Diagnóstico das doenças prostáticas: imagem (ecografia, TC, RMN), laboratório (PSA), exame físico (toque retal).
PSA SÉRICO
AGUDA
• Macroscopia o Aumento de tamanho o Aumento de peso (60 – 100g) o Nódulos periuretrais e zona
transição
1
o Nódulo fibroso ou esponjoso
• Microscopia o Hipertrofia e hiperplasia
Glandular epitelial
Estromal
• Complicações o Obstrução variável, infarto, nódulos, hipertrofia da bexiga (pseudodiverticulos), nodulação
na bexiga
• Tratamento o Prostatectomia aberta o RTU o Drogas
Anti-androgenico, inibidor da 5 - alfa – redutase
CÂNCER DE PRÓSTATA
2
• Patogênese: displasia → PIN→ carcinoma
Neoplasia intraepitelial prostática de alto grau: células
achatadas → papilar → cribiforme
Glândulas atípicas – suspeito, mas não diagnóstico
• ASAP
• Foco de proliferação de pequenos acinos atípicos
• Pode desaparecer em cortes subsequentes
• Ausência de células basais → padrão infiltrativo
• IHQ o P63 o Racemase
IMUNO-HISTOQUIMICA EM PATOLOGIA PROSTÁTICA
• Padrão infiltrativo
• Ausência de células basais
• Características nucleolares
• Arranjos glomerulóides
• Micronódulos hialinos
• Permeação neural
• Invasão prostática
• Cristaloides
• Mucina intraluminal
• Fendas de retração tecidual
PROGNÓSTICO HISTOLÓGICO EM GRUPOS
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• T1: inaparente, não palpável, não detectado por imagem o T1a → incidental em menos de 5%do tecido
ressecado o T1b → incidental em mais de 5%
o T1c → tumor identificado em bx com PSA elevado e ECO normal
• T2: tumor confinado à próstata o T2a → envolve uma metade ou menos de um lobo o T2b → mais de
metade de um lobo o T2c → tumor envolve ambos os lobos
• T3: tumor com extensão extra-prostática o T3a → unilateral ou bilateral o T3b → invasão de vesículas
seminais
• T4: fixo ou com invasão de estruturas vizinhas
DISSEMINAÇÃO
• Loco-regional o Uretra, vesículas seminais, colo e trígono vesical, parede retal o Invasão extra e de vs
aumenta o risco de metástases em linfonodos
• Metástases linfáticas o Obstrutores, hipogástricos, pré-sacros e para-aórticos o Disseminação linfática tem
pior prognóstico
• Metástases ósseas o Osteoblásticas e/ou líticas o Pelve, vértebras torácicas e costelas
• Metástases em vísceras o Pulmão (25% dos pacientes que vão ao óbito), fígado, adrenal, pleura e rim
ESTÁGIO E PROGNÓSTICO
• Câncer localizado e de baixo grau o Esperar e observar com atenção o Aumento progressivo de PSA é o
melhor monitor o PSA é um marcador útil porém imperfeito
• Cirúrgico o Prostatectômia com linfadenectomia o Curativa em T1 e T2
• Radioterapia o Alternativa a cirurgia o Terapia adjuvante em recidiva local
o Casos inoperáveis
• Hormonal o Doença avançada o Castração, antiandrogênicos
CRIPTORQUIDIA
4
• Descida testicular – duas fases:
o Transabdominal (até a pelve) → substância inibidora mülleriana o
Inguinoescrotal → androgênio-dependente
• Testículos podem parar em qualquer local do trajeto → mais comum: canal inguinal
• Raramente associada com distúrbios hormonais
• Unilateral (bilateral em 25% dos casos)
• Alterações histológicas a partir de 2 anos de idade
• Parada no desenvolvimento de células germinativas
• Hialinização e espessamento da membrana basal dos túbulos seminíferos
• Aumento do estroma intersticial
• Células de Leydig proeminentes
• Atrofia tubular progressiva → testículos de tamanho pequeno e consistência firme (fibrose)
• Alterações similares podem ocorrer no testículo contralateral (tópico)
• Assintomática
• Saco escrotal vazio
• Esterilidade, propensão a traumas, hérnia inguinal
• Risco aumentado de câncer testicular
• Durante o primeiro ano de vida → maioria cresce
• Os que permanecem no canal → cirurgia (6-12 meses de idade)
• Orquidopexia não garante a fertilidade → espermatogênese deficiente de 10-60%
• Câncer no testículo contralateral → criptorquidia sinaliza defeito no desenvolvimento testicular e
diferenciação celular
• Causas:
o Aterosclerose → diminuição do suprimento sanguíneo
o Orquite inflamatória o Criptorquidia o
Hipopituitarismo o Desnutrição ou caquexia o Irradiação
o Uso prolongado de antiandrogênios (câncer de
próstata) o Atrofia por exaustão (hormonal) o Genética
(síndrome de Klinefelter)
INFLAMAÇÃO
5
• Congestão, edema e infiltrado inflamatório (neutrófilos, macrófagos e linfócitos) • Tecido conjuntivo
intersticial → túbulos
• Formação de abscessos e necrose supurativa
• Epidídimo → testículo
• Cicatriz fibrosa → esterilidade
ORQUITE GRANULOMATOSA IDIOPÁTICA
• Meia-idade
• Massa testicular moderadamente macia
• Início súbito
• Algumas vezes associada à febre
• Pode aparecer insidiosamente como uma massa testicular indolor → mimetiza tumor
• “Granulomas” restritos aos túbulos seminíferos
• Na orquite granulomatosa idiopática, granulomas distintos não estão presentes; no entanto, o acúmulo de
histiócitos epitelioides, linfócitos e células plasmáticas nos túbulos seminíferos cria uma aparência de
granulomas.
GONORREIA
SÍFILIS
Congênita ou adquirida
Testículo primeiro!
Epidídimo poupado
Morfologia:
o Gomas o Inflamação intersticial difusa → endarterite obliterante envolta por linfócitos e
plasmócitos. • Espiroquetas (Warthin– Starry)
TORÇÃO
6
• Adultos → defeito anatômico bilateral → aumento da mobilidade dos testículos (deformidade em badalo de
sino)
• Adolescentes → dor testicular de início súbito (sem lesão desencadeante)
• Se destorcido até 6 horas após o início → viável
• Morfologia → dependendo da duração: congestão → hemorragia → infarto
TUMORES TESTICULARES
→ PATOGÊNIA
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CARCINOMA EMBRIONÁRIO
• 20-30 anos
• Mais agressivos que os seminomas
• Tumor com superfície de corte variegada, bordas mal delimitadas e focos de hemorragia e necrose
• Padrão alveolar ou tubular, por vezes, com formações papilares ou padrão sólido
• Células de aspecto epitelial, grandes, anaplásicas, com núcleos hipercromáticos e nucléolos proeminentes
• Bordas indistintas e pleomorfismo! TUMOR DO SACO VITELINO
• Altamente maligno
• É raro em sua forma “pura” (menos de 1% tumores de células germinativas)
• Tipicamente pequenos
• Hemorragia e necrose
• Dois tipos celulares: sinciciotrofoblastos e citotrofoblastos
• Aumento HCG
TERATOMA
TUMORES MISTOS
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Prognóstico agravado pela presença de elemento mais agressivo
• Aspectos clínicos o Aumento indolor do testículo
o Qualquer massa testicular sólida deve ser considerada neoplásica até que se prove o contrário o
Conduta padrão = orquiectomia
o Disseminação linfática – linfonodos retroperitoneais (para-aórticos), mediastinais e
supraclaviculares o Disseminação hematogênica – pulmões, fígado, cérebro e osso o Histologia da
metástase ≠ lesão testicular
Seminoma
9
TUMORES DE CÉLULAS DE LEYDIG
• HIDROCELE → acúmulo de líquido seroso entre as camadas visceral e parietal da túnica → associada a
trauma e epididimite → dx por transiluminação
• HEMATOCELE → sangue na túnica vaginal → após trauma ou torção testicular
• ESPERMATOCELE → acúmulo cístico de sêmen → dilatação de ductos eferentes na rete testis ou cabeça do
epidídimo
• VARICOCELE → dilatação de veias do plexo pampiniforme ou do cordão espermático → assintomáticas →
associadas com infertilidade → correção por cirurgia
LESÕES BENIGNAS
FIMOSE
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• Etiologia: prepúcio redundante, higiene deficitária, microtraumatismos, dermatites, balano postite
• Complicações: infecções, parafimose, câncer
• Tratamento: corticoide tópico, circuncisão
PARAFIMOSE
• Dor, edema e congestão da glande resultante da retração do prepúcio com anel estenótico para trás da
glande
• Infecção, ulceração, necrose do prepúcio distal
DOENÇA DE PEYRONIE
• Lesão fibrosa que acomete a túnica albugínea do corpo cavernoso, restringindo a sua elasticidade e
causando sua curvatura em ereção
• Placa fibrosa, cartilaginosa e óssea
• Localização dorsal mais frequente
• Etiologia: desconhecida
• Fatores associados: genéticos, microtraumatismos, D. Dupuytren, fibromatose palmar ou plantar,
deficiência de alfa 1 antitripsina
• Incidência: 0,3 – 2%
• Idade: 45 a 65 anos
• 10 a 15% tem resolução espontânea
• Insidioso
• Abrupto em 20%
• Associado à trauma em 40%
• Clínica: dor, placa, encurvamento peniano, disfunção erétil, dificuldade de penetração
TORÇÃO TESTICULAR
Carcinoma epidermoide (95-98%), melanoma, carcinoma de células basais, doença de Paget, sarcoma de Kaposi
CARCINOMA INVAIVO
PATOLOGIA DA TIREOIDE
ANOMALIAS CONGÊNITAS
TIREOIDITE DE HASHIMOTO
DOENÇA DE GRAVES
Doença autoimune caracterizada pela produção de autoanticorpos contra múltiplas proteínas tireoideanas,
principalmente o receptor de TSH, e caracterizada por hipertireoidismo com aumento difuso da glândula,
oftalmopatia com exoftalmia e dermopatia (mixedema pré-tibial)
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• Patogênese o Influência genética o Formação de autoanticorpos contra antígenos tireoideanos →
cerca de 90%: TSI→ estimula a função da tireoide
o Oftalmopatia
Inflamação periocular
Aumento da síntese de matriz extracelular em tecidos perioculares
Aumento do número de adipócitos perioculares
• Morfologia o Aumento da glândula
o Hiperplasia das células epiteliais foliculares o Hipertrofia das células epiteliais
foliculares
o Infiltrado inflamatório crônico linfomononuclear com folículos linfoides e
centros germinativos
• Clínica o Hipertireoidismo
o Aumento do volume tireoidiano o Sopro na região da tireoide
o Exoftalmia o Mixedema pré-tibial
o Associação com outras doenças autoimunes
BÓCIO DIFUSO NÃO-TÓXICO (BÓCIO SIMPLES): aumento da tireoide sem formação de nódulos.
• Tipos o Bócio endêmico: deficiência de iodo e dieta com ingestão de substâncias bociogênicas o
Bócio esporádico: ingestão esporádica de substâncias bociogênicas, deficiências enzimáticas e
idiopáticas (maioria)
• Morfologia o Aumento da glândula
o Fase hiperplásica: hiperplasia das células foliculares
o Involução coloide: folículos tireoideanos com células achatadas e abundante
coloide
• Clínica: eutireoideos, efeitos de massa
BÓCIO MULTINODULAR: aumento da glândula tireoide com formação de nódulos
ADENOMA: é benigna com formação de folículos tireoideanos e completamente envolta por cápsula fibrosa.
• Morfologia: lesão nodular circundada por uma cápsula; células foliculares semelhantes às células do
epitélio folicular; adenomas de células de Hunthle; ausência de invasões capsular e vascular
• Clínica: nódul palpável; sintomas compressivos; maioria: eutireoidismo; minoria: tireotoxicose
(“adenoma tóxico”)
CARCINOMA PAPILAR: maligno, tipo mais frequente de neoplasia maligna da tireoide; mais de 85%
• Ocorre em todas as faixas etárias, com pico entre 25 a 50 anos • Associado à radiação ionizante
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• Morfologia: solitários ou multifocais; circunscritos ou infiltrativos o Condição definidora → alterações
nucleares: núcleos claros, pseudoinclusões e fendas o Psamomas
o Múltiplas variantes
• Clínica e prognóstico: o Maioria: nódulo palpável
o Mais avançados: metástases linfonodais, disfonia, dispneia, tosse e disfagia o
Metástases hematogênicas em uma minoria de casos (pulmão,
principalmente) o Bom prognóstico o Sobrevida de dez anos: 95%
CARCINOMA FOLICULAR:
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HIPERPARATIREODISMO: excesso de produção de PTH
• Classificação (VAI CAIR) o Primário: produção autônoma excessiva de PTH na paratireoide (adenoma,
hiperplasia e carcinoma) o Secundário: produção excessiva de PTH na paratireoide secundária e
hipocalcemia prolongada (IRC) o Terciária: produção excessiva de PTH na paratireoide mesmo após
correção da causa da hipocalemia prolongada (transplante renal)
• PRIMÁRIO o ADENOMA: 85% a 95%
Maioria são esporádicos
Superexpressão do gene ciclina D1
Mutações do gene MEN1
Síndromes familiares: minoria
• MEN1 (mutação no gene MEN1)
• MEN2 (mutação no gene RET)
• Hipercalcemia Hipocalciúrica Familiar (mutação no gene CASR)
Macroscopia
• Quase sempre solitários
• Nódulos bem delimitados e pardos
• Paratireoides adjacente e demais paratireoides normais ou diminuídas
Microscopia
• Predomínio de células principais
• Algumas células oxifílicas
• Pode haver atipias
o HIPERPLASIA PRIMÁRIA: 5% a 10%
Esporádica
Componente de Neoplasia Endócrina Múltipla (MEN)
Macroscopia
• Classicamente, as quatro glândulas aumentadas
• Assimetria é possível
Microscopia
• Padrão mais comum: hiperplasia de células principais
• Outro padrão possível: hiperplasia de células claras
Manifestações clinicas
• Hipercalcemia assintomática: achado laboratorial
• Hiperparatireoidismo primário sintomático o Ossos: dor secundária a fraturas e a
osteíte fibrosa cística o Nefrolitíase: dor, uropatia obstrutiva e IRC
o Gastrointestinal: constipação, náusea, úlceras pépticas, pancreatite e litíase
biliar
o SNC: depressão, letargia e convulsões o Cardíacas: calcificações em valvas aórtica e mitral
AULA 5 – PATOLOGIA DAS DOENÇAS AUTO-IMUNES: LÚPUS, ARTRITE REUMATÓIDE, SÍNDROME SJORGREIN –
24/10
16
LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO
É uma doença autoimune, crônica, do tecido conjuntivo, com acometimento sistêmico, de etiologia desconhecida,
que atinge principalmente mulheres de 15 a 35 anos de idade, embora possa ocorrer em qualquer faixa etária.
Lesão facial semelhante a mordida de um lobo. Descrevem a anatomopatológico das lesões em alça de arame do
• Multissistêmica
• 9 (idade fértil) M: 1H/negras
• Etiologia desconhecida
• Autoimune (auto tolerância)
• Auto-anticorpos/anticorpos antinucleares (ANA)
• Dor crônica
• Períodos exacerbação/remissão
• Pleura 40%, rins 50%, artrite 90%, pele 85%
ANA
• Hemácias
• Plaquetas
• Linfócitos
• Fosfolipídios (proteínas plasmáticas conjugadas a fosfolipídios)
• Imunofluorescência (ANA)
• Positiva 100% LES
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• Positiva D. autoimunes
Positiva 5-15% hígidos
• Anti-dupla fita dna e anti-sm (Smith – partículas ribonucleoproteínas nucleares) → ESPECIFICIDADE
SÍNDROME ANTIFOSFOLIPÍDIOS
• Predisposição genética
• Fatores ambientais (drogas, luz uv, hormônios)
• Fatores imunológicos
• Ativação de linfócitos T helper e linfócitos B
• Produção autoanticorpos
• Lesões por depósito de imunocomplexos e autoanticorpos
MORFOLOGIA
• Pele: edema JDE, degeneração-liquefativa basal, infiltrado e edema na derme, vasculite com necrose
fibrinóide
• Atrofia da epiderme
• Paraceratose, melanofagia
• Alteração vacuolar JDE
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• Infiltrado linfocitário perifolicular
RIM – NEFRITE LÚPICA
Comprometimento neurológico: raízes nervosas periféricas e SNC em conjunto estão comprometidos em mais da
metade dos pacientes com LES.
• Pleurite
• Pneumonite aguda lúpica: febre, dispneia e tosse, com ou sem cianose. Raio x: infiltrado acinar difuso
predominantemente nas bases, acompanhado ou não de derrame pleural • Hemorragia pulmonar
• Hipertensão pulmonar
Comprometimento do sistema digestótio
• Altamente variável
• Sobrevida 10 anos: em torno de 90%
• Principais causas óbito: falência renal, infecções
• Complicações coronarianas e decorrentes do tratamento
• Tratamento: drogas imunossupressoras, corticoesteróides, suporte
LÚPUS DISCÓIDE CRÔNICO
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LÚPUS INDUZIDO POR DROGAS
• Lúpus eritematoso-like
• Hidralazina, procainamida, isoniazida, d-penicilamina
• Ocorre em cerca de 4% dos pacientes em uso de tratamentos
• HLA-DR4 > risco les-like hidralazina Autoanticorpo histonas são frequentes
Muitos pacientes têm anas +, sem sintomas
• Sintomas forma sistêmica
• Sintomas mais comuns: artralgia, febre, serosite
• Geralmente rins e SNC poupados
• LES-LIKE desaparece com a suspensão da droga
ARTRITE REUMATÓIDE
É uma doença inflamatória sistêmica crônica → pele, pulmão, vasos, coração, músculos = articulações. Incidência:
2/3M:1H. pico aos 40-70 anos. Etiologia desconhecida. Predisposição genética. Autoimune (auto tolerância).
Períodos remissivos.
Sinovite: hiperplasia sinovial, infiltrado inflamatório, folículos linfoides, vascularização aumentada, linfócitos B e T,
macrófagos, plasmócitos.
• Destruição da cartilagem articular e cápsula, erosão óssea, ruptura tendinosa, anquilose fibrose/óssea →
DEFORMIDADES.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
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• Vasculite o Vasos de médio e pequeno calibres (endarterite obliterante) o Formas graves o Altos títulos
de FR (?) o Endarterite obliterante o Neuropatia periférica o Úlcera e gangrena
• Nódulo reumatoide: necrose fibrinóide central, paliçada histiócitos epitelióides, linfócitos e plasmócitos
FATOR REUMATÓIDE
PELE: maior órgão do corpo. Primeira linha de defesa contra agentes infecciosos e físicos potencialmente
prejudiciais. Órgão sensorial altamente sofisticado. Papel endócrino: síntese de vitamina D (exposição ao sol).
CÉLULAS DA PELE:
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• Fibras nervosas aferentes e órgãos terminais neurais – toque, vibração, coceira, frio e calor;
Fibras nervosas eferentes autonômicas – regulam anexos;
Célula de Merkel – localizadas na camada basal – função neuroendócrina;
• Anexos cutâneos: o Glândulas sudoríparas – protegem contra variações da temperatura; o
Folículos pilosos – produzem pelo e regeneram estruturas da pele.
LIQUENIFICAÇÃO: pele áspera, espessada (semelhante a um líquen sobre uma rocha). Geralmente resultado de
atrito repetido.
MÁCULA/MANCHA: lesão plana circunscrita, distinguida pela cor; até 5mm → mácula, maior que 5mm → mancha.
PÁPULA/NÓDULO: lesão elevada em forma de redoma ou com topo achatado; até 5mm → pápula, maior que 5mm
→ nódulo.
PLACA: lesão elevada, achatada; geralmente maior que 5mm, pode ser causada por pápulas coalescentes.
ESCAMA: excrescência seca, córnea, em forma de placa; comumente resultado de cornificação imperfeita.
VESÍCULA/BOLHA: lesão elevada preenchida por líquido; até 5mm → vesícula, maior que 5mm → bolha.
ACANTOSE: hiperplasia difusa da epiderme.
PAPILOMATOSE: elevação da superfície causada por hiperplasia e aumento das papilas dérmicas contiguas.
ULCERAÇÃO: descontinuidade da pele com perda completa da epiderme expondo a derme ou tecido subcutâneo.
TUMEFAÇÃO (BALONIZAÇÃO): edema intracelular dos queratinócitos; frequentemente observado nas infecções
virais.
ACANTÓLISE: perda da coesão celular por ruptura dos desmossomos; separação das células da camada espinhosa
da epiderme.
VACUOLIZAÇÃO: formação de vacúolos dentro ou adjacente às células; frequentemente se refere à área das células
basais e membrana basal.
ICTIOSE: distúrbio da maturação epidérmica; icti (grego): “peixe”. Desordem hereditária associada à produção
crônica e excessiva de queratina (hiperceratose) – escamas semelhantes às de peixe. Várias formas clínicas
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conforme o modo de herança. Maioria aparente ao nascimento ou logo após. Variantes adquiridas (não herdadas)
– ictiose vulgar.
URTICÁRIA: Distúrbio comum da pele caracterizado por degranulação localizada de mastócitos – aumento da
permeabilidade microvascular dérmica.
• Patogenia: destruição de queratinócitos mediada por linfócitos T citotóxicos CD8+ que se alojam na pele
• Leque diversificado de lesões (“multiforme”) → máculas, pápulas, vesículas, bolhas e lesões semelhantes a
alvos → distribuição variada
• Casos limitados → envolvimento simétrico de extremidades
Lesões em alvo
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FORMAS GRAVES
Síndrome de Stevens-Johnson: o Forma febril associada com
extenso envolvimento da pele; o Em crianças (mas não só);
o Pele, lábios, mucosa oral, conjuntiva, uretra, áreas genitais e perianais; o Erosões e crostas
hemorrágicas em lábios e mucosa oral.
• Necrólise epidérmica tóxica o Necrose difusa e descamação das superfícies cutâneas e mucosas; o
Destruição epidérmica generalizada → queimaduras extensas.
PSORÍASE: dermatose inflamatória crônica, base autoimune
• • 6 P’s: placas, pápulas, poligonais, planas, pruriginosas, de cor púrpura (pápulas violáceas pruriginosas); •
Em pele e mucosas;
• Geralmente autolimitado (resolução em 1-2 anos);
25
Hiperpigmentação pós-inflamatória;
Estrias de Wickham (hipergranulose);
Lesões múltiplas de distribuição simétrica (extremidades);
Lesões orais em 70% dos casos.
• Denso infiltrado linfocitário na junção dermoepidérmica = dermatite de interface;
• Interface com contorno em zigue-zague angulado (serra dentada); • Células basais anucleadas e
necróticas = corpos coloides ou de Civatte.
DERMATOSES INFLAMATÓRIAS – CONCEITOS-CHAVE
• Existem muitas dermatoses inflamatórias específicas: o Mediadas por anticorpos IgE – urticária;
o Células T específicas para antígenos – eczema, eritema multiforme e psoríase;
• Diagnosticadas com base: o Na distribuição das lesões; o Aspecto macroscópico das lesões;
o Nos padrões microscópicos de inflamação (Ex.: dermatite de interface no líquen plano e eritema
multiforme).
• Doenças autoimunes;
• Presença de anticorpos IgG contra desmogleínas;
• Imunofluorescência direta – padrão de tipo rede de pesca característico (depósitos de IgG intercelulares); •
Em todos os níveis do epitélio = pênfigo vulgar;
• superficial = foliáceo.
• Pênfigo = ACANTÓLISE (dissolução ou lise das adesões intercelulares que conectam as células escamosas);
• Células se dissociam e perdem sua forma poliédrica, tornando-se esféricas;
• Pênfigo vulgar – acantólise acima da camada basal (suprabasal);
• Pênfigo foliáceo – epiderme superficial (subcórnea);
• Infiltrado inflamatório da derme superficial – linfócitos, histiócitos e eosinófilos;
• Tratamento – imunossupressores.
PÊNFIGO
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Couro cabeludo, face, tórax e dorso;
Raramente em mucosas;
Bolhas superficiais – áreas de eritema e crostas.
PENFIGOIDE BOLHOSO
• Idosos;
• Autoanticorpos contra proteínas de adesão dos queratinócitos basais à membrana basal;
• Ac’s x antígeno BPAG2 dos hemidesmossomos = bolhas;
• Deposição linear de anticorpos e complemento na junção dermoepidérmica.
• Clínica – bolhas tensas preenchidas por líquido claro;
• Geralmente < 2 cm;
• Não rompem com facilidade (teto = epiderme completa);
• Curam sem cicatriz;
• Bolhas subepidérmicas e não acantolíticas (≠ pênfigo);
• Infiltrado linfocitário perivascular, edema na derme superficial, vacuolização da camada basal, eosinófilos
apresentando degranulação.
DERMATITE HERPETIFORME
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sebáceas (roupas pesadas, cosméticos, climas tropicais); Algumas famílias mais afetadas – componente
hereditário
Patogenia não totalmente
esclarecida; Possivelmente
multifatorial; Quatro fatores:
o Queratinização da porção inferior do infundíbulo folicular e desenvolvimento de um plug de
queratina que bloqueia a saída de sebo para a superfície da pele;
o Hipertrofia das glândulas sebáceas durante a puberdade sob a influência de andrógenos; o
Colonização das porções média e superior do folículo piloso por bactérias (Propionibacterium
acnes) que sintetizam lipase e convertem lipídios do sebo em ácidos graxos pró-inflamatórios;
o Inflamação secundária do folículo envolvido
• Eliminação do P. acnes – antibióticos;
• Ácido-13-cis-retinóico ou isotretinoína (derivado sintético da vitamina A) – ação antissebácea;
• Pápulas eritematosas, nódulos e pústulas;
• Acne não inflamatória; o Comedão aberto – pápula folicular com tampão de queratina de coloração preta
(oxidação da melanina) = “cravo”;
o Comedão fechado – pápula fechada sem tampão visível (abaixo da superfície epidérmica); •
Folículos podem romper e inflamar
VERRUGAS
CERATOSE SEBORREICA
• Comuns;
• Indivíduos de meia-idade ou idosos;
• Surgem espontaneamente;
• Tronco, extremidades, cabeça e pescoço;
• Placas ceratóticas, arredondadas, acastanhadas e com superfície granulosa
• Sinal de Leser-Trélat – aparecimento súbito de múltiplas lesões de ceratose seborreica = síndrome
paraneoplásica
ACANTOSE NIGRICANS
• = Acrocórdon;
• Das lesões cutâneas mais comuns;
• Meia-idade e idosos;
• Pescoço, tronco, face e áreas intertriginosas;
• Múltiplas lesões – síndrome de BirtHogg-Dubé;
• Pólipos sésseis ou pediculados;
• Eixos fibrovasculares recobertos por epitélio escamoso
CISTO EPIDÉRMICO
→ MICOSE FUNGOIDE
→ MASTOCITOSE
→ LENTIGO
32
→ MELANOMA
33
NEVOS X MELANOMA ABCD DO MELANOMA
34