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UNIVERSIDADE DE SANTO AMARO

BACHARELADO EM ENFERMAGEM
HISTÓRIA DA ENFERMAGEM

RELATÓRIO DOS PORTFÓLIOS DA DISCIPLINA “ HISTÓRIA DA


ENFERMAGEM”

SÃO PAULO,
JUNHO 2018
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.............................................................................................04
2. OBJETIVO...................................................................................................04
3. METODOLOGIA..........................................................................................04
4. PORTIFÓLIOS...........................................................................................05
4.1. O que é enfermagem (resenha)........................................................05
4.2. Resenha do Cap. 1 do livro: História da Enfermagem.......................07
4.3. Florence Nightingale e as irmãs de caridade (resenha) .....................09
4.4. Resumo do filme Florence Nightingale...............................................11
4.5. Resumo do seminário do grupo 1......................................................12
4.6. Resumo do seminário do grupo 2.......................................................13
4.7. Resumo do seminário do grupo 3 ......................................................14
4.8. Resumo do seminário do grupo 4 ......................................................15
4.9. Resumo do seminário do grupo 5 ......................................................16
4.10 Resumo do seminário do grupo 6 .....................................................17
5. CONCLUSÃO..............................................................................................18
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.............................................................18
1. INTRODUÇÃO

A enfermagem é o cuidado ao ser humano individualmente, na família


ou em comunidade de modo integral e holístico. A História da enfermagem volta-
se ao objetivo de valorização da Enfermagem e de seus profissionais, fortalece
a autoestima destes com seus marcos históricos e personagens de destaque, e
contribui para o reconhecimento do profissional enfermeiro perante a sociedade.
A disciplina “História da Enfermagem” portanto, mostra-se objeto de
grande valia no percurso de formação dos futuros enfermeiros.

2. OBJETIVO

Os objetivos deste trabalho visam teorizar, integrar, processar e


interpretar informações no campo da História da Enfermagem e, sobretudo,
discutir os temas apresentados em sala de aula, bem como otimizar o
aprendizado e fomentar as discussões relevantes concernentes à disciplina.

3. METODOLOGIA

Constitui-se em pesquisa bibliográfica fornecida pela orientadora e obtida


em outras fontes diversas. Fora, feitos grupos de discussão em sala de aula e a
partir destes, desenvolveu-se uma logística de compartilhamento de informações
baseada na apresentação de portifólios e também, seminários temáticos bem
divididos.

4.A HISTÓRIA DA ENFERMAGEM


A partir do conhecimento da História da enfermagem é possível
compreender melhor porque a prática profissional se configura da forma como é
hoje e assim subsidiar-se de maneira a projetar uma melhor construção da
enfermagem do amanhã. Afinal, “Nenhum vento sopra a favor de quem não
sabe pra onde ir” (Sêneca) , e, sabendo de onde viemos, poderemos então
planejarmo-nos e apoderarmo-nos da consciência de estar trilhando caminhos
melhores.

4.1. O que é enfermagem

Na idade média as mulheres enfermeiras já existiam, tendo como papel


cuidar da população. Mas durante a inquisição o poder de cura dessas mulheres
era visto como algo que vinha do diabo, tanto pelo Estado como pela Igreja.
Devido à proibição da atuação dessas mulheres, foi criada uma universidade
formada apenas por pessoas do sexo masculino, onde era utilizado o
conhecimento das antigas enfermeiras. Por volta do século XIX, ocorreram
reformas na área da saúde e em 1962 o ensino de enfermagem integra o sistema
universitário; criam-se cursos de mestrado e doutorado, que atualmente se
encontram em expansão.
Um nome muito importante na história da enfermagem foi a de Florence
Nightingale. Após ter ouvido a voz de Deus passou a estudar relatórios
hospitalares e escrever o que seria importante para melhorá-los. Iniciou estudos
onde queria melhorar a assistência aos doentes. Foi convidada a administrar a
enfermagem dos hospitais militares na Guerra da Criméia, onde atendia aos
pacientes sempre com uma “lamparina”, por isso o símbolo da enfermagem é uma
lâmpada, em homenagem a Florence.
A enfermagem pode ser compreendida como sendo uma atividade a
ser realizada por pessoas que abrange desde o estado de saúde até os estados
de doença, caracterizando como uma ciência e arte do cuidar. Ela não trabalha
somente com o indivíduo, mais sim a família do mesmo e a sociedade como um
todo, garantindo o estado de saúde desses. A enfermagem foi definida como
sendo sinônimo de saúde, pois se preocupava em ter sempre pessoas com saúde
sadia, com habitações higiênicas e com a educação das crianças e mulheres. Os
enfermeiros formados devem fazer cumprir as leis de saúde, mantendo a pessoa
nas melhores condições possíveis, a fim de que a natureza possa atuar sobre ela.
A equipe de enfermagem é composta por três tipos de profissionais: o
enfermeiro, o técnico em enfermagem e o auxiliar em enfermagem. Porém este
ultimo está sendo retirado do mercado de trabalho devido a vários fatores, mas o
principal é a semelhança com o técnico em enfermagem. Cabe ao enfermeiro
participar do planejamento, execução e avaliação do programa dos planos
assistenciais de saúde. Ele atua na prevenção e controle sistemático das
infecções hospitalares, aplicando medidas contra danos que possam vir a ser
causados á clientela. O enfermeiro é o responsável por toda a sua equipe.
A área de atuação do profissional de enfermagem cresce cada vez
mais. Dentre inúmeras podemos citar campus como: saúde da mulher e
neonatologia, saúde da criança e do adolescente, em centros cirúrgicos (na
esterilização, organização e segurança do material), assistência a pacientes
hospitalizados, na saúde do idoso (uma área que só tende a crescer), em UTI,
dentre outros.
O exercício do profissional do enfermeiro se faz nos serviços de saúde
publica e privada, empresas, instituição de pesquisa, home care, creches,
berçários, asilos, dentro vários.
Para um bacharel em enfermagem tornar-se um enfermeiro é preciso
que este dedique aproximadamente quatro anos e meio para o curso, que se
divide em duas etapas: o ciclo básico e o ciclo profissional. Sendo o básico comum
a todas as matérias do curso de saúde, enquanto o profissional se encarrega de
transmitir teoria e prática para o futuro enfermeiro.
Durante uma consulta de enfermagem são feitos o diagnóstico e o
plano de intervenção, onde são indicados o estado do paciente. Segundo a lei N
7.498/86 o enfermeiro pode fazer prescrição de medicamentos estabelecidos em
programas de saúde pública em rotina aprovada pela instituição de saúde.
Também é permitido a realização da episotonia.
Um enfermeiro tem que ser forte e estável em todas as situações,
principalmente diante de um paciente que se sente sem forças ou desesperado
na sua dor ou em suas necessidades.
Os principais órgãos de classe da enfermagem são: ABEn (a primeira
associação civil de caráter cultural), sindicatos (pretendem implementar táticas e
estratégias de luta por piso salarial digno, menor jornada de trabalho, etc.),
COFEN e COREns ( são órgão de fiscalização do exercício profissional), FNEEn
(abriga a União Nacional de Técnicos e Auxiliares de Enfermagem) e o CNEEn
(reúne estudantes de todo o país para tratar de suas relações com o aparelho
formador e com a sociedade).

4.2. Resenha do Cap. 1 do livro: História da Enfermagem

O desenvolvimento das práticas de saúde está intimamente


associado às estruturas sociais diferentes noções em épocas diversas. Essas
práticas de saúde desenvolveram-se entre as primeiras civilizações do Oriente
e Ocidente, destacando-se, tanto nos velhos países do continente europeu,
como nas culturas orientais, sendo influenciadas pelas doutrinas e dogmas das
mais diversas correntes religiosas.
As práticas de saúde são divididas com relação ao objeto de pesquisa
com a realidade histórica e é identificada por pontos críticos. Sendo assim
subdivididas em: as práticas de saúde do alvorecer pós-monasticas e as práticas
de saúde do mundo moderno.
As práticas de saúde instintivas: Os cuidados existiam desde que
surgiu a vida, uma vez que seres humanos, como todos os seres vivos, sempre
necessitam de cuidados. Nos primórdios da humanidade, a vida nômade
obrigava a realização dos cuidados possíveis do próprio local, morada ou abrigo.
A mãe pode ser considerada como a primeira manifestação de cuidados do ser
humano com seus semelhantes.
As práticas de saúde mágico-sarcedotais: Aborda a evolução das
práticas de saúde ao surgimento da filosofia e ao progresso da ciência, quando
estas então se baseavam nas relações de causa e efeito. Assim foram colocados
em dúvida o supremo poder dos deuses, ocorrendo uma profunda transformação
morais e espirituais. A prática de saúde, antes mística e sacerdotal, passa a ser
um produto dessa nova fase, baseando essencialmente na experiência, no
conhecimento da natureza, no raciocínio lógico e na especulação filosófica.
As práticas de saúde monástico-medievais: Fiscalizavam a influência
dos fatores sócio-econômicos e políticos do medievo e da sociedade feudal nas
práticas de saúde e as relações destas com o cristianismo
As práticas de saúde pós-monásticas: Evidencia as práticas de saúde
e, em especial, a de enfermagem no contexto dos movimentos Renascentistas
e da Reforma Protestante. Essa fase foi bastante tempestuosa, significou uma
grave crise para a enfermagem, permanecendo por muito tempo e, só no liminar
da revolução capitalista, é que alguns movimentos reformadores que partiram
principalmente de iniciativas religiosas e sociais tentam melhorar as condições
do pessoal a serviço dos hospitais.
As práticas de saúde no mundo moderno: Analise as práticas de
saúde sob a ótica do sistema político-econômico da sociedade capitalista e
ressalta o surgimento da enfermagem como prática profissional
institucionalizada. O estado assume o controle da assistência à saúde como
forma de garantir a reprodução do capital, restabelecendo a capacidade de
trabalho operariado.
As referências sobre o cuidar, estão relacionadas com a prática
domiciliar de partos e atuação pouco clara de mulheres de classe social elevada
que dividiam as atividades dos templos com sacerdotes.
O modelo religioso da assistência de enfermagem, aconteceu em um
período que deixou como legado uma série de valores que, com o passar do
tempo, foram poucos legitimados e aceitos pela sociedade como características
inerentes à enfermagem. A abnegação, o espírito de serviço, a obediência e
outros atributos que deram à enfermagem noão uma conotação de prática
profissional, mas de sacerdócio. Logo no inicio das primeiras comunidades
cristãs, os pobres e enfermos foram objetos por parte da igreja.
No período que vai do século XIII ao inicio do século XVI, o modelos
religioso entra em decadência. As práticas de saúde desse período evidenciam
a evolução das ações de saúde e, em especial, do exercício de Enfermagem no
contexto dos movimentos Renascentistas e da Reforma protestante.
Na prática de saúde do mundo moderno, foram criadas congregações
de irmãs de caridade, que difundiram pelo mundo. Algumas dessas irmãs,
assumiram a direção de hospitais com excelentes resultados. Uma confraria que
podemos destacar é a Confraria de Caridade Luiza Marilac.

4.3. Florence Nightingale e as irmãs de caridade

A enfermagem conduzida de maneira profissional e, portanto, cientifica


foi introduzida no mundo por Florence Nightingale, que observou aspectos
importantes no cuidado com os pacientes valorizando objetos humanísticos de
amor ao próximo, doação, humildade, etc., bem como divisão social do trabalho e
hierarquia no processo de cuidado.
Os ensinamentos de amor e fraternidade da religião cristã levaram à sociedade
o conhecimento da ideologia altruísta que traçou contornos inerentes a prática
de cuidar desinteressadamente de outrem e de pensar de maneira a trazer
benefícios aos enfermos.
A partir desta forma de pensar cristã, o cuidado com enfermos passou
a ser feito não só por escravos, mas por pessoas da sociedade em comum, que
subsidiadas pela fé e valores morais elevaram o trabalho de enfermagem a
patamar maior.
Com o advento do cristianismo começaram a ser criadas ordens cristãs
de mulheres trabalhadoras voltadas, entre outros aspectos, também a pratica da
enfermagem. Uma dessas companhias, que surgiu no século XVII, e que se
mantém até hoje é a companhia das Irmãs de Caridade de São Vicente de Paulo.
O trabalho da companhia, naquela época de guerra e miséria era o de alimentar
pobres e cuidar de doentes e visitar o domicilio de quem necessitava de cuidados
paroquiais. Neste processo começaram a organizar hospitais e desenvolveram
a enfermagem em domicilio. A primeira Superiora foi Luísa de Marillac,
responsável por receber pessoas que se interessassem unicamente no cuidado
de enfermos sem outros compromissos.
Os trabalhos então deveriam ser feitos em silencio e com cuidado,
utilizando o que seria chamado “jogo do olhar” uma forma onde as técnicas que
permitem ver induzam a efeitos de poder. Deveriam essas mulheres cuidadoras
manter resguardo de qualquer contato com sexo masculino, ainda que estes
estivessem doentes, ou elas mesmas. As virtudes formadoras eram: a
humildade, as castidade e a caridade.
O regulamento a ser seguido pelas Irmãs de Caridade enfermeiras foi
elaborado quando as irmãs passaram a atuar em outros hospitais da França,
sendo o primeiro deles o Hospital São Joao, que serviu de modelo aos demais.
Os rituais de cuidado portanto, iam se construindo numa base voltada
para a prática do cuidar vivenciada pelas irmãs no cotidiano dos hospitais e dos
domicílios, orientadas inicialmente por Luísa de Marillac e Vicente de Paulo,
através de cartas, regulamento e transmissão verbal umas às outras, dando
origem ao que seria, posteriormente, denominado de técnicas de enfermagem,
organizadas numa base científica de cuidar, preconizada por Florence
Nightingale.
Florence Nightingale nasceu na cidade de Florença, e era de família
aristocrática e extremamente religiosa. Tinha como desejo maior realizar os
“trabalhos de Deus”-ajudar os pobres, os doentes e os menos dotados,
amenizando-lhes o sofrimento e a degradação. Esta senhora é considerada
Fundadora da Enfermagem moderna, por ter organizado um hospital de
campanha na guerra da Crimeia, e como resultado disto ter obtido
impressionante índice estatístico de diminuição de mortos. Como prêmio,
recebeu oportunidade de criar a primeira escola de enfermagem.
Durante a guerra da Crimeia, Florence utilizou os preceitos aprendidos
juntos as Irmãs de caridade, esta organização com quem teve oportunidade de
convívio e trouxe consigo muitos ensinamentos da pratica de enfermagem.
A construção da enfermagem embora não tenha sido apenas pelas
mãos de Florence, foi estruturada mais propriamente por ela, pois esta quem
exerceu maior influencia sobre a reforma de enfermagem.

4.4. Resumo do Filme Florence Nghtingale

Florence Ninghtingale nasceu no ano de 1820, na cidade italiana de


Florença e possuía uma família rica e bem sucedida de origem inglesa. Desde
pequena ela já demonstrava o que desejava fazer e sempre foi voltada ao
socorro de doentes e feridos. Diferentemente das mulheres da época, pois
naquela tempo elas se preocupavam em torna-se esposa submissa. Então
Florence decidiu dedicar-se à caridade, encontrando seu caminha na
enfermagem. Após a sua decisão, ocorreu uma discórdia entre a família
ocasionando um rompimento de relação entre Florence e sua mãe.
Ninghtingale viajou para a Alemanha, onde passou um tempo
trabalhando como enfermeira. Por volta dos seus 30 anos ela tornou-se
superintendente de um sanatória de caridade em Londres. Durante esse trabalho
eclociu a Guerra da Criméia, onde Florence teve a sua contribuição mais famosa
juntamente com a equipe de enfermeiras treinadas por ela, então elas partem
para os Campos de Scutari.
Sendo encarregada por cuidar de um grande hospital Scutari, via que
as condições eram muito precárias, onde o essencial estava em falta. Mas
mesmo assim ela não pensou em desistir e nem perdeu as esperanças,
enfrentando, além da situação dos doentes, pessoas invejosas onde faziam de
tudo para atrapalhá-la. Após um tempo Florence assumiu no hospital, então a
sujeira e a confusão deram lugar a limpeza e a ordem. Todas as noites,
Nightingale fazia a rotina, carregando consigo uma pequena lamparina (hoje o
símbolo da enfermagem), parando para confortar ou cuidar dos pacientes.
Mesmo depois do término da Guerra, Florence permaneceu no hospital até que
o último ferido pudesse retornar ao lar.

4.5. Resumo do seminário do grupo 1


A era colonial no Brasil no quis diz respeito à Enfermagem foi marcada
pela criação do ensino médio e a escola de medicina na primeira metade do
século 19. Neste período apenas o nome de Ana Neri destacou-se, a primeira
escola de enfermagem do Brasil recebeu seu nome como forma de homenagem.
Já no século 20, com o crescimento de cidades como Rio de Janeiro de
São Paulo, bem como o crescente aumento de imigrantes de outros países e
com eles novas doenças e epidemias, sentiu-se a necessidade por parte do
Governo Brasileiro de assumir a assistência à saúde através da criação de
serviços públicos, da vigilância e do controle mais eficaz sobre os portos através
da reforma Oswaldo Cruz introduzida em 1904, também a Diretoria-Geral de
Saúde Pública, criou-se o Serviço de Profilaxia da Febre Amarela, a Inspetoria
de Isolamento e Desinfecção e o Instituto Soroterápico Federal, que depois se
tornou Instituto Oswald cruz.
Durante a primeira e segunda Era Vargas, foram criados o Instituto de
Aposentadorias e também, mais importante, o Ministério da Saúde, que
contribuíram para sistematizar e melhorar as condições do profissional
enfermeiro no Brasil.
Na era Kubitschek Modernizaram-se e construíram importantes hospitais
no Brasil, que ao longo do tempo tornaram-se importantes marcos da evolução
da enfermagem no Brasil.

4.6. Resumo do seminário do grupo 2

Recuperar a história do processo de institucionalização da saúde pública


no Brasil em seus primórdios, nos anos 30, até a sua constituição como um
modelo nacional no Estado Novo, e identificar as concepções sobre saúde que
orientavam tanto o processo de formação profissional como a organização
institucional do setor na mesma época. Implementação da política social de
saúde durante os anos 30, houve uma estratificação baseada na divisão de
atribuições pelos dois ministérios e chama-se a atenção para o fato de que esta
interferiu de maneira irreversível no desenvolvimento da área, definindo a saúde
pública como responsabilidade unilateral do Estado.
A constituição de políticas de saúde no decorrer do 1º Governo de
Getúlio Vargas (1930-45), definida a partir da separação de atribuições entre o
Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio e o Ministério da Educação e Saúde
Pública, fato que implicou em padrões diferentes de incorporação no sistema de
welfare state que se formalizava. Demonstra que o desenho institucional se
adequava aos interesses políticos do governo federal e aos parâmetros
ideológicos que vinham norteando o debate político, onde a questão federativa
se destacava como um tema central. Diante deste quadro a política de saúde
pública empreendida pelo MESP seguiu um modelo abrangente, não excludente
e ganhou contornos universais, além de ter sido definida como atribuição
unilateral do Estado, não configurando como um direito social.
A criação da primeira escola de enfermagem em 1923 não implicou
no imediato surgimento de outras, isto vem acontecer na década de 30
alicerçada pelo modelo de assistência médica curativa e no momento que a
política educacional assume o treinamento da força de trabalho.
O ensino na área de enfermagem se expandiu, atendendo ao
aumento da demanda dessa nova categoria profissional, aumento este
impulsionado principalmente pelo ritmo de urbanização existente e pelo
processo de modernização dos hospitais (SILVA, 1986).
A expansão do ensino da enfermagem nas décadas de 30,40 e 50
aconteceu a partir de uma realidade social definida, num contexto de acelerados
processos de urbanização e industrialização, das quais as políticas educacionais
de saúde eram reflexos.
As escolas deveriam funcionar de acordo com a filosofia da Escola
Florence Nightingale, baseada em quatro idéias-chave:
1- O treinamento de enfermeiras deveria ser considerado tão
importante quanto qualquer outra forma de ensino e ser mantido pelo dinheiro
público.
2- As escolas de treinamento deveriam ter uma estreita associação
com os hospitais, mas manter sua independência financeira e administrativa
3- Enfermeiras profissionais deveriam ser responsáveis pelo ensino
no lugar de pessoas não envolvidas em Enfermagem.
4- As estudantes deveriam, durante o período de treinamento, ter
residência à disposição, que lhes oferecesse ambiente confortável e agradável,
próximo ao hospital.

4.7. Resumo do seminário do grupo 3

A enfermagem pré-profissional no Piauí compreende o período onde


as Santas Casas de Misericórdia e a Congregação das irmãs de Caridade
atuaram não apenas em missões religiosas, mas também prestando cuidados
aos enfermos. O cuidado caracterizado essencialmente pele fertilização e o
modo recluso de vida das mulheres. Os trabalhos das irmãs de caridade
buscavam mais o exercício de caridade e misericórdia do que propriamente uma
ação assistencial médico-hospitalar.
Já neste período evidenciava-se a realização de cuidados de
enfermagem a domicílio. Santa Casa de Misericórida de Teresina foi inaugurada
em 1860 houve a realização de inúmeras ações de saúde públixa no Brasil,
inclusive um contrato de compromisso com a Santa Casa de Misericórdia no
Piauí.
Em 14 de julho de 1937 é sancionada a lei para construção do
Hospital do Estado, posteriormente denominado de Hospital Getúlio Vargas
(HGV), que foi inaugurado em 6 de abril de 1941. Na história do Piauí, As Santas
Casa são desabilitadas quando o HGc oemça suas atividades (excetuando-se a
Santa Casa de Parnaíba), pois o Estado não tinha recursos para manter uma
estrutura de assistência organizada e criteriosa, o que poderíamos inferir já nesta
época como traços do descaso com a saúde pública, ainda que historicamente
a própria contrução do HGV tenha sido um marco.
A enfermagem moderna só surge quando a saúde passa a ser
responsabilidade do Estado, o que acontece nos meados da década de 30.

4.8. Resumo do seminário do grupo 4

O processo de institucionalização da enfermagem moderna no Piauí,


ocorreu no período compreendido entre 1937 e 1977. A história oral e a análise
documental apoiaram a reconstrução da trajetória da enfermeira nas instituições
de saúde e formação profissional. Os avanços, as dificuldades e os limites desse
movimento, sem afastar-se das constantes gerais do processo no Brasil, foram
realçadas a partir das seguintes temáticas convergentes: a organização sanitária
piauiense, seus primórdios e a enfermagem pré-profissional caracterizando a
vigência do modelo religioso de enfermagem no espaço em estudo; o
delineamento das políticas públicas visando a institucionalização do paradigma
moderno de enfermagem e sua correlata laicização; as tentativas continuadas,
com sucessos e fracassos, de preparo de pessoal de enfermagem no âmbito do
nível médio para atender às demandas do mercado de trabalho local e, por fim,
a consolidação do processo de institucionalização daquele modelo na sociedade
piauiense, sob a égide da formação da enfermeira na Universidade Federal do
Piauí.
O Hospital Getúlio Vargas é o maior hospital público do Estado,
inaugurado em 03 de maio 1941. As solenidades se iniciaram as 7h da manhã,
com desfile militar e estudantil dos cursos primário e secundário na praça Pedro
II, diante de uma grande concentração popular, e em continência ao palanque
oficial, onde se encontravam sua Excelência, o interventor do Estado Dr.
Leônidas Melo e a primeira dama, ladeados por autoridades e/ou representantes
da República brasileira, do Clero e da sociedade civil. Em seguida, houve a
celebração da missa de ação das graças na Igreja de São Benedito pelo Bispo
do Piauí, D. Severino Vieira de Melo, posteriormente, a inauguração do Arquivo
Público – hoje Casa Anísio Brito na praça Rio Branco. A primeira Enfermeira-
Chefe do Hospital Getúlio Vargas foi a Dagmar Rodrigues de Oliveira. Ocorria o
treinamento de 30 atendentes de enfermagem. A enfermeira chefe era
caracterizada como rígida e inflexível e contava com o apoio do Dr. Agenor.
Sendo assim ocorreu um afastamento das freiras. Dagmar era fiel aos princípios
doutrinários. Após um tempo a Dagmar saiu do HGV e ocorreu a reinserção das
freiras no atendimento e em 1958 houve a criação do Curso Auxiliar de
Enfermagem.

4.9. Resumo do seminário do grupo 5

O Hospital Getúlio Vargas estruturou o funcionamento inicial da


Escola de Enfermagem Maria Antoinette Blanchot em suas dependências até a
sua transferência para a sede própria localizada na Rua Olavo Bilac, 2335, sul,
em Teresina. A Escola de formação de auxiliares de Enfermagem estava
vinculada à Associação de São Vicente de Paulo em Fortaleza, localizada na
Avenida Desembargador Moreira, 2211, no Estado do Ceará.
O curso de auxiliar de enfermagem fundado, organizado e realizado
pelas Irmãs impulsionou o aprendizado e a qualificação de forma a direcionar um
cuidado assistencial muito mais criterioso. Através de uma portaria de 4 de
março de 1959, o Ministro de Estado da Educação de acordo com o disposto no
artigo 10 da lei nº 775, de 6 de agosto de 1949, foi concedida a autorização para
o funcionamento do Curso de auxiliar de Enfermagem Irmã Maria Antoinette
Blanchot, mantida pela Associação de São Vicente de Paulo.
O Governador do Estado do Piauí, em exercício na época, Francisco
das Chagas Caldas Rodrigues, reconheceu através da lei nº 1972, de 10 de
agosto de 1960, como sendo de utilidade pública a Escola de auxiliar de
Enfermagem Irmã Maria Antoinette Blanchot. Em 1960, a Prefeitura Municipal de
Teresina, também, tendo em exercício o prefeito Petrônio Portela Nunes no
cargo reconheceu a utilidade pública da Escola de Enfermagem Antoinette
Blanchot, através da lei nº 730 de 17 de agosto de 1960. O presidente Jânio
Quadros, em Brasília, através de Decreto Lei nº 51.157 de 7 de agosto de 1961
concede o reconhecimento do curso de Auxiliar de Enfermagem Irmã Maria
Antoinette Blancho
O Curso de Enfermagem – Bacharelado da Universidade Federal do
Piauí (UFPI) teve seu primeiro vestibular em janeiro de 1973 e a autorização
para seu funcionamento ocorreu em 1974, por meio do ato da Reitoria n.º 198/74.
Em 1978, o referido curso foi reconhecido pelo Ministério da Educação, através
do Parecer 2.137/1978, do Conselho Federal de Educação.
A partir de 1994, com o advento do Parecer N.º 314, o Curso de
Enfermagem da UFPI reformou o seu currículo, extinguiu as habilitações e
ampliou o estágio curricular para dois semestres letivos de duração, totalizando
3.600 horas. Além disso, a Resolução 004/94 – UFPI eliminou o ciclo básico de
todos os cursos de Graduação da UFPI.
Como decorrência da nova Lei das Diretrizes e Bases da Educação
Nacional-LDB (Lei 9.394/96) e em atendimento a Portaria 1721/94 do Conselho
Federal de Educação, a partir de agosto de 1997, foi implementada a nova
proposta curricular (currículo 1020-03) com duração mínima de 04 (quatro) anos
e meio, ou nove semestres letivos, e carga horária total de 3.780 horas-aula.
A partir da década 90 houve grande impulso na qualificação do corpo
docente e ainda foram criados cursos de especialização “lato senso” nas
diversas áreas da Enfermagem. Em 1997, houve uma crescente e notória
produção de conhecimento através da construção de trabalhos de conclusão de
curso (TCC) e monográficos. E como fruto dessas atividades várias pesquisas
têm sido apresentadas em eventos científicos nacionais regionais e locais,
publicadas em periódicos de renome nacional.
Com as novas mudanças das Diretrizes Curriculares foi realizado o 1º
Projeto Político Pedagógico (PPP) através da Resolução 227/06, implantado no
1º período de 2007. O PPP é de suma importância para sustentar a formação
profissional e está fundamentado nos princípios da equidade, da integralidade,
da gestão democrática, da formação do educando respeitando a liberdade e
valorizando os atores sociais desse processo. Na área de Extensão o Curso de
Enfermagem tem se destacado no desenvolvimento de relevantes projetos.

4.10. Resumo do seminário do grupo 6

Os principais órgãos de classe da enfermagem são: ABEn (a primeira


associação civil de caráter cultural), sindicatos (pretendem implementar táticas e
estratégias de luta por piso salarial digno, menor jornada de trabalho, etc.),
COFEN e COREns ( são órgão de fiscalização do exercício profissional), FNEEn
(abriga a União Nacional de Técnicos e Auxiliares de Enfermagem) e o CNEEn
(reúne estudantes de todo o país para tratar de suas relações com o aparelho
formador e com a sociedade).
A categoria das enfermeiras buscava direcionar as suas pesquisas
científicas de modo a esclarecer suas modalidades de trabalho, suas articulações
com a realidade social e seu desenvolvimento histórico. Na luta pela autonomia
da profissão as conquistas foram, portanto, a legislação do exercício profissional
em 1986 e 1987, atendendo as reivindicações dos direitos da categoria, seus
interesses e o controle da vida profissional e suas circunstâncias por meio dos
Conselhos Federal e Regional de Enfermagem - COFEn e COREn.
A Associação Brasileira de Enfermagem - ABEn, fundada em 12 de
agosto de 1926, sob a personalidade jurídica que congrega enfermeiros,
obstetrizes, técnicos e auxiliares de enfermagem e estudantes dos cursos de
graduação e de educação profissional de nível técnico que a ela se associam,
individual e livremente

5. CONCLUSÃO
A História da Enfermagem permite a evocação da memória da classe
enfermeira e a consequente reflexão sobre os objetos do passado e o movimento
histórico, levando-nos a perceber as contradições da realidade em estudo.
A importância singular do reconhecimento da memória do ensino e prática
de Enfermagem no Piauí e Brasil é determinante para a descoberta e a análise
de informações acerca da evolução e do aperfeiçoamento deste ensino para o
futuro profissional enfermeiro e, continuará a ser um dos pilares edificantes da
enfermagem enquanto esta existir.

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Padilha MICS, Maria JR. Florence Nightingale e as irmãs de caridade:


revisitando a história. Rev. Bras. Enferm 2005 nov-dez; 58(6): 723-6.

Lima, Maria José. O que é Enfermagem. 2. ed. São Paulo: Brasiliense; 1999.

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