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Basquetebol

Sebenta de Apoio - Educação Física

1 - INTRODUÇÃO

1.1. Objectivo do conhecimento da história do Basquetebol

Porque será importante conhecer a história do Basquetebol: a origem do jogo e sua evolução?

O Basquetebol na sua expressão actual, como desporto de competição, para ser compreendido e
interpretado exige um estudo da sua evolução através dos tempos, de modo a que se possam situar as
fases mais importantes do seu desenvolvimento e expansão.
Este conhecimento contribuirá para uma melhor compreensão do “espírito de jogo”, para uma
percepção mais objectiva do interesse pedagógico do Basquetebol e ainda para uma metodologia do
ensino e do treino adequado às características etárias dos praticantes.
Por outro lado, a aprendizagem do Basquetebol como processo evolutivo em si, reproduz as
fases mais importantes da evolução global do jogo, já que se pode afirmar que existe uma relação direc-
ta entre a evolução motora dos praticantes e a evolução dos processos técnico-tácticos do Basquetebol
nos tempos.

2 - O PROCESSO HISTÓRICO DO BASQUETEBOL

2.1. Origem: inventor, data e local

A 6 de Novembro de 1861, na cidade de Almonte, Canadá, nasceu James A. Naismith, criador


do Basquetebol. Órfão desde os oito anos de idade e que ao longo da sua vida tornou-se num dos
homens mais conhecidos do seu tempo, principalmente na área do Desporto. No entanto, os seus
conhecimentos também se alargaram a outras áreas, tais como, a Medicina e Teologia. Morreu aos 78
anos de idade em 27 de Novembro de 1931, ao sofrer de moléstia cardíaca e hemorragia cerebral.
James Naismith foi considerado o “pai do Basquetebol”, pois foi ele quem o inventou em 1891,
no Colégio de Springfield, Estado de Massachusetts, Estados Unidos da América. Naismith apenas se
tornou professor de Educação Física após ter abandonado a vida religiosa e depois de ter tirado o curso
de Medicina.
Via outra coisa no desporto sem ser aquela luta que iria designar o mais forte; uma “real satisfa-
ção daquele que desejar ajudar o seu companheiro...”

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A prática deste jogo basear-se-ia num princípio de compensação, “a equipa educa e organiza
permitindo entretanto, a cada um, dispor da sua forças, da sua coragem, mas controlando as suas reac-
ções...”. Estas afirmações do Dr. Naismith revelam profundamente a sua personalidade.

2.2. As causas que determinaram a criação do Basquetebol


A principal causa que está na origem do Basquetebol foi o facto de haver necessidade de moti-
var um grupo de alunos.
No Verão de 1891 o Colégio de Springfield em Massachusetts , que formava os professores a
serviço da Associação Cristã da Juventude (YMCA – Young Man Christian Association), reuniu os
dirigentes e alunos interessados daquela associação para tomarem medidas na resolução de alguns pro-
blemas que entretanto surgiram. Um desses problemas situava-se no panorama da Educação Física e no
âmbito das actividades de todas as delegações da Associação.
Os professores de Educação Física debateram-se com um problema: nos meses invernosos, com
frio rigoroso e ventos fortes, a prática de Educação Física era para a maioria dos estudantes, desmoti-
vante, sem interesse crescente em todas as actividades que se praticassem ao ar livre, daí que apenas se
poderia ter aulas, durante esta estação, dentro de um ginásio. Este desinteresse dava origem a proble-
mas disciplinares necessários resolver.
Tornava-se cada vez mais necessário estimular o interesse dos jovens pelas aulas, elaboradas
segundo um programa específico. Neste âmbito, os órgãos responsáveis sentiam bastantes dificuldades
em apresentar propostas ou resoluções. O director da secção de Educação Física do Springfield Colle-
ge, Dr. Luther Gulick, reconhecendo que o problema se alargava a toda a organização da YMCA deci-
diu enviar o Dr. James Naismith para estudar os princípios do sistema sueco de ginástica, ensinando e
divulgando nessa associação, junto do Barão Nills Posse.
Entretanto, no Inverno de 1891 surgiu também no Colégio de Springfield o mesmo problema: os
alunos manifestavam acentuado desinteresse pelas actividades que preenchiam as horas destinadas à
Educação Física. O Dr. Gulick nomeou então James Naismith como professor da “classe rebelde”, ten-
do ficado encarregue de resolver o problema disciplinar e de encontrar uma solução que satisfizesse o
interesse dos alunos.
Naismith entendeu então que era necessário criar jogos animadores com prática possível dentro
do ginásio, evitando o frio rigoroso por um lado, e substituindo, por outro lado, os jogos de ar livre
muito violentos. Primeiramente, Naismith tentou aplicar jogos simples praticados por si na sua infância
com amigos da sua aldeia, mas não encontrou entusiasmo por parte dos alunos. Seguidamente, adoptou
as modalidades desportivas tradicionais apreciadas pelos alunos, para que pudessem ser praticadas em

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recinto coberto, como o futebol americano e o futebol. Mais uma vez não teve êxito. Os alunos revela-
ram um certo desinteresse porque tais modalidades não envolviam “placagem”, uma vez que eram pra-
ticadas num ginásio. Naismith debruçou-se então no estudo das modalidades mais apreciadas pelos
alunos naquela época e criou uma modalidade baseada nesse mesmo estudo. Essa modalidade teria que
ser recreativa e desportiva, não envolvendo portanto, qualquer tipo de violência, possível de desenvol-
ver dentro de um ginásio e que motivasse o interesse e a prática pelos jovens.
A nova modalidade não poderia, de forma alguma, esquecer a importância da condição física.

2.3. Princípios fundamentais do novo jogo


Um dia, ao entrar no ginásio para guardar uma bola que teria sido utilizada numa aula no exte-
rior, reparou que a mesma entrou dentro de um cesto de fruta depois de ter sido lançada, e daí surgiu
uma ideia brilhante para o novo jogo. Estava-se a dar um grande passo na história do Desporto. Mais
tarde, após ter feito um estudo analítico de todos os jogos conhecidos, com a preocupação de identificar
os elementos comuns, de comparar os processos de jogo e de classificar as acções dominantes e tam-
bém após observação cuidada dos condicionalismos materiais e a nível de instalações, Naismith definiu
que:
1. A bola estaria presente, explorando a atracção lúdica que habitualmente provocava;
2. A bola seria utilizada, exclusivamente com as mãos, atendendo à simplicidade de execu-
ção provocada por uma maior disponibilidade motora das mãos;
3. Criar-se-ia um alvo elevado, horizontal, fino e de pequenas dimensões que apelasse mui-
to mais para a destreza individual do que para a força;
4. Todos os jogadores poderiam movimentar-se pela totalidade do espaço disponível;
5. Proibir-se-ia o jogador de posse de bola de se deslocar com ela, impedindo individualis-
mos e levando-os a uma necessária via de socialização;
6. Proibir-se-ia qualquer tipo de brutalidade (relacionada com a anterior, uma vez que não
correndo com a bola na mão, não haveria placagem e há um incitamento ao auto-controle de reac-
ções por parte do participante;
7. O jogo permitia um equilíbrio entre o ataque e a defesa proporcionando a manutenção
por parte do jogador;
8. O jogo, para além de desportivo, pretendia ser uma poderosa via educativa, evitando a
violência entre os jogadores e melhorando a sua conduta disciplinar;

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A partir destes elementos, Naismith elaborou os cinco princípios fundamentais que caracteriza-
vam o novo jogo:
A bola será esférica, grossa, leve sendo jogada com as mãos;
Os jogadores podem deslocar-se em qualquer direcção no campo e podem receber a
bola em qualquer momento;
É interdito correr com a bola nas mãos;
Os contactos pessoais serão interditos e penalizados;
O cesto, de pequenas dimensões, será fixado numa posição horizontal (a uma determi-
nada altura do solo), de modo a fazer mais apelo à habilidade do que à força;

Estes princípios levaram ao aparecimento do primeiro regulamento de jogo em 15 de Janeiro de


1892.

2.4. Primeiro regulamento de jogo


As primeiras regras foram elaboradas por James Naismith e consistiam no seguinte:
A bola pode ser atirada em qualquer direcção com uma ou com as duas mãos;
A bola pode ser batida em qualquer direcção com uma ou com duas mãos; nunca com o
punho fechado;
O jogador não pode correr com a bola; deve atirá-la do sítio em que a agarrar; deve
haver benevolência para o jogador que agarra a bola quando corre com grande rapidez;
A bola deve ser agarrada nas mãos ou entre as mãos; os braços e o corpo não podem ser
usadas para agarrar a bola;
Não é permitido empurrar, agarrar, puxar, rasteirar ou bater de qualquer modo na pessoa
do adversário:
A 1ª infracção é contada como falta;
Uma 2ª falta desqualifica o jogador que deve abandonar o campo até ser feito novo
ponto; se houver intenção de magoar o adversário, a desqualificação será para o resto do jogo e não
pode ser substituído;
Bater a bola com o punho fechado é falta por violação às regras 2ª e 4ª e deve ser punida
tal como se descreve na regra 5;
Se em qualquer das duas equipas os jogadores fazem três faltas consecutivas, sem que o
adversário tenha feito uma, será contado como ponto para o adversário;

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Conta-se ponto (golo) sempre que a bola seja atirada ou batida de dentro do campo para
dentro do cesto e fique lá dentro; aqueles que defendem não podem tocar no cesto ou deslocá-lo;
Se a bola ficar na borda do cesto, e os adversários mexerem neste, conta-se golo
como se a bola entrasse;
Quando a bola sai fora do campo pode ser posta em jogo pelo primeiro jogador que lhe
toque e deve atirá-la de novo para dentro do campo:
Para este lançamento concede-se cinco segundos; se a bola foi agarrada mais tempo
fica a pertencer ao adversário;
Se uma das equipas demorar o jogo e teimar na demora, o árbitro deve marcar-lhe
uma falta;
O árbitro auxiliar será juiz dos jogadores e deve apontar as faltas avisando quando
forem cometidas três faltas consecutivas; tem poderes para desclassificar os jogadores de acordo
com a regra 5ª;
O tempo de jogo é de 30 minutos, dividido em duas partes de 15 minutos com um inter-
valo de cinco minutos;
A equipa que fizer mais golos nesse tempo será declarada vencedora; no caso de empate
o jogo deve continuar até que se faça outro golo, desde que os capitães concordem;

O número de jogadores era variável de acordo com o tamanho do terreno de jogo e do acordo
que se estabelecia entre os treinadores. Variava entre os três e os quarenta. O melhor número de joga-
dores era nove. Os jogos 9x9 eram os mais frequentes e os treinadores já definiam as posições a tomar
em campo por cada um dos seus jogadores. Geralmente existiam:
Um “goal-keeper”;
Dois “guards”;
Três “centerman”;
Dois “wings”;
Um “homeman”
O dever do ”goal-keeper” era defender o seu cesto, evitando que o seu adversário marcasse pon-
tos. Os dois “guards” também tinham essa função. Os “wings” eram os extremos e o “homeman” (pos-
te) tinham o dever de colocar a bola no cesto do adversário. Os “centerman” (ou base) tinham o dever
de colocar a bola nos colegas que se encontravam na melhor posição para marcar ponto.

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Após estas evoluções do novo jogo, Naismith ia introduzindo inovações que não eram nada
mais, nada menos do que o resultado de tentativas de resposta a situações que se iam apresentando.
Exemplos:
a) O drible não estava previsto, mas era necessário progredir com a bola no terreno mas sem cor-
rer com ela nas mãos. Então, os jogadores à medida que iam avançando, atiravam a bola ao solo
e tornavam a agarrá-la. Esta sequência repetia-se até que surge o drible;
b) O espaço do terreno de jogo começou a ser fixo, assim como os jogadores que com ele esta-
vam relacionados. Começaram a jogar com cinco jogadores em 2-1-2: avançados-médios-
defesas;
c) Começam a surgir as defesas à zona. Desta, os mais altos é que tiravam vantagem; então surge
a regra dos três segundos;
d) Os jogadores mais baixos, estando com alguma desvantagem começavam a lançar de longe já
que a sua penetração para o cesto era de certo modo impossibilitada. Nasce assim, o lançamento
dos três pontos, que convidavam os adversários ao afastamento das tabelas, tornando o jogo
mais espectacular;
e) No início, uma equipa poderia estar com a bola em seu poder durante o tempo que quisesse,
Ora, assim, a equipa que estivesse a ganhar aproveitava-se desta regra para “queimar” tempo em
situações que tornavam o jogo muito monótono e com um nível de espectáculo mais baixo. Sur-
gem as regras de tempo (30 segundos) que obrigam o jogo a ser mais rápido e atraente.

3 - A INTRODUÇÃO DO BASQUETEBOL EM PORTUGAL

O Basquetebol foi introduzido pela primeira vez em Portugal por um professor de Educação
Física, Rodolfo Hornuy, em 1913.
Inicialmente, o jogo tinha apenas um carácter recreativo, uma vez que era conhecido apenas
pelos frequentadores do ginásio da Associação da Mocidade Cristã.
A divulgação foi progredindo até que em 1921 foi possível a organização das primeiras compe-
tições.
A primeira prova inter-regional (1922) realizou-se num campo de futebol (por falta de campos
de jogos apropriados), assim como o primeiro jogo internacional no Porto (1933) e o primeiro entre
equipas femininas.

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4 - ASPECTOS SUMÁRIOS DA EVOLUÇÃO DO BASQUETEBOL. ANALOGIA À PRÁTICA


DO JOGO POR UM PRINCIPIANTE

Será possível estabelecer uma analogia entre o jogo de um principiante e as várias fases de evo-
lução do Basquetebol?
Sim, de facto desde que um indivíduo começa a praticar a modalidade comete erros de ordem
técnica e táctica que se podem comparar com as iniciais fases do Basquetebol. No entanto, à medida
que vai realizando treinos, consegue melhorar ao fim de algum tempo e atinge um nível de execução
muito superior. O Basquetebol ao longo do seu percurso histórico passou por várias fases de evolução
até que, actualmente, é um dos desportos mais praticados em todo o mundo.
O Basquetebol conheceu três fases fundamentais que marcou o seu percurso histórico:
1. FASE PRIMÁRIA
2. FASE DE ORGANIZAÇÃO COLECTIVA
3. FASE ACTUAL

4.1. Fase Primária


Corresponde a todas aquelas situações de primeira experiência de jogo, e que, aliás, caracteri-
zam o jogo anárquico de um principiante:
Existência de individualismo;
Aglutinação constante;
Aglomeração dos jogadores sobre a bola;
Situações de alinhamento;
Falta de ofensividade do drible e do passe;
Ofensividade dos deslocamentos muito reduzida;
Organização colectiva: do mesmo modo dos jogos colectivos da época;
Acção Defensiva: com 2 defesas que não saíam de perto do seu cesto;
Acção Ofensiva: com a utilização de 2 jogadores mais hábeis e rápidos como avançados;
Acção de Ligação: utilização de um médio que apoiava a defesa e o ataque

4.2. Fase de Organização Colectiva


Quando uma equipa perde a posse de bola é necessário que ela se organize colectivamente (1º
processo defensivo) fazendo marcação individual por todo o campo numa correspondência total às fun-
ções desempenhadas:

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Defesas marcam avançados;


Médios marcam médios;
Avançados marcam defesas;
Seguidamente, a marcação individual a partir do meio campo. Finalmente a marcação à zona,
introduzida por Anderson, EUA, é criada a partir do princípio que cada jogador é responsável por
defender uma determinada zona ou área do campo.

4.3. Fase Actual


A partir de 1960, quando se realizaram os primeiros Jogos Olímpicos de Roma, verificou-se
uma profunda modificação nos processos do Basquetebol. Há um cada vez maior aprofundamento dos
conhecimentos fundamentais do jogo, através da sua técnica individual e colectiva (táctica), conduzin-
do os processos de jogo para uma maior simplificação.
Segundo Busnell, o basquetebol passou a ser jogado finalmente, segundo os conceitos de Nais-
mith: “maior e mais lógico equilíbrio entre a defesa e o ataque”.

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1. RESUMO DO REGULAMENTO E ARBITRAGEM


Neste capítulo vamos tentar colocar em evidências as principais regras de Basquetebol (5x5), recentemente refor-
muladas com vista a aumentar a competitividade e espectacularidade do jogo e a sua eficiência ofensiva.

O Basquetebol é um JDC praticado por 2 equipas de cinco jogadores, com um máximo de sete suplentes. O
recinto do jogo (28x15m), rectangular, é delimitado por duas linhas de fundo e duas linhas laterais.
Recinto de Jogo (28 x15 metros)

Basquetebol 5x5

Introduzir a bola no cesto da equipa adversária e evitar que ela seja introduzida no nosso, respeitando as
Objectivo Jogo
regras de jogo.

N.º Jogadores 12: 5 efectivos (jogo) e 7 suplentes.

Bola Perímetro: 75 a 78 cm. Peso: 567 a 650 g.

Cesto Fixado numa tabela a uma altura de 3,05 m do solo feito em aro de ferro com um cesto de corda suspenso.

40 minutos de tempo útil, divididos em 4 períodos de 10 minutos. 15’ de intervalo entre o 2º e 3º período e
Duração
2’ de intervalo entre os restantes períodos de jogo.

Ganha a equipa que, no fim do jogo, tenha obtido o maior número de pontos. Em caso de empate há que
Resultado
realizar um ou vários prolongamentos de cinco minutos para encontrar o vencedor. Em algumas competi-
Final
ções do desporto escolar e desporto federado, o regulamento permite que o jogo possa terminar empatado.

Dois Árbitros, 1 marcador (mesa), 1 cronometrista e 1 operador de 24 segundos. Por decisão da Federação,
Arbitragem
poderá ser autorizada a utilização de três árbitros.

REGRAS ARBITRAGEM

Início do Jogo
- O jogo começa com um lançamento de bola ao ar entre dois - O árbitro lança a bola ao ar
jogadores, um de cada equipa, no círculo central.

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Pontuação
- Os pontos são obtidos através de lançamentos de campo e de - O árbitro indica à mesa, com os dedos, o número de pontos
lances livres. conseguidos pelo lançador. A bola é reposta em jogo em
- A bola tem de entrar no cesto pela sua parte superior, passan- qualquer ponto atrás da linha final.
do através da rede.
- Os lançamentos de campo são os que se efectuam no decorrer
normal do jogo e em qualquer local do campo. Os lances livres
são executados da linha de lance livre, com o jogo parado.
- Lançamento convertido de qualquer local à frente da linha de
6,25 m ou pisando-a vale 2 pontos.
- Lançamento convertido de qualquer local atrás da linha de
6,25 m vale 3 pontos.
- Lance livre convertido vale 1 ponto.

Manipulação da Bola
- A bola é jogada exclusivamente com as mãos, podendo ser - O árbitro apita e executa o sinal correspondente à infracção
passada, lançada ou driblada em qualquer direcção. da regra dos apoios.
- Com a bola segura nas mãos, apenas é possível realizar dois - O árbitro apita e executa um movimento alternado dos bra-
apoios ou passos. ços estendidos para cima e para baixo.
- Na acção de drible não é permitido: - O árbitro apita e exemplifica o movimento de transporte da
* Bater a bola com as duas mãos simultaneamente; bola.
* Driblar, controlar a bola com as duas mãos e voltar a driblar, - A infracção a estas regras é penalizada com perda da posse
* Acompanhar a bola com a mão, no momento do drible da bola. Reposição fora do campo, atrás das linhas laterais ou
(transporte). finais.
* Não é permitido socar a bola!

Bola Fora
- A equipa responsável pela bola fora perde o direito à sua
posse. Se a bola saiu pela linha lateral, será reposta em jogo
- As linhas que delimitam o campo não fazem parte dele. no local correspondente à sua saída.
- A bola está fora quando: - Se a bola saiu pela linha final, será reposta em jogo na linha
* Toca as linhas laterais, finais ou o solo para além delas; final, excepto no espaço directamente atrás da tabela.
* Um jogador de posse da bola pisa as linhas-limite do campo. - O árbitro indica com um braço a direcção do ataque, entrega
a bola ao jogador e controla os cinco segundos que o execu-
tante dispõe para colocar a bola em jogo

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Faltas
Definição: é uma infracção às regras de jogo que envolve - O árbitro indica o sinal de falta pessoal e o número do joga-
contacto pessoal com um adversário e/ou comportamento dor que cometeu a falta. Ao jogador faltoso é averbada falta
antidesportivo. A falta é sempre averbada ao jogador seguida no boletim e a sua equipa perde a posse da bola.
de uma penalização técnica.
* Faltas pessoais - Os jogadores que cometem faltas devem identificar-se
-Envolve contacto ilegal com um adversário, quer a bola esteja perante a mesa, levantando o braço.
viva ou morta. - O jogo recomeça com reposição da bola, fora do campo, na
- Um jogador não pode agarrar, empurrar, nem impedir o zona mais próxima do local onde ocorreu a falta, quer seja na
movimento de um adversário com os braços ou com as pernas. linha lateral ou na final, excepto no espaço directamente atrás
- Falta cometida sobre um jogador que não está em acto de da tabela. A equipa também pode ser penalizada com dois
lançamento. lances livres (ver faltas da equipa).
- Falta cometida sobre um jogador que está em acto de lança- - Quando o cesto foi convertido, este é válido e o jogador que
mento. sofreu a falta tem direito a efectuar um lance livre.
* Faltas antidesportivas - Quando o cesto não foi convertido, o jogador que sofreu a
- Uma falta pessoal que, na opinião do árbitro, foi cometida falta tem direito a efectuar dois ou três lances livres, confor-
deliberadamente é uma falta antidesportiva. Não é uma tentati- me se trate, respectivamente, de uma tentativa de lançamento
va legítima para jogar a bola dentro do espírito e intenção das de dois ou três pontos.
regras de jogo.
* Faltas técnicas
Atitudes antidesportivas, como linguagem ou gestos ofensivos - A equipa cujo jogador sofreu a falta beneficia de lances
e o desrespeito das indicações da arbitragem, serão penaliza- livres, seguidos de posse da bola.
dos com faltas técnicas. São faltas que não envolvem uma - São assinaladas no boletim e dão origem à marcação de um
relação directa com jogadores adversários. lance livre, seguido de posse da bola no meio-campo.
- A execução caberá a um jogador indicado pelo capitão de
equipa.
* Falta desqualificante - O árbitro forma um «T» com as mãos abertas.
- Qualquer conduta antidesportiva flagrante por parte de um
jogador, suplente, treinador, treinador adjunto ou acompanhan-
tes da equipa.
5 faltas
O jogador que cometer 5 faltas pessoais e/ou técnicas deve - A mesa comunica que o jogador atingiu as 5 faltas. - O
abandonar o jogo. jogador é substituído.
Faltas da equipa - O jogador que sofreu a falta realizará dois lances livres
Quando uma equipa cometeu quatro faltas pessoais ou técnicas
num período (10 minutos), todas as faltas pessoais seguintes
que não sejam cometidas sobre um jogador em acto de lança-
mento, são penalizadas na linha de lance livre (2 lançamentos).

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Lance Livre
Nenhum jogador pode entrar na área restritiva, antes de a bola - A penalidade para esta infracção é a repetição do lançamen-
ter saído das mãos do lançador. to, se o lance livre não tiver sido convertido.

3 Segundos
- A penalidade para esta infracção é a perda da posse da bola
para a equipa adversária que a repõe em jogo, fora do campo,
Nenhum jogador atacante pode permanecer no interior da área na zona mais próxima do local onde ocorreu a violação, quer
restritiva adversária mais do que 3 segundos quando a sua seja na linha lateral, quer na final, excepto no espaço directa-
equipa está em posse da bola. mente atrás da tabela.
- O árbitro executa um movimento ascendente e descendente
do braço, com três dedos estendidos

8 Segundos
Uma equipa em posse da bola dispõe de 8 segundos para a - No caso de se esgotarem os 8 segundos sem que a bola
fazer passar para a zona de ataque (ultrapassar a linha de meio- tenha passado para a zona de ataque, o árbitro apita e a equipa
campo). adversária tem direito a uma reposição na zona mais próxima
do local onde ocorreu a violação, quer seja na linha lateral ou
na final, excepto no espaço directamente atrás da tabela.

24 Segundos
Uma equipa em posse da bola dispõe de 24 segundos para - A mesa indica que passaram os 24 segundos e o árbitro dá a
lançar ao cesto. bola à equipa adversária que efectua reposição na zona mais
próxima do local onde esta se encontrava, seja na linha lateral
ou na final, excepto no espaço directamente atrás da tabela.

Bola Presa
Quando a bola é segura simultaneamente por um jogador de - O jogo recomeça com bola ao ar, no círculo mais próximo
cada equipa e não se define a sua posse, os árbitros assinalarão do local onde se verificou a bola presa.
bola presa. - O árbitro fecha as mãos e estende os polegares.

Substituições
Durante o jogo, qualquer jogador pode ser substituído. -A sua entrada em campo só pode verificar-se quando o jogo
No entanto, na sequência de uma violação, apenas a equipa estiver interrompido e o cronómetro parado.
que vai repor a bola em jogo pode proceder a uma substitui- - Aquando de uma interrupção, a mesa indica o pedido de
ção. substituição e o árbitro autoriza a sua realização.
Nos últimos 2’ do quarto período, ou de qualquer prolonga-
mento, a equipa que sofre cesto pode realizar uma substitui-
ção, desde que esta tenha sido solicitada atempadamente.
Neste caso, o adversário pode também substituir um jogador.

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Descontos de Tempo
Durante o jogo, cada treinador tem direito a solicitar um des- - O treinador solicita à mesa o desconto de tempo, que será
conto de tempo, de 1 minuto, em cada um dos três primeiros concedido quando o jogo estiver interrompido.
períodos; dois durante o quarto período; um durante cada
período suplementar (prolongamento).

SINAIS DE ARBITRAGEM

Os sinais ilustrados nestas regras são os únicos oficiais. Têm de ser usados por todos os árbitros em todos os jogos.
É importante que os oficiais de mesa estejam familiarizados com estes sinais.

PONTOS MARCADOS

CRONOMETRAGEM

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ADMINISTRAÇÃO DO JOGO

VIOLAÇÕES

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INDICAR UMA FALTA PARA A MESA DO MARCADOR (3 PASSOS A SEGUIR)


1º Passo – Número do Jogador

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INDICAR UMA FALTA PARA A MESA DO MARCADOR (3 PASSOS A SEGUIR)


2º Passo – Tipo de Falta

INDICAR UMA FALTA PARA A MESA DO MARCADOR (3 PASSOS A SEGUIR)


3º Passo – Número de Lances Livres (concedidos) ou Direcção do Jogo
N.º Lances Livres Direcção do Jogo

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ADMINISTRAÇÃO DOS LANCES LIVRES (DOIS PASSOS)


1º Passo – Na área restritiva antes de cada lance livre

ADMINISTRAÇÃO DOS LANCES LIVRES (DOIS PASSOS)


2º Passo – Na área restritiva depois de cada lance livre

ESCLARECIMENTO DAS REGRAS DE JOGO RELATIVO ÀS INFRACÇÕES

As infracções às regras de jogo podem ser de dois tipos: (1) Violações e (2) Faltas.
As violações podem ser igualmente de dois tipos: relativamente à (1.1) bola ou (1.2) marcações
do terreno de jogo.
As faltas assumem diferentes denominações de acordo com a simultaneidade com que ocorrem
ou se são providas de contacto pessoal com o adversário. As faltas são duplas quando são cometidas em
simultâneo e têm uma penalização técnica diferente. Se existe contacto pessoal com um jogador adver-
sário, as faltas são (2.1.) pessoais ou (2.2) antidesportivas. Se não existe contacto pessoal entre jogado-
res adversários, as faltas são desqualificantes quando servem para desqualificar um jogador (sair do
terreno de jogo) ou técnicas, quando existe falta de respeito pelos diferentes intervenientes no jogo.
Quando um jogador acumula até 5 faltas pessoais ou técnicas durante o mesmo jogo, deve ser
desqualificado. Quando uma equipa, no decorrer de cada período de jogo atinge 4 faltas pessoais e/ou

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técnicas, passa a estar na situação de “faltas de equipa com direito a penalidade”. Neste caso, a bola em
vez de ser reposta pela linha lateral ou final, quando a falta ocorre sobre um jogador não está em acto
de lançamento, passa a haver direito a dois lançamentos livres, pelo jogador que sofreu a infracção.
BOLA A bola e sua manipulação definem a infracção
VIOLAÇÕES

MARCAÇÕES Terreno (linha/área) de jogo define a infracção

INFRACÇÃO
Falta Pessoal
COM CONTACTO

Falta Antidesportiva
FALTAS
SEM CONTACTO
Falta Técnica
5 Faltas/Jogador

Falta Desqualificante
4 Faltas de equipa DUPLA

Violações
Uma violação relativamente à bola refere-se à sua má manipulação que infringe as regras esti-
puladas previamente conhecidas. Uma violação relativamente ao terreno de jogo é definida por uma má
gestão dos actos dos jogadores em campo relativamente às linhas e áreas das marcações do terreno de
jogo. Em cada um destes casos, a sanção técnica ou penalidade resume-se a uma reposição de bola pela
equipa que não cometeu a infracção. Esta reposição é feita no ponto mais próximo onde ocorreu a
infracção, atrás da linha lateral ou final. No caso da bola ser reposta na linha final, o jogador deve estar
sempre fora dos limites da área restritiva.

EXEMPLOS DE VIOLAÇÕES
Relativamente à bola Relativamente às marcações
- Drible ilegal (driblar com duas mãos) - Regra “Turn Over” (regressar com a bola para a zona de defesa)
- Drible ilegal (driblar, parar a bola, driblar) - Regra dos três segundos
- Tocar a bola com a perna ou pé (abaixo do joelho) - Regra dos oito segundos
- Transporte de bola (mão vai atrás da bola/acompanha-a) - Jogador e/ou bola sai fora do campo.
- Estar mais do que cinco segundos com a bola nas mãos
- Regra dos 24 segundos.

Faltas
Uma falta define-se, ao nível do regulamento de basquetebol, como sendo uma infracção às
regras de jogo que envolve contacto pessoal com o adversário e/ou comportamento antidesportivo. A
falta é sempre averbada ao jogador, seguida da penalização respectiva.

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Falta Pessoal
È a falta cometida por um jogador que envolve um contacto ilegal com um adversário, quer a
bola esteja viva (em jogo) ou morta (fora dos limites ou após falta). È uma falta que surge na sequência
de uma disputa salutar da bola entre dois jogadores adversários, interpretada pelo árbitro como sendo,
dentro do “espírito das regras do jogo”, mas que inevitavelmente deu origem a um contacto pessoal.
Esta falta é sancionada de formas diferentes, de acordo se o jogador que a sofre, está em acto de lança-
mento ao cesto, ou se não está em acto de lançamento ao cesto:
- No primeiro caso, o jogador que sofre falta tem direito a um lance livre se a finalização foi fei-
ta com sucesso; a dois ou três lances livres, se não houve êxito na finalização e se o jogador lançou ao
cesto, respectivamente, dentro ou fora da área dos 6,25m.
- No segundo caso, em cada período de jogo (10 min), cada falta pessoal é sancionada com
reposição de bola pela equipa que não cometeu a infracção. Esta reposição é feita no ponto mais pró-
ximo onde ocorreu a infracção, atrás da linha lateral ou final. No caso da bola ser reposta na linha final,
o jogador deve estar sempre fora dos limites da área restritiva.

Falta Antidesportiva
É outro tipo de falta pessoal envolve um contacto ilegal e que no entender do árbitro, não é uma
tentativa de legítima de jogar directamente a bola dentro do espírito e intenção das regras. A falta anti
desportiva tem de ser interpretada de uma forma consistente durante o jogo. O que se deve ter em conta
no julgamento realizado pelo árbitro:
- Se um jogador não faz qualquer esforço para jogar a bola e ocorre um contacto;
- Contacto excessivo (“falta dura”) no esforço para jogar a bola;
- Jogador agarra, atinge, rasteira, pontapeia ou empurra deliberadamente um adversário.
Não é falta antidesportiva quando um jogador comete um esforço legítimo para jogar a bola.
A sanção técnica ou penalização para este tipo de falta é, para além do averbamento ao jogador,
realizada de acordo com o seguinte:
- Jogador que sofre falta não está em acto de lançamento – dois lances livres.
- Jogador que sofre falta está em acto de lançamento – o jogador que sofreu a falta tem direi-
to a um lance livre se a finalização foi feita com sucesso; a dois ou três lances livres, se não houve êxito
na finalização e se o jogador lançou, respectivamente, dentro ou fora da área dos 6,25m.
Seguidos de reposição de bola no ponto médio da linha lateral, feita pelo mesmo jogador que
anteriormente lançou.

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Falta Desqualificante
Qualquer conduta antidesportiva flagrante ou repetida por parte de um jogador, jogador suplen-
te, treinador, treinador adjunto ou acompanhante das equipas. Um treinador tem de ser, também, des-
qualificado quando:
- lhe são averbadas duas (2) faltas técnicas ("C") em resultado da sua própria conduta anti-
desportiva.
- lhe são averbadas três (3) faltas técnicas acumuladas resultantes de conduta antidesportiva
do treinador adjunto, substituto ou acompanhante da equipa que se encontra no banco da equipa
("B") ou uma combinação de três (3) faltas técnicas, uma das quais foi averbada ao próprio
treinador ("C").
Um treinador que foi desqualificado tem de ser substituído pelo treinador adjunto, conforme inscri-
ção no boletim de jogo. Se não houver algum treinador adjunto inscrito no boletim de jogo, o treinador
será substituído pelo capitão.
A sanção técnica ou penalização para este tipo de falta é averbamento da falta ao jogador que
depois de ser desqualificado tem de dirigir-se e permanecer nos balneários da sua equipa até ao final do
jogo ou, se preferir, pode abandonar o pavilhão. Depois é realizado o seguinte:
- Jogador que sofre falta não está em acto de lançamento – dois lances livres.
- Jogador que sofre falta está em acto de lançamento – o jogador que sofreu a falta tem direi-
to a um lance livre se a finalização foi feita com sucesso; a dois ou três lances livres, se não houve êxito
na finalização e se o jogador lançou, respectivamente, dentro ou fora da área dos 6,25m.
Seguidos de reposição de bola no ponto médio da linha lateral, feita pelo mesmo jogador que
anteriormente lançou.

Falta Técnica
Podem ser cometidas pelos jogadores de campo ou por qualquer outro elemento da equipa. São
faltas que não envolvem directamente contacto físico com os adversários, mas são caracterizadas pelo
infractor manifestar falta de respeito pelos outros intervenientes no espectáculo. Exemplos: (1) dirigir-
se desrespeitosamente aos árbitros ou oficiais de mesa; (2) perturbar um adversário ou obstruir a sua
visão agitando os braços à sua frente; (3) retardar o jogo; (4) evitar que bola seja reposta prontamente
em jogo; (5) utilizar palavrões relativamente aos árbitros ou aos oficiais de mesa, (6) não levantar ime-
diatamente o braço a pedido do árbitro, quando lhe for assinalada uma falta, (7) trocar o seu n.º de
jogador; (8) abandonar o campo de jogo sem autorização; (9) pendurar-se ilegalmente no aro do cesto.

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A sanção técnica ou penalização para este tipo de falta é averbamento da falta ao jogador que a
cometeu. É concedido um lance livre à equipa adversária, seguida de reposição de bola no ponto médio
da linha lateral, feita pelo mesmo jogador que anteriormente lançou. A nomeação deste jogador que
executa o lançamento é designado pelo capitão de equipa.
Quando a falta é cometida por qualquer elemento da equipa que está no banco de suplentes, a
penalidade é o direito a dois lances livres para a equipa adversária.

Falta Dupla
É uma situação na qual dois adversários cometem falta ao mesmo tempo, um sobre o outro. É
averbada uma falta pessoal cada jogador e não são concedidos nenhuns lançamentos livres. O jogo
deve reiniciar da seguinte maneira:
- Se for convertido um cesto de campo válido ao mesmo tempo, a bola tem de ser colocada à
disposição da equipa adversária que converteu o cesto para uma reposição da linha final.
- Se uma equipa tinha a posse da bola ou tinha direito à bola, a bola tem de ser colocada à disposi-
ção desta equipa para uma reposição de fora do campo, no local mais próximo da infracção.
- Se nenhuma equipa tinha a posse da bola nem direito à bola, o jogo tem de recomeçar com uma
bola ao ar no círculo mais próximo do local onde ocorreu a infracção.

Cinco faltas de um jogador


Um jogador que cometeu cinco (5) faltas, quer sejam pessoais e/ou técnicas, tem de ser informado do
facto e tem de abandonar o jogo de imediato. Tem de ser substituído dentro de 30 segundos. A falta de
um jogador que já tenha cometido anteriormente a sua quinta falta é averbada ao treinador com a letra
"B", no boletim de jogo.

Faltas da equipa: Penalidade


Definição: uma equipa encontra-se em situação de penalidade quando comete quatro faltas de equipa
num mesmo período, resultantes de faltas pessoais ou técnicas averbadas a qualquer jogador dessa
equipa.
Todas as faltas da equipa cometidas em qualquer intervalo de jogo têm de ser consideradas como
fazendo parte do período ou período suplementar que se seguir.
Todas as faltas da equipa cometidas em qualquer período suplementar têm de ser consideradas como
fazendo parte do quarto período.

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Regra
Quando uma equipa se encontra em situação de penalidade por faltas da equipa, consequentemente
todas as faltas pessoais seguintes dos jogadores têm de ser penalizadas com dois (2) lances livres, em
vez de posse da bola pela linha lateral.
Se a falta pessoal é cometida por um jogador da equipa que tem a posse de bola viva, ou da equipa que
vai fazer uma reposição de bola, essa falta pessoal não tem de ser penalizada com dois lances livres.

Princípio básico
Cada um dos árbitros tem poder para assinalar faltas independentemente do em qualquer altura do jogo,
quer a bola esteja viva ou morta. Pode ser averbado qualquer número de faltas a uma ou ambas as equi-
pas. Independentemente da penalidade, será averbada no boletim de jogo uma falta por cada uma come-
tida pelo infractor.

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