MANUTENÇÃO
DE REDES DE
DISTRIBUIÇÃO
DE ENERGIA
ELÉTRICA
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA – CNI
Conselho Nacional
MANUTENÇÃO
DE REDES DE
DISTRIBUIÇÃO
DE ENERGIA
ELÉTRICA
©2014. SENAI Departamento Nacional
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Lista de figuras, quadros e tabelas
Figura 1 - Estrutura curricular do curso de
Eletricista de redes de distribuição de energia Elétrica........................................................................................12
Figura 2 - Eletricista executando serviço em rede de distribuição...................................................................20
Figura 3 - Defeito na rede aérea....................................................................................................................................22
Figura 4 - Termovisor digital...........................................................................................................................................29
Figura 5 - Fenômenos naturais - raios sobre a cidade...........................................................................................46
Figura 6 - Manutenção em linha morta......................................................................................................................49
Figura 7 - Homem realizando manutenção preventiva........................................................................................51
Figura 8 - Posicionamento da escada em relação ao poste................................................................................62
Figura 9 - Ancoragem inferior de escada em poste...............................................................................................63
Figura 10 - Caminhão de pequeno porte com cesto aéreo................................................................................64
Figura 11 - Estabilizadores (sapatas do sistema cesto aéreo).............................................................................65
Figura 12 - Sistema de alavancas de acionamento hidráulico...........................................................................66
Figura 13 - Guindauto.......................................................................................................................................................67
Figura 14 - Escada no caminhão...................................................................................................................................68
Figura 15 - Caminhão com escadas laterais..............................................................................................................68
Figura 16 - Poda com motosserra.................................................................................................................................71
1 Introdução.........................................................................................................................................................................11
2 Planejamento...................................................................................................................................................................15
2.1 Etapas do planejamento...........................................................................................................................16
2.2 Cuidados no planejamento......................................................................................................................19
5. Utilização de escadas extensíveis e veículo com cesto aéreo para manutenção de RDA..................60
5.1 Escadas de extensão...................................................................................................................................60
5.2 Operações de veículo com cesto aéreo...............................................................................................63
5.2.1 Procedimentos operacionais.................................................................................................64
5.3 Caminhão com braço hidráulico ou guindauto................................................................................66
5.4 Caminhão com escada central giratória e escadas removíveis...................................................67
5.5 Saúde e segurança no trabalho, preservação do meio ambiente
e conservação de ferramentas e equipamentos.....................................................................................69
5.6 Podas de vegetação em manutenção de RDA..................................................................................70
5.6.1 Atividades de supressão ou corte de vegetação ...........................................................70
5.6.2 A legislação..................................................................................................................................71
5.7 Classificação dos resíduos........................................................................................................................73
Referências............................................................................................................................................................................77
Minicurrículo do autor......................................................................................................................................................79
Índice......................................................................................................................................................................................81
Introdução
Reunimos, nos capítulos deste livro, as informações básicas para você seguir
os estudos nesta área, tais como o levantamento de materiais e equipamentos, os
testes, a aplicação de análise preliminar de riscos, as solicitações junto ao COD e
as técnicas de manutenção dos equipamentos e materiais.
1 INTRODUÇÃO
13
Neste capítulo, você estudará como são planejadas as tarefas de manutenção nas redes de
distribuição aéreas de energia, antes da execução propriamente dita.
É importante salientar que, para realizar manutenção, o eletricista deve ter estudado e com-
preendido todos os passos para construção de redes de distribuição, vistos na unidade Mon-
tagem e Instalação de Redes de Distribuição. Além disso, deve ter em mente que esse trabalho
depende da classe de tensão e dos padrões técnicos adotados pelas distribuidoras de energia
elétrica de cada localidade.
Efetuar a manutenção de uma rede de distribuição pode, num primeiro momento, ser en-
tendida como a simples substituição de equipamentos, chaves, cabos e todos os componentes
instalados. No entanto, não é tão simples assim. Este trabalho envolve conhecimentos associados
à segurança, ao meio ambiente, a operações de desligamentos, à comunicação, à elaboração de
APRs e abrange ainda muitos outros conceitos que serão abordados neste capítulo.
Neste capítulo você terá subsídios para:
a) inspecionar EPIs e EPCs e ferramentas;
b) coletar dados de campo para estimativa do tempo necessário para execução da tarefa;
c) preencher os formulários;
d) realizar análise preliminar de risco – APR;
e) registrar possíveis divergências sobre as condições técnicas de materiais, equipamentos
e ferramentais;
f ) cumprir procedimentos de trabalho – PT e ordens de serviço – OS;
g) selecionar e utilizar materiais, ferramentas e equipamentos de proteção individual e co-
letiva adequados ao tipo de atividade;
h) selecionar e utilizar normas, padrões e procedimentos, de acordo com o serviço proposto;
i) aplicar e utilizar procedimentos para testes de equipamentos e dispositivos, de acordo
com as normas específicas;
MANUTENÇÃO DE REDES DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA
16
CASOS E RELATOS
1
FISSURA OU RACHADURA: No entanto, o eletricista descumpriu uma das etapas do planejamento: não
realizou o teste de ausência de tensão com a utilização do detector de ten-
São termos comumente
empregados como são. Indevidamente, tocou em uma das fases, encostando o braço no neu-
sinônimos para indicar
problemas nos isoladores.
tro da rede, acreditando que estava desenergizada, o que não era verdade.
Assim, pelo fato de a rede estar energizada, ele sofreu um choque elétrico e
desmaiou devido a uma parada cardiorrespiratória.
Foi prontamente resgatado, porém, ao dar entrada no hospital, já estava
sem vida.
Constatou-se, então, mais um acidente fatal em rede secundária de energia.
Podemos concluir, que o acidente ocorreu, porque o eletricista não testou
o circuito para certificar-se que ele estava realmente desenergizado e tam-
bém não refletiu sobre a possibilidade de reenergização da rede por outros
fatores ou por fontes independentes.
Nunca se esqueça de que um circuito, de AT, MT ou BT, só estará desen-
ergizado se estiver aterrado, de acordo com todas as etapas que devem,
necessariamente, estar indicadas no planejamento.
RECAPITULANDO
1
DURAÇÃO EQUIVALENTE 3.1 CONCEITO E TIPOS DE MANUTENÇÃO EM RDA
DE INTERRUPÇÃO POR
CONSUMIDOR – DEC:
Manutenção é a combinação de todas as ações técnicas e administrativas, in-
É o número médio de horas cluindo as de supervisão, destinadas a manter ou recolocar um bem em um esta-
que cada consumidor do
sistema ficou privado do do tal que possa desempenhar uma função requerida.
fornecimento de energia
elétrica, no período Sendo assim, quando falamos em manutenção corretiva estamos nos referin-
considerado.
do à manutenção que é efetuada após a ocorrência de uma pane e é destinada a
recolocar um bem em condições de executar uma função requerida.
Todo serviço de manutenção corretiva, executado com a finalidade de efetuar,
2
FREQUÊNCIA EQUIVALENTE a qualquer tempo, o restabelecimento das condições normais de utilização dos
DE INTERRUPÇÃO POR
CONSUMIDOR – FEC: equipamentos, obras ou instalações, deve ser programado a fim de evitar trans-
tornos pela interrupção de energia. Dessa forma, esse tipo de manutenção recebe
É o número médio de
interrupções que cada o nome de manutenção corretiva programada.
consumidor do sistema
sofreu, no período Se o serviço de manutenção corretiva for executado com a finalidade de se
considerado.
proceder, de imediato, ao restabelecimento das condições normais de utilização
dos equipamentos, obras ou instalações, entendemos que se trata de manuten-
ção corretiva de emergência.
A manutenção preventiva é efetuada em intervalos predeterminados, ou de
acordo com critérios prescritos. Esse tipo de manutenção tem como objetivo re-
duzir a probabilidade de falha ou a degradação do funcionamento de um bem.
A manutenção preditiva permite garantir a qualidade desejada de serviço,
com base na aplicação sistemática de técnicas de análise, utilizando-se de meios
de supervisão centralizados ou de amostragem, para reduzir ao mínimo as ações
de manutenção preventiva e corretiva.
Nesse contexto, a manutenção em redes de distribuição permite obter maior
vida útil possível dos equipamentos e materiais que compõem um sistema elé-
trico, minimizando-se, assim, os recursos aplicados para o bom funcionamento
dos circuitos, reduzindo o número de interrupções, e tudo isso dentro das nor-
mas aplicadas às empresas distribuidoras de energia, regradas e fiscalizadas pela
Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL.
Inspeção visual regular É aquela feita nas condições descritas acima, a intervalos de tempo
regulares, obedecendo-se a uma programação predeterminada.
Inspeção instrumental É uma inspeção feita com auxílio de instrumentos adequados, de caráter
minucioso e geralmente voltada para um problema específico de rede.
k) cruzetas;
l) ferragens e acessórios;
m) chave de faca ou chave fusível;
n) para-raios;
o) transformadores;
p) luminárias e lâmpadas em circuitos de Iluminação Pública – IP.
É importante lembrar que entendemos por equipamento o conjunto unitário,
completo e distinto, que exerce uma ou mais funções determinadas, quando em
funcionamento no sistema elétrico.
Os pontos avermelhados que você identifica nas imagens produzidas pelo ter-
movisor representam os pontos de aquecimento e, nesse caso, devem ser apli-
cados critérios adotados pelas distribuidoras de energia de cada região, para re-
alização das manutenções que envolvem substituição ou reaperto, ou não. Além
disso, deve ser elaborado relatório periódico que servirá para diagnóstico e acom-
panhamento da manutenção, pelos departamentos competentes.
3 MANUTENÇÃO DE REDES DE DISTRIBUIÇÃO AÉREA DE ENERGIA
31
CASOS E RELATOS
3.4.1 POSTES
Para cada material é necessário fazer uma verificação específica. Com relação
aos postes, é preciso inspecionar:
A condição do solo – um pouco acima e abaixo do Base deteriorada ou rachada devido ao apodreci-
nível do solo, +/- 30 cm, batendo com um martelo mento da madeira
3.4.2 CRUZETAS
3.4.3 FERRAGENS
3.4.4 ISOLADORES
3.4.5 CONDUTORES
3.4.7 ATERRAMENTO
3.4.9 ESTAIS
O estai deve ser ligado à terra. Essa ligação é feita unindo-se o estai ao neu-
tro secundário. Os conectores devem estar de acordo com padrões e projeto
da distribuidora.
Lembre-se de considerar o uso de pré-formados, conforme a técnica recomen-
dada. Qualquer não conformidade deverá ser anotada, bem como a proximidade
dos estais a condutores energizados.
Com relação aos estais, é preciso, ainda, verificar o tensionamento dos seus
cabos e o aperto dos prensa-fios ou das alças pré-formadas.
3.4.10 PARA-RAIOS
3.4.12 TRANSFORMADORES
3.4.15 RELIGADOR
3.4.16 SECCIONALIZADOR
3.4.17 CAPACITOR
RECAPITULANDO
Os materiais, ferragens e equipamentos existentes nos longos percursos das redes entre-
laçadas de distribuição de energia elétrica são instalados de formas diferentes e devem ser
mantidos em boas condições. Em caso de ocorrerem falhas, defeitos ou mau funcionamento
deve-se proceder ao diagnóstico visando a reposição ou reinstalação nos pontos de substitui-
ção de acordo com manuais especializados.
Neste capítulo, abordaremos aspectos referentes ao diagnóstico e ações de correção das
falhas ocorridas em redes de distribuição. Assim, ao término, você será capaz de identificar os
tipos de construções e seus componentes e como devem ser feitas as manutenções dessas
redes, além de:
a) identificar os riscos de maior relevância na tarefa;
b) identificar os recursos materiais e humanos para a realização das atividades;
c) interpretar normas, procedimentos e manuais da distribuidora local;
d) registrar as anomalias encontradas;
e) selecionar ferramentas e locais adequados, visando à segurança individual e da equipe.
Bons estudos!
Para que possamos saber como se faz o levantamento e diagnóstico de falhas, precisamos,
antes, conhecer quais são os tipos de rede e como elas se caracterizam.
Existem três tipos de redes:
a) rede convencional;
b) rede compacta;
c) rede que utiliza cabos pré-reunidos em AT.
MANUTENÇÃO DE REDES DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA
44
Vamos conhecê-las.
A linha viva na manutenção tem sido utilizada como um recurso tático, pois
permite reduzir os desligamentos que trazem prejuízos ao consumidor e à ima-
gem da distribuidora. Por envolver custos elevados, os trabalhos de manutenção
preventiva em linha-viva devem ser executados, preferencialmente, nas seguin-
tes condições:
a) em redes que atendam aos consumidores com prioridades para o atendimento;
b) em alimentadores (circuitos troncos);
c) em redes que atendam a áreas importantes, em termos de densidade de
carga, número de consumidores e consumo.
MANUTENÇÃO DE REDES DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA
50
A manutenção preventiva deve ser feita em épocas nas quais se verifica a me-
nor demanda e consumo no sistema elétrico.
Os serviços como a poda de árvores e limpeza de faixas de servidão devem ser
efetuados de acordo com as condições climáticas e as normas das distribuidoras
regionais, estabelecendo-se o período, de comum acordo com os poderes públi-
cos.
A partir dos resultados obtidos na inspeção, tenha sido ela visual ou com equi-
pamentos, a manutenção preventiva deve ser planejada de tal forma que não pre-
judique o funcionamento do sistema elétrico avaliado por meio de instrumentos
de controle, e que permita aferir a adequação dos programas, dos processos e
dos objetivos, evitando-se, assim, uma ação isolada, desordenada e pouco eficaz.
A avaliação dos resultados será feita pela comparação dos dados, para cada
tipo de rede de distribuição, dos valores obtidos para os índices e indicadores
operativos, nos períodos anterior e posterior à manutenção preventiva.
Para se efetuar essa avaliação, alguns aspectos devem ser atentamente obser-
vados:
a) os valores dos índices operativos obtidos por interrupções não programa-
das permitem avaliar, de uma forma aproximada, apenas os resultados da
manutenção. Para que estes resultados possam ser melhores avaliados, é
necessário que os índices informem, em detalhes, sobre a natureza das
falhas ocorridas no sistema de distribuição e, neste caso, sejam analisados
o nível de desempenho de materiais e instalações;
b) a taxa de falhas de materiais, dado ao seu caráter exclusivista no tocante ao
componente do sistema de distribuição, sob controle, constitui um instru-
mento de grande eficácia para a avaliação da manutenção;
c) dentre os agentes que atuam sobre a rede, alguns como galhos de árvores
e pipas são periódicos e, em geral, não são removidos em definitivo pela
manutenção preventiva;
d) os efeitos da manutenção preventiva em isoladores, postes, cruzetas e
conectores podem se estender por vários anos. Para evitar julgamentos
apressados, é necessário que os períodos de comparação sejam adequa-
dos. Neste caso, o espaço mínimo de três anos sucessivos é desejável para
a avaliação de resultados.
Logicamente que você responderá que não, pois já estudou todas as possíveis
formas de se energizar um circuito em AT e BT.
Em se tratando de redes de distribuição aérea – RDA, o nível de segurança
deve ser ainda maior, pois as intervenções estarão sendo realizadas diretamente
nas redes de AT e BT.
Assim sendo, vamos relacionar alguns itens de segurança, que devem, neces-
sariamente, ser seguidos com rigidez nas manutenções em RDA.
Conhecer com profundidade os procedimentos operacionais para a proteção,
operação e manutenção das redes de distribuição aérea, inclui saber realizar mui-
to bem as seguintes tarefas:
a) instalar e retirar o conjunto de aterramento temporário em rede de dis-
tribuição aérea primária, secundária e de iluminação pública;
b) fazer aberturas e manobras de chave faca e chaves fusíveis nos circuitos
primários, depois de ser treinado para isso;
c) ligar, medir e colocar em operação estações transformadoras;
d) identificar os defeitos em redes aéreas;
e) corrigir os defeitos em RDA.
CASOS E RELATOS
RECAPITULANDO
Anotações:
Utilização de Escadas
Extensíveis e Veículo com Cesto
Aéreo para Manutenção de RDA
Já estudamos sobre escadas de extensão e os cuidados que são necessários tanto na insta-
lação como nas ancoragens desses materiais em postes circulares, quadrados, duplo T e outros
tipos. Neste capítulo, avançaremos neste estudo sobre escadas extensíveis e o uso de veículos
com cesto aéreo. Ao término, você será capaz de:
a) separar materiais, ferramentas e equipamentos para montagem da obra;
b) separar equipamentos EPIs e EPCs e ferramentas para testes;
c) sinalizar toda a área de trabalho;
d) selecionar local adequado para estacionar o veículo, sinalizando e demarcando-o;
e) selecionar normas e padrões de acordo com o serviço proposto.
Bons estudos!
Quando a escada for posicionada em postes ou fachadas, deve ser mantida uma abertura
na sua base de, aproximadamente, ¼ de sua altura.
As escadas devem ser apoiadas em postes, cruzetas, suportes e fachadas, e devidamente
amarradas. Se não for possível amarrá-las, um auxiliar deve permanecer segurando-as em sua
base para dar estabilidade.
MANUTENÇÃO DE REDES DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA
62
Para cada tipo de atividade há modelo de escada. Como no ramo de RDA são
realizados vários tipos de trabalhos, temos que selecionar, considerando-se a Ta-
bela 1, qual é a escada mais apropriada para cada atividade.
Na execução de serviços utilizando-se veículo com cesto aéreo, devem ser se-
guidos procedimentos operacionais adequados. Assim sendo, é necessário:
a) posicionar o veículo, aplicando-se o código de trânsito brasileiro;
b) acionar o freio de estacionamento (breque manual) e instalar os calços nos pneus;
c) sinalizar o canteiro de trabalho, utilizando cones, fitas refletivas e bandeirolas,
distribuindo-os ao redor do veículo e do local determinado. Isto deve ser feito
para assegurar e preservar a integridade física de eletricistas e transeuntes;
5 UTILIZAÇÃO DE ESCADAS EXTENSÍVEIS E VEÍCULO COM CESTO AÉREO PARA MANUTENÇÃO DE RDA
65
Figura 13 - Guindauto.
Fonte: SENAI - SP (2014)
O caminhão para uso específico em atividades aéreas, com uma altura limite
de, aproximadamente, 12 m, possui uma escada extensível central fixa, com base
giratória e duas escadas extensíveis transportáveis, uma de cada lado do veícu-
lo, para serviços fora da ação do veículo. Lateralmente, contém compartimentos
para armazenamento de materiais, ferramentas, EPIs e EPCs.
Os tipos de atividades desenvolvidas com esse tipo de caminhão, contendo
escada central e escadas removíveis, são:
a) atendimentos emergenciais em redes primárias e secundárias de energia;
b) manutenção em iluminação pública;
c) abertura e fechamento de chaves e de equipamentos em redes de distribuição;
d) atendimento a consumidores residenciais e industriais.
MANUTENÇÃO DE REDES DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA
68
As árvores fazem parte das nossas vidas, são importantíssimas ao planeta, po-
rém, em áreas de distribuição urbana, muitas vezes elas são as causas diretas de
desligamento de circuitos elétricos.
O eletricista de manutenção em RDA e seu auxiliar executam poda de galhos
ou ramos de árvores que estejam interferindo nas redes elétricas. Assim sendo, as
distribuidoras de energia elétrica possuem autorização prévia das prefeituras e
dos órgãos competentes, para podar a vegetação que está interferindo direta ou
indiretamente nas RDAs, tanto para efetuar esta poda como para fazer a conten-
ção de vegetações.
5.6.2 A LEGISLAÇÃO
Os resíduos, tais como galhos, folhas e troncos menores, devem ser recolhidos
do local da poda, armazenados em caminhão apropriado e levados para local de-
signado pela empresa responsável pela poda de galhos de árvores.
O simples fato de remanejar os detritos e despejá-los em locais não apropriados
para este fim (terrenos, margem de rios, ruas desertas) constitui crime ambiental,
que será de responsabilidade do executor e de seus mandantes (empresa).
As áreas ambientalmente protegidas são áreas de interesse público e ou priva-
do, criadas por instrumentos legais, com o principal objetivo de garantir a preser-
vação ambiental no âmbito dos recursos naturais. Abrangem áreas como: terras
indígenas, áreas de proteção aos mananciais, áreas de interesse científico, histó-
rico, arqueológico, espeleológico (em cavernas), de manifestações culturais ou
etnológicas da comunidade, definidas em legislação específica.
As atividades de manutenção do sistema elétrico (corretiva ou preventiva) re-
alizadas nas Áreas Ambientalmente Protegidas são passíveis de autorização dos
órgãos ambientais competentes.
Aplica-se a norma NR 9 - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais-
PPRA portaria n.º 3.214 de 08 de junho de 1978, e suas atualizações, preveem, em
seu primeiro item, como segue:
CASOS E RELATOS
RECAPITULANDO
Anotações:
REFERÊNCIAS
AES ELETROPAULO S/A. Manual de Construção e Manutenção de Redes de Distribuição Aérea – 2011.
AES ELETROPAULO S/A. PD-4.001 - Padrão Técnico da Distribuição em Redes de Distribuição
Aérea Urbana – 15 kV Aérea, 2006.
BRASIL. NBR-15230 – Rede de distribuição de energia elétrica - Compartilhamento de
infraestrutura com redes de telecomunicações. Esta versão corrigida da ABNT NBR 15214:2005
incorpora a Errata 1 de 11.12.2006. Confirmada em 06.01.2011.
BRASIL. NBR-15688 – Redes de distribuição aérea de energia elétrica com condutores nus. Esta
versão corrigida da ABNT NBR 15688:2012 incorpora a Errata 1 de 16.04.2013.
CENTRAIS ELÉTRICAS DO PARÁ S/A - CELPA. Manual de Construção e Manutenção de Redes de
Distribuição Aérea – Centrais Elétricas do Pará – CELPA, 2011.
COMPANHIA ENERGÉTICA DE MINAS GERAIS - CEMIG: Especificação Técnica: Critérios de
Inspeções Aéreas em Redes de Distribuição Urbanas e Rurais. Belo Horizonte/ MG, abril/2005.
COMPANHIA ENERGÉTICA DE MINAS GERAIS - CEMIG: Especificação Técnica: Critérios de
Inspeções Terrestres em Redes de Distribuição Urbanas e Rurais. Belo Horizonte/ MG,
dezembro/2007
COMPANHIA ENERGÉTICA DE MINAS GERAIS – CEMIG. Procedimento Operacional Padrão:
Inspeção de Cruzetas de Madeira em Redes de Distribuição Urbanas e Rurais. Belo Horizonte/
MG, dezembro/2006
COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL, Manual de Instruções Técnicas, 2ª
versão. setembro/2011.
COMPANHIA PAULISTA DE FORÇA E LUZ – CPFL. Manual de Construção e Manutenção
de Redes de Distribuição Aérea, 2012.
Norma Regulamentadora – 9. Disponível em:< http://www.mte.gov.br/Nr-9>. Acesso em: 12
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Inspeção termográfica. Disponível em:< http://www.abraman.org.br/Arquivos/144/144.pdf>.
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Norma NDU_001. Disponível em:<http://www.vksengenharia.com.br/normas/ndu_001.pdf>.
Acesso em: 05 fev.2013.
MINICURRÍCULO DO AUTOR
D
Duração Equivalente de Interrupção por Consumidor – DEC 26, 28, 32
F
Frequência Equivalente de Interrupção por Consumidor – FEC 26, 28, 32
T
Fissura ou rachadura 23
SENAI – DEPARTAMENTO NACIONAL
UNIDADE DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA – UNIEP
Diana Neri
Coordenação Geral do Desenvolvimento dos Livros
Paulo Mack
Revisão Técnica
Adilson Damasceno
Juliana Rumi Fujishima
Naôr Victório Lima
Tratamento de imagens
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Fotografia
SENAI-SP
Editoração
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Revisão Ortográfica e Gramatical
i2
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