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Concepção Estrutural de Edifícios

• de maneira geral, uma construção é concebida para atender


a determinadas finalidades.
• a sua implantação envolve a utilização dos mais diversos
materiais: o concreto armado, as alvenarias de tijolos ou
blocos, as esquadrias metálicas e de madeira, os
revestimentos, o telhado, as instalações elétricas e
hidráulicas, etc.

Figura 1 - Fachada de um edifício de concreto armado

Devem ser considerados vários aspectos no projeto de uma


construção:
• Projeto de Arquitetura
aspectos ligados à estética e à funcionalidade de uso;
• Projeto de Estruturas
aspectos relativos à sua segurança;
• Projeto das Instalações –
aspectos que envolvem instalações elétricas e hidráulicas.
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Projeto Estrutural
Normalmente, os materiais utilizados em uma construção
podem ser divididos em dois conjuntos:

• partes “resistentes” constituindo a estrutura da construção,


responsável pela resistência e estabilidade da construção;

• partes “consideradas não resistentes” constituindo o


enchimento da construção, responsáveis pela forma e pelo
aspecto da construção (as alvenarias, as esquadrias e os
revestimentos).

A estrutura é composta de elementos lineares (vigas e


pilares), bidimensionais (lajes) e tridimensionais (blocos de
estacas das fundações).

O projeto estrutural, normalmente, compõe-se das seguintes


etapas:

• concepção estrutural
• análise estrutural
• síntese estrutural
que se interagem para gerar o projeto da estrutura.
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Elementos Estruturais de Concreto Armado

Elementos estruturais básicos


• laje maciça
elemento estrutural bidimensional, geralmente horizontal,
constituindo os pisos de compartimentos; suporta diretamente
as cargas verticais do piso, e é solicitado predominantemente
à flexão (placa);

• viga
elemento unidimensional (barra), geralmente horizontal, que
vence os vãos entre os pilares dando apoio às lajes, às
alvenarias de tijolos e, eventualmente, a outras vigas, e é
solicitado predominantemente à flexão; e

• pilar
elemento unidimensional (barra), geralmente vertical, que
garante o vão vertical dos compartimentos (pé direito)
fornecendo apoio às vigas, e é solicitado predominantemente
à compressão.

As solicitações predominantes relacionadas acima estão


associadas ao que chamamos de comportamento principal ou
comportamento primário dos elementos estruturais.

As ligações rígidas existentes entre os diversos elementos


acarretam a presença de outras solicitações.
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Piso Elementar
composto de uma laje, quatro vigas e quatro pilares.

Figura 3.1 - Piso elementar


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Elementos estruturais de fundação
São elementos tridimensionais que transferem ao solo as cargas provenientes
dos pilares, considerando as características mecânicas envolvidas.
As fundações podem ser classificadas em:
• diretas ou rasas
quando a transferência de carga se der a pequena profundidade. Neste caso, o
elemento estrutural de fundação que distribui a carga do pilar para o solo chama-
se sapata direta;
• profundas
em estacas ou em tubulão, quando a transferência de carga se der a “grande”
profundidade. Neste caso, o elemento estrutural de fundação que transfere a
carga do pilar para as estacas ou tubulões chama-se bloco.

Figura 3.2 - Elementos de fundação

Elementos estruturais complementares


São os elementos estruturais que completam a estrutura do edifício e que,
normalmente, são formados por uma combinação dos elementos estruturais
básicos.

escadas, caixa d’água, muro de arrimo, vigas-paredes,...


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Concepção estrutural

Estabelecimento de um arranjo adequado dos vários elementos


estruturais anteriormente definidos, de modo a assegurar que o mesmo
possa atender às finalidades para as quais ele foi projetado.

Consiste em atender simultaneamente, sempre que possível, aos


aspectos de segurança, economia (custo e durabilidade) e aqueles
relativos ao projeto arquitetônico (estética e funcionalidade).

Na concepção estrutural é importante considerar o comportamento


primário dos elementos estruturais:

• laje
elemento plano bidimensional, apoiado em seu contorno nas
vigas, constituindo os pisos dos compartimentos; recebe as
cargas do piso transferindo-as para as vigas de apoio;

• viga
elemento de barra sujeita a flexão, apoiada nos pilares e,
geralmente, embutidas nas paredes; transfere para os pilares o
peso da alvenaria apoiada diretamente sobre ela e as reações
das lajes;

• pilares
elementos de barra sujeita a compressão, fornecendo apoio às
vigas; transfere as cargas para as fundações.
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Diretrizes gerais
• atender às condições estéticas definidas no projeto arquitetônico;
como, em geral, nos edifícios correntes, a estrutura é revestida, procura-se embutir
as vigas e os pilares nas alvenarias;

• o posicionamento dos elementos estruturais na estrutura da


construção pode ser feito com base no comportamento primário dos
mesmos;
as lajes são posicionadas nos pisos dos compartimentos para transferir as cargas
dos mesmos para as vigas de apoio; as vigas são utilizadas para transferir as
reações das lajes, juntamente com o peso das alvenarias, para os pilares de apoio
(ou, eventualmente, outras vigas), vencendo os vãos entre os mesmos; e os pilares
são utilizados para transferir as cargas das vigas para as fundações;

• a tranferência de cargas deve ser a mais direta possível;


deve-se evitar, na medida do possível, a utilização de apoio de vigas importantes
sobre outras vigas (chamadas apoios indiretos), bem como, o apoio de pilares em
vigas (chamadas vigas de transição);

• os elementos estruturais devem ser os mais uniformes possíveis,


quanto à geometria e quanto às solicitações;
as vigas devem, em princípio, apresentar vãos comparáveis entre si;

• as dimensões contínuas da estrutura, em planta, devem ser, em


princípio, limitadas a cerca de 30 m para minimizar os efeitos da
variação de temperatura ambiente e da retração do concreto;
em construções com dimensões em planta acima de 30 m, é desejável a utilização
de juntas estruturais ou juntas de separação que decompõem a estrutura original,
em um conjunto de estruturas independentes entre si, para minimizar estes efeitos;

• a construção está sujeita a ações (por exemplo o efeito do vento) que acarretam
solicitações nos planos verticais da estrutura; estas solicitações são,
normalmente, resistidas por “pórticos planos”, ortogonais entre si, os quais
devem apresentar resistência e rigidez adequadas; para isso, é importante a
orientação criteriosa das seções transversais dos pilares; também, é importante
lembrar, a necessidade da estrutura apresentar segurança adequada contra a
estabilidade global da construção, em geral, conseguida através da imposição
de rigidez mínima às seções transversais dos pilares.
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Pré-dimensionamento
dos elementos estruturais
Lajes
São, normalmente, de forma retangular de lados lx e ly ≥ lx (vãos
teóricos correspondentes às distâncias entre os eixos das vigas opostas
de apoio da laje).
Os tipos usuais são: maciça, cogumelo, nervurada e mista (aqui
incluída a laje de vigotas premoldadas).
Apresentam-se, a seguir, as regras para as lajes maciças usuais de
edifícios sujeitas a cargas distribuidas uniformes.

A espessura da laje (h) pode ser estimada em h ≅ 2,5% lx .

Recomenda-se a adoção de espessuras mínimas em função do uso


da laje:

7 cm para lajes de cobertura sem balanço;


8 cm para lajes de piso;
10 cm para lajes em balanço;
12 cm para lajes sujeitas a passagem de veículos.

Essas espessuras mínimas sugerem vãos mínimos. Assim, para lajes


maciças de piso tem-se, em princípio, lx ≥ 0,08 / 0,025 = 3,2 m.

Costuma-se adotar espessuras inteiras em cm (7 cm, 8 cm, etc.).

Pode-se ter paredes construidas diretamente sobre a laje,


principalmente quando estas paredes são pequenas e leves (paredes
internas). Esta situação ocorre em compartimentos pequenos.

As lajes maciças podem ser ainda: normais ou rebaixadas (com


opcão para o emprego de forro falso e laje normal).
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Figura 4.1
Laje maciça normal e rebaixada

Figura 4.2
Laje maciça normal com forro falso e
suportando o peso de alvenaria

Para as lajes da figura 4.1, tem-se:


Laje L2: lx = 123 + 12 = 135 cm (o menor dos lados)
ly = 378 + 12 = 390 cm
h ≅ (2,5%) lx = 0,025 . 135 = 3,4 cm → 8 cm (piso).

Laje L3: lx = 213 + 12 = 225 cm (o menor dos lados)


ly = 378 + 12 = 390 cm
h ≅ (2,5%) lx = 0,025 . 225 = 5,6 cm → 8 cm (piso).
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Vigas
São, normalmente, de seção transversal retangular
(bw x h) e posicionadas nas paredes, as quais suportam.
Em geral, a espessura da viga (bw) fica embutida na
parede.
Assim, tem-se a espessura bw , descontando-se as
espessuras de revestimento (crev, da ordem de 0,5 cm a
1,5 cm) da espessura da parede acabada (ealv).
bw = ealv - 2 crev
Normalmente, os tijolos cerâmicos e os blocos de
concreto tem espessuras (etij) de 9 cm, 14 cm e 19 cm (ealv
= etij + 2 crev).

Figura 4.3 - Viga


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A fig. 4.4 mostra a seção de viga embutida na alvenaria.

parede em
alvenaria:
PD pode conter:
janelas e
portas

ealv

bw viga

Figura 4.4 - Seção transversal de viga

A altura (h) da seção transversal da viga pode ser


estimada em (ℓ / 10 ) a (ℓ / 25 ) , onde ℓ é o vão da viga
(normalmente, igual a distância entre os eixos dos pilares
de apoio).

Nas vigas contínuas de vãos comparáveis (relação


entre vãos adjacentes entre 2/3 e 3/2), costuma-se adotar
altura única estimada através do vão médio ℓ médio.

No caso de vãos muito diferentes entre si, deve-se


adotar altura própria para cada vão como se fossem
independentes.
No caso de apoios indiretos (viga apoiada em outra
viga), recomenda-se que a viga apoiada tenha altura
menor ou igual ao da viga de apoio.
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Podem ser adotadas alturas múltiplas de 5 cm, com
um mínimo de 25 cm. A altura mínima induz a utilização
de vãos l ≥ 2,5 m.

Em geral, não devem ser utilizados vãos superiores a


6 m, face aos valores usuais de pé direito (em torno de 2,8
m) que permitem espaço disponível, para a altura da viga,
em torno de 60 cm.

As vigas podem ser normais ou invertidas, conforme a


posição da sua alma em relação à laje.

Figura 4.5 - Viga normal e viga invertida


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Pilares
São, normalmente, de seção retangular posicionados
nos cruzamentos das vigas, permitindo apoio direto das
mesmas, e nos cantos da estrutura da edificação.

Figura 4.6 - Pilares


Os espaçamentos dos pilares constituem os vãos das
vigas, resultando, em geral, valores entre 2,5m a 6m.
No posicionamento dos pilares, devem ser
compatibilizados os diversos pisos, procurando manter a
continuidade vertical dos mesmos até a fundação de
modo a se evitar, o quanto possível, a utilização de vigas
de transição (pilar apoiado em viga).
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Nos pilares de seção retangular de dimensões (b x h),


recomenda-se b ≥ 20 cm com b ≤ h. Pode-se adotar,
também, seção retangular com b ≥ 12 cm (em geral nos
pilares internos) ou seções compostas de retângulos,
cada um com b ≥ 12 cm, em forma de “L”, “T”, etc.

Figura 4.7 - Viga de transição

Para efeito de pré-dimensionamento, a área da seção


transversal Ac pode ser pré-dimensionada através da
carga total (Ptot) prevista para o pilar.
Esta carga pode ser estimada através da área de
influência total do pilar em questão, Atot .
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No caso de andares-tipo, ela equivale à área de
influência em um andar multiplicada pelo número de
andares existentes acima do lance considerado.
A carga total média em edifícios (pméd) varia de
10 kN/m2 a 12 kN/m2. Portanto, tem-se:

Ptot = Atot pmed .

Usualmente, a resistência admissível do concreto


(σadm) pode variar entre 1 kN/cm2 a 1,5 kN/cm2. Assim,

Ac = Ptot / σadm .

A partir de Ac tem-se as dimensões da seção


transversal do pilar.

Figura 4.8 - Pilar interno (P5)


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Como exemplo, considere-se o pilar P5:

área de influência no andar tipo = 3 m por 3 m;


número de andares = 10;
carga média de piso: pmed = 10 kN/m2 ;
σadm= 1 kN/cm2 ;
seção retangular com b = 20 cm.

Tem-se:
Atot = 10 x (3 x 3) = 90 m2;
Ptot = Atot pmed = 90 x 10 = 900 kN

Ac = Ptot / σadm = 900 / 1,0 = 900 cm2 ;


h = Ac / b = 900 / 20 = 45 cm.

Figura 4.9 - Predimensionamento da seção de pilar


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A seção do pilar deve ser mantida constante ao longo
de um lance (entre pisos consecutivos) e pode variar ao
longo de sua altura total.

Esta variação pode ser feita a cada grupo de 2 ou 3


andares.

Quando, por qualquer motivo, a seção for mantida


constante ao longo da altura total, ela pode ser
predimensionada no ponto mais carregado, adotando-se
σadm em torno de 1,3 kN/cm2.

Em princípio, adotam-se para as dimensões do pilar,


múltiplos de 5 cm (20 cm, 25 cm, etc.).

As seções dos pilares devem ser posicionadas de


modo a resistir aos esforços horizontais (provocados, por
exemplo, pelo vento, temperatura, etc) e a garantir uma
rigidez horizontal adequada, principalmente, contra a
instabilidade global da construção.

Particularmente, em edifícios altos, recomenda-se a


utilização de alguns pilares com a função de garantir a
estabilidade da estrutura.

Estes, constituem os pilares de contraventamento.


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Esquema da estrutura
É o resultado gráfico da concepção estrutural imaginada.
Convem identificar todos os elementos estruturais
envolvidos.

Nessas condições:

• as lajes são representadas pela letra L com índice


numérico sequencial e ordenado de modo a facilitar a
sua localização;
• as vigas, de modo análogo, são representadas pela
letra V;
• os pilares, de modo análogo, são representados pela
letra P.

Figura 4.10 - Esquema da estrutura


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Desenhos de Estrutura

Figura 5.1 - Planta de arquitetura do andar tipo

A representação gráfica da estrutura é feita por meio


de dois tipos de desenho:
• desenho de forma;
• desenho de armação.
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Desenho de Formas
Os desenhos de formas definem completamente as
características geométricas da estrutura.
As diretrizes específicas para a elaboração destes
desenhos são:

• locação da estrutura
a locação consiste na definição de eixos de referência,
principais e secundários, em relação aos quais a
estrutura se posicionará observando, rigorosamente, as
medidas prescritas no projeto arquitetônico. Os eixos de
locação da estrutura são, em geral, eixos característicos
da construção e as divisas do terreno onde a mesma
será implantada. Isto permitirá que, pronta a estrutura,
as vedações e os acabamentos da construção possam
ser implantados exatamente nos locais previstos no
projeto arquitetônico;

• definição dos elementos estruturais


com base no esquema da estrutura são detalhados
todos os elementos estruturais;

• cortes característicos
na elaboração dos desenhos de formas, é importante que
sejam bem definidas as posições relativas das lajes e
vigas. Esses cortes, portanto, mostram a existência de
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lajes rebaixadas e vigas invertidas;

• dimensões
deverão constar dos desenhos de formas todas a dimensões
necessárias para a localização da estrutura e as dimensões
relativas aos elementos estruturais quais sejam:

• distâncias entre eixos de locação e entre esses e as


divisas do terreno;
• espessuras das lajes;
• dimensões das seções transversais das vigas;
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• dimensões das seções transversais dos pilares.

Figura 5.1.1 - Formas do andar tipo

Desenhos de Armação
Os desenhos de armação definem inteiramente as
armaduras a serem utilizadas nos elementos estruturais
de concreto armado.

As diretrizes para a elaboração destes desenhos são:


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• identificação individual das barras que compõem as


armaduras;

• definição das bitolas, formas e comprimentos das


barrras;

• definição do posicionamento das barras nas


seções transversais dos elementos estruturais.

Deverá constar dos desenhos de armação o cálculo


das quantidades de aço empregadas.
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Figura 5.1.2 - Armação típica de lajes


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Figura 5.1.3 - Armação típica de vigas


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Figura 5.1.4 - Armação típica de pilares


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Análise Estrutural
Tratamento simplificado da estrutura, norteado pelo
comportamento primário dos elementos estruturais, é
denominado análise estrutural.
A análise estrutural será tanto mais eficaz quanto
mais os resultados do tratamento numérico simplificado
aproximarem-se dos valores reais esperados.

Hipóteses simplificadoras
Lajes

Esquema simplificado para as lajes


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Vigas
O comportamento primário das vigas de edifícios é o de vigas
isoladas.
As vigas suportam as lajes e alvenarias, e são ligadas
monoliticamente aos pilares. Entretanto, nos casos correntes, e para as
cargas verticais, os esforços solicitantes podem ser definidos
começando-se pela análise das vigas como apoiadas nos pilares.

Corte mostrando a V102 e os pilares associados

I. os pilares de extremidade (P4 e P6) são visivelmente solicitados


à flexão pelos vãos extremos da viga;
II. os pilares internos (neste caso, apenas o P5) são pouco
solicitados à flexão devido à interação entre as vãos adjacentes
da viga;
III. o encurtamento dos pilares são desprezíveis face às flechas
apresentadas pelas vigas;
IV. as seções das vigas V104 e V106 são visivelmente torcidas
junto aos pilares extremos de apoio da viga, contrariamente à
viga V105.
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Modelo simplificado para a viga

Pilares
Normalmente, pode-se classificar os pilares em contraventados e
de contraventamento.
O comportamento primário dos pilares contraventados é o de uma
barra comprimida.
Assim, costuma-se efetuar o cálculo dos pilares contraventados,
adotando-se o modelo simplificado de uma barra biarticulada
comprimida sujeita a momentos fletores de extremidade.
Já os pilares de contraventamento, exigem uma análise mais
complexa cuja abordagem será feita oportunamente.
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9. Ações características

Constituem ações tudo aquilo que produz solicitações na estrutura. São constituidos por:

• cargas provenientes de peso dos materiais, pressão de vento definida pela Norma NBR 6123, empuxos
de terra, de água, e de correnteza;

• e efeitos de temperatura, recalques diferenciais, protensão, retração e fluência do concreto estrutural.

As ações constituem variáveis aleatórias. Normalmente, considera-se a intensidade das ações


correspondentes ao valor característico superior, pksup, que apresenta 5% de probabilidade de ser
ultrapassado. Costuma-se representar pksup , simplesmente, por p.

As densidade de cargas podem ser classificadas em permanente (g,


probabilidade
G) e acidentais (q, Q). As letras maiúsculas identificam
cargas distribuição concentradas e as minúsculas, cargas distribuidas
normal
por unidade de comprimento (em vigas) ou, por
unidade de área (em lajes). A soma destas cargas
pode ser representada por p = g + q ou, P = G + Q.
5%

pmedio pk,sup valor da


carga (p)
Figura 9.1
9.1. Cargas permanentes

Estas cargas são constituidas pelo pêso próprio da estrutura e pelos pesos de todos os elementos
construtivos fixos e instalações permanentes. Na falta de determinação experimental, poderão ser usados
os valores abaixo transcritos.

a) cargas fornecidas por pêso especifico

• concreto simples 24 kN/m3


• concreto armado 25 kN/m3
• argamassa 19 kN/m3
• alvenaria:
de tijolo maciço 18 kN/m3
de tijolo furado (ceramico) 13 kN/m3
de blocos de concreto 13 kN/m3
• material de enchimento:
entulho 15 kN/m3
argila expandida 9 kN/m3
terra 18 kN/m3
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b) cargas fornecidas por unidade de área (m2)

• revestimentos de pisos 1 kN/m2


• telhados:
telha de barro 0,7 kN/m2
telha de fibro-cimento 0,4 kN/m2
telha de alumínio 0,3 kN/m2
• impermeabilização de pisos 1,0 kN/m2
• divisória de madeira 0,2 kN/m2
• caixilhos:
de ferro 0,3 kN/m2
de alumínio 0,2 kN/m2

9.2. Cargas variáveis ou acidentais

São as cargas que podem atuar sobre as estruturas de edificações em função de seu uso (pessoas, móveis,
materiais diversos, veículos, etc.). Estas cargas são fixadas pela Norma NBR-6120 - “Cargas para o
cálculo de estruturas de edificações”.

a) cargas verticais

As cargas verticais que se consideram atuando nos pisos das edificações, além das que se aplicam em
carater especial, referem-se a carregamentos devidos a pessoas, móveis, utensílios e veículos, e são
supostas uniformemente distribuidas. Os valores mínimos a serem adotados para eles são:

a.1) edifícios residenciais


• dormitórios, salas, cozinhas e banheiros 1,5 kN/m2
• despensas, áreas de serviço e lavanderias 2,0 kN/m2
• forros sem acesso a pessoas 0,5 kN/m2
• escadas sem acesso ao público 2,5 kN/m2
• corredores sem acesso ao público 2,0 kN/m2
• garagens (sem consideração de ψ) 3,0 kN/m2
• terraços sem acesso ao público 2,0 kN/m2

a.2) edifícios de escritórios


• salas de uso geral e banheiros 2,0 kN/m2
• escadas com acesso ao público 3,0 kN/m2
• corredores com acesso ao público 3,0 kN/m2
• terraços com acesso ao público 3,0 kN/m2
• forros e garagens ídem a.1
• restaurantes 3,0 kN/m2

a.3) escolas
• salas de aula 3,0 kN/m2
• auditórios 5,0 kN/m2
• escadas e corredores 4,0 kN/m2
• outras salas 2,0 kN/m2
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a.4) bibliotecas
• salas de leitura 2,5 kN/m2
• salas para depósito de livros 4,0 kN/m2
• sala com estantes de livros 6,0 kN/m2

a.5) bancos
• escritórios e banheiros 2,0 kN/m2
• salas de diretoria 1,5 kN/m2

a.6) cinemas e teatros


• palco 5,0 kN/m2
• platéia com assentos fixos 3,0 kN/m2
• platéia com assentos móveis 4,0 kN/m2
• banheiros 2,0 kN/m2

a.7) clubes
• salas de assembleias com assentos fixos 3,0 kN/m2
• salas de assembleias com assentos móveis 4,0 kN/m2
• salão de danças ou esporte 5,0 kN/m2
• banheiros 2,0 kN/m2
• ginásio de esportes 5,0 kN/m2

a.8) hospitais
• dormitórios, enfermarias, salas de cirurgia e banheiros 2,0 kN/m2
• corredores 3,0 kN/m2

b) Cargas em balcões

Ao longo dos parapeitos e balcões deverão ser consideradas aplicadas, uma carga horizontal de 0,8 kN/m
na altura do corrimão e uma carga vertical de 2 kN/m. A fig. 9.2 mostra estas cargas.

2 kN/m cargas a serem


consideradas
parapeito 0,8 kN/m nos parapeitos

Figura 9.2 - Carga acidental em balcões


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c) Cargas verticais especiais

c.1. casa de máquinas e poço dos elevadores


• casa de máquinas
laje sobre a caixa dos elevadores:
v (velocidade) ≤ 1 m/s 30 kN/m2
v > 1 m/s 50 kN/m2
laje adjacente à caixa dos elevadores:
v (velocidade) ≤ 1 m/s 5 kN/m2
v > 1 m/s 7 kN/m2
forro da casa de máquinas: 10 kN/m2
• poço de molas dos elevadores (laje inferior) 20 kN/m2

c.2. heliponto

Deverão ser consideradas uma carga vertical de 12 kN, concentrada na posição mais desfavorável, e uma
carga uniformemente distribuida de 5 kN/m2

d) Coeficiente de impacto ψ

O valor do coeficiente de impacto ψ de majoração das cargas acidentais, a serem consideradas no projeto
de garagens e estacionamentos para veículos, deve ser determinado do seguinte modo:

se l ≥ lo → ψ = 1,0

se l < lo → ψ = lo / l ≤ 1,43

onde
l é o vão da viga ou o vão menor da laje
lo = 3 m para o caso das lajes
lo = 5 m para o caso das vigas

O valor de ψ não precisa ser considerado no cálculo dos pilares.

e) Redução das cargas acidentais

No cálculo dos pilares e das fundações dos edifícios para escritórios, residências e casas comerciais não
destinadas a depósitos, as cargas acidentais podem ser reduzidas de acordo com os valores indicados
abaixo.

no de pisos que atuam redução percentual das


sobre o elemento cargas acidentais
1, 2 e 3 0
4 20%
5 40%
6 ou mais 60%

Para efeito de aplicação destes valores, o forro deve ser considerado como piso.
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10. Determinação das cargas atuantes nos elementos estruturais de edifícios

a) Cargas nas lajes

As lajes constituem elementos planos que suportam cargas transversais que podem ser definidas por
unidade de área. Normalmente, as lajes tem, em planta, forma retangular de dimensões lx por ly (vãos
teóricos), onde, convencionalmente, adota-se lx ≤ ly .

Figura
10.1
piso
1 m2

a.1) 1m peso próprio


lx ≤ ly contrapiso
(pp): 25 h (h em m)
1m
g1 = __
laje h
kN/m2
a.2) revestimento
(rev):
revestimento g2 = 1
inferior
kN/m2 ly
a.3) enchimento:
g3 = 15 hench (hench em m) = __ kN/m2

Quando a hench laje for rebaixada, o nivelamento necessita de material de


enchimento
enchimento que, geralmente, é constituido de entulho de obra cujo peso
específico é da ordem de 15 kN/m3 .Tem-se, assim, a parcela g3 .

Figura 10.2
a.4) alvenaria direta sobre a laje: g4 = Gpar / (lx ly) = __ kN/m2

Quando existir parede construida diretamente sobre a laje, o seu


peso pode ser considerado através de uma carga distribuida
equivalente aplicada sobre toda a área da laje. Nesta parcela
g4, tem-se:
l1
ly
Gpar = epar.(l1 + l2).PD.γalv

PD parede l2 = pé direito
epar
γalv = 18 kN/m3 (tijolo maciço)
lx 13 kN/m3 (tijolo furado)
Figura 10.3
a.5) carga acidental sobre a laje: q = __ kN/m2 (definida pela NBR-6120).
Concepção Estrutural de Edifícios
35
Tem-se, assim, a carga permanente total: g = g1 + g2 + g3 + g4
e a carga acidental q .

Pode-se adotar a seguinte disposição prática (figura 10.4) para o levantamento das cargas pk:

Lajes L1 L2 ...
pêso próprio
revestimento
enchimento
alvenaria sobre
a laje
gk
qk
pk

Figura 10.4 - Cargas nas lajes

Exemplo

A figura 10.5 mostra um esquema estrutural onde se tem 3 lajes (L1 em balanço que recebe um parapeito
periférico em alvenaria de 1,2 m de altura de 15 cm de espessura, L2 com duas paredes de alvenaria de 15
cm de espessura e a L3 com rebaixo de 25 cm), 5 vigas e 4 pilares. As vigas suportam paredes de
alvenaria de 25 cm, exceto a V4 com parede de 15 cm. As alvenarias são de tijolo maciço com γalv = 16
kN/m3.

(Pé direito = 3 m)

Figura 10.5
Concepção Estrutural de Edifícios
36
A tabela seguinte apresenta as cargas sobre as lajes, bem como, as suas diversas parcelas.
(cargas em kN/m2)

LAJE L1 L2 L3
lx (m) 1,26 3,00 2,00
ly (m) 4,50 4,50
h (m) 0,08 0,08 0,07
pp=25 h 2,00 2,00 1,75
revestimento 1,00 1,00 1,00
ench=15 hench - - 3,75
alvenaria 3,57 (*) 1,87(**) -
g 6,57 4,87 6,50
q 4,48(***) 1,50 1,50
p=g+q 11,05 6,37 8,00

, ⋅ 12
015 , ⋅ (126
, ⋅ 2 + 4,5) ⋅ 16
(*) = , kN / m2
= 357
, ⋅ 4,5
126
0,15 ⋅ 3,0 ⋅ (15
, + 2,0) ⋅ 16
(**) = , kN / m2
= 187
3,0 ⋅ 4,5
2,0 ⋅ (1,26 ⋅ 2 + 4,5)
(***) = + 2,0 = 4,48kN / m2
1,26 ⋅ 4,5
2 kN/m
cargas a serem
consideradas
parapeito 0,8 kN/m nos parapeitos

Figura 10.6

b) Cargas nas vigas

Normalmente, as cargas nas vigas são constituidas de cargas distribuidas (por unidade de comprimento da
viga); eventualmente, pode-se ter cargas concentradas correspondentes às reações de outras vigas (viga
apoiada em viga).
As cargas distribuidas podem ser compostas de 3 parcelas:

b.1) peso próprio da viga g1 = 25 bw h (kN/m);

b.2) peso da alvenaria: g2 = epar (PD - h) γalv


γalv = 18 kN/m3 em tijolo maciço
13 kN/m3 em tijolo furado
Concepção Estrutural de Edifícios
37

Figura 10.7 h

parede em
alvenaria:
PD pode conter:
janelas e
portas

epar

bw viga

Usualmente, desprezam-se os vazios correspondentes a portas e janelas. Em situações particulares (por


exemplo, na presença de uma grande janela de acesso à sacada ocupando quase todo o vão da parede),
pode-se descontar os vazios, adicionando-se, contudo, o peso das esquadrias.

b.3) reações das lajes: g3 + q

Estas reações podem ser estimadas através do seguinte modelo simplificado. A carga atuante na laje
retangular é subdividida em partes proporcionais às áreas das 4 figuras (2 triangulos e 2 trapézios); a
seguir, estas parcelas são aplicadas como cargas distribuidas uniformes sobre as vigas de apoio da laje (as
parcelas correspondentes aos triangulos sobre as vigas de apoio do lado menor da laje, e as dos trapézios
sobre os lados maiores). Para a carga total p atuando sobre a laje, tem-se:

py ℓ x ⋅ ℓ x p pℓ x
px = ⋅ =
2 × 2 ℓx 4
ℓy + ℓy − ℓx ℓx p
py = ⋅ ⋅
2 2 ℓy
ly ≥ lx
pℓ x  ℓ 
=  2 − x 
4  ℓy 
45  ℓ 
= p x  2 − x 
px  ℓy 
lx

Figura 10.8
Concepção Estrutural de Edifícios
38
A parcela (b.3) é constituida de duas partes:

g3 = reação da carga permanente da laje


q = reação da carga acidental que atua sobre a laje

Para o exemplo, tem-se:

25 ⋅ 0,12 ⋅ 0,50 = 1,50 kN / m − V1 e V2


g 1 = 25b w h = 
25 ⋅ 0,12 ⋅ 0,45 = 1,35kN / m − V3 e V4

Adimitindo-se que as paredes sejam de tijolo maciço, as externas com 25 cm e as internas com 15 cm,
tem-se:
0,25 ⋅ (3,0 − 0,50) ⋅ 16 = 10,0kN / m − V1 e V2

g2 = epar (PD - h) γalv = 0,25 ⋅ (3,0 − 0,45) ⋅ 16 = 10,2kN / m − V3 e V5
0,15 ⋅ (3,0 − 0,45) ⋅ 16 = 6,12kN / m − V
 4

As reações das lajes px e py (que consideram as parcelas g3 e q atuantes nas lajes) valem:

(cargas px e py em kN/m)
LAJE L1 L2 L3
lx (m) 1,26(*) 3,00 2,00
ly (m) 4,50 4,50
g(kN/m2) 6,57 4,87 6,50
q(kN/m ) 2 4,48 1,5 1,5
p=g+q 11,05 6,37 8,00
px = p lx / 4 (**) 4,78 4,00
py = px (2 - lx / ly) 13,92(**) 6,37 6,22

(*) - a laje é em balanço, e o seu vão foi definido como lx ;


(**) - por tratar-se de laje em balanço, a reação é dada por
p lbal = 11,05 . 1,26 = 13,92 kN/m.

A seguir, estão esquematizadas as cargas atuantes nas vigas V1 e V4.

V1
V4
V4=45,14 kN
pp=1,35 Figura
pp=1,50 pp=1,50 alv=6,12
10.9 alv=10,0 L2=6,37
alv=10,0
laje=4,78 laje=4,00 L3=6,22
tot=16,28 kN/m tot=15,50 kN/m tot=20,06 kN/m

3m 2m 4,50 m
vão = 5 m V2 V1
P1 P2
V1=4,5.20,06/2 = 45,14 kN
Concepção Estrutural de Edifícios
39
Obs.: as condições de vínculo da laje podem ser consideradas na estimativa das reações da laje, conforme
ilustra a figura 10.10.

py1, py2
45
Conforme 60 mostra a figura, a cada lado da laje
corresponde uma área carregada. A reação (carga
distribuida) é obtida, dividindo-se a resultante de carga
ly ≥ lx
sobre esta área pelo respectivo comprimento do lado.

Resultam, assim, as reações:


px1, 60 px2, py1, py2.
45

px1 , px2 Figura 10.10 - Consideração dos


lx
vínculos nas reações das lajes

c) Cargas nos pilares

As cargas nos pilares são obtidas somando-se as reações das vigas neles apoiadas.

11) Exemplo

Dada a planta de arquitetura abaixo, pedem-se:


• o esquema estrutural do piso
• a planta de formas
• as cargas nas lajes
• as reações das lajes nas vigas
• as cargas nas vigas

Considerar:

• edifício residencial
• alvenaria de tijolo maciço (com γalv = 16 kN/m3)
• pé direito de 2,7 m
• predimensionar os pilares para carga de 10 andares
• ealv = 25 cm (paredes mais espessas na planta) e 15 cm
Concepção Estrutural de Edifícios
40

Planta do andar tipo


Concepção Estrutural de Edifícios
41

Esquema estrutural I
Concepção Estrutural de Edifícios
42

Esquema estrutural II
Concepção Estrutural de Edifícios
43

Esquema estrutural III


Concepção Estrutural de Edifícios
44
11.2. Pre-dimensionamento das peças

Será adotado o esquema estrutural II.

Devem ser predimensionadas as lajes, vigas e pilares.

11.3. Planta de formas

Figura 11.5 - Planta de formas

11.4. Cargas nas lajes (kN/m2)

LAJE L1-L3-L6 L2 L4 L5
h (m) 0,07 0,07 0,08 0,08
pp = 25.h 1,75 1,75 2,0 2,0
revestimento 1,0 1,0 1,0 1,0
enchimento - 0,25x15=3,75 - -
paredes - 1,48 1,90 -
gk 2,75 7,98 4,9 3,0
qk 1,5 1,5 2,0 1,5
pk 4,25 9,48 6,9 4,5
Concepção Estrutural de Edifícios
45
11.5. Reações das lajes (kN/m)

As reações das lajes serão determinadas, de maneira simplificada, considerando-se a distribuição de


cargas conforme as áreas delimitadas a partir das bissetrizes dos ângulos. O quadro seguinte apresenta os
resultados.

Laj lx ly gk qk lx gkx gky qkx qky pkx pky


e ly
L1 2,75 3,25 2,75 1,5 0,85 1,89 2,18 1,03 1,19 2,92 3,37
L2 1,35 3,9 7,98 1,5 0,35 2,69 5,39 0,51 1,02 3,20 6,41
L3 2,25 3,9 2,75 1,5 0,58 1,55 2,20 0,84 1,20 2,39 3,4
L4 3,15 3,25 4,9 2,0 0,97 3,86 3,98 1,58 1,62 5,44 5,6
L5 3,6 4,95 3,0 1,5 0,73 2,70 3,44 1,35 1,72 4,05 5,16
L6 2,95 3,25 2,75 1,5 0,91 2,03 2,22 1,11 1,21 3,14 3,43

Na fig. 11.6 estão indicadas as reações das lajes sobre as vigas.

Figura 11.6 - Reações das lajes


Concepção Estrutural de Edifícios
46
11.6. Cargas nas vigas (kN/m)

A determinação das cargas nas vigas está indicada no quadro seguinte.

g q pk
Viga Vão b h p.p alv. La Lb gk La Lb qk
1 12 40 1,2 9,2 2,18 - 12,58 1,19 - 1,19 13,77
V1 2a 12 40 1,2 9,2 2,69 - 13,09 0,51 - 0,51 13,60
2b 12 40 1,2 9,2 1,55 - 11,95 0,84 - 0,84 12,79
V2 1 12 40 1,2 5,52 2,18 3,98 12,88 1,19 1,62 2,81 15,69
V3 1a 12 40 1,2 5,52 2,69 2,7 12,11 0,51 1,35 1,86 13,97
1b 12 40 1,2 5,52 1,55 2,7 10,97 0,84 1,35 2,19 13,16
V4 1 12 40 1,2 5,52 3,98 2,22 12,92 1,62 1,21 2,83 15,75
V5 1 12 40 1,2 9,20 2,22 - 12,62 1,21 - 1,21 13,83
2 12 40 1,2 9,20 2,70 - 13,10 1,35 - 1,35 14,45
1 12 30 0,9 9,60 2,03 - 12,53 1,11 - 1,11 13,64
V6 2 12 30 0,9 9,60 3,86 - 14,36 1,58 - 1,58 15,94
3 12 30 0,9 9,60 1,89 - 12,39 1,03 - 1,03 13,42
1 12 40 1,2 9,20 2,03 3,44 15,87 1,11 1,72 2,83 18,70
V7 2a 12 40 1,2 9,20 3,86 3,44 17,70 1,58 1,72 3,30 21,00
2b 12 40 1,2 5,52 3,86 5,39 15,97 1,58 1,02 2,60 18,57
3 12 40 1,2 5,52 1,89 5,39 14,00 1,03 1,02 2,05 16,05
V8 1 12 40 1,2 5,52 5,39 2,20 14,31 1,02 1,20 2,22 16,53
V9 1 12 50 1,5 8,80 3,44 - 13,74 1,72 - 1,72 15,46
2 12 50 1,5 8,80 2,20 - 12,50 1,20 - 1,20 13,70
Concepção Estrutural de Edifícios
47
11.7. Esquemas de cargas nas vigas

Figura
11.7
Concepção Estrutural de Edifícios
48

Figura 11.8

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