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Max. Sorre foi um grande geógrafo francês, falecido em 1964, traz em suas obras
uma tentativa de aperfeiçoamento do conceito de ‘gênero de vida’ de Vidal de La
Blache, para tal ele tenta associar os estudos da dita ‘geografia física’ à
‘geografia humana’ à partir de uma sofisticada base conceitual.
Associada à esta base existe a noção de ‘ecúmeno’ que o autor ira resgatar da
filosofia grega que ganha em sua base teórica a noção de ‘área de extensão do
homem’, ou seja, seu habitat – que associada à as capacidade de ação sobre o
espaço torna-se- sua ecologia, como demonstra em seu texto “migrações e
mobilidades do ecúmeno” que analisaremos a seguir.
Na terceira parte do texto o geógrafo francês contrapõe duas ideias, que para
ele estão em um embate para entender a ecologia, a ideia de permanência e
mobilidade ligadas as explicações ecológicas e históricas. As explicações
ecológicas por procurarem um pertencimento das espécies a habitat específicos
e sua adaptabilidade ao mesmo se associam a ideia de permanência, já as
explicações históricas dos ambientes ao mostrarem seu movimento de
transformação na luta pela sobrevivência mostram a noção de mobilidade (que
se apresenta em estudos migratórios também), todos estes sinais se
apresentariam também nas migrações humanas.
Em seguida o autor tenta dar um fechamento a alguns pontos em aberto no
texto e mobilizar novas inquietações aos conceitos de ecúmeno e migrações em
um tópico denominado “mobilidade do ecúmeno e migrações” seu principal
argumento é que a noção de permanência é uma grande ilusão, que a única
coisa que se pode ver no ecúmeno é a mobilidade, assim como na ecologia
devemos atentar para grandes escalas temporais e perceber que os seres
humanos estão em toda a trama histórica em movimento e maior ou menor grau
(os graus de mobilidade serão discutidos a seguir).
Na quinta parte do texto o autor debate “os graus de mobilidade e o habitat”, ele
nos afirma que o estudo do habitat humano, ou seja, de onde o ser humano se
estabelece demonstra que o equilíbrio dos grupos humanos com seu meio ( a
permanência) são apenas lapsos temporais, que as sociedades estão o tempo
inteiro mudando-se total (o meio não a sustenta mais) ou parcialmente(cria-se
um excedente populacional que migra),ou seja, ”a permanência é uma ilusão o
que existe é a mobilidade”, para tal, como prometido, o autor coloca os graus de
mobilidade em escalas como : Migrações periódicas ou sazonais (que implicam
a saída de parte do grupo que retorna ao ponto inicial); migrações permanentes
(Sob pressão do habitat o grupo inteiro migra para alcançar novos habitats e se
estabelecer em novos locais) e existem (além destes já pensados pelo Bureau
Internacional do trabalho como dito no primeiro subtítulo) um grau máximo de
mobilidade, um migrante nômade que não possui residência fixa este é o caso
limite que ele avalia no antepenúltimo trecho.