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REVISTA SINPOL-DF

WWW.SINPOLDF.COM.BR | ANO XXIV • EDIÇÃO NÚMERO 16 | JANEIRO A MARÇO/2020

A REVISTA SINPOL-DF É UMA PUBLICAÇÃO DO SINDICATO DOS POLICIAIS CIVIS DO DISTRITO FEDERAL

Quatro traficantes de
drogas presos por dia
Quase mil pessoas presas em 2019 por este
crime graças ao esforço diário dos policiais civis
[Pág. 12 a 15]
FOTO: ARNON GONÇALVES/SINPOL-DF

Policiais civis ajudam mãe e filho a se Trabalho da Delegacia de Repressão


reencontrarem após 40 anos aos Crimes Cibernéticos tem sido peça-
[PÁG. 04 e 05] chave dentro e fora da PCDF
[PÁG. 06 e 07]

• PARECER DA PGR SINALIZA PARA VOLTA DEFINITIVA DOS AGENTES POLICIAIS DE CUSTÓDIA PARA A PCDF [Pág. 20]
Conheça a proposta do Sinpol-DF para a Três gerações e uma história de quase
•Aposentado trabalha com a reabilitação de
APERFEIÇOAMENTO DA ASSISTÊNCIA JURÍDICA TORNARÁ ATENDIMENTO MAIS RÁPIDO [Pág. 14]
assistência à saúde 50 anos na PCDF
jovens com dependência e vira referência
•noFILIAÇÃO À COBRAPOL AMPLIARÁ PRESENÇA DO[PÁG.
DF [PÁG. 16 e 17]
SINDICATO
21] NO GOVERNO FEDERAL. [Pág. 21]
[PÁG. 22 e 23]
EXPEDIENTE

DIRETORIA EXECUTIVA

Rodrigo Franco “Gaúcho” Presidente / Paulo PALAVRA DO


POLICIAL
Roberto Vice-presidente / Rodrigo Meneses
Secretário-geral-adjunto / Elcimar Nunes
Tesoureira / Fernandão diretor Jurídico /
Bruno Cançado diretor Jurídico-adjunto “A Revista Sinpol-DF tem entregado, sempre, um excelen-
te material à categoria. Textos bem produzidos, fotos de
/ Thallys Passos diretor de Comunicação- altíssima qualidade e uma boa diagramação. Acho que as
adjunto / Marcele Alcântara diretora de próximas edições poderiam dar mais visibilidade ao tra-
Assuntos Sindicais / Jackson Dantas diretora balho dos agentes policiais de custódia, um pilar também
de Assuntos Sindicais-adjunto / Marcão importante na PCDF”
Verusca de Oliveira Torres, agente policial de custódia
diretor de Planejamento, Administração
e Informática / Lidenberg Melo dir. de “A revista é importante porque mantém os policiais civis
Planejamento, Administração e Informática- informados acerca dos assuntos mais importantes para a
categoria. Poderia abordar, com mais destaque, grandes
adjunto / Renato Santos dir. de Benefícios,
operações realizadas por nós, com mais detalhes. E com a
Cultura, Esportes e Políticas Sociais / Alex digitalização dos meios de comunicação, acho que o ma-
Galvão dir. de Benefícios, Cultura, Esportes terial físico poderia deixar de ser produzido e introduzir
e Políticas Sociais-adjunto / José Carlos toda a categoria para acompanhar pela versão digital”
Leonardo de Oliveira Souza, agente de polícia
Saraiva diretor de Assuntos de Aposentados
e Pensionistas / Sueli de Barros diretora de “A revista do Sinpol-DF é um importante veículo de infor-
Assuntos de Aposentados e Pensionistas- mação para o servidor policial. O conteúdo é interessante
e bem elaborado. Gostaria de ver mais assuntos relativos à
adjunta. saúde e ao bem-estar do policial, abordando a prevenção
de doenças físicas e saúde mental”
CONSELHO FISCAL Samanta Rodrigues, agente de polícia

“Parabenizo o conteúdo da revista, pois sempre atende os


interesses dos policiais. Sugiro que continuem trazendo a
Sônia Christiansen Presidente Cesias Alves história dos “canas”, hoje, aposentados, pois a história da
Conselheiro fiscal Keila Patrícia Conselheira PCDF foi construída após muitas lutas. Juntos somos for-
fiscal Ernandes Sousa Conselheiro fiscal tes”
Roberto Mendonça, agente de polícia aposentado
Danny Nunes
Conselheiro fiscal Anelita Maria 1ª suplente “Bom poder contar com um veículo de comunicação que,
Rosi Santos 2ª Suplente. ao mesmo tempo em que informa, dá voz ao policial civil
em suas lutas e conquistas. Penso que mais matérias re-
lacionadas à produtividade policial seriam, também, bem
ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO vindas”
CONVERSA COLETIVO DE COMUNICAÇÃO Sandro Santana, agente de polícia aposentado
CRIATIVA | Coord. de Comunicação Diógenes “Acompanho a todas as edições da revista Sinpol-DF. Sem-
Santos (DRT 1585/SE) / Ass. de Comunicação pre leio as reportagens buscando informações relevantes
Iuri Max Silva (DRT 1982/SE)/ Revisão Kadydja sobre a PCDF e nossa categoria”
Albuquerque / Repórter Fotográfico Arnon Flávia Quintanilha, agente de polícia
Gonçalves/ Criação Publicitária (estagiária) A Revista Sinpol-DF é entregue na residência de todos
Isabella S. Monteiro / os policiais filiados. Se você não recebeu, atualize o seu
cadastro pelo telefone (61) 3701-1300.
Jornalismo (estagiário) Gabriela Campos
Projeto Gráfico Everton Pinheiro Diagramação
SINPOL-DF
Dudu Lessa Site: www.sinpoldf.com.br
Sugestões de Pauta e Críticas: comunicacao@sinpoldf.com.br
Sede: SCLRN 716, Bloco F, Entrada 61, Loja 59, Edifício do Policial Ci-
Tiragem: 8.000 exemplares. vil. Brasília-DF. CEP 70770-536. Telefones: (61) 3701-1300 / 3701-1334
E-mail: contato@sinpoldf.com.br
Filial: QNA 25, casa 34, Taguatinga Norte. Brasília-DF. CEP 72.110-030.
Telefones: (61) 3352-6429. E-mail: sinpoltag@gmail.com

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EDITORIAL

O Sinpol-DF deve
permanecer forte
e unido
Rodrigo Franco "Gaúcho"

Somente com a união dos policiais civis, a categoria conse- mente, o mérito da questão ainda não foi julgado. Mas acre-
guirá avançar na conquista de seus direitos. Ao longo dos ditamos que esse será um grande passo para que a nossa
últimos anos, vivenciamos tempos de mudanças no modo identidade seja definida de uma vez por todas.
como um sindicato é visto tanto por quem é de dentro,
Atualmente, temos dois governos, distrital e federal, que
quanto por quem é de fora. Além disso, direitos e garantias
afirmam apoiar os policiais. Na prática, contudo, após um
dos servidores públicos e, principalmente, dos policiais ci-
ano de gestão, eles não conseguiram implementar a re-
vis em geral,vêm sendo atacados pela administração públi-
composição salarial dos policiais civis do DF. Do ponto de
ca. Para que essas conquistam permaneçam, e outras sejam
vista financeiro, entretanto, houve pequenas sinalizações,
alcançadas, é necessária a conscientização de que somente
em uma via, para melhorar as condições de trabalho e, em
unidos somos fortes.
outra, de garantir direitos aos servidores aposentados. Foi
O Sinpol-DF tem um longo histórico de lutas e conquistas o caso, por exemplo, do início do pagamento das pecúnias
importantes. Nada que a categoria alcançou veio de mão referentes às licenças prêmio de 1996 a 2006. Alguns apo-
beijada. Para tanto, os policiais civis, aposentados ou da sentados, mais antigos ou adoecidos, receberam integral-
ativa - e, neste grupo, tanto os mais antigos quanto os no- mente; os demais já receberam três parcelas. É um avanço,
vos - sempre estiveram reunidos em assembleias e mani- uma vez que muitos já haviam se aposentado há bastante
festações: sejam elas as passeatas na Esplanada, na Praça tempo sem ter recebido esse benefício. A criação do Serviço
dos Três Poderes e em frente ao Palácio do Buriti; os pique- Voluntário Gratificado, no âmbito da PCDF, é o outro ponto
tes em frente à PCDF e às Delegacias; as mobilizações na que merece ser destacado. Anteriormente, os policiais eram
Câmara Legislativa do DF ou no Congresso Nacional. Em convocados para serviços extraordinários e nada recebiam.
reforço a essa luta, o sindicato também tem sentado à mesa Hoje, se forem escalados, são pagos pelo trabalho em horá-
de negociações com os gestores da PCDF, com parlamenta- rio de folga.
res distritais e federais; com o GDF e com representantes do
É preciso resolver, contudo, de forma imediata e perene, a
Governo Federal, assim como as demais diretorias que nos
recomposição salarial dos policiais civis do DF. A categoria
antecederam.
acumula 50% de perdas inflacionárias. Nesse sentido, a ca-
No último Governo do DF, nunca ficou tão claro o quanto a tegoria precisa se conscientizar de que, se necessário, será
dicotomia de termos dois patrões tem nos prejudicado. Por preciso ir às ruas novamente e se mobilizar. Para tanto, é
quatro anos, tivemos um governo socialista que nunca quis preciso fortalecer o sindicato, mantendo-se filiado, refiliar-
dar nenhum reajuste para os servidores da Polícia Civil do -se ou filiar-se. Sozinho, nenhum policial tem poder de ne-
DF (PCDF). Enquanto isso, o governo federal alegava pre- gociar salários e direitos.
cisar de um “aval” do governo local. Isso foi testemunhado
É bem verdade que os tempos são outros. Mudanças no
pelos deputados federais das legislaturas anteriores: Laerte
entendimento jurisprudencial, apesar de controversas,
Bessa, Roney Nemer e Rogério Rosso que tentaram, com
proibiram aos policiais civis – que são regidos por estatutos
mais afinco, ajudar-nos junto à União.
civis – de exercerem o seu direito constitucional de greve.
Essa situação, de termos que negociar com duas esferas de Há que se encontrar novas fórmulas de mobilização, sem
poder distintos, levou a atual gestão do Sinpol-DF a ajuizar prescindir das antigas e já utilizadas. Para isso, precisamos
uma ação junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) a fim de ter a consciência de que somente por meio de um sindicato
que houvesse uma decisão definitiva sobre o caso. Infeliz- forte e unido será possível alcançarmos nossos objetivos. ●

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EM AÇÃO
TRAMA

Um inquérito Desde o início, já se suspeitava que a dona do orfanato

que poderia ser onde Sueli e os irmãos viveram teria alguma participação,
mas, muito querida e respeitada, ela foi constantemente

uma novela protegida. Sueli só sabia informar como o filho foi levado
ainda da porta do hospital por um casal de amigos da dona
do orfanato e uma mulher que tinha um lenço na cabeça.
Investigadores da 14ª DP solucionam caso de desapa-
recimento e mãe e filho se reencontram quase quatro Ela não procurou ajuda por medo de ficar desamparada
décadas depois junto com os irmãos, até 2012, quando a mulher morreu.

Era meados de 2013 quando Sueli Silva buscou a Procura-


Os policiais ouviram toda a família de Sueli, além do casal e
doria dos Direitos do Cidadão, do Ministério Público Fede-
do próprio médico que fez o parto, também amigo da dona
ral (MPF), contando o que lhe ocorreu 32 anos antes: aos
do orfanato. “Todos só tinham boas referências e evitavam
16, ela deu à luz um menino, que decidiu chamar de Luís
ao máximo dizer qualquer coisa que pudesse manchar a
Miguel, mas, ao deixar o Hospital Regional do Gama (HRG)
imagem dela”, explica o agente Gonçalves. “Conseguir lo-
dois dias depois, teve o bebê roubado. A denúncia deu ori-
calizar essa criança, que nasceu em 1981, com tão poucas
gem a um inquérito na 14ª Delegacia de Polícia (DP), no
informações parecia impossível”, acrescenta Erika.
Gama, e o caso começou a ser investigado pelos policiais
da Seção de Atendimento à Mulher (SAM) da unidade.
Com o médico, os policiais acabaram chegando aos nomes
de um porteiro e uma professora que poderiam ter adota-
Na ocasião, Ildete Veras chefiava a equipe, que contava ain-
do a criança e teriam se mudado para a cidade de Arara,
da com Erika Bezerra e Geraldo Gonçalves. Foram os três
na Paraíba. Sem os sobrenomes, as diligências para encon-
agentes de polícia que desataram os primeiros nós do caso
trá-los foram infrutíferas e a pesquisa no Infoseg (Rede de
– solucionado apenas seis anos depois. A longa duração
Integração Nacional de Informações de Segurança Pública
não foi por acaso: a história em si era muito confusa, com
e Justiça) até pelo nome da mãe, que era um pouco menos
mais dúvidas do que respostas. Os indícios eram escassos e
comum, gerava mais de 26 mil resultados.
as provas, inexistentes.

Sem novos dados, o caso estagnou. Nos anos seguintes, a


Grande parte dos envolvidos já estava morto ou com idade
agente Lúcia Teixeira entrou para a equipe, Gonçalves se
bastante avançada. “E a resistência em falar, mesmo tan-
aposentou e Ildete saiu da 14ª para a 12ª DP. No fim de 2018,
tos anos depois, era evidente em todas as pessoas ouvidas”,
as investigações foram retomadas: houve mais uma roda-
conta o escrivão de polícia Bruno de Oliveira. “Eu entrei na
da de depoimentos, todos os órgãos envolvidos, incluindo
Polícia em 2014 e logo o Gonçalves me chegou com esse
cartórios, foram oficiados. O avanço veio, contudo, de uma
caso. Eu, novinho, nem imaginava por onde começar”, con-
forma simples e inesperada: com o nome da cidade parai-
fessa o policial. Os demais, mesmo mais experientes, tam-
bana e o da mulher que teria adotado Luís Miguel, foi cria-
bém não tinham qualquer clareza.
FOTO: ARNON GONÇALVES/SINPOL-DF

A busca no prontuário do hospital onde Sueli deu à luz foi


mal sucedida, mesmo com a informação de que o bebê ti-
nha nascido com sindactilia - uma malformação em que
os dedos são unidos. “No início da década de 80, todos os
registros ainda eram manuais e muita coisa se perdeu ao
longo do tempo, incluindo qualquer coisa que pudesse nos
ajudar”, revela Ildete.

Os policiais também buscaram os cartórios da cidade, mas


sem sucesso. O que restou foram as entrevistas – em todo o
inquérito, 22 pessoas foram intimadas a depor, além de 60
ouvidas informalmente. O que os investigadores não con-
tavam, no entanto, era com tamanha lealdade dessas pes-
Para Lúcia, Erika, Gonçalves, Ildete e Bruno, apesar das dificulda-
soas à mulher que foi pivô do rapto.
des do inquérito, ele foi um dos mais gratificantes em que atuaram

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EM AÇÃO
do um alerta no Google, que gerou uma notificação quando me, mas um dos mais gratificantes para a gente”, conta a
uma publicação foi feita na internet sobre a morte de uma policial, que continua na SAM da unidade. De acordo com
pessoa com aquele nome naquela localidade. A partir daí, Bruno, se a investigação não tivesse evoluído, certamente,
as coisas andaram mais rapidamente. logo o Ministério Público solicitaria o arquivamento do in-
quérito. “Foi a persistência da equipe que trouxe esse resul-
Foram confirmados o nome completo dela, do marido e tado positivo”, garante o escrivão. “Era uma história muito
também que eles tinham um filho chamado Ricardo, natu- cheia de voltas, que parecia um enredo de filme, mas que
ral de Brasília. Com isso, conseguiram, no cartório onde foi aconteceu de verdade e nos desafiou de diversas formas”,
feito o registro, no Gama, verificar que a certidão de nasci- acrescenta Lúcia, que também o coloca com uma dos mais
mento dele foi expedida apenas por declaração. emocionantes casos da carreiras. “Foi uma história com o
início, meio e um fim que nós pudemos ajudar para que
Tudo indicava que aquele era o filho biológico de Sueli, fosse feliz”, finaliza. ●
mas ainda restava fazer contato com ele. Por telefone, o
homem, hoje com 38 anos, confirmou que foi adotado no
DF e que, ainda criança, passou por cirurgia para corrigir a Os policiais civis da 1ª DP, na Asa Sul, também
sindactilia. Ele concordou com o exame de DNA e, alguns descobriram o paradeiro de um rapaz entregue
dias depois, se apresentou à Polícia Civil da Paraíba, que fez para adoção há 31 anos. Em abril de 1988, a
a coleta e remeteu o material para Brasília. Em menos de mãe deu o bebê a um casal, mas, mesmo se
24h, o Instituto de Pesquisa de DNA Forense da PCDF fez o arrependendo logo em seguida, não conseguiu
confronto genético e atestou que Sueli e Ricardo eram, de mais encontrá-lo – até que, em abril de 2019,
fato, mãe e filho. Foi na própria 14ª DP que a mãe recebeu registrou ocorrência e os policiais entraram em
a notícia e “a melhor coisa foi o abraço de agradecimento”, cena. Dois meses depois, o caso foi solucionado.
segundo a agente Erika. Veja uma reportagem sobre o caso acessando
globoplay.globo.com/v/7787615
“Foi um caso muito difícil, com uma carga emocional enor-
FOTO: ARNON GONÇALVES/SINPOL-DF

Segundo a equipe que atuou na investigação, o caso foi atípico porque o foco não era achar autor e sim a criança

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EM AÇÃO

Policiais civis colocam PCDF na


FOTO: ARNON GONÇALVES/SINPOL-DF

vanguarda tecnológica
Soluções criadas na Ditec auxiliam no trabalho dos demais servidores

Policiais da Ditec são responsáveis desenvolver, atualizar e dar suporte a dezenas de sistemas da PCDF

Atualmente, cerca de 30 policiais civis atuam na Divisão de METODOLOGIA


Tecnologia (Ditec) da PCDF. Graças a esses servidores, que
Segundo Charles Fernando Alves, diretor da Ditec, a plata-
aliam a experiência policial com a frequente formação em
forma tem uma importância ímpar para as investigações,
áreas de Tecnologia da Informação (TI), há, hoje, inúmeras
sobretudo aquelas sem pistas, como quando um corpo
soluções que facilitam a atuação dos policiais no presente e
é encontrado sem identificação. Com a data provável da
que preparam a instituição para o futuro.
morte, solicita-se a quebra do sigilo, naquele período, da
Entre elas, está a Plataforma Integrada de Monitoramento e Estação Rádio Base (ERB) mais próxima do local e essa
Investigação Criminal Atalaia, que foi premiada, em maio massa de dados é inserida na Atalaia. “Antes você não tinha
de 2019, na 17ª edição do CIO Brasil GOV, um dos mais im- nenhum suspeito, mas passa a ter uma série de telefones
portantes eventos de TI voltado a instituições públicas do que possivelmente estejam ligados àquela morte”, explica.
país. Escolhida como case de sucesso, a Atalaia foi desen-
“Esse é o caso mais complexo. Mas, se no curso da inves-
volvida pelo agente de polícia Rogério Alves da Conceição,
tigação, a unidade policial já tem testemunhas, relatos e
chefe da Seção de Avanço Tecnológico (SAT) da Ditec.
possíveis suspeitos, você consegue ter uma agilidade ainda
A plataforma evoluiu da Solução Atalaia, que permite o maior”, acrescenta Charles. “Ao longo da investigação, você
monitoramento online de grupos de risco, como autori- vai alimentando a plataforma, ela cruza as informações e
dades, mulheres com medidas protetivas, pessoas no pro- exibe isso em mapa. É um enorme suporte para investiga-
grama de proteção a testemunhas e até viaturas em aten- ção criminal”, assegura. “Nós temos visto investigações de
dimento a locais de crimes. Hoje, a plataforma integrada homicídios, que poderiam durar até cinco anos, sendo fi-
une em uma única base vários outros sistemas voltados nalizadas em semanas”, acrescenta Rogério.
para a atividade policial.
De acordo com o desenvolvedor, um caso como o da vere-
Atualmente, sua principal aplicabilidade é funcionar adora Marielle Franco, assassinada em março de 2018 no
como uma espécie de mapa formado através do cruza- Rio de Janeiro, “seria fortemente agilizado pela redução do
mento das informações da ocorrência e procedimentos rol de pessoas suspeitas possibilitada por um programa as-
policiais com os dados obtidos através de quebras de si- sim”. A plataforma da PCDF, entretanto, é a única desse tipo
gilos telefônicos e telemáticos. No fim, ela permite uma em todo o Brasil. “Isso traz para a instituição uma vanta-
visão geral da investigação – colocando, inclusive, os en- gem competitiva imensurável”, pontua Rogério. “Qualquer
volvidos no local do crime. vantagem tecnológica em relação à criminalidade é muito

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EM AÇÃO
FOTO: ARNON GONÇALVES/SINPOL-DF

Para diretor da Ditec, premiação do Atalaia foi um reconhecimento nacional do trabalho de inovação feito na unidade

importante hoje em dia. E, no caso dessa ferramenta, que O diretor da Ditec ressalta que é muito comum, em outras
tem uma aplicabilidade sem paralelo, é algo extremamente instituições, a compra de softwares que têm que ser adap-
poderoso”, acrescenta. tados à atividade. Ele destaca que não é o caso da Atalaia
ou demais aplicações da PCDF – elas são totalmente feitas
A metodologia de investigação criminal baseada na plata-
por e para policiais. “Essa é a grande vantagem da Divisão
forma é ensinada, desde 2016, em um curso oferecido pela
de Tecnologia. Como somos policiais e conhecemos a ativi-
Escola Superior de Polícia Civil (ESPC). Desde 2018, tam-
dade, desenvolvemos softwares mais especialistas, que são
bém se tornou disciplina obrigatória nos cursos de progres-
o que os policiais na ponta realmente precisam”, observa
são funcional para todos os cargos da carreira.
Charles. “E estamos sempre pensando no que podemos
EXCLUSIVIDADE agregar, de olho no futuro”, diz. ●

“A Ditec sempre esteve na vanguarda. Foi a primeira unida-


de a trabalhar com análise de vínculo. A primeira no Brasil
FOTO: ARNON GONÇALVES/SINPOL-DF

a trabalhar com mineração de dados voltados à atividade


policial. E, agora, a primeira a trabalhar com solução geoes-
pacial para investigação”, afirma Charles.

Ao todo, a PCDF tem quase 45 sistemas corporativos, to-


dos desenvolvidos pela Ditec. Três deles já são patenteados:
Millenium (registro de ocorrências), Proced (procedimen-
tos policiais) e Protocolo. Os demais estão em processo de
patenteamento. “Todas essas ferramentas são da própria
Polícia e isso significa uma economia milionária para o Es-
tado”, lembra Rogério.

Um dos últimos produtos apresentados pela


Ditec foi a e-Identidade, primeira carteira
de identidade em meio eletrônico do país e
que já está disponível para a população do
Distrito Federal.
Além da plataforma Atalaia, Rogério Alves também desenvol-
veu soluções como a e-Identidade e o antigo Sentinela

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EM AÇÃO

FOTO: ARNON GONÇALVES/SINPOL-DF


A frente do
ciberataque
Investigação contra crimes cibernéticos realizada pelos policiais civis da DRCC tem
atestado a relevância do trabalho em época que segurança digital é primordial

Delegacia especializada é dividida em duas seções, chefiadas pelos agentes de polícia Magno e Ulisses

Sete agentes de polícia são, hoje, responsáveis por apurar apura, entre outros crimes, fraudes bancárias e estelionato
as ocorrências da Delegacia Especial de Repressão a Crimes em sites de compra e venda, como OLX e Mercado Livre.
Cibernéticos (DRCC). A unidade foi criada em 2017, dentro
do Departamento de Polícia Especializada (DPE) da PCDF, A criação da delegacia especializada atendeu a uma de-
e é focada no combate aos crimes virtuais - sua atuação es- manda que existia há anos na PCDF pela complexidade
tende-se a praticamente todas as delegacias do DF. que os crimes cibernéticos adquiriram, o que passou a
exigir mais tempo de investigação e conhecimento espe-
O desafio é grande, pois as organizações criminosas que cífico para apuração. A expertise da DRCC é repassada às
agem na internet especializam-se na mesma velocidade da demais delegacias, seja com cursos na Academia da Polí-
tecnologia - além disso, a ligação que elas possuem ultra- cia Civil ou treinamentos nas demais unidades, e gabaritou
passa as fronteiras físicas. “Hoje, as pessoas convivem mais Magno e Ulisses a ministrar cursos de investigação criminal
no ambiente cibernético do que no espaço físico - seja por em ambiente cibernético para juízes em Goiás, Secretaria
redes sociais ou operando sistemas na rotina de trabalho. Nacional de Segurança Pública, Ministério Público do DF
Com a digitalização dos meios, seria natural que os cri- (MPDFT) e Polícia Legislativa.
minosos migrassem para onde há maior concentração de
pessoas e investimentos; nosso trabalho, embora pouco re- “No DF, são mais de três milhões de habitantes. Seria im-
conhecido, é indispensável para a segurança da sociedade possível atender a todas ocorrências de crimes cibernéti-
no espaço virtual e físico”, afirma o agente de polícia Magno cos da população. Por isso, aqui, o foco são as organizações
Fonseca, chefe da Seção de Repressão a Crimes de Alta Tec- criminosas, o crime nativamente virtual”, explica Magno.
nologia (SRCAT). “Até então, os autores são entidades virtuais que operam os
ataques, muitas vezes, no anonimato, cobrindo os rastros;
O trabalho na DRCC está dividido entre aquela e a Seção de mas, por fim, sempre revelamos os criminosos e os levamos
Suporte Técnico à Investigação (SSTI), sob o comando do à Justiça”, pontua.
também agente de polícia Ulisses Silva. Enquanto a primei-
ra investiga crimes de extorsão, sequestro de dados, deep Os agentes de polícia da DRCC também trabalham em par-
web, moeda virtual e perseguição na internet, a segunda ceria com outras delegacias circunscricionais ou especiali-

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EM AÇÃO
zadas quando alguma investigação delas envolve um crime é o de estelionato virtual, no qual os criminosos elaboram
virtual. “Há uma série de crimes em que um dos meios de falsos anúncios de produtos em sites de venda coletiva (ou
execução foi a internet. Esses casos ficam com outras dele- se passam pelo vendedor de um anúncio verdadeiro) e con-
gacias, onde podem ser registrados. Caso os investigadores duzem as vítimas a depositar quantias significativas de di-
daquela seção encontrem algum obstáculo que exija a nos- nheiro, por bens que nunca irão receber.
sa perícia, então, entramos em ação para colaborar”, acres-
centa Ulisses. Há, ainda, a parceria com bancos e as corporações de re-
des sociais. A troca de informações contribui não só para a
A taxa de resolução de crimes cibernéticos investigados identificação de criminosos com mais agilidade, mas aju-
pelas seções da DRCC é alta, segundo os chefes, ainda que da a evitar tragédias. “Houve um caso que o Facebook nos
eles não detalhem os índices. Na SRCAT é comum a reso- contatou e avisou sobre uma mulher que fez uma publica-
lução de ransomware - extorsão virtual em que criminosos ção sobre suicídio. Rapidamente entramos em contato com
invadem sistemas por meio de softwares nocivos e seques- a delegacia daquela região para que fizessem uma busca.
tram dados pessoais das vítimas para cobrar resgate em Por fim, naquele dia, salvamos a vida da cidadã”, recorda-se
moedas virtuais, sob ameaça de deletar e até expor o conte- o policial. ●
údo roubado. Já na SSTI, um dos crimes mais solucionados

O que é registrado diretamente na DRCC

Invasão de dispositivos (ex: computadores e smartphones); invasão e interrupção de serviço informático


(ex: sites, portais e blogs); modificação não autorizada de sistemas de informações (ex: invasão de dispositi-
vos para alterar ou corromper dados); divulgação de cena de sexo sem consentimento; ameaças, constrangi-
mento ilegal e falsa identidade, onde o meio operante para cometer o delito, responsável pelas informações,
não possui representante no Brasil (ex: quando é necessário acordo de colaboração entre países); extorsão
pela internet; subtração de patrimônio quando o prejuízo sofrido pela vítima seja igual ou superior a 20 sa-
lários mínimos; ameaçar e desferir ataques contra a honra praticados a funcionário público pertencente ao
Poder Executivo, Legislativo ou Judiciário, ao Ministério Público ou Tribunal de Contas do DF (TCDF); nos
crimes cibernéticos em detrimento de bens, serviços ou interesse do GDF, CLDF e TCDF.

Nas delegacias circunscricionais

Crimes contra o patrimônio cujo prejuízo da vítima seja menor que 20 salários mínimos; crimes contra a
honra (calúnia, difamação e injúria); crimes de ameaça e constrangimento ilegal; crimes de falsa identidade
cometidos pela internet por meio do Facebook, Instagram, WhasApp e YouTube.

Observação: Os crimes de natureza cibernética podem ser denunciados em


qualquer delegacia que, posteriormente, pode encaminhar o caso à DRCC, aten-
dendo aos critérios estabelecidos.

WWW.SINPOLDF.COM.BR | JANEIRO A MARÇO/2020 9


Ser sindicalizado traz
muitos benefícios.
Deixar o seu bolso
mais leve é um deles.

Acesse:
www.sinpoldf.com.br/convênios

VENTVRIS VENTIS
PLEITOS

A conta pelo mal uso do Fundo


Constitucional chegou
TCU coloca GDF contra a parede, que tenta resolver problema com Saúde e Educação
apostando em impossibilidade jurídica para a Segurança Pública

FOTO: SECOM TCU


O governador Ibaneis Rocha (PMDB) pegou a todos de sur-
presa quando anunciou, no início do último mês de setem-
bro, a negociação com o presidente Jair Bolsonaro (PSL)
para transferência total da gestão do Fundo Constitucional
do Distrito Federal (FCDF) para o governo distrital. A mu-
dança seria instituída por meio de uma Medida Provisória e
possibilitaria, segundo ele, o pagamento da recomposição
salarial dos policiais civis – condição nunca posta até então.

Apesar das cobranças do Sinpol-DF, o governador ainda


não explicou como a mudança ocorreria de fato. Causa
preocupação, por exemplo o fato de a Constituição Federal
ser clara de que compete à União organizar e manter a Polí-
cia Civil do DF. Há ainda a Súmula 39 do Supremo Tribunal
Federal (STF) estabelecendo que compete privativamente
à União legislar sobre o salário da PCDF. Para que os rea- Em acórdão, TCU reitera que FCDF deve ser usado conforme prevê a
Constituição Federal
justes da categoria fossem, então, estabelecidos pelo Buri-
ti – e não pela Presidência da República – seria necessária Saúde sejam pagos pelo Tesouro do Distrito Federal e não
a aprovação de uma Proposta de Emenda à Constituição pelo FCDF, já que pensões e aposentadorias não podem ser
(PEC) prevendo a mudança. enquadradas como “execução de serviços” nessas áreas –
condição estabelecida na Constituição.
“Nunca uma medida provisória, que tem força de lei or-
dinária, e como tal, não pode alterar um preceito consti- A prática, no entanto, ocorre há anos. Desde 2008, a legis-
tucional, permitiria que o nosso reajuste acontecesse sem lação exige dos governos que 25% do orçamento seja gasto
passar pelo governo federal, com anuência do Congresso em cada uma das duas áreas – excluindo a previdência da
Nacional”, afirma o diretor Jurídico do Sinpol-DF, Fernan- conta. Para cumprir essa imposição, sobretudo a partir de
do Ferreira. Segundo ele, nem ao menos é cabido falar em 2013, o GDF passou a transferir o pagamento dos ativos do
insegurança jurídica, caso a medida fosse colocada em prá- Fundo para o Tesouro, fazendo o caminho inverso com os
tica, pois “isso é impossível de acontecer”. inativos – atitude agora questionada pela TCU. Conforme
acórdão do tribunal, o prazo para regularização encerra
Para o sindicato, essa discussão foi utilizada como uma cor- neste mês de fevereiro, quando o Grupo de Trabalho criado
tina de fumaça para que o GDF ganhasse tempo. De acordo no governo federal para se debruçar sobre a questão deve-
com o diretor da entidade, o mais provável é que governo rá, então, se posicionar.
federal edite uma medida provisória permitindo apenas
a continuidade, agora de forma legal, dos pagamentos de Até lá, no entanto, o reajuste para os policiais civis já estará
aposentadorias e pensões das áreas de Saúde e Educação com mais de um ano de atraso em relação à promessa ini-
com recursos do fundo. cial do governador Ibaneis. Por isso, a cobrança do Sinpol-
-DF, a curto prazo, foi sempre para que a recomposição tra-
IRREGULARIDADE mitasse de forma independente. A longo prazo, o sindicato
aposta também na Ação Direta de Inconstitucionalidade
O governo distrital ficou em uma situação complicada de- por Omissão (ADO) que defende que o vínculo jurídico da
pois de decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) pu- PCDF seja federal. “A União deve conjugar na plenitude os
blicada no fim de agosto. O acórdão cobra que benefícios dois verbos – organizar e manter – e não apenas o segundo”,
previdenciários concedidos a servidores da Educação e da enfatiza o diretor jurídico. ●

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CAPA

FOTO: Reprodução
Do alto, equipe da DOA dá suporte aos policiais civis em terra nas operações mais complexas

No DF, o tráfico de drogas


não tem vez
Policiais civis driblam diversas dificuldades para que a PCDF
continue batendo recorde de prisões e apreensões

No primeiro semestre de 2019, os policiais civis do DF Todas essas prisões “trouxeram uma relativa paz social
prenderam ou apreenderam mais de 900 pessoas envol- para a comunidade”, segundo o chefe da seção, Fábio
vidas com o tráfico de drogas – uma média, por dia, de Barbosa. “Como esse combate ao tráfico foi feito de ma-
quatro criminosos. Os números atestam a dedicação dos neira bem eficaz”, ele conta que “baixou muito os casos
policiais civis das Seções de Repressão às Drogas (SRDs) de roubo e homicídio na região”. Hoje, a vila, tida como
das delegacias circunscricionais e da Coordenação de um dos principais focos de criminalidade em Sobradinho,
Repressão às Drogas (Cord). “é um local onde as pessoas já conseguem transitar mais
tranquilamente ou mesmo deixar as crianças brincarem à
Prisões dessa natureza têm impacto direto na sensação de noite na rua”.
segurança da população, uma vez que o tráfico tende a
estar associado a vários outros crimes, como roubo de veí- Considerando toda a área atendida pela 13ª, foram mais
culos, receptação, porte de arma e homicídio. É o caso, por de 60 prisões relacionadas ao tráfico nos primeiros seis
exemplo, da Vila Denocs, localizada em Sobradinho. Ape- meses de 2019 – a unidade ficou atrás das delegacias de
nas lá, mais de 30 traficantes foram presos entre janeiro e Ceilândia Centro e Taguatinga Centro. Na DP de Sobradi-
julho de 2019 – um trabalho realizado pela SRD da 13ª DP. nho I, duas ferramentas têm contribuído substancialmen-
te para esses resultados: as denúncias da comunidade e o

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CAPA
uso da verba secreta – recompensa dada aos informantes

FOTO: ARNON GONÇALVES/SINPOL-DF


por colaborações que resultem na prisão dos alvos. “Pelas
características do crime, aqui, muitas vezes, nós atuamos
acabando com as bocas de fumo menores, mas é um
importante feedback para quem denuncia e para toda a
comunidade da área. O nosso foco é dar uma resposta à
população local”, explica Fábio emendando que mesmo
com apenas quatro policiais, eles têm tido sucesso.

PROATIVIDADE

A SRD da 1ª DP, na Asa Sul, tem ainda mais limitações:


não tem contado com a verba secreta e quase não recebe
denúncias – os policiais ficam até uma semana sem rece-
ber alguma. “Aqui não há bocas de fumo tradicionais ou
traficantes conhecidos pela comunidade”, justifica Fábio
Rios, chefe da seção na unidade. Apesar disso, a equipe
jamais fica ociosa. Pelo contrário, o trabalho tem exigido
uma carga ainda maior de dedicação dos policiais, desde
que, há pouco mais de um ano e meio, o grupo passou a
mirar em grandes festas.

Na primeira, eles foram investigar uma denúncia. Ao


perceberem que, de fato, havia muita droga em circula-
ção e o uso era indiscriminado, tomaram esses espaços
como foco. “Nós temos atuado nos mais diversos tipos de
festas, mas principalmente nas de música eletrônica, pois

De acordo com Fábio Rios, o trabalho nas festas está entre os mais
FOTO: ARNON GONÇALVES/SINPOL-DF

desgastantes: “você tem que estar sempre atento a tudo”.

tendem a atrair um maior público de usuários. Como o


consumo é bem alto, o tráfico, consequentemente, acon-
tece bastante”, ressalta Rios. Em todas as festas em que
trabalham, há prisões e apreensões.

Para algumas festas, os agentes vão com alvos pré-deter-


minados, frutos de investigações já em andamento. Em
outras, realizam um trabalho de monitoramento mais
geral. A SRD dessa delegacia conta com apenas quatro
agentes, por isso sempre é necessário o apoio de servi-
dores de outras seções ou até da Divisão de Operações
Especiais (DOE), a depender das circunstâncias. De acordo
com Rios, “é preciso dosar bem o número de policiais
porque pode haver reação do restante do público”, pois já
houve tentativa de intimidação em alguns casos. “Temos
que estar preparados para o caso de alguma eventualida-
de”, pontua o policial, acrescentando que capacidade de
adaptação é fundamental para o trabalho. “Nós arquiteta-
mos a coisa de um jeito e, na hora, muitas vezes, acontece
de outro completamente diferente. Mas nos adaptamos
Para Fábio Barbosa, o combate aos traficantes pequenos também de acordo com a situação e no fim dá certo”, assegura. “Faz
é fundamental, pois “gera insegurança e incomoda muito mais a
comunidade”. parte do trabalho policial”.

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FOTO: ARNON GONÇALVES/SINPOL-DF
Equipes das SRDs costumam ficar desfalcadas, como na 1ª DP que, neste dia, contava com apenas três dos quatro policiais

já que ela tem como objetivo principal a investigação de


DEDICAÇÃO grandes traficantes. Os alvos são pessoas que trazem gran-
des quantidades de drogas para abastecer o DF – tanto dos
Ter apenas quatro policiais na seção não é exclusividade traficantes médios (distribuidores) quanto dos pequenos
– o número se repete, inclusive, na Cord. A coordenação traficantes (“de varejo”). Não é incomum que o serviço da
se divide em três Divisões de Repressão às Drogas (DRDs), Cord culmine em outros estados, sobretudo Mato Grosso
com uma Seção de Investigação (SI) e uma Seção de do Sul e Paraná, que são as regiões fronteiriças que mais
Operações (SO) em cada. Na SI da DRD I, atuam somente servem como porta de entrada para os entorpecentes ven-
Adilson Bonatto Filho e outros três agentes. “Em 2009, didos do país. As apreensões, entretanto, ocorrem priorita-
havia uma média de nove policiais em cada seção. Com riamente dentro do Distrito Federal.
essa redução, é humanamente impossível você ter o mes-
mo desempenho, por isso os esforços só crescem”, conta Sempre que possível, eles trabalham em parceria com a
Bonatto. Polícia Rodoviária Federal (PRF). “Nós temos um conta-
to bem próximo e, por diversas vezes, eles nos auxiliam
Em casos de férias ou qualquer necessidade de ausência nesse trabalho em rodovias”, pontua Bonatto. Também
de parte da equipe o comprometimento da atividade é fazem uso das forças especiais da Polícia Civil – a DOE e
inevitável. “Você continua trabalhando com profissiona- Divisão de Operações Aéreas (DOA). “Nós priorizamos
lismo e dedicação, mas dentro daquilo que é possível ser esses apoios, mas, por conta da dinâmica do trabalho,
feito e sempre priorizando segurança”, afirma o chefe da da imprevisibilidade, nem sempre há tempo hábil para a
SI. “Nós contamos muito com o apoio das outras seções, acioná-los.
mas quando não é possível, acabamos tendo que deixar as
diligências, por exemplo, para outro dia, quando tivermos “Mesmo que estejamos monitorando, muitas vezes não há
uma quantidade segura de policiais”, diz. como prever com antecedência o dia exato que um grande
carregamento vai chegar. Por isso, não dá para fazer aquela
Essa é uma condição especialmente necessária na Cord, operação montadinha, estruturada”, esclarece o agente da

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FOTO: ARNON GONÇALVES/SINPOL-DF
Cord, lembrando que o momento de
prisão e apreensão é apenas a ponta
de uma trabalho muito mais longo.
Em média, as operações duram de
cinco a seis meses, mas em alguns
casos podem chegar próximo aos
dois anos até que sejam obtidas todas
as informações necessárias – rota e
forma de carregamento, local de ar-
mazenamento e pessoas envolvidas.

Mesmo tendo um horário de expe-


diente pró-forma, na prática, todos
os profissionais que atuam no com-
bate ao tráfico costumam avançar
esse período e trabalhar até nos fins
de semana e na madrugada. “O ser-
viço não é direcionado por nós, mas
pelo alvo da investigação. A depender
do hábito dele, temos que nos mol-
dar a essa realidade para podermos
obter aquilo que interessa”, destaca
Bonatto. “O trabalho é extremamente
complexo e penoso também, pois
Segundo Bonatto, a interceptação telefônica é das atividades mais comuns na Cord, assim
é campana atrás de campana, você como o trabalho de campo – com campanas e monitoramentos a quaisquer horários do dia.
não tem hora para chegar, nem hora
PCDF vs Tráfico de drogas
para sair. Passa por muitas situações
desagradáveis e se expõe muito mais 1º semestre de 2019 FONTE: PCDF/DGI/DATE/SE/POLARIS

ao risco”, opina Rios. “Por isso, para


atuar na área, você, de fato, tem que 1º SEMESTRE DE 2019
gostar, inclusive porque não há reco-
nhecimento”, pondera o policial da
1ª DP, lembrando, porém, que há sim
ADULTOS PRESOS EM FLAGRANTE 652
satisfação pessoal.
ADULTOS PRESOS POR MANDADO
122
“Fazer o serviço bem feito, correr
DE PRISÃO
atrás e prender o traficante é muito MENORES APREENDIDOS EM
gratificante”, concorda Fábio Barbo- 104
FLAGRANTE
sa. “Quando você consegue prender
um alvo e depois expor, de forma MENORES APREENDIDOS POR
definitiva, qual a participação dele e MANDADO DE BUSCA E 53
vê o resultado final, com a aplicação APREENSÃO
da pena no indivíduo investigado,
TOTAL 931
você vê que realmente valeu a pena
todo o esforço, toda a dificuldade 1.344
enfrentada”, acrescenta Bonatto. “É OCORRÊNCIAS REGISTRADAS
(36% COM FLAGRANTE*)
muito bom visualizar o produto final
do seu esforço e tenho muito orgulho 1.054
INQUÉRITOS INSTAURADOS
de fazer parte de uma instituição (95% CONCLUÍDOS**)
onde isso não é só possível como é * Flagrantes exclusivos da PCDF
bastante comum”, finaliza. ● ** Inquéritos com relatamento

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CIDADANIA

Da delegacia para
uma nova vida
Ao mesmo tempo em que cumpria a rotina nas
delegacias, o agente de polícia Moessan Alves
também prestava assistência social para jovens
com dependências químicas
FOTO: ARNON GONÇALVES/SINPOL-DF

Sensibilidade para trabalhar em prol de jovens com vício em entorpecentes surgiu com a entrada de Moessan na PCDF, em 1995

“Encarcerar jovens não é, necessariamente, a solução para “Por meio do fortalecimento espiritual, com a fé cristã, é
sanar os problemas sociais”. A frase tem sido um lema na possível reabilitar esses jovens e oportunizá-los com uma
vida do agente de polícia aposentado Moessan Alves de Al- segunda chance. O objetivo final é que esses homens pos-
meida. Há mais de 20 anos, ele trabalha com a reabilitação sam sair daqui recuperados de alma e que sejam ressocia-
de jovens com dependência em drogas e álcool, por meio lizados com a garantia de uma vida digna, com estudo e
da espiritualização. Hoje, ele é pastor e tem se dedicado profissionalizados; acima de tudo, com Deus no coração”,
com mais afinco à Comunidade Terapêutica Vinde Vida, sintetiza Moessan.
entidade filantrópica que criou com o amigo e também
pastor José Cauhi Filho, atual presidente da ONG. EMPATIA

Fundada em 2011, na comunidade Ponte Alta Norte, no Moessan entrou para a PCDF em 1995 e trabalhou na 26ª
Gama (DF), a Vinde Vida já reabilitou mais de duas mil DP (Samambaia Norte), 33ª DP (Santa Maria) e 14ª DP
pessoas. Atualmente, a entidade abriga mais de 200 ho- (Gama), até se aposentar, em maio de 2019. Antes de inte-
mens – jovens e idosos que estiveram desabrigados. Além grar a Vinde Vida, o policial civil fazia todo o trabalho as-
de frequentarem cultos religiosos diários, os “alunos”, sistencial por conta própria, dentro das delegacias: após os
como são intitulados pelos líderes da casa, participam de
oficinas de artesanato, tapeçaria, culinária e outras ativi-
FOTO: ARNON GONÇALVES/SINPOL-DF

dades profissionalizantes.

No início, o espaço onde funcionava a ONG tinha apenas


um galpão. Hoje, graças a doações, ela conta com dormitó-
rios, igreja, biblioteca, quadras esportivas, sala de TV, pra-
ças, academia, parques e outros espaços de lazer. Toda a
estrutura é mantida pelo trabalho voluntário desenvolvido
pelos pacientes, sem custo algum.

Após aposentadoria, Moessan tem se dedicado


inteiramente a ministrar palestras e cultos como
16 WWW.SINPOLDF.COM.BR | JANEIRO A MARÇO/2020 pastor evangélico
CIDADANIA
procedimentos de rotina, Moessan abordava os jovens que pretensão a elogios ou mérito”, afirma Moessan.
foram autuados por posse ou uso de drogas, discorria sobre
os diversos riscos de integridade física e social, aconselhava Ainda que dispense manifestações públicas de reconheci-
sobre uma mudança de vida e os convidava para frequentar mento, o trabalho dele sempre foi reconhecido pelos cole-
a igreja onde congregava. gas policiais civis e por outras forças de segurança do DF.
Nos quase 25 anos de carreira policial, foram incontáveis
“Entrar para a PCDF me ensinou a observar melhor o ou- as abordagens que o policial civil realizou, principalmen-
tro e fez com que eu tivesse um senso de responsabilidade te antes mesmo da fundação da Vinde Vida. “É necessário,
social ainda maior. Quando se tem todos os dias jovens en- ainda, que iniciativas como essa tenham devido reconhe-
trando em delegacias por causa de drogas, algo a mais pre- cimento da população e do Poder Público como um bem
cisa ser feito”, diz. “Nunca foi um fardo ou uma obrigação social”, explica. “Contudo, ajudar essas pessoas por meio
prestar essa assistência a eles. Encarei sempre como mais da espiritualização, sem pretensão a ganhos pessoais, é de
uma maneira de contribuir para a segurança pública, sem uma enorme alegria”, afirma Moessan. ●
FOTO: ARNON GONÇALVES/SINPOL-DF

Cultos, atividades físicas, lazer, rodas de conversa e leitura compõe algumas das atividades que participam os alunos e líderes da Vinde Vida

DOAÇÕES

Para ajudar a Comunidade Terapêutica Vinde Vida, podem ser feitas doações de roupas, alimen-
tos e materiais de construção. Entre em contato e agende uma visita pelo telefone ou Whatsapp
do Moessan (61) 98442-2099

Doações em dinheiro por transferência ou depósito nas contas bancárias:


Banco do Brasil
Agência: 2901-7
Conta Corrente: 32.780-8
Banco BRB
Agência: 0078
Conta Corrente: 0780056574

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BEM-ESTAR

Conheça os tratamentos
FOTO: ARNON GONÇALVES/SINPOL-DF

fisioterápicos da Policlínica
Além de tratamentos específicos, policiais civis são orientados para
reeducação postural, com o objetivo de recuperação rápida e efetiva

Além de tratamentos específicos, policiais civis são orientados para reeducação postural, com o objetivo de recuperação rápida e efetiva

Entre os diversos problemas de saúde decorrentes da ativi- “As duas atividades [policial e esportiva] geram um desgas-
dade policial, estão os que afetam o sistema musculoesque- te acelerado da parte óssea e músculos. Por isso, ao menor
lético (articulações, coluna, pescoço e extremidades). Mas sinal de incômodo, os policiais devem procurar um orto-
para eles, contudo, a Policlínica da PCDF tem tratamentos pedista para serem diagnosticados e começarem os trata-
que se mostram altamente eficazes. Entre os tratamentos mentos fisioterapêuticos antes que o problema se agrave e
aplicados pelo Núcleo de Fisioterapia (Nufis), o que mais se torne irreversível”, alerta.
tem se destacado – principalmente pela procura por poli-
ciais – é o MDT, sigla para Método McKenzie de Diagnósti- O agente de polícia Francisco Lanna Guillen é um dos pa-
co e Terapia Mecânica (veja o infográfico). cientes que atestam a eficácia dos tratamentos oferecidos
na Policlínica. Ele iniciou as sessões há quatro anos, quan-
Quatro agentes de polícia que compõem o corpo clínico da
do foi diagnosticado com hérnia de disco nas vértebras
unidade especializaram-se no método: Samanta Rodrigues,
cervical e lombar. Por causa disso, ele quase abandonou o
Flávia Quintanilha, Flávia Danielle e Trícia Barroso. “Nossa
jiu-jitsu, que pratica há mais de 20 anos. “Eu havia come-
atuação é voltada para a reeducação postural e prevenção
çado os tratamentos em outras duas clínicas particulares e
do adoecimento musculoesquelético. Além dos atendi-
não obtive o resultado que queria. Aqui, por meio do mé-
mentos, são oferecidos projetos e palestras esclarecedoras
todo McKenzie, pude sentir as mudanças e, desde então,
sobre os principais acometimentos na saúde do servidor.
minha vida melhorou bastante; consigo trabalhar e fazer
O nosso objetivo é garantir aos policiais civis, ativos e apo-
atividade física normalmente”, assegura.
sentados, uma melhor qualidade de vida”, afirma a chefe do
Nufis, Samanta Rodrigues.
O relato de Carlos Alberto dos Santos, também agente de
polícia, corrobora a consideração do colega. Ele, no entan-
De acordo com Flávia, o núcleo recebe uma alta deman-
to, ficou impedido definitivamente de continuar nas artes
da de servidores com problemas de coluna, tanto na parte
marciais, após 20 anos de atividade, por causa de um pro-
lombar, cervical e torácica. Tratamentos de pós-cirúrgico
blema grave na cervical e na lombar. As dores pioraram até
em articulações como tornozelos, joelhos e ombros são co-
ele começar o tratamento, em 2013. “Embora, hoje, não
muns também, pois os policiais civis, segundo a especialis-
podendo mais praticar esportes, consigo fazer caminhadas
ta, são ativos na prática de esportes.

18 WWW.SINPOLDF.COM.BR | JANEIRO A MARÇO/2020


BEM-ESTAR
e exercer o meu trabalho de maneira mais saudável, sem
fortes dores”, afirma. “Agora, venho periodicamente à fisio-
terapia, além de aplicar, em casa, as orientações das fisio- SERVIÇO
terapeutas; a saúde do meu corpo melhorou consideravel-
mente”, confirma. Para iniciar os tratamentos no Nufis, os
policiais civis, ativos e aposentados, de-
Relato idêntico é feito pela agente de polícia aposentada Ju- vem primeiramente realizar uma con-
cimar Martins. Os últimos anos antes da aposentadoria, em sulta com um médico ortopedista, seja
2017, só foram suportáveis com as sessões. Além da hérnia da rede privada, pública ou da própria
na cervical e lombar, a policial civil também sentia fortes Policlínica. Com o diagnóstico em mãos,
dores nos quadris. “Tentamos diversos métodos e eu sen- o servidor pode marcar as sessões no en-
tia dores que tornavam a fisioterapia um horror. Quando dereço da Policlínica – Setor de Grandes
iniciamos o McKenzie, tudo mudou e meu corpo foi des- Áreas Sul (SGAS) 915, Asa Sul – ou por te-
travando aos poucos”, lembra. “Graças ao profissionalis- lefone (61) 3207-5858.
mo e dedicação das fisioterapeutas da Policlínica, hoje eu
consigo fazer Pilates, algo que sempre quis durante todo o
tratamento”, comemora. ●
FOTO: ARNON GONÇALVES/SINPOL-DF

FOTO: ARNON GONÇALVES/SINPOL-DF


Flávia Quintanilha, Trícia Barroso, Samanta Rodrigues e Flávia Atuação do Nufis é direcionada na especificidade
Danielle; agentes de polícia responsáveis pelas atividades fisiotera- das lesões que são típicas e consequentes da
pêuticas da Policlínica da PCDF atividade policial

Método McKenzie de Diagnóstico e Terapia Mecânica

O MDT foi desenvolvido pelo fisioterapeuta neozelandês Robin McKenzie, em 1981, e consiste em diagnosticar todas as
áreas do sistema musculoesquelético, revelando problemas nas articulações, músculo da coluna, pescoço ou extremida-
des. Profissionais treinados em MDT podem avaliar e diagnosticar pacientes dispensando, em muito casos, exames de
ressonância magnética e tomografia.

A Policlínica dispõe, ainda, de outros métodos de tratamento:


- Método Mulligan
- Fisioterapia Convencional (com a disposição da Termoterapia e Eletroterapia em laser, ondas curtas, ultrassom e infra-
vermelho)
- Fisioterapia para Disfunções Temporomandibulares (DTM),
- Kinesio Taping
- Cinesioterapia
- Reabilitação.

O Nufis também conta com o Pilates, que é aplicado por dois fisioterapeutas da Secretaria de Saúde do DF, Diego Ferreira
e Leandro Pinheiro.

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BEM-ESTAR

Estatística para cuidar


Policlínica desenvolve programa de prevenção a doenças mentais após pesquisa com
policiais da ativa e aposentados
Há muito se sabe do desgaste físico e mental que acomete RESISTÊNCIA
os policiais civis – não só por causa das peculiaridades da
A primeira iniciativa decorrente da pesquisa é o “Momento
função, mas também pela desvalorização do trabalho. Ape-
Mente e Psiqué”, que promove reuniões todas as terças, das
sar dos tabus que envolvem a depressão, o suicídio e a an-
9h às 11h, na própria Policlínica (é preciso ligar antes para
siedade, a saúde mental tem sido um assunto discutido de
confirmar a participação). Trata-se de um grupo de acolhi-
forma recorrente sob uma percepção construída a partir de
mento com a participação dos profissionais da unidade. A
alguns relatos e fatos trágicos. O que se ouve, nas unidades,
cada edição, um tema relacionado à saúde mental é discu-
é que “a polícia está doente”. Mas, como?
tido. O objetivo, de acordo com Clarice, é que os relatos ge-
rem empatia entre os participantes e, a partir disso, crie-se
A resposta para esta pergunta vem num estudo feito pela
uma rede de apoio.
Policlínica com o intuito de desenvolver um planejamento
para um amplo programa de saúde mental. Os dados foram Outros projetos estão sendo desenvolvidos e devem ser
coletados por três meses e vão nortear estratégias a curto, implantados nos próximos meses. O desafio, contudo, é
médio e longo prazo. A iniciativa está sendo conduzida pela quebrar a resistência que há com o acompanhamento psi-
psiquiatra Clarice Araújo, médica da Secretaria da Saúde quiátrico. A Policlínica faz o atendimento no âmbito da as-
cedida à Policlínica, e envolve outros médicos, psicólogos sistência psiquiátrica e em situações de crise. "Mas muitos
e assistentes sociais. associam a assistência à perícia. Ele têm medo de ficar com
alguma restrição ou até mesmo de encontrar algum colega
A pesquisa foi preenchida por 742 policiais, entre ativos e aqui nos corredores", explica Clarice.
aposentados. Destes, 311 apresentaram risco de ansieda-
Entretanto, o problema existe e precisa ser tratado. “Fala-se
de, depressão ou suicídio – causado, principalmente, pelos
muito da prevenção ao suicídio, mas isto não é algo fácil de
riscos da profissão (especialmente o estresse do plantão) e
se detectar. Nós sabemos que o problema existe, que aco-
problemas financeiros. Os dados apontaram, ainda, para a
mete parte da população mundial, mas ele é cercado por
necessidade de ações voltadas à prevenção ao uso abusivo
tabus. Com essa pesquisa, não queríamos apenas os dados,
de álcool. “Era um cenário que já esperávamos”, admite a
mas nós temos interesse no ser humano, em ajudá-lo; não é
psiquiatra. Confira mais dados no gráfico.
só estatística, é hora de cuidar”, afirma a psiquiatra.●

Uso nocivo de álcool Trabalho traz sofrimento Risco de ansiedade e Satisfação nas tarefas
depressão, com base em
Aposentados Aposentados oito critérios aferidos no Aposentados
questionário
Masculino 14% Masculino 10% Masculino 28%
Aposentados
Feminino 2% Feminino 18% Feminino 43%
Homens de 49 a 76 anos: 17%
Ativos Ativos Ativos
Mulheres de 44 a 70 anos: 42%
Masculino 20% Masculino 42% Masculino 58%
Ativos
Feminino 12% Feminino 40% Feminino 50%
Até 30 anos
Sente-se nervoso, tenso Nervoso/a ou preocupado/a Pensa em dar fim à vida
ou preocupado Homens: 29%
Aposentados Aposentados
Aposentados Mulheres: 53%
Masculino 49% Masculino 3%
Masculino 49% 31 a 35
Feminino 60% Feminino 11%
Feminino 60% Homens: 44%
Ativos Ativos
Ativos Mulheres: 50%
Masculino 76% Masculino 12%
Masculino 76% 36 a 40
Feminino 72% Feminino 12%
Feminino 72% Perdeu o interesse pelas Masculino: 47%
coisas Feminino: 48%
Dorme mal
Aposentados Aposentados 41 a 45
Masculino 46% Masculino 32% Masculino: 46%
Feminino 52% Feminino 47% Feminino: 56%
Ativos Ativos Acima de 45 anos:
Masculino 65% Masculino 55% Homens: 43%
Feminino 64% Feminino 45% Mulheres: 43% Saúde mental
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PLEITOS

O plano é ter assistência para todos


TCU coloca GDF contra a parede, que tenta resolver problema com Saúde e Educação
apostando em impossibilidade jurídica para a Segurança Pública
Thallys tem conduzido a proposta do Sinpol-DF nesse âm-
bito, dentro de um Grupo de Trabalho (GT) montado den-
tro da atual diretoria para fomentar as discussões junto à
administração da Polícia Civil, ao GDF, ao governo federal
e ao Congresso Nacional. O modelo defendido pelo sindi-
cato consiste na implantação de um sistema de saúde na
corporação 100% custeado pelo estado e que contemple os
policiais civis da ativa, seus dependentes e também os ina-
tivos e pensionistas.

Em um segundo momento, a ideia é possibilitar o aprimo-


ramento da Policlínica com oferta de mais especialidades e
Hospital da Segurança Pública deve funcionar onde, hoje, é o da vagas de atendimento. No cenário ideal, funcionaria como
PMDF; projeto encontra resistência na corporação
um plano de saúde empresarial, conforme explica Thallys.
Apesar da urgência no assunto, o debate sobre a (falta de) "Uma empresa como Amil, Unimed ou outra, forneceria
assistência à Saúde na PCDF, no âmbito institucional, não uma rede de serviços, previamente acordado com a Polí-
sai das conjecturas. O único agente a provocar a discussão, cia Civil, que entraria com a fiscalização e o pagamento dos
e tentar fazê-la avançar, nos últimos anos, é a atual gestão serviços, cobrados com valores per capta, ou seja, um valor
do Sinpol-DF. O plano do governador Ibaneis de implantar fixo por cada servidor, podendo, em último caso, haver uma
um Hospital da Segurança Pública, embora tenha ganhado co-participação", detalha o diretor.
corpo, ainda é cercado de polêmicas por enfrentar resistên-
cia, sobretudo, da PMDF – além disso, não está claro, até Já existem iniciativas semelhantes implantadas, como na
agora, como ele vai funcionar; sabe-se, apenas, que seguirá CLDF e na Câmara dos Deputados (em ambas, contudo,
o modelo já implantado em outros hospitais da rede públi- há coparticipação). Para o policial civil que lê este texto,
ca, atualmente geridos por Organizações Sociais (OS). provavelmente o modelo defendido pelo sindicato é, pra-
ticamente, a realização de um sonho. Mas esse pesadelo da
O que está evidente, contudo, é que o "PCSaúde" nem de realidade atual é que precisa acabar. ●
longe é suficiente para compensar a contratação de um pla-
no de saúde por conta do policial civil. Também não é no-
vidade alguma que cada vez mais policiais têm necessitado
de uma atenção maior à saúde. "A atividade policial debi-
lita a saúde física e mental, e termina por atingir financei-
ramente também, pois os planos de saúde para tratar dos
problemas causados pelo trabalho são caríssimos", pontua
QUANTO CADA CORPORAÇÃO RECEBE
Thallys Passos, diretor de Comunicação do Sinpol-DF. PARA INVESTIR NA SAÚDE DO SERVIDOR
(POR ANO)
Ele reconhece que a Policlínica tem melhorado no trabalho
preventivo, mas a passos lentos. O principal entrave para a
melhoria da assistência na unidade, com a ampliação das
especialidades atendidas, por exemplo, é financeiro – ain-
R$ 250 MILHÕES PMDF

da que a PCDF seja custeada pela mesma fonte da PMDF e


dos Bombeiros, há um disparate na quantidade de recursos
específicos para a saúde (veja no infográfico) destinados
R$ 160 MILHÕES BOMBEIROS
a cada força. "Temos uma grande quantidade de policiais
enfermos, psicológica e fisicamente, um déficit gigante de
profissionais da saúde na PCDF e uma lacuna jurídica e fi-
R$ 12 MILHÕES
PCDF
nanceira enorme nessa questão", acrescenta.

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ESPECIAL

Literalmente família policial


Três gerações de policiais civis constroem história de quase meio século na PCDF

FOTO: ARNON GONÇALVES/SINPOL-DF


A frente Naise, D. Dora e Renner. Ao fundo, Kelmon e Kelyn

Mãe, filha e netos. Marido e mulher. Irmã e irmão. Além dos Quando foi inaugurada a 20º DP, no Gama Oeste, o dele-
laços familiares, uma das características que une cada um gado-chefe da nova unidade a convidou para ir trabalhar
deles é a profissão – são todos policiais civis do Distrito Fe- lá – onde ficou na Seção de Apoio. Ao todo, foram 18 anos
deral –, uma história que começou com um concurso reali- de trabalho na PCDF, até se aposentar em 1990. “Eu fazia as
zado em 1970 por Doralice Pessoa Lopes. apurações e relatórios e, na época, não tinha computador
não. Era tudo na Olivetti e Remington (marcas de máqui-
Três anos depois, ela foi surpreendida com uma viatura nas de escrever)”, relembra dona Dora – como é conhecida.
em frente à sua casa. A confusão de não saber o que tinha “Eu gostava bastante do que fazia e ainda tenho saudades.
acontecido foi substituída pela alegria da surpresa: tinha Os colegas, e mesmo os superiores, me consideravam mui-
sido convocada para tomar posse e não sabia. Sem as facili- to. Foi bom demais”, assegura a policial sobre o tempo que
dades de comunicação de hoje e com a grande necessidade passou na instituição.
de servidores, os policiais precisaram dar a informação di-
retamente nas residências dos aprovados. MAIS QUE COLEGAS

Doralice correu para providenciar toda a documentação Antes da 14ª, quando ainda trabalhava na SSP, Doralice
e se apresentou no dia seguinte. Inicialmente, ela atuou passou a ter como colega Naise Aparecida Lopes, uma jo-
como escriturária na Secretaria de Segurança Pública (SSP). vem de 20 anos que ela conhecia de longas datas – desde o
Anos depois, ainda em razão do baixo efetivo, houve uma ventre, na verdade. Mãe e filha, uma lotada na Divisão de
reclassificação de cargo e ela se tornou agente de polícia. Pessoal e outra no Financeiro da secretaria, iam até traba-
Primeiro, ela passou pela Academia de Polícia Civil (APC) e, lhar no mesmo ônibus. “Ela viu que eu estava muito bem,
em seguida, foi lotada na antiga Seção de Acidente de Veí- tinha boas amizades, que era um lugar bom de trabalhar,
culo (SAV) da 14ª DP, região central do Gama. aí resolveu entrar também”, brinca Dora sobre a decisão da
filha de também se tornar policial civil.

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FOTOS: ARQUIVO PESSOAL
Naise entrou na PCDF em janeiro de 1978, como papilosco-
pista. Depois da lotação da SSP, trabalhou também no Ins-
tituto de Identificação (II) e no gabinete da Direção Geral.
Nesse meio tempo, fez um novo concurso e, em 2001, to-
mou posse como perita criminal. Seis anos antes, em uma
festa da categoria em 1995, conheceu Renner Camargos
Mesquita, seu futuro marido.

O terceiro policial civil da família ingressou na instituição


em 1990. Lotado inicialmente na 20ª DP, o agente de polícia
também atuou na 33ª, em Santa Maria, na 1ª, Asa Sul, além
do DPT e Policlínica. Sobre o casamento com Naise, Renner
conta que foi muito fácil. “Como já está naquele meio, você
já conhece as facilidades e dificuldades do dia-a-dia, já tem
uma certa visão do que é a vida de policial e isso facilita o
convívio”, revela o agente aposentado.

CARREIRA Há quase 50 anos, D. Dora iniciou uma história onde família e polícia
são sinônimos

Sobre a escolha da carreira, Naise explica que não foi mera mento é compartilhado pelo irmão, Kelmon Lopes Pontes,
coincidência. “Sempre tive muito orgulho da mamãe, das o mais recente policial civil da família – nomeado em 2016.
coisas que ela fazia”, relata. “Ela foi uma pessoa que traba-
lhou muito na vida, muito guerreira. Em tudo, ela é um or- “Eu sempre tive muita vontade de ser policial, mas, inicial-
gulho e um exemplo para todos nós”, conta a filha. O que, mente, preferi trabalhar em outra área do que ter que lidar
na época, ela ainda não sabia é que também seria exemplo com a longa preparação que um concurso tão difícil, como
para a geração seguinte. o da PCDF, exige”, admite Kelmon. “Mas, depois de um tem-
po, você vai amadurecendo e percebe que é a hora”, acres-
“A gente acompanha a vida diária delas, sempre batalhan- centa o agente de polícia, que, desde a posse, é lotado na
do, e acaba que isso influencia na nossa vida também”, afir- 20º DP. “Era uma delegacia que eu tinha muita vontade de
ma Kelyn Lopes Pontes, filha de Deise, neta de Dora. Ela trabalhar, até porque minha avó foi uma das pessoas que a
entrou na instituição em agosto de 1999, no cargo de agen- inaugurou”, justifica.
te penitenciário – atual agente policial custódia. Ao longo
desses 20 anos, trabalhou na Penitenciária Feminina, onde “Estou aí há três anos e, apesar das dificuldades que a gen-
está lotada hoje, e também na Corregedoria da Secretaria te tem, muito orgulhoso mesmo do trabalho que eu faço”,
de Justiça, na Divisão de Operações Aéreas (DOA), e nas 3ª afirma o irmão de Kelyn. “Falta gente, falta estrutura, mas
(Cruzeiro) e 14ª DPs. o trabalho em si é muito gratificante”, coloca o enteado de
Renner. “Eu sou realizado com a minha profissão”, assegura
“Minha história na Polícia, na verdade, começou bem mais o filho de Naise. “Não saio de casa me lamentando porque
cedo. Eu devia ter uns oitos anos e na abertura do Jogos vou ter que trabalhar, eu saio com vontade de fazer meu
Olímpicos da Segurança Pública, fui com a plaquinha da trabalho”, finaliza o neto da Dona Dora. ●
20ª DP, representando a Polícia Civil”, relembra Kelyn, que
revela, ainda, que várias vezes acompanhou a avó e mãe no
trabalho. “Isso influencia bastante e a gente segue os cami-
nhos”, acrescenta.
Infelizmente, Doralice faleceu no último dia 18 de janeiro,
ORGULHO em razão de problemas cardíacos – alguns meses depois
da entrevista para a Revista Sinpol-DF. O sindicato lamenta
“Nós temos muita história na Polícia e, graças a Deus, onde sua partida e, em nome de toda a categoria, reverencia sua
eu passo só escuto elogios. O pessoal fala de saudade e com história, seu exemplo, sua vida.
boas recordações. Não teve nenhum fato que desabonasse
a conduta da família”, orgulha-se Kelyn. O mesmo senti-

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APOSENTADOS

Aposentados em foco
Confira a galeria de fotos com as principais ações promovidas pela diretoria de Assuntos de Aposentados e Pensionistas
FOTOS: ARNON GONÇALVES/ LUCAS C. RIBEIRO/ HELOISA ABREU / DAVID JORDAN / ARQUIVO PESSOAL

Café da Manhã oferecido aos aposentados no Sinpolzinho

Quando foi fundada, a unidade do Sinpol-DF em Tagua- ções artísticas, lançamentos de livros e diversos encontros
tinga, o Sinpolzinho, tinha como objetivo facilitar o acesso e confraternizações são frequentemente promovidos no
dos moradores das zonas Oeste e Sul do Distrito Federal local.
aos serviços básicos oferecidos pela entidade. Nos últimos
anos, no entanto, o local se tornou um grande espaço de Graças aos esforços da diretoria de Assuntos de Aposenta-
socialização dos policiais civis, que têm lá a oportunidade
dos e Pensionistas, inúmeros policiais, sobretudo os mais
de ocupar o tempo livre com uma série de atividades pen-
velhos, que estavam afastados do convívio com os colegas
sadas para promoção da saúde – física e mental –, do co-
foram resgatados e, hoje, participam ativamente das inicia-
nhecimento e do bem-estar.
tivas promovidas no local. Isso ocorre por meio do projeto
“Sinpol em Casa”, que homenageia aposentados em visitas
Inglês; Português; Informática; Fotografia; Artesanato;
Dança de Salão; Violão; Treinamento Funcional, Pilates no realizadas por diretores do sindicato e uma série de poli-
solo e Pilates em aparelhos. Todos esses cursos estão dis- ciais civis voluntários.
poníveis atualmente ou já foram ofertados no Sinpolzinho.
Além das aulas, o Sinpol-DF em Taguatinga, também é uti- Na galeria a seguir, você confere um pouco do que o sin-
lizado como um espaço de convivência – bazares, exposi- dicato realizou nos últimos anos através do Sinpolzinho. ●

Entrega dos brinquedos arrecadados durante a campanha “Faça uma Criança Feliz” Visita do “Sinpol em Casa” ao agente de polícia aposentado Antônio Carlos Ribeiro
à Creche Tia Tatá, na Cidade Estrutural Torres, conhecido por “Torres”

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Visita do “Sinpol em Casa” ao escrivão aposentado Ailton Ferreira

Nos últimos anos, o Sinpolzinho passou a contar com turmas de Dança de Salão

Visita do “Sinpol em Casa” à agente de polícia aposentada Dinorá Vilela

Visita do “Sinpol em Casa” à primeira policial civil do DF, Ameluiza Leal dos Reis

Curso de informática ministrado pelo agente de polícia aposentado João Machado


Costa, conhecido por “Costinha”

Visita do “Sinpol em Casa” ao agente de polícia aposentado Waldivino Ferreira

Visita do “Sinpol em Casa” ao gebiano Eduardo Xavier, conhecido por Xaxá

Visita do “Sinpol em Casa” à agente de polícia aposentada Márcia Pimentel

Seresta de Natal para o encerramento do ano letivo dos cursos do Sinpolznho Bazar “Novo, de novo”, realizado em três edições apenas em 2019

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Aula de violão no Sinpolzinho com o músico Sérgio Damião Reunião no Sinpolzinho para atualização dos aposentados das zonas Oeste e Sul

Estúdio de Pilates no Sinpolzinho montado em parceria com a Vertical Pilates Treina-


mento Esportivo Reunião para atualização dos aposentados do Gama, Santa Maria e regiões adjacentes

Lançamento da coletânea “Toda a Poesia Vol. II”, que tem entre os autores o agente de
polícia aposentado Jorge Luiz Teixeira, conhecido como “Montanha” Reunião para atualização dos aposentados de Sobradinho, Planaltina e regiões próximas

Mais recentemente, a filial em Taguatinga passou a oferecer um curso de Português


para Concursos

Visita do “Sinpol em Casa” ao gebiano Leci Coutinho da Chaga

Visita do “Sinpol em Casa” ao gebiano Orlando de Alencar Viana Visita do “Sinpol em Casa” ao gebiano Francisco Alves Xavier

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Há quase seis anos, Sinpolzinho oferece, entre as diversas atividades, aulas de Desde 2015, Sinpolzinho mantém parceria com a UnB Idiomas para turmas
Pilates Solo do Curso de Inglês

Visita do “Sinpol em Casa” ao gebiano Alvino Oliveira

Palestra “O Poder da Ação”, da agente de polícia aposentada e mastercoach


Viviane Sampaio

Entrega dos brinquedos arrecadados durante a campanha “Faça uma


Criança Feliz” à Creche Tia Tatá, na Cidade Estrutural

Visita do “Sinpol em Casa” ao agente de polícia aposentado Alexandre


Brione Borges

Visita do “Sinpol em Casa” ao agente de polícia aposentado José Roberto Aula de artesanato permite criação de peças, complementação da renda
Gonçalves e exercício terapêutico

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Chegou a hora
da vida ganhar novos capítulos, repletos de histórias
emocionantes, novos desafios e muitas conquistas!
Lista de aposentados do período
Vilmondes Geraldo Borges - Agente de Polícia
ABRIL/2019
Wilmar de Assunção e Silva - Escrivão de Polícia
Adelaide da Rocha Gramacho - Agente Policial de Custódia
Wilmar Vitalino Damasio - Agente de Polícia
Adelson Silva Moita - Agente de Polícia
Adriana Marques de Sousa Nunes Ferreira - Agente de Polícia
Arilza Cristiana Silva Cavalcante - Agente Policial de Custódia JUNHO/2019
Aurio Solon de Oliveira Souza - Perito Papiloscopista Anaeno dos Santos Xavier - Agente de Polícia
Biomar Ribeiro da Silva - Escrivão de Polícia Andrea Freire Pereira - Perita Papiloscopista
Caroline Maria Soares Ribeiro Alcântara - Escrivã de Polícia Aparecida Conceição G. de Oliveira - Perita Papiloscopista
Celso Pereira da Silva - Agente de Polícia Ateliene Cristina do Nascimento Melo Figueiredo - Agente de Polícia
Eduardo Luiz Dantas da Costa - Perito Médico-Legista Cátia de Andrade Buono - Agente de Polícia
Fabio Machado da Silva - Agente de Polícia Cláudia Custódio dos S. Brilhante - Agente de Polícia
Francisco Porfírio da Silva - Perito Papiloscopista Edílio Micheletto da Cunha - Agente de Polícia
Gilmar Pereira Lima - Agente de Polícia Edson Mateus de Freitas - Agente de Polícia
Humberto Araújo da Fonseca Junior - Agente de Polícia Enilson Valério Paixão - Agente de Polícia
Ivana Ahmad Cerqueira Soares - Agente de Polícia Francisco Carlos Ferreira - Agente de Polícia
Janete Aparecida Roque de Almeida - Agente de Polícia Gildenou Valentim Martins - Agente de Polícia
Joaquim Cardoso Filho - Agente de Polícia Hugo de Souza Klein - Agente de Polícia
José Aldo Câmara de Oliveira - Agente de Polícia Ildeu Luzio - Agente de Polícia
Josue Claudino Silva - Agente de Polícia José da Rocha - Agente de Polícia
Luciana Alencar Heringer - Agente de Polícia José Luis Rodrigues Abadia - Agente de Polícia
Luciane Gomes Lobato Mattos - Agente Policial de Custódia José Ribamar Dantas dos Reis - Escrivão de Polícia
Luiz Almada Balbino - Agente de Polícia José Soares da Silva - Agente de Polícia
Nadia Issmail Mohsen - Agente de Polícia Juscelino de Araújo - Perito Criminal
Paulo Alexandre Sad Tanus - Agente de Polícia Kelly Cristina Ferreira Lima - Agente Policial de Custódia
Rawff Willyams Gentil Almeida - Agente de Polícia Kleber Fidelis Godinho - Agente de Polícia
Regina Cláudia de Azevedo Coriolano - Agente de Polícia Laércio Ricardo Tiveron - Agente de Polícia
Vanusa Ribeiro dos Santos - Agente de Polícia Lúcia Helena Teixeira - Agente de Polícia
Watson Fonseca da Cunha - Agente de Polícia Luis Carlos Torezani - Agente de Polícia
Luiz Basto Oliveira - Agente de Polícia
MAIO/2019
Luzia Garcez Gomes - Agente de Polícia
Adelson Soares de Farias - Agente de Polícia
Márcia Gomes Bessa - Agente de Polícia
Adilson Chelles Marins - Agente de Polícia
Marco José Galeno - Agente de Polícia
Alexandre Rocha dos Santos - Agente de Polícia
Marineide Ferreira de Azevedo - Agente de Polícia
André Márcio Conti - Agente de Polícia
Maurílio José Pereira Silva - Agente de Polícia
Antônio Gaspar Lima Santos - Agente de Polícia
Ricardo César Frade Nogueira - Perito Médico-Legista
Berenice Ramos da Silva Mohammed - Agente Policial de Custódia
Ricardo Lívio Barros de Paula - Agente de Polícia
Carlos Ferreira da Silva - Perito Papiloscopista
Takane Kiyotsuka do Nascimento - Agente de Polícia
Cristiane Araujo de Santana - Agente Policial de Custódia
Takane Kiyotsuka do Nascimento - Agente de Polícia
Denilson Pereira Luchina - Agente de Polícia
Teylon Costa Coelho Agente de - Polícia
Durval Brito de Sousa - Agente de Polícia
Valdemar Pereira de Souza - Agente de Polícia
Eliel Elias de Paula - Perito Papiloscopista
Vanusa Rodrigues - Agente de Polícia
Eliel Flores Roriz Junior - Agente Policial de Custódia
Vicente Bernardino B. da Silva - Agente de Polícia
Fábio Brongar de Castro - Agente de Polícia
Watson Magela de M. Gonçalves - Agente de Polícia
Fernanda Farias Castro - Agente de Polícia
Wirley Silva - Agente de Polícia
Flávio Alves Cardoso - Agente de Polícia
Wolney Cavalcante Costa - Agente de Polícia
Gelmo Soares Pereira de Andrade - Agente de Polícia
Gerson Elson Barbosa de Oliveira - Agente de Polícia
Gilberto Uchoa de Oliveira - Agente de Polícia JULHO/2019
Gilvan Soares Mascarenhas - Agente Policial de Custódia Almir Ribeiro Júnior - Agente de Polícia
Giulieny Alves de Matos Bessa - Agente Policial de Custódia Antônio Milton Alves - Agente de Polícia
Helcio Ribeiro Vieira - Agente de Polícia Benedito Braga Júnior - Agente de Polícia
Jair Rosa Portella - Escrivão de Polícia Carlos Antônio França - Agente de Polícia
Julio Cesar da Cunha Melo - Agente de Polícia Cícero Sérgio Freitas Gonçalves - Agente de Polícia
Jurema Aparecida Pereira de Morais - Perita Papiloscopista Denis Amorim - Agente de Polícia
Luiz Flávio Franco Silva - Agente de Polícia Edimar Gomes Magalhães - Agente de Polícia
Luiz Menezes Azevedo - Agente de Polícia Emiliano Batista da Silva Júnior - Agente de Polícia
Marcelo Motta de Pinho - Agente de Polícia Jailton Moreira de Paiva - Agente de Polícia
Marcos Fernandes - Agente de Polícia José Wilson de Queiroz - Agente de Polícia
Moessan Alves Almeida - Agente de Polícia Leonardo Prates Beltrão - Agente Policial de Custódia
Tatiana Silva de Oliveira - Agente de Polícia Marbio Ribeiro da Silva - Escrivão de Polícia
Valter Botelho Filho - Agente de Polícia Marcos Valério Firmino dos Santos - Agente de Polícia
Vander Rodrigues de Souza - Agente de Polícia Oclísia Gomes Santos - Agente Policial de Custódia
Vargas Oliveira Rodrigues - Agente de Polícia Paulo César de Souza - Agente de Polícia

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Paulo César Ramos Moreira - Agente de Polícia Marlon Pires de Carvalho - Agente de Polícia
Renato Lemos Naiff - Agente de Polícia Paulo Roberto dos Reis Chagas - Perito Papiloscopista
Ricardo Augusto de Moraes Santos - Agente de Polícia Sandra Cristina Ribeiro - Agente de Polícia
Ricardo Nascimento Lima - Agente de Polícia Siber Machado Bueno - Perito Criminal
Roberto Carlos Teixeira da Silva - Agente de Polícia Wanderley Santos Nascimento - Agente de Polícia
Venilton de Siqueira - Agente de Polícia
Wellington Gomes da Luz - Agente de Polícia OUTUBRO/2019
Ailton de Queiroz Pereira - Agente de Polícia
AGOSTO/2019 Andrea Diniz Silvério - Agente Policial de Custódia
Adailton Marques da Silva - Agente de Polícia Antônio Alberto Sá Farias - Agente de Polícia
Alline Campos - Agente de Polícia Antônio Carlos de Araújo - Perito Papiloscopista
Angela Alves de Araújo - Agente de Polícia Arnaldo Carlos da Silva Neto - Agente Policial de Custódia
Anor Maurício Souza de Andrade - Agente de Polícia Divino da Silva de Barcelos - Agente de Polícia
Antônio Machado dos Santos Júnior - Agente de Polícia Edezione Francisco de Sousa - Agente de Polícia
Carlos Eduardo Avelar da Conceição - Escrivão de Polícia Edson de Souza Barbosa - Agente de Polícia
Carlos Eduardo Rocha de Lima - Agente de Polícia Eliane Frota de Oliveira - Agente de Polícia
Celso Mizuno - Perito Criminal Eloi Fernandes Maranhão - Perito Papiloscopista
Celso Santos Araújo - Agente de Polícia Fabíola Cruz de Sousa Maciel - Perita Papiloscopista
Claudoaldo de Lima Militão - Agente de Polícia Francinaldo Freire de Mendonça - Agente de Polícia
Edson Batista de Araújo - Agente Policial de Custódia Francisco Alcides Borges de Macêdo - Agente de Polícia
Eduardo Garcia Campos de Araújo - Agente de Polícia Francisco Martins Rocha Neto - Agente de Polícia
Flávio de Oliveira Ribeiro - Perito Papiloscopista Genival Rodrigues Maia - Agente de Polícia
Flavio Fernando de Godoy Martins - Agente de Polícia Herberth dos Santos de Alencar Bezerra - Agente de Polícia
Gilberto Ferreira Filho - Agente de Polícia Humberto de Farias Soares - Perito Papiloscopista
Hamilton Meneses de Carvalho - Agente de Polícia Ivaldo Marques Teixeira - Agente de Polícia
Henrique Augusto Teló Bueno - Agente Policial de Custódia João Bosco Frajorge - Agente de Polícia
Ivone Torres Lima - Agente Policial de Custódia Josimar Martins Costa - Agente de Polícia
John Milton R. Menezes da Costa - Agente de Polícia Josiney Varela de Almeida - Escrivão de Polícia
Jorge Luiz de Carvalho - Agente de Polícia Kleyce Oliveira Silva - Agente Policial de Custódia
José Américo F. Monferrari - Agente de Polícia Leila Regina Monteiro Fernandes - Agente de Polícia
José Pedro de Mendonça Gomes - Agente de Polícia Leonardo César Mendes Reis - Perito Papiloscopista
José Wilson Póvoa Ribeiro - Agente de Polícia Leondas Vieira de Brito - Agente de Polícia
Júlio Cezar Mamédio Rezende - Agente Policial de Custódia Lúcio José dos Anjos - Agente de Polícia
Ludio Franck Queiroz Saraiva - Agente de Polícia Luzia Marinho de Sousa - Agente de Polícia
Luiz Carlos Ribeiro Silva - Agente Policial de Custódia Marco Antonio Fonseca - Agente de Polícia
Luzia de Oliveira Almeida - Agente de Polícia Marcos Antônio Lopes - Agente de Polícia
Marco Antônio Lopes Dos Santos - Agente de Polícia Marcos Antônio Martins da Silva - Perito Criminal
Marcus Vaz Cardozo - Agente de Polícia Mario Marcos Peres Gramacho - Agente de Polícia
Maria de Lourdes Fortuna Sampaio - Escrivã de Polícia Marlon Francisco de Oliveira - Agente de Polícia
Maria Suani Alves da Silva - Escrivã de Polícia Marta Regina de V. De Oliveira - Agente de Polícia
Nilson Machado da Silva - Agente de Polícia Maurílio Valério da Silva - Agente de Polícia
Overland Moreira de Paiva - Agente de Polícia Paulo Divino Maximiniano - Agente de Polícia
Pedro Paulo Barbosa Gama - Perito Criminal Ricardo de Morais - Agente de Polícia
Ramirez Gebrim Teixeira - Agente Policial de Custódia Robson Alexandre Machado - Perito Papiloscopista
Raniere Jair de Sousa Santos - Agente de Polícia Rogéria Oliveira dos Santos - Agente de Polícia
Raul Pithon Barretto Neto - Perito Criminal Rogério Monteiro de Oliveira - Perito Papiloscopista
Rogério Peres Torres - Agente de Polícia Washington Ibrahim de Farias - Agente de Polícia
Sandra Paulina da Silva - Agente de Polícia
Sandro Pereira do Nascimento - Agente Policial de Custódia NOVEMBRO/2019
Saulo Fontana Silva - Agente de Polícia Andrea Rodrigues da Silva - Agente de Polícia
Sinval Teixeira da Silva - Agente de Polícia Atos Gomes de Araújo - Agente de Polícia
Soraya Ribeiro Benquerer - Agente de Polícia Auri Marcos De Lima Brito - Agente de Polícia
Valter José Fae Júnior - Agente de Polícia Dilson José de Almeida - Agente de Polícia
Edson Paulo Lopes dos Santos - Perito Papiloscopista
SETEMBRO/2019
Elcimar Lustosa Soares - Agente de Polícia
Ademir Luiz Heinle - Agente de Polícia
Hilton Assis de Oliveira - Perito Papiloscopista
Alexandre de Souza Júnior - Escrivão de Polícia
João Batista Miranda dos Santos - Agente de Polícia
Alfredo Nasser Lamar Assis - Agente de Polícia
Maurício Gomes Antunes - Perito Papiloscopista
Benjamin Carneiro Teixeira - Agente de Polícia
Mendelson Peixoto Seraine - Agente Policial de Custódia
Cássio da Consolação Alves da Silva - Agente de Polícia
Roberto José Bussolaro - Agente Policial de Custódia
Elton Damasceno dos Santos - Agente de Polícia
Valdelon Bersan dos Reis - Agente de Polícia
Emerson Antônio Cardoso Bernardes - Agente de Polícia
Wesley Araújo de Ponte - Agente de Polícia
Emerson Takaharu Watanabe - Agente de Polícia
Francisco Silvestre Andrade e Silva - Agente de Polícia
Jabes de Lima Ricardo - Perito Criminal
DEZEMBRO/2019
Alexon Amaro de Oliveira - Agente de Polícia
Jaime de Melo Alvares - Agente de Polícia
André Luís Ribeiro de Medeiros - Perito Criminal
Jefferson Batista de Melo - Agente de Polícia
Marcelo Moura de Souza - Agente de Polícia
José Luiz dos Santos de Oliveira - Escrivão de Polícia
Wagner Lyra dos Santos - Agente de Polícia
Juliana de Santana Brito da Fonseca - Agente de Polícia
Luiz Roberto Vieira - Agente Policial de Custódia
Marcelo Ferreira Alves - Agente de Polícia
Márcio Roberto Saraiva Lima - Agente de Polícia
Marcos César Rodrigues - Agente de Polícia

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CONVÊNIOS

Novos convênios
O Sinpol-DF oferece aos filiados o acesso a diversos serviços com preços especiais. Veja abaixo a lista dos últimos
convênios firmados pela atual diretoria, que está sempre em busca de convênios com vantagens aos sindicalizados.
Todos as empresas conveniadas ao sindicato podem ser consultadas em www.sinpoldf.com.br/convenios.

CLÍNICA VETERINÁRIA
MIAU.CÃO CRECHE CIRANDA
(61) 99551-6599
(61) 3401-1134
3385-4830

FR - FACULDADE
ESMA-DF - ESCOLA
REAL
DE MAGISTRATURA
(61) 4104-5606
(61) 3103-6854
99439-7496

ANANDAH -
INSTITUTO DE DANÇA CCAA - INGLÊS E
(61) 3046-1890
ESPANHOL
(61) 3326-0120
98106-5501

FATEO - FACULDADE
DE TEOLOGIA DA
DENTE IN FOCO –
ARQUIDIOCESE DE
ODONTOLOGIA
BRASÍLIA
(61) 3257-5486
(61) 3345-0102

SIGA - CLÍNICA
SBCO - CLÍNICA ODONTOLÓGICA
ODONTOLÓGICA
(61) 3964-3434
(61) 3581-8616
3964-1616

SER HUMANO -
CENTRO MÉDICO
ÓTICAS SIMONE ESPECIALIZADO
(61) 3388-2518 (61) 3257-7729
98385-0305

30 WWW.SINPOLDF.COM.BR | JANEIRO A MARÇO/2020


CONVÊNIOS

DIGIDOC 3D - 3D ROBRÁS -
DIAGNÓSTICO DIAGNÓSTICO
ODONTOLÓGICO ODONTOLÓGICO
(61) 3030-5490 (61) 3030-5800
99619-2026 99331-1540

FENELON -
DIAGNÓSTICO ODONTOLOGIA CH
ODONTOLÓGICO
(61) 3081-0010
(61) 3030-5400
99619-2026

ACADEMIA RUNWAY - LABOR LENTES


ÁGUAS CLARAS - LABORATÓRIO
(61) 3435-9000 ÓPTICO

LAGO NORTE - 3964-3030 (61) 3353-0003

SUDOESTE - 3342-5000

ESTÂNCIA ORTOTRAUMA
RESILIÊNCIA - ORTOPEDIA
- CENTRO DE E MEDICINA
REABILITAÇÃO ESPECIALIZADA
PSICOSSOCIAL
(61) 3351-8446
(61) 3703-2992

UNIVERSIDADE
CRISTHIANE CATÓLICA DE
GICO SAÚDE
INTEGRAL - SPA BRASÍLIA - UCB
TAGUATINGA -
(61) 3346-8550
(61) 3356-9000
99879-1060
ASA NORTE - 3448-7116

SAÚDE CLÍNICAS
FARMÁCIA INTEGRADAS -
NUTRIFLORA PSICOLOGIA
(61) 3346-8730
(61) 99977-7266

FRED MATTEI
- CHAVEIRO ÚNICA EXAMES
AUTOMOTIVO
(61) 3345-8782
(61) 3362-7342
99650-1038
99985-4627

IDENTITÀ - GTR NIPPON -


PSICOLOGIA E LANTERNAGEM E
DESENVOLVIMENTO PINTURA
HUMANO (61) 3036-7700
(61) 99220-8877 98102-3456

WWW.SINPOLDF.COM.BR | JANEIRO A MARÇO/2020 31

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