Você está na página 1de 36

s

Número 31, maio 2018


m e n t o d e Escola
Agrupa e ia - TAVIR
A O,50
t o C o r r
us
rge Aug
J o
BIBLIOTECA ESJAC

ESJAC entre as escolas finalistas do


Festival Internacional BGREEN

A professora Soledade Ferreira com o grupo de alunos finalistas do Festival Internacional


Bgreen: Francisco Santos, Tiago Jesus, Francisco Grilo e Andreia Romão (10.º C2)

E m Geografia, no âmbito da área disciplinar de Cidadania e


Desenvolvimento, o 10ºC2 está a desenvolver atividades
integradas nos domínios de Educação Ambiental e Desen-
volvimento Sustentável, entre as quais se destaca a participação no Nesta edição:
Festival Internacional Bgreen. Concursos
O objetivo deste Festival é incentivar os alunos a serem, eles pró-
Projetos
prios, educadores ambientais, pelo que o concurso consiste na realiza-
Ciências Experimentais
ção de spots vídeo de sensibilização ambiental. A turma realizou vários
spots e concorreu com cinco desses trabalhos. Educação Especial
Tratando-se de um concurso aberto a todas as escolas do mundo, e
Cursos Profissionais
tendo o Festival recebido candidaturas de diversos continentes, a turma
10ºC2 está de parabéns por ter conseguido apurar um dos seus traba- Desporto
lhos para a final! O grande prémio é uma viagem aos Açores para a
Eco dos Espaços
equipa vencedora, acompanhada pela Organização do Festival, durante
uma semana, com as despesas pagas. Línguas
A cerimónia de entrega de prémios decorrerá no próximo dia 08 de Teatro e Cinema
junho, em Santo Tirso. Desejemos boa sorte à Andreia Romão, ao
Francisco Santos, ao Francisco Grilo e ao Tiago Jesus! Ciências Sociais e Humanas
Para mais informações sobre a iniciativa, consultar: Visitas de Estudo
http://www.bgreenfestival.com
A professora de Geografia, Soledade Ferreira
O II Concurso de Leitura Expressiva “Dar voz às letras”, integrado na Semana da Leitura, cuja final ocorreu no dia
9 de março, teve como objevos: fomentar a educação para a leitura, promover o treino e a melhoria da capacidade
de ler, esmular a práca de leitura em público, visando descobrir o prazer de ler para os outros.
Para se apurarem para a final, os alunos inscritos, perante um júri, constuído pelos professores, Ana Crisna
Maas, Antonieta Couto e José Couto, foram convidados a ler um excerto de O Perfume, de Patrick Süskind, respei-
tando alguns critérios: dicção, tom e colocação de voz, entoação, fluência, ritmo, pontuação, contacto visual, expres-
sividade. Pelo seu desempenho na prova eliminatória, foram apreciados na final os alunos:

Sebasão Galhardo (11ºA1), Bruna Marns (11ºA3), Margarida Gouveia (12ºA2), Iúri Montes (12ºC1) e Enya Lennon (12º C2) ,
que, perante o júri, constuído pelos professores, Ana Crisna Maas, José Couto e Paula Pereira, e um público de
alunos e professores, que encheu o auditório, leram, sem conhecimento prévio, um excerto da crónica “A Felicida-
de“, de Os meus problemas, de Miguel Esteves Cardoso, e ainda um poema que cada um selecionou. O Sebasão
disse o poema «Romance» de Miguel Torga, a Bruna, o soneto «Angúsa », de Florbela Espanca, a Margarida,
«Adeus», de Eugénio de Andrade, o Iúri, «Passagem das horas», de Álvaro de Campos, e a Enya, «Poema à mãe», de
Eugénio de Andrade.

Com a midez e os nervos dominados, os cinco finalistas surpreenderam e convenceram os elementos do júri
da sua qualidade como leitores e comoveram quem os ouviu. De tal modo que a tarefa de escolha do que viria a
ser o vencedor não foi fácil. Acabou por ser disn-
guida a aluna Enya Lennon como a leitora de 2017-
2018 que melhor deu VOZ às LETRAS. Todos rece-
beram um cerficado de parcipação e a aluna
vencedora recebeu livros, oferta da Escola e da
editora Asa, a quem muito agradecemos. Um agra-
decimento também aos colaboradores, público e
parcipantes. A nós, sasfez-nos ter proporciona-
do este momento.

A professora organizadora:
Página 2 Antonieta Couto
PR0JETOS

Mass Training de Suporte Básico de Vida


Texto por Ivone Penteado e fotos por Catarina Mangas, 12.º E

C omo todos os anos, o


INEM e a PSP estive-
ram, no dia 8 de janei-
ro de 2018, no Auditório da ES-
JAC, a apresentar, aos alunos do
12.ºano, as várias formas de sal-
var uma pessoa e a explicar a im-
portância do número 112.
O agente Nuno Madeira da
PSP explicou por que é que o nu-
mero 112 é importante e como as
regras do seu uso devem ser res-
peitadas. Explicou-nos, também,
como utilizar esse número e aler-
tou-nos que o número não é para
fazer brincadeiras ou para pedir desta vez Suporte Básico de Vi-
qualquer tipo de informação, ex- da (SBV). Mais uma vez, a enfer-
ceto em caso de perigo. meira Emília explicou-nos os pas-
sos corretos a seguir:
1.º- Avaliar as condições de segurança;
2.º - Colocar a pessoa inconsciente no
chão. Caso a pessoa se encontre
acamada, sentada ou até numa po-
sição de desconforto para o corpo,
deve-se, incondicionalmente, colocá
-la no chão; 7.º- Caso esteja já cansado, deve-se
parar, recuperar o fôlego e depois
retomar o SBV até que o INEM
chegue.

Depois, tivemos uma brilhante


apresentação de como devemos
salvar uma pessoa asfixiada,
com algo a obstruir a via aérea
através da explicação prática da
enfermeira Emília e da aluna Ali-
ce Arnaudova com dois exercí- 3.º - Ver se a pessoa se encontra cons-
cios: ciente e está a respirar;
1.º - Dar 5 pancadas interescapulares; 4.º - Gritar por ajuda;
2.º - Dar 5 Compressões abdominais. 5.º- Ligar para o número 112 e dar to-
Através destes dois exercícios das as informações necessárias
interpolados, podemos conseguir (Onde se encontra, quem está in-
consciente, se é do sexo feminino ou Por último, temos o exercício da
que a comida, algum objeto ou masculino, que idade tem e qual é o posição lateral de segurança
até mesmo sangue possa sair e seu estado físico); que é utilizado em caso da vítima
desobstruir as vias respiratórias. 6.º- Caso se saiba fazer o SBV, aplicar
se encontrar não rea-
30 compressões torácicas e duas
Posteriormente, seguimos com insuflações (as insuflações são opci- tiva e com respiração Página 3
mais exercícios de salvamento, onais);
EDUCAÇÃO PARA A SAÚDE
eficaz, ou se tiverem sido restau-
rados os sinais de vida após ma- Educação para a Saúde
nobras de reanimação. Por Pedro Gabriel, coordenador da Educação para a Saúde, ESJAC

C omo coordenador da Educação para a Saúde da Escola Dr.


Jorge A. Correia de Tavira quero manifestar, publicamente,
o meu agradecimento aos seguintes parceiros que permiti-
ram, durante o presente ano letivo, concretizar um serviço de excelên-
cia no domínio educativo que o cargo me exige:
PARCEIRO TEMA N.º de DESTINATÁ-
SESSÕES RIOS
INEM e Suporte Básico 15
Todas as turmas
PSP de Tavira de Vida
1.º- Ajoelhar-se ao lado da vítima; Inscrição livre
2.º - Colocar o braço mais perto (do seu Segurança 2
PSP de Tavira para 60 alunos por
lado) em ângulo reto com o corpo; Rodoviária
sessão
3.º- Segurar o outro braço (mais afasta-
do) cruzando o tórax e colocar o Serviço de Inter-
dorso da mão da vítima sob a face venção nos Com-
do seu lado; Adolescência e Compor- 10.º TGPSI,
portamentos Aditi-
4.º- Levantar a perna do lado oposto tamentos de Risco - Pre- 11.º A3, C1, C2,
vos e nas Depen- 7
acima do joelho dobrando-a, dei- venção do Consumo de 12.º TTUR, A1 e
dências (SICAD)
xando o pé em contacto com o Substâncias Psicoativas A2
(Enf. Pedro
chão; Mendes)
5.º- Estabilizar a perna da vítima para
que a anca e o joelho formem ân- Serviços de Psico-
gulos retos; logia e Orientação
6.º- Inclinar a cabeça da vítima para 10.º TTUR,
Escolar AEDJAC Ansiedade nos Momentos
trás, assegurando-se da desobstru- 4 11.º A2, C2,
de Tavira de Avaliação
ção das vias respiratórias; 12.º VTIAT
(Psicóloga Cláudia
7.º- Ajustar a mão debaixo do queixo, Diogo)
para manter a extensão da cabeça;
8.º - Reavaliar, regularmente, a respira- Violência no Namoro 2 10.º TAE e 11.ºA3
ção.
Associação Portu- Bullying e Cyberbullying/ 1 12.º TTUR
Dada a explicação aos alunos, guesa de Apoio à Discriminação e Precon-
Vítima (APAV) ceito
estes, num segundo momento da
de Tavira
sessão, partiram para os exercí- Violência Contra Crian- 2 10.º TAE e
ças e Jovens e Igualdade 10.º Desporto
cios práticos realizados em pe-
de Género
quenos grupos, cada um tendo a
ajuda de todos os enfermeiros dis- Associação de
poníveis para orientar e explicar Jovens Lésbicas, Homossexualidade /
como se fazem os exercícios cor- Gays, Bissexuais, Transexualidade / Homo- 10.º TAE,
2
Trans, Intersexo e fobia - Preconceitos 12.º B e C1
retamente. Apoiantes
Estas manobras de apoio a víti- (Rede Ex Aequo)
mas são muito importantes e um
dia poderão ser muito úteis para Prevenção e Desmitifica-
Associação de ção da Saúde Mental Pre- 10.º TTUR,
salvar uma vida. Os alunos tive- Saúde Mental do venção e Desmitificação 11.º C2,
ram direito a um certificado Algarve da Saúde Mental
1
12.º VTIAT e
«Mass Training de Suporte Bási- (ASMAL) TGPSI
co de Vida», passado pelo Depar-
tamento de Formação de Emer-
gência Médica. Todas as sessões, à exceção das duas primeiras, foram ao encontro
Texto orientado pela profes- das necessidades apresentadas pelas turmas no contexto dos respeti-
Página 4 sora de Português, vos Projetos de Educação para a Saúde, aprovados nas reuniões in-
Ana Cristina Matias tercalares do primeiro período.
CIÊNCIAS EXPERIMENTAIS

Toxinas e metais pesados


Por Luís António Silva (professor aposentado, ex-coordenador de projetos DPPC)

Por Cristina Castilho e Helena Bartolomeu,


professoras de Física e Química

tração muito elevada, tendem a

H e a nossa vida quotidia-


na fazem com que o contacto com
acumular-se e a depositarem-se
oje, o meio envolvente no nosso organismo.

Alguns exemplos dos efeitos


toxinas e metais pesados seja destes metais no nosso organis-
constante. mo:
Assim, o chumbo, o mercúrio, o • chumbo - aloja-se nos ossos e
arsénio, o níquel, o cádmio, o alu-
mínio, entre outros, são frequen-
tes na nossa vida.
no cérebro, poderá conduzir a
um défice de atenção;
• cádmio - associado a doenças
cardiovasculares e doenças
O nosso Agrupamento, por
iniciativa dos professores do Grupo Dis-
ciplinar 510 (Física e Química) e por
renais; disponibilidade de alguns alunos, parti-
• mercúrio - causa problemas cipou nas semifinais das Olimpíadas de
Química Mais que decorreram no depar-
musculares; tamento de Química e Farmácia da Fa-
• alumínio - causa problemas culdade de Ciências e Tecnologia da
digestivos e de perda de ener- Universidade do Algarve.
gia;
• berílio - provoca doenças pul-
monares.
Vejamos alguns casos desta
exposição:
• automóveis – magnésio e
cádmio;
As Olimpíadas de Química Mais de-
• diesel – níquel e enxofre; correram no dia dez de março e a equipa
• agricultura – cobre, arsénio e representante era constituída pelos alu-
alumínio; nos João Teixeira, Pedro Martins e Pe-
• esgotos/lixos – chumbo, dro Ferreira da turma 11º A2, que foi
Como atenuar alguns dos seus selecionada após vencer a prova a nível
cádmio, mercúrio e arsénio;
efeitos: de escola.
• desodorizantes não biológicos O empenho, a vontade de participar em
• consumir vegetais e fibra;
– alumínio; eventos de ciência e a boa disposição
• filtrar a água;
• tintas – chumbo, mercúrio e fizeram destes alunos uns excelentes
• utilizar recipientes de vidro representantes do Agrupamento.
cádmio; As Olimpíadas foram ao sábado, o
ou inox;
• tubagens – berílio; transporte foi cedido pelo Agrupamento
• evitar o plástico;
• utensílios de cozinha – e foi o Sr. Paulo, chefe do pessoal assis-
• tomar probióticos como
alumínio e cobre; tente operacional, que levou a nossa
• tabaco – cádmio.
suplemento alimentar;
delegação a Faro.
• usar produtos orgânicos na
Todos estes elementos tóxicos, higiene pessoal; Página 5
hoje presentes com uma concen- • tomar Omega3.
CIÊNCIAS EXPERIMENTAIS

Em Azeitão

Fabrico industrial / fabrico artesanal


Por Ana Ramos, 10.º A2

N o dia 12 de março,
os alunos da turma
A2 do 10.º ano via-
jaram até Azeitão, acompanhados
pelo professor de Biologia e Geo-
logia, Rui Carmo, e pela profes-
sora de Física e Química, Rosa
Palma, com o objetivo de conhe-
cer a Fábrica da Coca- Cola e a
Queijaria Quinta Velha.
Na fábrica, além da visualiza-
ção de um vídeo relacionado com
sua história e as marcas produzi-
das, os alunos tiveram oportuni-
dade de visitar os laboratórios, a
linha de montagem, o controle de onde foi fácil verificar a aplicação
qualidade e todo o processo de a diferentes etapas do fabrico do de conteúdos das disciplinas de
fabricação, acompanhados de queijo e cada aluno fez o seu Física e Química e de Biologia.
uma guia. No final foi oferecida queijo, que depois trouxe para Os alunos, durante a visita, reve-
uma bebida a cada aluno. casa. Na quinta, observaram a laram um comportamento ade-
Na Queijeira - Quinta Velha, os planta cardo, usada no fabrico do quado e no final mostraram satis-
alunos contactaram com uma rea- queijo. fação, agradecendo aos professo-
lidade diferente onde tudo foi Esta visita proporcionou aos res pela oportunidade.
feito por processo alunos um dia diferente, com
Página 6 Texto orientado pela professora de
artesanal. Assistiram aprendizagens em contexto real, Física e Química, Rosa Palma
CIDADANIA
Geografia

Alerta, microplásticos !
Por Alunos do 11.º TTUR (redação coletiva )

N
água, doce e salgada, é preocu-
pante? Qual a origem destas partí-
culas? Como evitar a contamina-
o âmbito da discipli- ção das águas por estes materiais?
na de Geografia, Encontrámos resposta, para estas
durante o estudo do módulo B3 – e tantas outras questões, no Cen-
“O Quadro Natural de Portugal: tro de Ciência Viva de Tavira.
A Água”, fomos confrontados Na tarde do dia 7 de março,
com notícias de imprensa que nos realizámos – turma 11.º TTUR –
inquietaram. um workshop sobre o tema, sob a
orientação dos técnicos João e
Verónica.
“Em menos de um século Foi uma atividade muito com-
de existência os detritos de pleta, com informação teórica so-
plástico já representam bre o assunto e uma componente lher produtos sem dupla embala-
cerca de 60 a 80% do lixo prática com várias tarefas, entre gem, no supermercado? E se
as quais, a observação de micro- substituirmos o saco plástico por
marinho.”
https://apambiente.pt plásticos presentes na areia da um de pano, reutilizável inúmeras
praia, usando um microscópio. A vezes?
quantidade de partículas plásticas, Repensar os nossos hábitos, re-
de dimensão inferior a 5mm, inte- fletir sobre as consequências das
“Cientistas encontraram
gradas na areia das nossas praias, nossas ações e responsabilizarmo-
microplásticos em 83% das
é assustadora! Uma vez que o nos pelo cuidado do meio ambi-
amostras de água da tor- ente, tem que fazer parte da nossa
plástico é um material muito re-
neira de vários países do vida e não pode ficar para ama-
sistente e duradouro, desintegra-
mundo.” nhã. É necessário mudar e agir,
www.dn.pt se, mas não desaparece! Assim,
entra facilmente na cadeia ali- hoje!
mentar prejudicando a saúde de Nós, alunos de Turismo, tere-
todos os seres vivos, incluindo do mos uma missão muito importan-
“Os microplásticos chegam ser humano. te pela frente enquanto profissio-
ao mar e podem acabar no Reciclar plástico já não é solu- nais: sensibilizar os turistas para a
corpo humano.” ção suficiente, é necessário subs-
preservação do ambiente, dimi-
www.observador.pt tituir radicalmente este material
que usamos de forma descartável nuindo o impacto da sua presença
e insustentável. E são tantos os no meio natural.
O que são microplásticos? Por exemplos, simples, que podemos Texto orientado pela professora
que razão, a sua presença na seguir: Para quê a palhinha no de Geografia, Página 7
copo de sumo? Por que não esco- Soledade Ferreira
CIDADANIA
Projeto
Parlamento jovem, 2017/18
Por Teresa Brito, professora de História

Sessão Escolar do Parlamento Jovem – ESJAC—23 de janeiro de 2018

Sessão Escolar do Parlamento Jovem


Escola Secundária de Tavira (ESJAC) - 23 de janeiro de 2018
Sessão Distrital do Parlamento Jovem-Faro (IPDJ)- 6 de março de 2018

rentes épocas históricas e proble- -“Ações de combate à violência

N o dia 23 de janeiro
de 2018 decorreu,
no Auditório da Escola Secundá-
ria de Tavira, a Sessão Escolar do
matizar a situação da mulher na
sociedade atual, refletindo sobre
medidas práticas de combate à
desigualdade de género.
Na sessão escolar, os alunos
no namoro para prevenir a futu-
ra violência doméstica.”

No dia 6 de março decorreu,


no Auditório do IPDJ a Sessão
Parlamento Jovem, subordinada apresentaram essas medidas e de- Distrital do Parlamento Jovem na
ao tema: “Medidas de Combate à bateram-nas, elegendo no final da qual participaram dezasseis esco-
Desigualdade de Género” , tendo las secundárias do Algarve. Nesta
sessão as três medidas considera-
sido presidida pela aluna Rute sessão parlamentar, cada escola
das mais relevantes para repre-
Afonso (11.ºB) e secretariada pe-
sentar o projeto da escola na ses- apresentou o seu projeto de reco-
la aluna Joice Gomes (10ºC2) e
são distrital do Parlamento Jo- mendação, tendo sido seguido de
pelo aluno Nazary (10ºC1).
vem. Foram ainda eleitos três de- um debate sobre as medidas pro-
Este projeto tem como objeti-
putados efetivos e um suplente postas e de uma votação no pro-
vos desenvolver nos alunos uma
para representar a escola na ses- jeto de recomendação considera-
cultura democrática, estimular a
são distrital, nomeadamente os do mais relevante para represen-
participação cívica destes futuros
alunos Miguel Oliveira e Tiago tar o Algarve na sessão nacional.
cidadãos e desenvolver a sua ca-
Domingos do 11.ºB e os alunos A escola mais votada foi a Es-
pacidade de argumentação e o seu
Gonçalo Caetano e Rita Azevedo cola Secundária de Loulé, cujo
espírito crítico.
do 10.ºC2. projeto de recomendação foi de-
A temática foi trabalhada pelos
As medidas propostas foram: pois aperfeiçoado pelo conjunto
alunos (11.ºB, 10º.C2 e 10.ºC1)
-“Controlo publicitário para com- dos deputados eleitos à Sessão
nas aulas de História, no âmbito
bater os estereótipos de género.” Distrital.
da Educação para a Cidadania, e
A experiência da sessão distri-
em articulação com o programa -“Abordagem educacional da te- tal foi considerada pelos alunos
curricular de História A ou de mática «Desigualdade de Géne- eleitos como marcante para a sua
História B. Este trabalho de pes- ro» desde o pré-escolar ao 12.º formação, sobretudo pela memó-
quisa tinha como objetivos apro- ano numa perspetiva estruturante ria episódica que deixou e pela
fundar a temática do para a mudança de mentalida- vivência do “jogo político” que
Página 8 papel da mulher na des”. experimentaram.
sociedade nas dife-
CIDADANIA
Sociologia
Homossexualidade:
do reconhecimento legal à homoparentalidade
Por Cláudia Sequeira, Ândria Pontes, Joana Gromicho, Joana Viegas e Andreia Almeida, 12.º B

Cartaz do Grupo de Trabalho Homossexual Sexual Orientation Laws in the World - Overview (Leis relativas à orientação sexual no
(GTH) de comemoração do Dia Internacio- mundo - visão geral).
nal do Orgulhos Gay e Lésbico de (28 de Fonte: ILGA
junho de 1992).
Fonte: Ephemera: Biblioteca e Arquivo de
José Pacheco Pereira. ainda o direito à união de facto de Gays, Lésbicas, Bissexuais,
para casais homossexuais (2001), Trans e Intersexo) elaborou um
à inclusão da orientação sexual Relatório Anual, revelando que,

A como fator de não-discriminação


no artigo 13.º da Constituição da
tualmente, a comunida- República Portuguesa (2004), o
de lésbica, gay, bisse- acesso ao casamento civil (2010)
xual, transexual e intersexo e à adoção e coadoção (2016).
em países como o Irão, Sudão,
Arábia Saudita, Iémen, Somália, e
em parte do norte da Nigéria, a
homossexualidade é ainda punida
(LGBTI) tem tido cada vez mais com a morte, enquanto em outros
visibilidade e reconhecimento. No entanto, continua a não ha- 72 países continua a ser criminali-
ver homogeneidade no mundo zada.
Após o 25 de Abril, surgiram relativamente ao modo como este
os primeiros movimentos e asso- tema é encarado. De facto, segun- Apesar de a homonegatividade
ciações LGBTI em Portugal o que do um artigo do Público, de 2017, e heteronormatividade continua-
levou, inevitavelmente, a altera- apenas nove países incluíam, na rem bastante presentes na nossa
ções nas leis de modo a integra- sua Constituição, a proibição de sociedade e da intolerância que as
rem estes indivíduos. Alguns dos discriminação em virtude da ori- diversas religiões ainda demons-
mais importantes marcos na his- entação sexual, 23 reconheciam o tram para com famílias assentes
tória daquela comunidade no nos- casamento entre pessoas do mes- em relacionamentos homossexu-
so país foram, então, a legaliza- mo sexo, 26 permitiam a adoção ais, estas tornaram-se cada vez
ção da homossexualidade, em homoparental e 72 dispunham de mais comuns, surgindo, inclusiva-
1982, e a sua remoção enquanto leis contra a discriminação no mente, o termo homoparentalida-
deficiência mental da tabela de emprego com base na orientação de, em 1997, formulado pela As-
Classificação Nacional de Defici- sexual. Ainda no ano passado, a sociation des Parents et Futurs
ências, em 1990. Conquistou-se ILGA (Associação Internacional Parents Gays et Les-
biennes (APGL). Página 9
CIDADANIA
Segundo a Declaração Univer- Ensino Básico
sal dos Direitos do Homem (art. Folares da Páscoa
16.º, 1948), “[a] família é o nú- Por Equipa de Professores de Educação Especial, DPPC
cleo natural e fundamental da so-
ciedade e tem direito à proteção
da sociedade e do Estado”. Toda-
via, pais homossexuais continuam
a ser percecionados socialmente
de forma diferente de pais hete-
rossexuais, sendo frequente o uso
de argumentos e crenças sem fun-
damento científico que põem em
causa a capacidade parental des-
tes indivíduos.
Dos argumentos frequente-
mente utilizados, podemos referir,
entre outros, os baseados na con-
ceção irrealista de que, para cres-
cer saudavelmente, uma criança
precisa, simultaneamente, de um
pai e de uma mãe presentes na
sua educação, e, ainda, aqueles
resultantes da ideia de que a ori-
S egundo a tradição, duran-
te as festividades cristãs
da Páscoa, muitas crianças iam às
entação sexual dos pais se casas dos seus padrinhos para re-
“transmite” aos filhos, afetando ceber o bolo Folar, inicialmente
assim a sua identidade de género. designado «Folore», que simboli-
zava a reconciliação, a união e a
Mas a adoção e a coadoção não
amizade.
são as únicas maneiras de um ca-
Por forma a ir ao encontro deste
sal homossexual formar família.
hábito enraizado em Portugal, o
De facto, estas famílias já existi-
grupo de Educação Especial e
am em Portugal antes da adoção
respetivos alunos resolveram
ser legalmente acessível a estes
«meter as mãos na massa» e con-
indivíduos. O recurso a técnicas EB2/3 D. Paio Peres Correia ser-
fecionar Folares das regiões da
de Procriação Medicamente As- viu de palco a esta iniciativa, que
Beira Baixa e Algarve, tirando,
sistida, como a inseminação arti- se constituiu como um espaço
assim, partido da diversidade do
ficial, a fertilização in vitro, a fer- comum de crescimento e desen-
grupo.
tilização recíproca e a gestação de volvimento pessoal e social e,
Esta atividade foi desenvolvida
substituição, apesar das limita- ainda, de práticas, aberto à troca
com base no entusiasmo e dedica-
ções que estas técnicas acarretam, de experiências, dando a conhecer
ção dos envolvidos, que se dispo-
são possíveis alternativas à ado- aos alunos, futuros atores interve-
nibilizaram num trabalho de equi-
ção, sendo ainda frequente a exis- nientes da comunidade, outras
pa, na troca de ideias e receitas,
tências de crianças, neste tipo de tradições e hábitos diferentes dos
na partilha de saberes e compe-
famílias, provenientes de relações observados no seu dia a dia.
tências, tendo sido aplicados to-
heterossexuais anteriores . Este «projeto» foi indispensá-
dos os recursos disponíveis para
Nota: Artigo retirado de um trabalho de dinamizar e estimular novas vel para consolidar os laços den-
investigação científica mais aprofunda- tro do grupo, uma vez que exigiu
do que se encontra em elaboração, aprendizagens.
orientado pelo professor José Monge, Deste modo, a sala da Unidade trabalho, organização e coopera-
no âmbito da disciplina de Ensino Estruturado da escola ção de miúdos e graúdos.
Página 10 de Sociologia do 12º
ano.
EDUCAÇÃO ESPECIAL
Ensino Secundário

Criando possibilidades de construção de conhecimentos


Por Liliana Ferreira, Sandrine Grelha e Cátia Chatinho, Professoras de Educação Especial

Ensinar não é transferir conhecimento,


mas criar as possibilidades para a sua própria produção
Palácio ou a sua construção".
da Galeria Paulo Freire

Lagar de Azeite “Viveiros Monterosa”

N
Dia 15 de março, foi realizada
uma visita guiada ao Lagar de
Azeite “Viveiros Monterosa”, em
o âmbito do traba- Moncarapacho, onde foi explica-
lho que tem vindo a do todo o processo de produção
ser desenvolvido acerca da ali- do azeite desde a apanha da azei-
mentação saudável, foi realizada, tona até à obtenção e comerciali-
no dia 7 de fevereiro, uma visita zação do produto final. Os alunos
ao Palácio da Galeria em Tavira. tiveram a oportunidade de provar
Aí, os alunos realizaram uma vi- azeite e reconhecer as suas carac-
sita guiada à exposição acerca da terísticas principais. Ainda houve
“Dieta mediterrânica – patrimó- tempo para aprender umas delici-
nio cultural milenar”. Esta visita osas receitas. Centro Ciência Viva
foi bastante enriquecedora, pois de Tavira
sendo este um património cultural
imaterial transmitido de geração
em geração, foram descritos os No dia 22 de março, os alunos
aspetos sociais e religiosos, os tiveram oportunidade de confeci-
alimentos sagrados e as suas sim- onar folares, aliando esta tradição
bologias, e, ainda, os produtos do gastronómica à Ciência. No Cen-
mar e da terra que dão suporte a tro de Ciência Viva de Tavira,
um regime alimentar de excelên- fizemos o tradicional folar, abor-
cia reconhecido pela OMS - Or- dando as reações bioquímicas que
ganização Mundial de Saúde. ocorrem duran-
Centro Ciência Viva de Tavira te o processo, Página 11
PROJETOS
o contributo dos diferentes ingre-
dientes e a importância da ativi-
dade das leveduras na fermenta-
ção. Os alunos vivenciaram esta
experiência com grande entusias-
mo, pois foi-lhes proporcionado
diversas experiências e todos fo-
ram intervenientes.

Por Fátima Martins, coordenadora de Projetos

A Escola Secundária Dr.


Jorge Augusto Correia
encontra-se envolvida num pro-
reu em novembro de 2017, em
Wadovice, Polónia, onde partici-
param as professoras Ana Cristi-
na Matias e Fátima Martins e se
jeto Europeu, no âmbito do pro- pôs o projeto em andamento. O
grama Erasmus +, que tem em segundo ocorreu em abril de
vista desenvolver uma experiên- 2018, em Dalj, Croacia, onde os
cia na área de Connected Lear- professores presentes, António
ning . Viegas da Silva, Edite Azevedo e
Fátima Martins, partilharam cená-
O que é o Connected Learning ? rios de aprendizagem em execu-
Connected Learning é um pro- ção ou a executar com os seus
cesso de aprendizagem diferente alunos. Por último, o terceiro en-
da educação tradicional, pois não contro terá a nossa Escola como
está centrado em disciplinas fixas anfitriã e decorrerá no primeiro
Palácio da Galeria — Exposição «Dieta Me- e testes padronizados. A pesquisa
diterrânica — património cultural milenar», período do ano letivo de
é fundamental. Os jovens apren- 2018/2019.
7 de fevereiro de 2018
dem através do envolvimento A Escola Secundária Dr. Jorge
pessoal, criando e resolvendo pro- Correia, no âmbito do projeto de
Queremos agradecer à Câmara
blemas, apoiados por colegas e que é parceira, desenvolverá três
Municipal de Tavira pela gratui-
professores. Connected Learning diferentes cenários de aprendiza-
dade da visita ao Palácio da Gale-
alia as ciências às novas tecnolo- gem, orientados por professores
ria, pela fantástica apresentação
gias, num mundo de trabalho em das disciplinas de História, Psico-
da exposição, assim como pela
rede. Embora o Connected Lear- logia e Economia, em articulação
simpatia com que fomos recebi-
ning não exija, obrigatoriamente, com a Biblioteca ESJAC.
dos. Uma palavra de apreço ao
tecnologia, as novas tecnologias O projeto tem uma plataforma
responsável pelo Lagar de Azeite,
digitais e em rede expandem as digital (www.youthart.eu/connect)
o senhor António Duarte, pela
oportunidades, tornando-as aces- e uma página no facebook
recetividade e também gratuidade
síveis a todos os jovens. Em vez (https://www.facebook.com/
do evento. Esta visita só foi possí-
de ver a tecnologia como um ConnectYourLearning/) onde são
vel pelo transporte cedido pela
meio para formas de ensino mais publicadas notícias sobre o pro-
Câmara Municipal de Tavira, um
eficientes, o Connected Learning jeto, bem como documentos de
bem-haja. Ao Centro de Ciência
coloca abordagens progressivas, reflexão e divulgação de experi-
Viva também uma palavra de
experimentais e centradas no alu- ências no âmbito desta renovada
apreço, pela forma tão simpática
no. (Informação acessível em https:// conceção pedagógica.
e profissional com que receberam clalliance.org/why-connected-learning/ acedida em
os nossos alunos. 15/4/2018) Visite estes espaços eletrónicos,
associe-se aos mesmos e partilhe
Este projeto implica três encon- com a comunidade em constru-
Página 12
tros presenciais, o primeiro decor- ção: Connect your learning.
CURSOS PROFISSIONAIS

Melhor que comida gourmet


Por Ana Cristina Matias, professora de Português

Daniela Nunes e Sónia Viegas


Daniela Nunes, Isabela Ramos, Pedro Santos, André Fernandes, Bela Ramos, Mara Filipa, com o formador , Pedro Gonçalves
Bernardo Baptista, Miguel Solá, Sónia Viegas, Sara Ferreira e Gabriel Marques (11.º TRB),
com o formador Pedro Gonçalves, preparados para servir um brunch

S abia que há quem lhe


possa proporcionar uma
experiência gastronómica
de qualidade e com produtos da
região numa das salas da ESJAC?
Se ainda não se inscreveu, não
hesite. O preço é simbólico e a
ocasião memorável.
Não é que as refeições na can- Grupo de Português num almoço a 7 de
tina não sejam saudáveis e equili- março de 2018, servido pelo 11.º TRB
bradas, mas na sala adaptada para
a formação do Curso Profissional tudo corre na perfeição, desde as
de Técnico de Restaurante e Bar entradas à sobremesa e café, pas- Miguel Solá a servir
(TRB), todas as quartas-feiras, sando pelo prato principal, confe- um vinho do Algarve
entre as 12h20 e as 14h10, há mú- cionado mesmo na nossa presen-
sica ambiente, um cocktail à en- ça.
trada e uma mesa para oito convi- Os brunches preparados pelos
vas, com toalha e tudo. Depois, alunos do 11.º ano, Curso Profis-
há uma comitiva de jovens em sional TRB, também são uma de-
formação, bem aprumados, disci- lícia.
plinados e concentrados nas suas É da aliança entre competência
múltiplas tarefas, prontos a nos profissional do formador e empe-
servirem. O formador, Pedro nho e gosto dos formandos que se
Gonçalves, tudo observa com ri- formam novas gerações de técni-
cos desta área. Miguel Solá a preparar o prato principal,
gor. Delicada e discretamente dá «bife Diana» Página 13
instruções aos seus formandos e
TEATRO
Os Maias em palco
Por Alice Pacheco, 11.º C2

N o dia 5 de março,
pelas 14 horas e 30
minutos, no Cineteatro António
também a linguagem utilizada
pelos atores era, sem dúvida algu-
ma, marcada pela bela e caracte-
rística escrita do autor. Considerei
Pinheiro de Tavira, foi apresenta-
igualmente incrível o facto de a
da uma representação teatral d’
Companhia de Teatro incluir uma
Os Maias, romance da autoria de
aluna da escola na peça, o que
Eça de Queirós, às turmas do 11.º
mostra flexibilidade, fraternidade
ano, no âmbito da disciplina de
e interatividade da sua parte.
Português, por ser uma obra em
Para além dos aspetos acima
estudo.
mencionados, agradou-me bastan-
A peça foi representada por
te o caráter cómico da peça, quer
três atores da A.T.E. (Companhia
através da interpretação da aluna
de Teatro Associação Teatro-
Bruna Martins, a ardina, que, ao
Educação), do Porto, que deram a forma criativa como a Compa-
dizer as notícias do dia, proferiu
vida às personagens João da Ega, nhia adaptou as 700 páginas do
frases como: “A turma do 11.ºA3
Carlos da Maia e Maria Eduarda, romance para cerca de hora e
tem as piores notas da esco-
e pela aluna Bruna Martins, da meia de espetáculo. Projetos co-
laaaaa!”, quer pelo desempenho
turma 11.ºA3 da nossa escola, mo este são muito importantes
dos atores, como, por exemplo,
que desempenhou o papel de uma para os alunos quebrarem a rotina
na cena em que dançavam ao som
ardina. do ensino-aprendizagem em sala
de ópera e acenavam ao público,
Foi maravilhosa a fidelidade de aula, acedendo aos conteúdos
arrancando-lhe risos.
mostrada pela Companhia de Te- de uma forma diferente, lúdica e
A peça foi picaresca e interes-
atro à história contada por Eça de extremamente didática.
sou a maior parte do auditório,
Queirós, pois não só os aconteci-
que ficou bastante satisfeito com Apreciação crítica orientada pela profes-
mentos mais importantes foram sora de Português, Ana Rita Diniz
revelados ao longo da peça, como

Farsa de Inês Pereira pela companhia A.T.E.


Por Ana Ramos e Daniela Vitória , 10.º A2

N o dia 5 de março,
pelas 9h30, uma
companhia do Porto (A.T. E.) re-
para representar Inês utilizou uma
bandolete, para a mãe utilizou
uma écharpe, para a Lianor Vaz
utilizou um chapéu colorido, en-
tre outros…
No decorrer da representação,
compreender
melhor a sua
história através
da representa-
ção, uma vez
presentou a “Farsa de Inês Perei- que já a tínhamos estudado em
ra”, de Gil Vicente, para as tur- o ator demonstrou uma certa pre- aula. O facto de toda a peça ter
mas do 10.º ano da Escola Secun- ocupação didática, fazendo pau- sido representada por um único
dária Dr. Jorge Augusto Correia, sas para explicar o que se estava a ator, também foi motivo de inte-
no Cineteatro António Pinheiro. passar naquele momento da peça, resse, já que nunca tínhamos
A peça foi conduzida por um o que ajudou os alunos a compre- assistido a uma peça assim.
único ator que, utilizando vários enderem melhor a sua mensagem,
adereços, representou as várias devido ao facto de a peça estar
personagens da escrita em português antigo. Apreciação crítica orientada pelo professor
Página 14
peça. Por exemplo, Nós achámos a peça muito de Português, Luís Gonçalves.
interessante, pois conseguimos
FORMAÇÃO GERAL
A arte de argumentar
Por Beatriz Rosa, 11.º A3

N o dia 1 de março,
pelas 10 horas e
trinta minutos, algumas turmas do
não o são, induzindo em erro),
procurou dar-nos a entender a ra-
zão pela qual estes não se podem
considerar bons argumentos: des-
de exemplos de falácias por gene-
define a argumentação é procurar
absorver conhecimento sobre o
assunto discutido com alguém
que discorda da nossa opinião,
pois as razões e pontos de vista de
11.º ano da nossa escola assisti-
ram à palestra dada pelo Profes- ralização, em que foi estabelecida outros podem até encontrar-se
sor Pedro Santos, da Faculdade uma relação de extrapolação entre corretas. A ideia é possuir um es-
de Ciências Humanas e Sociais a comida fastfood e a obesidade, pírito autocrítico, em que procu-
das Universidades do Algarve e por exemplo, até falácias por ana- ramos perceber onde e se é que
de Lisboa, sobre “A arte de argu- logia, em que não se podem esta- estamos errados, ao sermos con-
mentar”. Esta palestra foi fruto de belecer certas comparações, tais frontados por pessoas que discor-
uma parceria entre a UAlg, a Bi- como, entre a família e a empre- dam de nós.
blioteca ESJAC e o Grupo Disci- sa. Considero que as metodolo-
plinar de Português gias e a forma dinâmica e entu-
Inicialmente foram-nos men- siástica com que o professor Pe-
cionadas as áreas do estudo da dro Santos apresentou este tema
argumentação, já de si conhecidas relevante, quer na disciplina de
por todo aquele que estuda filoso- Português, quer na de Filosofia,
fia, bem como apresentados, num tornaram esta palestra, no meu
pequeno aparte do professor, di- ponto de vista, agradável e essen-
versos cursos, disciplinas e influ- cial para solidificar os assuntos já
ências bibliográficas em que este antes trabalhados nas disciplinas
tema é abordado. Desta forma, referidas, bem como melhorar e
acredito que o palestrante procu- corrigir tanto o nosso discurso
rou realçar a importância do tema como a nossa forma de pensar,
que iria seguidamente apresentar. pois muitas destas falácias afetam
A palestra apresentada focou- -nos de uma forma ou de outra.
se, principalmente, na preocupa- Ainda durante a apresentação,
ção em produzir e avaliar argu- o docente interagiu com os alunos
mentos. Para isso, o orador deu- de uma maneira confortável e ca-
nos a conhecer as principais três Julgo que o seu objetivo prin- rismática, transmitindo o assunto
perguntas que definem a argu- cipal foi, então, despertar nos alu- de forma clara para todos os dis-
mentação: nos a procura de argumentos váli- centes e respondendo solicita-
dos e auxiliá-los a distinguir des- mente às várias questões que lhe
• “O que é argumentar?”;
tes os argumentos falaciosos tão foram colocadas por estes. Espe-
• “O que é argumentar bem?”; presentes no nosso discurso. remos, então, voltar a vê-lo em
• “O que é argumentar mal?”. Após ter assistido à palestra breve na nossa escola para nos
posso, assim, afirmar que a arte elucidar, se não sobre este, sobre
Ao longo da palestra. abordou de argumentar relaciona-se não só outros temas de igual importân-
estas perguntas de uma forma in- com a criatividade, mas também cia.
formal, o que, na minha opinião, com o respeito pelas regras que
fomentou a participação e o inte- impedem e identificam as falá-
resse dos alunos. Recorrendo a cias. Argumentar não constitui, Apreciação crítica orientada pela profes-
exemplos falaciosos do dia a dia simplesmente, ganhar um debate, sora de Português, Ana Rita Diniz
(os quais parecem argumentos em que a nossa opinião prevalece Página 15
bem estruturados e válidos, mas sobre outras. O que realmente
DESPORTO

Corta-Mato Escolar

C umprindo a missão de formação integral dos alunos, o grupo de Educação Física, com a colabo-
ração das turmas do Curso Profissional de Desporto do 10.º ano na organização, promoveu a
prova de corta-mato escolar, uma atividade que decorreu no passado dia 10 de janeiro, durante a manhã.
O circuito a percorrer, desenhado em redor do espaço escolar exterior, variava em distância, de acordo
com o género (masculino e feminino) e o escalão etário (iniciados, juvenis e juniores) dos atletas: iniciados
masculinos e juvenis femininos - 2000 metros (2 voltas à escola); juvenis masculinos, juniores femininos e
masculinos - 3000 metros (3 voltas à escola).
A supervisão das provas foi feita pelos professores de Educação Física e por alguns alunos das turmas
organizadoras envolvidas e que não estavam capacitados para participar na corrida. Os restantes alunos,
bem como os inscritos de outras turmas (incluindo alunos com necessidades educativas especiais), corre-
ram a distância estabelecida, numa competição saudável, como se deseja neste tipo de atividade. No entan-
to, mereceram destaque pela classificação alcançada os três primeiros lugares de cada escalão e os inicia-
dos masculinos e juniores femininos que ficaram apurados para a fase regional.
Eis os resultados:

Escalão 1º classificado 2º classificado 3º classificado

Iniciados masculinos André Pereira (10º Desp.2) Rodrigo Cardoso (10ºA3) Miguel Pereira (10ºA1)

Juvenis femininos Juliana Fernandes (10ºA2) Inês Pereira (10ºA3) Clara Rodrigues (10ºB)

Juvenis masculinos João Chagas (11ºB) Duarte Nascimento (12ºA1) Ricardo Mar
ns (10º Desp.1)

Juniores femininos Ana Cavaco (10º Desp.2) Melissa Cavaco (10º Desp.2) Joana Pires (10º Desp.2)

Juniores masculinos Tiago Mangas (10º Desp.2) João Nascimento (10º Desp.1) Rodrigo Sá (10º Desp.2)

Juvenis femininos Juvenis masculinos Juniores masculinos Pedro Pinto e Rúben Conceição

Deixa-se um agradecimento aos participantes e à Escola Secundária pelo patrocínio das medalhas e
pela oferta das maçãs e da garrafa de água, que foram distribuídas no final da corrida.

Página 16
Texto elaborado pelos alunos da turma do 10.º, Desp.1, com a colaboração da professora Antonieta Couto
CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS

Elementos de segurança das novas notas de €


Por Guilherme Machado, 11.º B
Todas as notas do euro contêm
Durante a Semana do Departamento de Ciências Sociais (23 a 27 de abril), o
vários elementos de segurança 11.º B, Curso de Ciências Socioeconómicas, montou, na Biblioteca ESJAC,
para as proteger contra a falsifica- uma exposição sobre o euro e dinamizou sessões de formação para que não
aceitemos notas falsas. O presente artigo informa sobre esses elementos de
ção. É simples perceber se uma segurança.
nota é verdadeira ou falsa, com
apenas três simples passos:
“Tocar, Observar, Inclinar”. A nova nota de 10 euros entrou Tal como nas notas anteriores,
Desde 1 de janeiro de 2002, em circulação em 23 de setembro nesta conseguimos sentir o papel
primeiro dia de circulação do eu- 2014. firme e com um ligeiro barulho
ro em 12 estados membros euro- Ao tocarmos na nota, consegui- ao tocar, e também as zonas de
peus, que as notas de primeira mos observar um papel firme e relevo devido à espessura da tin-
série já contêm os elementos de ligeiramente sonoro e a impressão ta, o que facilita também as pes-
segurança, para que a falsificação de relevo em certas zonas da nota soas com deficiências visuais a
de notas seja mais difícil de reali- devido à espessura da tinta. Nesta distinguirem as notas.
zar. nota apenas temos uma novidade Ao observarmos a nota, conse-
Notas série “Europa” em relação à anterior: a marca guimos ver uma janela com um
A nova nota de 5 euros, entrou de água com retrato, visível retrato na parte mais à direita da
em circulação a 2 de maio de quando virada contra a luz. Pode- nota, uma marca de água com um
2013. mos também observar o filete de retrato, e o filete de segurança,
segurança, uma linha escura ao presente nas notas anteriores. Ao
centro da nota. Ao inclinarmos a inclinarmos, podemos ver tam-
nota, podemos observar um retra- bém a janela com o retrato na
to na parte superior da banda pra- banda holográfica da nota, e, por
teada, no lado direito da nota, e fim, o número esmeralda, que
também o número esmeralda. muda de tom conforme os ângu-
los.
Através do método do toque,
conseguimos ter duas caracterís-
ticas: o papel firme e ligeiramen-
te sonoro (1); e a impressão de
relevo detetada em várias zonas
da nota (2).
Com o método de observar,
conseguimos, contra a luz, obser-
var uma linha escura no meio da As notas de 20 e 50 euros têm
nota. os elementos de segurança iguais. Existem também os elementos
Com o método de inclinar a Estas entraram em circulação a 25 adicionais de segurança presentes
nota, conseguimos ver um holo- de novembro de 2015 e 4 de abril em todas as notas mencionadas.
de 2017, respetivamente. Estes não são tão visíveis a olho
grama do retrato e o número es-
nu, requerendo máquinas e técni-
meralda.
cas.
Há ainda as notas de 100, 200
e 500. Quanto mais valiosas fo-
rem as notas, mais elementos de
segurança têm.
Artigo orientado pelo professor de Economia,
António Viegas da Silva
Página 17
eco dos espaços

Rumo à fase distrital do


Concurso Nacional de Leitura

O
Por Ana Cristina Matias , professora bibliotecária

Concurso Nacional de Contos fantásticos, de Edgar


Leitura (CNL), já na sua 12.ª edi- Allan Poe, para o 11.º ano, Amor
ção, promovido pelo Plano Naci- de Perdição, de Camilo Castelo
onal de Leitura (PNL) e a Rede Branco, e para o 12.º ano, Con- Enya Lennon (12.º C2) , 1.º lugar, CNL, fase
de Bibliotecas Escolares (RBE), tos vagabundos, de Mário de de escola - 23 de janeiro de 2018
sofreu, este ano, remodelações. Carvalho. Enya Lennon (12.º
Passou a haver um escalão para o C2) foi a concorrente que obte-
1.º ciclo, outro para o 2.º ciclo, e ve melhor pontuação. Por no
foi acrescentada mais uma fase nosso concelho só haver uma
de apuramento, após as provas a escola secundária, foi automati-
nível de escola - a fase munici- camente apurada para a fase dis-
pal. Agora, cada município só trital que se realiza em Monchi-
pode levar à fase distrital um que, no próximo dia 18 de maio
aluno de cada ciclo. de 2018.
A fase de escola, ensino se- Os alunos do ensino bási-
cundário, decorreu na Biblioteca co, apurados a nível de escola,
ESJAC, no dia 23 de janeiro de disputaram uma segunda etapa, Vladyslava Shoturma (12.º A2), 2.º lugar
2018, tendo seis alunos compare- a fase concelhia, na Biblioteca
cido (ver fotos). A equipa de pro- Municipal Álvaro de Campos,
fessores de Português da Biblio- no dia 24 de abril de 2018.
teca elaborou três provas, cada Parabéns a todos! Lem-
uma sobre uma obra de leitura brem-se que estamos a torcer
recomendada pelo PNL ou pelo por uma boa prestação na fase
Projeto de Leitura dos Programas distrital, pois a meta final é a
de Português: para o 10.º ano, nível nacional.
Concelho de Tavira
Sara Gama (11.º A2)
Fase concelhia da 12.ª edição do Concurso Nacional de Leitura, 2018
Agrupamentos Ciclos Obras escolhidas Alunos
Vencedores

Agrupamento de Esco- Valéria e a Vida,


las Jorge Augusto 1º Ciclo de Sidónio Muralha Maria Eduarda
Correia Reis Antunes

Agrupamento O Tesouro,
D. Manuel I 2º Ciclo de Manuel António Pina Carolina
de Sousa
Ana Catarina Marques (12.º C2)
Agrupamento de Esco- A bicicleta
las Jorge Augusto 3º Ciclo que tinha bigodes, Beatriz
Correia de Ondjaki Gomes Saraiva

Agrupamento de Esco- Secundá- Contos Vagabundos, Enya Catherine


las Jorge Augusto rio de Mário de Carvalho Gomes Lennon
Correia

Página 18
Sebastião Correia e Catarina Lourenço (11.º A1)
eco dos espaços
Saramago:
Complexidade
“Ver o tempo de ontem com os olhos de hoje” da natureza humana
Por Mariana Rodrigues, 12.º E Por Matilde Falcão, 12.º E

N o dia 16
de abril, decorreu
no Auditório da
preciso, no caso de O Ano da
Morte de Ricardo Reis, de de-
zembro de 1935 a setembro de
1936. Introduz factos históricos
e personagens de ficção. É desse
Escola uma pales- confronto entre o real e o imagi-
tra, no âmbito da disciplina de nário que Saramago extrairá
Português, dirigida aos alunos uma nova maneira de ver, ouvir
do 12.º ano, já que o tema, “O e escrever. Por isso, foram-nos
ano da morte de Ricardo Reis: apresentadas as capas de vários
a indiferença histórica e a in- livros de José Saramago, como,
venção da memória e da pro- por exemplo, Levantando do No seu conto “George”, Ma-
messa”, tem que ver com uma chão (1980); Memorial do con- ria Judite de Carvalho conjuga a
obra de José Saramago que vento (1982) e O ano da morte metamorfose da figura humana
estamos a ler e a estudar. Esta de Ricardo Reis (1984). Segui- (especificamente, a feminina)
atividade realizou-se por inici- damente, a Professora focou a com a complexidade da nature-
ativa da Biblioteca ESJAC, em Revolução de 25 de abril de za humana.
cooperação com o Grupo Dis- 1974 e mostrou fotografias desse Ao longo do conto, as várias
ciplinar de Português, que re- período, tendo destacado os fo- metamorfoses subversivas de
quisitou uma das palestras ofe- tojornalistas Eduardo Cageiro e George (impossíveis em Gi,
recidas pela UAlg. Alfredo Cunha. Deu exemplos involuntárias em Georgina) re-
A palestra foi proferida pela de outros autores que, também velam a conturbação de um es-
Professora Auxiliar da Univer- após a instauração da democra- pírito incoerente que se tenta
sidade do Algarve, Doutora cia, resolveram contar a história esconder do tempo. George mu-
em Literatura e Cultura Portu- de outra maneira, já que a Histó- da-se fisicamente para se desa-
guesas, Carina Infante do Car- ria é sempre uma construção, marrar de um passado cunhado
mo. A mesma tinha por objeti- como foi o caso de Alice Vieira em si, e por vaidade salva ape-
vo dar a conhecer o romance com a obra, A Espada do rei nas uma foto da jovem Gi, indi-
de José Saramago, O ano da Afonso (1981). ciando que se quer recordar jo-
morte de Ricardo Reis, focan- De seguida, a Professora Ca- vem, sempre jovem.
do: “A figuração de Portugal rina Carmo leu vários excertos A grande questão que surge
de 1936 na relação entre ficção do romance, chamou a atenção em “George” é: até quando po-
e História”, “O dialogismo iró- para a intertextualidade com Ca- derá ser arbitrária a mudança
nico do narrador” e “Os cru- mões e com as odes de Ricardo física, quão efémero é o corpo?
zamentos intertextuais com Reis, nomeadamente a que in- Gi não se pode subverter desse
Pessoa, Cesário e Camões.” clui “dois jogadores de xa- modo, reprimida pelos padrões
O romance histórico tem, a drez” [“Ouvi contar que outro- provincianos; já George pensa-
partir da segunda metade do ra”] e a sua indiferença perante a se dona do seu presente, do seu
século XX, um novo retomar guerra, tendo feito uma articula- passado e do seu futuro; no en-
por o romance ter de reconsti- ção com a situação atual da tanto, Georgina aparece-nos
tuir a História e o passado. Guerra na Síria e projetado uma conformada com o poder do
Saramago considera que o citação da obra que muito me tempo.
passado é um tempo a ser chamou a atenção: Através desta trindade de uma
questionado e resgatado pela “[…] é que as verdades são mui- mesma personagem, é conse-
História e pela Literatura e, no tas e estão umas contra as outras, guido o confronto de diferentes
pós-25 de abril, a liberdade do enquanto não lutarem não se sabe- perspetivas da mesma vida pela
rá onde está a mentira […].”.
escritor é total. Situa os seus Página 19
romances num tempo histórico Artigo orientado pela professora de Portu-
guês, Ana Cristina Matias
ECO DOS ESPAÇOS

mesma mente, embora moldada Associação de Estudantes


pelos diferentes estágios em que Que o dinheiro não seja obstáculo à leitura
se encontra. A natureza humana Por Vladyslava Shoturma, 12.º A2
tem propensão para temer a mor- Presidente da Assembleia Geral da AE de Tavira
te, e cada uma das três persona-
gens, cada uma em sua fase da
vida, nos fornece a sua visão: Gi,
jovem, teme não tanto a morte,
mas antes viver irrealizada; Geor-
gina, idosa, compadece-se com a
solidão; e George, de meia-idade,
irreverente, tenta manter-se num
limbo de juventude, sem vínculos
com o passado e sem a certeza de
um futuro terminal no horizonte.
A natureza humana é comple-
xa por isto mesmo: a certeza da
morte nunca muda – muda, sim, a
forma como tentamos preparar a
nossa partida.

A inda era agosto


quando eu, a Ale-
xandra Freire e o João Correia
começámos a delinear metas e
parte dos professores. Alguns
chegavam a levar quatro ou cinco
livros de uma vez! Isto deveu-se,
muito provavelmente, ao facto de
termos vendido os livros a preços
baixíssimos, variando entre os
objetivos a alcançar caso a nossa 0,50 e 3,50 euros. Decidimos que
No passado dia 21 de março, assim deveria ser para que todos
lista fosse eleita para a Associa-
realizou-se na nossa escola mais ção de Estudantes (A.E.). Uma tivessem oportunidade de adquirir
um concurso do Prémio Traduzir, vez eleitos, não perdemos tempo livros, não deixando que o dinhei-
coordenado pelo Professor Sera- e começámos a trabalhar a todo o ro fosse um obstáculo à leitura.
fim Gonçalves. vapor, não descansando enquanto É importante ainda mencionar
O evento, organizado, a nível não riscássemos todos os objeti- que todos os livros vendidos du-
nacional, pela Faculdade de Ciên- vos do nosso plano eleitoral que rante a Feira do Livro foram doa-
nos comprometêramos a cumprir. dos à A.E., tanto por alunos como
cias Humanas da Universidade
De entre as muitas atividades por pessoas fora da comunidade
Católica Portuguesa, teve lugar escolar. A essas pessoas, um
que organizámos, escolhi a Feira
no Auditório, durante a manhã. grande Obrigada! Todo o dinhei-
do Livro para escrever um artigo,
Participaram na atividade, alunos já que é uma das atividades que ro ganho reverteu para a A.E., de
do 11.º, das turmas A2, A3 e C1, eu mesma coordenei, com a ajuda modo a podermos continuar a
e 12.º C2, que traduziram para de membros da nossa Associação proporcionar tudo a que os nossos
língua portuguesa um texto em de Estudantes, tendo-a acompa- alunos têm direito.
inglês ou em alemão. nhado do início ao fim. Por último, resta-me agradecer
Os trabalhos foram enviados A Feira do Livro realizou-se à biblioteca escolar por ter cola-
durante a Semana da Leitura, de 5 borado connosco nesta iniciativa.
para a Faculdade acima referida e
a 9 de março, na biblioteca esco- Espero que continuemos a cola-
serão aí analisados e avaliados. borar neste tipo de projetos por
lar, aberta a toda a comunidade
Os resultados serão divulgados no muito mais tempo.
escolar das 8h20 às 17h00. Ale-
próximo mês de maio. gra-me poder dizer que a Feira É com grande orgulho que
Página 20 Margarida Beato teve bastante adesão (mais do que posso, então, dizer: mais um obje-
(Professora de Inglês) eu esperava!), principalmente por tivo cumprido!
ASSOCIAÇÃO DE ESTUDANTES

A provar serem os melhores


Por Brígida Fernandes, 12.º B

alunos a formar e a dar opiniões


sobre temas polémicos e atuais.
Até agora foram feitas duas ses-
sões, ambas com imensa adesão,
que envolveram as temáticas
"Controlo de armas nos EUA" e
"Interrupção Voluntária da Gravi-
dez", e esperam-se mais sessões
no futuro. Dia 13 de abril foi tam-
bém realizado um "Encontro de
Bloggers e Vloggers" na Escola
Secundária de Tavira, em parceria
com a Associação "Rock da baixa
-mar". O objetivo do talkshow foi
a divulgação de blogues ou canais
Elementos da Associação de Estudantes (Lista M) de Youtube de alunos, enaltecen-
do estas aspirações.

A Associação de Estu-
dantes (AE) deste
ano letivo é formada pela Lista
No que respeita à dinamização
do espaço escolar, foram organi-
zadas atividades semanais, entre
E há muito mais exemplos de
projetos organizados pela AE
deste ano letivo. Isso prova, sem
dúvida, que esta Associação de
Estudantes é realmente preocupa-
M, que ganhou a maioria absoluta elas karaoke, concursos, jogos de da com os alunos e com o meio
dos votos depois de uma semana equipas no Dia do Estudante, al- escolar, e tem desempenhado o
de campanha super bem sucedida gumas palavras educativas no Dia seu papel brilhantemente.
e de uma atuação no debate entre da Mulher, feira do livro durante
listas ainda melhor. a Semana da Lei-
Sou de opinião, e julgo que a tura, entre outras.
maior parte dos estudantes con- A AE também
cordará comigo, que foi um ano convidou pales-
letivo na qual a AE se fez sentir trantes para infor-
extremamente presente na escola, mar e ajudar os
cumprindo e até ultrapassando as alunos com as
expectativas, de tal maneira que suas escolhas pro-
se destacou fortemente das Asso- fissionais, como,
ciações anteriores, pelo menos por exemplo, uma
daquelas que conheci enquanto dinamizada pelo
aluna desta escola. Instituto do Em-
Entre os inúmeros projetos e prego e Formação
atividades que os membros orga- Profissional,
nizaram, foi instituído um Cartão ocorrida no dia 19
de Descontos para os alunos, cujo de abril. "Dia Internacional da Felicidade" (20 de março) com os
alimentos angariados no torneio de vólei organizado pela
propósito é promover o comércio Neste último AE, prontos a ser entregues às Vicentinas
local tavirense, atraindo assim os período, iniciou-se
alunos para a cidade, beneficiados um Clube de De-
por produtos mais baratos. bate, com o intuito Página 21
de incentivar os
Línguas

Alemão: porta aberta para muitas oportunidades Should European countries


Por 11.º C1 open their doors
to refugees?
O Alemão é a língua que mais falantes nativos tem na União Euro-
peia, mais de 100 milhões, e ... By Ana Francisca Palma, 12.º C2
pode ser aprendida nesta escola.
A aprendizagem de línguas estrangeiras é fundamental e saber Ale-
mão é uma porta aberta para muitas oportunidades. Aprender Ale-
mão é mais fácil do que muitos pensam.
Aqui podes aprender algumas palavras com estes trabalhos realiza-
dos pelos alunos de Alemão da turma C1 do 11.º ano.

die Transportmittel die Tiere

I
das Auto die Katze

n my opinion, European
countries should open their
der Zug der Bär door to refugees. It is racist to
think that refugees are not wel-
come. That means you are distanc-
ing yourself from them, acting like
der Bus der Fisch they are not human.
It is stupid to think that terrorism
is coming with the refugees. They
can easily enter in Europe with
das Flugzeug fake passports because they are
das Schwein being supported by those extremist
groups.
These refugees are just like you.
das Motorrad die Kuh They were once doctors, teachers,
lawyers, people with jobs, had
families, houses and cars. They
lost it all because of the war. They
Trabalho realizado por: João Correia Trabalho realizado por: Carolina Pedro
are trying to flee from being
slaughtered by bombs that some
European countries are dropping
there.
Rarely has a terrorist come to
Europe from those worn-out boats.
Europeans (and this also applies to
Americans) delude themselves into
thinking that closing the borders
die Fahrkarte reisen der Ausgang der Eingang will bring safety to their country
when the biggest crimes are per-
O bilhete viajar a saída a entrada formed by their own people.
Trabalho realizado por
Página 22 João Mêda Artigo orientado pela professora de Inglês,
Artigo orientado pela professora de Alemão, Anabela Quaresma Margarida Beato
LÍNGUAS

Choosing a career path

C hoosing a career path is not that simple as people may think it is. Sometimes,
a wrong decision can change all your life.
First of all, after elementary school, you have to choose a course to fol-
low when you are 14, which is quite dangerous because most teenagers still haven’t got enough maturity to
realize how school decisions have an importance in their future. Furthermore, most school teenagers regret
the choice they made and thus don’t want to have jobs related to their course.
However, nowadays, having a job requires a lot of skills and qualifications. But having a job is not all
about working, but also reaching goals.
I won’t lie, secondary school demands a lot of yourself and you must study, but I believe that people
who are motivated, creative, humble, hardworking and intelligent can easily get a job and achieve success
in life.
It will be easier to choose a career path if you get informed about all possible jobs that you see yourself
doing in the future. After that, you should not only make a list of skills that you have, but also live experi-
ences related to what you want to do.
To sum up, it’s important to be aware of your decisions and listen to your heart but also your brain!

C hoosing a career path might be the most difficult decision in


our life. It’s hard to choose what we want to do with our li-
ves, what path to take.
To make that choice we need good counselling and
being informed about all the options that we have. We need to have a lot of things in consideration, such as
the salary and the employability rate. Those two aspects are very important because if, for example, you
want to build a family, a good salary is essential and, of course, the employability will assure you to have a
job doing what you pursued.
It’s very important to have a perspective from other people about some of the degrees available. I have
talked with my brother and some of his friends about the degrees that they are taking and it helped me with
some questions that I had, such as :“What am I more into? What don’t I really want to do?”
Making decisions is very hard and we need to put our brain and heart working together. We might not
love what we choose but, by the time we start working, we must love it.
Inês Pereira, 11.ºC2

C hoosing a career path is very important because it basically dictates how our
lives are going to be.
Before choosing a career it is necessary to have ended at least high
school, but generally a degree is essential. After that the main thing to know
is what kind of job you want, having in mind what schedule do you prefer and if it’s chal-
lenging, because if it is, you have to be ready to work really hard, it takes a lot of effort, physical and emo-
tional, to be good in what you want to follow and to become the best in what you do.
In my opinion having a good and fulfilling job is half way to a good life, but to reach it, there are going to
be many challenges and bumps in the road. Even so, with strength and will I’m sure anyone can choose a
successful and good career path.
Ana Dias, 11.ºC2
Página 23
Textos escritos no âmbito da unidade “The World of Work” (O mundo do trabalho) numa atividade desenvolvida
em aula, na disciplina de Inglês do 11.º ano, turma C2, professora Anabela Quaresma.
LÍNGUAS

Should European countries


Alumnos portugueses van de viaje a Madrid
Alumnos de español (11.ºA3/B/C1/C2/E)
open their door to refugess
Los alumnos portugueses, de la clase de español, del Instituto Dr. Jor-
fleeing war-torn countries?
ge Augusto Correia de Tavira, fueron de viaje de estudio a Madrid en-
By Brígida Fernandes, 12.º B tre los días 6 a 9 de febrero.

S ome people think that


allowing refugees to enter their
country is a bad thing, either be-
cause they believe it is bad for the Palacio Real
economy and their country can't

E
afford it, either because they are después, por la tarde, visitaron el
scared that they're letting terror- Palacio Real, que es muy conoci-
ists cross their borders. l viaje empezó era una do por ser el Palacio más grande
While the first reason is self- de la mañana, cuando de Europa y que tiene 4318 habi-
ish, the latter is just wrong. Refu- este grupo de
gees are normal people, forced to alumnos acompa-
leave their own home so they ñados por los pro-
won't get murdered. They are not fesores Carmen
terrorists, and it is our moral obli- Pedroso, António
gation to help those in need, and Silva, Graciete
not making their lives even harder Pontes e Teresa
by discriminating them and de- Brito, siguieron
claring them unworthy of our viaje hasta Ma-
help. drid.
That said, of course European El grupo llegó
countries should open their door a Madrid sobre
to refugees, and we should do the las 9 horas, visita-
best we can to help them. ron el Parque del
Retiro, donde pu-
Artigo orientado pela professora dieron disfrutar
de Inglês, Margarida Beato de su bonito pai-
saje y visitar el
Página 24
Palacio de Cristal, Plaza de España
LÍNGUAS

taciones. Según los alumnos, este


fue el sitio más interesante y bo-
nito para visitar ya que vieron
algo que nunca podrán ver en
Portugal. Para terminar el día,
visitaron el Templo de Debod que
es un edificio del antiguo Egipto.
Este templo fue un regalo
de Egipto a España.
El segundo día, sobre las 8:40
de la mañana, los alumnos salie-
ron del hotel rumbo al Parque
Europa, donde pudieron ver los
monumentos más importantes de Parque del Retiro
varios paises de Europa en una el programa “Al Rojo vivo”, el
versión más reducida, como la tura” . En esta exposición de arte plató de las Noticias y el progra-
Torre de Belém de Lisboa, un pe- que cuenta con pintura, dibujos, ma de Radio de OndaCero “Más
queño Anfiteatro de la Grecia An- textos, fotografía y revistas co- de Uno”. En OndaCero, uno de
tigua, la Torre Eiffel de Paris, y mo A Águia, Orpheu, K4 O Qua- los alumnos, Luis Gonçalves, tu-
muchos otros. Por la tarde, des- drado Azul, Portugal Futuris- vo la oportunidad de participar en
pués de una comida, visitaron el ta o Presença. el programa y hablar en los mi-
Museo del Prado, uno de los mu- Al día siguiente, por la maña- crófonos de la radio.
seos más importantes de España y na, los alumnos visitaron el Gru- Por la tarde, después de la co-
del mundo. El Prado es rico en po Atresmedia, que es un grupo mida, visitaron el Hard Rock,
cuadros de los maestros europeos de comunicación español que donde pudieron comprar algunos
de los siglos XVI al XIX. Al salir opera en varios sectores de activi- recuerdos y en seguida visitaron
de este museo visitaron el Museo dad, especialmente la audiovisual. el Museo Arqueológico Nacional
Reina Sofia que es uno de los mu- El grupo opera en televisión, ra- de España donde pudieron ver
seos españoles más importantes dio, cine, publicidad, eventos, objetos que pertenecieron a los
de arte del siglo XX y contempo- formación, etc. Aquí los alumnos distintos pueblos de la actual Es-
ráneo, donde los alumnos pudie- tuvieron la oportunidad única de paña y del ámbito mediterráneo,
ran apreciar el famoso Guernica ir a los bastidores de la tele y de desde la Antigüedad hasta épocas
de Pablo Picasso. Una sorpresa la radio y ver como se hacen los recientes.
para los alumnos fue encontrar en programas. Vieron en directo el Por fin, el último día, los
Madrid la Exposición “Pessoa. concurso “La Ruleta de la Suer- alumnos tuvieron la mañana libre
Todo arte es una forma de litera- te”, el magacín “Espejo Público” para comprar algunos recuerdos
en las tiendas que están en la
Puerta del Sol. La comida fue
fuera de Madrid en el centro co-
Radio Ondacero mercial Xanadú. Así empezó el
regreso a Tavira.
Para todos los alumnos, este
fue un viaje único. Una experien-
cia única, divertida e increíble.

Relatório de visita de estudo orientado pela


professora de Espanhol, Carmen Pedroso

Página 25
VISITA DE ESTUDO
gimo-nos para junto do Mosteiro
Dois dias intensos em visita de estudo dos Jerónimos, onde fomos almo-
Por Ana Gonçalves e Rafaela Mestre, 10.°A2 çar. De seguida, partimos de volta
para Tavira, fazendo uma para-
gem de quinze minutos na estação
de serviço de Aljustrel. Chegá-
mos ao destino por volta das
19h30.
Apesar de algumas queixas
por parte dos professores e do
motorista do autocarro, acerca do
barulho que alguns alunos fize-
ram durante a noite, nós achámos
esta visita bastante produtiva e
interessante e gostámos bastante.
Assim, agradecemos aos profes-
sores pela paciência e coragem
que tiveram para fazer tal visita
Foto da notícia “Alunos de Tavira visitam MediaLab”, Diário de Notícias (DN online), Socie- de estudo com cerca de 50 alunos
dade, 15 de fevereiro de 2018 , acessível em: https://bit.ly/2HkYya4 do 10.° ano.

D
jornalismo e sobre o próprio DN. Artes e Humanidades
A atividade acabou perto das
17h30. Dirigimo-nos, então, para em visita de estudo
ia 15 de fevereiro, o hostel Golden Tram 242, na Por Marta António e Nuno Teixeira,
pelas 8h20, os alunos das turmas Rua do Ouro, perto dos Armazéns 10.°C2
A1 e A2 do 10.° ano da Escola do Chiado. Fizemos o check in e
Secundária Dr. Jorge Augusto
Correia, Tavira, estavam reunidos
em frente do portão, no âmbito da
visita de estudo organizada e
acompanhada pelos professores
Luís Gonçalves, Cristina Castilho
acomodámo-nos nos respetivos
quartos. Pelas 19h30 fomos até
aos Armazéns do Chiado, onde
jantámos e passeámos um pouco
pelas lojas. Mais tarde, pelas
21h30, regressámos ao hostel.
N o âmbito das disci-
plinas de Português, Geografia e
História da Cultura e das Artes,
e Rui Carmo. No dia seguinte, tomámos o os alunos do 10.º ano dos Cursos
A partida de Tavira foi efe- pequeno-almoço no hostel, e por de Artes e Línguas e Humanida-
tuada por volta das 8h30. Passa- volta das 9h00 fizemos o check des realizaram uma visita de estu-
das duas horas de caminho, foi out. Partimos, então, para a Torre do a Lisboa, nos dias 1 e 2 de
feita uma paragem de meia hora do Tombo que se situa na cidade março, acompanhados pelos pro-
na estação de serviço de Grândo- universitária e ficámos a saber fessores Luís Gonçalves, Soleda-
la, para o lanche da manhã. Pros- mais sobre a História de Portugal, de Ferreira, Cláudia Mendonça,
seguimos a viagem e, mais tarde, a sua literatura e como podemos Gabriela Calé e Lina Correia.
parámos outra vez, agora para pesquisar sobre os nossos ante- Saímos de Tavira por volta das
almoçar na estação de serviço de passados. Esta visita durou cerca 8h20 do dia 1 de março. Fizemos
Alcochete. de 2 horas. Por último, visitámos uma paragem a meio da manhã e
Depois do almoço, fomos o Museu da Eletricidade, que se outra à entrada da Ponte Vasco da
diretos ao Diário de Notícias (a situa junto ao rio Tejo, onde to- Gama, para almoçar.
chegada foi por volta da 13h45), mámos conhecimento acerca de Chegados a Lisboa, por volta
onde realizámos algumas ativida- como era produzida a eletricidade das 14h00, fomos diretamente ao
des (imprensa escrita na zona da Grande Lisboa e Vale Diário de Notícias. Primeiramen-
Página 26 e rádio) e aprende- do Tejo, até aos anos 70. te, visionámos um filme em que
mos mais sobre o Por volta da 14h00, diri-
VISITA DE ESTUDO

se falava de toda a história do


nascimento do Diário de Notícias
e depois realizámos uma visita
guiada à redação para conhecer o
espaço. De seguida, juntámo-nos
em grupos e criámos nós as nos-
sas notícias: uma parte do grupo
criou uma 1.ª página de um jor-
nal e a outra parte recriou uma
notícia, gravando-a de seguida
para a rádio TSF.
Depois, fomos para o hostel,
onde íamos passar a noite. Distri-
buídos os quartos, fomos jantar,
por volta das 19h30, ao centro Palácio da Ajuda
comercial Armazéns do Chiado.
planeta. Foi-nos mostrado um
Após a refeição, demos um pas- de ter sido construído. Foi uma vídeo de sensibilização para a
seio a pé, com os professores, visita muito interessante e agra-poluição nos oceanos, o que foi
para conhecermos um pouco da dável. No exterior do Palácio, bastante emocionante, e do qual
cidade. Fomos até à Praça do Co- encontram-se umas esculturas destacamos a frase que mais nos
mércio onde tivemos oportunida- que chamam bastante a atenção. marcou:
de de tirar fotografias. Terminada a visita ao Palácio “O oceano não precisa de nós;
da Ajuda, seguimos para Belém, nós é que precisamos
onde visitámos a famosa fábrica do oceano”.
dos pastéis de Belém e onde nos De seguida, fizemos uma visita
ofereceram um pastel de Belém a guiada ao magnífico aquário, o
cada um. Depois, almoçámos e tão esperado aquário. Foi um dos
seguimos para o Oceanário, por momentos mais divertidos da
volta das 14h00. viagem.
Ao fim da tarde, por volta das
No dia 2 de março, às 8h00,
17h00, seguimos em direção a
tomámos o pequeno-almoço na
Tavira. A meio da viagem, fize-
sala de convívio do hostel. De
mos uma paragem e tivemos
seguida, fo-
oportunidade de provar os mag-
mos visitar o
níficos pastéis de nata que nos
Palácio da
tinham sido oferecidos. À chega-
Ajuda, onde
da a Tavira, recebemos um gran-
nos foi pro-
de elogio do professor, graças ao
porcionada
nosso comportamento.
uma visita
Na nossa opinião, esta visita
guiada e
foi bastante interessante, não só
explicada a Quando chegámos ao Oceaná- pelo convívio como também pe-
história do rio, esperava-nos um biólogo las experiências que nos foram
Palácio, to- marinho com quem realizámos proporcionadas.
dos os espa- um workshop. Fizemos uma pes-
ços que a quisa sobre os animais que se
família real encontram em vias de extinção e Relatórios de visitas de estudo orientados pelo
frequentava percebemos o quanto isso os afe- professor de Português, Luís Gonçalves
e o porquê ta, não só a eles, mas também ao Página 27
Visita de Estudo a LISBOA – 15 a 17 de março de 2018 – 12º C1 + 12º C2

Dia 1: Parque das Nações


A aventura começou junto à Escola Secundária Dr. Jorge Augusto Correia passava pouco das 8h00. Embora ainda ensona-
dos, mas respirando alegria e agitação, rumámos ao Parque das Nações. Ao longo da viagem, ouvimos música, dormimos e
alguns aproveitaram para ler os resumos (ai, ai!) de O Ano da Morte de Ricardo Reis. A paragem a meio veio a calhar e o
esqueleto agradeceu o reconforto. O autocarro portou-se bem e a hora da chegada a Lisboa, 12h30, correspondeu à previs-
ta. Na Futurália, num cannho abrigado da chuva, saboreámos a comidinha que a mamã havia preparado. Depois, foi procu-
rar informação e orientação para encontrar o talento que, em alguns casos, ainda não se revelou, e para tomar a decisão
mais acertada para o futuro pessoal e profissional.

O ministro da educação,
aqui? Deve vir à procura
de um rumo!

Bem, também houve convívio, animação, muita


avidade lúdica: dançámos, a Catarina cantou, o Fá-
bio e o Frederico mergulharam, os professores fize-
ram ro ao alvo (cuidado com a professora Antonie-
ta!). Uma tarde bem proveitosa e diverda que termi-
nou com um banho quente no Living Lounge Hostel.
Depois, já recompostos, jantámos nos Armazéns do
Chiado e cantámos os parabéns ao professor Couto
que completava meio século.

Dia 2: Santos, Belém


A alvorada foi cedo. Depois de uma
"Eu quero, por
noite bem dormida (ou não!) e de um
pequeno-almoço qb, o motorista força, ir de burro!"
levou-nos à Barraca. Às 10h00, com o
bilhete na mão, já estávamos prontos
para assisr à peça "1936 - O ano da Antes de ir para os Prazeres, Fernando
morte de Ricardo Reis". Enquanto Pessoa tirou uma foto connosco. Hã-hã!
não nos mandaram entrar, o profes-
sor Couto, como "entertainer", decla-
mou o poema "Fim" de Mário de Sá-
Carneiro.

Uma adaptação do romance de Saramago muito bem conseguida,


resultando num espetáculo muito dinâmico e descontraído, com de-
sempenhos muito interessantes, nomeadamente o do ator Ruben
Garcia, no papel de Fernando Pessoa, pela energia, gestualidade e
palavreado. Um Fernando Pessoa que primeiro "estranha-se, mas de-
pois entranha-se". Valeu mesmo a pena!
Página 26
O percurso seguinte levou-nos a Belém onde restabelecemos energias com uma boa refeição, culminada com os tradici-
onais pastéis de Belém. A seguir ao almoço, quando nos deslocávamos para o CCB, para uma visita guiada no Museu Berar-
do, fomos apressados por uma chuva impiedosa. E, então, realizámos uma viagem pela arte das primeiras seis décadas do
século XX, começando pelas vanguardas modernistas e terminando na Pop Art. Antes de regressarmos a Lisboa, ainda passá-
mos pelos Jerónimos.

Aí, vimos os túmulos de Vasco da Gama, de D. Sebasão, de Camões, e de Fernando Pessoa, cujo corpo foi para lá trans-
ladado em 1985. Mas foi uma desilusão ver que o túmulo do poeta da Mensagem não tem a monumentalidade das outras
figuras ali presentes.

Túmulos de Ca-
mões e de Fer-
nando Pessoa

Dia 3: LISBOA

O úlmo dia em Lisboa começou cedo. Às 9h00, fazíamos fila para apanhar o famoso elétrico 28 até Campo de Ourique.
Éramos nós e um grupo de estrangeiros que mostraram a sua civilidade passando-nos à frente e ocupando os lugares senta-
dos! À parte isso, valeu a pena, porque o percurso cruza bairros >picos que espelham a alma da capital. Descemos junto ao
Cemitério dos Prazeres e fomos à procura do jazigo de Fernando Pessoa, que tem o nº 4371. Acabámos por ver também,
graças à genleza do Sr. Licínio, responsável do cemitério, outros jazigos dos maiores nomes da cultura portuguesa, como
Cesário Verde, e a campa de Ofélia Queirós, a namoradinha de Fernando Pessoa.

A chuva miudinha acompanhou-nos até à Casa Fernando Pessoa, uma ava casa de cultura. Aguardava-nos uma guia
que nos mostrou uma réplica do quarto do poeta, alguns objetos pessoais, o acervo que alberga uma preciosa biblioteca
parcular do autor, digitalizada e disponível para consulta online, e nos fez uma apresentação muito completa de Fernando
Pessoa, que incluiu a leitura de textos do poeta, realizada pela Enya e pelo Iúri, e de algumas das suas cartas a e de Ofélia
Queirós, leitura feita pela professora Antonieta.

Almoçámos no Centro Comercial Vasco da Gama e por


volta das 16h30 tomámos o caminho de regresso a casa, nu-
ma viagem que decorreu com tranquilidade.
Chegámos sasfeitos, com a sensação de termos cumpri-
do os objevos, e exaustos, mas com a certeza de termos
ficado mais enriquecidos, mais movados, e de termos estrei-
tado laços de amizade.
A professora:Página
Antonieta29
Couto
CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS

Determinismo e liberdade na ação humana

Todos pensamos que temos livre-arbítrio. Como poderíamos não pensar? Renunciar O livre-arbítrio consiste na ca-
à liberdade significaria deixar de fazer planos para o futuro, pois de que adianta fazer pacidade de podermos decidir por
planos se não temos a liberdade para mudar o que acontecerá? Significaria renunciar
à moralidade, pois só quem age livremente merece censura ou castigo. Sem liberda- uma alternativa em detrimento de
de, percorremos caminhos predeterminados, incapazes de controlar os nossos desti- outra.
nos. Uma vida assim não vale a pena. Todas as nossas ações têm um
E. Conee e T. Sider, Enigmas da Existência. motivo, uma intenção e uma finali-
Uma visita guiada à metafísica, Bizâncio, 2010, p.p. 145-146. dade e apenas as realizamos por-
que queremos.
O problema do livre-arbítrio é desta maneira, “uma vida assim Todos os acontecimentos são
uma das questões mais difíceis e não vale a pena.” predizíveis, inclusivamente as nos-
debatidas na Filosofia. Seremos Já os deterministas radicais sas ações, porque estas não esca-
nós, efetivamente, livres? acreditam que o livre-arbítrio é pam à relação de causa/efeito,
A resposta a esta pergunta tem uma ilusão, pois tudo no universo Ora, isto implica que não haja es-
sido, ao longo do tempo, muito obedece à lei da causalidade e, paço para a liberdade humana e se
debatida entre os defensores do deste modo, também as nossas assim o é, não faz sentido castigar
libertismo e determinismo mode- ações não escapam a esta lei. E, pessoas ou prender criminosos
rado contra os defensores do de- se assim é. Então, o facto de des- (uma vez que já está tudo predeter-
terminismo radical. conhecermos as causas que nos minado), nem faria sentido enalte-
Os deterministas moderados, levam a agir não é, de forma al- cer indivíduos pelos seus atos he-
principalmente os libertistas, guma, garantia de que a liberdade roicos.
acreditam no livre-arbítrio, pois: existe. Ao concebermos o livre-arbítrio
“Renunciar à liberdade significa- Podemos, assim, concluir que como uma mera ilusão teríamos
ria deixar de fazer planos para o existem diferentes respostas para que abandonar a ideia de que so-
futuro”, significaria “renunciar à este problema, cabendo-nos a nós mos livres, que é uma crença da
moralidade” e que “sem liberda- escolher, se é que escolhemos, qual não queremos abdicar.
de, percorremos caminhos prede- aquela que mais nos apraz. Nuno Ribeiro, 10.º A2
terminados, incapazes de contro- Leonor Ribeiro 10.º A1
lar os nossos destinos.” E que,

Lógica informal — racionalidade argumentativa e filosofia

com o propósito de mudar a

N
mentalidade e pontos de vista de
algumas pessoas, com o propó-
sito de provocar sentimentos,
este cartaz está cla- como compaixão, tristeza e, so-
ramente presente a bretudo, indignação, com o fac-
estratégia de persuasão baseada to de o homem matar animais
no phatos. É transmitida ao au- inocentes apenas com o objetivo
ditório uma mensagem, que nes- de fazer vestuário em pele,
te caso é a utilização de pele quando existem muitas outras
animal em vestuário, com o formas de substituir pele verda-
objetivo de suscitar emoções deira por outro tipo de tecido ou
através da imagem e da frase pelo.”
Página 30 escrita. Centra- Joana Rodrigues, 11.º A1 Artigos orientados pela
se no auditório professora de Filosofia, Carla Sardinha
CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS

JCE/ Psicologia
Paul Ekman .
O Ódio: Um pioneiro no estudo
das emoções e
O papel da arte no filme expresses faciais
Por Margarida Gouveia, 12.º A2
Por Ana Catarina Fernandes, 12.º A1

A série de televisão
“Lie to me” inspirou-
se nos trabalhos
deste psicólogo.

S erá que a vida é a pre-


to e branco e nós é que
gos entram numa galeria, não per-
cebem nada do que significa
aquela arte, analisam obras sem
sentido… Sem se aperceberem,
encostam-se a quadros, como se
A s emoções primárias
requerem a partici-
pação do sistema
nervoso autónomo e do sistema
a vemos a cores para ser mais fossem simples paredes e, nesta límbico. Têm uma forte compo-
suportável? (provocação da pro- confusão, acabam expulsos. nente inata, o que determina a sua
fessora Edite). Era nisto que esta- E é nesta altura que volto a universalidade e ocorrência em
va a pensar quando começou O pensar na reflexão da professora. crianças de tenra idade.
Ódio, um filme de Mathieu Kas- Será que a arte surgiu tanto na Ekman estudou as emoções
sovitz. Aí, deparo-me com uma vida como no filme para os tornar através de experiências com tri-
realidade a preto e branco, esco- mais suportáveis? Será que há bos ainda pouco influenciadas
lhida propositadamente. alguma crítica à cultura dos jo- pelo mundo exterior (na Papua
Será que o objetivo de Kasso- vens do filme? Qual será o papel Nova Guiné). Mostrou conjuntos
vitz era atenuar a violência com da arte? de fotografias com expressões
que se deparam as personagens? Observar como todos os jovens faciais correspondentes a diferen-
Será que era revelar um mundo ali presentes gostam de hip-hop e, tes emoções. Os membros da tri-
triste, desolado, sem vida, um também, ver como os três jovens bo foram capazes de as identifi-
mundo morto para o resto do não conseguem apreciar as obras car. Comparou resultados nos Es-
mundo? Não sei, mas fiquei a que vão aparecendo no filme, per- tados Unidos. Pôde concluir que
pensar nisso enquanto assistia ao cebemos como o ser humano é o existem seis emoções básicas e
filme, e aí comecei a reparar não reflexo do que está à sua volta, do universais: alegria, tristeza, medo,
só na falta de cor, mas também na que vive. cólera, surpresa e aversão.
falta de música, na falta de tato Na minha opinião, Mathieu Apesar de existir universalida-
que as personagens tinham para a Kassovitz não quer, com estes de nas emoções, também existem
cultura, para a arte… episódios, mostrar que aquilo a variantes e normas específicas. A
Para aqueles jovens, a arte era que os três protagonistas chamam forma como somos influenciados
aquilo que eles faziam dela, pelo arte seja melhor ou pior que os pelo meio sociocultural e pelos
que, no filme, vemos como eles “padrões normais”, apenas que diferentes padrões em vigor fa-
se reúnem e criam o seu próprio essas tendências são fruto da soci- zem com que as emoções que ca-
estilo musical e os seus próprios alização a que esses jovens foram da pessoa apresenta em situações
movimentos de dança, represen- submetidos, pois é assim que o concretas tenham caraterísticas
tando assim a “cultura das ruas”, ser humano se integra na vida so- culturais fortes.
principalmente o hip-hop. Em cial, interiorizando as especifici-
Página 31
contrapartida, quando os três ami- dades culturais do meio.
CINEMA
La Haine, de Mathieu Kassovitz
Caracterização da personagem Hubert
Por Ana Marisa Colaço, 12.º A1
e a associação com pessoas con- paz, mas sabia que dizer isso a
flituosas, que teve como conse- Vinz não ia resultar. Então, como
quência más escolha de vida, sen- se já soubesse que Vinz não seria
do traficante e consumidor de capaz de pôr em prática o que di-
drogas. Com esse dinheiro, ajuda zia, quando surgiu a oportunidade
a mãe a pagar as despesas. Tem de Vinz se vingar, Hubert fez
uma linguagem muitas vezes obs- pressão, incentivou-o a matar, a
cena. vingar-se da morte de Abdel e,
«Sabem a história de um gajo que caiu Inúmeras são as vezes que Hu- como esperado, Vinz finalmente
de um arranha-céus? À medida que ia bert tenta dissuadir e fazer refletir percebe que não é tão corajoso e
passando cada andar dizia para se os amigos, especialmente Vinz, radical como pensava ser e desis-
tranquilizar: ‘Até aqui tudo bem, até de agir de forma irracional, intui- te.
aqui tudo bem…’ Mas o importante não
é a queda, é como se aterra» tiva e geradora de ódio. É a mente Mas a segunda fase foi o derra-
do grupo, a componente racional, deiro teste. Hubert deixa de ser
Hubert, 20 e poucos anos, de a voz do bem, o que mantém a apenas uma pessoa e simboliza
ascendência africana, vive nos cabeça fria em situações aflitivas todos aqueles que são vítimas de
subúrbios de Paris e é mais uma e tenta arranjar sempre a melhor uma sociedade alimentada pelo
das vítimas de uma sociedade em saída possível sem que haja mui- ódio. Vai ter de decidir seguir o
decadência devido à hostilidade e tos danos, o que tenta incutir os seu coração sábio ou o instinto
à violência. valores morais que recebeu de sua violento. Uma escolha difícil e
Cresceu num lar onde a educa- mãe, como respeito e bom senso. sem tempo para refletir…. Um
ção e os estudos são importantes. ‘O ódio gera ódio’ é uma das fra- polícia ameaça disparar contra
Em casa, a irmã estuda matemáti- ses ditas por Hubert que demons- Vinz, Hubert tem de agir rapida-
ca e a mãe está preocupada com o tra a maturidade e a inteligência mente. Corre decidido a travar o
irmão preso, pois pediu livros es- ‘acima da média’ de um jovem polícia mas, por segundos, hesita
colares para poder acabar o se- que sabe ver além das barreiras, e é o suficiente para Vinz aciden-
cundário. A relação entre mãe e além do ódio e da violência, e que talmente morrer. Hubert entra em
filho é enternecedora, marcada busca a paz. modo de alerta, o sangue ferve-
por cumplicidade, amor e respei- lhe de ódio e a sede de vingança é
to. Hubert chega a desabafar com grande, a sua mente está a apagar-
a mãe exprimindo o desejo de se…. Aponta a arma para o polí-
abandonar o mundo das drogas, cia e agora a sua cabeça também
da violência e do ódio, mas não é alvo de uma bala de chumbo.
sabe como fazê-lo (‘Estou farto Não há como voltar atrás.... Dis-
desta cidade, isto está cada vez parar ou morrer? O olhar aterrori-
pior... Tenho de me ir embora, zado e impotente de Saïd é foca-
sair daqui.’- diz à mãe quando A descoberta da morte de do, o ecrã fica preto. Ouve-se um
está em casa). Abdel, fruto da violência policial, tiro. Quem terá ganho? A racio-
A personalidade de Hubert teve foi o desencadear de um verda- nalidade ou o instinto? O ódio ou
grande influência de duas compo- deiro teste para Hubert. Numa a procura de paz?
nentes: a mãe, que lhe transmitiu primeira fase… mantém-se firme. «A história de uma sociedade que cai e
valores e princípios e em conse- O abatimento e a tristeza que sen- diz para se tranquilizar: ‘Até aqui tudo
quência do seu esforço resultou tia não o levou a desejar o mesmo bem, até aqui tudo bem. ‘Mas o impor-
um jovem maduro, equilibrado, que Vinz - vingar a morte de tante não é a queda mas como se
aterra.»
pensativo, silen- Abdel matando um polícia. O que
Página 32 cioso e muito ele realmente desejava era que- Artigos das páginas 31 a 33 orientados pela
sábio; e a escola brar o ciclo de violência e trazer professora de Psicologia, Edite Azevedo
CINEMA
Baudelaire no filme O ódio, de Mathieu Kassovitz Reação à exposição de arte
Por André Mestre 12.º A1
Por Iara Gago, 12.º A1

O que é a arte pura?


“É criar uma magia sugestiva,
contendo a um só tempo o
objeto e o sujeito, o mundo
N o filme O Ódio, de
Mathieu Kasso-
vitz, pude observar
que quando os três jovens se de-
param com arte conceptual, que
exterior ao artista e o próprio valoriza a ideia por detrás da obra
artista." em vez do produto acabado (ao
Baudelaire qual estamos expostos), os mes-
mos perguntam se o que está em
exposição se pode considerar arte.
Ouvimos comentários tanto ne-
gativos como de espanto. O mes-

C harles-Pierre Baude-
laire foi poeta e teó-
rico de arte. Nasceu a 9 de abril
de 1821, em Paris, e faleceu a 31
mo se poderá dizer das suas ex-
pressões faciais, que mostravam
admiração, revolta e estranheza,
visto que moram em bairros po-
bres e são alvo de comentários
racistas. Talvez por isso os jovens
de agosto de 1867, também em
Baudelaire no filme O Ódio interpretam esta “realidade” de
Paris.
forma bastante genuína.
Teve uma vida atribulada: ex- O livro publicado por Baudelai- Alguns minutos depois, obser-
pulso do colégio Real de Lyon, re é um marco importante na his- va-se os jovens a passarem por
onde estudava; enviado para a tória da poesia simbólica moder- uma escultura, em que chegam a
Índia pelo padrasto, sem nunca lá na. Está dividido em seis partes: a entrar em contacto físico com a
ter chegado, acaba retido na Ilha morte, a revolta, as flores do mal, mesma, mas, por estranho que
da Reunião. Regressa uns anos o vinho, quadros parisienses, té- nos pareça, não se dão conta da
depois a Paris. dio e ideal. Fala das mudanças existência dela.
Quando atinge a maioridade, ocorridas em Paris, mais propria- Saliente-se também o facto de
toma posse da herança do pai. mente nos subúrbios de Paris. estes jovens se cruzarem com um
Durante os dois anos seguintes, a Também sugere a importância de anúncio da NIKE/ADIDAS, onde
vida de Baudelaire foi um caos, uma revolta militar para acabar está escrito: “O mundo é vosso”.
vivendo de drogas e álcool. Em com os preconceitos produzidos Ficam tocados com aquele anún-
1844, a mãe entra com um pro- por essas mudanças. cio de tal forma que com uma lata
cesso judicial contra ele, fazendo O filme O Ódio fala sobre o de spray riscam a palavra “vosso”
a herança do pai ser controlada preconceito, a dificuldade na inte- para “nosso”.
por um notário. gração das pessoas dos subúrbios Na minha opinião, os jovens
Em 1857, lança As flores do interagem mais positivamente
de Paris e as revoltas. Retrata a
mal. São 100 poemas. Acusado com o anúncio do que com a arte
difícil vida, ou seja, as mudanças conceptual, pois aquele tipo de
de ultrajar a moral pública, com
seis poemas desse livro, teve de de que Baudelaire falou nos seus anúncios é a sua realidade, en-
pagar uma multa de 300 francos. poemas. Não será um acaso quanto a arte conceptual os tira da
Mais tarde, volta a reescrever Mathieu Kassovitz o integrar fil- sua zona de conforto.
esses poemas considerando-os mando uma enorme parede do
“ainda mais belos”. A editora bairro onde Baudelaire está pinta-
também foi multada. do. Página 33
CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS

NÃO!!!!! PÁRAAAAA!!! NÃO QUERO PÁRAAAAA!!!


DEIXA-ME NÃO ME TOQUES,
NÃO QUERO SER VIOLADAA!!!
LARGA-MEEEEEEEEE!!! OUTRA VEZ NÃO!!!!
(CHORANDO)…

TRAUMA! O trauma é o gatilho que faz tudo mudar, tudo se


desenvolver e, a partir daí, eu não vou ser mais eu… Foi mais forte
que eu, e num ato de desespero o meu cérebro agiu! Ele produz uma
dissociação, que é uma descontinuidade da consciência e da memória,
tenta adaptar-se ao medo e à dor intrínseca e profunda que sinto.
Sofro processos psíquicos longos e complexos, que preservam o ego do aniquilamento. A dissociação
distorce o desenvolvimento da minha personalidade e prejudica a minha integração contínua de vivências e
perceções tanto próprias como das emoções de outras pessoas. Não sei que fiz, as minhas lembranças não
são constantes, tenho espaços vazios a preencher, sinto-me confusa. Será que aconteceu? Fiz mesmo isto?
Não sei… Onde andei? Com quem me dou? Não sei mais como me sinto!
E mais, não me vou aperceber de nada do que me acontece até chegar à minha infância onde tudo se
torna evidente e transparente, e a partir da adolescência permanente. A dissociação perpetua uma hiperexci-
tação autonómica via hipófise-hipotálamo-suprarrenal, através da evocação da memória do trauma que pas-
sei em resposta a estímulos remanescentes a este, criando, assim, sucessivos microtraumas. Em resposta às
minhas inseguranças, o cérebro criou para mim novas personalidades com memórias, ideias, comportamen-
tos e filosofias de vida diferentes das minhas, surgem os alter egos.
Rapidamente tomam conta de mim, ganham autonomia, às vezes sou eu e muitas vezes sou eles, con-
trolam-me do nada, trata-se de um switch process, tomam conta do meu corpo fazendo o que querem com a
realidade, possuem-me para me proteger, prejudicar, encorajar respondendo a estímulos externos de que
não tenho conhecimento… Por exemplo, se me sinto amedrontada, Jorge aparece, o meu alter protetor. No
início não sabia quem eram, o que faziam e que até existiam! Ao longo do tempo, cada um dos alter egos
apresentaram-se perante mim e eu consigo vê-los como pessoas reais, vejo os seus reflexos quando olho no
espelho, sei como são, têm cabelos pretos, loiros, ruivos, olhos de todas as cores e feitios, são homens, mu-
lheres, crianças, idosos ou adolescentes e cada um deles desempenha uma função executiva em mim. Per-
cebo que afinal não sou mais só eu, sou, na verdade, muitos.
Fui diagnosticada, erroneamente, com esquizofrenia, bipolaridade, depressão, ansiedade, alucinações
auditivas e visuais. É difícil saber diagnosticar o meu problema psíquico. A esmagadora maioria de casos
como o meu leva, em média, 7 anos a ser diagnosticado. Em termos de prevalência, 92% dos casos são
mulheres, com idade média de 31 anos e um número médio de 13 personalidades. Em 85% dos casos, uma
das personalidades é de criança. Muitas personalidades são autodestrutivas, violentas, criminosas ou desini-
bidas sexualmente. Há algum método de suavizar ou fazer desaparecer meu problema? Não necessariamen-
te. É importante que haja sessões terapêuticas que me permitam tomar consciência de como sou e é impor-
tante criar empatia e amizade com cada um dos alter egos. Um psiquiatra tem de ter especial atenção aos
alter egos, pois pode provocar o surgimento de uma nova personalidade apenas para interagir com o tera-
peuta. O que tenho? Sou complexa, contraditória e dividida, sou a soma de todas as identidades que habi-
tam em mim. EU TENHO UM TRANSTORNO DISSOCIATIVO DE PERSONALIDADE, EU TENHO
MÚLTIPLA PERSONALIDADE!
Ana Marisa Colaço, 12ºA1
Página 34 Disciplina: Psicologia
Professora: Edite Azevedo
VISITA DE ESTUDO
Mirando De visita à
o Palácio Real de Madrid e a Armeria Real Bolsa de Madrid
Por Miguel Oliveira e Raquel Teixeira , 11.º B Por Bernardo Cotovio e Daniela Oliveira, 11.º B

No dia 8 de fevereiro de 2018,


no âmbito da disciplina de Econo-
mia A, os alunos do 11.ºB, em
visita de estudo na capital espa-
nhola, foram a uma sessão de for-
mação na Bolsa de Madrid.
A Bolsa de Madrid é o princi-
pal mercado de valores de Espa-
nha. Esta facilita a negociação de
títulos e dá lugar a um mercado,
cuja oferta é constituída pelas
emissões de novos valores mobi-
liários ou pela venda de títulos já
existentes, e cuja procura depende
do desejo de adquirir esses títu-
los.
Na visita à Bolsa, a nossa guia
ofereceu-nos uma breve explica-
ção sobre a construção do edifí-
cio, as suas características arqui-
tetónicas e outros detalhes. Su-
No dia 6 de fevereiro de 2018, trumentos com maior destaque bimos as escadas e fomos em di-
a turma do 11.ºB da Escola Se- mundial. Ao longo dos anos, as reção ao “Salón de Pasos Perdi-
cundária Dr. Jorge Augusto Cor- inúmeras divisões foram sendo dos”, onde pudemos encontrar
reia, acompanhada pelos profes- remodeladas e adaptadas a cada vários símbolos decorativos, co-
sores António Silva e Graciete rei, acompanhando o progresso mo a peseta, antiga moeda de Es-
Pontes, realizou uma visita ao cultural espanhol. panha. Num dos vidros, pudemos
Palacio Real e à Armeria Real, Foi no Salón de Columnas do verificar alguns impactos de bala
no âmbito da disciplina de Econo- Palacio Real de Madrid que, a 1 da guerra civil. Seguidamente,
mia A. de janeiro de 1986, a Espanha visitámos a chamada “Sala dos
O Palacio Real de Ma- assinou o tratado de adesão à Co- Fumadores” , um local para rela-
drid conta com mais de dois sécu- munidade Económica Europeia xar, e passámos por um corredor
los de história. Inicialmente cons- (CEE), afirmando o seu compro- onde encontrámos exposições,
truído para residência da família misso com o projeto europeu, como uma máquina de escrever
real, hoje em dia já não adota essa conteúdo lecionado na disciplina antiga. Posteriormente, visitámos
finalidade, sendo exclusivamente de Economia A. o “Salón de Cotizar”, onde atual-
utilizado para cerimónias célebres A visita também consistiu na mente se celebram eventos ofici-
e para receção de chefes de Esta- ida à Armeria Real, uma das cole- ais, como a entrega de diplomas
do. ções reais mais significativas da ou receção de pessoas importan-
Este monumento é um autênti- Europa, sendo uma das joias do tes.
co labirinto de tapeçarias, lustres, património cultural espanhol, al- A visita terminou após a guia
mobílias e salas, onde a arte, a bergando as armas e armaduras ter apresentado os painéis de in-
cultura e a diversidade têm lugar, pertencentes aos reis de Espanha formações que refletem os movi-
surpreendendo todos os visitantes e a outros membros da família mentos do mercado de ações, não
pela exuberância e luxuosidade. real desde o século XVI. só da Bolsa de Madrid, como
Destaca-se o quarteto de Stradi- também de índices estrangeiros.
varius, uma das coleções de ins- Artigos orientados pelo professor
Página 35
de Economia, António Viegas da Silva
Ficha Técnica
olas Chefe de Redação: Ana Cristina Matias
up a m e n to de Esc VIRA Conselho de Redação: Ana Paula Silva, Ana Rita
Agr ia - TA
sto Corre
Diniz, Antonieta Couto, Helena Bartolo-
e Au g u meu, Paula Pereira, Margarida Beato e
rg
J o Soledade Ferreira
Redação: Alunos e Professores do AEJAC
BIBLIOTECA ESJAC Paginação: Ana Cristina Matias
Impressão: Reprografia ESJAC
e-mail: biblioblogue@gmail.com
hp://www.estbiblioblogue.blogspot.com/ hps://www.facebook.com/www.bibliotecaESJACTavira/

I Concurso de Book Trailers da Rede de Bibliotecas de Tavira


Por Ana Cristina Matias

Curso CEF de Mesa e Bar, EB 2/3 Dom


Paio Peres Correia, a servir o beberete,
sob orientação do técnico Renato Pires,
na cerimónia de entrega dos prémios do I
Concurso de Book Trailers, na BMT
Cerimónia de entrega dos Prémios do I Concurso de Book Trailers da Rede de Biblio-
tecas de Tavira, na Biblioteca Municipal Álvaro de Campos - 9 de março de 2018

bleia Geral da Câmara Municipal de

C riar um vídeo com uma


extensão máxima de 2 min
para promover a leitura de
uma obra literária foi o
desafio lançado pelo I Concurso de
Tavira e diretor do Agrupamento de
Escolas Dr. Jorge Augusto Correia,
professor José Baía, professora Cristi-
na Martins, vereadora da Cultura, pro-
fessora Ana Gonçalves, RBE, Paula
Ferreira, diretora da BMT, júri e pro- Premiados do I Concurso de Book Trailers:
Book Trailers da Rede de Bibliotecas
de Tavira. Os professores de Portu- fessoras bibliotecárias do concelho Joana Gromicho (2.º prémio), Joana Vie-
guês divulgaram o concurso e houve estiveram presentes na cerimónia, gas e Ândria Pontes (3.º prémio) e Rui
bem como algum público constituído Ramos (menção honrosa):
19 alunos que aceitaram o desafio. “- Assobiando à vontade” in O dia cinzento e
O júri constituído pela professora por outros professores, concorrentes, outros contos, de Mário Dionísio:
Ana Farrajota, coordenadora intercon- alunos e pais/encarregados de educa- https://youtu.be/1IEhzN8hjFc
celhia da Rede de Bibliotecas Escola- ção. - Balada das praia dos cães, de José Cardoso
res (RBE), Ministério da Educação, As apresentadoras foram revelando Pires: https://youtu.be/1SeKnQZKqh4
professora Graça Lobo, Direção de os nomes dos premiados e pedindo - Se isto é um homem, de Primo Levi:
Serviços da Região do Algarve e Ivo aos membros da mesa que procedes- https://youtu.be/jtk4YwJkUk8
Costa, técnico da Biblioteca Municipal sem à entrega dos prémios providen-
Álvaro de Campos de Tavira (BMT), ciados pela CMT ( Cartão Note IT
visionaram os 16 vídeos submetidos carregado com valor de 50, 30 e 20
(o book trailer podia ser realizado a euros), seguindo-se a visualização dos
pares), determinaram os premiados e, book trailers.
perante a qualidade evidenciada nesta Os premiados foram Ricardo Perei-
iniciativa inédita, resolveram também ra (12.º B) - 1.º prémio, Joana Gromi-
atribuir uma menção honrosa. cho (12.º B) - 2.º prémio, Ândria Pon-
A cerimónia de entrega decorreu tes e Joana Viegas (12.º B) - 3.º pré-
no último dia da Semana da Leitura (6 mio, e Rui Ramos ( 12.º E) - menção
a 9 de março de 2018) na BMT, pelas honrosa.
Todos concordaram que ver um Ricardo Pereira, 12.º B, vencedor do I
18h, tendo as alunas Bruna Monteiro
Concurso de Book Trailers com o vídeo
(12.º B), Bruna Martins (11.º A3) e book trailer pode ser uma boa motiva-
de promoção da leitura de Vendedor de
Maria Neves (11.º A3) sido as apre- ção para pegar num livro e mergulhar Passados, de José Eduardo Agualusa:
sentadoras. O presidente da Assem- na leitura. https://youtu.be/au-c5EJ2xcI

Você também pode gostar