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Quando um fluido passa de uma situação inicial i para uma situação final f, caracterizadas, respectivamente, pelas
coordenadas termodinâmicas (Pi, Vi, Ti) e (Pf, Vf, Tf), o trabalho W realizado por ele (ou sobre ele) é dado pela equação:
W = ∫ P dV
Assim, o trabalho realizado depende não apenas dos estados inicial e final, mas também dos estados
intermediários, isto é, do caminho seguido pelo sistema durante os processos ocorridos.
Num diagrama PV, esse trabalho pode ser determinado a partir da área sob a curva. Caso o processo seja cíclico,
no entanto, quando são coincidentes as situações final e inicial, o trabalho total realizado é representado pela área
interna entre as curvas correspondentes à expansão e compressão do fluido.
A primeira lei da Termodinâmica estabelece uma relação entre o trabalho realizado e a quantidade de calor
envolvida em um processo:
“Em toda transformação entre calor e trabalho, a quantidade de calor entregue ao sistema é igual ao trabalho
realizado por ele, somado à variação de energia interna do mesmo.”
Este princípio não faz restrições quando a possibilidade de conversão entre dois tipos de energia. Verificou-se que,
na natureza, a transformação de energia mecânica em térmica pode ser realizada integralmente, sem dificuldades. No
entanto, a transformação inversa, do calor em trabalho, que muito mais interessa ao homem, sob o ponto de vista
utilitário, não é totalmente possível. Esta observação é consubstanciada no que chamamos de Segunda Lei da
Termodinâmica.
“Para transformar calor em trabalho, por meio de um processo cíclico, são necessárias duas fontes de calor em
temperaturas diferentes. A fonte em temperatura mais elevada é dita quente e a outra, fria. A fonte quente cede calor e a
fonte fria recebe calor. A diferença entre estas duas quantidades de calor é convertida em trabalho.”
A transformação de calor em trabalho é feita por meio de máquinas térmicas que trabalham em transformações
cíclicas. A figura 1 ilustra o princípio geral de funcionamento de uma máquina térmica.
Exemplos típicos dessas máquinas são os motores térmicos de combustão externa ou interna, dependendo se o
calor é obtido pela máquina de uma fonte externa ou interna, respectivamente.
A seguir discutiremos o princípio básico de funcionamento de um motor de combustão externa (máquina a vapor)
e dois motores de combustão interna (motores a gasolina e Diesel).
Máquina a vapor
Consiste de 4 partes fundamentais: a caldeira, o cilindro, o distribuidor de vapor, o aparelho de transmissão e
alguns órgãos acessórios.
A caldeira é um reservatório que contém a água a ser aquecida para produzir vapor. O vapor que se forma na
caldeira passa por meio de tubos ao cilindro, de paredes resistentes, onde se desloca o êmbolo. Dependendo de como o
vapor age sobre o êmbolo, as máquinas a vapor se classificam em máquinas de simples efeito e máquinas de duplo
efeito.
As máquinas de simples efeito são aquelas em que o vapor age sempre do mesmo lado do êmbolo, enquanto que o outro
está em contato com a atmosfera. Já nas máquinas de duplo efeito, o êmbolo recebe, alternadamente, vapor pelas duas
faces; e para que isso aconteça, existe o aparelho de distribuição de vapor.
Já a conversão do movimento de vaivém do êmbolo em movimento circular é feita pelos órgãos transmissores
(sistema biela-manivela). O vapor que sai, depois de ter realizado o trabalho, o faz entrando em contato direto com a
atmosfera (caso das locomotivas) ou é canalizado a um compartimento (condensador) que funciona segundo o princípio
da parede fria. A partir da utilização do condensador, além de aumentar o rendimento da máquina consegue-se o
reaproveitamento da água condensada, já a uma temperatura considerável.
4o tempo (Escapamento)
Linha representativa DA (isocórica). No fim do tempo de expansão (PMI) abra-se a válvula de escapamento. A
pressão baixa bruscamente de P3 a Patm segundo a isócora DA.
Do PMI ao PMS o êmbolo impele para o exterior os gases queimados. Teoricamente, durante o escapamento, a
pressão dos gases no cilindro se mantém igual à pressão atmosférica Patm , ou seja, a isóbara BA.
Como podemos ver, a cada curso do êmbolo corresponde um giro de 180o do eixo manivela. Como para o ciclo
completo necessitamos de quatro cursos, concluímos que cada ciclo do motor a quatro tempos corresponde a 720o ou
duas rotações do eixo manivela.
2. MATERIAL
i. Protótipo de motor VW 1300 (a gasolina).
ii. Protótipo de motor a vapor (tipo caldeira).
iii. Balão de fundo chato.
iv. Lamparina.
3. PROCEDIMENTO
a) Ligue a caldeira do protótipo de máquina a vapor. A partir do início da produção de vapor, verifique o princípio
básico de funcionamento dessa máquina térmica.
c) Com o protótipo do motor à gasolina procure identificar os quatro tempos de seu ciclo.
d) Com base na demonstração feita em sala com o balão de fundo chato, analise o princípio básico de funcionamento
do refrigerador.