Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Índice Resumo
1 Introdução 2 Posicionar marcas em um mercado fragmen-
2 Uma rápida discussão teórica sobre o tado e saturado de comunicação parece ser
marketing 2 algo cada vez mais difícil, considerando os
3 A propaganda no marketing 5 complexos níveis de diferenciação exigidos
4 A propaganda e o posicionamento de por essa realidade. Os profissionais de
marcas 5 marketing começam a adotar o marketing
5 O mercado de massa e o mercado frag- de guerrilha, aplicar as técnicas de guerrilha
mentado 6 à propaganda, para captar a atenção do pú-
6 O marketing em um mercado frag- blico de maneira pouco comum, com meios
mentado 7 surpreendentemente adequados ao produto
7 Marketing de guerrilha e propaganda ou serviço anunciado. Dessa maneira, criam
de guerrilha 8 alternativas de comunicação mais simples,
8 A propaganda de guerrilha 9 baratas e ousadas, que contribuem para
9 A propaganda de guerrilha e o posici- posicionar produtos, serviços e marcas nesse
onamento de marcas em um mercado mercado. É o que será tratado neste artigo.
fragmentado 10
10 Considerações finais 12 Palavras-chaves: Marketing, comunica-
11 Referências 13 ção, marketing de guerrilha, publicidade,
∗ propaganda de guerrilha.
Doutor em Ciência da Informação (UnB) e Mes-
tre em Engenharia de Produção, com ênfase em Pla-
nejamento Estratégico (UFSC). É Professor-Adjunto
da Faculdade de Comunicação da Universidade de
Abstract
Brasília, onde trabalha no Departamento de Audio- Brands positioning in a fragmented and
visuais e Publicidade.
Contato: edmundod@terra.com.br
saturated of communication market seems to
Site: www.edmundobdantas.com be each time more difficult, considering the
Blog: http://edmundod.blog.terra.com.br complexes differentiation levels demanded
by this reality. Marketing professionals
begin to adopt the guerrilla marketing, that
2 Edmundo Brandão Dantas
www.bocc.ubi.pt
A propaganda de guerrilha: uma nova alternativa para posicionar marcas 3
vendas ou com propaganda. Porém, o que tentar impor à sociedade, faz com que o mar-
mais chama a atenção do marketing, e que keting fique sempre na berlinda, uma espé-
provavelmente alimenta essa confusão, é que cie de “Judas” a ser golpeado pelos bons ci-
muitos profissionais, ainda que lidem diaria- dadãos: como o mundo capitalista é cruel,
mente com marketing ou mesmo os geren- não tem mais princípios nem amor, não vela
tes de marketing, parecem não saber o que pela humanidade e é regido pela ânsia do
é realmente marketing. É impressionante a lucro. Sendo o marketing fruto desse cruel
quantidade de profissionais que sequer abri- contexto, é algo que existe para prejudicar a
ram os clássicos para tentar entender o que todos. Tem-se que ganhar, ganhar sempre,
significa exatamente marketing. Muitos têm diariamente; a vida é venda; tudo se voltou
uma idéia do marketing baseada somente a para o comércio e comércio mesquinho. A
partir do que lêem em revistas e jornais ou sociedade humana parece ter-se tornado um
do que vêem e ouvem nos noticiários de tele- grupo indecente de cobaias, instrumento de
visão e do radio. Esta afirmação, mesmo não uso, quase como algo mais a ser explorado
seja corroborada por nenhuma pesquisa ci- e vendido. Este discurso, comum na im-
entífica, é respaldada pelas informações obti- prensa brasileira, gera um conflito que pa-
das no dia-a-dia, quando se participa dos en- rece ser o grande problema: o capitalismo é
contros sobre marketing: um fato concreto é o mal; o socialismo é o bem. Muitos jor-
que quase ninguém leu Kotler, Levitt, Chur- nalistas, formadores de opinião, que recebe-
chill Jr., Berkowitz, Kohli & Jaworski, Rai- ram durante sua formação uma forte carga
mar Richers, Marcos Cobra. Muitos já ou- de informação socialista, se negam a aceitar
viram falar desses autores, até têm acesso o marketing, porque, sendo ele fruto do ca-
aos livros e artigos de alguns deles, mas daí pitalismo, é fruto do mal. Ainda que, curi-
a abri-los para se informarem melhor sobre osamente, muitos profissionais dos meios de
o assunto são outros quinhentos. Essa ig- comunicação não desistam do abundante di-
norância sobre marketing parece ser alimen- nheiro que ganham no exercício de suas pro-
tada pelos profissionais da imprensa, que di- fissões (ou seja, não socializam seus lucros),
vulgam em suas colunas expressões que não criticam descaradamente o marketing. Uma
correspondem à realidade do marketing e constatação, entretanto, tem que ser feita: o
vendem a idéia de que é algo daninho para mundo do Século XXI é capitalista. Nesse
a sociedade, que existe para enganar as pes- mundo, ainda que tão injusto, não é pecado
soas e prejudicar aos seres humanos. Tem- ganhar dinheiro. A má distribuição de renda
se a sensação de que os profissionais da im- não é culpa do marketing. As empresas exis-
prensa desejam impor ao mundo capitalista tem para produzir coisas que satisfaçam os
uma falsa realidade socialista e utópica: um interesses da sociedade e essa produção tem
mundo mais justo, mais fraterno, em que to- um custo, que necessita ser remunerado. Es-
dos têm os mesmos direitos, cheio de so- sas empresas necessitam ser lucrativas, para
nhos e felicidades. É claro que todos dese- reinvestir parte de seu lucro e gerar mais
jariam viver em um mundo assim, inclusive conforto para si mesmas e para seu público.
os que trabalham com marketing. O exage- Quem administra melhor suas finanças e as
rado viés socialista, que a imprensa parece oportunidades do mercado ganha mais por-
www.bocc.ubi.pt
4 Edmundo Brandão Dantas
que tende a saber melhor como vender. Se é a garantia da satisfação dos clientes, mas
a sociedade aceita as mensagens persuasivas nem sempre é esta a realidade. Kotler (1980:
que as empresas, através dos meios de co- 30) cita Farmer (1967) para apresentar uma
municação, lhe dirige e compra os produtos discussão interessante sobre a “contribuição
e serviços que se lhes oferecem, isto implica sombria do marketing para a sociedade”:
que deve aceitar as regras do mundo capita-
lista. Queiram ou não aceitar, essas são as Nos últimos 6000 anos o campo do marke-
regras do capitalismo. ting foi considerado como feito de artistas de
A dura realidade é que, seja no ambiente segunda classe, trapaceiros, sem-vergonhas
capitalista ou no socialista, tem-se que co- e distribuidores de mercadorias de segunda
mão. Muitos de nós já fomos enganados pelo
locar comida na mesa. No primeiro caso,
trapaceiro; e todos nós já fomos levados a
frente às grandes diferenças sociais, o ní-
comprar toda espécie de “coisas” que, na ver-
vel de dificuldade para cumprir essa tarefa dade, não necessitávamos e que, mais tarde,
é maior. O romantismo socialista da época descobrimos que nem ao menos as desejáva-
da universidade, então, não vale no mercado mos.
capitalista. Seria ótimo se pudéssemos viver
de amor, mas o modelo econômico imposto E vai mais adiante, citando Hayden (1980:
ao mundo, escolhido e aceito pela maioria, é 30):
esse. Nessa realidade, o marketing deve bus-
car como entender o que se pode e o que não Do que um homem realmente necessita? Al-
se pode fazer. O grande desafio da ética no gumas centenas de gramas de comida todos
marketing é: fazer o que é correto, o que é os dias, aquecimento e abrigo, dois metros
decente e honesto, sob a ótica da sociedade a para deitar-se e alguma forma de trabalho que
quem se serve. Se as pessoas aceitam as re- proporcionará uma sensação de realização. E
gras e se o trabalho realizado pelas empresas isto não é tudo, sob o aspecto material. Todos
está de acordo com os preceitos da Consti- sabemos disso. Mas recebemos uma lavagem
cerebral de nosso sistema econômico, até que
tuição e das regras comerciais aceitas pelos
terminemos em uma tumba, debaixo de uma
indivíduos, não há razão para criticar o mar-
pirâmide de pagamentos em quotas, hipote-
keting. Há que se ter em conta que vivemos cas, utensílios absurdos, brinquedos que des-
em uma democracia, onde as pessoas podem, viam nossa atenção da estupidez de tudo isso.
desde que respeitadas as normas constitucio-
nais, fazer o que desejam. Como se vê, a discussão é antiga e gera
Outro ponto que deve ser discutido é o dos certo incômodo. A verdade é que essas e ou-
discursos dos executivos e dirigentes, pródi- tras questões costumam preocupar principal-
gos de promessas e vazios de ações efeti- mente os estudiosos de marketing e de Quali-
vas relativas ao atendimento das necessida- dade, já que as duas disciplinas são distorci-
des, anseios e expectativas dos consumido- das em sua essência, provavelmente devido à
res, que distorcem o conceito de marketing falta de coerência que existe entre o discurso
e, portanto, também geram uma falsa ima- e a prática, reduzindo-as a simples questões
gem do marketing no espírito das pessoas. de custos.
Sabemos que o objetivo maior do marketing
www.bocc.ubi.pt
A propaganda de guerrilha: uma nova alternativa para posicionar marcas 5
www.bocc.ubi.pt
6 Edmundo Brandão Dantas
www.bocc.ubi.pt
A propaganda de guerrilha: uma nova alternativa para posicionar marcas 7
em marketing, e, portanto, mais adequada ao gar que lhes eram mais convenientes, tive-
momento: “Todas as boas peças publicitá- ram que ser adaptados às mudanças do mer-
rias começam com uma compreensão funda- cado: de ora em diante, eram os consumido-
mental do receptor”. Com essa postura, as res que definiam tempo e lugar, em função de
agências tiveram que repensar suas ações de suas necessidades e programações. A proli-
comunicação. Seus clientes, melhor infor- feração das informações fez com que os con-
mados em função da disseminação dos com- sumidores passassem a exigir produtos, sis-
putadores e da Internet, se tornaram mais temas de distribuição e comunicação espe-
exigentes e pró-ativos, no sentido de dese- cializados. O mercado, finalmente, se frag-
jar saber onde seu dinheiro destinado à co- mentou.
municação seria investido. A antiga postura
das agências, de quase “empurrar” campa-
6 O marketing em um mercado
nhas goela abaixo de seus clientes, teve que
ser revista. Nunca os clientes questionaram fragmentado
tanto e foram tão exigentes. Os profissio- Diante de um cenário de tão profundas mu-
nais de propaganda tiveram, por uma exigên- danças, havia que questionar-se como fica-
cia da nova dinâmica do mercado, que en- ria o marketing, em um mercado cada vez
tender melhor o que seus clientes desejavam mais fragmentado. Nesse mercado, a seg-
em termos de comunicação. As informações mentação tradicional dá lugar a uma série
acerca do receptor, que nem sempre eram le- de subsegmentações denominadas nichos de
vadas em conta como deveriam pelos plane- mercado. A empresa atende grupos cada
jadores das agências, passaram a ser insumos vez menores de consumidores, em função de
imprescindíveis à elaboração de campanhas: seus desejos e necessidades, aproximando-
elas estão agora, mais do que nunca, disponí- se quase da individualização da produção.
veis e acessíveis como nunca foram. Parale- Diferencia-se, assim, por oferecer produtos
lamente a essa transformação no cenário da e serviços cada vez mais dirigidos e alta-
comunicação, os empresários e anunciantes mente especializados a cada nicho definido.
perceberam que as economias de escala não É a chamada customização. De acordo com
garantiam mais lucros. As gigantescas insta- esse conceito, percebe-se que nenhuma fer-
lações centralizadas de fabricação deram lu- ramenta de marketing, por si só, é capaz de
gar a fábricas adaptadas e de rápida transfor- resolver os problemas das marcas e produ-
mação, situadas estrategicamente próximas a tos. O marketing exige, cada vez mais, a in-
mercados diferenciados. O marketing de ni- tegração de seu mix. A comunicação mer-
chos substituiu o marketing massificado. A cadológica, sozinha, perde a força original
mídia de massa, em seu modelo mais tradi- e também passa por uma mudança. A co-
cional, entrou em decadência e, como con- municação integrada ocupa o lugar da velha
seqüência dessa situação, muitos dos even- comunicação: a estratégia é utilizar de forma
tos de mídia programados e planejados fo- eficaz a combinação ideal de diversas formas
ram substituídos pela comunicação instantâ- de comunicação, de acordo com cada caso,
nea entre pessoas e empresas. Os sistemas para obter o máximo retorno possível para o
de comunicação ligados ao tempo e ao lu-
www.bocc.ubi.pt
8 Edmundo Brandão Dantas
cliente. Novos canais de comunicação são guerrilha bélica. Seu criador, o publicitário
criados e colocados à disposição dos clientes norte-americano Jay Conrad Levinson, de-
e consumidores, para escutar suas reclama- fende que pequenas e médias empresas po-
ções e orientá-los. Em um mercado onde o dem e devem competir no mercado com as
consumidor é muito mais informado, a con- grandes companhias, através do uso de ar-
corrência sempre está atenta aos movimen- mas mais eficazes baseadas na criatividade e
tos e estratégias dos demais competidores. na inovação, para combater o que ele chama
A demanda por produtos melhores por parte de “exércitos convencionais". O uso das
do consumidor acaba por gerar no profissi- ferramentas de marketing de guerrilha tem
onal de marketing e sua equipe uma busca como objetivo o combate aos grandes com-
quase obsessiva pela diferenciação que, por petidores ou simplesmente a sobrevivência
sua vez, não é como a que se praticava no dessas empresas. Toda a essência da expres-
passado. É uma diferenciação baseada na co- são criada por Levinson (1982) foi baseada
municação, marcada por una batalha de per- em um artigo publicado pela Harvard Bu-
cepções, cujo maior objetivo é ocupar um es- siness Review, escrito por Welsh & White
paço na mente do consumidor. (1981), que afirmava que pequenos negócios
não são versões menores de grandes negó-
cios e que, por causa da falta de recursos dos
7 Marketing de guerrilha e
pequenos negócios, estes precisam se valer
propaganda de guerrilha de diferentes tipos de estratégias e táticas de
A palavra “guerrilha” significa, ao pé da le- marketing. Com orçamentos apertados, eles
tra, uma “pequena guerra”. Trata-se, em sua devem utilizar formas alternativas para exe-
origem, de um tipo de guerra não conven- cutar suas atividades de marketing. É jus-
cional, cujo principal artifício é a ocultação tamente essa a principal vantagem desse ap-
e a extrema mobilidade dos guerreiros, de- proach de marketing: baixos custos com pro-
nominados, neste caso, “guerrilheiros”. A paganda e um total conhecimento da parte
grande tática que está por trás de uma guer- do mercado que o empresário busca. Outra
rilha é a ação psicológica, que se impõe so- característica do marketing de guerrilha é a
bre as forças militares, fazendo com que os geração de mídia espontânea. Ou seja, fazer
adversários considerados mais fortes sejam com que o consumidor faça a propaganda do
vencidos. A guerrilha, cujas táticas são usa- empreendimento, da marca ou do produto.
das, em geral, por uma parte mais fraca con- É importante, frente à confusão que esta
tra uma mais forte, busca a vitória por meio idéia pode gerar, que se estabeleça a dife-
da infiltração discreta de seus militantes no rença entre marketing de guerrilha e pro-
meio dos inimigos, conseguindo simpatizan- paganda de guerrilha. Primeiramente, não
tes para sua causa e informações estratégicas se pode esquecer que marketing é uma fun-
sobre seus segredos e ações táticas, para, as- ção empresarial e que a propaganda, por sua
sim, neutralizá-los. vez, é apenas uma ferramenta de comuni-
A expressão marketing de guerrilha foi cação utilizada pelo marketing para infor-
criada em 1982, inspirada, justamente, na mar aos consumidores acerca dos produtos
e serviços que estão disponíveis para seu
www.bocc.ubi.pt
A propaganda de guerrilha: uma nova alternativa para posicionar marcas 9
www.bocc.ubi.pt
10 Edmundo Brandão Dantas
www.bocc.ubi.pt
A propaganda de guerrilha: uma nova alternativa para posicionar marcas 11
www.bocc.ubi.pt
12 Edmundo Brandão Dantas
fio interessante e curioso, que parece propí- tura média dos narizes dos caninos. Os cães
cio para as ações de propaganda de guerrilha. mexiam suas caudas e arrastavam seus do-
Há algum tempo, a 3M, ao lançar sua linha nos na direção do cartaz para cheirá-lo. A
de vidros especiais de alta segurança, insta- Affinity Petcare, fabricante do produto, posi-
lou nas paradas de ônibus de Vancouver, no cionou sua marca, graças, em parte, à ação
Canadá, painéis com revestimento resistente de propaganda de guerrilha, como “a comida
a rupturas, contendo em seu interior cédulas preferida pelos cães”.
aparentemente no valor de mais de três mi-
lhões de dólares canadenses. Na realidade, a
10 Considerações finais
maioria era falsa, com exceção de cerca de
500 dólares em cédulas autênticas, que ocu- Evidências significativas do mundo da pro-
pavam a parte superior dos “montes” de di- paganda levam a crer que a propaganda tra-
nheiro. Quase todas as pessoas que passa- dicional está perdendo força. Dados obtidos
vam pelos painéis “recheados” de dinheiro na Associação Brasileira de Marketing Di-
acabavam examinando o vidro e tentavam reto (ABEMD) mostram que o setor apre-
rompê-los a socos, pedradas e pontapés, na senta um crescimento anual médio ao redor
esperança de conseguir o dinheiro. Houve de 12,4% ao ano1 . A propaganda tradicio-
até quem voltasse com barras de ferro para nal, por outro lado, que em seu período áu-
tentar romper os painéis. Ninguém conse- reo chegou a alcançar um crescimento anual
guiu. Na manhã seguinte ao lançamento des- de 20%, hoje alcança taxas médias de cres-
ses painéis, a notícia apareceu na primeira cimento anual da ordem de 9%2 . Some-se
página do jornal Vancouver Sun, o que atraiu a isso a proliferação dos anúncios de ven-
novos informativos. A assinatura impressa das no varejo, que predominam nas progra-
nos painéis era apenas: “3M Vidro de Se- mações comerciais das emissoras de TV, jor-
gurança” e o número do telefone de contato nais, revistas, emissoras de rádio e outros
com a empresa. O investimento foi de ape- meios, em detrimento de anúncios de posi-
nas 6.000 dólares canadenses. A ação con- cionamento. São evidências relevantes, que
tribuiu para fixar o posicionamento de que a nos levam a pensar o atual modelo de co-
3M era a empresa que fabricava o vidro es- municação mercadológica. Ressalte-se que
pecial mais seguro do mundo. o objetivo deste artigo não foi desmerecer
Outro exemplo interessante foi o da agên- a propaganda e seus méritos na divulgação
cia Leo Burnett de Frankfurt, Alemanha, que de produtos, serviços e marcas em geral, e
não se deixou levar pelo clichê e, em vez 1
Fonte: “Momento de prosperidade: marketing
de criar um comercial de televisão de uma direto movimenta mais de R$ 15 bilhões em 2006
marca de comidas para cães usando a tradici- e gera mais de 930 mil empregos”, disponível em
onal imagem de um rápido e reluzente labra- http://unamarketing3.blogspot.com/ [consultado a 10
dor saltando alegremente, em câmera lenta, de Outubro de 2008].
2
Fonte: “Propaganda avança com taxa
em um parque ensolarado, idealizou e divul-
de 9%”, disponível em http://indexet.gazeta
gou cartazes, tratados para soltar um aroma mercantil.com.br/arquivo/2007/07/23/396/Propaganda-
absolutamente irresistível para os cães, e os avanca-com-crescimento-de-9.html. [consultado a 10
afixaram em diversos muros e paredes à al- de Outubro de 2008].
www.bocc.ubi.pt
A propaganda de guerrilha: uma nova alternativa para posicionar marcas 13
www.bocc.ubi.pt
14 Edmundo Brandão Dantas
www.bocc.ubi.pt