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Habilidades Médicas

Exame físico pulmonar

Turgência jugular: acentua-se com a expiração no caso de enfisema, o que não ocorre no caso
de ICC (Insuficiência cardíaca congestiva)

Supuração: processo ou resultado de formação de pus

Síndrome de Claude-Bernard-Horner: compressão simpática. Ptose, pupila contraída só de um


lado. Sudorese torácica unilateral.

Atelectasia: colapso pulmonar. Produz som maciço.

Ângulo de Charpy (entre as costelas) <90 Longilíneos e >90 Brevelíneos.

Enfisematosos podem apresentar torpor (narcose por CO2)

Pelo menos 5% da hemoglobina reduzida para que haja cianose.

Cianose central: shunt cardíaco ou função de transporte de O2 insuficiente

Cianose periférica: vasoconstrição ou redução do débito cardíaco.

Enfisematosos (BB- azul pletórico/Blue bloaters e PP - soprador rosado/pink puffers) BB mais


cianóticos.

Sinal de Ramond: contratura da musculatura paravertebral torácica unilateral. Denuncia o


comprometimento pleural inflamatório homolateral.

Sinal de Lemos Torres: abaulamento dos espaços intercostais durante a expiração – derrame
pleural.

Ângulo de Louis, formado pela junção do manúbrio com o corpo esternal.

Envelhecimento – tórax globoso, porém não compromete as funções pulmonares.

Trepopneia é a dispneia (dificuldade em respirar) que é sentida quando a pessoa está em


decúbito lateral, não sendo sentida no decúbito contralateral.

Resp. de Cheyne-Stokes = Biot

Respiração de Kussmaul: acidose diabética, apneia na expiração e inspiração.

Enfisema subcutâneo: pneumotórax

Edema na fossa supraclavicular: obstrução na VCS.

FTV – frêmito toracovocal - mais acentuado à direita e nas bases. Afecções pleurais são
antipáticas e afecções do parênquima são simpáticas. Derrames pleurais diminuem o frêmito,
o qual torna-se mais nítido nas condensações pulmonares. Exceção: brônquio obstruído,
apesar de ser afecção parenquimatosa, o som não se transmite.

Frêmito brônquico: sensação tátil dos estertores. F. Pleural: atrito pleural.

Se houver condensação o som maciço permanece independentemente da posição do paciente,


se o som for maciço devido a derrame, o som desaparece no decúbito ventral.
Estertor fino ou crepitante: f alta, duração curta, inspiração, não mudam com a tosse, atrito dos
cabelos com os ouvidos (parece). VELCRO.

Estertores são descontínuos.

Os estertores grossos ou bolhosos têm frequência menor e maior duração que os finos.
Nítida alteração com a tosse e podem ser ouvidos em todas as regiões do tórax. Audíveis no
início da inspiração e durante toda a expiração. Vias respiratórias contendo secreção viscosa e
espessa/afrouxamento da estrutura de suporte das paredes brônquicas. São comuns na
bronquite crônica e nas bronquiectasias.

Síndromes broncopulmonares e pleurais


1. Síndromes brônquicas: redução do calibre, dilatação e/ou hipersecreção; em todas as
doenças: redução do calibre dos brônquios (broncoconstrição) devido ao edema da
mucosa e aumento do tônus broncomotor (determina calibre).

Sintomas e ex. físico: dispneia e tosse (podem estar ausentes); inspiração profunda e
tiragem (inspeção); frêmito TV normal ou diminuído (palpação); Percussão normal ou
hipersonoridade; Redução do murmúrio vesicular, expiração prolongada, sibilos
expiratórios nos dois pulmões e pode haver roncos e estertores grossos (ausculta).

a. Asma: broncoconstrição e edema de origem alérgica; sibilos, roncos e


estertores grossos. Aumento da frequência respiratória e redução bilateral da
expansibilidade, hipersonoridade, redução do frêmito TV e do murmúrio
vesicular (nas crises).

b. Bronquite crônica da DPOC: broncoconstrição e edema pela resposta


inflamatória anormal a partículas ou gases tóxicos. Muita secreção de muco na
árvore brônquica. Tosse com expectoração mucopurulenta (pequeno
volume)* que dura meses, alternando a intensidade. Estertores grossos dos
dois lados*. Roncos, sibilos, redução bilateral da expansibilidade,
hipersonoridade, redução do frêmito TV e do murmúrio (quando associado a
enfisema).

c. Bronquiectasia: broncoconstrição e edema devido ao infiltrado inflamatório;


(EKTASIS, “extensão, estiramento”); dilatação irreversível dos brônquios por
destruição dos componentes de suas paredes. Tosse produtiva c/ expectoração
mucopurulenta abundante (princip. de manhã). Hemoptises. Radiografia e ex.
físico normais quando incipiente. Com o avançar da doença: aumento da f. resp.
redução uni/bilateral da expansibilidade, diminuição do FTV (constrição) e do
murmúrio vesicular. Hipersonoridade à percussão. Estertores grossos, roncos e
sibilos nas áreas de constrição.

d. Infecções traqueobrônquicas: broncoconstrição e edema pela liberação de


mediadores inflamatórios devido ao agente infeccioso. Bronquite aguda,
geralmente vírus: tosse seca, rouquidão, desconforto retroesternal, pode
avançar para tosse com expectoração mucosa e até mucupurulenta (associada
a infecção bacteriana secundária). Achados do ex. físico só na ausculta:
estertores grossos, roncos, sibilos inconstantes em ambos os pulmões.

2. Síndromes parenquimatosas:

a. Consolidação: pneumonias, infarto pulmonar e TB. Condensação do


parênquima (ocupação do espaço por céls/exsudato). Dispneia e tosse (seca ou
produtiva). Pode haver expectoração hemoptoica (sangue + muco/pus) e
hemoptise. Desconforto restroesternal. Pode afetar a pleura (dor pleurítica –
localizada). Expansibilidade diminuída e frêmito TV aumentado.
Submacicez/macicez. Respiração brônquica ao invés do murmúrio vesicular,
sopro tubário, broncofonia/egofonia, pectorilóquia e estertores finos.

b. Atelectasia: neoplasias ou corpos estranhos que ocluem lúmen dos brônquios.


Desaparecimento de ar dos alvéolos sem a ocupação por céls./exsudato.
Dependendo da localização da massa pode ser do pulmão inteiro, lobos ou
segmentos. Dispneia, desconforto e tosse seca. Retração do hemitórax e
tiragem. Expansibilidade e frêmito diminuídos (FTV tb pode ser abolido).
Submacicez/macicez.

c. Hiperaeração: enfisema. Dispneia que se agrava lentamente até a insuf.


respiratória. Redução do murmúrio vesicular e expiração prolongada.
Expansibilidade e FTV diminuídos e tórax em tonel.

d. Congestão passiva: IVE ou estenose mitral. Acúmulo de líquido -> dispneia de


esforço, ortopneia e dispneia paroxística noturna. Tosse seca ou com
expectoração rósea. Expansibilidade normal ou diminuída. FTV normal ou
aumentado. Submacicez e estertores finos* nas bases pulmonares. Expiração
prolongada.

e. Escavação/caverna pulmonar: eliminação do parênquima em área que sofreu


necrobiose (abcessos, neoplasias, micose e TB – causa principal). Tosse
produtiva (purulenta/hemóptica) e vômica. Para detectar no ex.físico a caverna
deve ter diâmetro de 4cm (mín) e estar próxima à periferia. Expansibilidade
diminuída na região afetada. FTV aumentado (se houver secreção).
Timpanismo. Som broncovesicular ou brônquico no lugar do murmúrio.
Pectorilóquia.

3. Síndromes pleurais:

a. Síndrome pleurítica: pleurite (TB, inflamações, colagenoses, viroses, doenças


reumáticas, neoplasias). ATRITO PLEURAL* (ausculta) e DOR LOCALIZADA. Se
a evolução evolui com a produção de líquido que se acumula no espaço pleural:
desaparecimento da dor e do atrito -> evolução para síndrome de derrame
pleural. Sintomas: dor torácica ventilatória dependente. Expansibilidade e FTV
diminuídos. Submacicez.

b. Derrame pleural: pleurites, pneumonias, neoplasias, colagenoses, síndrome


nefrótica e IC. Dor (sem ser pleurítica), tosse seca e dispneia (dependendo do V
de líquido acumulado). Expansibilidade diminuída. FTV diminuído no local do
derrame e aumentado na área do pulmão em contato com o líquido. Macicez.
Murmúrio vesicular abolido na área do derrame. Egofonia e estertores finos na
área do pulmão em contato com o líquido.

c. Pneumotórax (s. pleural aérea): penetração de ar por traumas ou afecções (TB,


pneumoconiose, neoplasias). Comunicação de ducto com espaço pleural. Dor
no hemitórax acometido, tosse seca e dispneia. Abaulamento dos EIC (grande
quantidade de ar). Expansibilidade e FTV diminuídos. Hipersonoridade e
timpanismo*. Murmúrio vesicular diminuído.

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