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Proposta de normalização para Madeira Laminada


MADEIRA Colada (MLC)
arquitetura
e engenharia Maximiliano dos Anjos Azambuja, Universidade de São Paulo, Escola de Engenharia de
São Carlos, Área Interunidades em Ciência e Engenharia de Materiais, São Carlos, SP. E-
mail: azambuja@sc.usp.br
Marcelo Rodrigo Carreira e Antonio Alves Dias, Universidade de São Paulo, Escola de
nº 13 artigo 1 Engenharia de São Carlos, Departamento de Engenharia de Estruturas, São Carlos, SP.
E-mail: dias@sc.usp.br e m_carreira@yahoo.com.br
Juliano Fiorelli, Unesp, Unidade Diferenciada de Dracena, Dracena, SP. E-mail:
fiorelli@dracena.unesp.br
Edgar Vladimiro Mantilla Carrasco e Renata de Souza Duarte, Universidade Federal de
Minas Gerais, Escola de Engenharia, Departamento de Engenharia de Estruturas, Belo
Horizonte, MG. E-mail: mantilla@dees.ufmg.br e Renatasduarte@yahoo.com.br
Gustavo Lacerda Dias, Carlos Alberto Szücs e Ângela Valle, Universidade federal de
Santa Catarina, Grupo Interdisciplinar de Estudos da Madeira, Florianópolis, SC. E-mail:
ecv3gld@ecv.ufsc.br , szucs@ecv.ufsc.br e angeladovallle@ecv.ufsc.br

Resumo: O presente trabalho apresenta uma proposição de norma para o tema Madeira
laminada colada (MLC), para o processo de revisão da NBR 7190:1997 - Projeto de Estruturas
de Madeira. Foi realizado com base na experiência de trabalhos desenvolvidos na UFMG,
UFSC e LaMEM/EESC/USP, assim como, consulta realizada a publicações nacionais,
internacionais e ao setor empresarial ligado a insumos, fabricação e dimensionamento de
peças estruturais em Madeira Laminada Colada (MLC).

Palavras-chave: Madeira laminada colada, MLC.

Abstract: The aim of this work is a norm proposition for the theme glued laminated timber
structures (GLULAM), for the revision process of the Brazilian Code NBR 7190/97 “Design of
the timber structures”. It was carried out base on the experience of works developed in UFMG,
UFSC and LaMEM/EESC/USP as well as consultation national and international publications
and to the managerial section linked to inputs, production and dimensional tolerances to timber
structures in glued laminated timber structures.

Keywords: Glued laminated timber, GLULAM.

MADEIRA: arquitetura e engenharia, quadrimestral, maio a agosto, 2004, ISSN 1806-6097


1- Madeira Laminada Colada (MLC)

1.1- Definição

Entende-se por Madeira Laminada Colada (MLC) para fins estruturais, peças de madeira,
reconstituída em processo industrializado de fabricação, composta de tábuas de dimensões
relativamente reduzidas se comparadas às dimensões da peça final, coladas umas às outras e
dispostas com as fibras paralelas ao eixo longitudinal da peça final.

1.1.1- Composição

Na produção das lâminas, as tábuas são unidas longitudinalmente por ligação de extremidade
com extremidade, até se atingir o comprimento necessário para a composição da peça final.

Na produção das peças, as lâminas são sobrepostas até atingir a seção transversal
determinada no dimensionamento da peça estrutural. As peças compostas sob a técnica da
MLC podem ter formato reto ou curvo.

1.2- Densidade da madeira

Para a composição de peças estruturais de MLC, devem ser empregadas espécies com
densidade aparente compreendida entre 0,40 e 0,75g/cm3, relativo a um teor de umidade de
12%. Para madeiras nessa condição de teor de umidade, com densidade superior a 0,75g/cm3,
deve ser feita uma avaliação criteriosa do comportamento das juntas coladas.

Deve ser evitada a composição com espécies diferentes, ou que apresentem diferentes
coeficientes de retração. No entanto, se isto ocorrer, deve ser solicitado a um laboratório
idôneo, tanto a comprovação da eficiência do comportamento mecânico como a não ocorrência
de delaminação ao longo do tempo.

1.3- Tratamento preservativo

As tábuas empregadas no processo de fabricação de peças de MLC devem ser tratadas com
produtos que garantam durabilidade e proteção biológica, sem prejuízo à aderência da cola. O
tratamento preservativo também pode ser realizado após a fabricação das peças de MLC,
desde que não provoque alterações nas juntas coladas.

1.4- Teor de umidade das lâminas

No processo de secagem, deve-se procurar a homogeneização do teor de umidade do lote de


tábuas.

Visando evitar a ocorrência de defeitos prejudiciais à colagem, devido a alterações no teor de


umidade das tábuas, o processo de composição das peças deve iniciar no menor tempo
possível, após a secagem e estabilização do teor de umidade do lote a ser utilizado.

No momento da colagem, as tábuas empregadas no processo de fabricação da MLC deverão


estar secas e com no máximo 18% de teor de umidade, não sendo permitida variação superior
a 5% entre lâminas adjacentes.

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1.5- Características dimensionais das lâminas

Na composição longitudinal das lâminas, cada tábua deverá ter comprimento superior a 100cm
e espessura que permita uma dimensão máxima de 5cm quando do acabamento final da
lâmina.

Deve-se observar ainda que a área da seção transversal de cada lâmina não exceda 60cm2
para madeira de densidade igual ou inferior a 0,50g/cm3 ou 40cm2 para madeira de densidade
superior a 0,50g/cm3, evitando-se nos dois casos, largura final superior a 20cm.

1.6- Classificação das lâminas

O lote de madeira, do qual serão produzidas as tábuas, deverá passar pelo enquadramento
nas classes de resistência definidas nesta norma. As tábuas que comporão as lâminas deverão
passar ainda por uma classificação visual seguida de uma classificação pelo módulo de
elasticidade.

1.6.1- Classificação Visual

A classificação visual poderá ser a olho nu, com auxílio de instrumentos de aumento de
imagem, ou ainda, equipamentos de imagem e sensores em processo informatizado.

1.6.1.1- Quanto aos nós e grã.

Na composição das lâminas, deverão ser utilizadas tábuas que apresentem nó que ocupe
menos de ¼ de sua seção transversal final, medula que ocupe menos de 1/6 de sua largura
final e inclinação das fibras inferior a 6°. Só deverão ser aceitas rachaduras longitudinais e que
tenham extensão inferior a 30cm.

Tábuas que atendam as recomendações do parágrafo anterior, mas que possuam nós que
ocupem mais de ¼ de sua seção transversal final, poderão ser selecionadas, mas deverão ter
esses nós eliminados e substituídos por ligação de continuidade, atendidas as disposições do
item 1.5 desta norma.

1.6.1.2- Quanto aos anéis de crescimento

No caso de espécies de crescimento rápido, deverão ser selecionadas apenas as tábuas que
apresentem no mínimo 3 anéis de crescimento em 2,5cm, medido em uma direção radial
representativa.

1.6.2- Classificação pelo Módulo de Elasticidade

As tábuas que comporão as lâminas deverão passar por uma classificação mecânica prévia,
não destrutiva, para a determinação do módulo de elasticidade na flexão (EM) que deverá ser
considerado como de referência para o processo de composição das peças.

Essa classificação permitirá agrupar um sub-lote superior com tábuas de EM acima da média
representativa das tábuas da espécie empregada e um sub-lote inferior com tábuas de EM
abaixo dessa média.

Esse módulo de elasticidade médio na flexão, a ser considerado como representativo do lote
de tábuas da espécie a ser utilizada deverá ser obtido do ensaio preliminar de 12 tábuas
escolhidas ao acaso. A cada mudança da procedência da madeira fornecida, esse teste deverá
ser repetido e sempre que houver diferença maior que 10%, com relação ao valor médio que
vinha sendo considerado para a madeira da mesma espécie, o mesmo deverá ser substituído
por esse novo valor que passará a ser o módulo de elasticidade médio representativo do lote.
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As tábuas do sub-lote de EM superior deverão ser destinadas a compor as lâminas que farão
parte das quartas partes mais afastadas da linha neutra da peça de MLC e as de EM inferior
deverão ser utilizadas na composição da metade central da seção transversal dessa peça.

Deverá ser observado ainda que, no caso do sub-lote de EM superior, as tábuas com maior
número de anéis de crescimento em 2,5cm, deverão ser utilizadas na composição das lâminas
que ficarão mais afastadas da linha neutra.

1.7- União longitudinal das tábuas e composição das lâminas

A continuidade de cada lâmina deverá ser assegurada pela união longitudinal entre as tábuas
que as compõem. Essa união deverá ser realizada por colagem de entalhes múltiplos usinados
nas extremidades de tábuas consecutivas.

No caso dessa união ser realizada por emendas biseladas ou similar, a sua eficiência deverá
ser atestada por ensaio mecânico em laboratório idôneo.

A emendas simplesmente de topo não deverão ser empregadas no processo de fabricação de


peças estruturais de MLC.

1.7.1- Geometria das emendas longitudinais

A geometria dos entalhes múltiplos deverá ser compatível com esforços solicitantes estruturais
e o passo do dente definido em função do seu comprimento, inclinação de seus flancos e
espessura de sua extremidade, a fig. 1 a seguir ilustra a geometria dos entalhes múltiplos.
α
tb
L
d

Figura 1 - Geometria dos entalhes múltiplos.


Ld : comprimento dos dentes;
bd : espessura da extremidade dos dentes;
td : passo dos dentes;
αd : inclinação dos flancos dos dentes;
vd : grau de enfraquecimento ocasionado pelos dentes ( bd / td ).

Para grandes esforços solicitantes, a espessura da extremidade dos dentes deverá ser de até
5% de seu comprimento e a inclinação dos flancos compreendida entre 5° e 7° (eq. 1):

bd ≤ 0,05 . Ld e αd entre 5° e 7° (1)

O grau de enfraquecimento na região dos entalhes múltiplos, não deverá exceder 20%, em
relação à resistência da madeira sem emenda e isenta de defeitos (eq. 2), ou seja:

[ 50 . bd / ( Ld . tg αd + bd ) ] ≤ 20 (2)

No caso de emendas biseladas, a inclinação máxima do bisel deverá ser de 6°.

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1.7.2- Posição da usinagem dos entalhes múltiplos

Para a composição de peças estruturais de MLC deverá ser empregado o processo de


usinagem dos entalhes múltiplos (fig. 2) na posição vertical, proporcionando o maior número de
dentes na largura da tábua.
No caso de se empregar o processo de usinagem dos entalhes múltiplos com posição diferente
da vertical, a eficiência de seu comportamento mecânico, na peça final, deverá ser atestada
por laboratório idôneo.

(a) (b)
Figura 2 – Perfil vertical (a); perfil horizontal (b).

1.8- Posição das lâminas

Na composição das peças de MLC, considera-se que as faces maiores da seção transversal
das lâminas, estejam posicionadas paralelas ao plano da linha neutra.

No caso das faces maiores da seção transversal das lâminas, estarem ortogonais ao plano da
linha neutra, ou a combinação das duas disposições, a eficiência deverá ser atestada por
laboratório idôneo.

1.8.1- Distância entre as emendas contíguas

Na composição final da peça de MLC, deve ser observado que na região das quartas partes
mais afastadas da linha neutra, não ocorra, entre lâminas adjacentes, emendas distanciadas
de menos de 20cm.

1.9- Espessura das lâminas

Em nenhuma hipótese, a espessura final de cada lâmina deverá exceder 5cm.

No caso de peças curvas, a espessura final de cada lâmina deverá atender também ao limite
máximo de (1/150) do raio de curvatura da face interna da lâmina para o caso de madeiras com
densidade aparente até 0,50g/cm3 e (1/200) para o caso de madeiras com densidade aparente
superior a 0,50g/cm3.

1.10- Adesivos para MLC

O adesivo empregado na fabricação de peças estruturais de MLC, tanto nas emendas de


continuidade das lâminas, como nas juntas de cola entre lâminas, deverá ser do tipo resorcinol-
fenol (RF) ou melamina-uréia-formol (MUF).

Assim como, no emprego de outras colas, a eficiência do adesivo deverá ser atestada por
ensaios de cisalhamento ao longo da face colada, tração normal à face colada e delaminação,
observando o que esta norma preconiza para esses ensaios.

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Para o emprego em MLC, os resultados característicos desses ensaios deverão indicar no
mínimo 90% do valor da resistência característica da própria madeira, quando submetida aos
mesmos ensaios.

Nota:
As colas à base de caseína deverão ser evitadas ou empregadas estritamente na fabricação de
peças estruturais a serem aplicadas em ambientes cobertos, protegidos do intemperismo,
ventilados e cuja temperatura não ultrapasse 65°C.
1.10.1- Quantidade de adesivo

A quantidade de adesivo deve seguir a orientação do fabricante, em função do tipo da cola.

1.10.2- Tempo de colagem aberto

O tempo transcorrido do momento da aplicação da cola na face de uma lâmina até o momento
de justapô-la à lâmina adjacente deverá respeitar a recomendação do fabricante da cola.

1.10.3- Tempo de colagem fechado

O tempo transcorrido, do momento em que as primeiras lâminas são justapostas, até o


momento de submeter o conjunto de lâminas à pressão de colagem não deverá exceder o que
recomenda o fabricante da cola.

1.10.4- Pressão de colagem das ligações de continuidade das lâminas

Os entalhes múltiplos deverão ser colados sob a pressão indicada na tab. 1, em função do
comprimento do dente e da densidade da madeira. No entanto, deverá ser observado que a
pressão empregada não exceda o limite que provoque fissura longitudinal de extensão superior
a 5mm, na região do fundo dos dentes.

Tabela 1 – Pressão de colagem (MPa).

Ld Pressão de colagem (MPa)


( mm ) densidade ≤ 0,50g/cm3 densidade > 0,50g/cm3
10 12 14
20 8 10
30 6 8
40 4,5 6,5
50 3 5
60 2 4

Na colagem dos entalhes múltiplos, o tempo de prensagem deverá ser de no mínimo 2


segundos.

No caso de ligação por bisel o processo de colagem deverá ser atestado por um laboratório
idôneo.

1.10.5- Pressão de colagem nas juntas de cola

Na ausência de recomendação do fabricante da cola, deve-se observar que na colagem das


peças de MLC, a junta de cola entre lâminas deverá receber uma pressão mínima de 0,7MPa
para madeiras de densidade inferior ou igual a 0,5g/cm3 e de 1,2MPa para madeiras de
densidade superior a 0,5g/cm3.

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1.10.5.1- Tempo de prensagem

Na ausência de outra indicação, a prensagem deve ser mantida por um período mínimo de 6
horas, tomando-se por base um ambiente com temperatura de 20°C e teor de umidade relativa
do ar de 65%.

No caso de prensagem a quente, por resistência elétrica, hiperfreqüência ou processos


similares, o tempo de prensagem deverá ser atestado por laboratório idôneo, observando-se
que o aumento da temperatura não provoque rachaduras superiores ao indicado no item
1.6.1.1 desta norma.

1.10.5.2- Retirada da pressão de colagem

Após o período de prensagem, a retirada da pressão deverá ser gradativa e aliviada em pontos
alternados ao longo da peça.

1.11- Limitações dimensionais

1.11.1- Peças fletidas com seção constante

A largura mínima da seção transversal deve ser de 1/7 da altura da peça.

A altura mínima da seção transversal de peças biapoiadas deve ser de 1/17 do vão.

A altura mínima da seção transversal de peças contínuas deve ser de 1/20 do vão.

Se a relação entre o vão e a altura da peça (L/h) for superior a 17, dispensa-se a consideração
da parcela de flecha proveniente da ação do esforço cortante.

1.11.2- Peças fletidas com seção variável

A extremidade de menor altura não deve ser inferior a (L/30) e a inclinação não deve
ultrapassar 5° observando-se que no meio do vão a altura não seja inferior a (L/20).

1.12- Limitações de resistência mecânica

O dimensionamento de peças estruturais em MLC deve seguir as recomendações desta norma


quanto ao dimensionamento de peças serradas.

O coeficiente parcial de modificação kmod,3 (eq. 3) para MLC deverá levar em conta os fatores
de modificação indicados a seguir:

Kmod,3 = Ce . Cc . Ct (3)

1.12.1- Fator de modificação da emenda de entalhes múltiplos

O fator de redução causado pela emenda de entalhes múltiplos ou bisel, deve ser considerado
pelo coeficiente Ce = 0,95. Em peças sem emendas longitudinais, Ce = 1,00.

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1.12.2- Fator de modificação devido à curvatura

Em peças retas será sempre Cc= 1,00.

Em peças curvas será (eq. 4):

Cc = 1 – 2000 . ( t/r )2 (4)

onde:

t – espessura das lâminas;


r – menor raio de curvatura das lâminas que compõem a seção transversal resistente.

1.12.3- Fator de modificação de temperatura

Para peças estruturais expostas a temperaturas elevadas quando em uso, deve-se adotar os
fatores de modificação Ct indicados na tab. 2:

Tabela 2 - Fatores de modificação Ct.

Tipo de Teor de umidade da Temperatura ambiente °C


propriedade madeira em serviço °C ≤ 38 38 < °C ≤ 52 52 < °C ≤ 66
tração paralela e
módulo de seca ou úmida 1,0 0,9 0,9
elasticidade
demais Seca < 16% 1,0 0,8 0,7
propriedades e
Úmida ≥ 16% 1,0 0,7 0,5
ligações

1.13- Rigidez na Flexão do conjunto

A peça de MLC, constituída da combinação de lâminas com módulo de elasticidade à flexão do


lote de valores superior, empregado nas quartas partes mais afastadas da linha neutra, e
lâminas com módulo de elasticidade à flexão, do lote de valores inferior, empregado na metade
central da seção transversal, ilustrado na fig. 3, deverá ter a rigidez calculada pela
consideração de seção transformada ou consideração da rigidez do conjunto calculada como
segue (eq. 5):

EM,cj . Icj = [ 2.EM,ms.I(1/4) + EM,mi.I(1/2) ] (5)

onde:

EM,cj – módulo de elasticidade do conjunto de lâminas combinadas;


EM,ms – valor médio dos módulos de elasticidade do sub-lote superior;
EM,mi – valor médio dos módulos de elasticidade do sub-lote inferior;
Icj – momento de inércia do conjunto com a seção transversal original;
I(1/4) – momento de inércia da quarta parte mais afastada, em relação à linha neutra;
I(1/2) – momento de inércia da metade central da seção transversal, em relação à linha neutra.

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EM,ms (1/4) h

h L N (1/2) h
EM,mi

(1/4) h
EM,ms

Figura 3 - Seção transversal de uma peça de MLC


Se o número de lâminas, para compor as camadas identificadas como (1/4).h não der um valor
inteiro, arredondar o valor de acordo com o seguinte critério: se a parcela decimal for inferior a
0,5, desprezar a parcela decimal e tomar apenas o valor inteiro; se a parcela decimal for igual
ou superior a 0,5, arredondar para o valor inteiro superior.

1.14- Referências bibliográficas

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états limites – introduction à l’Eurocode 5: matériaux de bases de calcul (STEP 1). Paris,
França: Éditions Eyrolles, 512p.

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états limites – introduction à l’Eurocode 5: calcul de structure (STEP 2). Paris, França: Éditions
Eyrolles, 544p.

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