: conhecer os recursos do serviço.
Ter conhecimento sobre os riscos e benefícios das opções terapêuticas, qual o risco de
RISCO DO
um uso incorreto e intoxicação. Cabe ao médico o total conhecimento acerca de todos os
TRATAMENTO
efeitos colaterais.
Saber quais as alternativas mais baratas, onde se fornece gratuitamente ou de baixo custo e
CUSTO
o preço dos medicamentos em uso por tratamento ou por mês.
Resumindo
Defina o problema → Especifique os objetivos → Selecione o tratamento mais eficaz e o mais seguro →
Prescreva, incluindo medidas medicamentosas e não medicamentosas → Informe e tire dúvidas do paciente
→ Monitore o tratamento proposto.
RECEITA SIMPLES Quantidade máxima: 5 ampolas ou quantidade correspondente no máximo a 60 dias de tratamento para as
YELLOWBOOK
demais formas farmacêuticas
Medicamentos anódinos (de venda livre)
Medicamento de tarja vermelha, com os dizeres venda sob pres- B1
crição médica
B2
PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA
Dra. Allana Silveria / Dr. Clístenes Queiroz /
Dr. João Kleber Menezes / Dr. José Sarmento Cardoso / Dr. Marconi Cedro
INICIE O RCP
Conseguir acesso EV ou IO
RITMO CHOCÁVEL?
CHECAR RITMO
FV/TVSP Assistolia/AESP
Considerar via aérea avançada e Capnografia
1
Adrenalina a cada 3-5 min
RCP por 2 minutos
Assim que acesso venoso disponível
DESFIBRILAÇÃO
CHECAR PULSO
CHECAR PULSO
Amiodarona: se refratário à desfibrilação. 1ª dose: 300 mg EV em bolus. 2ª dose: 150 mg EV em bolus. * Iniciar após o primeiro ciclo que for refratário à desfibrilação
e fazer no máximo 2 doses, sendo cada dose após um ciclo. Adrenalina: dose: 1 mg EV em bolus.
Legenda IO: intraósseo. EV: endovenoso. AESP: atividade elétrica sem pulso. RCP: reanimação cardiopulmonar.
Desfibrilação
(200J se bifásico ou 360J se monofásico)
H T
Evitar excesso de ventilação: relação compressão-ventilação 30:2 sem IOT e 10 vent/min caso via aérea
avançada. Hidrogênio (acidose) "Tem pneumotórax"
Hipo/Hipercalemia Trombose coronariana
Alterne a pessoa que faz compressões a cada 2 minutos.
Hipotermia Tamponamento cardíaco
A RCP deve ser reiniciada imediatamente após o choque.
Minimização das interrupções nas compressões torácicas.
Após administração das drogas, em via periférica, segue-se 20 mL de água destilada EV em bolus com o
membro elevado. INTERVENÇÃO PARA AS CAUSAS REVERSÍVEIS
Se paciente estiver conectado à ventilação mecânica, não esqueça de desconectá-lo e realizar a ventilação CONDIÇÃO INTERVENÇÃO
com ambú através do tubo traqueal. HIPOVOLEMIA Infusão de fluido cristaloide
HIPÓXIA O2 a 100% + ventilação com ambú OU via aérea avançada
Continua →
ADRENALINA
(Amina Vasoativa)
Apresentação - Ampolas de 1ml contendo 1mg/ml.
COMO USAR
Via Dose/Posologia Diluição Nome Comercial
Endovenosa - EV 1mg em bolus Em 9ml de SF 0,9% Hydren®; Adren®; Adrenalina®
TORSADES DE POINTS Ajuste Renal Outros Ajustes Gravidez
Subtipo de taquicardia ventricular polimórfica que ocorre em pacientes com prolongamento de QT Não precisa Não existem C
(adquirido ou congênito) CONTRAINDICAÇÕES
Tratamento: Desfibrilação 200J (bifásico) + 2g de MgSO4 No contexto de uma parada cardiorrespiratória, não existem contraindicações absolutas ao seu uso.
(20mL se a 10% ou 4mL se a 50%) em 10mL de SG 5% em bolus
Sempre solicite um ECG 12 derivações pós-PCR Via Dose/Posologia Diluição Nome Comercial
Solicitar vaga em UTI, manter paciente sob cuidados intensivos Endovenosa - EV 100mg em BIC em 2h 50mg em 100 ml SG 5% Actilyse®
Ajuste Renal Outros Ajustes Gravidez
RCP >30min, sem ritmo de perfusão sustentado Hipersensibilidade a Alteplase ou a qualquer componente da formulação, qualquer hemorragia intracrania-
na prévia, lesão vascular cerebral estrutural conhecida (por exemplo, MAV), neoplasia maligna intracraniana
ETCO2 ≤10mmHg por ≥20 minutos conhecida (primária ou metastática), AVC isquêmico dentro de 3 meses, salvo acidente vascular cerebral is-
CONSIDERAR
Ritmo inicial de assistolia quêmico em até 3 horas, suspeita de dissecção aórtica, sangramento ativo ou diátese hemorrágica (excluída
menstruação), traumatismo craniano grave ou traumatismo facial nos últimos 3 meses.
Intervalo prolongado entre o tempo de PCR e início de RCP
Idade e comorbidades do paciente
Reflexos de tronco cerebral ausentes
1. Advanced Cardiovascular Life Suport (ACLS): 2015 American Heart Association Guidelines for Cardiopulmonary Resuscita-
tion and Emergency Cardiovascular Care.
ABORDAGEM INICIAL DO PACIENTE GRAVE
2. Advanced Cardiovascular Life Suport (ACLS): 2010 American Heart Association Guidelines for Cardiopulmonary Resuscita-
tion and Emergency Cardiovascular Care.
3. (Up to date - 2014)Advanced cardiac life suport (ALCS) in adults - Pozner, Charles.
Dr. Clistenes Queiroz / Dra. Kelly Reiner / Dr. Marconi Cedro / Dra. Renata Cerqueira
4. (Up to date - 2015) Supportive data for advanced cardiac life support in adults with sudden cardiac arrest. - Pozner,
Charles.
IDENTIFICAR O PACIENTE POTENCIALMENTE CRÍTICO
Repercussão em um dos três grandes sistemas:
RESPIRATÓRIO CARDIOVASCULAR
Insuficiência respiratória Aguda IAM, choque e taquiarritmias
O PACIENTE CRÍTICO
ACHADOS EMERGENCIAIS:
• Precordialgia ou dor torácica;
ALTERAÇÃO DE SINAIS VITAIS: • Febre com suspeita de neutro-
• FR >36 irpm ou <8 irpm ou uso penia;
REBAIXAMENTO DO
de musculatura acessória; • Suspeita de obstrução de via
NÍVEL DE CONSCIÊNCIA
• SatO2 <90%; aérea;
(queda de ≥2 pontos na
• FC >130 bpm ou <40 bpm; • Alterações neurológicas agudas;
Escala de Coma de Glasgow)
• PAS <90 mmHg; • Intoxicação aguda;
• Enchimento capilar >3 segundos. • Hematêmese, enterorragia e
hemoptise;
• Dor intensa.