Somos do curso de Farmácia da

Oi,
Universidade Franciscana, e esse ebook é um
produto exclusivo criado pra você.
Nele, você pode ter um gostinho de como é uma
das primeiras aulas do seu futuro curso.
Ficou curioso? Então conheça nosso universo.
 A semiologia farmacêutica
pode ser entendida como a
VAMOS SABER MAIS identificação de sinais e sin-
tomas, principalmente aque-
SOBRE MEDICAMENTOS? les relacionados aos trans-
tornos/distúrbios menores
O farmacêutico sabe que existem muitos riscos no uso
relatados pelo paciente. Essa
inadequado de medicamentos e sua avaliação é muito prática profissional não deve
importante antes de definir qual o medicamento ideal ser confundida com diagnós-
para o tratamento de pacientes. tico, que é uma atividade rea-
Para chegar a esta conclusão, deve-se revisar vários co- lizada pelo médico, mas como
nhecimentos da Farmácia. O primeiro deles é a Semio- uma nova ferramenta na dis-
logia Farmacêutica!
pensação ativa de medica-
mentos de venda livre.
A observação destes sinais e sintomas é realizada du-
rante a “anamnese farmacêutica”, que consite na en-
trevista individualizada realizada pelo farmacêutico
com o paciente.
Para que a anamnese seja bem realizada, é de funda-
mental importância que o farmacêutico domine dis-
ciplinas como fisiologia, anatomia e bioquímica, a fim
de entender os processos biológicos envolvidos com
a condição de saúde/doença do paciente. Além dis-
so, é de fundamental importância que se considerem
aspectos psicossociais, ou seja, a forma com que o
paciente pratica o auto-cuidado, se está inserido em
uma rede (familiar, social e de profissionais de saúde)
capaz de concretizar os cuidados necessários para
seu restabelecimento. A anamnese não pode deixar
de considerar também se o paciente tem outras do-
enças, se utiliza outros medicamentos, e se faz parte
de algum grupo que necessita de maiores cuidados
(grávidas, lactantes, crianças, idosos ou pessoas que
utilizam um grande número de medicamentos).
Tendo em mente o resultado da anamnese, chegou
a hora de definir qual o melhor medicamento para a
condição do paciente. Neste momento, o farmacêutico
precisa recordar os conhecimentos de Farmacologia!

A farmacologia é a ciência que estuda a forma com que o medicamento age no nosso organismo (farmacodinâmica)
e o caminho que ele percorre desde o momento em que é administrado até ser eliminado (farmacocinética). Já a far-
macotécnica estuda o preparo, a purificação e a conservação, da preparação das drogas, medicamentos e fármacos
nas suas diferentes formas farmacêuticas (compridos, cápsulas, supositórios, etc.), da sua conservação e análise,
visando o melhor aproveitamento do seus efeitos no organismo.
Diferentes fármacos agem em diferen-
tes problemas, de acordo com a estrutu-
ra química e a forma que é produzido. A
isso chamamos de classe terapêutica. Por
exemplo, fármacos para dor, são chama-
dos de analgésicos, antibióticos comba-
tem as infecções, antidiabéticos reduzem
a glicemia, e psicotrópicos agem no siste-
ma nervoso central. O conhecimento do
melhor medicamento para cada condição
é informação fundamental para a atuação
do farmacêutico.
Existem vários termos utilizados para
denominar medicamentos, muitas vezes
utilizados como sinônimos, mas que guar-
dam uma certa diferença entre si. Veja na
figura abaixo o significado de cada um: Figura 1 – Definições importantes sobre medicamentos
Os fármacos, ao serem preparados
para comercialização, resultam em
diferentes formas farmacêuticas ou
preparação farmacêutica, compostas
pelo (s) princípio(s) ativo(s) com ou-
tras substâncias, excipientes e coad-
juvantes entre outros. São exemplos
de formas farmacêuticas:
Após o preparo, os medicamentos
são administrados ao paciente de
acordo com a via de administração
mais adequada, considerando a pró-
pria escolha pela forma farmacêuti-
ca e a condição do paciente.
VIA DE ADMINISTRAÇÃO/FORMAS FARMACÊUTICAS
Via oral: Comprimidos, cápsulas, pastilhas, drágeas, pós para reconstituição, gotas,
xarope, solução oral, suspensão
Via sublingual: Comprimidos sublinguais
Via parenteral (injetável):Soluções e suspensões injetáveis
Via cutânea (pele): Soluções tópicas, pomadas, cremes, loção, gel, adesivos
Via nasal: Spray e gotas nasais
Via oftálmica (olhos): Colírios e pomadas oftálmicas
Via auricular (ouvidos): Gotas auriculares ou otológicas e pomadas auriculares
Via pulmonar: Aerossol (bombinha)
Via vaginal: Comprimidos vaginais, cremes, pomadas, óvulos
Via retal: Enemas e supositórios
Como é possível perceber, a atividade do farmacêutico exige
a interpretação e aplicação de uma série de conhecimentos
complexos, que influenciam as necessidades farmacológicas
do paciente. Lidar com a saúde do paciente é uma atividade de
imensa responsabilidade.
Paracelso, um grande nome da história da farmácia, dizia que
“a diferença entre um medicamento e um veneno é a dose”, en-
tão, a informação é fundamental!
KOROLKOVAS, A.; BURCKHALTER,
J.H. Química Farmacêutica. Ed. Gua-
nabara Koogan: São Paulo – SP. 1998.
FARMACOLOGIA clínica: série in-
crivelmente fácil. Rio de Janeiro, RJ:
Guanabara Koogan, 2001. 353 p. Agradecemos a leitura e
AULTON, Michael E. Delineamento esperamos você na
de formas farmacêuticas. 2. ed. Porto Universidade Franciscana.
Alegre: Artmed, 2005. 677 p.