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Evolução do Sistema Monetário

Internacional
Breve histórico entre 1870 e
1993

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Evolução do Sistema Monetário
Internacional

O período de 1870 / 1914 foi caracterizado pela adoção generalizada do sistema


denominado padrão-ouro. Nesse sistema, as moedas dos diferentes países eram
lastreadas por uma determinada quantidade de ouro. Isso fazia com que as
mesmas fossem conversíveis em ouro e vice-versa.

Além disso, os particulares podiam comprar ou vender ouro em qualquer


quantidade.

Do mesmo modo, as importações e exportações do metal eram realizadas sem


qualquer restrição.
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O regime do Padrão-Ouro vigorou efetivamente até julho de 1914, quando foi


suspenso em virtude da 1ª Guerra Mundial, que provocou uma forte inflação e a
desagregação das economias de vários países.

O período compreendido entre as duas Guerras Mundiais foi caracterizado por


uma total desorganização do Sistema Monetário mundial.

Países adotaram taxas de câmbio fixas ou flutuantes, de acordo as suas


conveniências de momento.
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O Acordo de Gênova, de 1922, tentou estabelecer um sistema semelhante do


Padrão-Ouro vigente até a 1ª Guerra Mundial. Os países signatários manteriam
não somente o ouro como reserva monetária,mas também moedas que fossem
conversíveis em ouro. Surgiu, assim o Padrão Câmbio-Ouro(“Gold Exchange
Standard”).
O passo principal para a adoção desse sistema foi dado pela Inglaterra em 1925,
com o seu retorno ao Padrão-Ouro, adotando para a libra esterlina a mesma
paridade vigente antes da 1ª Guerra Mundial. Em decorrência da importância da
libra à época, aliada à sua conversibilidade em ouro, os países passaram a adota-
la como moeda de reserva.
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No final da década de 20, as principais nações já haviam restabelecido o sistema


de taxas cambiais fixas, e algumas delas a conversibilidade de suas respectivas
moedas em ouro. Todavia, as paridades estabelecidas encontravam-se fora da
realidade econômica. Algumas, como por exemplo a libra esterlina estavam
sobrevalorizadas, enquanto outras achavam-se desvalorizadas.

Como conseqüência, a Inglaterra passou a sofrer pressões para converter as


libras em poder dos demais países, o que acabou obrigando-a a suspender, em
21 de setembro de 1931, a conversibilidade da libra esterlina em ouro.
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Os Estados Unidos, por sua vez, adotaram o mesmo procedimento em relação ao


dólar em 6 de março de 1933. Em janeiro de 1934, o dólar foi desvalorizado em
40,9%, elevando o preço do ouro de US$ 20.67 para US$ 35.00 a onça troy,
restabelecendo-se, assim, o vínculo do dólar ao ouro.

A grande depressão do início dos anos 30 inviabilizou o retorno a um sistema


monetário estável, visto que a grande maioria dos países se recusava a aceitar a
deflação de preços para obter a correção de seus respectivos Balanços de
Pagamentos.
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Além disso, os países passaram a promover desvalorizações competitivas de


suas respectivas moedas, numa tentativa de reduzir o desemprego, através do
crescimento das exportações.

Como se isso não fosse o bastante, se registrou, nessa época, um sensível


crescimento da adoção de barreiras protecionistas.
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O Acordo de Bretton Woods

Denomina-se Sistema de Bretton Woods, o sistema monetário internacional que


vigorou entre 1946 e 1971. Esse sistema era governado pelas normas do Fundo
Monetário Internacional (FMI), um dos organismos criados pela reunião
realizada em Bretton Woods, New Hampshire, em 1944.

O sistema foi baseado em uma forma de “gold exchange standard”, sendo que
as paridades das diversas moedas foram estabelecidas em relação ao ouro ou ao
dólar.
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O Acordo de Bretton Woods

A estabilidade das taxas de câmbio era obtida através da sistemática intervenção


oficial no mercado e não mais mediante a existência de “gold-points”, como
ocorria no regime do Padrão-Ouro.

Os “gold-points” foram substituídos pelos chamados “pontos de sustentação”


e “pontos de intervenção”, o que criava, efetivamente, um mecanismo de
bandas cambiais.
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O Acordo de Bretton Woods

Cada país, ao se associar ao FMI, se obrigava a declarar o valor de sua moeda


em termos de ouro e dólares norte-americanos. O dólar, por sua vez, possuía
uma paridade fixa em termos de ouro, sendo conversível em metal na base de
US$ 35.00 por onça troy. Essa conversibilidade somente era aplicada aos
governos, não sendo pois extensiva ao público.

Além disso, cada país assumia o compromisso de evitar qualquer variação


superior a 1%, para cima ou para baixo, do valor da paridade estabelecida entre a
sua moeda e o dólar.
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O Acordo de Bretton Woods

Esse intervalo de 2% (1% de cada lado da paridade) determinava os chamados


“pontos de sustentação e de intervenção”, os quais eram as taxas mínimas e
máximas que os Bancos Centrais eram obrigados a intervir, para evitar uma
flutuação (volatilidade) exagerada da cotação do dólar em termos da moeda
nacional. Mediante a compra ou venda de grandes quantidades de dólares no
mercado, as autoridades monetárias procuravam manter a cotação do dólar
dentro do intervalo delimitado por esses “pontos”. Alguns países adotaram o
intervalo máximo de 1,5%.
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O Acordo de Bretton Woods

Para fins de ilustração, vamos examinar a seguir um caso concreto:

A paridade da lira italiana em relação ao dólar era de US$ 1.00 = Lit 625,00; e seu
ponto de sustentação era Lit 620,50 e o de intervenção Lit 629,50. Isso significava
que o Banco Central da Itália deveria intervir, comprando dólares no mercado de
câmbio, sempre que a cotação caísse a Lit 620,50 ou vendendo dólares, sempre
que a cotação subisse a Lit 629,50.
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O Acordo de Bretton Woods

Observações importantes:
a) os “pontos” se aplicavam, obrigatoriamente, apenas às taxas prontas.
Contudo, nada impedia que um país, por vontade própria procurasse manter
manter a estabilidade das taxas futuras.
b) os “pontos” se referiam apenas à paridade da moeda em relação ao dólar.
Assim sendo, não existia nenhuma obrigação no tocante às paridades com outras
moedas que não o dólar. Na prática porém, as operações de arbitragem se
encarregavam de manter a estabilidade dessas paridades.
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O Acordo de Bretton Woods

Observações importantes:
c) os Estados Unidos não eram obrigados a respeitar os “pontos” para o dólar.
Cabia-lhe somente converter em ouro, na base de US$ 35.00 por onça troy, os
dólares de propriedades dos governos estrangeiros, sempre que fosse solicitado.
Assim sendo, se, por exemplo, a cotação do franco francês / dólar variasse mais
de 1% para cima ou para baixo da paridade estabelecida, o problema de tomar
medidas corretivas estava afeto à França e não aos Estados Unidos.
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O Acordo de Bretton Woods

Em virtude da pujança da economia dos Estados Unidos e da estabilidade de sua


moeda, o dólar se transformou em uma moeda verdadeiramente universal, o que
permitiu o funcionamento satisfatório do sistema de Bretton Woods por vários
anos.

Em 1958, a conversibilidade das principais moedas européias foi restabelecida,


em decorrência da criação do Mercado Comum Europeu, através do tratado de
Roma, firmado em 1956.
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O Acordo de Bretton Woods

Contudo, já no final da década de 60, a situação já não se mostrava tão favorável.


Os contínuos déficits verificados no Balanço de Pagamentos dos EUA, aliados
aos efeitos negativos da Guerra do Vietnã, provocaram uma grande procura por
ouro no mercado de Londres. Objetivando contornar o problema, os países
participantes do “pool” de ouro, criado em Londres em 1960, decidiram
estabelecer, a partir de março de 1968, um mercado livre. No mercado oficial, o
preço do metal continuaria a ser de US$ 35.00 a onça, enquanto no mercado livre
ele seria determinado de acordo com as condições de oferta e procura.
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O Acordo de Bretton Woods

A partir desta data, os Estados Unidos começaram, discretamente, a dificultar a


conversão de dólares em ouro.

Deste modo, esse processo deixou de ser um assunto de rotina para ser objeto
de negociações de alto nível
.
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A Crise de 1971

A sucessão de déficits verificados no Balanço de Pagamentos norte-americano,e


em especial o ocorrido em 1970, começou a gerar uma desconfiança de que,
mais cedo ou mais tarde, o dólar teria que ser desvalorizado. Os detentores de
dólares passaram a trocá-los por outras moedas, especialmente pelo marco
alemão e franco suíço. Os Bancos Centrais europeus viram as sua reservas em
dólares aumentarem rapidamente e não hesitaram em solicitar ao Tesouro dos
EUA a conversão em de grandes montantes..
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A Crise de 1971

As reservas de ouro norte-americanas começaram a declinar rapidamente, apesar


da venda, por parte do FED, de moedas estrangeiras obtidas através de
operações de swap com outros Bancos Centrais. A situação foi se agravando
cada vez mais, até que, em 15 de agosto de 1971, os EUA, unilateralmente,
declaram o fim da conversibilidade do dólar em ouro. Além disso, os EUA criaram
uma sobretaxa de 10%, que passou a incidir sobre todas as importações norte-
americanas.Estas decisões representaram, na prática, o fim do sistema de
Bretton Woods.
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A Crise de 1971

Ao tomarem conhecimento das decisões do governo norte-americano, os


principais países da comunidade financeira internacional fecharam os seus
mercados de câmbio. Quando estes foram reabertos, uma semana mais tarde, as
principais moedas já estavam sob um regime de taxas flutuantes. Tratava-se,
contudo, de uma flutuação limitada (fluxo sujo), já que o que esses países
queriam evitar era que as taxas de câmbio se elevassem demais, o que
fatalmente traria conseqüências negativas para os seus respectivos Balanços de
Pagamentos.
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O Acordo Smithsoniano

Embora suspendendo a sua conversibilidade, os EUA não queriam, de forma


alguma, desvalorizar o dólar. Ao contrário, insistiam para que os outros países
valorizassem as suas respectivas moedas.Aliás, a criação da sobretaxa sobre as
importações tinha como principal objetivo forçar essa valorização, já que a mesma
tornaria as importações norte-americanas mais caras e as exportações norte-
americanas mais baratas, contribuindo, assim, para a redução do déficit do
Balanço de Pagamento norte-americano.Essa tentativa, é óbvio, não encontrou
apoio no seio da comunidade financeira internacional.
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O Acordo Smithsoniano

Finalmente, em Washington no dia 18 de dezembro de 1971, os países


componentes do Grupo dos Dez,chegou a um acordo, que ficou conhecido como
o Acordo Smithsoniano. Por esse acordo, algumas moedas (yen, franco suíço,
xelim austríaco, marco alemão, franco belga e florim holandês) foram valorizadas,
algumas (libra esterlina e franco francês) se mantiveram inalteradas e outras (lira
italiana, coroa sueca e o dólar norte-americano) foram desvalorizadas. Essas
alterações ocorreram mediantes alterações nos valores das paridades-ouro
dessas moedas.
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O Acordo Smithsoniano

Assim sendo, depois de de décadas de estabilidade, o dólar foi desvalorizado em


8%, elevando-se o preço do ouro de US$ 35.00 para US$ 38.00 a onça. A
sobretaxa de 10% sobre as importações norte-americanas foi eliminada, mas a
inconversibilidade do dólar foi mantida.

Além do mais, a amplitude entre os “pontos de sustentação e de intervenção”


foram aumentada de 1% para 2,25%, para cima ou para baixo das novas
paridades, passando a permitir, portanto, um intervalo total de variação de 4,5%.
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A Crise de 1973

Em abril de 1972, os seis países-membros do então Mercado Comum Europeu


(Alemanha Ocidental, Bélgica, Holanda, Luxemburgo, Itália e França)
concordaram em manter as suas respectivas moedas flutuando dentro de um
intervalo menor do que o permitido pelo Acordo Smithsoniano. Mais tarde, o Reino
Unido e a Dinamarca aderiram ao novo mecanismo, denominado Acordo
Europeu de Flutuação Comum.
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A Crise de 1973

Pelo Acordo, esses países passaram a permitir que suas moedas flutuassem
dentro de uma banda máxima de +/- 2,25% com relação ao dólar e de +/- 1,125%
entre elas.
Esse sistema ficou conhecido como a “serpente dentro do túnel” (snake in the
tunnel), sendo que a “serpente” representava a banda de 1,25% e o “túnel” a
banda de 2,25%.
A partir de março de 1973, quando o dólar passou a flutuar, o “túnel” desapareceu
ficando somente a”serpente”.
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A Crise de 1973

Não obstante a desvalorização do dólar em dezembro de 1971, o Balanço de


Pagamentos dos EUA continuou a se deteriorar. Empresas, bancos e investidores
particulares continuavam a vender seus dólares, comprando moedas mais fortes.
Os Bancos Centrais foram obrigados a adquirir enormes quantidades de dólares,
a fim de manter as taxas dentro dos novos “pontos” estabelecidos pelo FMI. Esta
situação levou aos EUA a promover, em 14 de fevereiro de 1973,uma nova
desvalorização do dólar, desta vez de 10%, elevando o preço do ouro para US$
42.22 a onça. Como resultado dessa nova desvalorização, várias moedas (yen,
libra e o franco suíço) passaram a flutuar.
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A Crise de 1973

Em 11 de março de 1973, cinco membros (Alemanha Ocidental, França, Bélgica,


Holanda e Dinamarca) do Mercado Comum Europeu concordaram em manter
taxas de câmbio fixas entre as suas respectivas moedas, dentro de um intervalo
máximo de 2,25%, fazendo-as flutuar como um bloco contra as outras moedas,
especialmente o dólar, de acordo com as forças de mercado, porém dentro de
certos limites (fluxos sujos). Assim, a intervenção somente ocorreria se as
moedas se aproximassem dos “pontos” em termos das moedas do grupo. Esses
países não mais comprariam ou venderiam dólares como política de sustentação.
Com isso, desapareceu o “túnel”, permanecendo a “serpente”.
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A Reforma do Sistema Monetário Internacional

O Acordo de Bretton Woods funcionou relativamente bem durante


aproximadamente um quarto de século. Todavia, no final dos anos 60 e no início
dos anos 70 ocorreram várias manifestações quanto à conveniência de se
reajustar as paridades então vigentes.

A suspensão da conversibilidade do dólar e as suas duas desvalorizações


(dezembro de 1971 e fevereiro de1973), que levaram à adoção do sistema de
taxas flutuantes por vários países, fizeram com que se passasse a discutir
seriamente sobre a necessidade urgente de se promover uma reforma no sistema
monetário internacional.
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A Reforma do Sistema Monetário Internacional

Esses acontecimentos acarretaram, novamente, o surgimento das discussões


entre os partidários dos sistemas de taxas de câmbio fixas e se taxas de câmbio
flutuantes. A primeira corrente era representada, principalmente, pela França,
enquanto a segunda pelos Estados Unidos.
Em novembro de 1975, os presidentes da França e dos Estados Unidos, na
reunião realizada em Rambouillet, França, chegaram a um acordo preliminar
sobre a questão das taxas de câmbio. Pelo acordo, passaria a ser adotado o
sistema de taxas flutuantes, com a ressalva de que cada país teria o direito de
procurar estabilizar as flutuações do mercado mediante intervenções, caso
fossem necessárias.
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O Acordo da Jamaica

Como resultado do acordo preliminar de Rambouillet, os países-membros do FMI,


em reunião realizada em Kingston, Jamaica, em janeiro de 1976, aprovaram três
pontos principais:
• reconhecimento oficial do sistema de taxas flutuantes, enfatizando, porém, a
importância da obtenção da estabilidade;
• abolição do preço oficial do ouro e venda da parte do estoque de ouro do FMI,
devendo os lucros provenientes dessa venda serem destinados a constituição de
um fundo de ajuda aos países subdesenvolvidos. Eliminação das exigência para
que certas transações entre o FMI e os países-membros fossem realizadas em
ouro.
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O Acordo da Jamaica

• permitir o acesso dos países subdesenvolvidos à empréstimos do FMI,


destinados a auxiliá-los em seus problemas de estabilização dos respectivos
Balanços de Pagamentos.

A aprovação do sistema de taxas flutuantes e a conseqüente abolição do preço


oficial do ouro representaram uma vitória dos Estados Unidos.

Quanto a um possível retorno ao sistema de paridades fixas, o FMI só poderá


fazê-lo com a concordância de 85% dos votos dos países-membros.
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O Sistema Monetário Europeu
Na Cúpula de Bremen, em junho de 1978, seis dos nove países da Comunidade,
incluindo França e Itália, subscreveram uma proposta para a criação de uma
“zona de estabilidade monetária”.
Esta proposta objetivava: reduzir a inflação, que em alguns dos países alcançava
níveis inaceitáveis; promover a estabilidade monetária e, por conseguinte, o
crescimento e a prosperidade - dado que a instabilidade cambial criava
obstáculos aos fluxos de comércio e de investimentos; e promover a convergência
gradual das políticas econômicas dentro da Comunidade, visando a integração
econômica - o mercado único - que conduziria, em última instância, à união
monetária.
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O Sistema Monetário Europeu

O Sistema Monetário Europeu (SME), que operacionalizou as propostas de


Bremen, entrou em vigor em março de 1979 e apresentava quatro aspectos
principais:

• Mecanismo Cambial (MC)


• Unidade Monetária Européia (ECU)
• Instrumentos de Financiamento
• Fundo Monetário Europeu
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O Sistema Monetário Europeu

Todas as moedas dos países membros do SME estavam ligadas, por uma taxa
central, ao ECU, que era uma cesta ponderada de moedas da União Européia. As
taxas de câmbio podiam variar +/- 2,25% (6% no caso da Lira Italiana) em relação
às respectivas taxas centrais. Um conjunto complexo de mecanismos foi criado
para manter as moedas dentro das faixas permitidas. Os eventuais
realinhamentos eram adotados como mediada extrema.
Entre 1979 e 1992 ocorreram 37 realinhamentos. Um período especialmente
crítico foi de 1983 a 1985. Mas, posteriormente o sistema se acomodou e, de
janeiro de 1987 a agosto de 1992, não se registrou nenhum realinhamento.
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O Sistema Monetário Europeu

Foi neste contexto que se deu a assinatura do Tratado de Maastricht, em fevereiro


de 1992, um acordo objetivando a criação da moeda única européia.

A suposição era de que a estabilidade do Mecanismo cambial e a convergência


das taxas de inflação e de juros entre os países membros da UME continuaria.

Contudo, mal a tinta acabara de secar, o Mecanismo Cambial foi atingido por uma
crise de grandes proporções.
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O Sistema Monetário Europeu
A Crise do Mecanismo Cambial de 1992-1993

No verão de 1992, 12 dos países membros da Comunidade Européia adotavam o


Mecanismo Cambial, enquanto quatro países não-membros haviam ancorado as
suas respectivas moedas ao ECU.

Mas em setembro de 1992, o sistema sofreu um forte ataque especulativo. Duas


das moedas mais importantes, a libra inglesa e a lira italiana, em virtude de fortes
desvalorizações, abandonaram o MC, enquanto outras, apesar também da
desvalorização, continuaram a adotar o MC.

Uma conturbada sessão noturna em Bruxelas decidiu, no dia 2 de maio de


1998 (na realidade já era o dia seguinte, pois passava da meia-noite), que a
União Europeia teria uma moeda comum. Entre 1994 e 1999 foi criado o
Instituto Monetário Europeu e aprovado o nome euro para a moeda única.

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