Você está na página 1de 8

Resumo: Reino Vegetal

Tópicos: Pteridófitas (resumo, características, exemplos, reprodução, ciclo de vida)

Pteridófitas: o que são?


As pteridófitas são plantas criptógamas, vasculares e cormófitas. Também encontradas
em ambientes quentes, sombreados e úmidos, vivem no interior de matas, sobre rochas ou aquáticos
flutuantes. São as primeiras plantas a possuírem estrutura com raízes, caule e folhas
verdadeiras (mas não possuem flores, nem sementes ou fruto).

Existem pteridófitas que têm raízes aéreas (como as samambaias e os xaxins) e também existem
aquelas que têm caule subterrâneo (chamado de rizoma). Nas pteridófitas, também aparecem pela
primeira vez os vasos condutores, o que permite maior porte e melhor adaptação à vida terrestre.

Classificam-se nas
divisões: Psilotophyta (Psilotum), Lycopodiophyta (Lycopodiella) Equisetophyta(cavalinha)
e Polypodiophyta (samambaia).

Reprodução das Pteridófitas


A reprodução das pteridófitas pode ser assexuada ou sexuada.

A reprodução assexuada pode ocorrer por multiplicação vegetativa do esporófito, por aposporia
(formação do gametófito a partir do esporófito, sem formação de esporos) ou por apogamia
(gametófito forma o esporófito sem que ocorra fusão gamética).

A reprodução sexuada será explicada a seguir.

As pteridófitas, assim como as briófitas, possuem um ciclo reprodutivo com alternância de gerações,
porém é o esporófito a fase mais duradoura e complexa. Estas plantas são, em geral, monoicas, ou
seja: uma mesma planta pode ter estrutura "feminina" e "masculina" ao mesmo tempo. Para entender
o ciclo, vamos usar o exemplo da reprodução da samambaia:

1ª O ciclo inicia com o esporófito (2n), que é a planta como um todo;

2ª Na face inferior dos esporófilos (folíolos férteis) da planta há estruturas circulares


denominadas soros;

3ª Os soros portam esporângios que irão produzir esporos (n) por meiose. Em condições adequadas,
os esporos são eliminados para o meio externo e podem germinar formando um gametófito (n);

4ª Quando maduros, os gametângios se formam e produzem anterozoides. Estes são liberados, onde
podem se dirigir ao gametângio feminino (já que geralmente estão em locais úmidos) e fecunda
a oosfera. Assim, um zigoto (2n) é formado e sofrerá inúmeras mitoses até formar um novo
esporófito(2n). Enquanto a nova planta (esporófito) se desenvolve, o gametófito se degenera.
Assunto: Reino Vegetal
Tópicos: Gimnospermas (resumo, exemplos, classificação, reprodução).

Gimnospermas: o que são?

As gimnospermas são plantas fanerógamas (com estróbilo desenvolvido), vasculares e talófitas.


Vivem preferencialmente em ambientes frios ou temperados e têm sementes (mas não têm frutos).
Essas sementes não têm nenhuma estrutura de proteção e daí vem o nome do grupo
(gimnosperma significa semente nua).

As folhas dessas plantas podem ser simples (acículas) ou compostas (pinadas). As plantas
gimnospermas podem ser dioicas (quando existem plantas "masculinas" e plantas
"femininas") ou monoicas (quando a mesma planta tem estruturas masculinas e femininas).
lassificação das Gimnospermas

As plantas gimnospermas podem ser classificadas em:

Divisão Pinophyta (ou coníferas): esta é a divisão com maior número de plantas, desde plantas
ornamentais (como o Cupressus) até o Pinus e a Araucaria angustifolia (a árvore que tem
pinhões) As gigantes sequoias, que são muito comuns na América do Norte, também pertencem a
essa divisão.

Divisão Cycadophyta: é muito utilizado para ornamentar ambientes e não é raro encontrar exemplares
em frente a comércios, condomínios e prédios. O gênero mais conhecido é o Cycas.

Divisão Gnetophyta: dessa divisão, a única espécie nativa do Brasil é a Ephedra tweediana. Outro
representante do grupo é Welwitschia mirabilis, conhecida como "polvo-do-deserto" justamente por
ter um aspecto bastante peculiar (aparece apenas na Angola e nos desertos do Sul da África).
Divisão Ginkgophyta: possui uma única espécie (Ginkgo biloba) que é considerada um fóssil vivo .
Muito utilizada na medicina.

Reprodução das Gimnospermas

Os Estróbilos Masculinos

As gimnospermas possuem ramos reprodutivos (chamados de estróbilos) com folhas modificadas que
produzem esporos. Os cones (ou estróbilos) masculinos se formam quando a planta atinge a
maturidade sexual.

Cada estróbilo possui um eixo central que porta várias folhas modificadas (os microsporófilos).
Nestes se encontram os microsporângios que produzirão esporos (os micrósporos). Cada
microsporângio porta células diploides (2n) chamadas células-mãe de micrósporos. Quando a célula-
mãe sofre meiose, são produzidos quatro micrósporos haploides (n). Os núcleos dos micrósporos
sofrem mitose e cada um deles se divide em um núcleo reprodutivo e um núcleo vegetativo. Quando
ocorre esta divisão, o micrósporo é chamado grão de pólen.

Os Estróbilos Femininos

O estróbilo feminino também é dotado de folhas modificadas, neste caso, chamadas megasporófilos.
Estes portam os megasporângios (óvulos) que produzirão megásporos. Em cada megasporângio,
umacélula-mãe de megásporo faz meiose e origina quatro células haploides (n). Destas quatro, três
são degeneradas e uma, apenas, germina formando o gametófito feminino (saco embrionário). No
gametófito são formados arquegônios, que produzem os gametas femininos (oosferas).

A Reprodução

1ª Quando produzidos e maturados, os grãos de pólen são levados pelo vento e podem chegar aos
estróbilos femininos;

2ª O pólen chega a um óvulo (megasporângio), iniciando, assim, o processo de germinação. A


germinação ocorre com o pólen emitindo um tubo polínico (este é o gametófito masculino);

3ª O óvulo é revestido por um tecido chamado tegumento e possui uma abertura (chamada
de micrópila). É nela que o tubo polínico penetra enquanto cresce, chegando ao arquegônio;

4ª Dentro do tubo polínico, o núcleo reprodutivo sofre mitose e forma dois núcleos (chamados
de espermáticos);

5ª Apenas um dos núcleos espermáticos se torna viável e ele fecunda a oosfera, gerando
um zigoto(2n).
6ª O zigoto se desenvolve e forma o embrião;

7ª O óvulo inicia um processo para formar a semente, que abrigará o embrião e um tecido para nutri-
lo (o endosperma);

8ª Em condições favoráveis, o embrião se desenvolve e matura, formando uma nova planta (que será
o esporófito). Como no início do ciclo, o esporófito forma os microsporângios e megasporângios para
produzir micrósporos e megásporos novamente.
Assunto: Reino Vegetal
Tópicos: Angiospermas (resumo, características, exemplos, classificação, estrutura da flor,
reprodução)

Angiospermas: o que são?


As angiospermas são plantas fanerógamas (com flores), vasculares (vasos mais especializados)
e talófitas. São as plantas mais complexas e diversas do Reino Vegetal, já que possuem flores,
sementes e frutos. Existem em torno de 260 mil espécies no mundo e, no Brasil, quase 33 mil,
ocupando os mais diversos ambientes. Elas têm extrema importância na produção de matéria orgânica,
bem como na alimentação e nas indústrias farmacêutica, têxtil e madeireira.

Classificação das Angiospermas

As plantas angiospermas podem ser classificadas


em monocotiledôneas, dicotiledôneas e eudicotiledôneas.

Monocotiledôneas: as monocotiledôneas são aquelas plantas cujas sementes têm apenas um


cotilédone (que é a primeira folha modificada do embrião). Essas plantas possuem raízes fasciculadas,
o caule pode ser do tipo colmo ou estipe e as nervuras de suas folhas são paralelas (folhas
paralelinérveas). As flores são trímeras, ou seja: as flores têm três peças florais (três pétalas e três
sépalas, por exemplo), ou então pode ter um número de peças florais múltiplo de três.
Exemplos de monocotiledôneas: milho, arroz, gengibre, palmeiras.

Dicotiledôneas: as dicotiledôneas são plantas cujas sementes têm dois cotilédones (que estão
associados com a nutrição do embrião). Essas plantas possuem raízes pivotantes, o caule pode ser do
tipo tronco ou do tipo haste e as suas folhas são reticuladas (nervura das folhas em rede), ou então
podem ter outros tipos de nervuras. Quanto ao número de peças florais (pétalas e sépalas), as flores
podem ser dímeras (duas), tetrâmeras (quatro) ou pentâmeras (cinco).
Exemplos de dicotiledôneas: louro, abacateiro, canela, magnólia.

Eudicotiledôneas: além de possuírem as características das dicotiledôneas, elas têm uma diferença
fundamental (além de outras): a ocorrência de grãos de pólen tricolpados. Este tipo de grão possui
três aberturas e isto aumenta a chance e velocidade de germinação do pólen assim que ele chega à
flor. O pólen das plantas que não são eudicotiledôneas possuem apenas uma abertura e uma menor
chance de contato com a flor.
Exemplos de eudicotiledôneas: feijão, grão-de-bico, figueira, macieira, pitangueira, mamoeiro,
jasmim, jacarandá, pimentão, girassol, dente-de-leão.
Pedúnculo ou pedicelo: haste que sustenta a flor;

Receptáculo: porção terminal dilatada do pedúnculo, que porta sépalas, pétalas, estames e carpelos;

Perianto: composto pelos apêndices externos da flor para proteção e/ou atração de polinizadores.
Vistosos e coloridos, geralmente;

O perianto pode apresentar um único conjunto de peças modificadas, chamadas tépalas. Mas também
pode estar diferenciado em dois conjuntos: o cálice e a corola.

Cálice: é o conjunto de apêndices mais externos denominados sépalas. Geralmente são verdes;

Corola: é o conjunto mais interno, composto por pétalas. Geralmente são coloridas e vistosas.

Androceu: contém os microsporângios;

Gineceu: contém os megasporângios;

O androceu é o conjunto de estames da flor. Cada estame possui um filete (haste) e na parte terminal
uma antera. Cada antera porta microsporângios, que estão unidos por um tecido chamado conectivo.
No interior de cada microsporângio são produzidos os esporos (micrósporos). Quando os grãos de
pólen estão maduros, as anteras se abrem (o processo chama-se deiscência) e eles são liberados.

O gineceu é o conjunto de carpelos (ou pistilos). Carpelo é uma folha modificada que envolve e
protege os megasporângios. O gineceu pode ter um (unicarpelar) ou vários carpelos (pluricarpelar).
O carpelopossui:
Ovário: porção basal do carpelo, onde fica a placenta e o lóculo. No interior deste último surgem os
óvulos (rudimentos seminais).

Estigma: porção que recebe os grãos de pólen;

Estilete: haste que suporta o estigma e conduz o tubo polínico que se forma quando o grão de pólen
cai sobre o estigma;

Observação: uma flor pode ser perfeita quando possui androceu e gineceu. No entanto, um desses
apêndices pode estar ausente. Quando a flor possui apenas gineceu, é chamada imperfeita pistilada,
e quando possui apenas androceu, é chamada imperfeita estaminada.

Reprodução das Angiospermas


No interior dos microsporângios encontram-se as células-mãe de micrósporos (2n). O núcleo de
cada micrósporo sofre mitose e forma um núcleo vegetativo e outro reprodutivo. Nesta fase, torna-
se o grão de pólen (gametófito masculino).

No interior dos megasporângios (óvulos) encontra-se a célula-mãe de megáporo (2n). Ela


sofre meiose e origina quatro células (n). Destas, três degeneram e apenas uma torna-se
o megásporo funcional, que sofre mitoses originando oito núcleos (n):

três núcleos formam as antípodas, no polo oposto à abertura do óvulo (micrópila);


dois núcleos formam as sinérgides, próximas à micrópila;
dois ficam no centro do óvulo, e se chamam núcleos polares;
um núcleo forma a oosfera, que encontra-se entre as sinérgides.

- Quando os gametófitos encontram-se maduros, o processo reprodutivo depende de algumas etapas


para obter êxito. A primeira é a polinização, que é o transporte do pólen até o estigma da flor. Pode
ocorrer pelo vento ou por agentes como insetos, pássaros e outros animais.

- Quando o pólen chega ao estigma, inicia a formação do tubo polínico, que cresce em direção à
micrópila do óvulo;

- O tubo polínico possui os núcleos vegetativo e reprodutivo. O primeiro orienta o crescimento do


tubo e depois degenera; e o segundo se divide formando outros dois núcleos espermáticos;

- Quando inicia a fertilização, o núcleo vegetativo já foi degenerado e os espermáticos adentram o


óvulo;

- Um núcleo (n) fertiliza a oosfera (n) e forma um zigoto. O segundo núcleo fusiona-se com os
núcleos polares e forma o endosperma (3n). O endosperma será responsável por nutrir o embrião;

- O óvulo desenvolve-se e forma a semente e o ovário transforma-se no fruto que, quando disperso
e em condições favoráveis permite o desenvolvimento do embrião e o surgimento de uma nova
planta.
MORFOLOGIA DA FOLHA

A área de morfologia das plantas estuda a classificação dos vegetais para identificar as espécies e
seus ambientes adequados. Existem folhas simples, quando o limbo não sofre divisão e as folhas
compostas que o limpo possui inúmeras partículas de folíolos. A folha é um apêndice caulinar que
está presente em quase todos os vegetais superiores, salvo poucas exceções (as que possuem
espinhos). É um órgão vegetativo com polimorfismo, ou seja, possui inúmeras variações e
adaptações de ambiente e função.

As folhas sofreram, ao longo do tempo, inúmeras adaptações de acordo com o ambiente em que
cresciam confira a seguir quais foram essas adaptações.

Alguns exemplos de variação são: gavinhas que podem ter variação de caule ou folha para prender
plantas trepadeiras, folhas e plantas carnívora com a mudança da válvula de apreensão e digestão,
folhas atrativas de insetos e pássaros, que normalmente são coloridas, entre outras variações.

Você também pode gostar