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Manaus – 2014
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SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO ................................................................................................................... 3
NOTA INTRODUTÓRIA- Antonio Paim.......................................................................... 4
INTRODUÇÃO
1.1 O PANTITEÍSMO
fatal a que conduz necessariamente; a redução experimentalista, a lei dos três estados, a
concepção determinista e linear do progresso, e alguns pontos da moral e do direito, em
especial aos de Littrè, a falta de ideal humanitário, etc. Aos sistemas evolucionistas
opõe-se ao sem número de hipóteses de que partem e a falta de provas de grande parte
de suas infundadas suposições; o seu materialismo: o desconhecimento, em parte, das
leis ontológicas: o seu método meramente experimental.
No entendimento de Cunha Seixas a origem da filosofia está na Teoria do
Conhecimento que se desenvolve na metafísica pura (ontologia e teodicéia). Como a
filosofia tem por natureza abranger as leis gerais de todas as ciências e de
ser uma síntese de todos os conhecimentos humanos que tem por missão fornecer os
axiomas para todas as ciências, ela é a única que pode exercer a soberania e, por isso
mesmo, deve figurar como a primeira em tudo.
Como o pensamento e a subjetividade são o ponto de partida de todo o saber
e de toda a ciência, a matriz da filosofia é a gnoseologia e o seu núcleo essencial a
metafísica enquanto ciência das leis universais do ser (ontologia) e ciência do ser
supremo ou Deus (teodicéia).
1.2 ONTOGNOSEOLOGIA
Como o finito não pode existir sem a sua causa geradora, e como o
infinito é a eternidade e a imensidade, segue-se que Deus está em tudo,
cedendo a todos os infinitos relativos a sua realidade e subsistência, ficando
sempre perfeitamente distinto, porque o eterno e imenso não se pode fundir
com o transitório e com o limitado. Movemo-nos, somos e vivemos em Deus,
participando da sua realidade sem confusão alguma (idem, p. 364).
1.3 ANTROPOLOGIA
libertando o homem do seu egoísmo e abrindo a sua alma à superior realidade do bem.
Mas não só no plano do sentimento o personalismo antropológico de Cunha
Seixas se afirma, diz Braz Teixeira. Para ele, também a razão, faculdade superior do
homem, pela qual este pode arrogar-se legitimamente o sublime títu10 de filho de
Deus, impessoal e divina, por ser dotada de verdades eternas, é igualmente pessoal,
não só porque em nós existe como ainda porque unicamente pelo exercício da reflexão
se nos patenteia os dados que nela se encontram.
No entanto, o personalismo do autor encontrará maior expressão no
tratamento do problema da imortalidade da alma. Entendendo que a alma imaterial é
simples e una, dirá que a sua vida não pode cessar após a morte do corpo, visto que a
morte é portadora da vida: correio de boa nova: condição de um futuro esplêndido,
estrela silenciosa que esconde em si mistérios inefáveis. O horror à morte denuncia
que ela é contrária à nossa natureza, por isso, nos deve inspirar a crença na
imortalidade. Ela é um trânsito, uma passagem necessária de um ponto conhecido para
outro desconhecido, e a vida imortal é necessária e inegável; é o pouso contínuo das
almas, é o desmentido solene a todas as negações e desordens do presente e do
passado.
A pessoa humana não pode morrer porque há nela uma grande força ínsita
que triunfa do nada. "E o poder que tem o espírito de descobrir as perfeições de Deus,
seria inútil sem a imortalidade. Por isso, não é a humanidade, mas a pessoa humana
que é imortal” (GOMES, 1975, p. 98).
A alma que habitou um corpo e com ele formou um ser individualizado e
distinto, não deixa este mundo despida da sua índole humana, diz Cunha Seixas, não
ascende ao seio da divindade como mero espírito abstrato, desligado em toda a sua
herança terrena: é a própria pessoa que com ela se eleva às ignotas regiões etéreas,
transportando consigo toda a sua história terrestre, a responsabilidade e a memória do
passado para sofrer ou gozar os efeitos do vício ou da virtude.
O homem, participando tanto da unidade e imaterialidade - divindade -
como da multiplicidade e divisibilidade - materialidade - encontra sua salvação no
desenvolvimento pantiteísta de quanto existe na multiplicidade. Por isso, só no ciclo da
história o homem se realiza como homem e alarga as esferas da vida e da civilização.
A realidade humana, diz o autor, é verdadeiramente independente do viver
em sociedade e/ou humanidade, pois a pessoa é o finito que tem consciência do
infinito. O homem salva-se com os outros, mas o princípio da salvação é ele mesmo.
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1.4 TEODICÉIA
Assim, da natureza de Deus, que sempre nos queda oculta, sabemos tão
somente ser ele absoluto, onipotente e perfeito, imutável e uno. Se considerarmos a sua
manifestação na criação e nas leis do universo, alcançaremos saber que o seu atributo
fundamental é o ser infinito, da qual deduzimos a eternidade e a imensidade, a
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CONCLUSÃO