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ρν
2
ν (6)
que é aplicável para convecção natural tendo como força motriz o gradiente de
concentração, ou de temperatura. Se o fluido é homogêneo (fluidos sem gradiente de
concentração), as diferenças de densidade são devido às diferença de temperatura
somente e ∆ρ/ρ pode ser substituido por β∆T, por conveniência, como realizado na
transferência de calor por convecção natural. Contudo, se o fluido é não homogêneo, as
diferenças de densidade são devido aos efeitos combinados da diferença de
concentração e temperatura, e ∆ρ/ρ não pode ser substituido por β∆T.
Os escoamentos por convecção natural induzidos pela concentração são
baseados na diferença de densidade das espécies da mistura. Portanto, em condições
isotérmicas, não haverá convecção natural em uma mistura composta de gases com
massas molares idênticas. Uma superfície quente voltada para cima corresponde à
difusão de um fluido que tem densidade menor do que a mistura (e que sobe sob a
influência da flutuabilidade); e uma superfície quente virada para baixo corresponde à
difusão de um fluido com maior densidade. Por exemplo, a evaporação da água no ar
corresponde a uma superfície quente virada para cima, já que o vapor de água é mais
leve que o ar e tende a subir. Mas esse não é o caso da gasolina, a menos que a
temperatura da mistura ar-gasolina na superfície da gasolina seja tão alta que a dilatação
térmica ultrapasse a diferença de densidade em virtude da maior concentração de
gasolina perto da superfície.
= 0,332(Re x ) 2
kx x
Shx =
1
DAB (11)
A equação (11) é restrita para sistemas com Sc = 1, e baixas taxas de
transferência de massa entre a placa plana e o fluido.
Para um fluido com Sc ≠ 1, a solução é:
kc , x x
Shx = = 0,332(Re x ) 2 ( Sc) 3
1 1
DAB (12)
5
a equação (12) é válida para escoamento externo laminar (Re < 5.10 ) sobre uma placa
plana, em um ponto da placa, e para Sc ≥0,6
Para a placa inteira:
= 0,664(Re ) 2 ( Sc) 3
kc L
Sh =
1 1
DAB (13)
k c = 2k c , x x=L
coeficiente de transferência de massa médio
As propriedades do fluido são avaliadas na condição de película (temperatura
média e concentração média):
Ts + T∞ C A , s + C A ,∞
Tf = C A, f =
2 2
Quando o escoamento não for laminar, ou a configuração for diferente de uma
placa plana, poucas soluções existem para o transporte de massa na camada limite.
Neste caso, o método de aproximação, desenvolvido por Von Kárman para descrever a
camada limite hidrodinâmica, pode ser usado para analisar a camada limite de
concentração.
(19)
A eq. (19) é muito próxima a expressão encontrada pela solução exata (eq. 13) e
pode ser usada com um certo grau de confiabilidade quando a solução exata não é
conhecida.
A equação de von Kárman (15) também pode ser usada para obter uma solução
aproximada para a camada limite turbulenta sobre uma placa plana. Partindo da
similaridade com o perfil de velocidade tem-se:
Shx = 0,0292(Re x ) 2 (Sc )
4 1
3
= 0,0365(Re) 2 (Sc ) 3
kc L 1
Sh =
4
ANALOGIA DE REYNOLDS
Reynolds postulou que o mecanismo de transferência de momento e
transferência de calor são idênticos.
Transferência de calor na camada limite laminar: Pr = 1
Esta analogia pode ser estendida para incluir o mecanismo de transferência de
massa:
Transferência de massa na camada limite laminar: Sc = 1
Placa plana:
ANALOGIA DE CHILTON-COLBURN
Chilton e Colburn, usando de dados experimentais, modificaram a analogia de
Reynolds, para Pr ≠ 1 e Sc ≠ 1, afim de definir o fator j para a transferência de massa.
j D = c (Sc ) 3
k 2
(29)
u∞
Cf
Analogia Colburn para transferência de calor: j H =
2
onde j H = St (Pr )
2
3
ou
h k
(Pr) 3 = c ( Sc) 3
2 2
(33)
ρu ∞ C P u∞
a eq. (33) é válida para gases e líquidos, com 0,6 < Sc < 2.500 e 0,6 < Pr < 100
Esta analogia é válida somente para casos de fluxo de massa baixo, onde a taxa
de transferência de massa não seja afetada pelo fluxo total de massa.
Em geral, fatores j são unicamente determinados pela configuração geométrica e
número de Reynolds. Baseado nessa análise, dados experimentais da transferência de
momento, transferência de calor e transferência de massa foram obtidos a fim de obter
as seguintes correlações para transporte turbulento ou para superfícies lisas.
EXERCÍCIOS
1. Bagaço de uva fermentado foi seco em estufa de circulação forçada de ar seco, a uma
velocidade de 1 m/s. O bagaço, com uma umidade inicial de 2,21 g água/ g bagaço seco,
foi espalhado numa bandeja de 50 cm de lado, até uma espessura de 10 mm. A secagem
foi realizada a 60°C. Determine o tempo necessário para que o bagaço atinja a umidade
final de 0,057 g água/g bagaço seco. Dados do ar a 60°C: ρ = 1,1614 kg/m3; µ =
184,6.10-7 N.s/m2; k = 26,3.10-3 W/m.K; DAB = 1,325.10-9 m2/s
2. Uma pequena gota de uma solução alimentícia, que escoa através do ar, em uma
câmara de spray drying, tem o diâmetro reduzido, pois a água evapora da superfície. Se
assumirmos que a temperatura da solução se mantém a 290 K, e o ar de secagem está a
310 K, qual é a concentração da água no meio de secagem? Propriedades disponíveis do
ar na temperatura média de 300 K: µ = 1,87.10-5 kg/m.s; ρ = 1,177 kg/m3; ν = 15,89.10-
6
m2/s; α = 2,2156.10-5 m2/s; DAB = 2,63.10-5 m2/s; Ts = 290 K; λ(Ts) = 2461 J/g; k =
2,624.10-2 J/m.s.K; CP = 1006 J/g.K; Pv (água) (290K) = 1,94.103 Pa.
3. Um lençol recentemente lavado é dependurado num varal, estando o ar a 20°F. O
lençol rapidamente se resfria e, um instante depois, surge um vento forte com
velocidade de 8 mph. O lençol se eleva, permanecendo numa posição quase paralela ao
solo, e o vento sopra ao longo da superfície do lençol de tal modo que a distância da
extremidade dianteira à extremidade traseira é de 5 ft. Se o coeficiente de difusão do
vapor d’água para o ar é de 0,5 ft2/h, e sabendo-se que a concentração de água na
superfície do lençol é de 100%, estime a velocidade de transferência de massa inicial
para o ar a 0% de umidade relativa. Estime o tempo necessário para secar a folha, se ela
inicialmente contém 0,03 lbm de água/ft2 de lençol.