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Temas a tratar
1. O que é a ortografia?
2. Ortografia portuguesa
Excetuando o caso do
Alfabeto Fonético
Internacional não há
sistemas ortográficos pura e
exclusivamente fonéticos.
Ortografia
fonética
São eminentemente fonéticas as
ortografias das línguas basca,
búlgara, finlandesa, italiana,
russa, turca e alemã.
Apropriada para línguas com um
número de falantes
relativamente pequeno e/ou
que não apresentem grande
dispersão geográfica nem
variação linguística.
Deixa de ser válida quando os
idiomas adquirem uma grande
distribuição geográfica. Nestes
casos, é impossível uniformizar a
escrita, pois uma grafia torna-se
fonética para uma variante do
idioma, mas não para outra.
Ortografia etimológica
Quando ome que ouver filhos dũa molher casar cũ outra que ouver
fillos doutro marido e ambos ouverẽ fillos de consuu, se o marido ou a
molher morrer, e os fillos que foren daquel morto partã cõmunalmẽte
toda sa boa. E se alguu dos yrmãos que son de padre e de madre
morrer sen erdeyro e mãda nõ fezer, os outros seus irmãos que forẽ de
padre e de madre herdẽ toda sa bõa. E se foren yrmaos de senos
padres e de senhas madres, cada huu dos yrmaos erden en boa de seu
yrmao que lhy venha do padre ou da madre onde son os yrmaos. E se
algũas gaanças fez o morto da outra parte, os yrmaos partãas
cõmunalmente de consuu.
Quando ome que ouver filhos dũa molher casar cũ outra que ouver
fillos doutro marido e ambos ouverẽ fillos de consuu, se o marido ou a
molher morrer, e os fillos que foren daquel morto partã cõmunalmẽte
toda sa boa. E se alguu dos yrmãos que son de padre e de madre
morrer sen erdeyro e mãda nõ fezer, os outros seus irmãos que forẽ de
padre e de madre herdẽ toda sa bõa. E se foren yrmaos de senos
padres e de senhas madres, cada huu dos yrmaos erden en boa de seu
yrmao que lhy venha do padre ou da madre onde son os yrmaos. E se
algũas gaanças fez o morto da outra parte, os yrmaos partãas
cõmunalmente de consuu.
Quando ome que ouver filhos dũa molher casar cũ outra que ouver
fillos doutro marido e ambos ouverẽ fillos de consuu, se o marido ou a
molher morrer, e os fillos que foren daquel morto partã cõmunalmẽte
toda sa boa. E se alguu dos yrmãos que son de padre e de madre
morrer sen erdeyro e mãda nõ fezer, os outros seus irmãos que forẽ de
padre e de madre herdẽ toda sa bõa. E se foren yrmaos de senos
padres e de senhas madres, cada huu dos yrmaos erden en boa de seu
yrmao que lhy venha do padre ou da madre onde son os yrmaos. E se
algũas gaanças fez o morto da outra parte, os yrmaos partãas
cõmunalmente de consuu.
Quando ome que ouver filhos dũa molher casar cũ outra que ouver
fillos doutro marido e ambos ouverẽ fillos de consuu, se o marido ou a
molher morrer, e os fillos que foren daquel morto partã cõmunalmẽte
toda sa boa. E se alguu dos yrmãos que son de padre e de madre
morrer sen erdeyro e mãda nõ fezer, os outros seus irmãos que forẽ de
padre e de madre herdẽ toda sa bõa. E se foren yrmaos de senos
padres e de senhas madres, cada huu dos yrmaos erden en boa de seu
yrmao que lhy venha do padre ou da madre onde son os yrmaos. E se
algũas gaanças fez o morto da outra parte, os yrmaos partãas
cõmunalmente de consuu.
Quando ome que ouver filhos dũa molher casar cũ outra que ouver
fillos doutro marido e ambos ouverẽ fillos de consuu, se o marido ou a
molher morrer, e os fillos que foren daquel morto partã cõmunalmẽte
toda sa boa. E se alguu dos yrmãos que son de padre e de madre
morrer sen erdeyro e mãda nõ fezer, os outros seus irmãos que forẽ de
padre e de madre herdẽ toda sa bõa. E se foren yrmaos de senos
padres e de senhas madres, cada huu dos yrmaos erden en boa de seu
yrmao que lhy venha do padre ou da madre onde son os yrmaos. E se
algũas gaanças fez o morto da outra parte, os yrmaos partãas
cõmunalmente de consuu.
Que viage á roda do seu quarto quem está á beira dos Alpes, de hynverno, em Turim, que é quasi tam frio como
San'Petersburgo—intende-se. Mas com este clima, com este ar que Deus nos deu, onde a laranjeira cresce na horta, e o mato é de
murta, o proprio Xavier de Maistre, que aqui escrevesse, ao menos ia até o quintal.
Eu muitas vezes, n'estas suffocadas noites d'estio, viajo até á minha janella para ver uma nesguita de Tejo que está no fim da rua,
e me inganar com uns verdes de árvores que alli vegetam sua laboriosa infancia nos intulhos do Caes-do-Sodré. E nunca escrevi
éstas minhas viagens nem as suas impressões: pois tinham muito que ver! Foi sempre ambiciosa a minha penna: pobre e suberba,
quer assumpto mais largo. Pois hei de dar-lh'o. Vou nada menos que a Santarem: e protesto que de quanto vir e ouvir, de quanto
eu pensar e sentir se hade fazer chronica.
Era uma idea vaga, mais desejo que tenção, que eu tinha ha muito de ir conhecer as riccas varzeas d'esse Ribatejo, e saudar em
seu alto cume a mais historica e monumental das nossas villas. Aballam-me as instancias de um amigo, decidem-se as tonterias
de um jornal, que por mexeriquice quiz incabeçar em designio politico determinado a minha visita.
São 17 d'este mez de julho, anno de graça de 1843, uma segunda-feira, dia sem nota e de boa estrea. Seis horas da manham a dar
em San'Paulo, e eu a caminhar para o Terreiro-do-Paço. Chego muito a horas, invergonhei os meus madrugadores dos meus
companheiros de viagem, que todos se prezam de mais matutinos homens que eu. Ja vou quasi no fim da praça, quando oiço o
rodar grave mas pressuroso de uma carroça d'ancien règime: é o nosso chefe e commandante, o capitão da impreza, o Sr. C. da T.
que chega em estado.
Ortografia portuguesa
João Penha, Echos do Passado. Porto: Companhia Portuguesa Editora, 1914, p. 167.
Contra!
1971 São promulgadas alterações no Brasil, reduzindo as divergências ortográficas com Portugal.
1973 São promulgadas alterações em Portugal, reduzindo as divergências ortográficas com o Brasil.
1975 A Academia das Ciências de Lisboa e a Academia Brasileira de Letras elaboram novo projeto de acordo, que não é
aprovado oficialmente.
1986 Os então sete países de língua oficial portuguesa reúnem-se e apresentam o Memorando Sobre o Acordo
Ortográfico da Língua Portuguesa que é amplamente discutido e contestado pela comunidade linguística, nunca
chegando a ser aprovado.
1200
1100
1000
800
600
400 330
300
250 220
200
185
160 149
200 130 125
90 80 75
Angola e Moçambique
AO ainda não ratificado.
Alterações introduzidas
Segundo a Nota Explicativa, o AO altera a
grafia de cerca de 0,5% do total de palavras
na norma brasileira e 1,6% do total de
palavras na norma em vigor em Portugal,
PALOP, Timor-Leste e Macau.
Alguns
exercícios.
Antes:
factor
Depois:
fator
Antes:
facto
Depois:
facto
Antes:
óptica
Depois:
ótica
Antes:
corrupção
Depois:
corrupção
Antes:
recepção
Depois:
receção
Antes:
heróico
Depois:
heroico
Antes:
herói
Depois:
herói
Antes:
lêem
Depois:
leem
Antes:
pêlo
(pilosidade)
Depois:
pelo
Antes:
pôr-do-sol
Depois:
pôr do sol
Antes:
pára-quedas
Depois:
paraquedas
Antes:
mini-saia
Depois:
minissaia
Antes:
auto-estrada
Depois:
autoestrada
Antes:
microondas
Depois:
micro-ondas
Antes:
mão-de-obra
Depois:
mão de obra
Antes:
faccioso
Depois:
faccioso
Antes:
facção
Depois:
fação
Antes:
selecção
Depois:
seleção
Antes:
ficção
Depois:
ficção
Antes:
arquitecto
Depois:
arquiteto
Antes:
espectador
Depois:
espectador
ou espetador
Antes:
invicta
Depois:
invicta
Antes:
Março
Depois:
março
Antes:
Egipto
Depois:
Egito
Antes:
egípcio
Depois:
egípcio
Antes:
hei-de
Depois:
hei de
Antes:
cor-de-laranja
Depois:
cor de laranja
Antes:
cor-de-rosa
Depois:
cor-de-rosa
Para saber mais
Manuel de Sousa
manuel.sousa@exponor.pt
ext. 1421