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CIV0456 – PROJETO DE
ESTRUTURAS DE CONCRETO
PROJETO DE ESTRUTURAS DE
CONCRETO
AULA 05
AÇÃO DO VENTO
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PROJETO DE ESTRUTURAS DE
CONCRETO
1- Introdução
• Uma ação é uma causa de esforço ou deformação em estrutura, assim, por
simplificação prática, tais forças e deformações são consideradas como as
ações propriamente ditas.
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2- Modelos de análise
• De uma maneira geral são idealizados dois modelos de análise de esforços e
deslocamentos devidos às ações horizontais:
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3- Vento
• O vento é classificado, segundo a NBR 8681/03, como uma ação horizontal,
gerando uma carga variável e de intensidade dependente da localização e
altura da edificação que sofre a análise. Fato este, devido à distribuição da
força consequente do vento ao longo da altura de uma estrutura, obedecendo a
uma variação parabólica.
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• Na engenharia estrutural considera-se o vento como uma superposição
de turbilhões de dimensões diversas (BLESSMANN, 1988a). Estes
turbilhões ocasionam rajadas de vento, com frequência e intensidade
aleatórias, e são eles que, do ponto de vista da engenharia estrutural,
causam alterações lentas na direção e velocidade do vento médio.
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4- Forças Devido ao Vento
a) A velocidade aplicável do vento é fruto de uma conjunção de fatores físicos
locais, tais como:
• topografia local,
• rugosidade superficial,
• altura da camada-limite da atmosfera,
• características da turbulência,
• dimensões da edificação
• probabilidade de ocorrência do vento de velocidade máxima durante a vida
útil da edificação,
• risco de vidas humanas . ©2004 by Pearson Education 1-8
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-Determinação da Velocidade Básica do Vento (V0)
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©2004
Mapa by
de Pearson Education
isopletas (Padaratz, 1977) 1-10
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Determinação da Velocidade Característica do Vento (Vk)
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• Fator S1 (fator topográfico). Traduz para o cálculo a forma do relevo no
entorno da edificação.
a) Terreno plano ou fracamente acidentado: S1 = 1,0;
b) Taludes e morros: Nestes casos o valor do fator topográfico é variável (ver
NBR 6123);
©2004
Fator topográfico S1 by
emPearson
taludesEducation
e morros (NBR 6123) 1-12
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• O fator também dependerá do ângulo de inclinação do morro, sendo que para
cada intervalo de inclinação há uma fórmula de cálculo conforme tabela:
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• Fator S2 (características do terreno). Concentra as características de
rugosidade do terreno, dimensões da edificação e altura sobre o terreno
concentradas.
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Fator de Rugosidade e Regime S2
Categoria do Terreno
Classe da Edificação
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O fator S3 (fator estatístico). Refere-se à probabilidade estatística de a
velocidade básica do vento, para um determinado tipo de edificação, seja
excedida num período de utilização de 50 anos.
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O fator S3 (fator estatístico). Refere-se à probabilidade estatística de a
velocidade básica do vento, para um determinado tipo de edificação, seja
excedida num período de utilização de 50 anos.
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• A velocidade característica permite a obtenção do valor da pressão e
respectiva força que atuará lateralmente na estrutura, sendo possível
determinar os esforços atuantes. A força devida ao vento também é função de
outros coeficientes como a forma do projeto, além da pressão e área de
atuação.
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b) Pressão Dinâmica do Vento
• Chama-se pressão dinâmica de vento por conta da sua origem, vindo de uma
força dinâmica, porém, seu efeito calculado é equivalente a uma força estática.
• A pressão de vento é o resultado da aplicação da seguinte fórmula:
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c) Força de Arrasto
Força de arrasto
Fv = Ca q As
onde
Fv : força do vento (ao nível de cada pavimento)
Ca : coeficiente de arrasto
q : pressão de©2004
obstrução
by Pearson Education 1-24
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• O coeficiente de arrasto é uma das variáveis independentes da equação que
origina a força de arrasto, podendo ser extraída da tabela 4 da NBR 6123.
• O gráfico que informa tal valor de cálculo é função de três outros valores:
ATENÇÃO!
É importante ressaltar que os valores indicados em Norma são para corpos de
seção transversal constante ou com pouca variação.
©2004 by Pearson Education 1-26
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d) Efeitos do Vento sobre as edificações
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• As ações horizontais devem ser igualmente absorvidas pela estrutura e
transmitidas para o solo de fundação. No caso do vento, o caminho dessas
ações tem início nas paredes externas do edifício, onde atua o vento. Esta ação
é resistida por elementos verticais de grande rigidez, tais como pórticos,
paredes estruturais e núcleos, que formam a estrutura de contraventamento.
Os pilares de menor rigidez pouco contribuem na resistência às ações laterais
e, portanto, costumam ser ignorados na análise da estabilidade global da
estrutura.
• A grande dificuldade da análise estrutural frente às ações horizontais (a ação
do vento, por exemplo) consiste na repartição das cargas para os elementos de
contraventamento. Isto ocorre pela
©2004 natureza tridimensional do problema.
by Pearson Education 1-31
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• As lajes têm a função de diafragma rígido que distribui os esforços de vento
para os pilares e faz o conjunto de elementos dos pavimentos trabalharem de
maneira unificada. Esforços horizontais são absorvidos pela estrutura de
contraventamento, que ligada às fundações, transferem essas forças para o
solo.
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e) Considerações de Cálculo
• O cálculo da resistência ao vento da estrutura de uma edificação de concreto
armado com múltiplos pavimentos prevê que sua força seja distribuída pelos
andares. Desta forma, a laje de cada pavimento recebe a carga de vento de uma
área a barlavento da edificação igual metade do andar superior e metade do
inferior.
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f) Efeitos de Segunda Ordem
• Quando se analisa uma estrutura, considera-se que haverá deslocamentos a
partir da sua forma inicial. São os primeiros deslocamentos ou deslocamentos
de primeira ordem.
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• De acordo com a NBR 6118, os efeitos de segunda ordem são aqueles que se
somam aos obtidos numa análise de primeira ordem (em que o equilíbrio da
estrutura é estudado na configuração geométrica inicial), quando a análise do
equilíbrio passa a ser efetuada considerando a configuração deformada.
• No seu item 15.4.2, a NBR 6118 comenta que as estruturas são consideradas
como de NÓS FIXOS quando os deslocamentos horizontais são pequenos,
sendo os efeitos de 2° ordem inferiores a 10% dos efeitos de 1° ordem.
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5- Fluxo de Vento em Edificações
a) Considerações Iniciais:
• É sustentado em Ação do Vento em Edifícios (BLESSMANN,1989) a
influência direta da relação entre as dimensões das edificações na sua
vulnerabilidade ao vento, com base em experimentos em túnel de vento.
Chegou-se à conclusão de que edificações mais altas sofrem mais com o vento,
muito embora não é apresentada uma explicação detalhada para o fato.
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b) Hipóteses Físicas da Ação do Vento nas Edificações:
• (i) A velocidade é função direta da altura da edificação, portanto é aceitável
concluir que edificações alteadas sofrem mais com a ação do vento.
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c) Efeito da Torção na Edificação:
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ATENÇÃO!
“Vale ressaltar que valores estáticos
médios, que possam traduzir um
vento médio (vento de velocidade
média constante) são suficientes para
o cálculo estrutural em casos onde o
efeito de torção é consideravelmente
baixo, não sendo necessária a
consideração de cargas dinâmicas
com efeito de torção (BLESSMANN,
1989)”. ©2004 by Pearson Education 1-40
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d) Efeito da Vizinhança:
• Na realidade, prédios nunca estão isolados e edificações vizinhas mudam a
resposta da estrutura frente a uma rajada.
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• O exemplo ilustrado na figura é do efeito de galope, onde o desprendimento
de vórtices da edificação a frente atinge a edificação atrás.
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e) Excentricidade da força de arrasto:
• O item 6.6 da NBR 6123 prescreve que as excentricidades devem ser levadas
em consideração, quando for o caso, sendo que o vento deve ser considerado
atuando perpendicularmente à fachada no caso de edificações
paralelepipédicas. Além disso, as excentricidades causadas pela atuação
oblíqua do vento ou por efeito de vizinhança, podem ser determinadas por:
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ATENÇÃO!
“Efeitos de vizinhança são considerados apenas até a altura do topo das
edificações mais altas nas proximidades da edificação em estudo. Para
especificar a abrangência, estima-se um círculo com centro no pé do eixo
vertical da edificação, com diâmetro igual a altura da edificação em estudo, ou
seis vezes o lado menor de um retângulo envolvente de sua secção horizontal
média (BLESSMANN, 1989)”.
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